Gil,

 Também já tinha pensado nisso antes mas a idéia esbarra em alguns
problemas, na minha opinião insolúveis:

 1) Se você é o segundo a votar, você saberia como votou o primeiro. E
assim por diante. Donde quebra de segredo do voto: basta que o eleitor
que sai diga ao segundo da fila qual é o estado da votação para que o
segundo da fila, ao votar, o segundo da fila descubra qual foi o voto do
eleitor precedente a ele.

 2) Se no momento do voto a urna mostra uma totalização ao eleitor
corrente, nada impede que ao eleitor sequinte ela mostre outra. Não há
como checar entre dois eleitores sem quebra de segredo do voto;

 3) Para se verificar se não houve adulteração no boletim final seria
necessário:

  - que o último eleitor saiba que ele é o último eleitor;
  - que esse indivíduo, e somente ele, tome a iniciativa de verificar o
boletim final. Mesmo assim, vai ser a palavra dele contra a do TSE: em
caso de diferença não há nenhum documento que prove a boa fé desse
eleitor, daí já viu!

 Tem algum tempo atrás eu propuz aqui um esquema muito mais barato onde
o eleitor verifica ele mesmo a computação do voto utilizando um esquema
de código de barras e cédulas especiais, só lisíveis na cabine de
votação via uso de um filtro quelquer. Aparentemente a idéia não teve
grande repercussão aqui. Na minha opinião porque dispensa essas arapucas
eletrônicas que são tão chics...
 
 Abraços, Paulo.
 

Gil Carlos Vieira de Rezende a écrit :
> 
>     E se cada urna apurasse os votos já conferidos naquela urna, em tempo
> real?
> 
>     Explico: você vota para vereador em Zé Pretinho. Ao confirmar no
> primeiro toque (necessita-se duas confirmações), aparece lá os votos já
> conferidos ao Zé.
> 
>     Se for o primeiro voto dele, aparece os votos dados aos seis ou aos dez
> primeiros, um sub-total dos dados para outros, e um 0 para o Zé Pretinho, e
> obviamente, mais o total. Ou até mesmo, os votos dados para todos os
> candidatos, desde que já votados.
> 
>     Ao se confirmar pela segunda vez, aparece o dígito de votos do Zé sendo
> virado para mais um, assim como o total de votos já apurados naquela urna.
> 
>     Haveria, é lógico, uma certa influência dos votos já dados no começo da
> votação. Mas acho que este mecanismo é válido, como controle ou como
> incentivo ao voto logo de manhã.
> 
>     Críticas? Aguardo e comento. GIL.

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