Glauber Machado Rodrigues (Ananda) escreveu:
>
>
> 2009/1/22 rafael <rafaelcro...@gmail.com <mailto:rafaelcro...@gmail.com>>
>
>     Glauber Machado Rodrigues (Ananda) escreveu:
>     Então, o dono do bar não é nem mais dono da geladeira e dos bancos...
>
>
> Mas se ele quiser comprar os dele ele compra. Só não compra porque tem
> de graça, inclusive a manutenção.
>  
>
>     Como o cliente pode vender mais barato que a distribuidora? Não
>     entendi?
>     Ele toma prejuízo? Não entendi...
>
>
> Quando a fábrica está muito interessada em um cliente, ele dá a bebida
> de graça em troca de cobertura.
Isso por um tempo. Ela vive de vender bebida. Isso tem outro nome, mas
direto Dumping (achei cobertura um eufemismo).  E só um monopólio tem
reserva de fazer isso. Uma pequena empresa que vive com a corda no
pescoço não...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dumping
>
> [Cobertura é quando você tem o seu produto em todo lugar, para que o
> consumidor não desacostume a consumir porque não achou o produto. É
> uma espécie de investimento na marca.]
>
> Como a distribuidora compra a bebida e o cliente simplesmente ganha em
> troca de cobertura, às vezes o cliente baixa tanto o preço que fica
> mais barato os outros clientes da distribuidora passarem a comprar com
> esse cliente estratégico.
>  
>
>     É uma concorrência intermonopolista. Mas um fabricante artesanal de
>     cerveja não entra na jogada. A concorrência entre os monopolios
>     existe e
>     é pesada, mas não é de forma alguma livre-concorrência ...
>
>
> Nada disso, se a cerveja é boa ela vende onde quer que seja.
> Refrigerante é a mesma coisa. Às vezes nem precisa ser bom, só precisa
> ser barato. O fato de não haver intermediários para o pequeno
> fabricante cria uma agilidade que é muito difícil de combater
> regionalmente. Também não dá para comprar porque eles metem a mão na
> hora de avaliar o preço no negócio. Então eles ficam por lá, e gente
> como eu ganha emprego desenvolvendo ferramentas para agilizar o
> negócio, senão os pequenininhos dão mais do que trabalho. Não posso
> falar os nomes, mas nas reuniões das distribuidoras cada um está tendo
> trabalho com a concorrência, seja na posição de líder ou não.
Não é bem assim... As cervejas boas npodem sobreviver mas não são mais
protagonistas do mercado... Claro que isso não é preto no branco. Às
vezes surge uma Dolly por aí. Mas não no ritmo das que quebram... Leu o
link que eu mandei da denúncia das associações de bares. O que achou?
Mutia choradeira deles?
>
> Você nunca foi na periferia e encontrou nenhuma marca de bebida
> bizarra? Com a lei seca o consumo de bebidas se deslocou para as
> periferias onde a fiscalização quase não existe. Por isso os pequenos
> acabam levando boa parte do dinheiro. Isso é bom, porque se fosse tão
> fácil assim eu tinha um cliente a menos pq ninguém iria precisar de mim =)
Nenhum monopólio tem e nem nunca teve 100% do mercado...  Nunca, sempre
existe vida na periferia. Agora, ela se move de acordo com o que o
monopolio faz. São eles que dão o tom... Até pra Tubaina... Você tb não
se surpreenderia de ver grandes empresas investindo disfarçadamente
nessas pequenas

Sugiro a leitura do seguinte capítulo do livro Imperialismo fase
superior do capitalismo

I. A Concentração da Produção e os Monopólios
<http://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/imperialismo/cap1.htm>

http://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/imperialismo/cap1.htm

É curto e interessante...

>
> Os outros negócios que eu já vi também são assim. Você tem que gastar
> muito dinheiro e contar com muita gente boa se quiser continuar no
> jogo, cortar gastos (grande parte das vezes cortar gastos significa
> contratar mais pessoas que saibam dizer onde os gastos devem ser
> controlados, desenvolver ferramentas gerenciais, etc), etc. Isso gera
> muita oportunidade para muita gente, inclusive para quem mexe com SL.
Pergunto diretamente: Você acha que um dia os pequenos mercados vão
suplantar o carrefour? Que os colégios objetivos vão diminuir? Isso não
existe, e o Lenin explica bem pelo que também... Um dos motivos é a
fusão do capital industrial com o bancário, assim, os bancos só liberam
créditos a seus aliados. E o crédito é o oxigênio desse sistema... Desse
jeito eles escolhem quem fica e quem cai...

É só ver a Microsoft... Se não fosse o SL, com suas características
especiais (que não se aplicam 100% a produção de bens tangíveis,
materiais), o Rwindows não estaria ameaçado...
>
>
> -- 
> Glauber Machado Rodrigues
> PSL-MA
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> música livre é bem melhor:
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