Re: [obm-l] DG: [Era: serie para ln(2)]

2009-05-09 Por tôpico Ralph Teixeira
Poxa, o Ponce, com sua vasta esperiencia de decadas e decadas matematicas,
ressuscitou a questao de qual eh a melhor desigualdade do tipo
ma+mb+mc=k(a+b+c) que a gente consegue escrever?, que estava em
http://www.mail-archive.com/obm-l@mat.puc-rio.br/msg43875.html
e mostrou que aqueles 3/2 que a gente achou ha decadas NAO era a melhor
cota.

(A gente tambem achou que 3/4.(a+b+c)=ma+mb+mc, e tem um argumento lah que
diz que esses 3/4 eh a melhor desigualdade)

Agora fiquei curioso -- qual eh o menor valor possivel de k para garantir
que a desigualdade acima vale? E antes que alguem diga, o argumento de que
num triangulo degenerado vale a igualdade porque dah 0=0 nao me convence --
afinal, o que eu quero eh o menor valor de k, e esse 0=0 vale para qualquer
k.

Abraco,
 Ralph

2009/5/9 Rogerio Ponce abrlw...@gmail.com

 Ola' Nehab, Santa Rita, Luis Lopes e pessoal da lista,
 estou gostando dessas histórias !

 ...menos, é claro, da intenção do Nehab em me incluir na lista dos
 quase coroas, visto que ele já conhecia o Bourbaki de trás pra
 frente, há mais de 10 anos, quando o único conjunto que eu conhecia
 era o dos Beatles...

 Xiii me entreguei

 Mas voltando 'a vaca fria, vamos resolver o problema do Santa Rita, ou
 seja,
 vamos tentar encontrar algum triangulo tal que o seu perimetro seja
 igual a soma das suas medianas.

 Entao, considere um triangulo ABC, e seja D o ponto medio do lado BC.
 Pois agora imagine os vetores AB e AC, com origem em A.

 Repare que a soma desses 2 vetores vale exatamente o dobro da mediana AD.

 Por outro lado, a gente sabe que a soma de dois vetores quaisquer
 vale, no maximo, a soma dos dois modulos.

 Portanto, a mediana AD vale no maximo a metade da soma dos
 comprimentos AB e AC, ou seja,
 2*AD = AB + AC

 Repita essa desigualdade para as outras medianas, e some tudo.
 Fica facil concluir que:
  A SOMA DAS MEDIANAS E' SEMPRE MENOR OU IGUAL AO PERIMETRO DO TRIANGULO.

 Alias, essa igualdade so' acontece se os angulos entre os vetores
 forem zero, o que significa que o triangulo tem que ser degenerado.
 E, de fato, isso acontece quando um dos lados do triangulo tem comprimento
 zero.

 []'s
 Rogerio Ponce




 2009/5/6 Carlos Nehab ne...@infolink.com.br:
  Caramba,
 
  Falam em antiguidades e mencionam logo meu nome.  Não sei porque... :-) .
 
  Você já mencionaram dois maiores monstros do passado em Geometrias
  (imaginem... o quanto passado...o meu passado! hahaha).
  O Virgilio de Athayde Pinheiro e o Célio Pinto de Almeida (que depois foi
  dono da construtora que levava seu nome).
  O primeiro, um sábio, um verdadeiro mestre, de corpo e alma (falava grego
  fluentemente, era um poço infinito de conhecimento, inclusive sobre
 história
  da Matemática, aspecto tão negligenciado hoje em dia (para os alunos fica
 a
  horrível sensação que tudo em matemática sempre foi do mesmo jeito
  semprecomo se matemática fose uma descoberta dos deuses e não dso
  homens...).
 
  Tive o privilégio de ter sido aluno do Virgílio em Geometria Descritiva e
  Perspectiva(s).
  Do segundo élio) fui aluno de Desenho Geométrico (ai incluidas as
 Cônicas):
  um monstro e um extraordinário professor.
 
  Mas havia um outro monstro sagrado, tímido e introspectivo, que foi
  professor do IME e da UFF (Dep de Matemática) - Luiz Oswaldo - e tive
  oportunidade de ser aluno dele em ambas as escolas.  No IME, de
 Geometria, e
  na UFF de Teoria dos Números e de Geometria (foi através dele que conheci
 e
  me extasiei com o livro do Niven - Irrational Numbers, já mencionado
 algumas
  vezes por aqui).
 
  Eram do Luiz Oswaldo a grande maioria das questões de Geometria dos
  concursos de admissão ao IME na década de 65 a75, inclusive as questões
 de
  Geometria da prova de 72/73 onde tive o prazer de trabalhar com ele (eu
 já
  dava aula lá) e participar de forma intensa no massacre da prova de
 Álgebra
  daquele ano. ;-)
 
  Para quem não se lembra eu e o Ponce (um quase coroa da lista) já
  escrevemos por aqui causos engraçados sobre o Luiz Oswaldo, inclusive
 sua
  ridícula e única gravata de seu sovina vestuário.
 
  Mas eu tenho os livros do Virgílio de Descritiva, os do Célio, de Cônicas
 e
  de outras cositas deles.
 
  Quanto ao problema proposto pelo Santa Rita (perímetro e medianas) eu tb
 não
  o havia visto ainda e de fato, como o Luis mencionou, não seria um
 problema
  digamos clássico, pois não é muito comum, na bibliografia, a
 sistematização
  de problemas contendo somas, diferenças etc.  (vide uma das bíblias em
  Wernick, W. Triangle Constructions with Three Located Points. Math.
 Mag.
  55, 227-230, 1982.) e diversos outros papers que vão completando a lista
 do
  Wernick.  Eu tenho estes textos que me foram enviados por meu filho.
 
  Vou tentar resolver o citado problema, mas não juro que seja
 indeterminado,
  pois a soma das medianas varia entre 3/4 e 3/2 do perímetro de um
  triângulo...   Bolas dirão, e daí?  Bem nada como sexto sentido de
  matemágico 

Re: [obm-l] produtos notaveis - SIM SOLUÇÂO por PRODUTOS NOTÁVEIS

2009-05-09 Por tôpico Carlos Nehab

(por precaução tô mandando outra vez sem reply)

Oi, Luís

Primeiro vamos ao exercício e 'a sugestão que você lembrou: Produtos 
Notáveis


Repetindo o enunciado para quem nos acompanha (mudei apenas letra):
Se a + 1/a = (raiz(5) + 1)/2 calcule a^2000 + 1/a^2000

A solução clássica e a mais elegante (por complexos) é de fato a que o 
Macio Pinheiro postou, mas dá para fazer usando a sugestão.


Obs (apenas para quem já estudou um pouquinho de recorrência linear)
Por recorrência linear, que também seria um caminho imediato enrola pois 
as raízes do polinômio característico são nojentas e obviamente 
complexas. Veja: se A(n) = a^n + 1/a^n é imediato que  A(n) = a.A(n-1) - 
A(n-2) e a equação característica é  z^2 - az +1 = 0 onde a é o (raiz(5) 
+1)/2.  Nojento (se alguém encontrar uma saída por ai, por favor, 
poste-a)


Solução (sem complexos - metaforicamente ou não... :-) )

Vamos então:
Como 2000 = 5^3.2^4, temos que ver se conseguimos (sem muitas contas 
chatas) replicar o cálculo de
x^5 + 1/x^5 a partir de x + 1/x, três vezes, para calcularmos x^125 + 
1/x^125

e
y^2 + 1/y^2 a partir de y + 1/y quatro vezes, para calcularmos y^16 + 
1/y^16  (onde, é claro, o y será x^125 e assim obteremos o x^2000 + 
1/x^2000)


Não é tão enrolado assim, se formos com calma:
Vamos fazer 
(raiz(5) +1)/2 = P e (0)

(raiz(5) -1)/2 = p   (0)

Para calcularmos x^5 + 1/x^5 a partir de X = x + 1/x, passamos pelo x^2 
+ 1/x^2 e x^3 + 1/x^3 (simples e clássicos)

Vejamos (produtinhos notáveis):
x^2 + 1/x^2 = (x + 1/x)^2 - 2 = X^2 - 2(1)
x^3 + 1/x^3 = (x + 1/x)^3 - 3 (x +1/x) = X^3 - 3X = X(X^2 -3)   (2)
Logo,
x^5 + 1/x^5 = (x^3 + 1/x^3).(x^2 +1/x^2) - (x +1/x)
x^5 + 1/x^5 = (X^3 - 3X).(X^2 - 2) - X = X[(X^2 -3)(X^2 -2) - 1] (3)

Parece que as contas serão esquisitas, mas nem tanto, pois P e p são 
MUITO simpáticos... e razoavelmente bonzinhos...


Aplicando (1), (2) e (3) várias vezes e lembrando de (0), onde definimos 
P e p, chegaremos no resultado.

Vejamos:

De x = a e X = a + 1/a = P em (3) obtemos
a^5 + 1/a^5 = X(X^2 -3)(X^2 -1) - X= P[(P^2 -3)(P^2 - 2) - 1] =  -2 
(valor já esperado -  vide solução do Marcio: a = cis 36, logo a^5 = -1 
e 1/a^5 = -1).

De x = a^5 e X = a^5 + 1/a^5 = -2 em (3), obtemos
a^25 + 1/a^25 = X[(X^2 -3)(X^2 -2) - 1] = -2 (que também é óbvio para 
quem viu o cis 36)

De x = a^25 e X = a^25 + 1/a^25 = -2 em (3) obtemos
a^125 + 1/a^125 = X[(X^2 -3)(X^2 -2) - 1] = -2

Agora basta usar (1) 4 vezes e as contas são óbvias e iguais a 2, sempre...
De x = a^125 e X = a^125 + 1/a^125 = -2 em (1)
a^250 + 1/a^250 = (2)^2 -2 = 2
De x = a^250 e X = a^250 + 1/a^250 = 2 em (1)
a^250 + 1/a^250 = 2^2 -2 = 2
De x = a^250 e X = a^250 + 1/a^250 = 2 em (1)
a^500 + 1/a^500 = 2^2 -2 = 2
De x = a^250 e X = a^250 + 1/a^250 = 2 em (1)
a^500 + 1/a^500 = 2^2 -2 = 2

Na verdade (como era de se esperar), a^250 + 1/a^250 = a^500 + 1/a^500 = 
a^1000 + 1/a^1000 = a^2000 + 1/a^2000 = 2


Abração,
Nehab

PS:
Caramba, Luis, apostila de Trigonometria? Pois é, eu lembrei que fiz a 
primeira apostila de Algebra Linear (com o Cesar Salim) quando este 
negócio começou a entrar no Vestibular do Rio (acho que em 1971 ou 2).
O Ponce aqui da lista (o quase velho :-) ) recentemente teve a gentileza 
de me emprestar as apostilas de Cálculo e Lógica que eu andei fazendo lá 
pelos idos de 1970 (caramba, que loucura) nas turmas IME/ITA (ih, 
nem devolvi ainda !!! ).  Não há a menor chance de usar este material 
hoje.  As coisas mudaram um pouquinho.  Eu enfatizava o aprendizado de 
Lógica com o primeiro passo para os alunos se alfabetizarem em 
Matemática.  Hoje isto tem pouquíssimo ibope...mas ainda funciona.. :-D 
, alías funciona desde o início dos tempos, né, desde pelo menos um tal 
de  Aristóteles que também não tem muito ibope hoje...  Como diz o 
Zygmund Bauman (um sociólogo que alguns acham meio pessimista, mas eu 
particularmente sou seu admirador), é um sinal da Modernidade 
Líquida..., título de seu livro mais interessante (uma bela metáfora 
para os tempos pós modernos, né?)...  Aliás é o único livro que indico 
dele.  O cara é extremamente criativo. 


Luís Lopes escreveu:

Oi Nehab,
 
É verdade. Mas isso está acontecendo com outras

listas também.
 
 A propósito, era para calcular x^200 + (1/x)^200

(se é o problema que estou pensando)
Acho que era x^2000 + (1/x)^2000 (detalhe).
 
Mas a sugestão(?) era pra começar calculando

[x + x^(-1)]^2. Tentei nessa linha e não consegui
nada.
 
Mas a solução mandada é muito boa.
 
Ah, me lembrei que tenho também uma apostila de

G. Espacial do Célio. Mas como ela apareceu um
dia lá em casa (irmãos mais velhos, amigos dos
irmãos mais velhos que estudavam lá m casa etc)
não me lembro da sua procedência. E nunca me
detive nela.
 
E já que toquei nisso tenho também uma sua

de Trigonometria, espólio do material do Impacto
de um irmão nesse caso mais novo.

[]'s
Luís

 
 Date: Fri, 8 May 2009 16:23:26 -0300

 From: ne...@infolink.com.br
 To: 

Re: [obm-l] produtos notaveis - SIM SOLUÇÂO por PRODUTOS NOTÁVEIS

2009-05-09 Por tôpico Carlos Nehab

Oi, Luís

Primeiro vamos ao exercício e 'a sugestão que você lembrou: Produtos 
Notáveis


Repetindo o enunciado para quem nos acompanha (mudei apenas letra):
Se a + 1/a = (raiz(5) + 1)/2 calcule a^2000 + 1/a^2000

A solução clássica e a mais elegante (por complexos) é de fato a que o 
Macio Pinheiro postou, mas dá para fazer usando a sugestão.


Obs (apenas para quem já estudou um pouquinho de recorrência linear)
Por recorrência linear, que também seria um caminho imediato enrola pois 
as raízes do polinômio característico são nojentas e obviamente 
complexas. Veja: se A(n) = a^n + 1/a^n é imediato que  A(n) = a.A(n-1) - 
A(n-2) e a equação característica é  z^2 - az +1 = 0 onde a é o (raiz(5) 
+1)/2.  Nojento (se alguém encontrar uma saída por ai, por favor, 
poste-a)


**Solução (sem complexos - metaforicamente ou não... :-) )

Vamos então:
Como 2000 = 5^3.2^4, temos que ver se conseguimos (sem muitas contas 
chatas) replicar o cálculo de
x^5 + 1/x^5 a partir de x + 1/x, três vezes, para calcularmos x^125 + 
1/x^125

e
y^2 + 1/y^2 a partir de y + 1/y quatro vezes, para calcularmos y^16 + 
1/y^16  (onde, é claro, o y será x^125 e assim obteremos o x^2000 + 
1/x^2000)


Não é tão enrolado assim, se formos com calma:
Vamos fazer 
(raiz(5) +1)/2 = P e (0)

(raiz(5) -1)/2 = p   (0)

Para calcularmos x^5 + 1/x^5 a partir de X = x + 1/x, passamos pelo x^2 
+ 1/x^2 e x^3 + 1/x^3 (simples e clássicos)

Vejamos (produtinhos notáveis):
x^2 + 1/x^2 = (x + 1/x)^2 - 2 = X^2 - 2(1)
x^3 + 1/x^3 = (x + 1/x)^3 - 3 (x +1/x) = X^3 - 3X = X(X^2 -3)   (2)
Logo,
x^5 + 1/x^5 = (x^3 + 1/x^3).(x^2 +1/x^2) - (x +1/x)
x^5 + 1/x^5 = (X^3 - 3X).(X^2 - 2) - X = X[(X^2 -3)(X^2 -2) - 1] (3)

Parece que as contas serão esquisitas, mas nem tanto, pois P e p são 
MUITO simpáticos... e razoavelmente bonzinhos...


Aplicando (1), (2) e (3) várias vezes e lembrando de (0), onde definimos 
P e p, chegaremos no resultado.

Vejamos:

De x = a e X = a + 1/a = P em (3) obtemos
a^5 + 1/a^5 = X(X^2 -3)(X^2 -1) - X= P[(P^2 -3)(P^2 - 2) - 1] =  -2 
(valor já esperado -  vide solução do Marcio: a = cis 36, logo a^5 = -1 
e 1/a^5 = -1).

De x = a^5 e X = a^5 + 1/a^5 = -2 em (3), obtemos
a^25 + 1/a^25 = X[(X^2 -3)(X^2 -2) - 1] = -2 (que também é óbvio para 
quem viu o cis 36)

De x = a^25 e X = a^25 + 1/a^25 = -2 em (3) obtemos
a^125 + 1/a^125 = X[(X^2 -3)(X^2 -2) - 1] = -2

Agora basta usar (1) 4 vezes e as contas são óbvias e iguais a 2, sempre...
De x = a^125 e X = a^125 + 1/a^125 = -2 em (1)
a^250 + 1/a^250 = (2)^2 -2 = 2
De x = a^250 e X = a^250 + 1/a^250 = 2 em (1)
a^250 + 1/a^250 = 2^2 -2 = 2
De x = a^250 e X = a^250 + 1/a^250 = 2 em (1)
a^500 + 1/a^500 = 2^2 -2 = 2
De x = a^250 e X = a^250 + 1/a^250 = 2 em (1)
a^500 + 1/a^500 = 2^2 -2 = 2

Na verdade (como era de se esperar), a^250 + 1/a^250 = a^500 + 1/a^500 = 
a^1000 + 1/a^1000 = a^2000 + 1/a^2000 = 2


Abração,
Nehab

PS:
Caramba, Luis, apostila de Trigonometria? Pois é, eu lembrei que fiz a 
primeira apostila de Algebra Linear (com o Cesar Salim) quando este 
negócio começou a entrar no Vestibular do Rio (acho que em 1971 ou 2).
O Ponce aqui da lista (o quase velho :-) ) recentemente teve a gentileza 
de me emprestar as apostilas de Cálculo e Lógica que eu andei fazendo lá 
pelos idos de 1970 (caramba, que loucura) nas turmas IME/ITA (ih, 
nem devolvi ainda !!! ).  Não há a menor chance de usar este material 
hoje.  As coisas mudaram um pouquinho.  Eu enfatizava o aprendizado de 
Lógica com o primeiro passo para os alunos se alfabetizarem em 
Matemática.  Hoje isto tem pouquíssimo ibope...mas ainda funciona.. :-D 
, alías funciona desde o início dos tempos, né, desde pelo menos um tal 
de  Aristóteles que também não tem muito ibope hoje...  Como diz o 
Zygmund Bauman (um sociólogo que alguns acham meio pessimista, mas eu 
particularmente sou seu admirador), é um sinal da Modernidade 
Líquida..., título de seu livro mais interessante (uma bela metáfora 
para os tempos pós modernos, né?)...  Aliás é o único livro que indico 
dele.  O cara é extremamente criativo. 


Luís Lopes escreveu:

Oi Nehab,
 
É verdade. Mas isso está acontecendo com outras

listas também.
 
 A propósito, era para calcular x^200 + (1/x)^200

(se é o problema que estou pensando)
Acho que era x^2000 + (1/x)^2000 (detalhe).
 
Mas a sugestão(?) era pra começar calculando

[x + x^(-1)]^2. Tentei nessa linha e não consegui
nada.
 
Mas a solução mandada é muito boa.
 
Ah, me lembrei que tenho também uma apostila de

G. Espacial do Célio. Mas como ela apareceu um
dia lá em casa (irmãos mais velhos, amigos dos
irmãos mais velhos que estudavam lá m casa etc)
não me lembro da sua procedência. E nunca me
detive nela.
 
E já que toquei nisso tenho também uma sua

de Trigonometria, espólio do material do Impacto
de um irmão nesse caso mais novo.

[]'s
Luís

 
 Date: Fri, 8 May 2009 16:23:26 -0300

 From: ne...@infolink.com.br
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Subject: Re: [obm-l] produtos notaveis

 

[obm-l] Baricentro de um triângulo oco... .

2009-05-09 Por tôpico Carlos Nehab

Oi, Ralph, Ponce, Luis Lopes, e demais colegas,

Os três fato que se seguem...
1) Ponce mostrou que ma + mb +mc é sempre menor ou igual ao perímetro;
2) Ralph desafiou a gente a achar o menor k tal que ma+mb+mc=k(a+b+c); e
3) Ponce deu a solução do centro de massa de uma placa em L só usando régua,

me lembraram de um exercício que acho que ainda não vi por aqui...

1) Preâmbulo manjado:
O centro de massa de um triãngulo é sabidamente o baricentro; ou seja, 
se você fizer um triângulo de madeira, por exemplo, você vai 
equilibrá-lo se o apoiar no seu baricentro.  Até ai quase morreu neves 
:-) ...  Entretanto isto é verdade se você imaginar o triângulo 
INCLUINDO a superfície delimitada pelos seus lados.


2) O exercício proposto
Mas ..., e se o triângulo for oco?   Qual o centro de massa? 

Este problema me foi proposto pela primeira vez por um aluno, há 
MITO e MUITO tempo, mais ou menos na época dos 3 
destinatários ai de cima


Abraços,
Nehab



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] DG: [Era: serie para ln(2)]

2009-05-09 Por tôpico Carlos Yuzo Shine

Oi Ralph,

Eu só comecei a acompanhar a discussão agora, mas o que acontece quando fazemos 
um lado TENDER a zero? Não tender a dar 1? Aí eu acho que o argumento do Ponce 
mostra que o menor k é 1, não?

Enfim, eu pensei muito rápido e posso estar enganado (agora mesmo estou meio 
apressado...).

[]'s
Shine


--- On Sat, 5/9/09, Ralph Teixeira ralp...@gmail.com wrote:

 From: Ralph Teixeira ralp...@gmail.com
 Subject: Re: [obm-l] DG: [Era: serie para ln(2)]
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Date: Saturday, May 9, 2009, 11:49 AM
 Poxa, o Ponce, com sua vasta esperiencia de decadas e
 decadas matematicas,
 ressuscitou a questao de qual eh a melhor
 desigualdade do tipo
 ma+mb+mc=k(a+b+c) que a gente consegue escrever?,
 que estava em
 http://www.mail-archive.com/obm-l@mat.puc-rio.br/msg43875.html
 e mostrou que aqueles 3/2 que a gente achou ha decadas NAO
 era a melhor
 cota.
 
 (A gente tambem achou que 3/4.(a+b+c)=ma+mb+mc, e tem
 um argumento lah que
 diz que esses 3/4 eh a melhor desigualdade)
 
 Agora fiquei curioso -- qual eh o menor valor possivel de k
 para garantir
 que a desigualdade acima vale? E antes que alguem diga, o
 argumento de que
 num triangulo degenerado vale a igualdade porque dah 0=0
 nao me convence --
 afinal, o que eu quero eh o menor valor de k, e esse 0=0
 vale para qualquer
 k.
 
 Abraco,
  Ralph
 
 2009/5/9 Rogerio Ponce abrlw...@gmail.com
 
  Ola' Nehab, Santa Rita, Luis Lopes e pessoal da
 lista,
  estou gostando dessas histórias !
 
  ...menos, é claro, da intenção do Nehab em me
 incluir na lista dos
  quase coroas, visto que ele já conhecia o
 Bourbaki de trás pra
  frente, há mais de 10 anos, quando o único conjunto
 que eu conhecia
  era o dos Beatles...
 
  Xiii me entreguei
 
  Mas voltando 'a vaca fria, vamos resolver o
 problema do Santa Rita, ou
  seja,
  vamos tentar encontrar algum triangulo tal que o seu
 perimetro seja
  igual a soma das suas medianas.
 
  Entao, considere um triangulo ABC, e seja D o ponto
 medio do lado BC.
  Pois agora imagine os vetores AB e AC, com origem em
 A.
 
  Repare que a soma desses 2 vetores vale exatamente o
 dobro da mediana AD.
 
  Por outro lado, a gente sabe que a soma de dois
 vetores quaisquer
  vale, no maximo, a soma dos dois modulos.
 
  Portanto, a mediana AD vale no maximo a metade da soma
 dos
  comprimentos AB e AC, ou seja,
  2*AD = AB + AC
 
  Repita essa desigualdade para as outras medianas, e
 some tudo.
  Fica facil concluir que:
   A SOMA DAS MEDIANAS E' SEMPRE MENOR OU IGUAL AO
 PERIMETRO DO TRIANGULO.
 
  Alias, essa igualdade so' acontece se os angulos
 entre os vetores
  forem zero, o que significa que o triangulo tem que
 ser degenerado.
  E, de fato, isso acontece quando um dos lados do
 triangulo tem comprimento
  zero.
 
  []'s
  Rogerio Ponce
 
 
 
 
  2009/5/6 Carlos Nehab ne...@infolink.com.br:
   Caramba,
  
   Falam em antiguidades e mencionam logo meu nome. 
 Não sei porque... :-) .
  
   Você já mencionaram dois maiores monstros do
 passado em Geometrias
   (imaginem... o quanto passado...o meu passado!
 hahaha).
   O Virgilio de Athayde Pinheiro e o Célio Pinto
 de Almeida (que depois foi
   dono da construtora que levava seu nome).
   O primeiro, um sábio, um verdadeiro mestre, de
 corpo e alma (falava grego
   fluentemente, era um poço infinito de
 conhecimento, inclusive sobre
  história
   da Matemática, aspecto tão negligenciado hoje
 em dia (para os alunos fica
  a
   horrível sensação que tudo em matemática
 sempre foi do mesmo jeito
   semprecomo se matemática fose uma descoberta
 dos deuses e não dso
   homens...).
  
   Tive o privilégio de ter sido aluno do Virgílio
 em Geometria Descritiva e
   Perspectiva(s).
   Do segundo élio) fui aluno de Desenho
 Geométrico (ai incluidas as
  Cônicas):
   um monstro e um extraordinário professor.
  
   Mas havia um outro monstro sagrado, tímido e
 introspectivo, que foi
   professor do IME e da UFF (Dep de Matemática) -
 Luiz Oswaldo - e tive
   oportunidade de ser aluno dele em ambas as
 escolas.  No IME, de
  Geometria, e
   na UFF de Teoria dos Números e de Geometria (foi
 através dele que conheci
  e
   me extasiei com o livro do Niven - Irrational
 Numbers, já mencionado
  algumas
   vezes por aqui).
  
   Eram do Luiz Oswaldo a grande maioria das
 questões de Geometria dos
   concursos de admissão ao IME na década de 65
 a75, inclusive as questões
  de
   Geometria da prova de 72/73 onde tive o prazer de
 trabalhar com ele (eu
  já
   dava aula lá) e participar de forma intensa no
 massacre da prova de
  Álgebra
   daquele ano. ;-)
  
   Para quem não se lembra eu e o Ponce (um
 quase coroa da lista) já
   escrevemos por aqui causos
 engraçados sobre o Luiz Oswaldo, inclusive
  sua
   ridícula e única gravata de seu sovina
 vestuário.
  
   Mas eu tenho os livros do Virgílio de
 Descritiva, os do Célio, de Cônicas
  e
   de outras cositas deles.
  
   Quanto ao problema proposto pelo Santa Rita
 (perímetro e medianas) eu tb
  

Re: [obm-l] DG: [Era: serie para ln(2)]

2009-05-09 Por tôpico Rogerio Ponce
Oi Ralph,
o triangulo degenerado que eu dei tinha apenas um lado nulo, para
forcar que os angulos fossem zero ou que um dos vetores fosse zero (e
nesse ultimo caso, a resultante continuaria a ter seu modulo igual 'a
soma dos modulos dos vetores).
Portanto, se aumentarmos apenas um pouquinho o lado nulo, a
igualdade se desfaz, e teremos simplesmente:
 ma+mb+mc  a+b+c
Como esse pouquinho pode ser tao pequeno quanto o siqueira, o valor
para K e' mesmo 1.

Abracao,
Rogerio Ponce



2009/5/9 Ralph Teixeira ralp...@gmail.com:
 Poxa, o Ponce, com sua vasta esperiencia de decadas e decadas matematicas,
 ressuscitou a questao de qual eh a melhor desigualdade do tipo
 ma+mb+mc=k(a+b+c) que a gente consegue escrever?, que estava em
 http://www.mail-archive.com/obm-l@mat.puc-rio.br/msg43875.html
 e mostrou que aqueles 3/2 que a gente achou ha decadas NAO era a melhor
 cota.

 (A gente tambem achou que 3/4.(a+b+c)=ma+mb+mc, e tem um argumento lah que
 diz que esses 3/4 eh a melhor desigualdade)

 Agora fiquei curioso -- qual eh o menor valor possivel de k para garantir
 que a desigualdade acima vale? E antes que alguem diga, o argumento de que
 num triangulo degenerado vale a igualdade porque dah 0=0 nao me convence --
 afinal, o que eu quero eh o menor valor de k, e esse 0=0 vale para qualquer
 k.

 Abraco,
  Ralph

 2009/5/9 Rogerio Ponce abrlw...@gmail.com

 Ola' Nehab, Santa Rita, Luis Lopes e pessoal da lista,
 estou gostando dessas histórias !

 ...menos, é claro, da intenção do Nehab em me incluir na lista dos
 quase coroas, visto que ele já conhecia o Bourbaki de trás pra
 frente, há mais de 10 anos, quando o único conjunto que eu conhecia
 era o dos Beatles...

 Xiii me entreguei

 Mas voltando 'a vaca fria, vamos resolver o problema do Santa Rita, ou
 seja,
 vamos tentar encontrar algum triangulo tal que o seu perimetro seja
 igual a soma das suas medianas.

 Entao, considere um triangulo ABC, e seja D o ponto medio do lado BC.
 Pois agora imagine os vetores AB e AC, com origem em A.

 Repare que a soma desses 2 vetores vale exatamente o dobro da mediana AD.

 Por outro lado, a gente sabe que a soma de dois vetores quaisquer
 vale, no maximo, a soma dos dois modulos.

 Portanto, a mediana AD vale no maximo a metade da soma dos
 comprimentos AB e AC, ou seja,
 2*AD = AB + AC

 Repita essa desigualdade para as outras medianas, e some tudo.
 Fica facil concluir que:
  A SOMA DAS MEDIANAS E' SEMPRE MENOR OU IGUAL AO PERIMETRO DO TRIANGULO.

 Alias, essa igualdade so' acontece se os angulos entre os vetores
 forem zero, o que significa que o triangulo tem que ser degenerado.
 E, de fato, isso acontece quando um dos lados do triangulo tem comprimento
 zero.

 []'s
 Rogerio Ponce




 2009/5/6 Carlos Nehab ne...@infolink.com.br:
  Caramba,
 
  Falam em antiguidades e mencionam logo meu nome.  Não sei porque... :-)
  .
 
  Você já mencionaram dois maiores monstros do passado em Geometrias
  (imaginem... o quanto passado...o meu passado! hahaha).
  O Virgilio de Athayde Pinheiro e o Célio Pinto de Almeida (que depois
  foi
  dono da construtora que levava seu nome).
  O primeiro, um sábio, um verdadeiro mestre, de corpo e alma (falava
  grego
  fluentemente, era um poço infinito de conhecimento, inclusive sobre
  história
  da Matemática, aspecto tão negligenciado hoje em dia (para os alunos
  fica a
  horrível sensação que tudo em matemática sempre foi do mesmo jeito
  semprecomo se matemática fose uma descoberta dos deuses e não dso
  homens...).
 
  Tive o privilégio de ter sido aluno do Virgílio em Geometria Descritiva
  e
  Perspectiva(s).
  Do segundo élio) fui aluno de Desenho Geométrico (ai incluidas as
  Cônicas):
  um monstro e um extraordinário professor.
 
  Mas havia um outro monstro sagrado, tímido e introspectivo, que foi
  professor do IME e da UFF (Dep de Matemática) - Luiz Oswaldo - e tive
  oportunidade de ser aluno dele em ambas as escolas.  No IME, de
  Geometria, e
  na UFF de Teoria dos Números e de Geometria (foi através dele que
  conheci e
  me extasiei com o livro do Niven - Irrational Numbers, já mencionado
  algumas
  vezes por aqui).
 
  Eram do Luiz Oswaldo a grande maioria das questões de Geometria dos
  concursos de admissão ao IME na década de 65 a75, inclusive as questões
  de
  Geometria da prova de 72/73 onde tive o prazer de trabalhar com ele (eu
  já
  dava aula lá) e participar de forma intensa no massacre da prova de
  Álgebra
  daquele ano. ;-)
 
  Para quem não se lembra eu e o Ponce (um quase coroa da lista) já
  escrevemos por aqui causos engraçados sobre o Luiz Oswaldo, inclusive
  sua
  ridícula e única gravata de seu sovina vestuário.
 
  Mas eu tenho os livros do Virgílio de Descritiva, os do Célio, de
  Cônicas e
  de outras cositas deles.
 
  Quanto ao problema proposto pelo Santa Rita (perímetro e medianas) eu tb
  não
  o havia visto ainda e de fato, como o Luis mencionou, não seria um
  problema
  digamos clássico, pois não é muito comum, na 

Re: [obm-l] DG: [Era: serie para ln(2)]

2009-05-09 Por tôpico Paulo Santa Rita
Ola Ponce, Nehab, Luis Lopes
e demais colegas desta lista ... OBM-L,

Ponce, a sua solucao, simples e bela, e tipica de uma Matematica de
qualidade. Parabens por ela !
Fico feliz por ter iniciado uma discussao que lhe interessou, trouxe o
Ralph, o Shine e levou outros Matematicos de qualidade a se
manifestarem.

ENTRE MUITO OUTROS Matematicos de qualidade que outrora apareciam por
aqui e que ja ha algum tempo nao escrevem, sem duvida se incluem o
Nicolau e o Gugu. Oxala eles voltem a escrever brevemente !

Uma questao que sempre me interessou, subsidiariamente, e a seguinte :

Sabemos que o INCENTRO ( Centro do Circulo inscrito a um triangulo )
nao faz parte da reta de Euler, isto e, ele nao esta NECESSARIAMENTE
alinhado com os pontos notaveis que pertencem a esta reta. Assim em
geral, o incentro, o circuncentro e o ortocentro formam um pequeno
triangulo no interior de um triangulo dado. O que se pode falar sobre
esse pequeno triangulo ? Que relacao ele mantem com o triangulo
original ?

Um abraco a Todos !
PSR,7090509132D







 Rogerio Ponce abrlw...@gmail.com:
 Ola' Nehab, Santa Rita, Luis Lopes e pessoal da lista,
 estou gostando dessas histórias !

 ...menos, é claro, da intenção do Nehab em me incluir na lista dos
 quase coroas, visto que ele já conhecia o Bourbaki de trás pra
 frente, há mais de 10 anos, quando o único conjunto que eu conhecia
 era o dos Beatles...

 Xiii me entreguei

 Mas voltando 'a vaca fria, vamos resolver o problema do Santa Rita, ou seja,
 vamos tentar encontrar algum triangulo tal que o seu perimetro seja
 igual a soma das suas medianas.

 Entao, considere um triangulo ABC, e seja D o ponto medio do lado BC.
 Pois agora imagine os vetores AB e AC, com origem em A.

 Repare que a soma desses 2 vetores vale exatamente o dobro da mediana AD.

 Por outro lado, a gente sabe que a soma de dois vetores quaisquer
 vale, no maximo, a soma dos dois modulos.

 Portanto, a mediana AD vale no maximo a metade da soma dos
 comprimentos AB e AC, ou seja,
 2*AD = AB + AC

 Repita essa desigualdade para as outras medianas, e some tudo.
 Fica facil concluir que:
  A SOMA DAS MEDIANAS E' SEMPRE MENOR OU IGUAL AO PERIMETRO DO TRIANGULO.

 Alias, essa igualdade so' acontece se os angulos entre os vetores
 forem zero, o que significa que o triangulo tem que ser degenerado.
 E, de fato, isso acontece quando um dos lados do triangulo tem comprimento 
 zero.

 []'s
 Rogerio Ponce




 2009/5/6 Carlos Nehab ne...@infolink.com.br:
 Caramba,

 Falam em antiguidades e mencionam logo meu nome.  Não sei porque... :-) .

 Você já mencionaram dois maiores monstros do passado em Geometrias
 (imaginem... o quanto passado...o meu passado! hahaha).
 O Virgilio de Athayde Pinheiro e o Célio Pinto de Almeida (que depois foi
 dono da construtora que levava seu nome).
 O primeiro, um sábio, um verdadeiro mestre, de corpo e alma (falava grego
 fluentemente, era um poço infinito de conhecimento, inclusive sobre história
 da Matemática, aspecto tão negligenciado hoje em dia (para os alunos fica a
 horrível sensação que tudo em matemática sempre foi do mesmo jeito
 semprecomo se matemática fose uma descoberta dos deuses e não dso
 homens...).

 Tive o privilégio de ter sido aluno do Virgílio em Geometria Descritiva e
 Perspectiva(s).
 Do segundo élio) fui aluno de Desenho Geométrico (ai incluidas as Cônicas):
 um monstro e um extraordinário professor.

 Mas havia um outro monstro sagrado, tímido e introspectivo, que foi
 professor do IME e da UFF (Dep de Matemática) - Luiz Oswaldo - e tive
 oportunidade de ser aluno dele em ambas as escolas.  No IME, de Geometria, e
 na UFF de Teoria dos Números e de Geometria (foi através dele que conheci e
 me extasiei com o livro do Niven - Irrational Numbers, já mencionado algumas
 vezes por aqui).

 Eram do Luiz Oswaldo a grande maioria das questões de Geometria dos
 concursos de admissão ao IME na década de 65 a75, inclusive as questões de
 Geometria da prova de 72/73 onde tive o prazer de trabalhar com ele (eu já
 dava aula lá) e participar de forma intensa no massacre da prova de Álgebra
 daquele ano. ;-)

 Para quem não se lembra eu e o Ponce (um quase coroa da lista) já
 escrevemos por aqui causos engraçados sobre o Luiz Oswaldo, inclusive sua
 ridícula e única gravata de seu sovina vestuário.

 Mas eu tenho os livros do Virgílio de Descritiva, os do Célio, de Cônicas e
 de outras cositas deles.

 Quanto ao problema proposto pelo Santa Rita (perímetro e medianas) eu tb não
 o havia visto ainda e de fato, como o Luis mencionou, não seria um problema
 digamos clássico, pois não é muito comum, na bibliografia, a sistematização
 de problemas contendo somas, diferenças etc.  (vide uma das bíblias em
 Wernick, W. Triangle Constructions with Three Located Points. Math. Mag.
 55, 227-230, 1982.) e diversos outros papers que vão completando a lista do
 Wernick.  Eu tenho estes textos que me foram enviados por meu filho.

 Vou tentar resolver o citado problema, mas não 

[obm-l] RE: [obm-l] produtos notaveis - SIM SOLU ÇÂO por PRODUTOS NOT ÁVEIS

2009-05-09 Por tôpico marcone augusto araújo borges

alguem poderia dar uma ideia de como determinar todos os pares de inteiros 
positivos (m,n) tais que (n^3+1)/(mn-1) seja um inteiro?Obrigado.
 


Date: Sat, 9 May 2009 12:00:36 -0300
From: ne...@infolink.com.br
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Subject: Re: [obm-l] produtos notaveis - SIM SOLUÇÂO por PRODUTOS NOTÁVEIS

Oi, Luís

Primeiro vamos ao exercício e 'a sugestão que você lembrou: Produtos Notáveis

Repetindo o enunciado para quem nos acompanha (mudei apenas letra):
Se a + 1/a = (raiz(5) + 1)/2 calcule a^2000 + 1/a^2000

A solução clássica e a mais elegante (por complexos) é de fato a que o Macio 
Pinheiro postou, mas dá para fazer usando a sugestão.

Obs (apenas para quem já estudou um pouquinho de recorrência linear)
Por recorrência linear, que também seria um caminho imediato enrola pois as 
raízes do polinômio característico são nojentas e obviamente complexas. Veja: 
se A(n) = a^n + 1/a^n é imediato que  A(n) = a.A(n-1) - A(n-2) e a equação 
característica é  z^2 - az +1 = 0 onde a é o (raiz(5) +1)/2.  Nojento (se 
alguém encontrar uma saída por ai, por favor, poste-a)

Solução (sem complexos - metaforicamente ou não... :-) )

Vamos então:
Como 2000 = 5^3.2^4, temos que ver se conseguimos (sem muitas contas chatas) 
replicar o cálculo de 
x^5 + 1/x^5 a partir de x + 1/x, três vezes, para calcularmos x^125 + 1/x^125
e 
y^2 + 1/y^2 a partir de y + 1/y quatro vezes, para calcularmos y^16 + 1/y^16  
(onde, é claro, o y será x^125 e assim obteremos o x^2000 + 1/x^2000) 

Não é tão enrolado assim, se formos com calma:
Vamos fazer  
(raiz(5) +1)/2 = P e (0)
(raiz(5) -1)/2 = p   (0)

Para calcularmos x^5 + 1/x^5 a partir de X = x + 1/x, passamos pelo x^2 + 1/x^2 
e x^3 + 1/x^3 (simples e clássicos)
Vejamos (produtinhos notáveis):
x^2 + 1/x^2 = (x + 1/x)^2 - 2 = X^2 - 2(1)
x^3 + 1/x^3 = (x + 1/x)^3 - 3 (x +1/x) = X^3 - 3X = X(X^2 -3)   (2)
Logo,
x^5 + 1/x^5 = (x^3 + 1/x^3).(x^2 +1/x^2) - (x +1/x)
x^5 + 1/x^5 = (X^3 - 3X).(X^2 - 2) - X = X[(X^2 -3)(X^2 -2) - 1] (3)

Parece que as contas serão esquisitas, mas nem tanto, pois P e p são MUITO 
simpáticos... e razoavelmente bonzinhos... 

Aplicando (1), (2) e (3) várias vezes e lembrando de (0), onde definimos P e p, 
chegaremos no resultado. 
Vejamos:

De x = a e X = a + 1/a = P em (3) obtemos 
a^5 + 1/a^5 = X(X^2 -3)(X^2 -1) - X= P[(P^2 -3)(P^2 - 2) - 1] =  -2 (valor já 
esperado -  vide solução do Marcio: a = cis 36, logo a^5 = -1 e 1/a^5 = -1).
De x = a^5 e X = a^5 + 1/a^5 = -2 em (3), obtemos 
a^25 + 1/a^25 = X[(X^2 -3)(X^2 -2) - 1] = -2 (que também é óbvio para quem viu 
o cis 36) 
De x = a^25 e X = a^25 + 1/a^25 = -2 em (3) obtemos
a^125 + 1/a^125 = X[(X^2 -3)(X^2 -2) - 1] = -2

Agora basta usar (1) 4 vezes e as contas são óbvias e iguais a 2, sempre...
De x = a^125 e X = a^125 + 1/a^125 = -2 em (1)
a^250 + 1/a^250 = (2)^2 -2 = 2
De x = a^250 e X = a^250 + 1/a^250 = 2 em (1)
a^250 + 1/a^250 = 2^2 -2 = 2 
De x = a^250 e X = a^250 + 1/a^250 = 2 em (1)
a^500 + 1/a^500 = 2^2 -2 = 2 
De x = a^250 e X = a^250 + 1/a^250 = 2 em (1)
a^500 + 1/a^500 = 2^2 -2 = 2

Na verdade (como era de se esperar), a^250 + 1/a^250 = a^500 + 1/a^500 = a^1000 
+ 1/a^1000 = a^2000 + 1/a^2000 = 2

Abração,
Nehab

PS:
Caramba, Luis, apostila de Trigonometria? Pois é, eu lembrei que fiz a primeira 
apostila de Algebra Linear (com o Cesar Salim) quando este negócio começou a 
entrar no Vestibular do Rio (acho que em 1971 ou 2). 
O Ponce aqui da lista (o quase velho :-) ) recentemente teve a gentileza de me 
emprestar as apostilas de Cálculo e Lógica que eu andei fazendo lá pelos idos 
de 1970 (caramba, que loucura) nas turmas IME/ITA (ih, nem devolvi ainda 
!!! ).  Não há a menor chance de usar este material hoje.  As coisas mudaram um 
pouquinho.  Eu enfatizava o aprendizado de Lógica com o primeiro passo para os 
alunos se alfabetizarem em Matemática.  Hoje isto tem pouquíssimo ibope...mas 
ainda funciona.. :-D , alías funciona desde o início dos tempos, né, desde pelo 
menos um tal de  Aristóteles que também não tem muito ibope hoje...  Como diz o 
Zygmund Bauman (um sociólogo que alguns acham meio pessimista, mas eu 
particularmente sou seu admirador), é um sinal da Modernidade Líquida..., 
título de seu livro mais interessante (uma bela metáfora para os tempos pós 
modernos, né?)...  Aliás é o único livro que indico dele.  O cara é 
extremamente criativo.  

Luís Lopes escreveu: 


Oi Nehab, 
 
É verdade. Mas isso está acontecendo com outras 
listas também. 
 
 A propósito, era para calcular x^200 + (1/x)^200 
(se é o problema que estou pensando)
Acho que era x^2000 + (1/x)^2000 (detalhe). 
 
Mas a sugestão(?) era pra começar calculando 
[x + x^(-1)]^2. Tentei nessa linha e não consegui 
nada. 
 
Mas a solução mandada é muito boa. 
 
Ah, me lembrei que tenho também uma apostila de 
G. Espacial do Célio. Mas como ela apareceu um 
dia lá em casa (irmãos mais velhos, amigos dos 
irmãos mais velhos que estudavam lá m casa etc) 
não me lembro da sua 

[obm-l] Preguiça.....

2009-05-09 Por tôpico Carlos Nehab

Pô Marcone

Aproveitar qualquer mensagem para com um reply criar uma nova 
mensagem causa os seguintes transtornos:


1) Confunde o leitor pois o assunto de sua pergunta não tem nada a haver 
com a pergunta além de se achar que é continuação da discussão anterior;

2) Polui a lista com um email quilométrico que poderia ter duas linhas...
3) Atrapalha o software que gerencia os emails pois cria equivocadamente 
um email como se fizesse parte de outra discussão anterior.


Etc, etc...

Além disso, cá prá nós, vai ser preguiçoso assim em uma praia do 
Nordeste !  :-)


Nehab

PS: Veja como assim fica mais bonitinho

marcone augusto araújo borges escreveu:
alguem poderia dar uma ideia de como determinar todos os pares de 
inteiros positivos (m,n) tais que (n^3+1)/(mn-1) seja um inteiro?Obrigado.




=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] RE: [obm-l] demonstr ação(números primos)

2009-05-09 Por tôpico marcone augusto araújo borges

eu gostaria ver a justificativa do seguinte procedimento para saber se um 
numero é ou não primo:dividí-lo por 2, por 3, por 5...pelos primos.Se o 
quociente se tornar menor q o divisor,com resto diferente de zero,o numero é 
primo.Quem poderia ajudar?Tal procedimento eu vi em livros de quinta série.
 


From: bened...@ufrnet.br
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Subject: [obm-l] demonstração
Date: Sun, 3 May 2009 18:47:24 -0300




Marcone,
 
Outra demonstração você pode obter usando a identidade (x + 1)^4 = x^4 + 4x^3 + 
6x^2 + 4x^+ 1,  fazendo sucessivamente x = 1, 2, 3, ..., n. Depois soma, membro 
a membro, as n equações e usa os valores da soma dos primeiros n números 
naturais e da soma dos quadrados dos primeiros n quadrados perfeitos de números 
naturais.
Benedito

- Original Message - 
From: marcone augusto araújo borges 
To: obm-l@mat.puc-rio.br 
Sent: Sunday, May 03, 2009 9:44 AM
Subject: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] 
Re: [obm-l] demonstração

Eu consegui por indução.Obrigado.Descobri q tem uma demostração usando figuras 
geométricas,mas eu gostaria de ver outra demonstração... se posssivel.Um abraço
 


Date: Sat, 2 May 2009 23:22:39 -0300
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] 
demonstração
From: msbro...@gmail.com
To: obm-l@mat.puc-rio.br

Olá Marcone,
utilize indução finita.

Caso vc não conheça, aqui tem uma introdução: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Indu%C3%A7%C3%A3o_matem%C3%A1tica
(não li o site, mas normalmente a wikipedia dá uma idéia inicial)

abraços,
Salhab



2009/5/2 marcone augusto araújo borges marconeborge...@hotmail.com


Como demonstrar q 1^3+2^3+3^3+...n^3 = (1+2+3+...+n)^2 ?
 


Date: Sat, 2 May 2009 13:21:10 -0300
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] demonstração
From: msbro...@gmail.com
To: obm-l@mat.puc-rio.br 




Olá Vanderlei,

eles tem que ser distintos, pois, caso sejam iguais, vamos ter duas vezes o 
mesmo fator... e este fator aparece somente uma vez em (n-1)!  [ta certo 
que este fator aparece mais vezes, conforme provamos mais abaixo. Mas naquele 
momento não achei trivial ver isso hehehe, dai eu dividi em outro caso pra 
continuar a solucao ;)]

abraços,
Salhab




2009/5/1 Vandelei Nemitz vanderm...@brturbo.com.br


Valeu Marcelo, só não entendi a seguinte passagem:

mas eles tem que ser distintos... logo a != 2...
entao, para n=p^a, a!=2, temos que (n-1)! é um múltiplo de n
 
Obrigado,
 
Vanderlei


2009/5/1 Marcelo Salhab Brogliato msbro...@gmail.com 




Fala Vanderlei,

como n não é primo, vamos decompor n em fatores primos, então:
n = p1^a1 . p2^a2  pk^(a_k)

vamos supor que k1.. isto é, o número possui pelo menos 2 dividores primos.
entao: p1^a1  n, p2^a2  n, ..., pk^(a_k)  n e todos distintos..
logo, todos eles estão em (n-1)!
desta maneira, temos que (n-1)!/n é inteiro... e, portanto, (n-1)! é um 
múltiplo de n.

falta analisarmos o caso de n = p^a, isto é, com um único divisor primo..
neste caso, p^(a-1)  n, logo, ele está em (n-1)!
e também temos p  n, logo, ele tbem está em (n-1)!
mas eles tem que ser distintos... logo a != 2...
entao, para n=p^a, a!=2, temos que (n-1)! é um múltiplo de n

falta o caso em que n é um quadrado perfeito... (a=2)
n = p^2... vamos ver: p  n ... então p está em (n-1)!
mas veja que 2p  p^2 para p2, logo: 2p  n, logo 2p também está em (n-1)!
logo, (n-1)! é múltiplo de n para n=p^2, p2 (por isso temos n4)

espero ter ajudado,
abraços,
Salhab





2009/5/1 Vandelei Nemitz vanderm...@brturbo.com.br 





Oi pessoal, será que alguém poderia ajudar nessa?
 
Seja n um número inteiro e não primo. Se n  4, prove que (n-1)! é múltiplo de 
n.
 
Obrigado
 
Vanderlei





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[obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] demonstração(números prim os)

2009-05-09 Por tôpico Denisson
N é o número a ser testado.
Suponha que vc já testou todos os números 2,3,5, ... , Pn e obteve que o
quociente é Q  Pi e o resto era diferente de 0 (caso contrário teríamos
divisores e observe que basta testar os primos pois todo inteiro positivo
pode ser fatorado como produto de primos). Porém, Pn+1 (o próximo número da
sua sequencia) retornou um quociente Qn+1  Pn+1. Nesse ponto vc deve
observar que nenhum número menor ou igual que Pn+1 divide N. Mas Pn+2  Pn+1
implica Qn+2  Qn+1 então Qn+2  Pn+1 daí Qn+2 não divide N e portanto Pn+2
também não divide N .

Esse procedimento é geral, Qn+3 Qn+2Qn+1Pn+1 e portanto não divide N e
por aí vai. Portanto basta vc testar para todos os primos menores que N tais
que o quociente resultante da divisão seja maior do que o divisor.

Bem, vi que essa demonstração não tá muito boa, mas acho que está correta,
se alguém puder corrigir e fazer de forma mais elegante agradeço :)

2009/5/9 Denisson denisso...@gmail.com

 Suponha que vc já testou todos os números 2,3,5, ... , Pn e obteve que o
 quociente é Q  Pi e o resto era diferente de 0 (caso contrário teríamos
 divisores e observe que basta testar os primos pois todo inteiro positivo
 pode ser fatorado como produto de primos). Porém, Pn+1 (o próximo número da
 sua sequencia) retornou um quociente Qn+1  Pn+1. Nesse ponto vc deve
 observar que nenhum número menor ou igual que Pn+1 divide N. Mas Pn+2  Pn+1
 implica Qn+2  Qn+1 então Qn+2  Pn+1 daí Qn+2 não divide N.

 Esse procedimento é geral, Qn+3 Qn+2Qn+1Pn+1 e portanto não divide N e
 por aí vai...

 2009/5/9 marcone augusto araújo borges marconeborge...@hotmail.com

  eu gostaria ver a justificativa do seguinte procedimento para saber se um
 numero é ou não primo:dividí-lo por 2, por 3, por 5...pelos primos.Se o
 quociente se tornar menor q o divisor,com resto diferente de zero,o numero é
 primo.Quem poderia ajudar?Tal procedimento eu vi em livros de quinta série.

 --
 From: bened...@ufrnet.br
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Subject: [obm-l] demonstração
 Date: Sun, 3 May 2009 18:47:24 -0300

 Marcone,

 Outra demonstração você pode obter usando a identidade (x + 1)^4 = x^4 +
 4x^3 + 6x^2 + 4x^+ 1,  fazendo sucessivamente x = 1, 2, 3, ..., n. Depois
 soma, membro a membro, as n equações e usa os valores da soma dos primeiros
 n números naturais e da soma dos quadrados dos primeiros n quadrados
 perfeitos de números naturais.
 Benedito

 - Original Message -
  *From:* marcone augusto araújo borges marconeborge...@hotmail.com
 *To:* obm-l@mat.puc-rio.br
 *Sent:* Sunday, May 03, 2009 9:44 AM
 *Subject:* [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] Re:
 [obm-l] Re: [obm-l] demonstração

 Eu consegui por indução.Obrigado.Descobri q tem uma demostração usando
 figuras geométricas,mas eu gostaria de ver outra demonstração... se
 posssivel.Um abraço

 --
 Date: Sat, 2 May 2009 23:22:39 -0300
 Subject: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re:
 [obm-l] demonstração
 From: msbro...@gmail.com
 To: obm-l@mat.puc-rio.br

 Olá Marcone,
 utilize indução finita.

 Caso vc não conheça, aqui tem uma introdução:
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Indu%C3%A7%C3%A3o_matem%C3%A1tica
 (não li o site, mas normalmente a wikipedia dá uma idéia inicial)

 abraços,
 Salhab


 2009/5/2 marcone augusto araújo borges marconeborge...@hotmail.com

 Como demonstrar q 1^3+2^3+3^3+...n^3 = (1+2+3+...+n)^2 ?

 --
 Date: Sat, 2 May 2009 13:21:10 -0300
 Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] demonstração
 From: msbro...@gmail.com
 To: obm-l@mat.puc-rio.br


 Olá Vanderlei,

 eles tem que ser distintos, pois, caso sejam iguais, vamos ter duas vezes
 o mesmo fator... e este fator aparece somente uma vez em (n-1)!  [ta
 certo que este fator aparece mais vezes, conforme provamos mais abaixo. Mas
 naquele momento não achei trivial ver isso hehehe, dai eu dividi em outro
 caso pra continuar a solucao ;)]

 abraços,
 Salhab



 2009/5/1 Vandelei Nemitz vanderm...@brturbo.com.br

 Valeu Marcelo, só não entendi a seguinte passagem:
  mas eles tem que ser distintos... logo a != 2...
 entao, para n=p^a, a!=2, temos que (n-1)! é um múltiplo de n

 Obrigado,

 Vanderlei

 2009/5/1 Marcelo Salhab Brogliato msbro...@gmail.com

 Fala Vanderlei,

 como n não é primo, vamos decompor n em fatores primos, então:
 n = p1^a1 . p2^a2  pk^(a_k)

 vamos supor que k1.. isto é, o número possui pelo menos 2 dividores
 primos.
 entao: p1^a1  n, p2^a2  n, ..., pk^(a_k)  n e todos distintos..
 logo, todos eles estão em (n-1)!
 desta maneira, temos que (n-1)!/n é inteiro... e, portanto, (n-1)! é um
 múltiplo de n.

 falta analisarmos o caso de n = p^a, isto é, com um único divisor primo..
 neste caso, p^(a-1)  n, logo, ele está em (n-1)!
 e também temos p  n, logo, ele tbem está em (n-1)!
 mas eles tem que ser distintos... logo a != 2...
 entao, para n=p^a, a!=2, temos que (n-1)! é um múltiplo de n

 falta o