2008/10/1 pedro rezende <[EMAIL PROTECTED]>: >(...) > Na prática (economicamente) o modelo FOSS já venceu o proprietário na > batalha evolutiva do negócio no varejo; A questão importante passou a ser: > em quê o legado FOSS vai se transformar, na medida em que a computação > ubíqua avança, a partir do contexto atual. Ou seja, como o FOSS vai ser > cooptado/apropriado/transapropriado pelos modelos negociais e estruturas de > poder hora dominantes.
Já faz um tempo que alguns economistas acretitam que cada um pode ser rico sem que para isso precise fazer alguém empobrecer no seu lugar. Segundo eles, o caminho está em criar ao invés de competir, já que a riqueza se dá em forma de bens (os quais trocamos por dinheiro), e não o dinheiro em si. Se mais bens estiverem disponíveis a um baixo custo (devido ao avanço das técnicas de produzir bens com muito pouco), o acumulo de bens não se faz necessário (já que acumular só faz sentido na escacez). Esse mesmo pessoal defende que o que gera riqueza é a capacidade de criar a partir da habilidade de influenciar a própria realidade (através da sua interação com o mundo ao redor). Competir não gera riqueza, pois toma algo de alguém para si, gerando escacez em algum outro lugar. Dessa forma a pessoa que toma a riqueza para si tem que criar um mecanismo para reter a riqueza consigo, de forma que ela não seja atraída para onde está a escacez. Ou seja, ela precisa acumular. O que mata a economia são as pessoas improdutivas que não têm outra opção além da competição violenta pelos recursos gerados por uma pequeno núcleo produtivo. Falta de inteligência econômica, e falta de inteligência geral. Poucas pessoas produzindo bens que serão disputados entre todos não pode mesmo dar certo. Alguém que entende isso consegue criar valor ao seu redor. Ao invés de tomar para si um valor que já estava no mundo material, ele tira um valor que estava no seu mundo interior e a transforma em algo que tem valor no mundo exterior, em troca de dinheiro. Como o valor do que ele acabou de criar gera mais valor do que o que ele recebeu em dinheiro, ele consegue clientes. Como ele usa esse dinheiro para obter mais coisas que irão enriquecer seu mundo criativo interior, o ciclo não se quebra. Eu compartilho dessa visão, e acretido que a solução para os problemas do mundo é mais uma questão de fazer com que todo ser humano seja produtivo, do que conseguir um modelo para si onde ao invés de acabar com a escacez, você cria mais dela em algum lugar. Como acretido que a humanidade caminha para descobrir as verdades no mundo, acredito que em algum momento este pessamento terá sido percebido pela maioria. Este momento não será mais um momento de escacez. Nesse momento, se o Software Livre não tiver sobrevivido ao nosso tempo, ele será recriado, já que possibilita que todos usem seu momento criativo para gerar um valor que não estava lá antes. Eu sou muito otimista, de dar raiva. Eu acho que estamos prestes a descobrir isso tudo em conjunto, e o Sofware Livre só vai ganhar força. Vai ter muita gente falando mal do Software Livre no caminho. Gente que abriu uma empresa de SL e predeu dinheiro. Gente que escolheu usar o SL para tomar o mercado de alguém, ao invés de criar valor onde não havia. Mas no geral, o Sofware Livre continua. E acho que vai ficar cada vez mais fácil, pois as pessoas estão ficando cada vez mais espertas e percebendo isso. O que vocês acham disso? -- Glauber Machado Rodrigues PSL-MA jabber: [EMAIL PROTECTED] música livre é bem melhor: http://www.jamendo.com _______________________________________________ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil