Re: [obm-l] serie para ln(2)

2009-05-06 Por tôpico Paulo Santa Rita
Ola Luis e demais colegas
desta lista ... OBM-L,

1) O valor de uma serie ( sua soma ) e formalmente definido como em
qualquer serie, vale dizer, como limite das suas reduzidas. Assim, se
:

S = a1 + a2 + a3 + ...  = L

Entao a sequencia Rn = a1 + ... + an e tal que Lim Rn = L. Neste
particular caso que voce cita o agrupamento nao vai causar problemas ,
conforme pode-se ver considerando as suas reduzidas. No caso geral,
PRESERVANDO-SE O SINAL DOS TERMOS, nao pode. Basta , mais uma vez,
considerar as reduzidas.

A resposta mais geral seria, entao, assim:

Se e possivel provar que a sequencia das reduzidas original converge
para o mesmo valor que a nova sequencia das reduzidas ( aquelas
derivadas do agrupamento ) entao o agrupamento e valido

2) Estas series sao melhor tratadas em espacos de sobolev

3) No fim da minha mensagem eu citei uma solucao diferente da que
apresentei, usando polinomios ( que, inclusive, gneraliza a questao ).
Agora, repensando, surgem muitas outras maneiras de tratar o problema
...

4) Agora, Luis, tive uma ideia que talvez signifique uma humilde
contribuicao ao seu monumental trabalho sobre triangulos. Veja se voce
ja fez ou se e uma nova questao :

PROBLEMA : Dado 2P. Construa o triangulo tal que a soma das suas
medianas e o seu perimetro sejam 2P.

OBS : Para aqueles que estao acompanhando esta mensagem, saibam que
Luis Lopes e autor do maior e mais completo livro DO MUNDO sobre
construcao geometrica de triangulos. Pena que ( pelo que sei ) ainda
nao ha uma versao em portugues

Um Abracao
PSR, 40605090832







2009/5/5 Luís Lopes qedte...@escolademestres.com:
 Sauda,c~oes,
 Oi Paulo e para os outros três que responderam,

 Então de

 1 - (1/2) + 1/3 - (1/4) + 1/5 - (1/6) + ... = Ln(2)

 posso fazer

 [1 - (1/2)] + [1/3 - (1/4)] + [1/5 - (1/6)] + ...  e obter
 o mesmo resultado?? Sempre, ou seja, posso botar [ ]
 à vontade em séries cond. convergentes?

 Ando sempre em águas turvas com estas manipulações de
 séries cond. conv.

 P.S.: Paulo, o Rousseau acabou de me dizer que encontrou
 uma solução para aquela conjectura. Mas não a tenho.
 Obrigado pelo seu email a respeito. Muito trabalho nele.

 []'s
 Luís


  From: paulo.santar...@gmail.com
  Date: Mon, 4 May 2009 18:22:28 -0300
  Subject: Re: [obm-l] serie para ln(2)
  To: obm-l@mat.puc-rio.br
 
  Ola Luis e demais colegas
  desta lista ... OBM-L,
 
  A expressao 1(2n(2n-1)) pode ser olhada assim ::
 
  1/(2n(2n-1)) = ( 1/(2n-1) ) - ( 1/2n )
 
  Assim, para n=1, 2, 3, ...
 
  1 - (1/2) + 1/3 - (1/4) + 1/5 - (1/6) + ... = Ln(2)
 
  De maneira geral, se A1, A2, A3, ... e uma PA, a expressao
 
  soma de 1/(Ai+1*Ai+2*Ai+3*...*Ai+k) onde i = 1, 2, 3, ... e k=2
  Tambem permite uma olhada especial de onde deriva sua soma. Como fazer 
  isso ?
 
  Exemplo :
 
  1/(Ai*Ai+1*Ai+2) = (1/(2(r^2)))*((1/Ai) - (2/(Ai+1)) + (1/Ai+2))
  Use o fato de que Ai= (Ai+1) - r e Ai+2 = (Ai+2) + r, onde r e
  a razao da PA
 
  Agora, considere o seguinte :
 
  Seja S = 1 - (1/2) + (1/3) - (1/4) + ... = Ln(2)
 
  Nos olhar esta serie assim : +-+-+-+- ... onde, sem tirar os termos
  de lugar, notamos que em cada posicao par ha um sinal - e em cada
  posicao impar ha um sinal +. Representarei este fato com a notacao S
  (1,1), significando que apos 1 sinal par segue um impar.
 
  O simbolo S(2,3) significa que apos 2 sinais + sempre seguem 3
  sinais -, assim :
 
  S(2,3) = 1 + (1/2)-(1/3)-(1/4)-(1/5)+(1/6)+(1/7) - (1/8)-(1/9)-(1/10)+...
 
  Eu afirmo que S(N,P) converge se N e P sao inteiros positivos. Como
  provar isso ?
 
  Um Abraco a Todos
  PSR, 20405091800
 
 
  2009/5/4 Luís Lopes qed_te...@hotmail.com:
   Sauda,c~oes,
  
   No meio de vários reply ao thread CEGUEIRA FRACIONÁRIA!
   encontrei a seguinte mensagem:
  
   [obm-l] Mais um divertimento: 0  1/2 (???)
   Albert Bouskela
   Thu, 18 Dec 2008 10:15:24 -0800
   Amigos:
  
   Já que o divertimento anterior foi um sucesso de público e crítica, aí 
   vai
   o
   segundo:
  
   [...]
  
  
   E, assim, demonstra-se que 0  1/2 (???)
  
   Onde está o erro?
  
   Uma curiosidade:
   soma ( 1/2n(2n-1) , n = 1 ... +oo ) = 1/2 + 1/12 + 1/30 + ... = ln(2) =
   0,69 
   1/2
  
   [...]
  
   Como demonstrar a curiosidade acima?
  
   []'s
   Luís
  
  
   
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FW: [obm-l] serie para ln(2)

2009-05-06 Por tôpico Albert Bouskela

 Olá!
 
 SE a série é convergente, ENTÃO é válido aplicar os diversos operadores
 (aritméticos, algébricos, diferenciais, integrais...) nos seus termos. O
 grande Euler, o Cauchy e o Weierstrass usaram e abusaram disto. Aliás, foi
 assim que o Euler provou a sua mais do que famosa identidade: e^(i*pi) + 1
 = 0 .
 
 Vou lhe mostrar o que eles fizeram - repare o tamanho do abuso!
 
 Suponha que seja sabido que:
 
 e = lim [n--+oo] [ (1+1/n)^n ] = 1 + 1/1! + 1/2! + 1/3! + ...
 
 Daí: e^x = lim [n--+oo] [ (1+x/n)^n ] = 1 + x/1! + (x^2)/2! + (x^3)/3! +
 ...
 
 Aí, os caras mandaram a seguinte extrapolação:
 
 e^z = lim [n--+oo] [ (1+z/n)^n ] = 1 + z/1! + (z^2)/2! + (z^3)/3! + ... ,
 sendo z um complexo - que barbaridade!!!
 
 Esta série, acredite, converge para qualquer z e pode ser diferenciada
 termo a termo, exatamente como um polinômio ordinário e finito. Todas
 (TODAS!) as propriedade de e^z podem ser deduzidas através da série
 indicada acima.
 
 Logo, e^(i*pi) = -1
 
 Sabe o que é ainda mais bacana (que gíria mais velha!)? Através desta mesma
 série, pode-se demonstrar que a função e^z é periódica, sendo seu
 período igual a 2*pi*i (imaginário!). Claro: e^(i*theta) = cis(theta)
 e cis(theta) é periódica! Gostou? Sei lá... e^x é monotonamente
 crescente e e^z é periódica !? Um bom exercício é arrumar uma explicação
 conceitual para isto - garanto-lhe que não é muito difícil!
 
 Sds.,
 Albert Bouskela
 bousk...@msn.com
 
  -Original Message-
  From: owner-ob...@mat.puc-rio.br [mailto:owner-ob...@mat.puc-rio.br]
  On Behalf Of Luís Lopes
  Sent: Tuesday, May 05, 2009 5:36 PM
  To: obm-l@mat.puc-rio.br
  Subject: RE: [obm-l] serie para ln(2)
  
  Sauda,c~oes,
  Oi Paulo e para os outros três que responderam,
  
  Então de
  
  1 - (1/2) + 1/3 - (1/4) + 1/5 - (1/6) + ... = Ln(2)
  
  posso fazer
  
  [1 - (1/2)] + [1/3 - (1/4)] + [1/5 - (1/6)] + ... e obter
  o mesmo resultado?? Sempre, ou seja, posso botar [ ]
  à vontade em séries cond. convergentes?
  
  Ando sempre em águas turvas com estas manipulações de
  séries cond. conv.
  
  P.S.: Paulo, o Rousseau acabou de me dizer que encontrou
  uma solução para aquela conjectura. Mas não a tenho.
  Obrigado pelo seu email a respeito. Muito trabalho nele.
  
  []'s
  Luís
  
  
From: paulo.santar...@gmail.com
Date: Mon, 4 May 2009 18:22:28 -0300
Subject: Re: [obm-l] serie para ln(2)
To: obm-l@mat.puc-rio.br
   
Ola Luis e demais colegas
desta lista ... OBM-L,
   
A expressao 1(2n(2n-1)) pode ser olhada assim ::
   
1/(2n(2n-1)) = ( 1/(2n-1) ) - ( 1/2n )
   
Assim, para n=1, 2, 3, ...
   
1 - (1/2) + 1/3 - (1/4) + 1/5 - (1/6) + ... = Ln(2)
   
De maneira geral, se A1, A2, A3, ... e uma PA, a expressao
   
soma de 1/(Ai+1*Ai+2*Ai+3*...*Ai+k) onde i = 1, 2, 3, ... e k=2
Tambem permite uma olhada especial de onde deriva sua soma. Como
  fazer isso ?
   
Exemplo :
   
1/(Ai*Ai+1*Ai+2) = (1/(2(r^2)))*((1/Ai) - (2/(Ai+1)) + (1/Ai+2))
Use o fato de que Ai= (Ai+1) - r e Ai+2 = (Ai+2) + r, onde r e
a razao da PA
   
Agora, considere o seguinte :
   
Seja S = 1 - (1/2) + (1/3) - (1/4) + ... = Ln(2)
   
Nos olhar esta serie assim : +-+-+-+- ... onde, sem tirar os termos
de lugar, notamos que em cada posicao par ha um sinal - e em cada
posicao impar ha um sinal +. Representarei este fato com a notacao S
(1,1), significando que apos 1 sinal par segue um impar.
   
O simbolo S(2,3) significa que apos 2 sinais + sempre seguem 3
sinais -, assim :
   
S(2,3) = 1 + (1/2)-(1/3)-(1/4)-(1/5)+(1/6)+(1/7) -
 (1/8)-(1/9)-(1/10)+...
   
Eu afirmo que S(N,P) converge se N e P sao inteiros positivos. Como
provar isso ?
   
Um Abraco a Todos
PSR, 20405091800
   
   
2009/5/4 Luís Lopes qed_te...@hotmail.com:
 Sauda,c~oes,

 No meio de vários reply ao thread CEGUEIRA FRACIONÁRIA!
 encontrei a seguinte mensagem:

 [obm-l] Mais um divertimento: 0  1/2 (???)
 Albert Bouskela
 Thu, 18 Dec 2008 10:15:24 -0800
 Amigos:

 Já que o divertimento anterior foi um sucesso de público e crítica,
 aí vai
 o
 segundo:

 [...]


 E, assim, demonstra-se que 0  1/2 (???)

 Onde está o erro?

 Uma curiosidade:
 soma ( 1/2n(2n-1) , n = 1 ... +oo ) = 1/2 + 1/12 + 1/30 + ... =
 ln(2) =
 0,69 
 1/2

 [...]

 Como demonstrar a curiosidade acima?

 []'s
 Luís


 
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Re: [obm-l] serie para ln(2)

2009-05-06 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Grande Paulo ! Mas eu gostaria de tentar dar um palpitezinho... e
vou acabar dando dois :

2009/5/6 Paulo Santa Rita paulo.santar...@gmail.com:
 Ola Luis e demais colegas
 desta lista ... OBM-L,

 1) O valor de uma serie ( sua soma ) e formalmente definido como em
 qualquer serie, vale dizer, como limite das suas reduzidas. Assim, se
 :

 S = a1 + a2 + a3 + ...  = L

 Entao a sequencia Rn = a1 + ... + an e tal que Lim Rn = L. Neste
 particular caso que voce cita o agrupamento nao vai causar problemas ,
 conforme pode-se ver considerando as suas reduzidas. No caso geral,
 PRESERVANDO-SE O SINAL DOS TERMOS, nao pode. Basta , mais uma vez,
 considerar as reduzidas.

 A resposta mais geral seria, entao, assim:

 Se e possivel provar que a sequencia das reduzidas original converge
 para o mesmo valor que a nova sequencia das reduzidas ( aquelas
 derivadas do agrupamento ) entao o agrupamento e valido

 2) Estas series sao melhor tratadas em espacos de sobolev
Eu tenho muito pouca prática com Sobolev, mas se você pudesse
detalhar... Eu vou detalhar o que eu pensei quando escrevi :

Temos uma soma S, com termos a1, a2, a3, ... Faça a seguinte hipótese
: a_n tende a zero. Então, agrupando os termos SEMPRE EM MESMO NUMERO,
se a primeira soma existir, a agrupada também, e vale o mesmo valor. A
idéia, é exatamente voltar à definição que o Paulo deu mais acima, e
notar que um grupo equivale a somar N termos sucessivos. Logo, somar n
grupos, equivale a tomar a nN-ésima parcial. Sabemos que a seqüência
das parciais converge, logo a das N-parciais também, e para o mesmo
valor, pois é uma subseqüência. Muito mais interessante é tentar a
recíproca : se a soma dos agrupamentos converge, o que acontece com a
soma original ? E é aí que a hipótese inicial tem todo o seu sentido:
sabemos que a subseqüência S_{Nk} converge para S, e queremos estudar
a seqüência completa S_n. Ora, como os termos tendem a zero, de S_{Nk
+ 1} = S_{Nk} + a_{Nk + 1}, tomando o limite no termo da direita (que
existe !), vemos que lim S_{Nk + 1} existe também, e vale S + lim
a_{Nk + 1} = S. Como, além disso, temos um número finito de restos
modulo N, e todas as subseqüências S_n{Nk + a} convergem para S (faça
uma depois da outra !!), a seqüência original também converge para S,
pois a partir de um certo N_0, todos os S_{Nk} estão a epsilon de S,
para um N_1, os S_{Nk + 1}, etc e tal, logo para o máximo dos N_a,
todo mundo está a epsilon de S. Note que a finitude (que vem da
regularidade dos parênteses) é crucial, bem como a hipótese que os
termos tendem a zero !!

 3) No fim da minha mensagem eu citei uma solucao diferente da que
 apresentei, usando polinomios ( que, inclusive, gneraliza a questao ).
 Agora, repensando, surgem muitas outras maneiras de tratar o problema
 ...

 4) Agora, Luis, tive uma ideia que talvez signifique uma humilde
 contribuicao ao seu monumental trabalho sobre triangulos. Veja se voce
 ja fez ou se e uma nova questao :

 PROBLEMA : Dado 2P. Construa o triangulo tal que a soma das suas
 medianas e o seu perimetro sejam 2P.
Não entendi, você quer que a soma das medianas seja 2P, e o perímetro
também seja 2P ? Ou a soma a+b+c + m_a+m_b+m_c = 2P ? Porque, se for
esse último (que foi como eu interpretei de chofre) parece que tem
uma solução para 3a + 3a\sqrt{3}/2 = 2P ...

 OBS : Para aqueles que estao acompanhando esta mensagem, saibam que
 Luis Lopes e autor do maior e mais completo livro DO MUNDO sobre
 construcao geometrica de triangulos. Pena que ( pelo que sei ) ainda
 nao ha uma versao em portugues

 Um Abracao
 PSR, 40605090832

Um grande abraço,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] serie para ln(2)

2009-05-06 Por tôpico Paulo Santa Rita
Ola Bernardo e demais colegas
desta lista ... OBM-L,

1 ) Muito boa a sua mensagem, mas note que nao foi isso que o Luis
Lopes perguntou e, portanto, nao foi sobre o que eu respondi. Pelo que
eu entendi, o Luis quer saber se a colocao arbitraria de colchetes vai
afetar o valor original da serie ( sua soma), vale dizer, NAO HA A
HIPOTESE DE MESMO NUMERO DE TERMOS e, pior ainda, OS SINAIS DOS TERMOS
SAO PRESERVADOS, ou seja, ele simplesmente introduz colchetes e outros
delimitadores, SEM ALTERAR OS SINAIS ORIGINAIS, o que afeta o
resultado ainda mais.

2 ) Nao, amigo, descupe. Devo ter me expressado mal. Quero dizer :

Dado 2P, construa o triangulo tal que :
Soma das medianas = 2P
perimetro = 2P

Eu nao pensei sobre a questao. Nem sei se e trivial ou trabalhosa. Ela
veio a minha cabeca quando respondia o Luis Lopes. Como o Luis e um
Mestre consumado no assunto, queria saber se tal questao ja constava
no livro dele ou se ele dispunha de tempo pra apresentar uma solucao,
caso exista.

Um Abracao
PSR, 40605091048



2009/5/6 Bernardo Freitas Paulo da Costa bernardo...@gmail.com:
 Grande Paulo ! Mas eu gostaria de tentar dar um palpitezinho... e
 vou acabar dando dois :

 2009/5/6 Paulo Santa Rita paulo.santar...@gmail.com:
 Ola Luis e demais colegas
 desta lista ... OBM-L,

 1) O valor de uma serie ( sua soma ) e formalmente definido como em
 qualquer serie, vale dizer, como limite das suas reduzidas. Assim, se
 :

 S = a1 + a2 + a3 + ...  = L

 Entao a sequencia Rn = a1 + ... + an e tal que Lim Rn = L. Neste
 particular caso que voce cita o agrupamento nao vai causar problemas ,
 conforme pode-se ver considerando as suas reduzidas. No caso geral,
 PRESERVANDO-SE O SINAL DOS TERMOS, nao pode. Basta , mais uma vez,
 considerar as reduzidas.

 A resposta mais geral seria, entao, assim:

 Se e possivel provar que a sequencia das reduzidas original converge
 para o mesmo valor que a nova sequencia das reduzidas ( aquelas
 derivadas do agrupamento ) entao o agrupamento e valido

 2) Estas series sao melhor tratadas em espacos de sobolev
 Eu tenho muito pouca prática com Sobolev, mas se você pudesse
 detalhar... Eu vou detalhar o que eu pensei quando escrevi :

 Temos uma soma S, com termos a1, a2, a3, ... Faça a seguinte hipótese
 : a_n tende a zero. Então, agrupando os termos SEMPRE EM MESMO NUMERO,
 se a primeira soma existir, a agrupada também, e vale o mesmo valor. A
 idéia, é exatamente voltar à definição que o Paulo deu mais acima, e
 notar que um grupo equivale a somar N termos sucessivos. Logo, somar n
 grupos, equivale a tomar a nN-ésima parcial. Sabemos que a seqüência
 das parciais converge, logo a das N-parciais também, e para o mesmo
 valor, pois é uma subseqüência. Muito mais interessante é tentar a
 recíproca : se a soma dos agrupamentos converge, o que acontece com a
 soma original ? E é aí que a hipótese inicial tem todo o seu sentido:
 sabemos que a subseqüência S_{Nk} converge para S, e queremos estudar
 a seqüência completa S_n. Ora, como os termos tendem a zero, de S_{Nk
 + 1} = S_{Nk} + a_{Nk + 1}, tomando o limite no termo da direita (que
 existe !), vemos que lim S_{Nk + 1} existe também, e vale S + lim
 a_{Nk + 1} = S. Como, além disso, temos um número finito de restos
 modulo N, e todas as subseqüências S_n{Nk + a} convergem para S (faça
 uma depois da outra !!), a seqüência original também converge para S,
 pois a partir de um certo N_0, todos os S_{Nk} estão a epsilon de S,
 para um N_1, os S_{Nk + 1}, etc e tal, logo para o máximo dos N_a,
 todo mundo está a epsilon de S. Note que a finitude (que vem da
 regularidade dos parênteses) é crucial, bem como a hipótese que os
 termos tendem a zero !!

 3) No fim da minha mensagem eu citei uma solucao diferente da que
 apresentei, usando polinomios ( que, inclusive, gneraliza a questao ).
 Agora, repensando, surgem muitas outras maneiras de tratar o problema
 ...

 4) Agora, Luis, tive uma ideia que talvez signifique uma humilde
 contribuicao ao seu monumental trabalho sobre triangulos. Veja se voce
 ja fez ou se e uma nova questao :

 PROBLEMA : Dado 2P. Construa o triangulo tal que a soma das suas
 medianas e o seu perimetro sejam 2P.
 Não entendi, você quer que a soma das medianas seja 2P, e o perímetro
 também seja 2P ? Ou a soma a+b+c + m_a+m_b+m_c = 2P ? Porque, se for
 esse último (que foi como eu interpretei de chofre) parece que tem
 uma solução para 3a + 3a\sqrt{3}/2 = 2P ...

 OBS : Para aqueles que estao acompanhando esta mensagem, saibam que
 Luis Lopes e autor do maior e mais completo livro DO MUNDO sobre
 construcao geometrica de triangulos. Pena que ( pelo que sei ) ainda
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 Um grande abraço,
 --
 Bernardo Freitas Paulo da Costa

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RE: [obm-l] produtos notaveis

2009-05-06 Por tôpico Márcio Pinheiro
Olá.
Não reparei na solução (ou início dela). Como seria? Devo ter apagado a 
mensagem, sem prestar atenção.
Até.

--- Em ter, 5/5/09, Luís Lopes qedte...@escolademestres.com escreveu:

De: Luís Lopes qedte...@escolademestres.com
Assunto: RE: [obm-l] produtos notaveis
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Data: Terça-feira, 5 de Maio de 2009, 17:11

Sauda,c~oes, 
Oi Márcio Pinheiro, 
 
Legal, gostei. 
 
Mas me parece que o Bernardo(?) deu uma sugestão 
para um começo de solução. Ou não? 
 
Se sim, como seria esta solução? 
 
[]'s 
Luís 

 
 Date: Thu, 30 Apr 2009 05:41:38 -0700
 From: profmar...@yahoo.com.br
 Subject: Re: [obm-l] produtos notaveis
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 
 Saudações.
 O melhor caminho que vislumbro pra resolver esse tipo de questão não é
exatamente por produtos notáveis, mas por números
complexos.
 LEMA: Sendo x um número complexo, não real, x + 1/x é real se, e
somente se, x tem módulo unitário.
 Adotar-se-á a notação cisk para significar cosk + isenk, sendo k um
número real e i^2 = - 1.
 Seja x = pcisk, em que p = módulo de x (número real positivo, já que x
não é nulo). Pela 1ª Lei de De Moivre, x^n = p^ncis(nk), qualquer que seja n
inteiro.
 PROVA DO LEMA: x + 1/x = x + x^(-1) = pcis k + p^(-1)cis(-k)= (p +
1/p)cosk + i(p - 1/p)senk, que é um número real se, e somente se, p = 1/p,
pois senk é diferente de zero. Daí, p = 1, como se desejava demonstrar.
 Assim, sendo x + x^(-1) = (1+sqrt5)/2 (o número de ouro, por sinal), é
fácil ver que x não pode ser real, porque o discriminante (delta) é negativo.
Logo, de acordo com o lema precedente, x = cisk, com k real. Daí, x + x^(-1) =
2cosk = (1+sqrt5)/2, ou seja, cosk = (1+sqrt5)/4 = cos (pi/5). Portanto, usando
o argumento principal (isto é, de 0 a pi) para o valor de k, pode-se tomar x =
cis (pi/5).
 Pela 1ª Lei de De Moivre, conclui-se que: x^2000 + x^(-2000) =
2cis(400pi) = 2(1 + 0i) = 2.
 Espero ter ajudado.
 Márcio Pinheiro.
 
 --- Em qua, 29/4/09, Marcus marcusaureli...@globo.com escreveu:
 
 De: Marcus marcusaureli...@globo.com
 Assunto: [obm-l] produtos notaveis
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Data: Quarta-feira, 29 de Abril de 2009, 21:00
 
 Alguem sabe como se faz essa questão?
  
 Se X + X^-1 = (1+sqrt5)/2 então x^2000 + x^-2000 vale? 
 
 
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=



  Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! +Buscados
http://br.maisbuscados.yahoo.com

[obm-l] DG: [Era: serie para ln(2)]

2009-05-06 Por tôpico Luís Lopes

Sauda,c~oes, 
Oi PSR e Bernardo, 

Valeu, gostei das respostas. Gostaria de ver textos 
com tais discussões/explicações; nunca vi. É a mesmice 
de sempre nas fontes a que tenho acesso. Bom, pode 
ser também que não tenha sabido procurar. 

===
OBS : Para aqueles que estao acompanhando esta mensagem, saibam que
Luis Lopes e autor do maior e mais completo livro DO MUNDO sobre
construcao geometrica de triangulos. 
===
Menos, Paulo, menos. Conheço e tenho (oferecido por um alemão que 
fazia(faz?) parte de uma lista de geometria) um em alemão muito 
bom. E pela velhice do assunto deve haver muitos outros. O que 
faço é expor o assunto à minha maneira. 

===
Pena que ( pelo que sei ) ainda nao ha uma versao em portugues. 
===
É verdade. Só existe a edição em francês, já esgotada. Mas estou 
trabalhando na muito melhor versão em português. Ainda sem 
 prazo de lançamento. 


===
Dado 2P, construa o triangulo tal que :
Soma das medianas = 2P
perimetro = 2P
===
Foi assim que interpretei os dados. 


===
Eu nao pensei sobre a questao. Nem sei se e trivial ou trabalhosa. Ela
veio a minha cabeca quando respondia o Luis Lopes. Como o Luis e um
Mestre consumado no assunto, 
===
Novamente, menos, Paulo, menos. Talvez o Nehab possa mencionar 
alguns verdadeiros mestres do assunto. Poderia prestar uma homenagem 
tardia ao Prof. Virgilio A. Pinheiro. Ele foi meu professor de DG em 1968, 
quando estava no 4o. ginásio. Infelizmente não sabia que estava tendo 
aulas com tal Prof! Atualmente temos o Wagner e tenho uma apostila 
do Célio Pinto de Almeida sobre Cônicas. Não fui aluno dele mas deve 
ter sido um verdadeiro mestre também. 


===
 queria saber se tal questao ja constava no livro dele 
===
Não. O volume no qual trabalho só envolve construções com dados 
simples, sem somas, diferenças etc dos elementos do triângulo. 
Como o seguinte, que fica como sugestão: (h_a,h_b,d_c). 
d_c é a bissetriz interna. Pode-se pensar também em e_c, 
bissetriz externa. 

 ===
ou se ele dispunha de tempo pra apresentar uma solucao, caso exista.
===
Hum conheço construções do tipo (A,a+b,a+c) e muitas outras 
envolvendo operações com os elementos do triângulo. Este seu 
problema eu nunca tinha visto e ele me parece indeterminado. 
Falta um dado, não? Não sei se (A,m_a+m_b+m_c,p) é possível. 
Se for, poderá fazer parte de um trabalho futuro, já iniciado. 

[]'s 
Luís 


_
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Re: [obm-l] DG: [Era: serie para ln(2)]

2009-05-06 Por tôpico Carlos Nehab

Caramba,

Falam em antiguidades e mencionam logo meu nome.  Não sei porque... :-) .

Você já mencionaram dois maiores monstros do passado em Geometrias 
(imaginem... o quanto passado...o meu passado! hahaha).
O Virgilio de Athayde Pinheiro e o Célio Pinto de Almeida (que depois 
foi dono da construtora que levava seu nome).
O primeiro, um sábio, um verdadeiro mestre, de corpo e alma (falava 
grego fluentemente, era um poço infinito de conhecimento, inclusive 
sobre história da Matemática, aspecto tão negligenciado hoje em dia 
(para os alunos fica a horrível sensação que tudo em matemática sempre 
foi do mesmo jeito semprecomo se matemática fose uma descoberta dos 
deuses e não dso homens...).


Tive o privilégio de ter sido aluno do Virgílio em Geometria Descritiva 
e Perspectiva(s).
Do segundo élio) fui aluno de Desenho Geométrico (ai incluidas as 
Cônicas): um monstro e um extraordinário professor.


Mas havia um outro monstro sagrado, tímido e introspectivo, que foi 
professor do IME e da UFF (Dep de Matemática) - Luiz Oswaldo - e tive 
oportunidade de ser aluno dele em ambas as escolas.  No IME, de 
Geometria, e na UFF de Teoria dos Números e de Geometria (foi através 
dele que conheci e me extasiei com o livro do Niven - Irrational 
Numbers, já mencionado algumas vezes por aqui).


Eram do Luiz Oswaldo a grande maioria das questões de Geometria dos 
concursos de admissão ao IME na década de 65 a75, inclusive as questões 
de Geometria da prova de 72/73 onde tive o prazer de trabalhar com ele 
(eu já dava aula lá) e participar de forma intensa no massacre da prova 
de Álgebra daquele ano. ;-)


Para quem não se lembra eu e o Ponce (um quase coroa da lista) já 
escrevemos por aqui causos engraçados sobre o Luiz Oswaldo, inclusive 
sua ridícula e única gravata de seu sovina vestuário.


Mas eu tenho os livros do Virgílio de Descritiva, os do Célio, de 
Cônicas e de outras cositas deles.


Quanto ao problema proposto pelo Santa Rita (perímetro e medianas) eu tb 
não o havia visto ainda e de fato, como o Luis mencionou, não seria um 
problema digamos clássico, pois não é muito comum, na bibliografia, a 
sistematização de problemas contendo somas, diferenças etc.  (vide uma 
das bíblias em Wernick, W. Triangle Constructions with Three Located 
Points. /Math. Mag./ *55*, 227-230, 1982.) e diversos outros papers que 
vão completando a lista do Wernick.  Eu tenho estes textos que me foram 
enviados por meu filho.


Vou tentar resolver o citado problema, mas não juro que seja 
indeterminado, pois a soma das medianas varia entre 3/4 e 3/2 do 
perímetro de um triângulo...   Bolas dirão, e daí?  Bem nada como sexto 
sentido de matemágico antigo, né...


Abraços,
Nehab

Luís Lopes escreveu:
Sauda,c~oes, 
Oi PSR e Bernardo, 

Valeu, gostei das respostas. Gostaria de ver textos 
com tais discussões/explicações; nunca vi. É a mesmice 
de sempre nas fontes a que tenho acesso. Bom, pode 
ser também que não tenha sabido procurar. 


===
OBS : Para aqueles que estao acompanhando esta mensagem, saibam que
Luis Lopes e autor do maior e mais completo livro DO MUNDO sobre
construcao geometrica de triangulos. 
===
Menos, Paulo, menos. Conheço e tenho (oferecido por um alemão que 
fazia(faz?) parte de uma lista de geometria) um em alemão muito 
bom. E pela velhice do assunto deve haver muitos outros. O que 
faço é expor o assunto à minha maneira. 


===
Pena que ( pelo que sei ) ainda nao ha uma versao em portugues. 
===
É verdade. Só existe a edição em francês, já esgotada. Mas estou 
trabalhando na muito melhor versão em português. Ainda sem 
prazo de lançamento. 


===
Dado 2P, construa o triangulo tal que :
Soma das medianas = 2P
perimetro = 2P
===
Foi assim que interpretei os dados. 


===
Eu nao pensei sobre a questao. Nem sei se e trivial ou trabalhosa. Ela
veio a minha cabeca quando respondia o Luis Lopes. Como o Luis e um
Mestre consumado no assunto, 
===
Novamente, menos, Paulo, menos. Talvez o Nehab possa mencionar 
alguns verdadeiros mestres do assunto. Poderia prestar uma homenagem 
tardia ao Prof. Virgilio A. Pinheiro. Ele foi meu professor de DG em 
1968, 
quando estava no 4o. ginásio. Infelizmente não sabia que estava tendo 
aulas com tal Prof! Atualmente temos o Wagner e tenho uma apostila 
do Célio Pinto de Almeida sobre Cônicas. Não fui aluno dele mas deve 
ter sido um verdadeiro mestre também. 


===
 queria saber se tal questao ja constava no livro dele 
===
Não. O volume no qual trabalho só envolve construções com dados 
simples, sem somas, diferenças etc dos elementos do triângulo. 
Como o seguinte, que fica como sugestão: (h_a,h_b,d_c). 
d_c é a bissetriz interna. Pode-se pensar também em e_c, 
bissetriz externa. 


===
ou se ele dispunha de tempo pra apresentar uma solucao, caso exista.
===
Hum conheço construções do tipo (A,a+b,a+c) e muitas outras 
envolvendo operações com os elementos do triângulo. Este seu 
problema eu nunca tinha visto e ele me parece indeterminado. 
Falta um dado, não? 

Re: [obm-l] DG: [Era: serie para ln(2)]

2009-05-06 Por tôpico Paulo Santa Rita
Ola Luis e Nehab e demais
colegas desta lista ... OBM-L,

Bom, eu nao conheci qualquer dos grandes Mestres citados abaixo e,
muito menos, tive o prazer de estudar por qualquer dos livros deles.
Assim, se por omissao cometi alguma injustica, asseguro que foi
involuntária.

Eu so estudei em escolas publicas. Tive um pessimo 1 grau e o 2 grau
foi pior ainda. Lembro que na antiga 7 serie eu estava totalmente
decepcionado com a miseravel Matematica que ensinavam e estudava por
conta propria sobretudo Filosofia e Filologia( Lia W Durant,, As obras
completas do Freud, Os Pensadores, Goethe e Shakespeare etc ). Foi
mais ou menos no fim desta serie que me deparei com um livro que veio
modificar totalmente a minha vida ...

Comprei no Sebo um livrinho sem capa, sobre Geometria, do Prof Eduardo
Wagner ( e acho que falecido Prof Morgado tambem era autor ). A
leitura deste livro me mostrou algo que, naquela epoca, eu nem
suspeitava : que a Matematica podia ser bela, que poderiamos penetrar
no desconhecido a partir de algumas nocoes basicas e que, enfim, a
Matematica era uma ciencia digna da minha atencao.

Eu me lembro que fiquei tao impressionado com aquelas coisas que,
daquele momento em diante, eu nao conseguia pensar em mais nada. Perdi
todos os amigos, pois nem todo mundo gosta destas coisas e passei
sistematicamente a devorar tudo que eu podia estudar : Calculo,
Algebra, Teoria de  Galois etc. Li Hardy e Ramanujam e dai em diante.

E por esta razao que o Prof Eduardo Wagner e uma pessoa que sem duvida
tem um lugar muito especial na minha vida de Matematico. Inclusive a
minha primeira descoberta de infancia  em matematica, eu a batizei com
o seu nome como uma forma de agradecer o que ele representava para mim
naquele momento :

***INICIO***

( DESIGUALDADE WAGNER ) EM QUALQUER TRIANGULO, O SEMI-PERIMETRO NUNCA
E MENOR QUE A SOMA DOS PRODUTOS DE CADA LADO PELO COSSENO DO ANGULO
OPOSTO.

Para ver isso, seja ABC um triangulo qualquer, imaginado como se BC fosse a
base ( B a esquerda, C a direita ) e A o vertice.

1) Prolongando CA a partir de A, no sentido de C para A, de um segmento AD
igual AB.
2) Prolongando BA a partir de A, no sentido de B para A, de um segmento AE
igual a AC
3) Ligando D com E

Os triangulo ABC e ADE sao iguais (caso LAL), pois :

1) AD = AB (por construcao)
2) AE = AC (por construcao)
3) Angulo BAC = Angulo DAE (opostos pelo vertice)

Segue que DE=BC.

Trancando por A uma paralela a BC. Seja r esta paralela. Agora, seja F o
pe da perpendicular a r tracado por D. Seja G o pe da perpendicular a r
tracada por E.

Entao, claramente :

DE = AD*cos(DAF) + AE*cos(EAG)

Mas :

1)DE = BC = a
2)AD = AB = c
3)AE = AC = b
4)Angulo DAF = Angulo ACB ( Angulos Correspondentes ) = Ang C
5)Angulo EAG = Angulo ABC ( Angulos Correspondentes ) = Ang B

Portando :

a = c*cos(C) + b*cos(B)

Repetindo construcoes e raciocinios semelhantes para os demais vertices,
chegaremos a :

b = a*cos(A) + c*cos(C)
c = b*cos(B) + a*cos(A)

Somando estas tres desigualdades :

a + b + c = 2*a*cos(A) + 2*b*cos(B) + 2*c*cos(C)
2p = 2*a*cos(A) + 2*b*cos(B) + 2*c*cos(C)

Portanto :


DESIGUALDADE WAGNER :
p = a*cos(A) + b*cos(B) + c*cos(C)

***FIM***

Estou falando isso porque , dado que ninguem duvida do verdadeiro e
belissimo talento do Prof Wagner e FOI ELE, POR E-MAIL, QUE ME FALOU
DO LIVRO DO LUIS LOPES, classificando tal livro como o que havia de
melhor em geometria do traingulo. Assim, caro Luis, quem me falou
sobre a excelencia do seu trabalho foi o Wagner e, concorde comigo, O
Prof Wagner sabe perfeitamente do que fala quando o tema e a Geometria
Euclidiana...

Assim, a minha referencia infantil mais forte foi este ilustre Prof
Eduardo Wagner. Ele acendeu o estopim, disparou o Processo. Por que ?
Porque o Prof Wagner e um artista, as solucoes que ele apresenta tem
um que de beleza, tal como o Lagrange fazia. Assim, o trabalho dele
encanta e com ele aprendi a nao so  matematica, mas sobretudo a buscar
a Matematica Bonita.

Sobre o problema, como ocorre com frequencia, ele simplesmente surgiu
na minha cabeca. Se ele for realmente inedito e dele pudermos extrair
alguma coisa valiosa, eu me sentirei estimulado a pensar nele. Vou
aguardar o carissimo Nehab se pronunciar. Note que eu gostaria de ver
UMA CONSTRUCAO de um triangulo com tal propriedade, vale dizer, se o
problema for indeterminado e houver muitos triangulos assim, gostaria
de ver a construcao de um deles.

Um Abracao a Todos !
PSR, 40605092050

Em Tempo : prometo que da proxima vez vou escrever sobre Matematica.
Esta mensagem so tem texto porque estava parecendo que eu cometera uma
imensa injustica esquecendo outros grandes mestres. Nao foi isso.
Apenas realmente nunca ouvi falar ou li os livros destes grandes
professores.




2009/5/6 Carlos Nehab ne...@infolink.com.br:
 Caramba,

 Falam em antiguidades e mencionam logo meu nome.  Não sei porque... :-) .

 Você já mencionaram dois maiores monstros do passado em Geometrias
 (imaginem... o quanto passado...o meu