ok  mais 2 centavos daqui de longe:

gostaria de entender melhor o que JM quer dizer com:
>note com efeito que a regra de substituição uniforme não se aplica ao
símbolo de absurdo, como um *conectivo* nulário, tal como se aplica a
sentenças atômicas.

da' pra repetir a ideia aqui?

como eu passei uma boa parte da minha vida dizendo que
interdefinabilidade entre conectivos e' ruim
acho que preciso responder a:
>Por outro lado, não vejo porque deveríamos pensar sempre na negação
como conectivo *derivado*.  Aliás, isto parece até uma ideia bem
ruinzinha, do ponto de vista de lógicas não-clássicas em que a
interdefinibilidade entre conectivos clássicos usualmente se perde
pelo caminho.

sim, seria bom nao ter a negação como conectivo derivado, mas nao sei como
escapar disso.

a consideracao maior 'e a consistencia como um todo e a relacao com logica
classica.
e' dessa nocao pre-formal de ecumenismo do Prawitz (no festscrift do Luiz
Carlos)
 que vem a constraint que negacao 'e derivada, pra mim.
se eu soubesse (re)construir o edificio inteiro (logica classica e
intuicionista e suas inter relacoes) sem depender da hipotese de que
negacao 'e implicacao no absurdo, eu o faria.
mas pra saber fazer isso, precisaria de reprovar todos os resultados que
temos com a nocao derivada de negacao.
isso eu nao sei fazer e nem sei se e' possivel.

abs Prawitzianos,

2017-04-07 5:54 GMT-07:00 Hermógenes Oliveira <hermogenes.oliveira@student.
uni-tuebingen.de>:

> Bruno Bentzen <b.bent...@hotmail.com> escreveu:
>
> > Oi Hermógenes,
>
> Olá, Bruno.
>
> > [...]
> >
> > PS: Posso estar enganado, mas acho um pouco equivocado e confuso usar
> > a palavra “completude” (um termo de cunho técnico ou meta-matemático)
> > neste caso quando estamos nos tratando de uma semântica informal ou
> > justificativa filosófica (até onde sei, o estudo de semânticas formais
> > para a lógica intuicionista nunca foi uma das preocupações principais
> > do Martin-Löf).  De qualquer forma, não vejo porque as explicações de
> > significado não seriam “completas”, no sentido informal, para a MLETT,
> > que, repito, é a única das duas vertentes tradicionais de sua teoria
> > de tipos que interessa ao intuicionista.
>
> Você está correto em observar que as explicações semânticas de
> Martin-Löf não foram propostas como uma semântica formal e que o estudo
> de semânticas formais não tem lugar no espectro da obra dele.
>
> Porém, a questão da adequação das explicações semânticas pode ser
> levantada também no âmbito informal, como tentei indicar na minha
> mensagem original.
>
> Nas suas explicações semânticas, Martin-Löf toma as regras de introdução
> como primitivas (como aquelas que conferem significado às constantes
> lógicas) e justifica as regras de eliminação com base nelas.  Se as
> regras de eliminação também fossem consideradas primitivas, ele não
> teria porquê se dar o trabalho de justificá-las com base nas regras de
> introdução.  A questão agora surge: Será que as regras de eliminação
> justificadas por Martin-Löf são, de fato, as regras mais fortes que
> podem ser justificadas, tomando como base as regras de introdução?  Isto
> é, seria possível fornecer regras de eliminação mais fortes que também
> sejam justificadas com base nas regras de introdução?
>
> Como se trata de uma semântica (explicação, fundamentação) informal,
> esta questão não pode ser respondida, no caso de Martin-Löf, com um
> teorema.  Mas isso não significa que a questão é inócua ou
> desimportante, e, certamente, é uma questão que não pode ser afastada
> simplesmente sob o pretexto de que a semântica é informal.  Martin-Löf
> fornece uma justificação, informal, obviamente, para as suas regras de
> eliminação (suas regras de eliminação estão *corretas*).  Mas, é
> perfeitamente razoável se perguntar se haveriam outras regras de
> eliminação que pudessem ser justificadas e que resultariam numa lógica
> diferente da lógica intuicionista, que é a lógica alvo da semântica
> informal em questão.
>
> O que, com respeito a Martin-Löf, é um mero questionamento informal, se
> torna, no caso de Prawitz, uma conjectura[1], pois Prawitz, ainda que
> num estilo similar ao de Martin-Löf, fornece definições rigorosas que
> resultam, de fato, numa semântica formal.  A conjectura de Prawitz é
> justamente uma versão formal da questão que estou discutindo: Seriam as
> regras de eliminação padrões as regras mais fortes que podem ser
> validadas do ponto de vista das regras de introdução?
>
> Os resultados que mencionei anteriormente sugerem que a resposta a essa
> conjectura possa ser "não".  E, como esses resultados negativos incluem
> mesmo contraexemplos, é fácil traduzir os contraexemplos na forma de
> justificativas informais nos termos de semânticas informais como BHK e
> as explicações semânticas de Martin-Löf.  De fato, eu já forneci a você,
> em conversa privada, uma justificativa informal em termos de BHK de uma
> inferência que não é intuicionisticamente derivável.
>
> Eu entendo a objeção que faz ao meu uso do *termo* "completude" no
> contexto de Martin-Löf, mas espero que tenha conseguido deixar claro que
> o uso que fiz de "completude" e "correção" naquele contexto se referia à
> *adequação* das explicações semânticas de Martin-Löf ao sistema de
> regras de inferência dedutivas que conhecemos como lógica intuicionista.
> Esta questão da adequação é legítima, não importa o quão informal seja a
> sua fundamentação (explicação, semântica).
>
> Gostaria ainda de deixar claro que estas minhas observações não afetam
> em nada a *utilidade* da TIT como teoria matemática e o fato de que suas
> propriedades construtivas, concordo com a Valéria nesse ponto, podem ser
> razões mais do que suficientes para favorecê-la em detrimento de ZF.
>
> Referências:
>
> [1]  Dag Prawitz. An Approach to General Proof Theory and a Conjecture
> of a Kind of Completeness of Intuitionistic Logic Revisited. In:
> Advances in Natural Deduction, 269-279, 2014.
>
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> Hermógenes Oliveira
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