Re: [PSL-BA] Open Source

2008-10-12 Por tôpico Eduardo Júnior
Olá,


parabéns pelos comentários, helton.
Foi de grande valia pra mim que não tinha esclarecimento suficiente em
alguns pontos.

Mas o que mais me deixa em dúvida é em relação a questão jurídica da coisa.
Eu posso disponibilizar software de maneira livre através de alguma licença
livre, GPL, por exemplo.
Porém qual o amparato jurídico que tenho de que alguém não fechou meu código
em uma nova versão?

-- 
Eduardo Júnior
GNU/Linux user #423272

:wq
___
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https://listas.dcc.ufba.br/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-ba

Re: [PSL-BA] Open Source

2008-10-09 Por tôpico Raul Libório
aposto 10 conto por fora que é o mesmo 'filosofo'.
Ele (se for o mesmo, o que tudo indica..) é um Regional Director da MS. Até
achei outra 'cagada' dele,
http://listas.cipsga.org.br/pipermail/mono-brasil/Week-of-Mon-20060626/003235.html

O Mauro já não é levado tão sério devido aos seus comentários infelizes.
Ah.. engraçado é o post que ele fez no seu blog [
http://blogs.vstsrocks.com.br/mauro/archive/2008/07/15/5477.aspx] comentando
de que baixou uma cópia (???) de um Linux, o BlackTrack. Ele queria uma
ferramenta que pegava senhas de redes wireless WEP 'no ar', mas o mesmo não
conseguiu nem ao menos colocar eth0 pra funfar. E é claro, Mauro como bom
amante do Windows comenta de um blog de gente de detesta
Linux...
Esse Mauro é uma viagem...

--

Raul Libório
UniJorge Redes - www.redesfja.com
rauhmarutsªhotmailºcom
Linux user#581

" Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã e, em seguida, trocarmos as
maçãs, eu e você ainda teremos uma maçã cada um. Mas se você tem uma idéia e
eu tenho uma idéia e trocarmos essas idéias, então cada um de nós terá duas
idéias. "

George Bernard Shaw

Dúvidas: enviar para /dev/null


2008/10/10 Anderson Marques Ferraz <[EMAIL PROTECTED]>

> Parabéns pelos comentários, Helton.
> Será que este é o mesmo Mauro Sant'Anna?
> http://www.microsoft.com/brasil/mvp/awardees/desenvolvedores/mauro.mspx
>
> 2008/10/9 Helton Dória <[EMAIL PROTECTED]>
>
>> Antes de mais nada é preciso esclarecer que este texto é uma verdadeira
>> coletânea de boatos, inverdades e meias verdades que vem sendo propagadas
>> publicamente desde que grandes vendedores de licenças de software se
>> sentiram ameaçados pelo software llivre. Além disso, o escritor parece ter
>> baseado suas análises em leituras superficiais sobre o que a imprensa, de
>> forma tendenciosa ou não,  havia publicado sobre o software livre até então.
>>
>>
>> Outra coisa, desisti de quebrar a resposta em várias. Então vai tudo de
>> uma vez e quem tiver paciência de chegar ao final eu agradeço. É bom lembrar
>> tb que estarei focando exclusivamente o software livre e não o código aberto
>> (open source), porque estes são movimentos diferentes, apesar de possuirem
>> algumas interseções. Dito isto, vamos ao que interessa.
>>
>>
>> 2008/10/9 Eduardo Júnior <[EMAIL PROTECTED]>
>>
>>>
>>> Open Source
>>>
>>> Em 1989, o Sr. Richard Stallman, já então bastante envolvido com algo que
>>> iria chamar-se no futuro "software livre" criou um tipo de licença de
>>>
>>>
>>> software que chamou "copyleft", mas que hoje é mais conhecida como "open
>>>
>>> source" (*).
>>>
>>> Bom, aqui o autor já comete seus primeiros erros já que a FSF (Free
>> Software Foundation) foi criada em 1985 e open source e software livre não
>> são a mesma coisa. Para ser software livre, um software não precisa estar
>> licenciado sob a GPL, mas a sua licença precisa garantir a liberdade para
>> usar o programa para qualquer fim desejado, a liberdade de estudar como o
>> programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades, a liberdade de
>> redistribuir cópias e a liberdade de melhorar o programa e liberar suas
>> modificações para o público. Como algumas dessas liberdades demandam o
>> acesso ao código fonte, o código fonte precisa estar aberto e ser acessível
>> a qualquer um. Por conta do software livre e do open source preconizarem a
>> distribuição do código fonte e liberarem as modificações, muita gente coloca
>> tudo no mesmo saco. Porém, algumas licenças open source permitem que um
>> código antes aberto seja fechado em alguma de suas modifações e isso já é o
>> bastante para os dois movimentos serem diferentes entre si. Um software
>> livre permanece livre e aberto por toda a sua vida e propaga isso também nos
>> seus descendentes.  O autor perpetua a confusão entre free software e open
>> source por todo o texto.
>>
>> A licença deste tipo mais conhecida é a "GNU General Public
>>>
>>>
>>> License". Este tipo de licença se caracteriza principalmente pelo seguinte:
>>> você deve incluir o fonte do seu produto, deve permitir modificações e - o
>>>
>>> principal - qualquer um que inclua qualquer fragmento do seu software é
>>> obrigado a incluir a totalidade dos fontes do próprio produto, mesmo aquele
>>> que foi desenvolvido depois.
>>>
>>>
>> Novo erro do autor. A GPL não lhe obriga a incluir os fontes do seu
>> produto na distribuição do mesmo. Mas ela garante que qualquer um que tenha
>> acesso ao produto tenha o direito de solicitar os fontes. Isso quer dizer
>> que, se vc quiser distribuir os binários sem os fontes vc pode, mas precisa
>> incluir um oferta formal e por escrito que garanta ao usuário o acesso aos
>> fontes. Se a pessoa que receber os binários quiser se valer do direito de
>> receber os fontes, basta preencher e lhe entregar a oferta escrita e vc terá
>> a obrigação de lhe dar os fontes. Isso é valido mesmo se a pessoa não
>> receber os binários diretamente de vc. Se vc resolver distribuir os binários
>> pela internet, deverá prover um link pa

Re: [PSL-BA] Open Source

2008-10-09 Por tôpico Anderson Marques Ferraz
Parabéns pelos comentários, Helton.
Será que este é o mesmo Mauro Sant'Anna?
http://www.microsoft.com/brasil/mvp/awardees/desenvolvedores/mauro.mspx

2008/10/9 Helton Dória <[EMAIL PROTECTED]>

> Antes de mais nada é preciso esclarecer que este texto é uma verdadeira
> coletânea de boatos, inverdades e meias verdades que vem sendo propagadas
> publicamente desde que grandes vendedores de licenças de software se
> sentiram ameaçados pelo software llivre. Além disso, o escritor parece ter
> baseado suas análises em leituras superficiais sobre o que a imprensa, de
> forma tendenciosa ou não,  havia publicado sobre o software livre até então.
>
> Outra coisa, desisti de quebrar a resposta em várias. Então vai tudo de uma
> vez e quem tiver paciência de chegar ao final eu agradeço. É bom lembrar tb
> que estarei focando exclusivamente o software livre e não o código aberto
> (open source), porque estes são movimentos diferentes, apesar de possuirem
> algumas interseções. Dito isto, vamos ao que interessa.
>
>
> 2008/10/9 Eduardo Júnior <[EMAIL PROTECTED]>
>
>>
>> Open Source
>>
>> Em 1989, o Sr. Richard Stallman, já então bastante envolvido com algo que
>> iria chamar-se no futuro "software livre" criou um tipo de licença de
>>
>> software que chamou "copyleft", mas que hoje é mais conhecida como "open
>>
>> source" (*).
>>
>> Bom, aqui o autor já comete seus primeiros erros já que a FSF (Free
> Software Foundation) foi criada em 1985 e open source e software livre não
> são a mesma coisa. Para ser software livre, um software não precisa estar
> licenciado sob a GPL, mas a sua licença precisa garantir a liberdade para
> usar o programa para qualquer fim desejado, a liberdade de estudar como o
> programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades, a liberdade de
> redistribuir cópias e a liberdade de melhorar o programa e liberar suas
> modificações para o público. Como algumas dessas liberdades demandam o
> acesso ao código fonte, o código fonte precisa estar aberto e ser acessível
> a qualquer um. Por conta do software livre e do open source preconizarem a
> distribuição do código fonte e liberarem as modificações, muita gente coloca
> tudo no mesmo saco. Porém, algumas licenças open source permitem que um
> código antes aberto seja fechado em alguma de suas modifações e isso já é o
> bastante para os dois movimentos serem diferentes entre si. Um software
> livre permanece livre e aberto por toda a sua vida e propaga isso também nos
> seus descendentes.  O autor perpetua a confusão entre free software e open
> source por todo o texto.
>
> A licença deste tipo mais conhecida é a "GNU General Public
>>
>> License". Este tipo de licença se caracteriza principalmente pelo seguinte:
>> você deve incluir o fonte do seu produto, deve permitir modificações e - o
>>
>> principal - qualquer um que inclua qualquer fragmento do seu software é
>> obrigado a incluir a totalidade dos fontes do próprio produto, mesmo aquele
>> que foi desenvolvido depois.
>>
>>
> Novo erro do autor. A GPL não lhe obriga a incluir os fontes do seu produto
> na distribuição do mesmo. Mas ela garante que qualquer um que tenha acesso
> ao produto tenha o direito de solicitar os fontes. Isso quer dizer que, se
> vc quiser distribuir os binários sem os fontes vc pode, mas precisa incluir
> um oferta formal e por escrito que garanta ao usuário o acesso aos fontes.
> Se a pessoa que receber os binários quiser se valer do direito de receber os
> fontes, basta preencher e lhe entregar a oferta escrita e vc terá a
> obrigação de lhe dar os fontes. Isso é valido mesmo se a pessoa não receber
> os binários diretamente de vc. Se vc resolver distribuir os binários pela
> internet, deverá prover um link para os fontes tb.
>
>
>>
>>
>> Note, o que caracteriza o Open Source não é nem o acesso aos fontes, nem a
>>
>>
>> permissão de modificações, nem o baixo preço. Estas características sempre
>> existiram anteriormente. Existem hoje licenças bastante conhecidas que
>> satisfazem estes quesitos, como a do "BSD Unix", e que não são Open Source.
>>
>>
>> A principal característica do Open Source é que ele "contamina" qualquer
>> software que use código Open Source, transformando-o automaticamente em Open
>> Source.
>>
>>
> Bom, eu colocaria isso de uma maneira diferente. Eu diria que a principal
> característica do software livre é garantir que as quatro liberdades básicas
> que ele defende continuem existindo mesmo nos descendentes do software
> original.
>
>
>>
>> Para os usuários, o Open Source parece, a princípio, caído do céu: o
>>
>>
>> software não apenas pode ser copiado à vontade e por isso efetivamente
>> gratuito, como também na medida em que os desenvolvedores usem trechos de
>> código Open Source, todo software se tornará Open Source. Passado algum
>>
>>
>> tempo, todo software existente na Humanidade seria gratuito! Na verdade a
>> estória não é tão rósea para os usuários, como veremos a seguir.
>>
>> Mas vamos falar primeiro dos desenvolvedores de s

Re: [PSL-BA] Open Source

2008-10-09 Por tôpico Helton Dória
Antes de mais nada é preciso esclarecer que este texto é uma verdadeira
coletânea de boatos, inverdades e meias verdades que vem sendo propagadas
publicamente desde que grandes vendedores de licenças de software se
sentiram ameaçados pelo software llivre. Além disso, o escritor parece ter
baseado suas análises em leituras superficiais sobre o que a imprensa, de
forma tendenciosa ou não,  havia publicado sobre o software livre até então.

Outra coisa, desisti de quebrar a resposta em várias. Então vai tudo de uma
vez e quem tiver paciência de chegar ao final eu agradeço. É bom lembrar tb
que estarei focando exclusivamente o software livre e não o código aberto
(open source), porque estes são movimentos diferentes, apesar de possuirem
algumas interseções. Dito isto, vamos ao que interessa.


2008/10/9 Eduardo Júnior <[EMAIL PROTECTED]>

>
> Open Source
>
> Em 1989, o Sr. Richard Stallman, já então bastante envolvido com algo que
> iria chamar-se no futuro "software livre" criou um tipo de licença de
> software que chamou "copyleft", mas que hoje é mais conhecida como "open
>
> source" (*).
>
> Bom, aqui o autor já comete seus primeiros erros já que a FSF (Free
Software Foundation) foi criada em 1985 e open source e software livre não
são a mesma coisa. Para ser software livre, um software não precisa estar
licenciado sob a GPL, mas a sua licença precisa garantir a liberdade para
usar o programa para qualquer fim desejado, a liberdade de estudar como o
programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades, a liberdade de
redistribuir cópias e a liberdade de melhorar o programa e liberar suas
modificações para o público. Como algumas dessas liberdades demandam o
acesso ao código fonte, o código fonte precisa estar aberto e ser acessível
a qualquer um. Por conta do software livre e do open source preconizarem a
distribuição do código fonte e liberarem as modificações, muita gente coloca
tudo no mesmo saco. Porém, algumas licenças open source permitem que um
código antes aberto seja fechado em alguma de suas modifações e isso já é o
bastante para os dois movimentos serem diferentes entre si. Um software
livre permanece livre e aberto por toda a sua vida e propaga isso também nos
seus descendentes.  O autor perpetua a confusão entre free software e open
source por todo o texto.

A licença deste tipo mais conhecida é a "GNU General Public
> License". Este tipo de licença se caracteriza principalmente pelo seguinte:
> você deve incluir o fonte do seu produto, deve permitir modificações e - o
>
> principal - qualquer um que inclua qualquer fragmento do seu software é
> obrigado a incluir a totalidade dos fontes do próprio produto, mesmo aquele
> que foi desenvolvido depois.
>
>
Novo erro do autor. A GPL não lhe obriga a incluir os fontes do seu produto
na distribuição do mesmo. Mas ela garante que qualquer um que tenha acesso
ao produto tenha o direito de solicitar os fontes. Isso quer dizer que, se
vc quiser distribuir os binários sem os fontes vc pode, mas precisa incluir
um oferta formal e por escrito que garanta ao usuário o acesso aos fontes.
Se a pessoa que receber os binários quiser se valer do direito de receber os
fontes, basta preencher e lhe entregar a oferta escrita e vc terá a
obrigação de lhe dar os fontes. Isso é valido mesmo se a pessoa não receber
os binários diretamente de vc. Se vc resolver distribuir os binários pela
internet, deverá prover um link para os fontes tb.


>
>
> Note, o que caracteriza o Open Source não é nem o acesso aos fontes, nem a
>
> permissão de modificações, nem o baixo preço. Estas características sempre
> existiram anteriormente. Existem hoje licenças bastante conhecidas que
> satisfazem estes quesitos, como a do "BSD Unix", e que não são Open Source.
>
> A principal característica do Open Source é que ele "contamina" qualquer
> software que use código Open Source, transformando-o automaticamente em Open
> Source.
>
>
Bom, eu colocaria isso de uma maneira diferente. Eu diria que a principal
característica do software livre é garantir que as quatro liberdades básicas
que ele defende continuem existindo mesmo nos descendentes do software
original.


>
> Para os usuários, o Open Source parece, a princípio, caído do céu: o
>
> software não apenas pode ser copiado à vontade e por isso efetivamente
> gratuito, como também na medida em que os desenvolvedores usem trechos de
> código Open Source, todo software se tornará Open Source. Passado algum
>
> tempo, todo software existente na Humanidade seria gratuito! Na verdade a
> estória não é tão rósea para os usuários, como veremos a seguir.
>
> Mas vamos falar primeiro dos desenvolvedores de software. Como eles
> sobreviverão se não puderem vender seus produtos e cobrar algum tipo de
>
> licença, como tem feito usualmente, em um modelo de negócio provado e que
> funciona?
>
> Esse bloco e os subsequêntes ficam um pouco difíceis de comentar pq o autor
faz tamanha mistura de inverdades que a gente fica sem saber por onde
começar. Primeir

Re: [PSL-BA] Open Source

2008-10-09 Por tôpico Antonio Terceiro
Helton Dória escreveu isso aí:
> Anderson,
> 
> Acho que é pra levar a sério sim. Por mais absurdo que o texto possa soar,
> esse é um tipo de visão ignorante que só tende a se perpetuar se pessoas
> mais esclarecidas não se derem ao trabalho de contestar o que foi dito. Como
> o texto é muito longo, acho que vou responder em um conjunto de posts e
> gostaria que os colegas ajudassem nos pontos em a coisa não fique muito
> clara ou haja alguma imprecisão. Minha próxima mensagem nessa thread já será
> com comentários sobre os pontos do texto.

Eu até fiquei com vontade de argumentar, mesmo sendo um texto de 2004
escrito por um ninguém (quem é Mauro Sant'Anna?). Mas como estou sendo
pago pra desenvolver software livre eu não vou ter tempo (é, acho que
isso já seria um bom argumento). ;-)

-- 
Antonio Terceiro <[EMAIL PROTECTED]>
http://people.softwarelivre.org/~terceiro/
GnuPG ID: 0F9CB28F




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Re: [PSL-BA] Open Source

2008-10-09 Por tôpico Galdir Damasceno
É em cima de visões como a do autor do texto que empresas como a Red Hat se
dão bem. A Red Hat, se não me engano, dá garantias.

Abraços,

Galdir Damasceno
Informático - Analista de Suporte
Backup, Segurança da Informação, Administração de Estações de Trabalho e
Servidores


2008/10/9 Helton Dória <[EMAIL PROTECTED]>

> Anderson,
>
> Acho que é pra levar a sério sim. Por mais absurdo que o texto possa soar,
> esse é um tipo de visão ignorante que só tende a se perpetuar se pessoas
> mais esclarecidas não se derem ao trabalho de contestar o que foi dito. Como
> o texto é muito longo, acho que vou responder em um conjunto de posts e
> gostaria que os colegas ajudassem nos pontos em a coisa não fique muito
> clara ou haja alguma imprecisão. Minha próxima mensagem nessa thread já será
> com comentários sobre os pontos do texto.
>
> []'s
>
> Helton
>
> 2008/10/9 Anderson Marques Ferraz <[EMAIL PROTECTED]>
>
> É pra levar a sério?
>>
>> 2008/10/9 Eduardo Júnior <[EMAIL PROTECTED]>
>>
>>>
>>> Olá, lista
>>>
>>> li um e-mail na lista linux-br [1] com o seguinte tema:
>>> As contradições do Open Source
>>>
>>> A mensagem é antiga, mas vou postar aqui pra abrir discussão a respeito,
>>> pois os poucos que lá
>>> responderam, mostraram apenas indignação e não rebateram os pontos do
>>> texto com argumentos e
>>> também queria esclarecer alguns pontos que hoje pra mim não estão claros.
>>>
>>> 
>>>
>>> As contradições do Open Source
>>>
>>>
>>>
>>> Por Mauro Sant'Anna
>>>
>>> Durante os últimos trinta anos surgiu, a partir do zero, todo um novo ramo
>>> da economia que simplesmente não existia antes: o ramo de software. Os
>>> Estados Unidos são sem dúvidas os líderes do setor, mas mesmo assim o Brasil
>>>
>>>
>>>
>>> tem bastante o que comemorar: segundo a FIPE são 300 mil empregos diretos,
>>> com salários três vezes maiores que a média da economia. O setor também
>>> contribui para a sociedade diretamente: o governo arrecada 45% em taxas,
>>>
>>>
>>>
>>> contra 25% da média da economia, isso para não falar dos ganhos de
>>> produtividade que o uso do software traz para outros setores. Estes números
>>> não incluem os empregos em empresas cuja atividade principal não seja o
>>>
>>>
>>>
>>> software, como por exemplo, os bancos, apesar dos bancos serem hoje um
>>> grande "bureau" de processamento de dados, pois é cada vez mais difícil
>>> separar o produto bancário do produto de software.
>>>
>>> O grande crescimento, aliado aos salários mais altos, atraiu uma grande
>>>
>>>
>>>
>>> quantidade de jovens para o setor. Prova disso é a grande quantidade de
>>> cursos superiores de análise de sistemas, bacharel em ciências da computação
>>> e outros que surgiram nos últimos anos.
>>>
>>> O país possui hoje diversas empresas genuinamente brasileiras em posições de
>>>
>>>
>>>
>>> liderança no mercado, especialmente em softwares de ERP e contabilidade.
>>>
>>> O ramo de software inclui produtos criados para diversas plataformas e
>>> sistemas operacionais. É sempre mais fácil lembrar do Windows, dada a sua
>>>
>>>
>>>
>>> liderança no mercado de estações de trabalho e seu recente crescimento no
>>> lado do servidor, mas existem também muitas empresas que faturam com
>>> software em outros sistemas operacionais, como por exemplo, as diversas
>>>
>>>
>>>
>>> variantes de Unix e os mainframes.
>>>
>>> Diferentes Licenças
>>>
>>> Ao longo dos anos desenvolveram-se diversas formas de licenciamento. Por
>>> exemplo, o cliente podia comprar uma "caixinha" e usá-la em apenas um micro.
>>>
>>>
>>>
>>> Ou podia comprar certo número de licenças em função do número de pessoas na
>>> empresa que usariam o produto. Ou um contrato "site", com número ilimitado
>>> de licenças. Estas licenças podiam ser perpétuas ou por um período de tempo
>>>
>>>
>>>
>>> limitado. Podiam contemplar ou não uma "manutenção" com direito a ajustes
>>> e/ou "upgrades".
>>>
>>> O acesso ao código fonte também variava conforme a licença: algumas o
>>> permitiam outras não. Eu mesmo trabalhei na década de oitenta com Turbo
>>>
>>>
>>>
>>> Pascal e produtos da Turbo Power Software que vinham com fonte, embora o
>>> fonte não se tornasse de minha propriedade. Na época a IBM também permitia
>>> acesso ao fonte de muitos de seus produtos e lembro-me de examinar fontes de
>>>
>>>
>>>
>>> um sistema de entrada de dados em Assembly 370 que era não só licenciado mas
>>> também alterado pelo banco no qual eu trabalhava.
>>>
>>> As formas de distribuição também variavam muito, desde caixas compradas em
>>> lojas até licenças compradas de vendedores, de maneira semelhante a outras
>>>
>>>
>>>
>>> mercadorias. Também nos anos oitenta se popularizou uma fórmula de
>>> distribuição exclusiva do software, o "shareware", muito popular até hoje.
>>> No shareware você podia copiar indiscriminadamente um produto de software,
>>>
>>>
>>>
>>> usualmente com alguma restrição, e comprá-lo caso desejasse.
>>>
>>> É justo dizer que todo o crescimento que tivemos neste novo ramo deveu

Re: [PSL-BA] Open Source

2008-10-09 Por tôpico Helton Dória
Anderson,

Acho que é pra levar a sério sim. Por mais absurdo que o texto possa soar,
esse é um tipo de visão ignorante que só tende a se perpetuar se pessoas
mais esclarecidas não se derem ao trabalho de contestar o que foi dito. Como
o texto é muito longo, acho que vou responder em um conjunto de posts e
gostaria que os colegas ajudassem nos pontos em a coisa não fique muito
clara ou haja alguma imprecisão. Minha próxima mensagem nessa thread já será
com comentários sobre os pontos do texto.

[]'s

Helton

2008/10/9 Anderson Marques Ferraz <[EMAIL PROTECTED]>

> É pra levar a sério?
>
> 2008/10/9 Eduardo Júnior <[EMAIL PROTECTED]>
>
>>
>> Olá, lista
>>
>> li um e-mail na lista linux-br [1] com o seguinte tema:
>> As contradições do Open Source
>>
>> A mensagem é antiga, mas vou postar aqui pra abrir discussão a respeito,
>> pois os poucos que lá
>> responderam, mostraram apenas indignação e não rebateram os pontos do
>> texto com argumentos e
>> também queria esclarecer alguns pontos que hoje pra mim não estão claros.
>>
>> 
>>
>> As contradições do Open Source
>>
>>
>> Por Mauro Sant'Anna
>>
>> Durante os últimos trinta anos surgiu, a partir do zero, todo um novo ramo
>> da economia que simplesmente não existia antes: o ramo de software. Os
>> Estados Unidos são sem dúvidas os líderes do setor, mas mesmo assim o Brasil
>>
>>
>> tem bastante o que comemorar: segundo a FIPE são 300 mil empregos diretos,
>> com salários três vezes maiores que a média da economia. O setor também
>> contribui para a sociedade diretamente: o governo arrecada 45% em taxas,
>>
>>
>> contra 25% da média da economia, isso para não falar dos ganhos de
>> produtividade que o uso do software traz para outros setores. Estes números
>> não incluem os empregos em empresas cuja atividade principal não seja o
>>
>>
>> software, como por exemplo, os bancos, apesar dos bancos serem hoje um
>> grande "bureau" de processamento de dados, pois é cada vez mais difícil
>> separar o produto bancário do produto de software.
>>
>> O grande crescimento, aliado aos salários mais altos, atraiu uma grande
>>
>>
>> quantidade de jovens para o setor. Prova disso é a grande quantidade de
>> cursos superiores de análise de sistemas, bacharel em ciências da computação
>> e outros que surgiram nos últimos anos.
>>
>> O país possui hoje diversas empresas genuinamente brasileiras em posições de
>>
>>
>> liderança no mercado, especialmente em softwares de ERP e contabilidade.
>>
>> O ramo de software inclui produtos criados para diversas plataformas e
>> sistemas operacionais. É sempre mais fácil lembrar do Windows, dada a sua
>>
>>
>> liderança no mercado de estações de trabalho e seu recente crescimento no
>> lado do servidor, mas existem também muitas empresas que faturam com
>> software em outros sistemas operacionais, como por exemplo, as diversas
>>
>>
>> variantes de Unix e os mainframes.
>>
>> Diferentes Licenças
>>
>> Ao longo dos anos desenvolveram-se diversas formas de licenciamento. Por
>> exemplo, o cliente podia comprar uma "caixinha" e usá-la em apenas um micro.
>>
>>
>> Ou podia comprar certo número de licenças em função do número de pessoas na
>> empresa que usariam o produto. Ou um contrato "site", com número ilimitado
>> de licenças. Estas licenças podiam ser perpétuas ou por um período de tempo
>>
>>
>> limitado. Podiam contemplar ou não uma "manutenção" com direito a ajustes
>> e/ou "upgrades".
>>
>> O acesso ao código fonte também variava conforme a licença: algumas o
>> permitiam outras não. Eu mesmo trabalhei na década de oitenta com Turbo
>>
>>
>> Pascal e produtos da Turbo Power Software que vinham com fonte, embora o
>> fonte não se tornasse de minha propriedade. Na época a IBM também permitia
>> acesso ao fonte de muitos de seus produtos e lembro-me de examinar fontes de
>>
>>
>> um sistema de entrada de dados em Assembly 370 que era não só licenciado mas
>> também alterado pelo banco no qual eu trabalhava.
>>
>> As formas de distribuição também variavam muito, desde caixas compradas em
>> lojas até licenças compradas de vendedores, de maneira semelhante a outras
>>
>>
>> mercadorias. Também nos anos oitenta se popularizou uma fórmula de
>> distribuição exclusiva do software, o "shareware", muito popular até hoje.
>> No shareware você podia copiar indiscriminadamente um produto de software,
>>
>>
>> usualmente com alguma restrição, e comprá-lo caso desejasse.
>>
>> É justo dizer que todo o crescimento que tivemos neste novo ramo deveu-se à
>> possibilidade das empresas cobrarem - de alguma forma - pelas licenças de
>>
>>
>> uso.
>>
>> Open Source
>>
>> Em 1989, o Sr. Richard Stallman, já então bastante envolvido com algo que
>> iria chamar-se no futuro "software livre" criou um tipo de licença de
>> software que chamou "copyleft", mas que hoje é mais conhecida como "open
>>
>>
>> source" (*). A licença deste tipo mais conhecida é a "GNU General Public
>> License". Este tipo de licença se caracteriza principalmente pelo seguinte:

Re: [PSL-BA] Open Source

2008-10-09 Por tôpico Anderson Marques Ferraz
É pra levar a sério?

2008/10/9 Eduardo Júnior <[EMAIL PROTECTED]>

>
> Olá, lista
>
> li um e-mail na lista linux-br [1] com o seguinte tema:
> As contradições do Open Source
>
> A mensagem é antiga, mas vou postar aqui pra abrir discussão a respeito,
> pois os poucos que lá
> responderam, mostraram apenas indignação e não rebateram os pontos do texto
> com argumentos e
> também queria esclarecer alguns pontos que hoje pra mim não estão claros.
>
> 
>
> As contradições do Open Source
>
> Por Mauro Sant'Anna
>
> Durante os últimos trinta anos surgiu, a partir do zero, todo um novo ramo
> da economia que simplesmente não existia antes: o ramo de software. Os
> Estados Unidos são sem dúvidas os líderes do setor, mas mesmo assim o Brasil
>
> tem bastante o que comemorar: segundo a FIPE são 300 mil empregos diretos,
> com salários três vezes maiores que a média da economia. O setor também
> contribui para a sociedade diretamente: o governo arrecada 45% em taxas,
>
> contra 25% da média da economia, isso para não falar dos ganhos de
> produtividade que o uso do software traz para outros setores. Estes números
> não incluem os empregos em empresas cuja atividade principal não seja o
>
> software, como por exemplo, os bancos, apesar dos bancos serem hoje um
> grande "bureau" de processamento de dados, pois é cada vez mais difícil
> separar o produto bancário do produto de software.
>
> O grande crescimento, aliado aos salários mais altos, atraiu uma grande
>
> quantidade de jovens para o setor. Prova disso é a grande quantidade de
> cursos superiores de análise de sistemas, bacharel em ciências da computação
> e outros que surgiram nos últimos anos.
>
> O país possui hoje diversas empresas genuinamente brasileiras em posições de
>
> liderança no mercado, especialmente em softwares de ERP e contabilidade.
>
> O ramo de software inclui produtos criados para diversas plataformas e
> sistemas operacionais. É sempre mais fácil lembrar do Windows, dada a sua
>
> liderança no mercado de estações de trabalho e seu recente crescimento no
> lado do servidor, mas existem também muitas empresas que faturam com
> software em outros sistemas operacionais, como por exemplo, as diversas
>
> variantes de Unix e os mainframes.
>
> Diferentes Licenças
>
> Ao longo dos anos desenvolveram-se diversas formas de licenciamento. Por
> exemplo, o cliente podia comprar uma "caixinha" e usá-la em apenas um micro.
>
> Ou podia comprar certo número de licenças em função do número de pessoas na
> empresa que usariam o produto. Ou um contrato "site", com número ilimitado
> de licenças. Estas licenças podiam ser perpétuas ou por um período de tempo
>
> limitado. Podiam contemplar ou não uma "manutenção" com direito a ajustes
> e/ou "upgrades".
>
> O acesso ao código fonte também variava conforme a licença: algumas o
> permitiam outras não. Eu mesmo trabalhei na década de oitenta com Turbo
>
> Pascal e produtos da Turbo Power Software que vinham com fonte, embora o
> fonte não se tornasse de minha propriedade. Na época a IBM também permitia
> acesso ao fonte de muitos de seus produtos e lembro-me de examinar fontes de
>
> um sistema de entrada de dados em Assembly 370 que era não só licenciado mas
> também alterado pelo banco no qual eu trabalhava.
>
> As formas de distribuição também variavam muito, desde caixas compradas em
> lojas até licenças compradas de vendedores, de maneira semelhante a outras
>
> mercadorias. Também nos anos oitenta se popularizou uma fórmula de
> distribuição exclusiva do software, o "shareware", muito popular até hoje.
> No shareware você podia copiar indiscriminadamente um produto de software,
>
> usualmente com alguma restrição, e comprá-lo caso desejasse.
>
> É justo dizer que todo o crescimento que tivemos neste novo ramo deveu-se à
> possibilidade das empresas cobrarem - de alguma forma - pelas licenças de
>
> uso.
>
> Open Source
>
> Em 1989, o Sr. Richard Stallman, já então bastante envolvido com algo que
> iria chamar-se no futuro "software livre" criou um tipo de licença de
> software que chamou "copyleft", mas que hoje é mais conhecida como "open
>
> source" (*). A licença deste tipo mais conhecida é a "GNU General Public
> License". Este tipo de licença se caracteriza principalmente pelo seguinte:
> você deve incluir o fonte do seu produto, deve permitir modificações e - o
>
> principal - qualquer um que inclua qualquer fragmento do seu software é
> obrigado a incluir a totalidade dos fontes do próprio produto, mesmo aquele
> que foi desenvolvido depois.
>
> Note, o que caracteriza o Open Source não é nem o acesso aos fontes, nem a
>
> permissão de modificações, nem o baixo preço. Estas características sempre
> existiram anteriormente. Existem hoje licenças bastante conhecidas que
> satisfazem estes quesitos, como a do "BSD Unix", e que não são Open Source.
>
> A principal característica do Open Source é que ele "contamina" qualquer
> software que use código Open Source, transformando-o automaticamente e