Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-07-16 Por tôpico Rogerio Ponce
Ola' Chicao,
reveja as 3 mensagens que mandei em resposta 'a sua solucao:

http://www.mail-archive.com/obm-l@mat.puc-rio.br/msg42361.html

http://www.mail-archive.com/obm-l@mat.puc-rio.br/msg42362.html

http://www.mail-archive.com/obm-l@mat.puc-rio.br/msg42374.html


[]'s
Rogerio Ponce


2008/7/16 Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED]:
 estou reenviando pq acho que eu enviei e nao chegou


 --- Em sex, 11/7/08, Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED] escreveu:

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-07-13 Por tôpico Rogerio Ponce
Oi Chicao,
o programinha abaixo serve para dar uma ideia aproximada do resultado correto.

Ele simula 10 sorteios de x,y , e imprime a razao entre o numero
de triangulos obtidos e o total de experimentos.

Para ser compilado em Linux (ou outro Unix) utilize gcc prog.c -lm.
Para ser compilado em algum outro SO, provavelmente voce precisara'
acrescentar/alterar alguma linha no codigo, mas sera' tudo muito
simples.

[]'s
Rogerio Ponce

=== prog.c =

#include stdio.h
#include stdlib.h
#define TOTAL_EXPERIMENTOS 10
main()
{
int i,count_ok;
float x,y,a,b,c;

/* Inicializa o gerador de numeros pseudorandomicos com um
inteiro qualquer */
srand48( (long int) 65269);

/* Executa os experimentos */
for(count_ok=0,i=0;iTOTAL_EXPERIMENTOS;i++){

/* Faz o sorteio de 2 pontos em [0,1] */
x = (float)drand48();
y = (float)drand48();

/* Calcula os 3 segmentos a,b,c definidos pelo sorteio */
if(xy) {
a=x;
b=y-x;
c=1.-y;
} else {
a=y;
b=x-y;
c=1.-x;
}

/* Testa se a,b,c definem um triangulo. Caso
afirmativo incrementa o contador */
if( (ab+c)  (ba+c)  (ca+b) ) count_ok++;
}

/* Imprime a relacao entre os experimentos com sucesso e o
total de experimentos */
fprintf(stdout,Relacao = %.4f\n, count_ok/(float)TOTAL_EXPERIMENTOS );
}

==


Em 11/07/08, Rogerio Ponce[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Ola' Chicao,
 na mesma solucao, voce ainda se engana ao considerar que as condicoes
 a, b  e c  sejam independentes entre si, com probabilidade 1/2
 cada uma.
 Acontece que elas nao sao independentes!
 Exemplo: voce nao consegue ter, simultaneamente, as condicoes a e b
 falsas.
 []'s
 Rogerio Ponce.




 2008/7/11 Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]:
 Oi Chicao,
 o caso I tem probabilidade ZERO.
 So' pra deixar sua intuicao trabalhar, imagine que a maneira
 uniforme de obter um ponto no intervalo [0,1] signifique obter um
 numero real com 6 casas decimais neste intervalo. Portanto, existe um
 milhao de resultados diferentes para um sorteio. Sera' que a
 possibilidade de se obter duas vezes o mesmo valor e' 1/3?
 Agora imagine que em vez de apenas um milhao, isso tenda para infinito...

 []'s
 Rogerio Ponce



 2008/7/11 Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED]:
 vou postar a minha solução:

 Vc sorteia de maneira uniforme e independente dois pontos x e y no
 segmento [0,1], obtendo, as três únicas possibilidades seguintes:

 (I) x = y com probabilidade de 1/3;
 (II) x  y com probabilidade de 1/3;
 (III) x  y com probabilidade de 1/3;

 Vamos trabalhar o III:

 Obteremos então os subsegmentos x, y-x e 1-y.
 Para que esses subsegmentos formem lados de um triangulo é condição
 necessária e suficiente que as seguintes três condições ocorram:
 (a) x + y-x  1-y donde y  1/2;
 (b) x + 1-y  y-x donde y - x  1/2;
 (c) y-x + 1-y  x donde x  1/2;

 Como trata-se do intervalo [0, 1] e o sorteio é de maneira uniforme e
 independente não é difícil ver que a probabilidade tanto de a, como de b
 e
 de c é 1/2.

 Daí como o  sorteio é de maneira uniforme e independente, III mais a,b e
 c ocorrem com a seguinte probabilidade :
 1/3 vezes 1/2 vezes 1/2 vezes 1/2 = 1/24

 Analogamente para que II ocorra e seus subsegmentos formem um triangulo
 deve ocorrer com probabilidade igual a 1/24.

 Como I não forma triângulo então deveremos apenas contabilizar II e III
 então a probabilidade será 1/24 + 1/24 = 1/12 !!!

 Ou eu errei ou vocês erraram ou nós erramos, peço para verificarem a
 minha solução, eu acho que vocês não levaram em consideração a
 probabilidade de
 x = y.



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-07-11 Por tôpico Rogerio Ponce
Oi Chicao,
o caso I tem probabilidade ZERO.
So' pra deixar sua intuicao trabalhar, imagine que a maneira
uniforme de obter um ponto no intervalo [0,1] signifique obter um
numero real com 6 casas decimais neste intervalo. Portanto, existe um
milhao de resultados diferentes para um sorteio. Sera' que a
possibilidade de se obter duas vezes o mesmo valor e' 1/3?
Agora imagine que em vez de apenas um milhao, isso tenda para infinito...

[]'s
Rogerio Ponce



2008/7/11 Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED]:
 vou postar a minha solução:

 Vc sorteia de maneira uniforme e independente dois pontos x e y no segmento 
 [0,1], obtendo, as três únicas possibilidades seguintes:

 (I) x = y com probabilidade de 1/3;
 (II) x  y com probabilidade de 1/3;
 (III) x  y com probabilidade de 1/3;

 Vamos trabalhar o III:

 Obteremos então os subsegmentos x, y-x e 1-y.
 Para que esses subsegmentos formem lados de um triangulo é condição 
 necessária e suficiente que as seguintes três condições ocorram:
 (a) x + y-x  1-y donde y  1/2;
 (b) x + 1-y  y-x donde y - x  1/2;
 (c) y-x + 1-y  x donde x  1/2;

 Como trata-se do intervalo [0, 1] e o sorteio é de maneira uniforme e 
 independente não é difícil ver que a probabilidade tanto de a, como de b e
 de c é 1/2.

 Daí como o  sorteio é de maneira uniforme e independente, III mais a,b e c 
 ocorrem com a seguinte probabilidade :
 1/3 vezes 1/2 vezes 1/2 vezes 1/2 = 1/24

 Analogamente para que II ocorra e seus subsegmentos formem um triangulo deve 
 ocorrer com probabilidade igual a 1/24.

 Como I não forma triângulo então deveremos apenas contabilizar II e III então 
 a probabilidade será 1/24 + 1/24 = 1/12 !!!

 Ou eu errei ou vocês erraram ou nós erramos, peço para verificarem a minha 
 solução, eu acho que vocês não levaram em consideração a probabilidade de
 x = y.



 O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.
 O que há é pouca gente para dar por isso... 
 Fernando Pessoa - Poesias de Alvaro Campos

 _
 As informações existentes nessa mensagem e no(s) arquivo(s) anexado(s)
 são
 para uso restrito, sendo seu sigilo protegido por lei. Caso não seja
 destinatário, saiba que leitura, divulgação ou cópia são proibidas.
 Favor
 apagar as informações e notificar o remetente. O uso impróprio será
 tratado
 conforme as normas da empresa e a legislação em vigor. Agradecemos sua
 colaboração.


 The information mentioned in this message and in the archives attached
 are
 of restricted use, and its privacy is protected by law. If you are not
 the
 addressee, be aware that reading, disclosure or copy are forbidden.
 Please
 delete this information and notify the sender. Inappropriate use will
 be
 tracted according to company's rules and valid laws. Thank you for your
 cooperation.


 --- Em qui, 10/7/08, Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 De: Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]
 Assunto: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades 
 Geométricas: 2 problemas difíceis
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Data: Quinta-feira, 10 de Julho de 2008, 18:34
 E' verdade Ralph,
 nossas solucoes sao praticamente a mesma coisa, mas a sua
 esta'
 muuuito mais artistica que a minha...:)
 Abracao,
 Rogerio Ponce

 PS: e' por essas e outras que tenho certeza de que voce
 vai gostar de
 resolver o Barango...





 2008/7/10 Ralph Teixeira [EMAIL PROTECTED]:
  Este problema eh legal, e jah apareceu um par de vezes
 na lista. A minha
  solucao eh igualzinha aa do Ponce, mas a **MII-NHA**
 tem uma figuri-inha, a
  do Pon-ce **NAO TE-EM!!**. :P
  Aqui estah ela, para que todos apreciem meus dotes
 artisticos:
 
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.200706/msg00182.html
 
  Abraco, Ralph.
 
  P.S.: Eh, por causa destes dotes artisticos eh que eu
 fui fazer
  Matematica :)
 
  2008/7/10 Chicao Valadares
 [EMAIL PROTECTED]:
  Eu fiz algo parecido e achei 1/12. Depois eu posto
 aqui na lista.
 
 
  O Binômio de Newton é tão belo como a
 Vênus de Milo.
  O que há é pouca gente para dar por isso...
 
  Fernando Pessoa - Poesias de Alvaro Campos
 
 
 _
 
  --- Em seg, 7/7/08, Rogerio Ponce
 [EMAIL PROTECTED] escreveu:
 
  De: Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]
  Assunto: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l]
 Probabilidades Geométricas:
  2 problemas difíceis
  Para: obm-l@mat.puc-rio.br
  Data: Segunda-feira, 7 de Julho de 2008, 20:38
  Ola' Chicao,
  sem perda de generalidade, eu assumi que o
 segmento
  de reta do
  problema seria o segmento unitario [0 1], de
 forma que
  x pode ser
  qualquer real no intervalo [0, 1].
  E para cada valor de x, o ponto
 y
  tambem pode estar em qualquer
  posicao no intervalo [0, 1].
  Assim, usando o espaco cartesiano para plotar
 todos os
  pares (x,y)
  possiveis, voce obtera' um quadrado de
 lado unitario.
  Da mesma forma, se voce plotar todos os pares
 que
  satisfazem 'as
  exigencias do problema, voce obtera'  os

Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-07-11 Por tôpico Rogerio Ponce
Ola' Chicao,
na mesma solucao, voce ainda se engana ao considerar que as condicoes
a, b  e c  sejam independentes entre si, com probabilidade 1/2
cada uma.
Acontece que elas nao sao independentes!
Exemplo: voce nao consegue ter, simultaneamente, as condicoes a e b falsas.
[]'s
Rogerio Ponce.




2008/7/11 Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]:
 Oi Chicao,
 o caso I tem probabilidade ZERO.
 So' pra deixar sua intuicao trabalhar, imagine que a maneira
 uniforme de obter um ponto no intervalo [0,1] signifique obter um
 numero real com 6 casas decimais neste intervalo. Portanto, existe um
 milhao de resultados diferentes para um sorteio. Sera' que a
 possibilidade de se obter duas vezes o mesmo valor e' 1/3?
 Agora imagine que em vez de apenas um milhao, isso tenda para infinito...

 []'s
 Rogerio Ponce



 2008/7/11 Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED]:
 vou postar a minha solução:

 Vc sorteia de maneira uniforme e independente dois pontos x e y no segmento 
 [0,1], obtendo, as três únicas possibilidades seguintes:

 (I) x = y com probabilidade de 1/3;
 (II) x  y com probabilidade de 1/3;
 (III) x  y com probabilidade de 1/3;

 Vamos trabalhar o III:

 Obteremos então os subsegmentos x, y-x e 1-y.
 Para que esses subsegmentos formem lados de um triangulo é condição 
 necessária e suficiente que as seguintes três condições ocorram:
 (a) x + y-x  1-y donde y  1/2;
 (b) x + 1-y  y-x donde y - x  1/2;
 (c) y-x + 1-y  x donde x  1/2;

 Como trata-se do intervalo [0, 1] e o sorteio é de maneira uniforme e 
 independente não é difícil ver que a probabilidade tanto de a, como de b e
 de c é 1/2.

 Daí como o  sorteio é de maneira uniforme e independente, III mais a,b e c 
 ocorrem com a seguinte probabilidade :
 1/3 vezes 1/2 vezes 1/2 vezes 1/2 = 1/24

 Analogamente para que II ocorra e seus subsegmentos formem um triangulo deve 
 ocorrer com probabilidade igual a 1/24.

 Como I não forma triângulo então deveremos apenas contabilizar II e III 
 então a probabilidade será 1/24 + 1/24 = 1/12 !!!

 Ou eu errei ou vocês erraram ou nós erramos, peço para verificarem a minha 
 solução, eu acho que vocês não levaram em consideração a probabilidade de
 x = y.



 O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.
 O que há é pouca gente para dar por isso... 
 Fernando Pessoa - Poesias de Alvaro Campos

 _
 As informações existentes nessa mensagem e no(s) arquivo(s) anexado(s)
 são
 para uso restrito, sendo seu sigilo protegido por lei. Caso não seja
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 --- Em qui, 10/7/08, Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 De: Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]
 Assunto: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades 
 Geométricas: 2 problemas difíceis
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Data: Quinta-feira, 10 de Julho de 2008, 18:34
 E' verdade Ralph,
 nossas solucoes sao praticamente a mesma coisa, mas a sua
 esta'
 muuuito mais artistica que a minha...:)
 Abracao,
 Rogerio Ponce

 PS: e' por essas e outras que tenho certeza de que voce
 vai gostar de
 resolver o Barango...





 2008/7/10 Ralph Teixeira [EMAIL PROTECTED]:
  Este problema eh legal, e jah apareceu um par de vezes
 na lista. A minha
  solucao eh igualzinha aa do Ponce, mas a **MII-NHA**
 tem uma figuri-inha, a
  do Pon-ce **NAO TE-EM!!**. :P
  Aqui estah ela, para que todos apreciem meus dotes
 artisticos:
 
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.200706/msg00182.html
 
  Abraco, Ralph.
 
  P.S.: Eh, por causa destes dotes artisticos eh que eu
 fui fazer
  Matematica :)
 
  2008/7/10 Chicao Valadares
 [EMAIL PROTECTED]:
  Eu fiz algo parecido e achei 1/12. Depois eu posto
 aqui na lista.
 
 
  O Binômio de Newton é tão belo como a
 Vênus de Milo.
  O que há é pouca gente para dar por isso...
 
  Fernando Pessoa - Poesias de Alvaro Campos
 
 
 _
 
  --- Em seg, 7/7/08, Rogerio Ponce
 [EMAIL PROTECTED] escreveu:
 
  De: Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]
  Assunto: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l]
 Probabilidades Geométricas:
  2 problemas difíceis
  Para: obm-l@mat.puc-rio.br
  Data: Segunda-feira, 7 de Julho de 2008, 20:38
  Ola' Chicao,
  sem perda de generalidade, eu assumi que o
 segmento
  de reta do
  problema seria o segmento unitario [0 1], de
 forma que
  x pode ser
  qualquer real no intervalo

Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-07-10 Por tôpico Ralph Teixeira
Este problema eh legal, e jah apareceu um par de vezes na lista. A minha
solucao eh igualzinha aa do Ponce, mas a **MII-NHA** tem uma figuri-inha, a
do Pon-ce **NAO TE-EM!!**. :P
Aqui estah ela, para que todos apreciem meus dotes artisticos:
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.200706/msg00182.html

 Abraco, Ralph.

P.S.: Eh, por causa destes dotes artisticos eh que eu fui fazer
Matematica :)

2008/7/10 Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED]:
 Eu fiz algo parecido e achei 1/12. Depois eu posto aqui na lista.


 O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.
 O que há é pouca gente para dar por isso... 
 Fernando Pessoa - Poesias de Alvaro Campos

 _
 As informações existentes nessa mensagem e no(s) arquivo(s) anexado(s)
 são
 para uso restrito, sendo seu sigilo protegido por lei. Caso não seja
 destinatário, saiba que leitura, divulgação ou cópia são proibidas.
 Favor
 apagar as informações e notificar o remetente. O uso impróprio será
 tratado
 conforme as normas da empresa e a legislação em vigor. Agradecemos sua
 colaboração.


 The information mentioned in this message and in the archives attached
 are
 of restricted use, and its privacy is protected by law. If you are not
 the
 addressee, be aware that reading, disclosure or copy are forbidden.
 Please
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 cooperation.


 --- Em seg, 7/7/08, Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 De: Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]
 Assunto: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas:
2 problemas difíceis
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Data: Segunda-feira, 7 de Julho de 2008, 20:38
 Ola' Chicao,
 sem perda de generalidade, eu assumi que o segmento
 de reta do
 problema seria o segmento unitario [0 1], de forma que
 x pode ser
 qualquer real no intervalo [0, 1].
 E para cada valor de x, o ponto y
 tambem pode estar em qualquer
 posicao no intervalo [0, 1].
 Assim, usando o espaco cartesiano para plotar todos os
 pares (x,y)
 possiveis, voce obtera' um quadrado de lado unitario.
 Da mesma forma, se voce plotar todos os pares que
 satisfazem 'as
 exigencias do problema, voce obtera'  os dois
 triangulos internos ao
 quadrado unitario, conforme descrito na solucao.

 Repare que os tais dois triangulos sao
 simplesmente o conjunto de
 pares (x,y) capazes de definir um triangulo sobre o
 segmento unitario,
 conforme o enunciado.
 Para isso, e' necessario e suficiente que x
 e y satisfacam 'as
 seguintes condicoes:
 - o menor deles e' menor (ou igual**) que 1/2
 - o maior deles e' maior (ou igual**) que 1/2
 - a diferenca entre eles e' menor (ou igual**) que 1/2

 ** OBS: quando acontece um igual , temos um
 triangulo degenerado
 (com area zero).

 []'s
 Rogerio Ponce.



 2008/7/7 Chicao Valadares
 [EMAIL PROTECTED]:
  Os valores possiveis de x e y equivalem a area
 do quadrado unitario,
   que vale 1.
 
  Nao entendi, seria o produto xy que equivaleria a
 área?
 
 

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a
 lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =


  Novos endereços, o Yahoo! que você conhece. Crie um email novo com a
sua cara @ymail.com ou @rocketmail.com.
 http://br.new.mail.yahoo.com/addresses

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =



Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-07-10 Por tôpico Rogerio Ponce
E' verdade Ralph,
nossas solucoes sao praticamente a mesma coisa, mas a sua esta'
muuuito mais artistica que a minha...:)
Abracao,
Rogerio Ponce

PS: e' por essas e outras que tenho certeza de que voce vai gostar de
resolver o Barango...





2008/7/10 Ralph Teixeira [EMAIL PROTECTED]:
 Este problema eh legal, e jah apareceu um par de vezes na lista. A minha
 solucao eh igualzinha aa do Ponce, mas a **MII-NHA** tem uma figuri-inha, a
 do Pon-ce **NAO TE-EM!!**. :P
 Aqui estah ela, para que todos apreciem meus dotes artisticos:
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.200706/msg00182.html

 Abraco, Ralph.

 P.S.: Eh, por causa destes dotes artisticos eh que eu fui fazer
 Matematica :)

 2008/7/10 Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED]:
 Eu fiz algo parecido e achei 1/12. Depois eu posto aqui na lista.


 O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.
 O que há é pouca gente para dar por isso... 
 Fernando Pessoa - Poesias de Alvaro Campos

 _

 --- Em seg, 7/7/08, Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 De: Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]
 Assunto: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas:
 2 problemas difíceis
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Data: Segunda-feira, 7 de Julho de 2008, 20:38
 Ola' Chicao,
 sem perda de generalidade, eu assumi que o segmento
 de reta do
 problema seria o segmento unitario [0 1], de forma que
 x pode ser
 qualquer real no intervalo [0, 1].
 E para cada valor de x, o ponto y
 tambem pode estar em qualquer
 posicao no intervalo [0, 1].
 Assim, usando o espaco cartesiano para plotar todos os
 pares (x,y)
 possiveis, voce obtera' um quadrado de lado unitario.
 Da mesma forma, se voce plotar todos os pares que
 satisfazem 'as
 exigencias do problema, voce obtera'  os dois
 triangulos internos ao
 quadrado unitario, conforme descrito na solucao.

 Repare que os tais dois triangulos sao
 simplesmente o conjunto de
 pares (x,y) capazes de definir um triangulo sobre o
 segmento unitario,
 conforme o enunciado.
 Para isso, e' necessario e suficiente que x
 e y satisfacam 'as
 seguintes condicoes:
 - o menor deles e' menor (ou igual**) que 1/2
 - o maior deles e' maior (ou igual**) que 1/2
 - a diferenca entre eles e' menor (ou igual**) que 1/2

 ** OBS: quando acontece um igual , temos um
 triangulo degenerado
 (com area zero).

 []'s
 Rogerio Ponce.



 2008/7/7 Chicao Valadares
 [EMAIL PROTECTED]:
  Os valores possiveis de x e y equivalem a area
 do quadrado unitario,
   que vale 1.
 
  Nao entendi, seria o produto xy que equivaleria a
 área?
 
 


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-07-07 Por tôpico Rogerio Ponce
Ola' Chicao,
sem perda de generalidade, eu assumi que o segmento de reta do
problema seria o segmento unitario [0 1], de forma que x pode ser
qualquer real no intervalo [0, 1].
E para cada valor de x, o ponto y tambem pode estar em qualquer
posicao no intervalo [0, 1].
Assim, usando o espaco cartesiano para plotar todos os pares (x,y)
possiveis, voce obtera' um quadrado de lado unitario.
Da mesma forma, se voce plotar todos os pares que satisfazem 'as
exigencias do problema, voce obtera'  os dois triangulos internos ao
quadrado unitario, conforme descrito na solucao.

Repare que os tais dois triangulos sao simplesmente o conjunto de
pares (x,y) capazes de definir um triangulo sobre o segmento unitario,
conforme o enunciado.
Para isso, e' necessario e suficiente que x e y satisfacam 'as
seguintes condicoes:
- o menor deles e' menor (ou igual**) que 1/2
- o maior deles e' maior (ou igual**) que 1/2
- a diferenca entre eles e' menor (ou igual**) que 1/2

** OBS: quando acontece um igual , temos um triangulo degenerado
(com area zero).

[]'s
Rogerio Ponce.



2008/7/7 Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED]:
 Os valores possiveis de x e y equivalem a area do quadrado unitario,
  que vale 1.

 Nao entendi, seria o produto xy que equivaleria a área?



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-07-06 Por tôpico Rogerio Ponce
Ola' Chicao e colegas da lista,
considerando 2 pontos de coordenadas x e y, com distribuicao
uniforme de probabilidade sobre o segmento unitario [0,1], temos o
seguinte (a respeito de x e y):

Os valores possiveis de x e y equivalem 'a area do quadrado unitario,
que vale 1.

Reparem que, para formar um triangulo, quando x1/2 , o valor minimo
de y seria 1/2, e o maximo seria 1-x.

E quando x1/2 , o valor maximo de y seria 1/2, e o minimo seria 1-x.

Assim, os valores favoraveis de x e y equivalem 'a soma das areas dos
triangulos (0,1/2) (1/2,1) (1/2, 1/2) e (1/2, 1/2) (1/2, 0) (1, 1/2),
que vale 1/8 + 1/8 = 1/4.

Portanto, a probabilidade de formarmos um triangulo e' (1/4) / (1) = 1/4.
[]'s
Rogerio Ponce


Em 04/07/08, Chicao Valadares[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 existe tambem um problema interessante:

 Calcule a probabilidade de dado um segmento de reta, sortear-se dois pontos
 pertencentes a esse segmento e os 3 subsegmentos formados formarem os lados
 de um triangulo.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-07-06 Por tôpico Rogerio Ponce
Corrigindo a ultima mensagem:
...quando x1/2 , o valor maximo de y seria 1/2, e o minimo seria  x-1/2.

[]'s
Rogerio Ponce


Em 06/07/08, Rogerio Ponce[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Ola' Chicao e colegas da lista,
 considerando 2 pontos de coordenadas x e y, com distribuicao
 uniforme de probabilidade sobre o segmento unitario [0,1], temos o
 seguinte (a respeito de x e y):

 Os valores possiveis de x e y equivalem 'a area do quadrado unitario,
 que vale 1.

 Reparem que, para formar um triangulo, quando x1/2 , o valor minimo
 de y seria 1/2, e o maximo seria 1-x.

 E quando x1/2 , o valor maximo de y seria 1/2, e o minimo seria 1-x.

 Assim, os valores favoraveis de x e y equivalem 'a soma das areas dos
 triangulos (0,1/2) (1/2,1) (1/2, 1/2) e (1/2, 1/2) (1/2, 0) (1, 1/2),
 que vale 1/8 + 1/8 = 1/4.

 Portanto, a probabilidade de formarmos um triangulo e' (1/4) / (1) = 1/4.
 []'s
 Rogerio Ponce


 Em 04/07/08, Chicao Valadares[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 existe tambem um problema interessante:

 Calcule a probabilidade de dado um segmento de reta, sortear-se dois
 pontos
 pertencentes a esse segmento e os 3 subsegmentos formados formarem os
 lados
 de um triangulo.


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-06-30 Por tôpico Marcelo Salhab Brogliato
Olá,
estou tentando a seguinte abordagem:
Seja f(x, y, theta) uma função que é igual a 1 se a agulha com extremo no
ponto (x,y) e ângulo theta em relação ao eixo das abscissas tocar na
diagonal. E é 0 nos outros casos (quando não toca, ou quando a agulha
estiver fora do quadrado).
Seja g(x, y, theta) uma função que é igual a 1 se a agulha está dentro do
quadrado, e 0 se ela estiver fora do quadrado.
A probabilidade desejada é:
[ int{-inf ... +inf} int{-inf ... +inf} int {0 ... 2pi} f(x, y, theta)
d(theta) dy dx ] / [ int{-inf ... +inf} int{-inf ... +inf} int {0 ... 2pi}
g(x, y, theta) d(theta) dy dx ]

naturalmente, temos que se x  1 ou x  0 ou y  1 ou y  0, a agulha estará
fora do quadrado. Portanto, podemos reduzir os intervalos de 0 a 1... mais
que isso, se conseguirmos relacionar x, y e theta de modo que pegue todos os
pontos em que a agulha está no quadrado, basta integrarmos dentro desta
região.
As simplificações iniciais são:
[ int{0 ... 1} int{0 ... 1} int {0 ... 2pi} f(x, y, theta) d(theta) dy dx ]
/ [ int{0 ... 1} int{0 ... 1} int {0 ... 2pi} g(x, y, theta) d(theta) dy dx
]

seja z = cis(theta) a nossa agulha na origem.
e seja p = x + yi o ponto do extrema de nossa agulha.
p+z = (x+cos(theta)) + (y+sen(theta))i é o outro extremo da nossa agulha.
Para determinarmos se a agulha toca ou não na diagonal, temos 2 casos:
i) x  y  e  x+cos(theta)  y+sen(theta)
ii) x  y  e  x+cos(theta)  y+sen(theta)

Para determinar a região em que a agulha está dentro do quadrado, temos:
Re(p+z) = 1 e Im(p+z) = 1
isto é:
x + cos(r) = 1  e  y + sen(r) = 1

ainda não cheguei a nenhuma conclusão... analisei a região em um programa
gráfico e estou tentando encontrar uma equação fechada para ela (para
integrarmos nessa região... e passarmos a nos preocupar somente com a agulha
tocar ou nao a diagonal).

abraços,
Salhab




2008/6/28 Bouskela [EMAIL PROTECTED]:

  1º Problema - este é MUITO difícil!



 Considere uma caixa de base quadrada, cujos lados (da base) são unitários.
 Na base desta caixa, são traçados dois segmentos de reta:

 1) A própria diagonal da base; e

 2) O segmento de reta entre os pontos médios de dois lados opostos.



 Toma-se uma agulha de comprimento também unitário e joga-se,
 aleatoriamente, dentro da caixa.



 Pergunta-se:



 Qual é a probabilidade da agulha, então pousada horizontalmente na base da
 caixa (por hipótese!), interceptar (em um ponto qualquer) o segmento de reta
 de número 1, descrito acima? E o de número 2?



 Veja um problema análogo (mas, mais fácil!) em:
 http://www.cut-the-knot.com/fta/Buffon/buffon9.html


 2º Problema - este também é difícil, mas não tanto quanto o primeiro.


 Considere um triângulo eqüilátero. Calcule a probabilidade de um segmento
 de reta, determinado por um ponto qualquer de um dos lados desse triângulo e
 por outro ponto qualquer de um dos outros dois lados adjacentes, ser maior
 do que a altura do triângulo.



 Paradoxo de Bertrand (Bertrand's Paradox): Given a circle. Find the
 probability that a chord chosen at random be longer than the side of an
 inscribed equilateral triangle.

 Referência na Internet: http://www.cut-the-knot.com/bertrand.html



Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-06-30 Por tôpico Marcelo Salhab Brogliato
Opa,
acho que consegui determinar a região... vamos lá:
0 = x = 1
0 = y = 1
0 = x + cos(theta) = 1
0 = y + sen(theta) = 1

logo:
0 = x = 1
0 = y = 1
-cos(theta) = x = 1 - cos(theta)
-sen(theta) = y = 1 - sen(theta)

portanto, podemos escrever nossas integrais do seguinte modo:
int {0 ... 2pi} int { 1-cos(theta) ... max(-cos(theta), 0) } int { 1 -
sen(theta) ... max( -sen(theta), 0) } dy dx dtheta
veja que nesta região, g(x, y, theta) = 1... portanto, basta integrarmos
mesmo!
Falta apenas determinarmos f(x, y, theta).. o que não está parecendo muito
difícil.

Antes, vamos apenas dividir esta integral em 4, para retirarmos os max...

int {0 ... pi/2} int {1-cos(theta) ... 0} int {1-sen(theta) ... 0} dy dx
d(theta) +
int {pi/2 ... pi} int {1-cos(theta) ... -cos(theta)} int {1-sen(theta) ...
0} dy dx d(theta) +
int {pi ... 3pi/2} int {1-cos(theta) ... -cos(theta)} int {1-sen(theta) ...
-sen(theta)} dy dx d(theta) +
int {3pi/2 ... 2pi} int {1-cos(theta) ... 0} int {1-sen(theta) ...
-sen(theta)} dy dx d(theta)

resolvendo, temos:
(pi/2 - 3/2) + (pi/2 - 1) + (pi/2) + (1 + pi/2) = 2pi - 3/2
[posso ter errado conta..]

vou pensar no f agora.. acredito que seja apenas dividir mais ainda nossas
integrais...
assim que concluir algo mando outra mensagem..

abraços,
Salhab



2008/6/30 Marcelo Salhab Brogliato [EMAIL PROTECTED]:

 Olá,
 estou tentando a seguinte abordagem:
 Seja f(x, y, theta) uma função que é igual a 1 se a agulha com extremo no
 ponto (x,y) e ângulo theta em relação ao eixo das abscissas tocar na
 diagonal. E é 0 nos outros casos (quando não toca, ou quando a agulha
 estiver fora do quadrado).
 Seja g(x, y, theta) uma função que é igual a 1 se a agulha está dentro do
 quadrado, e 0 se ela estiver fora do quadrado.
 A probabilidade desejada é:
 [ int{-inf ... +inf} int{-inf ... +inf} int {0 ... 2pi} f(x, y, theta)
 d(theta) dy dx ] / [ int{-inf ... +inf} int{-inf ... +inf} int {0 ... 2pi}
 g(x, y, theta) d(theta) dy dx ]

 naturalmente, temos que se x  1 ou x  0 ou y  1 ou y  0, a agulha
 estará fora do quadrado. Portanto, podemos reduzir os intervalos de 0 a 1...
 mais que isso, se conseguirmos relacionar x, y e theta de modo que pegue
 todos os pontos em que a agulha está no quadrado, basta integrarmos dentro
 desta região.
 As simplificações iniciais são:
 [ int{0 ... 1} int{0 ... 1} int {0 ... 2pi} f(x, y, theta) d(theta) dy dx ]
 / [ int{0 ... 1} int{0 ... 1} int {0 ... 2pi} g(x, y, theta) d(theta) dy dx
 ]

 seja z = cis(theta) a nossa agulha na origem.
 e seja p = x + yi o ponto do extrema de nossa agulha.
 p+z = (x+cos(theta)) + (y+sen(theta))i é o outro extremo da nossa agulha.
 Para determinarmos se a agulha toca ou não na diagonal, temos 2 casos:
 i) x  y  e  x+cos(theta)  y+sen(theta)
 ii) x  y  e  x+cos(theta)  y+sen(theta)

 Para determinar a região em que a agulha está dentro do quadrado, temos:
 Re(p+z) = 1 e Im(p+z) = 1
 isto é:
 x + cos(r) = 1  e  y + sen(r) = 1

 ainda não cheguei a nenhuma conclusão... analisei a região em um programa
 gráfico e estou tentando encontrar uma equação fechada para ela (para
 integrarmos nessa região... e passarmos a nos preocupar somente com a agulha
 tocar ou nao a diagonal).

 abraços,
 Salhab




 2008/6/28 Bouskela [EMAIL PROTECTED]:

  1º Problema - este é MUITO difícil!



 Considere uma caixa de base quadrada, cujos lados (da base) são unitários.
 Na base desta caixa, são traçados dois segmentos de reta:

 1) A própria diagonal da base; e

 2) O segmento de reta entre os pontos médios de dois lados opostos.



 Toma-se uma agulha de comprimento também unitário e joga-se,
 aleatoriamente, dentro da caixa.



 Pergunta-se:



 Qual é a probabilidade da agulha, então pousada horizontalmente na base da
 caixa (por hipótese!), interceptar (em um ponto qualquer) o segmento de reta
 de número 1, descrito acima? E o de número 2?



 Veja um problema análogo (mas, mais fácil!) em:
 http://www.cut-the-knot.com/fta/Buffon/buffon9.html


 2º Problema - este também é difícil, mas não tanto quanto o primeiro.


 Considere um triângulo eqüilátero. Calcule a probabilidade de um segmento
 de reta, determinado por um ponto qualquer de um dos lados desse triângulo e
 por outro ponto qualquer de um dos outros dois lados adjacentes, ser maior
 do que a altura do triângulo.



 Paradoxo de Bertrand (Bertrand's Paradox): Given a circle. Find the
 probability that a chord chosen at random be longer than the side of an
 inscribed equilateral triangle.

 Referência na Internet: http://www.cut-the-knot.com/bertrand.html





Re: [obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-06-30 Por tôpico Bouskela
Salhab, saudações!

1º - Enviei-lhe uma mensagem, apontando que, em relação ao problema
concernente à eq. x^2 - xy + y^2 = Cte , é necessário fazer alguns ajustes
na sua solução qdo. uma das raízes é igual a 0:

P.ex., se a=0 , então o par (-a, -b) é igual ao par (a, a-b) .

2º - Quanto a este problema de Probabilidades Geométricas, acredito que vc.
esteja indo por um caminho correto, mas tortuoso! É mais simples criar
faixas infinitesimais, paralelas a um dos lados da base e à linha que divide
a base em 2 áreas iguais; fazer com que uma das extremidades da agulha caia
nestas faixas infinitesimais; verificar qual é a condição de contorno em que
a agulha não intercepta a linha supracitada; dividir o range desta
condição de contorno pela condição de contorno possível (a agulha está
pousada horizontalmente sobre a base); integrar e...

Sds.,
AB!

2008/6/30 Marcelo Salhab Brogliato [EMAIL PROTECTED]:

 Opa,
 acho que consegui determinar a região... vamos lá:
 0 = x = 1
 0 = y = 1
 0 = x + cos(theta) = 1
 0 = y + sen(theta) = 1

 logo:
 0 = x = 1
 0 = y = 1
 -cos(theta) = x = 1 - cos(theta)
 -sen(theta) = y = 1 - sen(theta)

 portanto, podemos escrever nossas integrais do seguinte modo:
 int {0 ... 2pi} int { 1-cos(theta) ... max(-cos(theta), 0) } int { 1 -
 sen(theta) ... max( -sen(theta), 0) } dy dx dtheta
 veja que nesta região, g(x, y, theta) = 1... portanto, basta integrarmos
 mesmo!
 Falta apenas determinarmos f(x, y, theta).. o que não está parecendo muito
 difícil.

 Antes, vamos apenas dividir esta integral em 4, para retirarmos os max...

 int {0 ... pi/2} int {1-cos(theta) ... 0} int {1-sen(theta) ... 0} dy dx
 d(theta) +
 int {pi/2 ... pi} int {1-cos(theta) ... -cos(theta)} int {1-sen(theta) ...
 0} dy dx d(theta) +
 int {pi ... 3pi/2} int {1-cos(theta) ... -cos(theta)} int {1-sen(theta) ...
 -sen(theta)} dy dx d(theta) +
 int {3pi/2 ... 2pi} int {1-cos(theta) ... 0} int {1-sen(theta) ...
 -sen(theta)} dy dx d(theta)

 resolvendo, temos:
 (pi/2 - 3/2) + (pi/2 - 1) + (pi/2) + (1 + pi/2) = 2pi - 3/2
 [posso ter errado conta..]

 vou pensar no f agora.. acredito que seja apenas dividir mais ainda nossas
 integrais...
 assim que concluir algo mando outra mensagem..

 abraços,
 Salhab



 2008/6/30 Marcelo Salhab Brogliato [EMAIL PROTECTED]:

 Olá,
 estou tentando a seguinte abordagem:
 Seja f(x, y, theta) uma função que é igual a 1 se a agulha com extremo no
 ponto (x,y) e ângulo theta em relação ao eixo das abscissas tocar na
 diagonal. E é 0 nos outros casos (quando não toca, ou quando a agulha
 estiver fora do quadrado).
 Seja g(x, y, theta) uma função que é igual a 1 se a agulha está dentro do
 quadrado, e 0 se ela estiver fora do quadrado.
 A probabilidade desejada é:
 [ int{-inf ... +inf} int{-inf ... +inf} int {0 ... 2pi} f(x, y, theta)
 d(theta) dy dx ] / [ int{-inf ... +inf} int{-inf ... +inf} int {0 ... 2pi}
 g(x, y, theta) d(theta) dy dx ]

 naturalmente, temos que se x  1 ou x  0 ou y  1 ou y  0, a agulha
 estará fora do quadrado. Portanto, podemos reduzir os intervalos de 0 a 1...
 mais que isso, se conseguirmos relacionar x, y e theta de modo que pegue
 todos os pontos em que a agulha está no quadrado, basta integrarmos dentro
 desta região.
 As simplificações iniciais são:
 [ int{0 ... 1} int{0 ... 1} int {0 ... 2pi} f(x, y, theta) d(theta) dy dx
 ] / [ int{0 ... 1} int{0 ... 1} int {0 ... 2pi} g(x, y, theta) d(theta) dy
 dx ]

 seja z = cis(theta) a nossa agulha na origem.
 e seja p = x + yi o ponto do extrema de nossa agulha.
 p+z = (x+cos(theta)) + (y+sen(theta))i é o outro extremo da nossa agulha.
 Para determinarmos se a agulha toca ou não na diagonal, temos 2 casos:
 i) x  y  e  x+cos(theta)  y+sen(theta)
 ii) x  y  e  x+cos(theta)  y+sen(theta)

 Para determinar a região em que a agulha está dentro do quadrado, temos:
 Re(p+z) = 1 e Im(p+z) = 1
 isto é:
 x + cos(r) = 1  e  y + sen(r) = 1

 ainda não cheguei a nenhuma conclusão... analisei a região em um programa
 gráfico e estou tentando encontrar uma equação fechada para ela (para
 integrarmos nessa região... e passarmos a nos preocupar somente com a agulha
 tocar ou nao a diagonal).

 abraços,
 Salhab




 2008/6/28 Bouskela [EMAIL PROTECTED]:

   1º Problema - este é MUITO difícil!



 Considere uma caixa de base quadrada, cujos lados (da base) são
 unitários. Na base desta caixa, são traçados dois segmentos de reta:

 1) A própria diagonal da base; e

 2) O segmento de reta entre os pontos médios de dois lados opostos.



 Toma-se uma agulha de comprimento também unitário e joga-se,
 aleatoriamente, dentro da caixa.



 Pergunta-se:



 Qual é a probabilidade da agulha, então pousada horizontalmente na base
 da caixa (por hipótese!), interceptar (em um ponto qualquer) o segmento de
 reta de número 1, descrito acima? E o de número 2?



 Veja um problema análogo (mas, mais fácil!) em:
 http://www.cut-the-knot.com/fta/Buffon/buffon9.html


 2º Problema - este também é difícil, mas não tanto quanto o primeiro.


 

[obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-06-28 Por tôpico Bouskela
1º Problema - este é MUITO difícil!

 

Considere uma caixa de base quadrada, cujos lados (da base) são unitários.
Na base desta caixa, são traçados dois segmentos de reta:

1) A própria diagonal da base; e

2) O segmento de reta entre os pontos médios de dois lados opostos.

 

Toma-se uma agulha de comprimento também unitário e joga-se, aleatoriamente,
dentro da caixa.

 

Pergunta-se:

 

Qual é a probabilidade da agulha, então pousada horizontalmente na base da
caixa (por hipótese!), interceptar (em um ponto qualquer) o segmento de reta
de número “1”, descrito acima? E o de número “2”?

 

Veja um problema análogo (mas, mais fácil!) em:

 http://www.cut-the-knot.com/fta/Buffon/buffon9.html
http://www.cut-the-knot.com/fta/Buffon/buffon9.html
 
 
2º Problema - este também é difícil, mas não tanto quanto o primeiro.
 
Considere um triângulo eqüilátero. Calcule a probabilidade de um segmento de
reta, determinado por um ponto qualquer de um dos lados desse triângulo e
por outro ponto qualquer de um dos outros dois lados adjacentes, ser maior
do que a altura do triângulo.

 

Paradoxo de Bertrand (Bertrand's Paradox): “Given a circle. Find the
probability that a chord chosen at random be longer than the side of an
inscribed equilateral triangle”.

Referência na Internet:  http://www.cut-the-knot.com/bertrand.html
http://www.cut-the-knot.com/bertrand.html



[obm-l] Probabilidades Geométricas: 2 problemas difíceis

2008-06-28 Por tôpico Bouskela
1º Problema - este é MUITO difícil!



Considere uma caixa de base quadrada, cujos lados (da base) são unitários.
Na base desta caixa, são traçados dois segmentos de reta:

1) A própria diagonal da base; e

2) O segmento de reta entre os pontos médios de dois lados opostos.



Toma-se uma agulha de comprimento também unitário e joga-se, aleatoriamente,
dentro da caixa.



Pergunta-se:



Qual é a probabilidade da agulha, então pousada horizontalmente na base da
caixa (por hipótese!), interceptar (em um ponto qualquer) o segmento de reta
de número 1, descrito acima? E o de número 2?



Veja um problema análogo (mas, mais fácil!) em:
http://www.cut-the-knot.com/fta/Buffon/buffon9.html


2º Problema - este também é difícil, mas não tanto quanto o primeiro.


Considere um triângulo eqüilátero. Calcule a probabilidade de um segmento de
reta, determinado por um ponto qualquer de um dos lados desse triângulo e
por outro ponto qualquer de um dos outros dois lados adjacentes, ser maior
do que a altura do triângulo.



Paradoxo de Bertrand (Bertrand's Paradox): Given a circle. Find the
probability that a chord chosen at random be longer than the side of an
inscribed equilateral triangle.

Referência na Internet: http://www.cut-the-knot.com/bertrand.html