2009/2/28 Ricardo Bánffy <rban...@gmail.com>:
> Eu também não tenho qualquer problema com o partilhamento de músicas
> daqueles que o incentivam. O que me incomoda é o compartilhamento das
> obras de quem prefere funcionar do "jeito antigo" e a defesa do
> "direito" das pessoas em fazê-lo.


Meu, quem não quer compartilhar então que guarde em casa
em um HD desconectado da rede, se pah dentro de um cofre.
Pronto!

Quem tá na chuva é pra se molhar!

Como diria um grande amigo,
o movimento não precisa de gente de açúcar.


***


Etimologia: descubra a origem de "grátis"

http://profjoaomaria.spaceblog.com.br/122757/Etimologia-descubra-a-origem-de-gratis/

A língua ensina que do outro lado do balcão há sempre uma pessoa que
deve se sentir grata

 O sentido adorável de grátis nunca saiu de moda, mas, poucos anos
atrás, quem teria sido capaz de prever que a internet transformaria a
palavra em carro-chefe? Bem,um etimologista louco teria.

Palavrinha adorável, “grátis” nunca saiu de moda, mas alguns anos
atrás pouca gente teria sido capaz de prever que a internet a
transformaria em carro-chefe. Mera – e antiga, já registrada em 1502 –
transposição para o português do latim gratis, é derivada do adjetivo
latino gratus, que tem sentido ativo (“que agrada, que delicia”) e
passivo (“agradecido, reconhecido”). A gratuidade traz do berço,
portanto, a idéia de que aquilo que é oferecido livre de custo busca
agradar, é um favor, geralmente em reconhecimento ao valor de alguém.
O que significa dizer que, do outro lado do balcão, de frente para o
grátis, existe sempre uma pessoa que deve se sentir grata.

A ambivalência ativo-passivo se transmitiu a outros termos da família.
Olhando bem, é possível ver a presença do mesmo “grat” latino na
gratificação e no agradecimento, ou seja, dando conta tanto do que
agrada quanto de quem, sendo agraciado, demonstra gratidão. Engraçado?
Juro que esse grande congraçamento de palavras aparentadas, talvez
gracioso para uns, mas certamente uma desgraça de etimologista doido
para outros, não está aqui gratuitamente, só para fazer graça.

As palavras grifadas no parágrafo anterior – algumas, como “grátis”,
vindas diretamente do latim, enquanto outras se formaram no português
com base na matriz latina a partir do século 15 – traduzem a
complexidade das relações envolvidas na idéia de gratuidade. Apesar de
sua força poética, free, vocábulo inglês que quer dizer livre e também
grátis, isto é, livre de custos, não traduz imediatamente essas
relações. E são elas, com menos ênfase na idéia de favor e mais na de
reconhecimento, que tornam possível a previsão de Chris Anderson, da
revista Wired, sobre o futuro gratuito – para o consumidor final,
enquanto o dinheiro corre solto por outros fios da rede – da economia
digital.

Sérgio Rodrigues,
escritor e jornalista

Extraído da revistadasemana.com.br. Acesso em 14-04-08.


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