Alguns comentários:

2009/10/28 Ulf Mehlig <ulf.meh...@gmx.net>:
> Por que evitar "unclassified"?! É simplesmente um tag para ruas/estradas
> que não tem denominação oficial (em contraste a primary, secondary e
> tertiary), e que não são residenciais ... Deve ser a maioria das ruas em
> muitos lugares!

Eu gosto de usar a cidade de Kalrsruhe como exemplo, dado que eles
praticamente definiram muitos dos padrões usados (isso e o fato de que
morei lá alguns anos, e portanto conheço as ruas pessoalmente). Se
você olhar no centro de Karlsruhe, praticamente não existem ruas
"unclassified". Ou é tertiary ou é residential. Me parece que o fator
para decidir se uma rua é residencial ou não é o tráfico. E a decisão
sobre se é secondary ou tertiary é baseada na capacidade da rua
acomodar tráfego ou não. Ou seja, uma rua estreita, apesar de ter
muito tráfego na vida real, ainda é tertiary.

As ruas primary (exemplo: Kriegstraße [1]) são ruas que tem duas vias
para cada lado, separadas por canteiro central ou guard-rail.

> Em respeito à área rural: aqui no norte, pelo menos, a gente tem
> estradas que tem significância (e denominação, ex BR-xx) de uma
> secondary ou até primary, mas estão sem asfalto (ou com tão pouco de
> asfalto entre os buracos, que uma pista de chão seria melhor de qualquer
> jeito).

A qualidade da superfície da estrada não deveria ter a ver com sua
classificação. Se eu me lembro bem, é para isso que servem os tags
surface[2] e tracktype[3]. (Me corrijam se eu estiver errado)

> Acho também (ainda) que não deve-se exagerar o uso de primary, secondary
> e tertiary dentro de cidades. Se são ruas arteriais que conectam bairros
> importantes, tudo bem; mas praticamente qualquer pista dupla asfaltada?

Eu acredito que sim, se faz sentido do ponto de vista de tráfego.

> Porém, tenho as vezes a
> impressão que estas discussões estão mais determinadas pelo "rendering"
> atual do OSM, e então pela cor das ruas no mapa do site principal (quero
> as ruas no meu bairro todas amarelas ;-) Este "tagging for the
> renderers" não é visto positivo por uma parte significante dos
> integrantes do OSM ...

Se todas as ruas do seu bairro oferecem a mesma capacidade de
comportar tráfego, e essa capacidade é superior que a das ruas
vizinhas, então deveriam ser mapeadas em um nível que indica essa
diferença, independente de estarem no seu bairro ou não.

Pessoalmente, eu "tageio" no OSM sempre pensando em um navegador GPS.
Ou seja, se a gente considera que cada nível teria prioridade de rota
sobre o inferior, então eu tento classificar as ruas conforme o meu
conhecimento sobre elas, e como eu gostaria que uma determinada rua
fosse utilizada pelo sistema de navegação.

Em outras palavras, se eu sei que uma determinada rua é estreita e não
foi preparada para receber grande volume de tráfego, eu coloco como
residential.

Se for uma grande avenida, com quatro vias separadas por canteiro
central e interrompidas apenas por semáforos em crusamentos, eu coloco
primary, dado que estas deveriam (em teoria) suportar o maior fluxo de
tráfego.

Se for uma rua, que apesar de não ser duplicada, tem faixas largas
e/ou tem os semáforos ajustados para maximizar o fluxo de tráfego,
então é secondary.

Se for uma rua de tráfego pesado, mas do mesmo porte que uma
residential, eu coloco tertiary. Ou seja, tertiary é um compromisso
entre menor prioridade possível mas sem incomodar os bairros
residenciais com tráfego desnecessário. ;-)

Att,
Ricardo

[1]: http://www.openstreetmap.org/?lat=49.008&lon=8.39389&zoom=16&layers=B000FTF
[2]: http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Key:surface
[3]: http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Key:tracktype

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