RE: [obm-l] Problemas dificeis

2012-03-21 Por tôpico marcelo rufino de oliveira

Na 2ª questão faça assim:

y1 = x1
y2 = x2 + 1
y3 = x3 + 2
y4 = x4 + 3
y5 = x5 + 4

Assim, escolher x1, x2, x3, x4, x5, x6 inteiros de modo que 
1=x1=x2=x3=x4=x5=6 é equivalente a escolher 1 = y1 y2  y3  y4  y5 = 
10.
Para tanto, basta escolher 5 números de 1 a 10, ou seja, esta quantidade é 
igual a C(10, 5) =  252.

Marcelo Rufino de Oliveira

From: joao_maldona...@hotmail.com
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Subject: RE: [obm-l] Problemas dificeis
Date: Wed, 21 Mar 2012 01:19:01 -0300






Para o b pense assim
Sendo a, b, c, d, e, f   a quantidade de vezes que aparecem os numeros 1, 2, 3, 
4, 5, 6 na quina (x1, x2, x3, x4, x5) respectivamente
Temos que o problema se resume a encontar as solucoes nao negativas de
a+b+c+d+e+f=5
que  eh nada mais que C(10, 6) =210


Se nao errei em nenhuma passagem acho q eh isso  

[]'s
joao

Date: Mon, 19 Mar 2012 21:47:45 -0300
Subject: [obm-l] Problemas dificeis
From: heitor.iyp...@gmail.com
To: obm-l@mat.puc-rio.br

1-Dados 2n pontos no espaço,n1, prove que:
i) Se eles forem ligados por n²+1 segmentos Mostrque no minimo um triangulo é 
formado.
ii) é possivel ligar 2n pontos por meio de n² segmentos sem que qualquer 
triangulo seja formado.


2- Quantas são as soluções inteiras de:
1=x1=x2=x3=x4=x5=6

  

[obm-l] Re: [obm-l] mais um de teoria dos números

2004-06-27 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira
Dá para mostrar, por indução, que se n = 3^k então n divide 2^n + 1.
Para k = 0 é trivial. Supondo que vale para um determinado k (ou seja, que
2^3^k + 1 = A.3^k), para k +1 temos:
2^(3^(k + 1)) = (2^3^k)^3 + 1 = (A.3^k - 1)^3 + 1 = A^3.3^(3k) - A^2.3^(2k +
1) + A.3^(k + 1)   =
2^(3^(k + 1)) = [3^(k + 1)][A^3.3^(2k - 1) - A^2.3^k + A]

Até mais,

  |
/  \
  /___\
 ||  Marcelo  Rufino  de  Oliveira
 ||
 ||  Coordenador  das Turmas  Militares  do  Colégio
Ideal
/||\
  /  ||  \  Coordenador  Regional  da  Olimpíada
Brasileira  de  Matemática
/__||__\
  | | | | |   Engenheiro  Mecânico-Aeronáutico - ITA 99
 
  ~~~




- Original Message -
From: Bruno França dos Reis [EMAIL PROTECTED]
To: OBM [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sunday, June 27, 2004 10:39 AM
Subject: [obm-l] mais um de teoria dos números


 -BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
 Hash: SHA1

 Olá.

 Andei dando uma estudadinha em teoria dos números pela internet, e tenho
 feito alguns probleminhas simples, do estilo: encontre todos os inteiros
 a!=3 tais que (a-3)|(a^3-3).
 Agora me apareceu um problema um tanto mais complicado... diz assim:
Mostre
 que existem infinitos naturais n tais que 2^n+1 é diviísvel por n. Não
sei o
 que fazer com essa potência! alguam sugestão?

 abraço

 - --
 Bruno França dos Reis
 brunoreis at terra com br
 icq: 12626000
 gpg-key: http://planeta.terra.com.br/informatica/brunoreis/brunoreis.key

 -BEGIN PGP SIGNATURE-
 Version: GnuPG v1.2.4 (GNU/Linux)

 iD8DBQFA3s4OsHdDIT+qyroRAtLlAKC7btvVBxlsPn56AfxLBZOGCuJJFwCggctH
 VAASYPFHs+VrQRDlJXAVDYA=
 =7IcM
 -END PGP SIGNATURE-

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 =

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=


[obm-l] Re: [obm-l] teoria dos números

2004-06-26 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira
Divindindo [nx] por n:  [nx] = n.q + r, onde 0 = r  n
Assim:  [nx]/n = q + r/n
Como 0 = r/n  1 temos que [[nx]/n] = q

Por outro lado:  x = [x] + a, onde 0 = a  1.
Portanto:  nx = n[x] + na
Como n[x] é inteiro temos que [nx] = n[x] + [na]   (*)
Desde que 0 = [na]  n, (*) é a expressão da divisão euclidiana de [nx] por
n. Assim, concluímos que  [na] = r  e  [x] = q.


Até mais, Marcelo Rufino de Oliveira


- Original Message -
From: Bruno França dos Reis [EMAIL PROTECTED]
To: OBM [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, June 26, 2004 1:31 PM
Subject: [obm-l] teoria dos números


 -BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
 Hash: SHA1

 Ola

 Alguém tem alguma indicação de livro de teoria dos números? Queria começar
a
 ver isso direito.

 Ah, e lá vai uma questãozinha:
 Seja n um número natural e x um número real. Prove que:

 [ [nx]/n ] = [x]

 onde [a] é o maior inteiro que não ultrapassa a.
 Não consegui chegar na prova... (deve ser muito ridículo, mas...)

 até

 - --
 Bruno França dos Reis
 brunoreis at terra com br
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 iD8DBQFA3aTRsHdDIT+qyroRAkMlAJ96bOG068IaFSDEN8KuEcAS9RCOAACeMSuE
 tIICC/4ECsLOvhq4ICh3oX4=
 =s+tD
 -END PGP SIGNATURE-

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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Qual O período de uma função?

2004-01-26 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira


 On Mon, Jan 26, 2004 at 09:24:51PM +, Márcio Pinheiro wrote:
  Uma de minhas várias dúvidas refere-se à seguinte pegunta: qual o
período de
  determinada função, não necessariamente dada por uma lei de formação
  explícita, que possui determinada propriedade?
  Um exemplo clássico é em relação a uma função real f para a qual vale a
  propriedade:
  f(x+a)=[1+f(x)]/[1-f(x)], para os valores de x em que f(x) difere de 1,
  sendo a um real não nulo.

 Acho que a única coisa que falta é exibir uma f satisfazendo esta
 condição e para a qual 4a seja período fundamental.
 O que não é muito difícil: tome b um número real e defina

 f(x) = b para todo x no intervalo [0,a),
  = (1+b)/(1-b) para x no intervalo [a,2a),

 e assim por diante. Para quase todo b o período fundamental
 será 4a. Ou, se você estiver interessado em uma função mais bonitinha,
 tome f(x) = tan((4*x)/(a*pi)). A fórmula para f segue da fórmula
 para tan(u+v).


Não entendi, esta justificativa. Posso estar errado, mas o simples fato de
exibir uma função cujo período fundamental seja 4a realmente garante que
toda função que satisfaz  f(x+a)=[1+f(x)]/[1-f(x)] possui período
fundamental 4a???

Na verdade a minha dúvida (e provavelmente a do Márcio) é se é possível
garantir que 4a é o período mínimo de todas as funções que satisfazem a
equação funcional anterior ou se no máximo podemos afirmar que 4a é um
período (comum a todas)? Além do mais, podemos afirmar que todas as funções
que satisfazem f(x+a)=[1+f(x)]/[1-f(x)] possuem o mesmo período
fundamental??? Lembremos que a manipulação algébrica somente garante que 4a
é UM período...


Ainda pensando no assunto,
Marcelo Rufino de Oliveira
=
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[obm-l] Re: [obm-l] problema de física

2003-07-26 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira
Em texto vai ser meio chato de entender pois tem muitas divisões, tente
escrever as expressões para ficar mais fácil de enxergar as jogadas
algébricas.

Suponha que:

x = distância que A e B andam de bicicleta
t1 = tempo que A e B levam para percorrer x
y = distância que B anda a pé até o final
t2 = tempo que B leva para percorrer y.
z = distância que A anda para trás, de bicicleta, até encontrar C.
t3 = tempo que A leva até encontrar C.
vm = velocidade média dos turistas

Perceba que a velocidade pode ser calculada em cima do movimento de B.
Assim:
vm = (x + y)/(t1 + t2)

Durante o percurso temos que:
x = v2.t1  (1)
y = v1.t2  (2)
2z + y = v2.t2  (3)
t3 = (x - z)/v1 = (x + z)/v2   (4)

(4)   =   x.v2 - z.v2 = x.v1 + z.v1   =   z = x(v2 - v1)/(v2 + v1)

(3)   =   2x(v2 - v1)/(v2 + v1) + y = v2.t2 = y.v2/v1   =   2x(v2 -
v1)/(v2 + v1) = y(v2 - v1)/v1   =
2xv1 = y(v2 + v1)   =   x = y(v2 + v1)/(2v1)

Portanto:
vm = (x + y)/(t1 + t2) = [y(v2 + v1)/2v1 + y]/[x/v2 + y/v1] = [y/2v1][3v2 +
v1]/[y(v2 + v1)/(2v1v2) + y/v1]   =
vm = v2(3v2 + v1)/(v2 + 3v1)

Esta questão foi copiada vírgula a vírgula do livro Problemas Selecionados
de Física, mas conhecido pelo nome de um dos autores, M. Saraeva. Diversas
questões deste livro já foram usadas em questões do ITA e do IME.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira

- Original Message -
From: Thiago A. Santos [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Thursday, July 17, 2003 6:59 AM
Subject: [obm-l] problema de física


 Eu sei que essa aqui não é bem de matemática mas será que alguém
 consegue resolver essa questão?

 ITA 1988:
 Três turistas, reunidos num mesmo local e dispondo de uma bicicleta que
 pode levar somente
 duas pessoas de cada vez, precisam chegar ao centro turístico o mais
 rápido possível. O turista A leva o turista B, de bicicleta até um ponto
 x do percurso e retorna para apanhar o turista C que vinha caminhando ao
 seu encontro. O turista B, a partir de x, continua a pé sua viagem rumo
 ao centro turístico. Os três chegam simultaneamente ao
 centro turístico. A velocidade média como pedestre é v1, enquanto que
 como ciclista é v2. Com que velocidade média os turistas farão o
 percurso total?

 Valeu,
 Thiago

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Re: [obm-l] inteiros

2003-07-24 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira
Desenvolvendo temos que  xy - 1992x - 1992y = 0   =   (x - 1992)(y - 1992)
= 1992^2
Para divisor n positivo de 1992^2 temos uma solução do sistema, uma vez que
você pode montar o sistema
x - 1992 = n
y - 1992 = 1992^2/n
Assim, o número de soluções é igual ao número de divisores positivos de
1992^2.
Como 1992 = (2^3)(3)(83)   =   1992^2 = (2^6)(3^2)(83^2)   =
n.o de solução = (6 + 1)(2 + 1)(2 + 1) = 63


Marcelo Rufino de Oliveira


- Original Message -
From: Rafael [EMAIL PROTECTED]
To: OBM [EMAIL PROTECTED]
Sent: Thursday, July 24, 2003 8:33 AM
Subject: [obm-l] inteiros


 O número de pares de inteiros positivos (x, y) que são
 solução da equação 1/x + 1/y = 1/1992 é:
 resposta: 63

 ___
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Paulo e suas ...

2003-07-16 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira



Caro João Paulo,

os sites abaixo possuem listas de discussão sobre o 
ensino de matemática no Brasil. 

http://www.matematicahoje.com.br/

http://www.est.ufmg.br/

Esta nossa lista destina-se unicamente a discussão de 
problemas de matemática (algumas pouquíssimas vezes de física, astronomia e 
xadrez). A dificuldade dealguns integrantes da lista em entender você é 
devido ao fato de todos serem fãs da matemática e terem entrado nesta lista 
somente para discutir problemas de matemática e não o ensino da matemática. 
Cadastre seu e-mail nos sites acima e esponha suas idéas para pessoasque 
darão ouvidosà você. 

Espero ter feito uma boa ação para a qualidade das 
coisas discutidas nesta lista. Sem mais,

Marcelo Rufino de Oliveira



  - Original Message - 
  From: 
  J.Paulo 
  roxer ´til the end 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Sunday, July 13, 2003 5:37 PM
  Subject: Re: [obm-l] Re: [obm-l] RE: 
  [obm-l] Paulo e suas ... 
  
  Se reclamar e questionar fosse chatice,os filósofos seriam 
  assassinados.
  
  Em vez de me chamar de chato,por q não sugere algum lugar pra colocar 
  minhas dúvidas?Vc contribuiria mais.
  
  João Paulo
  
- Original Message - 
From: 
[EMAIL PROTECTED] 
To: [EMAIL PROTECTED] 
Sent: Sunday, July 13, 2003 4:12 
PM
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] RE: 
[obm-l] Paulo e suas ... 
Vc só consegue me chamar de idiota,porq sou o único 
leigo.Se a maioriaaquinão fosse campeão de olimpíadas,teriam a 
minha reação,pediriam mais explicaçãopara tantas questões 
entediantes,que a maioria não entende(Os normais)... vc não está 
vendo que está reclamando no lugar errado ?deixa de ser chato 
!!"Mathematicus nascitur, non fit"Matemáticos não são 
feitos, eles nascem---Gabriel 
Haeserwww.gabas.cjb.net--Use 
o melhor sistema de busca da InternetRadar UOL - http://www.radaruol.com.br=Instruções 
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Re: [obm-l] dificuldade

2003-07-15 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira





  - Original Message - 
  From: 
  Fabrício 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Tuesday, July 15, 2003 2:31 
PM
  Subject: [obm-l] dificuldade
  
  
  Prove que:se a,b e c são lados de um triângulo e 
  satisfaz a sentença a^2+b^2+c^2=9r^2, onde r é 
  o raio da circunferência circunscrita, então esse triângulo é 
  eqüilátero.
  
  
  1a. Solução (esperta):
  Usando o fato de que a distância entre circuncentro 
  O e o baricentro G de um triângulo é igual a R^2 - (a^2 + b^2 + c^2)/9 temos 
  que O = G e segue diretamente que o triângulo é 
  equilátero.
  
  
  2a. Solução (lusitana):
  Pela Lei dos Senos a/R = 2.sen A, b/R = 
  2.sen B e c/R = 2.sen C.
  Assim: 9 = 4.sen^2 A + 4.sen^2 B + 4.sen^2 C = 
  2 - 2.cos 2A + 2 - 2.cos 2B + 2 - cos 2C 
  =
  cos 2A + cos 2B + cos 2C = - 
  3/2agora é braço, use trigonometria para provar 
  que a única solução desta equaçãoé A = B = C.
  
  Falou,
  Marcelo Rufino de Oliveira
  
  


Re: [obm-l] polinomios

2003-07-15 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira
Seja Q(x) = P(x) - 1   =   Q(1) = Q(2) = Q(3) = Q(4) = Q(5) = 0. Como Q(x)
também possui grau cinco, 1, 2, 3, 4, e 5 são as cinco raízes de Q(x)   =
Q(x) = A(x - 1)(x - 2)(x - 3)(x - 4)(x - 5) (1)

P(6) = 0   =   Q(6) = - 1

Aplicando x = 6 em (1)   =   - 1 = A.5.4.3.2.1   =   A = - 1/120   =
Q(x) = - (x - 1)(x - 2)(x - 3)(x - 4)(x - 5)/120   =
P(x) = 1 - (x - 1)(x - 2)(x - 3)(x - 4)(x - 5)/120

Assim,  P(0) = 1 - (-1)(-2)(-3)(-4)(-5)/120   =   P(0) = 2



Marcelo Rufino de Oliveira


- Original Message -
From: Eduardo Henrique Leitner [EMAIL PROTECTED]
To: lista de matemática [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, July 15, 2003 6:52 PM
Subject: [obm-l] polinomios


 Fundamentos de Matemática Elementar, volume 6

 Gelson Iezzi

 145. Seja P(x) um polinômio de 5^o grau que satisfaz as condições:

 1 = P(1) = P(2) = P(3) = P(4) = P(5)
 e
 0 = P(6).

 Qual o valor de P(0)?



 eu tentei fazer pelo sistema... mas putz... sem condições...
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 =

=
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=


Re: [obm-l] complexo

2003-07-06 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira
Se x é real então pode-se separar a equação em parte real e parte
imeginária:

(x^2 + ax + c) + i(bx + d) = 0

Se este número complexo é igual a zero então tanto a parte real quanto a
imaginária são iguais a zero:

Im = 0   =   bx + d = 0   =   x = - d/b

Re = 0   =   x^2 + ax + c = 0   =   d^2/b^2 - ad/b + c = 0   =   abd =
d^2 + cb^2.

Até mais,

Marcelo Rufino

- Original Message -
From: Eduardo Henrique Leitner [EMAIL PROTECTED]
To: lista de matemática [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sunday, July 06, 2003 5:28 PM
Subject: [obm-l] complexo


 desisto de tentar esse...

 Prove que se a equação x^2 + (a + bi)x + c + di = 0, em que a, b, c, d são
reais, admite uma raiz real, então abd = d^2 + cb^2
 =
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 =

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=


[obm-l] Re: [obm-l] f(f(x))_=_x^2_-_1996_é_impossível

2003-06-06 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira



Acho que consegui fazer. Algumas contas são muio 
extensas em eu acabei designando alguns números reais cheios de raízes quadradas 
de inteiros por x1, x2, x3 e x4.

Procure pontos fixos, ou seja, valores de x de modo 
que f(x) = x = f(f(x)) = f(x) = x.
Temos assim a equação x^2- 1996 = x, 
onde temos duas raízes, digamos x1 e x2, com x1 diferente de x2.
Evidentemente temos que x1 + x2 = 
1 e  x1.x2 = - 1996.
Repare quef(f(f(f(x = f(f(x^2 - 1996)) = 
(x^2 - 1996)^2 - 1996
Agora procuremos pontos fixos de de f(f(f(f(x, 
ou seja, quando que f(f(f(f(x = x
Temos a seguinte equação: (x^2 - 1996)^2 - 
1996 =x = x^4 - 4992x^2 - x + 1996^2 - 1996 = 
0
onde temos quatro soluções: x1 e x2 (que já são 
pontos fixos de f(x)) e x3 e x4, distintos entre si edistintos de x1 e 
x2.

A saída da questão é observar que x3 + x4 = - 
1 e x3.x4 = - 1995 = x3(- 1 
- x3) = - 1995 = x3 = 1995 - x3^2 
=- 1 - x4 =1995 - x3^2 
=
x4 = x3^2 - 1996 e x3 = 
x4^2 - 1996

Por outro lado: f(f(x3)) = x3^2 -1996 = 
x4 e f(f(x4)) = x4^2 -1996 = x3
Sabemos que f(f(f(x))) = f(x^2 - 2) = f(x)^2 
- 1996
Assim: f(f(f(x3))) = f(x4) = f(x3)^2 
-1996 e f(f(f(x4))) = f(x3) = f(x4)^2 - 
1996
Substituindo temos que: f(x3) = [f(x3)^2 - 
1996]^2 -1996 = f(x3) = x1, x2, x3, ou 
x4
Se f(x3) = x1 ou x2 teríamos que 
f(f(x3)) = f(x1 ou x2) = x1 ou x2, que é um absurso pois f(f(x3)) = 
x4
Se f(x3) = x3 teríamos que x3 é ponto fixo de f(x), 
que é falso pois os únicos pontos fixos de f(x) são x1 e x2.
Portanto, f(x3) = x4 = 
f(f(x3)) = f(x4) = x4 = f(x4) que é uma 
contradição pois x4 não é ponto fixo de f(x).

Assim, não existe f(x) que satisfaça f(f(x)) = x^2 
- 1996.


Bem, acho que fiz certo, mas agradeceria se alguém 
pudesse fazer alguns comentários sobrecertas passagens desta solução, 
posso ter errado alguma coisa...


Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira


  - Original Message - 
  From: 
  Bruno 
  Lima 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Friday, June 06, 2003 6:32 PM
  Subject: Re: [obm-l] 
  f(f(x))_=_x^2_-_1996_é_impossível
  
  Na verdade não estou ajudando em nada, mas já procurou por pontos fixos? 
  Pontos do tipo f(x)=xCláudio_(Prática) [EMAIL PROTECTED] 
  wrote: 
  



Caros colegas:

Estou com dificuldades num problema que caiu no Torneio das Cidades de 
1996:

Provar que não existe nenhuma função f: R - R tal que:
f(f(x)) = x^2 - 1996.

Agradeço qualquer ajuda.

Um abraço,
Claudio.
  
  
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  mais segurança e gratuito: caixa postal de 6MB, antivírus, proteção contra 
  spam.


Re: [obm-l] geometria

2003-05-27 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira
Nesta questão é necessário fazer a figura. Considere que ABCD é o
quadrilátero inscritível e E, F G e H são os pés das perpendiculares de um
ponto M, sobre a circunferência, a AB, BC, CD e DA, respectivamente. Eu
coloquei o ponto M entre A e B, mas vale para qualquer ponto da
circunferência.

Perceba que os triângulos MCF e MAE são semelhantes (os ângulos são iguais):
ME/MA = MF/MC   =   ME/MF = MA/MC

Como os ângulos GCM e MAH são iguais (demonstre isto, não é difícil) então
MAH e MCG também são semelhantes:
MH/MA = MG/MC   =   MH/MG = MA/MC

Portanto:
ME/MF = MH/MG   =   ME.MG = MF.MH


Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira


- Original Message -
From: Rafael [EMAIL PROTECTED]
To: OBM [EMAIL PROTECTED]
Sent: Monday, May 26, 2003 7:14 PM
Subject: [obm-l] geometria


 Provar que em todo quadrilátero inscritivel, o produto
 das distâncias de um ponto qualquer da circunferência
 circunscrita a dois lados opostos é igual ao produto
 das distâncias do mesmo ponto às diagonais.

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Re: [obm-l] Duvidas diversas sobre diversos

2002-05-29 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira


 Ola turma!!!Faz um bom tempo  que eu nao escrevo para a lista da OBM.E vou
 chegar metendo bala:

 01)Sejam a,b,c,d reais nao negativos tais que ab+bc+cd+da=1.Prove
 que (a^3/b+c+d)+(b^3/a+c+d)+(c^3/a+b+d)+(d^3/a+b+c)=1/3 e determine a
igualdade.

Seja A = b + c + d,  B = a + c + d,  C = a + b + d  e  D = a + b + c.
Como  (a - b)^2 + (b - c)^2 + (c - d)^2 + (d - a)^2 = 0   =
a^2 + b^2 + c^2 + d^2 = ab + bc + cd + da = 1 (1)
Suponha que a = b = c = d   =
a^3 = b^3 = c^3 = d^3   e   1/A = 1/B = 1/C = 1/D.
Assim, pela desigualdade de Chebyshev:
a^3/A + b^3/B + c^3/C + d^3/D = (a^3 + b^3 + c^3 + d^3)(1/A + 1/B + 1/C +
1/D)/4   (2)

Também pela desigualdade de Chebyshev:
a^3 + b^3 + c^3 + d^3 = (a^2 + b^2 + c^2 + d^2)(a + b + c + d)/4   (3)

Note também que  3(a + b + c + d) = A + B + C + D   (4)

Pela desigualdade entre as médias aritmética e geométrica temos que
(A + B + C + D)(1/A + 1/B + 1/C + 1/D) = 16   (5)

(1), (2), (3), (4) e (5)   =
a^3/A + b^3/B + c^3/C + d^3/D = (A + B + C + D)(1/A + 1/B + 1/C + 1/D)/48
= 16/48 = 3

A igualdade ocorre quando A = B = C = D   =   a = b = c = d.


Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira


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[obm-l] Re: [obm-l] inversão/desigualdades/cone sul

2002-05-20 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Acho que a terceira possui a seguinte solução


 3.Seja p um real positivo dado.Achar o mínimo valor de x^3 +y^3 sabendo
que
 x e y são reais positivos tais que xy(x+y)=p

P = x^3 + y^3 = (x + y)(x^2 + y^2 - xy) = (x + y)(x^2 + y^2) - (x + y)xy =
(x + y)(x^2 + y^2) - p
Pela desigualdades entre as médias aritmética e geométrica, temos que  x^2 +
y^2 = 2xy
Assim:
P = x^3 + y^3 = (x + y)(2xy) - p = 2p - p = p
Assim, o valor mínimo de  x^3 + y^3  é p.


 Obrigada!
 []´s
 Fê


Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira

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Re: [obm-l] (nenhum assunto)

2002-05-20 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira



Considereo podlinômio P(x) = x^7 - 1, 
que possui as 7 seguintes raízes complexas:
z(k) = cos (2.k.pi/7) + i.sen 
(2.k.pi/7), k = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6

Como o coeficiente de x^6 em P(x) é0 então a 
soma das raízes de P(x) é 0, implicando que:

cos 0 + cos (2.pi/7) + cos (4.pi/7) + cos (6.pi/7) 
+ cos (8.pi/7) + cos (10.pi/7) + cos (12.pi/7) = 0 

Como 2.pi/7 + 12.pi/7 = 2.pi 
= cos (12.pi/7) =cos (2.pi/7)

Como 4.pi/7 + 10.pi/7 = 2.pi 
= cos (10.pi/7) =cos (4.pi/7) = - cos (3.pi/7)
Como 6.pi/7 + 8.pi/7 = 2.pi = 
cos (8.pi/7) =cos (6.pi/7) = - cos 
(pi/7)
Portanto:
1 + cos (2.pi/7)- cos (3.pi/7) - cos (pi/7) - 
cos (pi/7) - cos (3.pi/7) + cos (2.pi/7) = 0 =
cos (pi/7) - cos (2.pi/7) + cos (3.pi/7) = 
1/2


Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira


  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Saturday, May 18, 2002 6:15 
PM
  Subject: [obm-l] (nenhum assunto)
  (IMO-1963) PROVE QUE 
  COS(PI/7)-COS(2PI/7)+COS(3PI/7)=1/2.COMECEI A FAZER E FOI FICANDO 
  GRANDE...CADA VEZ MAIOR...RISOS...ALGUEM CONSEGUE ACHAR UM TRUQUIINHO 
  AI?? 
  VALEU! 
  CROM 


[obm-l] Re: [obm-l] ACHO QUE É FÁCIL, MAS...

2002-04-30 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

O número  n = 2^(2k + 1) possui Fi(n) = 2^2k, que é um quadrado perfeito.
Outro exemplo é n = [2^(2a)][3^(2b + 1)]  possui Fi(n) = [2^(2a)][3^(2b)]
qu também é quadrado.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira

- Original Message -
From: Frederico Reis Marques de Brito [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, April 30, 2002 10:53 AM
Subject: [obm-l] ACHO QUE É FÁCIL, MAS...



 Para que todos entendam a questão, vou começar definindo a função Fi( em
 grego) de Euler, indicada aqui, por problemas computacionais, por  Fi. Se
 n   é um número natural ( considere 0 não natural),  Fi(n) representa a
 quantidfade de números naturais não excedendo  n  relativamente primos com
 n .  Proponho a seguinte questão, cuja solulção imagino ser simples, porém
 meio mágica.
 Questão: Prove que existem na imagem de Fi infinitos quadrados perfeitos.
 Um abraço a todos.
 Fred.


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 O MSN Photos é o modo mais fácil de compartilhar e imprimir suas fotos:
 http://photos.msn.com/support/worldwide.aspx

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Re: Desafio

2002-01-06 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira





  - Original Message - 
  From: 
  Pedro Costa 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Saturday, January 05, 2002 2:13 
  PM
  Subject: Desafio
  
  Determine todos os inteiros positivosn tais 
  que 
  a quarta potência do número de seus divisores 
  
  positivos é igual an .
  
  
  
  Seja n = 
  (p1^a1)(p2^a2)...(pm^am) onde p1, p2, ..., pm são os m 
  fatores primos de n e a1, a2, ..., am são os expoentes destes 
  primos.
  Assim, o número de divisorespositivos 
  éd(n) = (a1 + 1)(a2 + 1)...(am + 
  1)
  Pelo enunciado n = [(a1 + 1)(a2 + 1)...(am 
  + 1)]^4, ou seja, cada expoente ai é divisível por 4.
  Façamos ai = 4bi 
  = n = (p1^4b1)(p2^4b2)...(pm^4bm)=[(4b1 + 1)(4b2 + 
  1)...(4bm + 1)]^4 =
  (p1^b1)(p2^b2)...(pm^bm)=(4b1 + 
  1)(4b2 + 1)...(4bm + 1)
  
  Notemos que o número de termos em cada lado da 
  igualdade é igual a m.Note também que p1 é diferente de 2, pois (4b1 + 
  1)(4b2 + 1)...(4bm + 1) é ímpar.
  Observe agora que:
  3^1  4.1 + 1 3^2= 4.2 + 
  1 3^3  4.3 + 1
  5^1= 4.1 + 1 5^2  4.2 + 
  1
  se p = 7 temos que 
  p^k  4.k + 1
  
  Como o número de termos de cada lado da expressão 
  (p1^b1)(p2^b2)...(pm^bm)=(4b1 + 1)(4b2 + 
  1)...(4bm + 1) é igual, para que o lado esquerdo não seja maior que o lado 
  direito,as únicas possibilidades são:
   i) m = 1 p1 = 3 b1 
  = 2 = n = 3^8 = d(n) = 
  9 = [d(n)]^4 = 3^8
  ii) m = 1 p1 = 5 b1 
  = 1 = n = 5^4 = d(n) = 
  5 = [d(n)]^4 = 5^4
  iii) m = 2 p1 = 2 b1 = 
  2 p2 = 5 b2 = 1 = n = 
  (3^8)(5^4) = d(n) = 9.5 
  = d(n) = (3^8)(5^4)
  
  
  Acho que é isso, se alguém encontrar mais algum 
  número é só complementar esta solução.
  
  
  Até mais,
  Marcelo Rufino
  
  


Re: Quadrados perfeitos...

2001-10-27 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

O negócio é reparar que não existem quadrados perfeitos cujo algarismo das
unidades seja 8, 3, 2 ou 7. Assim sobraria somente o 14541 com chance de ser
quadrado perfeito.

Marcelo Rufino

- Original Message -
From: Fernando Henrique Ferraz [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, October 27, 2001 3:26 PM
Subject: Quadrados perfeitos...


 Vi esse exercício numa prova de vestibular desse ano,

 28. Qual dos números seguintes é quadrado perfeito?

 a) 745328
 b) 9015743
 c) 6259832
 d) 9761387
 e) 14641

 O jeito mais óbvio parece fatorar um a um.. mas é muito braçal e leva
muito
 tempo. Existe alguma regra que indique se o número é quadrado perfeito ou
não?
 Um amigo sugeriu que a soma dos algarismos que compõe um quadrado perfeito
 dá outro quadrado perfeito... mas nem sempre é válida...
 funciona para 121 ... 1 + 1 + 2 = 4
 Mas não para 256.. = 13
 (curiosamente dá certo no 14641)





 Against stupidity, the Gods themselves contend in vain,
  Friedrich von Schiller's
 -
 []'s
 {O-Grande-Mentecapto}
 [EMAIL PROTECTED]






Iberoamericana de Física

2001-10-26 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira



 Tenho uma grande notícia para os 
integrantes da lista, principalmente para os amantes da física. 
Terminounesta sexta-feira (26/10), a tarde, a VI Olimpíada Iberoamericana 
de Física e o Brasil obteve excelentes resultados: 2 ouros, 1 prata e 1 bronze. 
Os alunos e seus resultados são os seguintes:

Leonardo Leite Pereira (PA): medalha de 
ouro
Lívia Maria Frota Lima(CE): medalha de 
ouro
Martha 
PriscillaAraújo de Moraes Torres (CE): medalha de 
prata
Paulo Ribeiro de Almeida Neto (PA): medalha de 
bronze

 A Ibero deste ano foi realizada na 
Bolívia e cada país é representado por até 4 alunos. São aplicadas duas provas: 
uma teórica e uma experimental. Para vocês terem uma idéia, ano passado (em sua 
1a. participação) o resultado do Brasil na Ibero (que foi na Espanha) foram 3 
menções honrosas, o que mostra um grande crescimento em apenas 1 ano. 
Valedestacar também que este anoo Brasil conquistou sua primeira 
menção honrosa na Olimpíada Internacional de Física, com o aluno Guilherme 
Pimentel, que incluisive participa desta lista de discussão. Uma curiosidade é 
que um dos critérios para participar da Ibero é nunca ter participado da 
Internacional. 
 O comentário é que a prova teórica 
deste ano estava mais fácil que a dos anos anteriores. Por sorte dos alunos 
brasileiros a prova experimentalda Ibero era baseada na mesma experiência 
feita por estes mesmos alunos na Olimpíada Brasileira do ano passado, que é 
determinar o coeficente de restituição do choque de uma bolinha com o solo (que 
é bem simples, para dizer a verdade). A expectativa agora é que ano que vem 
algum brasileiro ganhe nossa primeira medalha na Internacional. 
 A Martha e o Paulo também se dão bem 
com matemática. A solução que está no site da OBM para a questão 1 da 3a. Fase 
do Nível 3 da OBM 2000 é da Martha. O Paulo foi medalha de bronze no Nível 3 da 
OBM 2000. 
 Algo que deve ser destacado é a 
importância da Olimpíada Brasileira de Matemática para o desenvolvimento de 
outras olimpíadas de ciências no Brasil (Física,Astronomia, Informática e 
futuramente Biologia). É inegável que o funcionamento de todas estas olimpíadas 
em parte é fundamentado no que a OBM já faz (e com muito êxito) a um certo 
tempo. Desde o sistema de coordenadores regionais, provas enviadas pelo correio, 
possibilidade de participação para qualquer interessado (não existindo limitação 
do número de alunos por colégio), seletivas para as olimpíadas internacionais, 
preparação para as olimpíadas internacionais (a de Física e a de Astronomia 
possuem uma Escola de Inverno, semelhante à Semana Olimpíca da OBM), quase tudo 
é semelhante ao que a OBM possui. Talvez a Olimpíada de Química seja a única que 
fuja um pouco deste sistema.Por isso, toda vez que algum aluno brasileiro 
consegue algum destaque em nível internacional em qualquer olimpíada de ciências 
deve-selembrar que, lá no fundo, a OBM possuiu uma participação nesta 
vitória, pelo simples fato de ser a precursora deste programa de olimpíadas de 
ciênciasque temos no Brasil. 
 Por fim, desejo parabéns aos alunos 
que tão bem representaram nosso país e também a todos os professores que, direta 
ou indiretamente, contribuiram para este resultado. Não podemos esquecer também 
o bom trabalho que vem realizando a Sociedade Brasileira de Física na realização 
da OBF. Se não me engano ano passado25 mil alunos fizeram a primeira fase 
da OBF, e olha que era somente a sua segunda edição.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira
Coordenador Regional da OBM no Pará



Questão da Ibeoamericana

2001-10-25 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Eu li o enunciado da questão 1 da iberoamericana deste ano e pareceu-me que
a solução era imediata demais. O enunciado é o seguinte:

1) Dizemos que um número natural n é charrua se satisfaz simultaneamente
as seguintes condições:
- Todos os algarismos de n são maiores que 1
- Sempre que se multiplicam quatro algarismos de n, obtém-se um divisor de
n.
Demonstrar que para cada número natural k existe um número charrua com
mais de k algarismos.


Por um acaso não basta fazer  n = 333...33,  onde n possui 3^x dígitos (x =
3) e usar o fato de que 3^(x + 1) | n ?
Com este número sempre teremos a multiplicação de quatro algarismos dando
81, e como x = 3 então n será sempre divisível por 81.
O fato de que exista um número charrua com mais de k algarismos
aparentemente não importa muito, pois podemos fazer x o maior que se queira
e assim conseguir um número de dígitos sempre maior que k.

Peço ao pessoal da lista que dê uma analisada, pois quando parece-me que uma
questão é muito imediata sempre eu erro alguma coisa.

Valeu,
Marcelo Rufino



Re: obm

2001-10-24 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Aí vai uma solução para o problema 4 do Nível 3, só que não está completa, é
necessário demonstrar alguns trechos que somente vou enunciar:
Para quem não lembra o enunciado é o seguinte:

4) Uma calculadora tem o número 1 na tela. Devemos efetuar 2001 operações,
cada uma das quais consistindo em pressionar a tecla sen ou a tecla cos.
Essas operações calculam respectivamente o seno e o cosseno com argumentos
em radianos. Qual é o maior resultado possível depois das 2001 operações?

Como cos e sen variam entre - 1 e 1, evidentemente tentaremos alcançar um
número que seja o mais próximo possível de 1.
Alguns fator são relevantes:
1) entre 0 e pi/2 a função sen x é crescente;
2) se x é próximo de zero então cos x é próximo de 1;
3) para que sen x seja próximo de 1 então x deve ser bastante próximo de
pi/2  1;
4) se  0  x  pi/4  então sen x  cos x  e se pi/4  x  pi/2  então  senx
 cos x. Ainda mais, se  0  x  pi/4,  então  sen x  x.
5) Se tivermos 1 escrito na calculadora e apertarmos somente a tecla cos os
números que vão aparecendo vão aproximando cada mais do número que é solução
da equação  cos x = x (aqui é necessário demonstrar). Este número é
aproximadamente  x = 0,73;
6) se apertarmos somente a tecla sen os números que vão aparecendo vão
aproximando cada mais do número que é solução da equação  sen x = x (também
é necessário demonstrar). Este número é x = 0;

Dos fatos 2 e 3 concluímos que a melhor estratégia para conseguir o maior
número possível é alcançar um número positivo mais próximo possível de 0 até
a 2000a. operação e depois apertar cos, aparecendo assim um número muito
próximo de 1, uma vez que não é possível obter um número próximo de pi/2 na
calculadora pois pi/2 é aproximadamente 1,55. Dos fatos 5 e 6 concluímos que
apertar seguidamente a tecla cos não ajuda em nada, pois vamos sempre nos
aproximar de um número (aproximadamente 0,73) que está longe de 0.

De início, como temos escrito 1 na calculadora, do fato 4 é melhor apertar
cos, pois  cos 1  sen 1. Desde que cos 1  pi/4 (é necessário demonstrar),
a 2a. tecla a ser apertada deve ser sen. Dos fatos 1 e 4, como cos 1  pi/4,
temos que  sen (cos 1)  cos 1. Dos fatos 1, 4 e 6, se continuarmos a
apertar a tecla sen iremos sempre conseguir números positivos cada vez
menores. Assim, depois da 1a. operação (que é apertar cos) devemos apertar
sen 1999 vezes. Depois destas operações teremos na calculadora um número
positivo muito próximo de 0, bastando na 2001a. operação apertar cos e assim
alcançar um número muito próximo de 1.
Assim, o maior número possível é  cos (sen (sen (sen (...(sen (cos
1)))...))),  onde aplicamos sen 1999 vezes.

Acho que é isso, talvez falte demonstrar mais criteriosamente alguns
trechos, mas acredito que todas as idéias necessárias são estas.

Até mais,
Marcelo Rufino


- Original Message -
From: Carlos Stein Naves de Brito [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, October 23, 2001 9:37 PM
Subject: obm


 Gostaria de ver uma solucao para 4 da obm nivel 3!




Re: Torneio das Cidades

2001-10-24 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Já que a bola da vez é o TIC, abaixo estão duas questões do Torneio
Internacional das Cidades que eu ainda não consegui fazer. Quem sabe alguém
da lista possa resolvê-los...

(TIC-99) Um movimento da torre consiste e passar a uma casa vizinha, indo em
direção horizontal ou vertical. Assim, depois de 64 movimentos a torre
poderá ter visitado todas as casas de um tabuleiro de xadrez 8x8 e regressar
a casa de que partiu. Demonstrar que o número de movimentos em direção
vertical e o número de movimentos em direção horizontal são distintos.

(TIC-99) Um círculo está dividido por n diâmetros em 2n setores iguais. A
metade dos setores estão pintados de azul e a outra metade estão pintados de
vermelho (em ordem arbitrária). Os setores azuis estão numerados de 1 a n em
sentido contrário a dos ponteiros do relógio, começando desde um setor azul
arbitrário, e os setores vermelhos estão numerados de 1 a no sentido dos
ponteiros do relógio, começando desde um setor vermelho arbitrário.
Demonstrar que existe um semicírculo que contem setores com todos os números
de 1 a n.


Como é o desempenho das cidades brasileiras no Torneio? Já teve algum aluno
brasileiro que conseguiu uma pontuação muito alta?

Falou,
Marcelo Rufino

- Original Message -
From: Paulo Jose Rodrigues [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Cc: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, October 24, 2001 10:44 PM
Subject: Torneio das Cidades


 Já que o assunto Torneio das Cidades é a bola da vez vão aqui alguns
 esclarecimentos:

 O Torneio das Cidades é uma competição organizada pela Rússia cujo
 regulamento tenta permitir que cidades grandes e pequenas participem nas
 mesmas condições (lembre que essa é uma competição entre cidades...)

 As provas são corrigidas pelo comitê organizador de cada cidade e as
 melhores enviadas para Moscou que emite os diplomas de premiação. O
diploma
 é da Academia de Ciências da Rússia, obviamente é em russo e contém a
 pontuação obtida pelo estudante.

 Um problema muito interessante que já caiu no Torneio é o seguinte:

 (a) Duas pessoas realizam um truque. A primeira retira 5 cartas de um
 baralho de 52 cartas (previamente embaralhado por um membro da platéia),
 olha-as,  e coloca-as em uma linha da esquerda para a direita: uma com a
 face para baixo (não necessariamente a primeira),  e a outras com a face
 para cima. A segunda pessoa deve adivinhar a carta que esté com a face
para
 baixo. Prove que elas podem combinar um sistema que sempre torna isto
 possível.

 (b) Prove que as pessoas ainda podem realizar o truque se a carta oculta
for
 colocado no bolso da 1a pessoa.


 Eu sei resolver o ítem (a), mas não o (b).

 Paulo José







Re: Terceira fase da OBM

2001-10-20 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Maiores informações sobre o Torneio Internacional das Cidades podem ser
encontradas nos sites:

http://www.amt.canberra.edu.au/imtot.html

http://www.math.kth.se/users/mshapiro/Articles/Shapovalov/tg_glav.htm


evidentemente as informações estão em inglês.

Até mais,
Marcelo Rufino


- Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, October 20, 2001 6:10 PM
Subject: Re: Terceira fase da OBM


 Só uma curiosidade : até q idade pode se participar do torneio das cidades
?
 Um universitário pode participar ??
 Falow

 _
 Oi! Você quer um iG-mail gratuito?
 Então clique aqui: http://registro.ig.com.br/





Re: CONE SUL-97

2001-10-17 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Fernanda,
para a primeira questão faça o seguinte:

1.Demonstrar que existem infinitos termos (a,b,c),com a,b,c, números
naturais , que satisfazem 2a^2 + 3b^2 - 5c^2=1997

Tentemos transformar esta equação em uma Equação de Pell da forma  x^2 -
Dy^2 = 1.
Fazendo a = 31 temos:  2(31)^2 + 3b^2 - 5c^2 = 1997   =   1922 + 3b^2 -
5c^2 = 1997   =   3b^2 - 5c^2 = 75
Fazendo  b = 5b'  e  c = 15c'  temos:   75(b'^2) - 15(75.c'^2) = 75   =   b
'^2 - 15c'^2 = 1
Que é uma Equação de Pell, onde uma solução é  b' = 4  e  c' = 1.
Como uma Equação de Pell do tipo  x^2 - Dy^2 = 1  que possui uma solução
consequentemente possui infinitas soluções, teremos infinitos números  b' e
c' satisfazendo  b'^2 - 15c'^2 = 1.
Assim, teremos infinitos ternos (a, b, c) (com a = 31, b = 5b' e c = 15c')
satisfazendo  2a^2 + 3b^2 - 5c^2 = 1997

- Original Message -
From: Fernanda Medeiros [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, October 17, 2001 10:28 PM
Subject: CONE SUL-97



 Olá: gostaria de ajuda nestas 2 questões da prova do cone sul de 97:
 1.Demonstrar que existem infinitos termos (a,b,c),com a,b,c, números
 naturais , que satisfazem 2a^2 + 3b^2 - 5c^2=1997
 2. Seja C uma circunferencia de centro O , AB um diametro dela e R um
ponto
 qualquer em C, distinto de A e B.Seja P a interseção da perpendicular
 traçada por O a AR.Sobre a reta OP se marca o ponto Q, de maneira que QP é
a
 metade de PO e Q não pertence ao segmento OP.Por Q traçamos a paralela a
AB
 que corta  a reta AR em T. Chamamos de H o ponto de interseção das retas
AQ
 e OT. Prove que H,R e B são colineares.
   Obrigada!



 _
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Re: Dúvida sobre exame do ITA

2001-10-05 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira



Formei no ITA em 99 e hoje trabalho como 
coordenador deum curso preparatório IME/ITA, por isso acho que posso 
responder suas perguntas. 
Quanto a nota necessária para passar, até o 
vestibular de 99 especulava-se que a nota do último que era chamado girava em 
torno de 66% dos pontos totais das provas. Em 2000 parece que este valor subiu 
para uns 75% dos pontos, pois a prova no geral estava um pouco mais fácil e a 
concorrência aumentou muito, e com isso o nível dos alunos. Entretanto, é tudo 
especulação, pois o ITA não divulga nota do aluno e nem classificação 
geral.
Quanto as questões discursivas de física e 
matemática, o cartão resposta (contando com as alternativas das questões que 
devem ser justificadas) vale 50% dos pontos da prova, enquanto que as soluções 
das questões que devem ser justificadas valem os outros 50% da prova. Note, 
portanto, que as questões que devem ser justificadas possuem, no final das 
contas, mais ou menos 70% dos pontos da prova, pois contam no cartão resposta e 
na resolução.

Espero ter ajudado,
Marcelo Rufino


  - Original Message - 
  From: 
  Alex Vieira 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, October 04, 2001 10:19 
  PM
  Subject: Dúvida sobre exame do ITA
  
  Saudacoes a todos os colegas da 
  lista,
  
  Irei prestar ITA este ano,e, apos resolver 
  algumas provas dos anos anteriores, verifiquei que nas materias exatas ocorrem 
  diversas questoescomplicadissimas, senao polemicas, com assuntos que 
  "atrapalham" ateh professores.
  
  Como sei que nesta lista da OBM ha diversos 
  alunos, ex-alunos, etc. do ITA, pergunto: alguem tem uma estimativa de uma 
  porcentagem de acerto"boa" nas provas? Acertando 50% das questoes nas 4 
  provas garante meu lugaroueh necessario mais?
  
  Questoes "teste" e "dissertativas" tem o mesmo 
  peso? Alguem pode me dar alguma dica, macete, estrategia, que possa me ajudar 
  na prova?
  
  Muito 
obrigado


Re: combinatória

2001-10-01 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira




  
  Alguem poderia me ajudar com essas 
  questões:
  
  01) Qual o total de números constituidos de 3 algarismos 
  impares e 2 algarismos pares que podem ser formados com os algarismos de 1 a 
  9, sem repetição?
  
  Inicialmente escolha onde vão ficar os 3 
  algarismos ímpares. Como são ao todo 5 algarismos temos C(5, 3) = 10 
  possibilidades para escolher onde ficam os ímpares. Note que depois de 
  escolhidos os ímpares, os pares já estão determinados. Para escolher os 3 
  ímpares temos (5)(4)(3) = 60 possibilidades (pois temos que escolher entre os 
  dígitos 1, 3, 5, 7 e 9) e para escolher os dois pares temos (4)(3) = 12 
  possibilidades (pois temos os dígitos 2, 4, 6, e 8).
  Assim, o total é (10)(60)(12) = 
  7200
  
  02) (FGV) Um tabuleiro quadrado dispõe de 9 orificios 
  dispostos em 3 linhas e 3 colunas. De qtas maneiras podemos colocar 3 bolas de 
  modo que os orificios ocupados não fiquem alinhados? Diagonais são 
  considerados tipos de alinhamentos
  
  O total de formas de escolher 3 entre os 9 
  orifícios é C(9, 3) = 84
  O total de formas de escolher 3 orifícios 
  alinhados é 3 + 3 + 2 = 8 (3 linhas mais 3 colunasmais 2 
  diagonais).
  Portanto, o total é 84 - 8 = 
  76.
  
  
  Até mais,
  Marcelo Rufino
  
  


Re: complexos-ita

2001-09-22 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Na força bruta faz-se assim:
w = (1 + z)/(1 - z) = [(1 + cos t) + i.sen t]/[(1 - cos t) - i.sen t]
Multiplicando, em cima e em baixo, pelo conjungado de (1 - cos t) - i.sen t:
w = [(1 - cos^2 t - sen^2 t) + i(sen t - sen t.cos t  + sen t + sen t.cos
t)]/(1 - 2.cos t + cos^2 t + sen^2 t] =
w = [i.(sen t)]/[1 - cos t]
que é uma resposta, mas acho que nas alternativas não está assim. Vamos
colocar em função de t/2:
w = [i.(2.sen (t/2).cos (t/2)]/[1 - cos^2 (t/2) + sen^2 (t/2)]
w = [i.(2.sen (t/2).cos (t/2)]/[2.sen^2 (t/2)]
w = [i.cos (t/2)]/[sen (t/2)]
w = i.cotg (t/2)


Uma outra forma de fazer é usando a soma de dois números complexos como se
fossem vetores (na verdade os afixos).
O número complexo z = cos t + i.sen t  possui argumento t e módulo 1.
O número complexo 1 possui argumento 0 e módulo 1.
Como  z  e  1  possui o mesmo módulo, o afixo do número complexo que é igual
a soma de 1 e z está situado na bissetriz do ângulo entre 1 e z, ou sejam o
argumento  1 + z  é t/2. Para calcular seu módulo basta somar as duas
projeções, que valem  [(1)(cos (t/2)]
Assim:  1 + z = [(2)(cos (t/2)][cos (t/2) + i.sen (t/2)]
Para 1 - z  basta lembrar que  - z = cos (t + pi) + i.sen (t + pi)
Pelo mesmo raciocínio,  1 - z = [(2)(cos (t/2 + pi/2)][cos (t/2 + pi/2) +
i.sen (t/2 + pi/2)] = [(2)(- sen (t/2)][- sen (t/2) + i.cos (t/2)]
Portanto,  w = [cotg (t/2)][cos (t/2) + i.sen (t/2)]/[sen (t/2) - i.cos
(t/2)]
Multiplicando, em cima e em baixo, por  sen (t/2) + i.cos (t/2) :
w = [cotg (t/2)][sen (t/2).cos (t/2) - sen (t/2).cos (t/2) + i(sen^2 (t/2) +
cos^2 (t/2)]
w = i.cotg (t/2)

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira


- Original Message -
From: Fernanda Medeiros [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, September 22, 2001 9:31 PM
Subject: Re: complexos-ita



O que está entre parentêsis seriam as alternativas, já que era uma
 questão de múltipla escolha, o problema é que não me lembro das
 alternativas
 O enunciado é:
 sendo z=cos(t)+i*sen(t), qual o valor de w=1+z/1-z (desenvolva w)
[]´s
   Fê







 From: Marcelo Ferreira [EMAIL PROTECTED]
 Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Subject: Re: complexos-ita
 Date: Sat, 22 Sep 2001 20:38:38 -0300
 
 Vc poderia reescrever o enunciado ?
 - Original Message -
 From: Fernanda Medeiros [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Saturday, September 22, 2001 7:18 PM
 Subject: complexos-ita
 
 
  
  
  
   Olá pessoal,
   Olha só esta questão:
   z=cos(t) + i sen(t) , qual o valor de w=1+z/1-z ( i*tg(t), i*cotg(t/2)
   etc...)
  Obrigada
Fê
  
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Re: OBM Segunda Fase

2001-09-05 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Na minha opinião os critérios de correção poderiam ter sido mais amplos, e
incluir coisas que não poderiam ser feitas, além do que pode ser feito para
resolver cada questão. Por exemplo, na questão 3 do Nível 3 alguns alunos do
meu colégio utilizaram métodos que não estavam previstos nos critérios de
correção e chegaram a resposta correta do problema. O enunciado é o
seguinte:

3) Determine todas as funções f: R - R tais que f(x) = f(-x) e f(x + y) =
f(x) + f(y) + 8xy + 115 para todos os reais x e y.

Um aluno chutou que  f(x) = ax^2 + bx + c (justificou isto devido o termo
8xy + 115  ser polinomial) aplicou na equação funcional tirando a, b, c e
chegando na função correta. Eu sei que ele calculou somente a função
polinomial que satisfaz o problema e não provou que não existem outras
possíveis, entretanto, como a grade de resposta é omissa com relação a esta
solução eu deixo duas perguntas:
1) Quanto vale esta solução?
2) Um professor menos acostumado com olimpíadas não poderia dar 10 pontos
para esta solução?

Nesta mesma questão outros 2 alunos fizeram y = 1 e escreveram n expressões
variando x nos naturais desde 1 até n. Somaram todas as expressões e
obtuveram quanto vale f(x) se x for natural. Evidentemente obtiveram f(n) =
4n^2 - 115. Novamente esta solução não estava prevista, e ficam as duas
perguntas acima para esta outra situação.

Na questão 6 do Nível 3 um aluno encontrou que o somatório vale n^2/2
utilizando indução matemática para isto, que também não estava previsto na
grade de resposta. Neste caso, como eu li com bastante calma sua solução
(que era longa) e estava tudo certo eu acabei dando os 10 pontos. Só que
também seria interessante esta solução por indução estar prevista na grade
de resposta.

É evidente que existem outras soluções (algumas bastante complexas) para as
questões do Nível 3 (acho que a questão 5 dá para fazer usando recorrência),
porém outras soluções não tão complexas deveriam ser incluídas, para não
deixar que professores menos experientes cometam injustiças na hora da
correção.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira


- Original Message -
From: Paulo Jose Rodrigues [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, September 04, 2001 11:44 PM
Subject: OBM Segunda Fase


 Parabéns aos que trabalharam na elaboração da 2a fase da OBM. As questões
 estavam adequadas, criativas e  desafiantes. A única que me pareceu
 inadequada foi a 4 do nível 1.

 Por outro lado, em alguns momentos, os critérios de correção me pareceram
 injustos.

 Não é muito pouco dar 3 pontos para que achou que cada número aparecia 7
 vezes no dominó?

 Não é muito dar 2 pontos para quem fez a figura corretamente no problema 4
 do nível 2?



 Paulo






Re: Alfabetização Matemática

2001-08-29 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Vamos ver...


 1) Uma urna contém 6 bolas brancas, 6 bolas vermelhas, 6 bolas pretas e 6
 bolas azuis, numeradas de 1 a 24. Quantas são as extrações de 4 bolas onde
 aparecem pelo menos 3 cores?

Existem duas alternativas para as retiradas:

i) todas as bolas de cores diferentes;
deste modo temos 6 possibilidades para as escolhas de cada cor, implicando
que existem 6^4 extrações possíveis.

ii) 2 bolas de uma determinada cor e outras duas cada uma de uma cor
distinta da primeira;
para escolher a cor que será repetida temos 4 possibilidades e para escolher
estas duas bolas da mesma cor temos C(6, 4) = 15 (combinação de 6 bolas
tomadas quatro a quatro) possibilidades.
sobram assim 18 bolas (todas das outras 3 cores), onde devemos escolher duas
de cores diferentes. Para escolher a primeira temos 18 possibilidades, e
para a segunda temos 12 possibilidades. Como tanto faz escolher primeiro a
bola 13 e depois a 24 como escolher primeiro a 24 e depois a 13, temos que
dividir o total desta segunda alternativa por 2.

O total então é  6^4 + 4.15.(18.12)/2 = 7776
Acho que é isso.



 2)  Resolva
 (sen x)^2 + (sen x)^4 + (sen x)^6 + (sen x)^8 + (sen x)^10 = 5

Note que se (sen x)^2  1 então (sen x)^4  1  (sen x)^6  1  (sen x)^8  1
(sen x)^10  1   =
(sen x)^2 + (sen x)^4 + (sen x)^6 + (sen x)^8 + (sen x)^10  5,  que
contraria a equação dada.
Como  0 = (sen x)^2a = 1  (a um inteiro positivo),  então a única
possibilidade é (sen x)^2 = 1   =   sen x = pi + k.pi




 3)   Se (tg x)^3 = (cos x)^2 - (sen x)^2,  calcule (tg x)^2.

(cos x)^2 - (sen x)^2 = 2(cos x)^2 - 1 = 2/[1 + (tg x)^2] - 1 = (tg x)^3
=
2 - 1 - (tg x)^2 = (tg x)^3 + (tg x)^5   =   (tg x)^5 + (tg x)^3 + (tg x)^2
= 1,  que é uma equação de quinto grau em tg x.
Joguei esta expressão na minha calculadora e encontrei 4 raízes complexas e
apenas uma real, bastante próxima de 0,7, mas não me parece ser um valor
conhecido, e nem me parece que existe uma método simples (fatorando) de
resolver a equação  z^5 + z^3 + z^2 - 1 = 0.
Bem... quem sabe outra pessoa consiga fazer esta questão?!


 []s, Josimar

 -Mensagem original-
 De: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
 Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
 Data: Quarta-feira, 29 de Agosto de 2001 08:23
 Assunto: Re: Alfabetização Matemática


 Quando o meu pai foi trabalhar na Alemanha eu me lembro dele ter
 avisado para escrever no envelope o 1 apenas como um traço vertical
 e o 7 não cortado senão o correio alemão confunde:
 o 1 com aba eles pensam que é um sete e o 7 cortado eles não entendem.
 
 Por outro lado, o Fred andou perguntando a algumas pessoas aqui do depto
 se elas cortavam o 7 e os franceses (ou pelo menos os franceses que
estavam
 perto do Fred neste dia e hora) aprenderam a cortar o 7 na escola
francesa.
 
 []s, N.
 
 On Wed, Aug 29, 2001 at 12:04:14AM -0300, Bruno Furlan wrote:
  Não seria mais sensato ensinar a grafar o um como um palito, sem a
  aba? Fica bem mais fácil para as crianças e não causa confusão...
 
  Bruno F.
 
   Me lembro da minha professora do primario dizer que se cortava o 7
   para diferenciar do 1. De fato, na caligrafia das criancas eh muito
   facil confundir um com sete, e vejo isto concretamente com meus
   filhos pequenos. Quem aprendeu assim, as vezes nao perde o habito.
   Abraco,
   Wagner.
 






distribuição de números

2001-08-29 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

A questão abaixo possui um enunciado bem interessante... vamos ver se
aparecem soluções também interessantes por participantes da lista:


Todos os números de 1 a 100 são escritos aleatoriamente ao longo de um
círculo. A soma de todos 3 números consecutivos é calculada. Prove que
existem duas destas somas cuja diferença é maior que 2.


Até mais,
Marcelo Rufino



Re: SELEÇÃO IMO

2001-08-01 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Na segunda questão faça o seguinte:

2) se a = sqrt(4-sqrt5-a), b = sqrt(4+sqrt5-b), c = sqrt(4-sqrt5+c) e
d = sqrt(4+sqrt5+d), calcule a*b*c*d.

Solução:

Inicialmente note que, devido as equações que definem a, b, c e d, então
estes valores são todos distintos.

Elevando ao quadrado duas vezes as equações obtemos:

(1) (a^2 - 4)^2 = 5 - a   =   a^4 - 8a^2 + 16 = 5 - a   =
a^4 - 8a^2 + a + 11 = 0

(2) (b^2 - 4)^2 = 5 - b   =   b^4 - 8b^2 + 16 = 5 - b   =
b^4 - 8b^2 + b + 11 = 0

(3) (c^2 - 4)^2 = 5 + c   =   c^4 - 8c^2 + 16 = 5 + c   =
c^4 - 8c^2 - c + 11 = 0

(4) (d^2 - 4)^2 = 5 + d   =   d^4 - 8d^2 + 16 = 5 + d   =
d^4 - 8d^2 - d + 11 = 0

Assim, a e b são 2 das 4 raízes do polinômio  P(x) = x^4 - 8x^2 + x + 11 e
c e d são 2 das 4 raízes do polinômio Q(x) = x^4 - 8x^2 - x + 11.

Aplicando x = - c em P(x) temos:
P(- c) = c^4 - 8c^2 - c + 11 = 0   =   - c é raiz de P(x).

Aplicando x = - d em P(x) temos:
P(- d) = d^4 - 8d^2 - d + 11 = 0   =   - d é raiz de P(x).

Deste modo, as raízes de P(x) são  a, b, - c e - d.

Como a multiplicação das raízes P(x) é igual a  11,
temos que  a.b.(- c)(- d) = 11   =   abcd = 11.


Falou,
Marcelo Rufino de Oliveira


- Original Message -
From: Henrique Lima [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, July 31, 2001 11:16 PM
Subject: SELEÇÃO IMO



   alguém pode ajudar nesses problemas?
 1)se m e n são inteiros positivos tais q 2^n  - 1 divide m^2 +9, prove q n
 eh uma potencia de 2
 se n eh uma potencia de 2 prove q existe um inteiro m (positivo) tal q 2^n
 -1 divide m^2 + 9
 2)se a=sqrt(4-sqrt5-a), b=sqrt(4+sqrt5-b), c=sqrt(4-sqrt5+c) e
 d=sqrt(4+sqrt5+d), calcule a*b*c*d
 3)sejam Q+ e Z os conjuntos dos racionais estritamente positivos e o
 conjunto dos inteiros. determine todas as funções f:Q+ -Z satisfazendo as
 seguintes condições:
 (i)f(1999)=1
 (ii)f(ab)=f(a)+f(b) ,pra qq a,b racionais estritamente positivos
 (iii)f(a+b)=min{f(a),f(b)}, pra qq a,b racionais estritamente positivos

 valeu!

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Re: SELEÇÃO IMO

2001-08-01 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Na verdade, para ficar mais clara a equação da questão 2 que eu
resolvi no e-mail anterior, o mais correto é:

2) Se a = sqrt(4 - sqrt(5 - a)),  b = sqrt(4 + sqrt(5 - b)),
c = sqrt(4 - sqrt(5 + c))  e  d = sqrt(4 + sqrt(5 + d)),
calcule a*b*c*d.

Sem os parenteses nos lugares corretos realmente dá margem a várias
interpretações.

Lembre-se que  sqrt(x)  significa a raiz quadrada de x.

Falou,
Marcelo Rufino de Oliviera

- Original Message -
From: Marcelo Rufino de Oliveira [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, August 01, 2001 3:07 AM
Subject: Re: SELEÇÃO IMO


 Na segunda questão faça o seguinte:

 2) se a = sqrt(4-sqrt5-a), b = sqrt(4+sqrt5-b), c = sqrt(4-sqrt5+c) e
 d = sqrt(4+sqrt5+d), calcule a*b*c*d.

 Solução:

 Inicialmente note que, devido as equações que definem a, b, c e d, então
 estes valores são todos distintos.

 Elevando ao quadrado duas vezes as equações obtemos:

 (1) (a^2 - 4)^2 = 5 - a   =   a^4 - 8a^2 + 16 = 5 - a   =
 a^4 - 8a^2 + a + 11 = 0

 (2) (b^2 - 4)^2 = 5 - b   =   b^4 - 8b^2 + 16 = 5 - b   =
 b^4 - 8b^2 + b + 11 = 0

 (3) (c^2 - 4)^2 = 5 + c   =   c^4 - 8c^2 + 16 = 5 + c   =
 c^4 - 8c^2 - c + 11 = 0

 (4) (d^2 - 4)^2 = 5 + d   =   d^4 - 8d^2 + 16 = 5 + d   =
 d^4 - 8d^2 - d + 11 = 0

 Assim, a e b são 2 das 4 raízes do polinômio  P(x) = x^4 - 8x^2 + x + 11 e
 c e d são 2 das 4 raízes do polinômio Q(x) = x^4 - 8x^2 - x + 11.

 Aplicando x = - c em P(x) temos:
 P(- c) = c^4 - 8c^2 - c + 11 = 0   =   - c é raiz de P(x).

 Aplicando x = - d em P(x) temos:
 P(- d) = d^4 - 8d^2 - d + 11 = 0   =   - d é raiz de P(x).

 Deste modo, as raízes de P(x) são  a, b, - c e - d.

 Como a multiplicação das raízes P(x) é igual a  11,
 temos que  a.b.(- c)(- d) = 11   =   abcd = 11.


 Falou,
 Marcelo Rufino de Oliveira


 - Original Message -
 From: Henrique Lima [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Tuesday, July 31, 2001 11:16 PM
 Subject: SELEÇÃO IMO


 
alguém pode ajudar nesses problemas?
  1)se m e n são inteiros positivos tais q 2^n  - 1 divide m^2 +9, prove q
n
  eh uma potencia de 2
  se n eh uma potencia de 2 prove q existe um inteiro m (positivo) tal q
2^n
  -1 divide m^2 + 9
  2)se a=sqrt(4-sqrt5-a), b=sqrt(4+sqrt5-b), c=sqrt(4-sqrt5+c) e
  d=sqrt(4+sqrt5+d), calcule a*b*c*d
  3)sejam Q+ e Z os conjuntos dos racionais estritamente positivos e o
  conjunto dos inteiros. determine todas as funções f:Q+ -Z satisfazendo
as
  seguintes condições:
  (i)f(1999)=1
  (ii)f(ab)=f(a)+f(b) ,pra qq a,b racionais estritamente positivos
  (iii)f(a+b)=min{f(a),f(b)}, pra qq a,b racionais estritamente positivos
 
  valeu!
 
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Dúvida em problema

2001-07-27 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Estou tentando fazer a questão abaixo mais não consigo. Gostaria da ajuda
dos integrantes da lista.


Os divisores próprios de um número natural n são colocados em ordem
crescente: x1  x2  ...  xk.  Determine todos os números n tais que:
(x5)^2 + (x6)^2 - 1 = n.


Obs: os divisores próprios de n são todos os divisores positivos de n com
excessão de 1 e n.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira



Re: Movimento de um pendulo

2001-07-22 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Vou mandar a demonstração que existe no livro Os Tópicos da Física 2 - 5a.
edição, de 1988.
Em um MHS a constante de força é definida por  K = mw^2, onde m é masse e w
é a velocidade angular.
Como  w = 2.pi/T  temos que  T = 2.pi.(m/K)^1/2   (1)
Analisemos agora o pêndulo propriamente dito. Afaste o pêndulo de um pequeno
ângulo y em relação a sua posição de equilíbrio.
A componente tangencial do peso Pt é a força restauradora do movimento
oscilatório do pêndulo e sua intensidade é dada por:
Pt = m.g.sen y
O ângulo y em radianos é dado por  y = x/L, L o comprimento do fio do
pêndulo e x é o comprimento do arco subentido entre a posição do pêndulo e
sua posição de equilíbrio.
Assim temos que  Pt = m.g.sen (x/L)
Nesta última expressão concluímos que o movimento do pêndulo não é harmônico
simples, uma vez que a intensidade da força não é proporcional à elongação,
mas sim ao  seno de x/L.
Por outro lado, se as oscilações ocorrerem com pequenos ângulos (y menor ou
igual a 10 graus), o valor do seno e o valor do ângulo expresso em radianos
serão aproximadamente iguais.
Deste modo:  Pt = m.g.x/L   =   Pt = (m.g/L).x   (2), caracterizando agora
um MHS.
Como a força restauradora de um MHS é igual a F = Kx, comparando com (2)
temos que  K = m.g/L
Aplicando este valor de K em (1) temos que  T = 2.pi.(L/g)^1/2

Note que este valor de período vale somente quando o ângulo máximo que o fio
do pêndulo faz com a vertical é menor que 10 graus. Para outros valores o
movimento do pêndulo não é um MHS.

Evidentemente, a demonstração mais criteriosa utiliza a equação diferencial
do movimento do pêndulo, e é muito mais curta.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira

- Original Message -
From: Leonardo Motta [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, July 21, 2001 10:10 PM
Subject: Re: Movimento de um pendulo



  Cara,qualquer livro desses de segundo grau tipo Física
  Clássica,Tópicos,Fundamentos,tem essa demonstração.

 Eu nao achei essa demonstracao no Fundamentos do Ramalho-Nicolau-Toledo.

 Acho que essa demonstracao soh eh possivel por calculo, pq e' demonstrado
 que a expressao diferencial que define o periodo do pendulo se confunde
com
 a expressao q vc deu quando os angulos sao muito pequenos.






Re: olá e problemas :)

2001-07-22 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Acho que cheguei a uma solução para o quinto problema da Fernanda, aí vai...

5.Mostre que todo nº racional positivo pode ser representado sob a forma r =
(a^3 + b^3)/(c^3 + d^3)   a, b, c, d inteiros positivos

Solução:
(I) Primeiro vou mostrar que todos os racionais entre 1/2  e 2 podem ser
expressos da forma  r = (a^3 + b^3)/(c^3 + d^3)   a, b, c, d inteiros
positivos
Para isso faça  a = c  e  b + d = a. Assim:
r = (a^3 + b^3)/(a^3 + d^3) = [(b/a)^3 + 1]/[(d/a)^3 + 1] = [((a - d)/a)^3 +
1]/[(d/a)^3 + 1] = [(1 - (d/a))^3 + 1]/[(d/a)^3 + 1]
Fazendo  d/a = x  temos que  r = [(1 - x)^3 + 1]/[x^3 + 1].
Dividindo em cima e em baixo por  x^2 - x + 1  temos que  r = (2 - x)/(1 +
x)   =   x = (2 - r)/(1 + r)
Esta expressão mostra que para qualquer racional r temos um racional x (que
é igual a d/a) tal que  r = (2 - x)/(1 + x).
Como  0  x  1  e reescrevendo r da forma  r = - 1 + 3/(1 + x)  concluímos
que  1/2  r  2, ou seja, acabamos de provar que qualquer racional r entre
1/2 e 2 pode ser escrito da forma r = (a^3 + b^3)/(c^3 + d^3)  bastanto
fazer  a = c  e  b + d = a.

(II) Note que r é um racional da forma  r = (a^3 + b^3)/(c^3 + d^3)  se e
somente se  s = r.(x/y)^3  também é (x e y inteiros positivos), uma vez que
s = ((a.x)^3 + (b.x)^3)/((c.y)^3 + (d.y)^3).
Assim, pela expressão  s = r.(x/y)^3  (r um racional entre 1/2 e 2) podemos
conseguir qualquer racional positivo s, através da escolha adequada de r e
x/y.

Acho que é isso. Não sei se é necessária uma demonstração mais criteriosa da
última conclusão... acredito que está completa, mas quem quiser completar
melhor o final da demonstração fique a vontade.

Se não me angano essa questão foi proposta para o banco de uma IMO recente,
não sei se foi na IMO de 1999 ou na 2000...

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira.











Re: Números primos (Rússia - 2000)

2001-07-22 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Note que os termos são dados por  a(n) = 10^n + 1,  n inteiro tal que  1 =
n = 2000.
Seja  n = (2^x).m  onde m é ímpar e x é um inteiro não negativo.
Assim, se m  1:  a(n) = 10^n + 1 = 10^((2^x).m) + 1 = [10^(2^x) + 1].K,
K um inteiro qualquer, implicando que se m  1 então a(n) nunca é primo.
Desta forma, uma condição necessária para que a(n) seja primo é que m = 1,
ou seja, que n seja um potência de 2.
Entre 1 e 2000 temos exatamente 11 potências de 2 (2^0, 2^1, 2^2, ...,
2^10).
Assim, pelo menos 2000 - 11 = 1989 números a(n) = 10^n + 1  são compostos,
que equivale a 99,45% dos termos.

Acredito que com um pouco mais de paciência dá para chegar a porcentagens
mais exatas, excluindo alguns termos da forma 10^(2^x) + 1  (0 = x = 10)
que são compostos, mas a solução acima já é suficiente para o que o
enunciado pede.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira


- Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sunday, July 22, 2001 4:40 PM
Subject: Números primos (Rússia - 2000)


 Saudações a todos da lista!
 Acho que essa questao caiu ese ano na primeira fase da obm, de maneira
 diferente, mas com o mesmo foco... identificaçao de primos...

 Está na eureka no 10, olimpiadas ao redor do mundo
 (russia-2000) Seja M o conjunto que consiste nos 2000 primeiros numeros
11,
 101 , 1001 ,  Mostre que pelo menos 99% dos elementos de M nao sao
 primos.

 Afinal , qual a melhor estrategia para tratar de primos?

 Obrigado a todos!



 Thiago Brando








Re: olá e problemas :)

2001-07-21 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Estou pegando o bonde andando (estava de férias), nem sei se alguém já
resolveu esta questão em e-mails anteriores, mas achei bem legal e estoiu
mandando uma solução:

6.Determine todas as funções f:R-R que possuem a propriedade:  f(xf(x) +
f(y)) = (f(x))^2 + y  pra todos os reais x e y.

Solução:
Faça  x = 0   e   b = f(0)   =   f(f(y)) = b^2 + y
Esta equação mostra que f(x) é uma função injetora  e sobrejetora(*), ou
seja, existe um número c tal que f(c) = 0
Faça  x = c   =   f(f(y)) = y
Faça  y = 0   =   f(xf(x)) = (f(x))^2   (1)
Faça  x = f(y) em (1)   =   f[f(y)f(f(y))] = [f(f(y))]^2   =   f(yf(y)) =
y^2   (2)
Comparando  (1)  e  (2)  temos que  f(x)^2 = x^2   =   f(x) = x  ou  f(x)
= - x
Testando notamos que tanto f(x) = x  quanto  f(x) = - x  satisfazem  f(xf(x)
+ f(y)) = (f(x))^2 + y.

(*) Demonstração que f(y) é injetora, partindo somente de  f(f(y)) = b^2 +
y:
Suponha que f(y) não é injetora, ou seja, existem os reais distintos m e n
tais que  f(m) = p  e  f(n) = p,  p um real qualquer.
Faça  y = m   =   f(f(m)) = b^2 + m   =   f(p) = b^2 + m
Faça  y = n   =   f(f(n)) = b^2 + n   =   f(p) = b^2 + n
que é uma contradição, pois m é diferente de n, e o valor de f(p) deve ser
um só (senão não é função).

Demonstração que f(x) é sobrejetora:
Como  f(f(y)) = b^2 + y  e  podemos fazer o termo  b^2 + y  assumir qualquer
valor real (substituindo para isso o valor de y necessário) então  f(f(y)) é
uma função sobrejetora. Evidentemente o conjunto imagem da função  f(f(y))
é um subconjunto do conjunto imagem de f(y). Como o conjunto imagem de
f(f(y))  são todos os reais, temos que o conjunto imagem de f(y) também deve
ser o conjunto dos números reais, implicando que f(y) é sobrejetora.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira





Re: Unofficial Hierarchy by Countries!!

2001-07-12 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

   Brasil em décimo-sexto na IMO?! Acho que nem o mais otimista acreditaria
nisto antes da competição!! Eu só não sabia que somente leva-se em conta a
pontuação dos alunos premiados com medalhas ou menção honrosa, uma vez que
somente a metade dos participantes é premiada com medalha. Na verdade,
existe alguma regra nesta classificação de países na IMO? ela nem é
oficial...
   Acredito que esta tenha sido a melhor classificação do Brasil na história
da IMO. O curioso é que já tínhamos conquistado um total de 3 medalhas de
prata em IMOs anteriores, e agora em uma só conquitamos 4!!
   O que dá gosto é ver o Brasil na frente de países como Irã, Polônia,
Hungria (o berço das olimpíadas), Canadá e Inglaterra, que possuem muito
mais tradição nas IMO e que por diversas vezes já estiverem entre os top
ten. A propósito, não posso esquecer de dizer que faz muito bem para o ego
do brasileiro ficar também na frente da Argentina, hehehe...
   Parabéns a todos os alunos participantes e seus professores que, de
alguma forma, contribuiram para esta conquista. Não podemos deixar de
parabenizar também a Secretaria da OBM, que de 4 anos para cá teve uma
atuação decisiva no sentido de aumentar o número de participantes da OBM (e
com isso seu nível de competitividade) e fazer com que os nossos
representantes nas olimpíadas internacionais estejam bem melhor preparados.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira


- Original Message -
From: Davidson Estanislau [EMAIL PROTECTED]
To: obm [EMAIL PROTECTED]
Sent: Thursday, July 12, 2001 4:42 PM
Subject: Unofficial Hierarchy by Countries!!


   Olá caros, amigos, olhem o que eu acabei de receber!

Davidson


 -Mensagem original-
 De: El Principe de las Matematicas [EMAIL PROTECTED]
 Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
 Data: Quinta-feira, 12 de Julho de 2001 17:02
 Assunto: [imo-problems] Unofficial Hierarchy by Countries!!


 
   And,as every year,here goes a hierarchy by countries.The amount of
 points is the sum of the awarded people only,i.e. the people who got one
 of gold,silver,bronze or h.mention.It could be few changes at the end of
 the IMO, so,don't worry:
 
 1-CHINA:225 pts(Wow!!)
 2-RUSSIA:196 pts
 3-UNITED STATES OF AMERICA:196 pts
 4-KOREA:185 pts
 5-BULGARIA:185 pts
 6-KAZAKHSTAN:168 pts
 7-INDIA:148 pts
 8-UKRAINE:143 pts
 9-TAIWAN:141 pts
 10-TURKEY:136 pts
 11-BELARUS:135 pts
 12-JAPAN:134 pts
 13-VIETNAM:132 pts
 14-GERMANY:131 pts
 15-ROMANIA:129 pts
 16-BRAZIL:120 pts
 17-IRAN:111 pts
 18-POLAND:107 pts
 19-HONG KONG:107 pts
 20-ISRAEL:106 pts
 21-HUNGARY:104 pts
 22-THAILAND:103 pts
 23-CANADA:100 pts
 24-AUSTRALIA:97 pts
 25-ARGENTINA:97 pts
 26-UZBEKISTAN:91 pts
 27-CUBA:88 pts ( At last,we have a gold medallist )
 28-SINGAPORE:87 pts
 29-GREECE:86 pts
 30-FRANCE:81 pts
 31-CYPRUS:78 pts
 32-UNITED KINGDOM:75 pts
 33-MONGOLIA:72 pts
 34-CROATIA:71 pts
 35-YUGOSLAVIA:70 pts
 36-MOLDOVA:67 pts
 37-ESTONIA:65 pts
 38-SOUTH AFRICA:64 pts
 39-GEORGIA:64 pts
 40-PERU:62 pts
 41-COLOMBIA:59 pts
 42-LATVIA:58 pts
 43-MEXICO:51 pts
 44-CZECH REPUBLIC:50 pts
 45-ITALY:49 pts
 46-MACEDONIA:48 pts
 47-VENEZUELA:47 pts
 48-SLOVAKIA:40 pts
 49-NEW ZEALAND:38 pts
 50-NORWAY:37 pts
 51-ARMENIA:34 pts
 52-MOROCCO:34 pts
 53-BOSNIA  HERZEGOVINA:34 pts
 54-NETHERLANDS:30 pts
 55-MALAYSIA:30 pts
 56-SPAIN:29 pts
 57-INDONESIA:29 pts
 58-SWITZERLAND:25 pts
 59-TRINIDAD  TOBAGO:25 pts
 60-  ? :24 pts(A little problem with software!!)
 61-AUSTRIA:22 pts
 62-TUNISIA:22 pts
 63-TURKMENISTAN:18 pts
 64-LITHUANIA:18 pts
 65-MACAU:16 pts
 66-SWEDEN:15 pts
 67-AZERBAIJAN:15 pts
 68-FINLAND:13 pts
 69-SRI LANKA:12 pts
 70-IRELAND:12 pts
 71-DENMARK:10 pts
 72-GUATEMALA:8 pts
 73-SLOVENIA:8 pts
 74-BELGIUM:8 pts
 75-ALBANIA:8 pts
 
   So,what do you think ?
  Regards,roman
 
 
 






Re: lugar geométrico

2001-07-04 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Vou resolver usando geometria analítica.
Para isso vou colocar a origem (0, 0) do meu par de eixos ortogonais x, y
sobre o ponto A e vou colocar B no ponto (3, 0), ou seja, o segmento AB está
sobre o eixo x. A partir de agora é bom pegar um papel e lápis para desenhar
o que vou escrever, infelizmente não dá para desenhar neste e-mail.
Seja C (x, y) um ponto que se desloca de tal forma que o ângulo CBA tenha
como medida o dobro da medida do ângulo CAB. Para ficar mais fácil de
enxergar coloque C no primeiro quadrante, logo sobre o segmento AB.
Monte o triângulo ABC e trace também a altura relativa ao vértice C,
cortando AB em D.
Seja  CBA = 2a   e   CAB = a

Assim:
tg a = CD/AD = y/x  e   tg 2a = CD/DB = y/(3 - x)
Como  tg 2a = 2.tg a/(1 - (tg a)^2)   =   (tg 2a)(1 - (tg a)^2) = 2.tg a
=
(y/(3 - x))(1 - y^2/x^2) = 2.y/x   =   y(x^2 - y^2) = 2yx(3 - x)

Se y for diferente de zero:
x^2 - y^2 = 6x - 2x^2   =   3x^2 - 6x - y^2 = 0   =   3(x^2 - 2x) - y^2 =
0   =
3(x - 1)^2 - 3 - y^2 = 0   =   3(x - 1)^2 - y^2 = 3   =   (x - 1)^2 -
(y^2)/3 = 1
que é a equação de uma hipérbole de centro em  (1, 0), eixo real igual a 2,
eixo imaginário igual a 2(3)^1/2, distância focal igual a 4 e focos em (- 1,
0) e (3, 0).

Se y for igual a zero temos que C anda sobre o eixo x, fazendo com que os
ângulos CBA e CAB sejam iguais a zero. Entretanto não deixa de ser uma
resposta correta.

Até mais,
Marcelo Rufino


- Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, July 04, 2001 9:55 PM
Subject: lugar geométrico


 O lado AB de um triângulo ABC mede 3 unidades de comprimento. Determine
uma
 equação do lugar geométrico descrito pelo vértice C quando este se desloca
de
 tal forma que o ângulo CBA tenha como medida o dobro da medida do ângulo
CAB.




Re: Polinômios...

2001-07-03 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Aí vai uma solução usando divisão de polinômios:
1) 1a solução:
x^3 + px + q = (x^2 + ax + b)(x + c)   =   x^3 + px + q = x^3 + (a + c)x^2
+ (b + ac)x + bc
x^3 + px + q = (x^2 + rx + s)(x + t)=x^3 + px + q = x^3 + (r +
t)x^2 + (s + rt)x + st
Concluímos então que:
a = - c
r = - t
b + ac = s + rt
bc = st

Assim:  b = s + rt - ac =  (bc)/t - r^2 + a^2 = (ab)/r - r^2 + a^2   =
b - (ab)/r = - (a + r)(a - r)   =   (b/r)(a - r) = - (a + r)(a - r)   =
b/r = -(a + r)   =   b = - r(a + r).


Agora outra solução, porém usando as relações de Girard:
2) 2a solução:
Do enunciado tiramos que as 2 raízes de x^2 + ax + b (c e d) e as 2 raízes
de x^2 + rx + s (t e u) também são raízes de  x^3 + px + q. Como x^3 + px +
q  possui somente 3 raízes, então x^2 + ax + b e x^2 + rx + s possuem uma
raiz em comum. Digamos que  u = c.
Assim:
c + d = - a   cd = b
c + t = - r ct = s

Como a soma das raízes de  x^3 + px + q  é zero:  c + d + t = 0
Como  c + t = - r   =   t = a   =   c = - (a + r)
Como  t - d = a - r   e   t = a   =   d = r

Portanto:  b = cd   =   b = - r(a + r)

Falou,
Marcelo Rufino


- Original Message -
From: Héduin Ravell [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Monday, July 02, 2001 12:44 PM
Subject: Polinômios...


 Meus cumprimentos,

 Por favor, gostaria que tentassem resolver o seguinte problema:

   Se  x^3 + px + q é divisível por x^2 + ax + b e por x^2 + rx + s,
 demonstrar que b = -r (a + r) .



 Agradeço desde já.



 Hipótese é uma coisa que nao é,
 mas a gente faz de conta que é,
 pra ver como seria se ela fosse.

 _
 Do You Yahoo!?
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Questões de combinatória/jogos

2001-06-21 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Abaixo vão 2 problemas de combinatória/jogos que eu ainda não consegui
fazer.
Já mandei estas mesmas duas questões anteriormente para a lista mas
infelizmente ninguém se manifestou... vamos ver se desta vez alguém pode me
ajudar.
Já agradeço, de antemão, aos participantes da lista que tentarem fazer algum
dos problemas, pois estes não são elementares.

1) O conjunto {1, 2, ..., 49} é particionado em 3 subconjuntos disjuntos.
Mostre que ao menos um dos subconjuntos possui três números a, b e c tais
que a + b = c.

2) Dado um retângulo 1993x1994, dois jogadores (um de cada vez) escreve os
números 0 ou 1 nas casas. Quando o tabuleiro  está completo seja A o máximo
valor das somas das 1993 linhas e B o máximo valor das somas das colunas. No
caso em que A  B o primeiro ganha, no outro caso B ganha. Quem possui uma
estratégia vencedora?

Falou,
Marcelo Rufino






Re: OBM 1 Fase.

2001-06-12 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

- Original Message -
From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, June 12, 2001 2:11 PM
Subject: Re: OBM 1 Fase.



 Para confirmar o que estou falando, andei comparando algumas questões
de
  primeira fase da OBM (nível 3) com a da segunda fase dos últimos três
anos e
  achei que o nível de dificuldade de boa parte das questões das duas
fases é
  muito parecido. Como exemplo, colocarei abaixo algumas questões de 1a. e
2a.
  fase de 1999, 2000 e 2001 e gostaria de saber se outros participantes
desta
  lista também acham que o nível destas questões é semelhante ou não. Na
minha
  opinião um bom aluno teria a mesma dificuldade em resolver as questões
  abaixo, independente da fase.

 Confesso que não entendi bem o seu pensamento neste último parágrafo.
 Você está falando de níveis ou fases?

 Outros membros da lista, por favor, queremos ouvir suas impressões.
 []s, N.

   Acho que não fui claro mesmo. Quando eu comparei as questões de 1a. fase
com as de 2a. fase eu estava querendo mostrar que a segunda fase está se
tornando redundante, pois a imensa maioria dos alunos que acertam mais de
70% na primeira fase acabam por também acertar a mesma porcentagem na
segunda fase e passam para a terceira, e os alunos que fazem entre 50% e 70%
na primeira fase (e passam, pois a nota de corte é mais ou menos 50% das
questões) dificilmente conseguem passar para a terceira fase, pois a nota de
corte para a terceira é mais de 70% da prova da segunda fase. Na minha
opinião isto ocorre pois o nível de dificuldade (e até o estilo) das
questões das duas primeiras fases está muito parecido, implicando que o
aluno tenha um desempenho muito semelhante nas duas primeiras fases.

   Para acrescentar, eu falei hoje pelo telefone com outros professores que
aplicaram a OBM e eles estavam preocupados pois os resultados dos níveis 1 e
2 dos alunos de suas escolas foram muito ruins quando comparados com os
resultados do ano passado. Inclusive alunos que tiveram bons resultados ano
passado (chegaram à terceira fase) reduziram bastante seu percentual de
acerto. Sinceramente espero que em outras regiões do Brasil com mais
tradição na OBM o resultado tenha sido melhor, pois se manter o que está
acontecendo em Belém o resultado não vai ser nada bom.

   Outra curiosidade foi o que aconteceu no nível 2 em meu colégio, onde as
maiores notas (por volta de 8 ou 7) foram dos piores alunos da oitava série,
pois estes sabem chutar as questões (coisa que eu nunca aprendi), enquanto
que um aluno bom vai tentar resolver o problema e acaba resolvendo errado,
marcando assim uma alternativa incorreta, mas que ele tinha certeza que era
a que estava certa (pois ele tentou calcular e chegou a algum dos valores
que estavam nas alternativas), ou seja, com o nível de dificuldade da prova
deste ano do nível 2 o bom aluno tem menos chance de acertar do que o mal
aluno.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira




Re: OBM 1 Fase.

2001-06-11 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira
 lados de um triângulo
acutângulo ABC, considere a soma de suas distâncias aos três lados do
triângulo. O valor máximo desta soma é igual
A) à média aritmética das 3 alturas do triângulo.
B) ao maior lado do triângulo.
C) à maior altura do triângulo
D) ao triplo do raio do círculo inscrito no triângulo.
E) ao diâmetro do círculo circunscrito ao triângulo.

(2001) Quantos dígitos tem o menor quadrado perfeito cujos quatro últimos
dígitos são 2001?
A) 9  B) 5  C) 6  D) 7  E) 8

(2001) 18. Seja f(x) = x^2 - 3x + 4. Quantas soluções reais tem a equação
f(f(f(...f(x = 2
(onde f é aplicada 2001 vezes)?
A) 0  B) 1  C) 2  D) 2001 E) 22001

(2001) 20. Seja ABCD um trapézio retângulo cujos únicos ângulos retos são A
e B. M e N são os pontos   médios  de  AB  e  CD,   respectivamente.  A
respeito  dos  ângulos alfa = ANB e beta = CMD, podemos dizer que:
A) alfa  beta
B) alfa  beta
C) alfa = beta
D) pode ocorrer qualquer uma das situações das alternativas A), B) e C).
E) o ângulo alfa é reto




2a. fase:

(1999) Nos extremos de um diâmetro de um círculo, escreve-se o número 1
(primeiro passo) . A seguir, cada semicírculo é dividido ao meio e em cada
um dos seus pontos médios escreve-se a soma dos números que estão nos
extremos do semicírculo (segundo passo) . A seguir, cada quarto de círculo é
dividido ao meio e em cada um dos seus pontos médios coloca-se a soma dos
números que estão nos extremos de cada arco (terceiro passo). Procede-se,
assim, sucessivamente: sempre cada arco é dividido ao meio e em seu ponto
médio é escrita a soma dos números que estão em seus extremos.
Determinar a soma de todos os números escritos após 1999 passos.

(1999) Determine todos os inteiros positivos n para os quais é possível
montarmos um retângulo 9x10 usando peças 1xn.

(1999) Encontre as soluções inteiras de  x^3 - y^3 = 999.

(2000) Qual é o menor inteiro positivo que é o dobro de um cubo e o
quíntuplo de um quadrado?

(2000) Para efetuar um sorteio entre os n alunos de uma escola (n  1) se
adota o seguinte procedimento. Os alunos são colocados em roda e inicia-se
uma contagem da forma um, DOIS, um, DOIS, Cada vez que se diz DOIS o
aluno correspondente é eliminado e sai da roda. A contagem prossegue até que
sobre um único aluno, que é o escolhido.
a)  Para que valores de n o aluno escolhido é aquele por quem começou o
sorteio?
b) Se há 192 alunos na roda inicial, qual é a posição na roda do aluno
escolhido?

(2000) O trapézio ABCD tem bases AB e CD. O lado DA mede x e o lado BC mede
2x. A soma dos ângulos DAB e ABC é 120o.  Determine o ângulo DAB.



Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira
Coordenador Regional da Olimpíada Brasileira de Matemática no Estado do Pará




- Original Message -
From: Olimpiada Brasileira de Matematica [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Monday, June 11, 2001 8:53 PM
Subject: OBM 1 Fase.


 Caros amigos da lista,

 Ja' esta' publicada na home-page a prova da
 1 Fase com o gabarito.

 Abracos, Nelly.





Re:

2001-06-03 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira



Inicialmente note que x^10 - 1 = (x - 1)x^9 + 
x^8 + x^7 + x^6 + x^5 + x^4 + x^3 + x^2 + x + 1, ou seja, todas as 9 raízes x 
de x^9 + x^8 + x^7 + x^6 + x^5 + x^4 + x^3 + x^2 + x + 1 = 0 
satisfazem x^10 = 1. Portanto, para cada x que é raiz de x^9 + x^8 + x^7 + 
x^6 + x^5 + x^4 + x^3 + x^2 + x + 1:
x^999+x^888+x^777+...+x^111+1=(x^9)(x^10)^99 + (x^8)(x^10)^88 
+ ... + (x^10)(x^10)^11 + 1 = x^9 + x^8 + x^7 + x^6 + x^5 + x^4 + x^3 + x^2 + x 
+ 1 = 0
, ou seja, cada uma das 9 raízes x de x^9 + 
x^8 + x^7 + x^6 + x^5 + x^4 + x^3 + x^2 + x + 1 = 0 satisfazem x^999+x^888+x^777+...+x^111+1= 0, implicando 
que x^999+x^888+x^777+...+x^111+1 é divisível por 
x^9+x^8+x^7+...+x^1+1.

Falou,
Marcelo Rufino


  - Original Message - 
  From: 
  Eder 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Sunday, June 03, 2001 8:33 PM
  
  Esta foi do IME:
  
  Provar que x^999+x^888+x^777+...+x^111+1 é 
  divisível por x^9+x^8+x^7+...+x^1+1. 



Re: Assuntos que caem nas olimpíadas

2001-05-25 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Como várias vezes eu já vi muitos professores de matemática discutindo
exatamente este assunto eu vou descrever alguns prós e contras já levantados
em discussões anteriores:
1) prós de cobrar polinômios, geometria espacial, analítica, logaritmos,
complexos, etc, em olimpíadas de matemática:
- aproxima a olimpíada mais ao que o aluno vê na sala de aula;
- diminuiria a aversão que certos professores de matemática tem por
olimpíadas, uma vez que o assunto cobrado em uma olimpíada é diferente do
que ele tem que estudar para dar aulas normais, fazendo com que uma pessoa
que já tem o tempo livre reduzido tenha que procurar por outros meios
conhecimento para resolver as questões para seus alunos.
2) contra de cobrar polinômios, geometria espacial, analítica, logaritmos,
complexos, etc, em olimpíadas de matemática:
- é notável como certos alunos que não possuem um desempenho muito bom na
matemática normal do colégio acabam por serem grandes alunos de olimpíadas,
uma vez que para estes a matéria cobrada em olimpíadas (jogos, teoria dos
números, geometria plana, etc) acaba por desafiar mais seu intelecto, e
convenhamos, boa parte dos alunos entre 11 e 18 anos gostam é de desafios;
- a prova de olimpíada vai ficar parecida com a de vestibular (por exemplo o
da fuvest, que é mais inteligante que existe cobrando polinômios,
logarirmos, etc). Isto é ruim, pois a idéia atual de vestibular na cabeça do
aluno é negativa, sendo o vestibular encarado com medo devido a uma possível
reprovação. Outro fato é que existem infinitos vestibulares no Brasil, e se
a olimpíada ficar parecida com o vestibular o aluno não vai mais querer
fazer, pois a olimpíada não vale vaga na universidade;
- como no ensino médio do Brasil alguns assuntos como polinômios, geometria
analítica, geometria espacial são ensinados somente no segundo ano do ensino
médio, os alunos de primeiro e segundo ano do ensino médio vão levar
desvatagem em relação aos de terceiro ano, e esta desvantagem não pode ser
admitida na competição. Por exemplo, com este estilo atual de prova o aluno
Humberto Silva Naves foi medalha de ouro na OBM de 1999 e o aluno Fabrício
Siqueira Benevides foi ouro na OBM 1998, ambos quando ainda estavam no
primeiro ano do ensino médio, e talvez (apesar de serem excelentes alunos)
estes poderiam ter mais dificuldade caso fossem cobrados assuntos que eles
não dominassem completamente;
- seria interessante manter a tradição dos assuntos cobrados nas olimpíadas.
Quem tem ou já viu aqueles famosos livros das comptições Húngaras de 1894
até 1928 (que são encaradas como as primeiras olimpíadas que se tem
registro) pode comprovar que o estilo da prova se mantem o mesmo até hoje,
depois de mais de cem anos de olimpíadas de matemática. Só para lembrar, a
primeira prova (de 1894) tinha uma questão de divisibilidade, duas de
geometria plana, uma de progressão aritmética e uma de combinatória. Pode-se
notar que o estilo é mantido até hoje, 107 anos depois.

Acho que é isso. Na minha opinão, não deveria mudar, pois a última coisa que
uma olimpíada quer é parecer-se com um vestibular. Eu tenho um exemplo aqui
no meu colégio em relação a Olimpíada Brasileira de Física de 1999 e 2000,
que lembram muito a prova da segunda fase da Fuvest, e por isso não atrai em
nada os alunos, já que não possuiam nenhuma questão mais desafiadora.

Até mais,

Marcelo Rufino de Oliveira
Coordenador da Regional da Olimpíada Brasileira de Matemática no Estado do
Pará


- Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Friday, May 25, 2001 6:42 PM
Subject: Assuntos que caem nas olimpíadas


 Caros companheiros da lista,

 tenho acompanhado essa nova fase da OBM e realmente houve um grande
desenvolvimento
 principalmente com relação a revista EUREKA!.

 Por outro lado, vocês não acham que os conteúdos cobrados nas provas
(principalmente
 na 1a e 2a fase) atrapalham o desenvolvimento da olimpíada?

 As questões cobradas são de bom nível e muitas vezes elegantes mas,
acredito
 que a presença de questões mais próximas da realidade da sala de aula
atrairia
 muito mais a participação de professores e estudantes. Conteúdos
específicos
 de polinômios, complexos, espacial, analítica, combinatória,...
facilitariam
 a participação de todos. O que acham?

 Nada contra as questões de raciocínio, mas procedendo assim, a olimpíada
 provocaria o estudo desses assuntos por parte de professores e alunos,
influenciando
 positivamente na formação dos mesmos.

 Que eu saiba, existem olimpíadas que trabalham desse modo, como a estadual
 de SP e a olimpíada norte americana.

 O que vocês acham?



 ___

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Re: Assuntos que caem nas olimpíadas 3

2001-05-25 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Desta vez serei um pouco mais breve.

Desculpe professor, mas não entendo a razão pela qual o senhor acredita que
meu ponto de vista se resume em:
Não podemos ensinar matemática para esses garotos porque, apesar de
talentosos, eles não sabem matemática.
Não concordo com esta frase, e, como todos podem notar, em momento algum
referi-me em meus dois e-mails anteriores ao ensino da matemática aos nossos
jovens talentos.
Na verdade, acredito que devemos ensinar matemática exatamente aos que não
sabem matemática !!??

A minha preocupação quanto a introdução destes assuntos é que não podemos
esquecer que a OBM é uma competição nacional, e assim tem que ser o mais
justa (ou menos injusta) possível perante todos os participantes. Não
podemos ficar apenas analisando os efeitos didáticos ou estimulatórios da
OBM em relação a professores e alunos, temos que também analisar o efeito
competição.

Caso estivéssemos discutindo este assunto na Romênia ou na Polônia,
evidentemente eu concordaria com a introdução deste assuntos não
tradicionais (tomando o cuidado da prova não lembrar um vestibular!!!), pois
o efeito injustiça seria mínimo, e teríamos uma olimpíada com assuntos mais
abrangentes, unindo questões de raciocínio com questões técnicas, formando
assim, como o senhor mesmo disse, uma olimpíada ideal. Contudo, nem sempre o
ideal em relação a algum assunto é aplicável em qualquer lugar. Por exemplo
no Brasil o efeito injustiça neste caso seria muito grande, e a igualdade de
condições dos competidores estaria ameaçada.

Por fim, claramente os alunos treinados levam vantagem em relação aos alunos
não treinados inclusive nas questões de raciocínio, entretanto esta vantagem
é bem menor que nas questões técnicas, pelo simples fato que o aluno não
treinado possivelmente nem conhece a teoria envolvida na questão técnica.

Até mais,
Marcelo Rufino de Oliveira
Coordenador da Regional da Olimpíada Brasileira de Matemática no Estado do
Pará



- Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Friday, May 25, 2001 11:55 PM
Subject: Re: Assuntos que caem nas olimpíadas 3



 Caro Marcelo,

 Respeito profundamente seu ponto de vista mas ele se resume mais ou menos
 assim:

 Não podemos ensinar matemática para esses garotos porque, apesar de
talentosos,
 eles não sabem matemática.

  É um pensamento comodista.

 O objetivo da olimpíada é o de incomodar, de provocar jovens e
professores.
 Há várias maneiras de fazer isso.

 1) Uma delas é elaborando provas de raciocínio. Será que jovens
preparados
 de melhores escolas também não levam vantagem nesse tipo de prova?
Obviamente
 também existe matemática por trás de cada questão de raciocínio que se
 propõe; a diferença é que é uma matemática não usualmente tratada nas
escolas.
 Ainda mais: Acredito que é com este tipo de situação que os
privilegiados
 levam mais vantagem por possuirem uma formação mais ampla.

 A questão que estou levantando não é Escola Particular X Escola Pública
 ou qualquer coisa similar. Acredito que esse é um problema muito mais
profundo
 e não é objetivo dessa lista.

 2) Outra maneira de motivar professores e alunos é com desafios
relacionados
 ao dia a dia da sala de aula, como expliquei na primeira mensagem. A
diferença
 aqui é que trata-se de um jogo no qual as peças, ou seja, a matemática,
 são conhecidas antes e isso provoca um estudo completo por partes de
professores
 e alunos antes das olimpíadas.

 É claro que uma olimpíada ideal deve misturar essas duas maneiras.

 Só para dar um exemplo, uma excelente questão que caiu na segunda fase da
 OBM foi a dos óculos, que está sendo discutida nesses dias (a da
probabilidade).

 Não se engane achando que as questões de raciocínio não são mais
técnicas
 que as tradicionais. Muitas vezes as soluções oficiais escritas escondem
 toda uma teoria que pode ser bastante conhecida por alunos treinados. Pode
 ser um problema de grafo que é um caso particular de um teorema conhecido
 ou um problema que usa uma batida técnica de invariante.


 Não quero criar polêmica. Apenas estou propondo e colocando em debate que
 a OBM cobre mais assuntos ligados a sala de aula, principalmente na 1a e
 2a fase.
 -- Mensagem original --




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Re: função composta

2001-05-12 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

Interessante este contra-exemplo. Mas existem outras funções, que não sejam
f(x) = x ou f(x) = k, tais que  f(f(x)) = f(x)? Acredito que podem até
existir algumas funções com domínio dentro de um intervalo específico [a,
b], mas será que existe alguma com domínio nos reais? Ficam aí as perguntas.
Marcelo Rufino

- Original Message -
From: Jose Paulo Carneiro [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Monday, May 07, 2001 8:21 PM
Subject: Re: função composta


 Nao entendi esta historia de lei do corte (??)
 De modo nenhum f(f(x))=f(x) implica f(x)=x. Basta pensar numa funcao
 constante.
 JP


 - Original Message -
 From: Fábio Arruda de Lima [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Sunday, May 06, 2001 1:04 AM
 Subject: Re: função composta


  Oi galera,
  A solução dada pelo Eric foi legal. Entretanto, fica uma pergunta.
 
  f(f(x)) = f(x)=   f(x) = x  (vale a lei do corte), e, além disso:
 
  f(x) = x  = f(f(x)) = f (x) (vale a lei de aplicar a mesma função aos 2
  membros)
 
  Pois, como ele poderia imaginar que f(f(y))=y+2*c = f(y)=y+c (linear)
 
  Seguindo, na solução da Questão da IMO - 1992, gostaria de sugerir
alguns
  passos padrões, apenas para facilitar:
  1) fazer x=y=0 conduz a f(0)=K (constante);
  2) calcular o valor da constante K (neste caso foi zero);
  3) tentar verificar se f(x+y)=f(x)+f(y), f(x-y)=f(x)-f(y) ou qualquer
 outra
  das equações funcionais bácisas, para poder enquadrar a f(x);
  4) se a função é par ou impar;
  5) chute que f(x) é uma função elementar de acordo com o achado do
item
 3;
  6) Apele! Estude a continuidade, convergência, monotonicidade,
contornos,
 a
  que conjunto pertencem os resultados (racionais, irracionais, reais,
  complexos, inteiros, ...), periodicidade, domínio, imagem,
contradomínio,
  transformadas, diferenciabilidade, etc
 
  Assim, a solução ficaria da seguinte forma:
 
  a) x=y=0 e f(0)=k, partimos para valores de f(k), f(k^2), f^2(k),
  precisaremos:
  f( f(0) )=k^2 = f( k=f(0) )=k^2 = f(k)=k^2
  y=0 e x=1= f(x^2+k)=f(x)^2  = f(1+k)=f(1)^2
  x=0 e y=x = f(f(x))=x+k^2 = f(f(1))^2=(1+k^2)^2
  Por último, para o cálculo do valor de K, temos:
  x=k e y=1+k = f(k^2 + f(1+k))=1+k+ f(k)^2 = 1+k+k^4   (i)
  x=f(1) e y=k  = f(f(1)^2+f(k))=k+f(f(1))^2 = k + (1+k^2)^2   (ii)
 
  f(k^2+f(1)^2)=f(f(1)^2+f(k) = (i) e (ii) são iguais, logo k=0;
 
  Com k=0, temos f(f(x))=x   e  f(x^2)=f(x).
 
  b) f(x+y)=f(x) + f(y)
  f(x-y)=f(x)-f(y)
  f(-x) = - f(x)
 
  c) Diante disso, sugere-nos pelo item (b) que f(x)=c*x (linear)
 
  E daí por diante...
 
  Esta solução foi apresentada na página oficial da IMO, entretanto,
tentem
  achar uma caminho melhor para mostrar que k=0.
 
 
  - Original Message -
  From: Eric Campos Bastos Guedes [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Sent: Sunday, May 06, 2001 9:59 AM
  Subject: RES: função composta
 
 
   Agora, resolvam esta: (IMO - 1992)
   Ache todas as funções f::R - R com a seguinte propriedade para todo
 x,y
  E
   R (lê-se x pertencente aos Reais):
   
   f[x^2+f(y)]=y+[f(x)^2]
  
   Se descobrir a solução, favor mandar para a lista
  
   Acho que consegui uma solução, mas não tenho certeza.  Fazendo x=0 em
   f(x^2+f(y))=y+(f(x)^2) vem
  
   f(f(y))=y+f(0)^2
  
   chamando 2c=f(0)^2 temos
  
   f(f(y))=y+2c, para todo y real
  
   Agora falta provar (se for verdade) que f(y)=y+c, daí vem
  
   f(x^2+f(y))=y+f(x)^2
   x^2+y+c=y+(x+c)^2
   x^2+y+c=y+x^2+2cx+c^2
   c=2cx+c^2 para todo x, donde c=0 e f(y)=y para todo y real.
  
   Eric.
  
  
 
 





Re: Intervalo

2001-04-18 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira



a) Pela Desigualdade entre as Médias Aritmética e 
Geométrica:
x^2 + y^2 = 2xy
x^2 + z^2 = 2xz
y^2 + z^2 = 2yz
Somando temos que x^2 + y^2 + z^2 = xy + 
yz + xz implicando que x^2 + y^2 + z^2 = 
1/3
(x + y + z)^2 = x^2 + y^2 + z^2 + 2(xy + xz + yz) 
= 1/3 + 2/3
x + y + z = 1 com igualdade quando 
x = y = z
Também poderíamos chegar ao mesmo resultado usando 
a Desigualdade de Cauchy
Notemos agora que não existe um limite superior 
para x + y + z, pois podemos fazer (por exemplo) x = y = 1/z.
Assim: xy + yz + xz = x^2 + 2 
implicando quex^2 + 2 = 3 
implicandoque 0  x = 1
Comoz = 1/x temos que 
z= 1
Assim x + y + z = z pode 
assumir qualquer valor real, não possuindo x + y + z um limite 
superior
Finalmente x + y + z= 
1
b)Pela 
Desigualdade entre as Médias Aritmética e Geométrica:
xyz = [(xy + xz + yz)^3]/27 = 27/27= 
1
Assim: xyz = 1, com igualdade 
quando x = y = z.
Como x, y e z são números reais positivos podemos 
fazer com que algum deles se aproxime o quanto quizermos de zero.
Assim, como os outros valores vão ser todos 
finitos, então a multiplicação xyz também vai ser aproximar de zero o quanto 
quizermos.
Portanto temos que xyz  0.
Finalmente 0  xyz = 1
Falou.
Marcelo Rufino


  - Original Message - 
  From: 
  Fábio Arruda de Lima 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Wednesday, April 18, 2001 9:42 
  AM
  Subject: Intervalo
  
  Olá Galera,
  (Olimpíada Britânica/92)
  Sejam x,y e y números reais positivos, 
  satisfazendo:
  
  1/3 = x*y + y*z + x*z = 3
  
  Lê-se = (menor ou igual)
  
  Determine o intervalo dos valores 
dê:
  
  a) x+y+z
  b) x*y*z
  
  Valeu!
  Fábio


Re: Re: Dúvida

2001-04-17 Por tôpico Marcelo Rufino de Oliveira

No estranhem, estou usando outro e-mail (da minha residncia).
Acabei errando algumas coisas na minha ltima soluo, pois confundi "elevar
ao quandrado uma raiz quadrada" com "tirar raiz quadrada de uma varivel que
est elevada ao quadrado".
Na verdade a expresso  (1 - m)^1/2 =1  no  equivalente a  |1 - m| = 1,
uma vez que  1 - m  no pode ser negativo devido a raiz quadrada.
Assim, o correto  fazer  (1 - m)^1/2 = 1   implica   0 = 1 - m = 1.
Somando - 1  em cada lado da ltima expresso temos  - 1 = - m = 0.
Multiplicando por - 1 a ltima expresso temos que  0 = m = 1, que  a
soluo do problema.
Desculpem pelos erros bobos,
Marcelo Rufino


- Original Message -
From: Alex Vieira [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, April 17, 2001 9:44 PM
Subject: Re: Re: Dvida


Ol Pessoal,

Mandou bem Rufino, na minha resoluo esqueci que as razes da eq.
de 2 grau tem que ser positivas ou nulas, e no apenas reais O bom
disso que  agora eu nunca mais esqueo isso.

Ser que vc poderia me explicar a parte final da sua resoluo, quando
vc usa mdulo? Porque aparece |1 - m| =  - 1 = 1 - m = 1, e, sei l,
como o mdulo de 1-m vai ser menor ou igual a -1, se ele sempre  positivo?
Desculpa se estou falando besteiras

Um abrao,

Alex.


- Original Message -
From: "Titular" [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, April 17, 2001 8:30 PM
Subject: Re: Dvida


 Faa  x^2 = y
 Assim:  y^2 - 2y + m = 0
 Para que x seja real, y deve ser positivo ou nulo.
 Portanto as duas razes de  y^2 - 2y + m = 0  devem ser maiores ou iguais
a
 zero
 As razes desta equao so dadas por  y = 1 +/- (1 - m)^(1/2)
 Note que   m = 1  (1)  para que y seja real.
 Evidentemente  1 + (1 - m)^1/2 = 0
 Deste modo:  1 - (1 - m)^1/2 = 0  (1 - m)^1/2 = 1  |1 - m| =
   - 1 = 1 - m = 1
 i) 1 - m = 1  m = 0
 ii) 1 - m = - 1  m = 2
 Ento, a soluo de  |1 - m| = 10 = m = 2.
 Entretanto, de (1) temos que  m = 1, implicando que a soluo do problema

 0 = m = 1.
 At mais,
 Marcelo Rufino

 - Original Message -
 From: "Joo Paulo Paterniani da Silva" [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Tuesday, April 17, 2001 7:31 PM
 Subject: Dvida


 
 Ol. Algum poderia me ajudar, enrosquei no seguinte problema:
 
Dada a equao (x^4)-(2x^2)+m=0 a condio para que ela tenha 4 razes
  reais  que:
  a) m=1
  b) m1
  c) -1m=1
  d) 0=m=1
  e) m=0
 
Obrigado,
 
  Joo Paulo Paterniani da Silva
 
 
_
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