Saudações a todos. Permito-me dar alguns "pitacos".

1. A ideia de que um conjunto é infinito quando ele é similar a uma parte 
própria sua vem, salvo engano, de Dedekind (no *Was sind und wie sollen die 
Zahlen?*). Na verdade, trata-se de uma *definição* do infinito.
2. Cantor subscreve a essa ideia e a utiliza nos seus artigos. Cantor 
defendeu que o infinito potencial, no sentido rigoroso, pressupõe o 
infinito atual. Essa é a posição que me parece atacável do ponto de vista 
filosófico.
3. Concordo com o João Marcos: a crença cantoriana no infinito "atual" é 
"irrelevante" para embasar o cálculo por ele introduzido (isso soa, a 
propósito, bastante "wittgensteiniano")
4. (3) não implica que não se possa atacar a definição de Dedekind e a 
defesa de Cantor do infinito atual do ponto de vista filosófico.
5. Eu não estou defendendo, obviamente, as ideias do OC, só estou dizendo 
que elas não estão erradas "já de partida".
6. Se a negação do infinito atual implica que não há *totalidades *infinitas, 
então é claro que não há, em particular, totalidades que possuem partes 
próprias similares a ela e, portanto, vale o Axioma 5 de Euclides.

Abraço,

Anderson

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