Segundo outros entendem, também Aristóteles acreditava somente no infinito 
potencial. Ver link abaixo:

http://sites.middlebury.edu/fyse1229pisapati/mathematical-work/potential-infinite-v-actual-infinite/


> On 30 Oct 2018, at 09:08, Joao Marcos <botoc...@gmail.com> wrote:
> 
> (Um colega me pediu para esclarecer ---offlist--- o ponto 1 abaixo.
> Copio aqui a resposta que enviei a ele; talvez os demais colegas da
> lista tenham suas próprias intuições / opiniões a este respeito?)
> 
>> 1 - A "crença" no infinito atual não é necessária ao citado resultado
>> de Cantor; os conjuntos em questão são recursivos e a bijeção pode ser
>> definida recursivamente.
> [...]
>>> Pergunta:
>>> no seu argumento contra o Olavo além de indicar a bijecao f(x)=2x,
>>> que para mim é o suficiente, você mencionou o fato dessas funções
>>> serem recursivas. Por quê?
> 
> Obrigado pela pergunta.  A primeira (e principal?) crítica feita por
> Olavo era de que o argumento cantoriano só funcionava se baseado no
> infinito "atual", completado, e ruiria caso considerássemos como
> _real_ apenas o infinito "potencial".  As funções recursivas, a meu
> ver, não necessitam do infinito atual, dado que são baseadas em
> relações bem-fundadas: a cada passo é possível entender o que se passa
> reduzindo este passo a uma sequência limitada e bem definida de passos
> anteriores.  Assim, a função bijetora em questão, sendo recursiva,
> pode ser definida _até onde for necessário_, isto é, apenas *de forma
> potencial*.
> 
> Cantor subescrevia a filosofia platonista, mas não penso que isto seja
> fundamental na defesa de seu trabalho e de sua teoria.  De fato, os
> construtivistas parecem estar do meu lado, neste ponto:
> https://en.wikipedia.org/wiki/Actual_infinity#Opposition_from_the_Intuitionist_school
> 
> Foi isso que eu pretendi sugerir com a minha observação.
> 
> Joao Marcos
> 
> 
>> 2 - A bijeção pode ser estabelecida tanto entre os signos (numerais)
>> quanto entre suas denotações (números).  São duas demonstrações
>> distintas, claro, e qualquer uma das duas leva ao mesmo "assombro".
>> 
>> 3 - A definição da bijeção não precisa depender de uma ordem imposta
>> sobre os conjuntos subjacentes.
>> 
>> 4 - Os pares podem ser facilmente definidos usando os naturais (ou
>> mais propriamente os inteiros), tanto recursivamente quanto em forma
>> fechada; reciprocamente, os naturais também podem ser "definidos", se
>> alguém preferir como "as metades dos pares"; a escolha de quem é o
>> domínio e de quem é o contra-domínio da bijeção é uma mera questão de
>> conveniência, que não faz nenhuma diferença do ponto de vista do
>> resultado e da teoria cantoriana.
>> 
>> 5 - O "problema da parte e do todo" pode ser evitado reformulando a
>> demonstração como uma bijeção que é apresentada, digamos, entre os
>> números naturais e os números racionais da forma n/2, com n natural;
>> nenhum dos dois conjuntos é uma "parte" do outro.  Ao terminar a
>> demonstração, se quiser, você pode trocar todas as ocorrências de n/2
>> por ocorrências de 2n.  Voilà.
>> 
>> Para o benefício do alegado filósofo, não estou aqui apresentando
>> "demonstrações" (nem muito menos "refutações"), mas apenas sugestões
>> de estudo para que ele possa eliminar suas confusões, que são de fato
>> bastante simples.  Se o Olavo não entender esta matemática "profunda",
>> contudo, sempre pode pedir a seu irmão matemático para lhe ajudar a
>> entender.
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> 
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