Re: [PSL-Brasil] Re: GNOME lança programa para incentivar mulheres desenvolvedoras

2006-06-25 Por tôpico Pedro de Medeiros
.


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Re: [PSL-Brasil] Re: Teste de P enetraçao em Urnas Eletrônicas]

2006-06-25 Por tôpico Pedro de Medeiros

O que me preocupa mais são os meios escolhidos para se proteger a
obscuridade. O que se faz? Proíbe-se o teste de resistência a
penetração, através da proibição da penetração. Quem garante que tudo
passará a ser seguro e auditado só porque os testes se tornaram
ilegais? Há realmente auditoria nos softwares críticos, e de forma
satisfatória, se acham útil até obscurecer o fato de que ali há um
software e que ele precisa ser confiável? Tornam o assunto todo um
tabu.

Acho que temos é que pesar os contras e os prós da obscuridade. Vou
medir apenas alguns contras que me são evidentes (se alguém quiser
defender a obscuridade ou outros contras, por favor).

Quando você usa obscuridade:

- você descarta a testabilidade aberta do processo, confiando 100% na auditoria;
- você está elevando o patamar de confiança tanto de designers e
auditores de software ao mesmo nível dos árbitros do processo;
- você pode estar relaxando os processos de auditoria por acreditar
que punir e proibir funciona, o que é especialmente perigoso aliado ao
primeiro item;
- você passa a dar uma importância muito grande a uma pequena parte do
processo (dado a estrutura enorme necessára para todo o processo
eleitoral), coisa que não aconteceria se o software da urna eletrônica
fosse simples e transparente;
- você favorece a formação de conluios porque dois ou mais podem
partilhar um segredo, ao mesmo tempo em que proíbe que a mesma
fraqueza seja descoberta e exposta à opinião pública;

Não acho que a comparação com as forças armadas seja muito boa, porque
no caso da eleição o que se quer proteger é exatamente a transparência
e a confiabilidade de um resultado, enquanto que nas forças armadas há
utilidade na obscuridade do processo e na disposição dos recursos.

Mas, ainda assim, para justificar a existência das forças armadas,
elas deviam servir ao governo e, sobretudo, ao povo de forma
transparente, como, por exemplo, quando o povo decide por plebiscito
se o exército entra ou não em um conflito.

Muito do processo eleitoral ainda se apóia na mesma estrutura
convencional de processo eleitoral (afinal, não estamos falando de
urnas como máquinas autônomas com acesso remoto), assim como não há
nada de obscuro em urnas feitas de um tecido que contém apenas votos
em papel. Porque temos que aumentar a complexidade do processo sob o
risco de torná-lo estranho até a nós mesmos?

O processo eleitoral não é uma casa que se protege do ladrão, não
quando sua família tem 170 milhões de pessoas, quando há ladrões que
são indistingüíveis dos membros da sua família e quando alguns até
fazem parte de quadrilhas altamente especializadas ou que podem
contratar as mesmas pessoas que você contratou para cuidar da
segurança da sua casa.


[]'s!


On 6/25/06, Ricardo L. A. Banffy [EMAIL PROTECTED] wrote:

Não é obscurantismo. É segurança.

É por isso que o código fonte de sistemas militares não é aberto. Não
porque eles tenham alguma incompetência a esconder, mas porque qualquer
informação que seja divulgada pode ser usada para identificar fraquezas.

Embora as forças armadas sejam custeadas com nossos impostos, é consenso
que a disposição delas e seus recursos e capacidades não sejam
informações disponíveis a qualquer um. Eu teria, em teoria, direito de
saber como meu dinheiro está sendo gasto, mas não tenho.

Ninguém em sã consciência recomenda apenas o segredo como medida de
segurança. Só um imbecil pensaria nisso.

Obscuridade, claro, não substitui um esforço dedicado para evitar as
falhas de segurança e não sugere que não se deva levar a sério quando
uma falha (de processo ou de software) for descoberta (uma verdadeira e
verificável, não uma autópsia de ET). Eu digo (e repito, com
convicção) que uma camada _adicional_ de obscuridade ajuda a tornar um
sistema ainda mais seguro.

É bom trancar as janelas da sua casa à noite, mas ficaria mais difícil
ainda pro ladrão entrar ele não conseguisse encontrar onde ficam as
janelas.

Eu concordo quando dizem que o software das UEs tem que ser reforçado e
que é concebível que uma ou outra possa, de quando em quando, ser
adulterada (com ajuda de funcionários dos tribunais, mesários e fiscais
de partido). Sempre que uma coisa dessas acontece, é importante
encontrar e resolver o problema. Mas eu não sei se tornar esse código
público é melhor do que, por exemplo, contratar auditorias periódicas.

Mas, de todos os problemas do sistema eleitoral, eu acho que elas são o
menor.

 [EMAIL PROTECTED] mailto:[EMAIL PROTECTED] wrote:
 É duro alguém defender OBSCURANTISMO, à la idade
 medieval, para um processo eleitoral que se
 pretende DEMOCRÁTICO.

 Um dia venceremos o OBSCURATISMO de mentes, coraçoes
 e urnas eletrônicas.

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Re: [PSL-Brasil] Re: GNOME lança programa para incentivar mulheres desenvolvedoras

2006-06-25 Por tôpico Pedro de Medeiros

On 6/25/06, Fernanda G Weiden [EMAIL PROTECTED] wrote:


 Nesse meio-tempo a escola pública continua uma merda. Só que tem menos
 gente estudando nela porque alguns conseguiram escapar. E ainda vamos
 precisar do mesmo mecanismo para a geração seguinte, porque ela continua
 uma merda e nem todos escaparam, só que agora temos menos pessoas
 pressionando pela solução. Exatamente qual problema isso resolveu?

Diminuiria o problema, mas não solucionaria. As quotas para estudantes
da rede publica na universidade é uma parte da solucão do problema da
educacao. Mas claro que mais investimentos tem que ser feito na base.



Se chegarmos a uma trégua de que uma coisa não deveria ser feita sem a
outra, e que essa coisa [resolver os problemas da educação] está na
mesma, parado há anos e anos sem mudança. Eu fico a pensar se o que se
está realmente fazendo não é escolhendo o caminho mais fácil e rápido
(de avisar as pessoas de que algo está sendo feito), sem
necessariamente fazer o que importa, apenas para apaziguar os ânimos
dessas pessoas.



 Tá vendo como todo problema tem uma solução simples, elegante e errada?
 A fila é longa, logo, resolvemos não indo ao médico.

Muita gente não toma, e morre esperando. Claro que tomar o remedio não é
solucão. Mas de uma maneira torta vai resolver o problema da dor, no
caso da saúde.

Se eu tivesse um problema de saúde, tentasse um médico e recebesse a
notícia que só seria atendida depois de meses, certamente eu prezaria
mais pela minha saúde do que por morrer lutando por um sistema mais
efetivo, e tomaria o remédio que poderia me ajudar :)



Dadas as devidas diferenças: ou seja, que um sistema de saúde público
precário causa problemas muito mais imediatos, diretos e dramáticos do
que os lentos anos de educação precária fazem às nossas crianças, só
tenho a por em dúvida a utilidade dessa comparação. ;)



Mas isso já ficou pra lá do off-topic.



Concordo. :)


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Re: [PSL-Brasil] GNOME lança programa p ara incentivar mulheres desenvolvedoras

2006-06-21 Por tôpico Pedro de Medeiros

Talvez esse seja o tipo de barreira que a educação a distância (em
sua, até agora, discutível lista de potencialidades e promessas)
poderia ajudar a desmoronar um dia.


[]'s!

On 6/21/06, Fabianne Balvedi [EMAIL PROTECTED] wrote:

Oi Ricardo,

 É sempre muito bom ver pessoas dispostas a discutir a questão de gênero com
seriedade. Homens, então, são uma veradeira raridade.



On 6/20/06, Ricardo L. A. Banffy [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Eu não conheço muitas mulheres envolvidas com desenvolvimento de
 software livre, mas eu gostaria de ouvir mais sobre essas barreiras -
 talvez por eu ser homem, essas barreiras, embora existam, sejam
 imperceptíveis pra mim.



 Bem, não me considero uma desenvolvedora. Tenho apenas um bom nível de
conhecimento técnico na manipulação de sistemas e algum conhecimento de
linguagens de programação e desenvolvimento de sites. Mas acho que minha
experiência de interação nesse meio pode ilustrar algumas das dificuldades
que encontramos para você...

 Quando fiz meu primeiro curso de linux, parecia que eu estava numa corrida
de kart onde todos os homens presentes queriam pelo menos garantir que não
perderiam para mim. Um amigo (este sim desenvolvedor mesmo) me falou rindo
que era muito feio para um homem perder para uma mulher, então por aí você
já tem uma idéia. Comparei com corrida de kart porque foi a mesma sensação
que tive quando corria com amigos de meu irmão. Após algum tempo, eles
passaram a me respeitar, mas não era como mulher, e sim como uma anomalia,
algo fora do normal.

 O problema neste tipo abordagem é que, além de levar a mulher a ter que, de
certa forma, se masculinizar (segundo Capra[1], a competição é um elemento
masculino), o tempo ideal para o processo acontecer é comprometido por um
desequilíbrio na própria forma que o homem e mulher encaminham suas próprias
vidas (segundo Jung[2], (...) a vida, para o homem (ou para a mulher que
teve a mente treinada de forma masculina), é algo que se toma de assalto,
num ato de força de vontade heróica; mas para a mulher, a vida se realiza
melhor através de um processo de despertar progressivo.). Vejam bem, não
acho errado uma mulher competir (tod*s temos elementos femininos e
masculinos dentro de nós). Acho apenas errado ela sempre ser obrigada a
competir num nível muito acima daquele ela enfrentaria se fosse um homem,
pois isso gera um desequilíbrio enorme na sua forma natural de ser.



 Mas é fácil observar outras anomalias estatísticas em populações
 selecionadas.

 É mais fácil ver gente bonita numa Casa Cor do que num FISL. Ao mesmo
 tempo, é mais fácil encontrar pessoas que saibam desenhar de cabeça uma
 molécula de cafeína num FISL do que numa Casa Cor. É muito mais fácil
 encontrar piercings numa agência de publicidade do que em um banco. Há
 mais cabelo em um encontro de metaleiros do que em um de skinheads.

 Aparentemente, existem muitas outras cercas invisíveis à nossa volta.


 Eu não diria que o problema da questão de gênero se resume a uma cerca
invisível, pois pra mim ela é bem visível. Na realidade, ela é óbvia. Tão
óbvia que acaba ficando escondida em sua obviedade (quem aqui nega que as
coisas óbvias por vezes são as mais difíceis de se ver?). E a raiz mais
profunda desse problema, na minha opinião, encontra-se numa certa árvore do
conhecimento, de cujo fruto proibido certa mulher ousou desfrutar e, tendo
também seduzido um homem a faze-lo, amaldiçoou para sempre a humaninade,
expulsando-n*s da possibilidade uma vida maravilhosa dentro do Paraíso...

 ah, como nós somos más! )


 [1] CAPRA, Frijof, O Tao da Física. São Paulo: Cultrix, 1984.
 [2] Jung, Carl Gustav. O Homem e Seus Símbolos, Editora Nova Fronteira, Rio
de Janeiro, 1991.



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Re: [PSL-Brasil] ReactOS

2006-06-20 Por tôpico Pedro de Medeiros

On 6/20/06, Charles Pilger [EMAIL PROTECTED] wrote:


Ricardo, mas o ReactOS é para ser um Windows livre, não mais um SO com
APIs próprias onde há necessidade de se fazer uma compilação própria!
Para que diabos você quer que o pessoal saia desenvolvendo
especificamente para esse sistema???



Não é só questão de ter controle para criar algo diferente, é fazer
pressão e ter voz na hora da microsoft decidir o que ela vai abraçar
e extender (é por isso que é tão importante o tal controle da API).
A microsoft não vai abrir espaço para esse diálogo, não precisa, não
quer, vai contra seus interesses, e se começarem a chateá-la demais
com isso, ela vai dar um jeito de dificultar mais ainda o trabalho de
continuarem a imitá-la.



 O resultado dessa estratégia é que vai existir pouco incentivo para se
 escrever especificamente para ReactOS e vai continuar havendo o mesmo
 incentivo para se escrever software para Windows.

E qual é o problema de se escrever software para Windows?



Nenhum problema se o ReactOs conseguir de fato se manter 100%
compatível com windows, senão ele estará sempre incompleto. (Eu receio
que é exatamente isso que vai acontecer, não é que eu não queira que o
ReactOS fique bom, é só que eu acho que temos exemplos de sobra
mostrando que emular windows é mais difícil do que parece e isso é
provavelmente intencional...)

Mas eu preferia ver desenvolvedores de software livre usando sistemas
UNIX-like. Afinal, eu não escolhi programar em UNIX porque eu não
gosto da microsoft ou do Bill Gates. Eu escolhi porque eu não gosto de
algumas escolhas que o windows, como plataforma, faz. E eu acho que eu
não sou o único.



 Ele não pode ficar melhor do que a API que ele tenta replicar. Se
 melhorar demais, fica incompatível. E se o original melhorar de um
 jeito diferente, fica pior ainda.

Não, não fica. Você pode muito bem ter duas implementações de uma API
onde uma é mais rápida do que a outra, uma mais otimizada, tendo as
mesmas entradas e saidas.



Pode. Mas digamos que parte da API do windows seja protegida por
patentes de software que impedem uma implementação livre, sobretudo
quando implementam protocolos de comunicação e interoperabilidade que
sofrem dessas mazelas. Não há nenhuma opção de implementação, porque
qualquer coisa será irremediavelmente incompatível com windows. O
sistema deixará de ser um clone do windows.



  Estamos pregando o monopólio do GNU/Linux no que se refere a sistemas
  livres? Acho que não, né.

 Acho que uma monocultura de Unix-likes seria menos do que interessante,
 embora eles sejam mais versáteis no geral do que os Windows-likes.

Nenhuma, NENHUMA, monocultura é boa.



O Ricardo já disse que não é interessante, você não precisa repetir.

Mas concordo que eles são mais versáteis, porque os padrões que o
mundo UNIX fornece são bem conhecidos e tem nomes: POSIX, ATT, BSD,
GNU etc. Alguns podem escolher implementar umas chamadas padrões, mas
não outras. Clonar o windows não te dá essa possibilidade. Tendo o
código fonte da aplicação, os autotools decidem por você quais macros
são necessários para a compilação do programa.


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Re: [PSL-Brasil] Banco de Software Livre

2006-06-12 Por tôpico Pedro de Medeiros

On 6/12/06, JARDEL SILVA [EMAIL PROTECTED] wrote:

NÃO QUERO MAIS RECEBER E-MAIL DE VOCÊ. FUI CLARO. VÊ SE PARA DA MANDAR ESSAS
MENSAGENS.



Amigo, alguém te inscreveu numa lista de mensagens. Ninguém tá te
mandando nada diretamente, é assim que listas de mensagens funcionam:
um servidor repassa todas as mensagens que vão para um endereço
especial para todos os inscritos (que, a princípio, se inscreveram
voluntariamente).

Portanto, não é culpa de ninguém aqui que você receba mensagens que
não quer, só de quem te inscreveu na lista. Como isso foi acontecer
também não nos diz respeito. Alguém deve ter tido acesso ao seu email
para fazê-lo.

Não temos o poder de tirar ninguém da lista, porque somos tanto
usuários dela quanto você. Só você mesmo pode fazer isso, e é assim
que se faz:

Toda mensagem contém a informação necessária pra você se remover da
lista. Basta acessar esse endereço que está no final da mensagem:


http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil


e preencher a parte do formulário que se encontra no final da página, onde diz:

Para se desinscrever de PSL-Brasil, pegue o lembrete de senha ou
modifique suas opções de inscrição

entre com seu endereço de email de inscrição: [___]

E clique no botão desinscrever ou editar opções

Então, aparecerá uma outra página com 3 botões. Aperte o botão Desincrever.

A partir daí, você receberá um novo email da lista te informando como
proceder. Geralmente você acessa um link escrito na mensagem ou basta
você responder a mensagem com o botão reply sem mudar nada no
conteúdo.

Isso vai te tirar da lista.

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Re: [PSL-Brasil] Em defesa (?) do dual-boot

2006-06-08 Por tôpico Pedro de Medeiros

On 6/8/06, Charles Pilger [EMAIL PROTECTED] wrote:

On 6/8/06, Pedro de Medeiros [EMAIL PROTECTED] wrote:
 O que você está nos perguntando na prática é se estaríamos dispostos a
 abandonar as premissas

Não, eu estou perguntando se seria interessante botar condições que
fossem boas pros usuários mas que não fossem boas para a Microsoft e
os fabricantes, dificultando a opção pelo dual-boot.



Como eu disse, considero a questão inegociável. Se é possível
reformular a proposta para tornar mais difícil usar windows, prefiro
reformulá-la então para que o dual boot seja proibido.


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Re: [PSL-Brasil] Consumidor compra computador com Linux e troca por Windows

2006-06-07 Por tôpico Pedro de Medeiros

Mais ou menos como o OLPC? ;)

Eu concordo com essa idéia. Além do mais, uma plataforma estanque é
mais fácil de se manter porque tem menos variações de hardware e, por
conseqüência, menos problemas de compatibilidade.


On 6/7/06, Ricardo L. A. Banffy [EMAIL PROTECTED] wrote:

Eu lembro de ter comentado aqui que seria legal se ele não fosse um x86 ;-)

Não basta não ser Built for Microsoft Windows. Tinha que ser
Microsoft-proof.

Ufa wrote:
Chutando, acho q a maioria já comprou com a pirataria premeditada na cabeça.
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Re: [PSL-Brasil] Hered - Heres (Ex: Ajax.NET Professional Starter Kit

2006-06-06 Por tôpico Pedro de Medeiros

On 6/6/06, Alexandre Oliva [EMAIL PROTECTED] wrote:

On Jun  5, 2006, Pedro de Medeiros [EMAIL PROTECTED] wrote:

 O problema é que a analogia não preenche todas as lacunas porque o
 modelo tem suas limitações. Um programa pode ter concepção assexuada
 (um único programador?) ou multissexuada (colaborativo?). A herança é
 canônicamente dividida igualmente entre todo o código e seus
 respectivos colaboradores? O que dizer da paternidade de um programa
 que usa bibliotecas de diversas origens diferentes e com licenças
 diferentes?

Quando falei de antecessores, me referia aos programas dos quais se
criam derivações, não aos programadores.  Se você conseguir achar
alguma analogia defensável envolvendo os programadores e não os
programas propriamente ditos, vá em frente ;-)



Acho que essa questão especificamente é mas favorável para o software
livre, já que a licença GPL precisa dizer quem criou aquele código. Já
com software proprietário, os direitos autorais são geralmente da
empresa que o contrata. Nessa linha, as empresas vão defender o ponto
de vista de que pessoas sozinhas escrevem código ruim e que são
necessárias empresas para transformar competências em código bem
escrito. Não precisamos nem entrar na questão de como isso é enganoso,
né? :)

Mas então as empresas usam o apelo ao medo, dizendo que software livre
não dá dinheiro. :-/



 Acho que vou ter que mudar a abordagem para distinguir vírus de
 bactérias ou protozoários, partindo do pressuposto de que o vírus é
 algo mais sutil, de outra natureza e difícil de detectar. A licença
 seria também algo igualmente sutil.

Para dizer que a licença é tão sutil quanto um vírus, talvez fosse
adequado um termo de comparação para dizer que outra coisa seria tão
menos sutil quanto por exemplo uma bactéria.  Por que uma bactéria não
poderia estar tão dormente quanto um vírus?  Porque o vírus pode ter
seu material genético separado da capa protéica e efetivamente
escondido no núcleo de uma célula hospedeira, enquanto o mesmo não
ocorre com a bactéria?



Não, até porque falar sobre DNA deu errado. Então eu usaria uma
abordagem por exclusão. Bactérias, protozoários e fungus não ficam
dormentes no corpo da pessoa contaminada (pelo menos, não que eu
saiba). Mas vírus podem se esconder nas células dessa forma durante
anos, nesses casos existem doenças em que exames de sangue revelam
baixíssima ou nenhuma concentração de um patógeno, por exemplo, há
pessoas com AIDS que não a manifesta por anos. E é necessário um teste
específico só para encontrá-lo (e foi demorado para a medicina enfim
localizar o vírus e tomar conhecimento de sua existência).

O exemplo da mitocôndria é muito bom mesmo. Só que a analogia nos leva
a outras comparações. Apesar de eu gostar de pensar que software GPL
seja também uma evolução natural do software em todos os sentidos
(mesmo que, mais exatamente, da forma como ele é feito), alguns podem
não concordar e chamá-lo de software com letrinhas miúdas,
especialmente aqueles que têm medo do que a licença significa.

Isso equivale a dizer que o vírus dormente deixa o hospedeiro numa
situação de vigilância constante, enquanto que, na mitocôndria, todos
vencem (tanto a bactéria adaptada, quanto a célula). A questão vai se
resumir a essa diferença de ponto de vista, porque está ligada aos
interesses dos participantes. :)



Mas, nesse caso, cai seu argumento de que a ``linguagem do vírus'' é
distinta da linguagem da ``linguagem do tecido''; os dois são material
genético normal, ainda que o do vírus ás vezes seja RNA e não DNA.



Bem lembrado. A intenção é a de se distanciar dessa analogia do DNA,
que não deu certo. A diferença é histórica/evolutiva/funcional.



Tá melhor, mas não compro a coisa do vírus dormente não detectado,
ainda que uma outra objeção minha, de que é obrigação de quem faz o
transplante fazer uma análise do tecido buscando por patógenos, assim
como de quem transplanta código fazer a análise da licença, pareça-me
de fato dar suporte à sua analogia.



Nesse caso a GPL faria o papel de vírus novo e desconhecido, ainda não
reconhecido pela comunidade médica. Muitas transfusões foram feitas
porque eram necessárias e não se conhecia ainda esse novo agente e
seus efeitos.

Mas isso não é um problema da situação, mas de malícia ao aplicá-la
como analogia, até porque contaminação por transfusão de sangue ou
transplante aconteceu muito e pode ainda estar acontecendo até hoje. A
analogia é maliciosa porque é a falácia de apelo ao medo com uma
pitada da falácia do homem de palha: simplifica-se a o argumento
opositor (ao fazer parecer que o programador não é responsável por
atribuir ao seu próprio código a licença GPL), associando-o ao terror
(vírus, doenças etc.).

Acho que a analogia mais exata, evitando repetir o viral, é assinar
um contrato sem ler. Você não deve lamentar o contrato quando ele é
comprovadamente válido, é melhor ser safo e saber a conseqüência dos
seus atos ao assiná-lo.

P.S.: depois eu vejo se a outra mensagem tem

Re: [PSL-Brasil] Hered - Heres (Ex: Ajax.NET Professional Starter Kit

2006-06-06 Por tôpico Pedro de Medeiros

On 6/6/06, Alexandre Oliva [EMAIL PROTECTED] wrote:

On Jun  5, 2006, Pedro de Medeiros [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Concordo. Acho que vou ter que mudar a abordagem para distinguir vírus
 de bactérias ou protozoários, partindo do pressuposto de que o vírus é
 algo mais sutil, de outra natureza e difícil de detectar. A licença
 seria também algo igualmente sutil.

Outra objeção interessante acaba de me ocorrer: o vírus, por mais que
tenha seu código genético escondido e dormente no interior de uma
célula, ainda é algo distinto, eventualmente detectável e removível.



Existem estágios da infecção em que o vírus não é detectável. Além do
mais, não sei dizer se o vírus é removível quando ele está dormente
dentro da célula. Ele é combatido mais provavelmente quando está na
corrente sangüínea ou, indiretamente, afetando os estágios pelo qual o
vírus usa a célula durante a infecção, como por exemplo, afetando a
composição da sua capa proteica, que, de outra maneira, se ligaria a
membrana celular e reiniciaria o ciclo.



Já a licença GNU GPL, uma vez introduzida num programa, não é mais
removível, ainda que seja facilmente detectável.  Passa a ser parte
integrante daquela cópia do programa e de quaisquer outras cópias,
derivadas ou idênticas.



Sobre a detectabilidade, isso depende. O corpo da licença pode ser
removido, deixando apenas o código para ser testado. Se comentários e
o conteúdo de strings do original forem modificados, pode ser muito
difícil detectar, ou mesmo, saber por onde começar, especialmente sem
o código-fonte (e espera-se que o infrator que for mesmo distribuir
código que está protegido sob GPL, o fará apenas em binário, não em
código-fonte). Às vezes é mais fácil detectar através de produtos
indiretos, como formato de arquivos de entrada/saída e é preciso saber
o que se está procurando.



Talvez uma analogia mais apropriada fosse dizer que a GPL é
mitocondrial, já que, uma vez que as mitocôndrias, antes bactérias
(IIRC) independentes, entraram em células maiores e passaram a fazer
para elas a conversão de glicose em energia, como dizia a professora
do colégio, tornaram-se parte integrante do sistema, e sua remoção
(cura?) levaria o tecido à morte.

Acho que a analogia do vírus só se sustenta se houver indícios de que
trechos de DNA viral tenham sido incorporados pelo código genético de
seres vivos, mas aí novamente cabe minha objeção à distinção de
linguagem que você sugeriu para emprestar maior sutileza ao vírus.

Dito isso, agrada-me muitíssimo mais a analogia mitocondrial:
descendentes carregam as mitocôndrias da mãe, que fornece o óvulo com
as organelas celulares, e nunca do pai, que fornece apenas seu
material genético nuclear.  É uma analogia perfeita para a combinação
de licenças compatíveis com a GPL: tanto as mitocôndrias do pai quanto
da mâe têm seu próprio código genético, mas prevalece somente o da
mãe: a GPL, mãe de todas as licenças de software livre :-)



A analogia mitocondrial é ótima, mas tem um pequeno problema: 100% do
código tem a mesma característica, enquanto que na analogia do vírus,
não. Apesar da mitocôndria aqui significar a licença (e a licença
também valer sobre 100% de todo o código), perde-se a capacidade de
rastrear a origem de cada parte do código, as porções do software GPL
e as porções de código que não são.

É coisa pequena, mas há a falta de equivalência no caso desse alguém
poder remover a GPL de todo o seu código, substituindo apenas o que
era originalmente GPL por não-GPL em uma implementação clear room.
Algo mais ou menos como o oposto do que o 4.3BSD fez para se livrar do
código da ATT e se tornar 100% open source.

Se a mitocôndria do 4.3BSD fosse proprietária, isso não seria possível. :)


[]'s!
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Pedro de Medeiros - Computer Science - University of Brasília
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