Caro Alberto Molina,

Eu já não gosto de fazer essa separação. Na verdade, o bom e o ideal seria
que os livros e os cursos de introdução à lógica primeiro recuperassem no
começo dos capítulos ou seções as reflexões filosóficas que motivaram a
abordagem e depois podem entrar nos formalismos cada vez mais.

Por exemplo, em um primeiro capítulo, um livro pode falar da maiêutica,
depois um pouco da escola megárica, do Organon e depois dos estóicos. Outro
exemplo: quando se vai introduzir a noção de valoração, pode-se falar ainda
que en passant do problema da batalha naval.

Em 9 de abril de 2012 15:52, Jorge Alberto Molina <mol...@unisc.br>escreveu:

> Prezado Tony: Sua sugestão é razoável se se trata de cursos de graduação
> em computação e em matemática. Para o caso de um curso de graduação em
> Filosofia eu me posiciono em contra. Aí eu começaria por um curso de Lógica
> informal e depois seguiria com um curso de Lógica clássica de primeira
> ordem. Extensões da lógica clássica e lógicas divergentes deixaria para
> pós-graduação. Um abraço. Jorge Molina
>
> ________________________________________
> De: logica-l-boun...@dimap.ufrn.br [logica-l-boun...@dimap.ufrn.br] em
> nome de Tony Marmo [marmo.t...@gmail.com]
> Enviado: segunda-feira, 9 de abril de 2012 14:11
> Para: Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de
> LOGICA
> Assunto: [Logica-l] ENSINO DE LÓGICA, POR QUAL LÓGICA COMEÇAR?
>
> Aos mestres, colegas e amigos,
>
> Existe uma tradição, mesmo em centros onde lógicas não-clássicas são
> estudadas aprofundadamente, de iniciar o estudo da lógica por uma
> apresentação à lógica clássica.
> Depois, conforme a escola de pensamento seguida, estudam-se outras lógicas
> e apresenta-se inclusive a ideia de que a lógica clássica pode ser vista
> como um caso particular de outras lógicas.
>
> A pergunta que faço é a seguinte: por que não começar os cursos de
> introdução por uma lógica ou por uma perspectiva não-clássica. Por exemplo,
> por lógicas multi-valentes e mostrando como os sistemas bi-valentes são
> casos particulares? Ou então pela lógica intuicionista? Ainda que faltem em
> um ou outro caso textos mais acessíveis, deve ser possível confeccioná-los.
>
> O que acham?
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