[obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] demonstrações

2010-05-14 Por tôpico Paulo Barclay Ribeiro
Valeu Pedro. muito agradecido.
 
Um abraço
 
Paulo

--- Em dom, 9/5/10, pedro barboza pedrohgbarb...@hotmail.com escreveu:


De: pedro barboza pedrohgbarb...@hotmail.com
Assunto: [obm-l] RE: [obm-l] demonstrações
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Data: Domingo, 9 de Maio de 2010, 21:17




Motivação:
então temos que encontrar P e Q tais que , num intervalo limitado por A e B ,  
onde AB , a desigualdade  
AP/QB seja satisfeita.
 
A*Q  P  B*Q , ou seja dados dois números A e B, devemos garantir que ao 
multiplica-los por um inteiro Q exitirá um inteiro P entre eles.
 
Prova:
Assim se B-A é o ´´tamanho´´ do intervalo, ao multiplicá-lo por um inteiro 
suficientemente grande tal que Q*(B-A)10 (ou qualquer outro natural) teremos 
que Q*B 10 + Q*A , assim, teremos pelo menos 10 inteiros tais que Q*B  P  
Q*A =  BP/QA

e no meio desses tem um irracional que, ao ser dividido por Q se manterá 
irracional e também irá satisfazer BIA

acho q é isso pras duas primeiras




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AQUI. 


  

[obm-l] Re: [obm-l] demonstrações

2009-04-30 Por tôpico Paulo Santa Rita
Ola Johnson e demais colegas
desta lista ... )BM-L,

Em primeiro lugar, parabens pela sua escolha ! O livro ao qual voce se
refere, EM MINHA OPINIAO, e a melhor introducao a Analise produzida
por um brasileiro ... Prossiga nele. E no caso de alguma duvida,
publique-a aqui, pois nesta lista ha muitas pessoas que apreciam a
Analise Matematica.

Em segundo lugar, uma dificuldade inicial e absolutamente normal e um
caminho valido, mesmo louvavel, e justamente o pelo qual parece que
voce encetou, vale dizer, ler e reler tantas vezes quantas forem
necessarias ao um entendimento pleno. Tenha certeza que preguicoso nao
aprende matematica avancada ... e com o passar do tempo, voce
prosseguindo num estudo sistematico, tudo vai ficando mais familiar e
mais facil.

Mas e muito importante que apos uma leitura voce seja capaz de
responder a pergunta : exatamente e com precisao, o que eu nao estou
entendendo ? Nao adiantA ler, nao entender e nao ser capaz de
identificar QUE PARTE DA DEMONSTRACAO NAO ENTENDEU. Por exemplo, eu
quase apostaria que a dificuldade que voce sente na demonstracao
mencionada e que voce ainda nao percebeu que os conceitos de funcao
injetiva, bijetiva e inversa SAO  ANTERIORES a definicao de numero
natural.

Rigorosamente falando, nao existe tecnicas de demonstracao. A
demonstracao e a maneira como nos provamos, de forma irrefutavel,
aquilo que vemos, independente dos meios pelos quais chegamos a ver
aquilo que desejamos demonstrar. O que existe e um tipico modo de
pensar relativo a uma area do conhecimento. Por exemplo : um Analista
costuma usar, muito, a ideia de LIMITE, pois a maioria dos conceitos
com que ele rotineiramente trabalha ( diferenciabilidade,
integrabilidade, etc ) foram, originalmente, definidas usando este
conceito; um algebrista, por outro lado,  vai procurar caracterizar as
coisa pela ideia de GRUPO, um conceito que na Algebra desempenha papel
equivalente ao de LIMITE em Analise. E assim sucessivamente.

EU ACREDITO  que e altamente saudavel a pessoa estudar ao menos dois
ramos relativamente distantes, pois a grandes ideias costumam
surgir, justamente, da convergencia de mais de um ramo. No seu caso,
por exemplo, tente se concentrar em Algebra e Analise.

Em sintese, o que voce deve fazer e justamente o que esta fazendo e
propor aqui as demonstracoes que nao entendeu MENCIONANDO
EXPLICITAMENTE o ponto onde esta a sua duvida.

Um abraco
PSR,53004091230

2009/4/30 johnson nascimento johnson_h...@yahoo.com.br:
 Olá amigos!
 Eu venho aqui na humildade pedir dicas de como melhorar minhas tecnicas em
 demonstrações. Sendo sincero com voces, tenho muita mais muita dificuldade
 em entender as demonstrações dos livros e se em cada demonstração eu parar
 quase 5,6 ou ate 15 dias para entender eu não termino o livro.
 Eu estou lendo o livro do Elon Lages um curso de analise. O fato é que eu ja
 compreendo tudo de forma intuitiva e sei fazer todos os exercicios mais de
 uns anos para ca eu estou interessado em adquirir tecnicas de demonstração
 pois para mim é o que tem de mais lindo na matematica.

 Ja conseguir entender como funciona o metodo axiomatico as custas de muito
 esforço já li livros de logica e tenho um livro da teoria dos conjuntos que
 ja li e é show mais, o fato é que não consigo entender as demonstrações de
 forma imediata.
 Eu agora estou tentando enteder a demonstração de um teorema no comecinho do
 livro 1 que fala sobre uma bijeção b: A - I tal que I = {p pertence N : 1
 p n}  sendo A contido em I então A = I. E vou dizer as voces ta roça.

 O que devo fazer para realmente ficar bom nisso e não perder tanto tempo
 conseguindo vizualizar a demonstração quase que imediatamente?
 Obrigado
 
 Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 -
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Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] demonstrações

2009-04-30 Por tôpico Denisson
Bem, basicamente demonstrar resultados depende de:

1- Talento
2- Prática
3- Conhecimento de ferramentas diferentes.

O primeiro item não há nada o que você possa fazer. O talento vem do berço e
você estará limitado ao que foi designado pra vc.
Quanto ao segundo basta você estudar matemática (ou até física) sempre lendo
as demonstrações e tentando reproduzir/criar as demonstrações. Talvez se
está muito dificil entender análise vc pode tentar ler outros livros pra
começar a pegar a manha. Acredito que um livro de Teoria dos Números seria
interessante (procura o livro do Plínio de Oliveira, custa uns 30 reais).

O item 3 quer dizer que não adianta o quão inteligente vocÊ seja, se vc não
domina certas ferramentas vc nunca será capaz de provar determinados
resultados. É mais ou menos como estudar equações diferenciais parciais sem
saber nem derivar. É preciso primeiro ser introduzido a esse conceito e
outros, pra depois ser capaz de chegar aos resultados mais complexos.

Ajuda também você dar uma lida sobre principio da indução, contrapositiva,
prova direta, prova por absurdo... O método da indução por exemplo se você
dominar muito bem facilita muito.









2009/4/30 Paulo Santa Rita paulo.santar...@gmail.com

 Ola Johnson e demais colegas
 desta lista ... )BM-L,

 Em primeiro lugar, parabens pela sua escolha ! O livro ao qual voce se
 refere, EM MINHA OPINIAO, e a melhor introducao a Analise produzida
 por um brasileiro ... Prossiga nele. E no caso de alguma duvida,
 publique-a aqui, pois nesta lista ha muitas pessoas que apreciam a
 Analise Matematica.

 Em segundo lugar, uma dificuldade inicial e absolutamente normal e um
 caminho valido, mesmo louvavel, e justamente o pelo qual parece que
 voce encetou, vale dizer, ler e reler tantas vezes quantas forem
 necessarias ao um entendimento pleno. Tenha certeza que preguicoso nao
 aprende matematica avancada ... e com o passar do tempo, voce
 prosseguindo num estudo sistematico, tudo vai ficando mais familiar e
 mais facil.

 Mas e muito importante que apos uma leitura voce seja capaz de
 responder a pergunta : exatamente e com precisao, o que eu nao estou
 entendendo ? Nao adiantA ler, nao entender e nao ser capaz de
 identificar QUE PARTE DA DEMONSTRACAO NAO ENTENDEU. Por exemplo, eu
 quase apostaria que a dificuldade que voce sente na demonstracao
 mencionada e que voce ainda nao percebeu que os conceitos de funcao
 injetiva, bijetiva e inversa SAO  ANTERIORES a definicao de numero
 natural.

 Rigorosamente falando, nao existe tecnicas de demonstracao. A
 demonstracao e a maneira como nos provamos, de forma irrefutavel,
 aquilo que vemos, independente dos meios pelos quais chegamos a ver
 aquilo que desejamos demonstrar. O que existe e um tipico modo de
 pensar relativo a uma area do conhecimento. Por exemplo : um Analista
 costuma usar, muito, a ideia de LIMITE, pois a maioria dos conceitos
 com que ele rotineiramente trabalha ( diferenciabilidade,
 integrabilidade, etc ) foram, originalmente, definidas usando este
 conceito; um algebrista, por outro lado,  vai procurar caracterizar as
 coisa pela ideia de GRUPO, um conceito que na Algebra desempenha papel
 equivalente ao de LIMITE em Analise. E assim sucessivamente.

 EU ACREDITO  que e altamente saudavel a pessoa estudar ao menos dois
 ramos relativamente distantes, pois a grandes ideias costumam
 surgir, justamente, da convergencia de mais de um ramo. No seu caso,
 por exemplo, tente se concentrar em Algebra e Analise.

 Em sintese, o que voce deve fazer e justamente o que esta fazendo e
 propor aqui as demonstracoes que nao entendeu MENCIONANDO
 EXPLICITAMENTE o ponto onde esta a sua duvida.

 Um abraco
 PSR,53004091230

 2009/4/30 johnson nascimento johnson_h...@yahoo.com.br:
  Olá amigos!
  Eu venho aqui na humildade pedir dicas de como melhorar minhas tecnicas
 em
  demonstrações. Sendo sincero com voces, tenho muita mais muita
 dificuldade
  em entender as demonstrações dos livros e se em cada demonstração eu
 parar
  quase 5,6 ou ate 15 dias para entender eu não termino o livro.
  Eu estou lendo o livro do Elon Lages um curso de analise. O fato é que eu
 ja
  compreendo tudo de forma intuitiva e sei fazer todos os exercicios mais
 de
  uns anos para ca eu estou interessado em adquirir tecnicas de
 demonstração
  pois para mim é o que tem de mais lindo na matematica.
 
  Ja conseguir entender como funciona o metodo axiomatico as custas de
 muito
  esforço já li livros de logica e tenho um livro da teoria dos conjuntos
 que
  ja li e é show mais, o fato é que não consigo entender as demonstrações
 de
  forma imediata.
  Eu agora estou tentando enteder a demonstração de um teorema no comecinho
 do
  livro 1 que fala sobre uma bijeção b: A - I tal que I = {p pertence N :
 1
  p n}  sendo A contido em I então A = I. E vou dizer as voces ta roça.
 
  O que devo fazer para realmente ficar bom nisso e não perder tanto tempo
  conseguindo vizualizar a demonstração quase que imediatamente?
  Obrigado
  

[obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Lucas,

Gostei do exemplo. Ele poderia ser generalizado e formalizado como um
teorema? Pode me indicar links ou bibbliografia sobre o tema?

Um abraço,

Sérgio

- Original Message - 
From: Lucas Prado Melo [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Sunday, December 23, 2007 1:39 PM
Subject: Re: [obm-l] Demonstrações


 On Dec 16, 2007 11:56 PM, Sérgio Martins da Silva [EMAIL PROTECTED]
wrote:
  Doutores,
 
  Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
  demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
  demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os
requisitos,
  condições, etc ?
 
  Abraços,
 
  Sérgio
 
 Oi,
 Se eu estiver errado, por favor me corrijam,
 Demonstrar que uma demonstração é válida é provar que a conclusão
 deriva das premissas. (isso é lógica matemática)
 Se, ao analisarmos uma prova a partir de suas premissas, chegamos (por
 implicações sempre verdadeiras (também chamadas tautológicas)) à mesma
 conclusão que a prova chegou, então a prova é válida, caso contrário
 não.
 Uma prova é dita completa quando não existem axiomas não declarados
 (se eu não me engano).
 Ex:
 Se Alberto viajar e Bruno ir à praia
 Então Daniel vai ao mercado
 Prova:
 Sabemos isso também:
 - Se Alberto vai viajar e Bruno ir à praia, então Creuza vai limpar a
 casa de Alberto
 - Se Daniel não vai ao mercado, então Creuza não vai limpar a casa de
 Alberto ou Alberto não vai viajar
 Por lógica matemática:
 A := Alberto ir viajar
 B := Bruno ir à praia
 C := Creuza ir limpar a casa de Alberto
 D := Daniel ir ao mercado
 Temos:
 A e B e ( A e B - C ) e ( ¬D - ¬C ou ¬A )
 Usando algumas regras de lógica:
 ( ¬D - ¬C ou ¬A ) = ( A e C - D )
 A e B e ( A e B - C ) = C
 A e C e ( A e C - D ) = D
 Ou seja, D é verdade...

 Resumindo (para não-leigos): uma prova é válida sse a conjunção das
 premissas implica a conclusão da prova.

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Res: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re : [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Rodrigo Cientista
Acredito que o que o albert quer dizer é o seguinte: o problema do milênio 
relacionado aos problemas NP é demonstrar que um problema NP pode ser expresso 
em termos de um problema P (mas não necessariamente dar um exemplo disso).

Imagine uma empresa de entregas que deseja minimizar seus custos de frete, 
devendo-se para tal determinar qual a menor rota entre um município brasileiro 
e outro, passando por todos, nos seguinte termos:

Tempo para ir do município A ao B: x horas
Tempo para ir do município A ao C: y horas
Tempo para ir do município A ao D: z horas
.
.
.
Tempo para ir do município Y ao Z: n horas

supondo 27 municípios que permitam um caminho entre cada um deles, isto é, cada 
um se combina com todos os demais, todos formam duplas com todos, pra efeitos 
de simplificação.

neste sentido, todas rotas possíveis são em número = 27!

claramente a cada incremento de um município teremos um incremento muito maior 
de rotas a serem examinadas por um programa computacional qualquer, sendo este 
um problema com tempo de processamento não polinomial (NP)

agora imagine um problema em que pede-se pra calcular o tempo médio de cada 
rota que parte de A e termina em A, tal que cada rota seguinte seja escolhida 
dentre as com menor tempo, passando por todos os municípios pelo menos uma vez. 
Se formos aumentando o número de municípios o tempo de processamento crescrerá 
aritmeticamente. Este é um problema com tempo de processamento polinomial (P).

existe alguma forma de contruir-se uma máquina capaz de resolver problemas 
não-polinomiais como esses em tempos polinomiais? 

o problema do milênio pede que se demonstre apenas a possibilidade, não que se 
dê um exemplo concreto, acho q era isso que o albert estava querendo dizer com 
demonstração de demonstração, o que em última análise poderia ser melhor 
expresso como demonstração de possibilidade


- Mensagem original 
De: Sérgio Martins da Silva [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Domingo, 23 de Dezembro de 2007 18:21:50
Assunto: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

Caros Rodrigo e arcguede,

Poderiam me esclarecer o que demonstração de uma demonstração tem a ver com
problemas NP? Qual bibliografia recomendam sobre isso?

Abraços,

Sérgio

- Original Message - 
From: [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Tuesday, December 18, 2007 12:46 AM
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações


 Acredito que o problema NP seja provar que existe ou não uma forma
 matemática, objetiva, de transformar problemas NP (com tempo de
 processamento não polinomial) em problemas P (tempo de processamento
 polinomial). Correto?

 qual seria a remissão a que você se referiu?

 - Original Message - 
 From: [EMAIL PROTECTED]
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Sent: Monday, December 17, 2007 2:16 AM
 Subject: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações


  Acho que isso nos remete ao terceiro problema do milênio -  o problema
  NP.
 
  [EMAIL PROTECTED] escreveu:
  Acredito que uma demonstração de demonstração seria algo como
  chover no molhado. Uma demonstração está correta se, em última
  instância, está de acordo com os axiomas mais básicos da matéria.
  Então, uma demonstração de demontração recorreria, também em última
  análise, exatamente aos mesmos axiomas, sendo assim redundante.
 
  Se você fala inglês, aqui está um fórum onde há diversos debates
  interessantes sobre esses assuntos, além de resolução técnica de
  questões de matemática, física química, engenharia em geral, etc...
 
  http://www.physicsforums.com/
 
  abraços
 
  - Original Message - From: Sérgio Martins da Silva
  [EMAIL PROTECTED]
  To: Lista OBM obm-l@mat.puc-rio.br
  Sent: Sunday, December 16, 2007 10:56 PM
  Subject: [obm-l] Demonstrações
 
 
  Doutores,
 
  Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
  demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
  demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os
  requisitos,
  condições, etc ?
 
  Abraços,
 
  Sérgio
 
 
=
 
  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
  http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 
=
 
 
 
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  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
  http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 
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  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
  http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 
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 Instruções para entrar na

Re: [obm-l] Res: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-23 Por tôpico Maurício Collares
On Dec 23, 2007 11:04 PM, Rodrigo Cientista
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 claramente a cada incremento de um município teremos um incremento muito 
 maior de rotas a serem
 examinadas por um programa computacional qualquer, sendo este um problema com 
 tempo de
 processamento não polinomial (NP)

Só uma observação pedante: NP não significa não-polinomial. NP é a
classe de todos os problemas que podem ser resolvidos em tempo
polinomial numa máquina de Turing não-determinística. Uma formulação
alternativa é a seguinte: um problema está na classe de complexidade
NP se, dada uma possível resposta, uma máquina de Turing
determinística consegue *verificar* a veracidade da mesma em tempo
polinomial. Em particular, a classe de complexidade NP contém a classe
de complexidade P, que é a classe dos problemas que podem ser
resolvidos em tempo polinomial por uma máquina de Turing
determinística.

Existe também a classe dos problemas NP-difíceis, que pode ser
descrita assim: Se um computador pudesse resolver um problema
NP-difícil (basta saber resolver um tipo de problema), ele poderia
resolver qualquer problema da classe NP em tempo polinomial. Além
disso, a classe NP-completo é a interseção da classe NP com a classe
NP-difícil.

Quanto a pergunta original, não consegui entender a relação da classe
de complexidade NP com a dúvida do Sérgio (se alguém pudesse me mandar
alguma referência sobre isso, ficaria agradecido), mas existem coisas
interessantes quanto a verificação computadorizada de provas de
teoremas; o programa mais famoso para fazer isso é o Coq. Além disso,
existe um site bastante interessante chamado Metamath
(http://us.metamath.org) com um monte de proposições matemáticas
escritas de um modo bastante cru, propício para verificação
automática. Dá pra perder horas clicando nas várias proposições até
chegar aos axiomas ZFC.

--
Abraços,
Maurício

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-17 Por tôpico rodrigocientista
Acredito que o problema NP seja provar que existe ou não uma forma 
matemática, objetiva, de transformar problemas NP (com tempo de 
processamento não polinomial) em problemas P (tempo de processamento 
polinomial). Correto?


qual seria a remissão a que você se referiu?

- Original Message - 
From: [EMAIL PROTECTED]

To: obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Monday, December 17, 2007 2:16 AM
Subject: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações


Acho que isso nos remete ao terceiro problema do milênio -  o problema 
NP.


[EMAIL PROTECTED] escreveu:

Acredito que uma demonstração de demonstração seria algo como
chover no molhado. Uma demonstração está correta se, em última
instância, está de acordo com os axiomas mais básicos da matéria.
Então, uma demonstração de demontração recorreria, também em última
análise, exatamente aos mesmos axiomas, sendo assim redundante.

Se você fala inglês, aqui está um fórum onde há diversos debates
interessantes sobre esses assuntos, além de resolução técnica de
questões de matemática, física química, engenharia em geral, etc...

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abraços

- Original Message - From: Sérgio Martins da Silva
[EMAIL PROTECTED]
To: Lista OBM obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Sunday, December 16, 2007 10:56 PM
Subject: [obm-l] Demonstrações



Doutores,

Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os
requisitos,
condições, etc ?

Abraços,

Sérgio

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[obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-16 Por tôpico rodrigocientista
Acredito que uma demonstração de demonstração seria algo como chover no 
molhado. Uma demonstração está correta se, em última instância, está de 
acordo com os axiomas mais básicos da matéria. Então, uma demonstração de 
demontração recorreria, também em última análise, exatamente aos mesmos 
axiomas, sendo assim redundante.


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interessantes sobre esses assuntos, além de resolução técnica de questões de 
matemática, física química, engenharia em geral, etc...


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abraços

- Original Message - 
From: Sérgio Martins da Silva [EMAIL PROTECTED]

To: Lista OBM obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Sunday, December 16, 2007 10:56 PM
Subject: [obm-l] Demonstrações



Doutores,

Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os 
requisitos,

condições, etc ?

Abraços,

Sérgio

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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2007-12-16 Por tôpico [EMAIL PROTECTED]
Acho que isso nos remete ao terceiro problema do milênio -  o problema NP.

[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Acredito que uma demonstração de demonstração seria algo como
 chover no molhado. Uma demonstração está correta se, em última
 instância, está de acordo com os axiomas mais básicos da matéria.
 Então, uma demonstração de demontração recorreria, também em última
 análise, exatamente aos mesmos axiomas, sendo assim redundante.

 Se você fala inglês, aqui está um fórum onde há diversos debates
 interessantes sobre esses assuntos, além de resolução técnica de
 questões de matemática, física química, engenharia em geral, etc...

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 abraços

 - Original Message - From: Sérgio Martins da Silva
 [EMAIL PROTECTED]
 To: Lista OBM obm-l@mat.puc-rio.br
 Sent: Sunday, December 16, 2007 10:56 PM
 Subject: [obm-l] Demonstrações


 Doutores,

 Penso que a palavra mais comum nesta lista e, quiçá, da matemática é
 demonstração. Por isto, gostaria de saber como se demonstra que uma
 demonstração está correta. E mais, que é completa. Quais são os
 requisitos,
 condições, etc ?

 Abraços,

 Sérgio

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[obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2003-04-05 Por tôpico Wagner
Title: Mensagem



Oi para todos!

TEOREMA: Se a é umnº naturalque não é 
um quadrado perfeito, sqrt(a) é irracional
PROVA: Suponha por absurdo que sqrt(a) é racional. 
Logo sqrt(a) pode ser escrito na forma p/q , mdc(p,q)=1
Logo existe solução racionalpara p e q tais 
que mdc(p,q)=1para a=p^2/q^2 = a.q^2 = p^2 . a,p,q são 
inteiros.
Logop é divisível por a. Logo p = a.r para 
algum valor inteiro de r . Logo a^2.r^2 = a.q^2 = q^2 = a.r^2 . a,q,r 
são
inteiros .Segue que q é divisível por a. Como a não 
é quadrado perfeito, a1 . Logo mdc(p,q)1 . Absurdo !
PROPRIEDADE: Se a é irracional, sqrt(a) também é 
irracional

Usandoesses teoremas acima fica fácil provar 
os 2 primeiros

1)Eleve ( sqrt(3) + sqrt(5)) ao quadrado, você terá 
8 + 2sqrt(15) que é irracional pois sqrt(15) é irracional, uma vez 
que
15 não é quadrado perfeito, logo sqrt(8 + 
2sqrt(15)) = sqrt(3) + sqrt(5) é irracional.
2)(sqrt(p) + sqrt(q))^2 = p+q + 2sqrt(p.q) . Como p 
e q são primos distintos p.q não é quadrado perfeito, logo sqrt(p) + 
sqrt(q)é irracional

André T.



  - Original Message - 
  From: 
  Hely Jr. 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, April 03, 2003 10:58 
  PM
  Subject: [obm-l] Demonstrações
  
  Alguem poderia me 
  ajudar nestas demonstrações
  
  1) sabendo que 
  sqrt(3) e sqrt(5) são irracionais, verifique que sqrt(3) + sqrt(5) é 
  irracional.
  
  2) sejam p 0 e 
  q0 primos distintos. verifique que sqrt(p) + sqrt(q) é 
  irracional
  
  3) se p e q sào 
  inteiros positivos distintos e pelo menos um dos numeros sqrt(p) ou sqrt(q) é 
  irracional, então sqrt(p) + sqrt(q) é tb irracional.
  
  desde ja 
  agradeço


[obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2003-04-05 Por tôpico Artur Costa Steiner
Subject: [obm-l] Demonstrações

Alguem poderia me ajudar nestas demonstrações
 
1) sabendo que sqrt(3) e sqrt(5) são irracionais, verifique que sqrt(3)
+ sqrt(5) é irracional.
 
2) sejam p 0 e q0 primos distintos. verifique que sqrt(p) + sqrt(q) é
irracional
 
3) se p e q sào inteiros positivos distintos e pelo menos um dos numeros
sqrt(p) ou sqrt(q) é irracional, então sqrt(p) + sqrt(q) é tb
irracional.
 
desde ja agradeço

Oi a todos!
Os itens 1 e 2 já foram demonstrados por vários colegas. O 3 , na
realidade, vale se p e q forem racionais, ainda que não necessariamente
inteiros. E não é preciso que sejam distintos. Seja S = sqrt(p) +
sqrt(q) e suponhamos, sem perda de generalidade, que sqrt(q) seja
irracional. Segue-se que sqrt(p) = S - sqrt(q) = p = S^2 - 2S sqrt(q) +
q. Por hipótese, q é racional. Se S for racional, então s^2 é racional e
2S sqrt(q) é irracional, pois, por hipótese, sqrt(q) é irracional. Logo,
= S^2 - 2S sqrt(q) + q é irracional, o que contraria a hipótese de que p
é racional. Disso concluimos que S tem necessariamente que ser
irracional. 
Dito de outra forma: se p e q forem racionais, então sqrt(p) + sqrt(q) é
racional se, e somente se, sqrt(p) e sqrt(q) também o forem.
Artur
  

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2003-04-04 Por tôpico Diego Navarro
 Tomei a liberdade de inserir alguns comentarios em sua mensagem. Espero
que
 voce nao se importe.

Ei, é claro que eu não me incomodo. Eu estou tentando aprender alguma coisa.

Eu achava mesmo que a minha narrativa tinha algum erro: surgiu um resultado
geral demais rápido demais. Na verdade, fiquei com vontade de enviar para a
lista justamente por desconfiar da minha solução. Em todo caso, a minha
escorregada parece ser não ter reduzido os irracionais a alguns números
especiais. E se os separássemos?

Seja A o conjunto das raízes quadradas de números primos. Parece-me que
podemos dizer que:

1) A é subconjunto de I.
2) para quaisquer x,y em A, x+y é irracional.
3) para quaisquer x,y em A, x/y é irracional.

O problema é que não tenho tempo para tentar provar essas três
proposiçõezinhas. Fazendo as pequenas alterações, parece que a prova da
questão 1) vale. Ou não vale?
- Original Message -
From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Friday, April 04, 2003 1:30 AM
Subject: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações


 Caro Diego:



 on 03.04.03 23:53, Diego Navarro at [EMAIL PROTECTED] wrote:

  MensagemSuponha que não existem complexos. Na verdade, isso é mais por
  conveniência, já que não sei nada sobre complexos, mas parece razoável
que a
  soma de dois números reais seja real.
 
  Um número racional é aquele que pode ser expresso pelo quociente de dois
  inteiros p e q. Suponha, por absurdo, que
 
  sqrt(3)+sqrt(5)=p/q
  q(sqrt(3)+sqrt(5))=p
  q*sqrt(3)+q*sqrt(5)=p
 
  Ora, para que a soma q*sqrt(3)+q*sqrt(5) seja inteira, é preciso que
cada
  parcela seja racional

  (big dúvida: será mesmo? Dois números irracionais
  podem ter soma inteira?

 Sim. Por exemplo: 2 + raiz(2) e 2 - raiz(2) sao ambos irracionais mas tem
 soma = 4.

 O problema 1 estah mal formulado, pois da a impressao de que se a e b sao
 irracionais entao a+b eh irracional, o que, pelo exemplo acima, nao eh
 sempre verdade, apesar de ser verdade com a = raiz(3) e b = raiz(5).


  Alguém vai ter que conferir isto aqui). A única
  forma de que isso aconteça é
 
  (i) q=a/sqrt(3)   e q=b/sqrt(5); a e b racionais
 
 
  a/sqrt(3) = b/sqrt(5)
  a*sqrt(5)=b*sqrt(3)
  a/b = sqrt(3)/sqrt(5) --- irracional. Contradizendo (i).
 
 Este argumento eh invalido.
 raiz(3)/raiz(5) eh de fato irracional mas nao decorre simplesmente do fato
 de raiz(3) e raiz(5) serem ambos irracionais.

 Por exemplo, raiz(18) e raiz(2) sao ambos irracionais, mas
raiz(18)/raiz(2)
 = 3, que eh racional.

  É uma demonstração meio trapaceada. Se for válida, é fácil expandir para
  quaisquer primos, já que a sqrt() de um primo é sempre irracional.
 Verdade, mas isso nao foi demonstrado.

 Será que dá para demonstrar que a soma de dois irracionais não pode ser
 racional - excetuando o 0?
 Nao, pois isso nao eh verdade. Vide exemplo acima.

  Um, suponha, por absurdo, que dois números irracionais podem ter soma
  racional diferente de zero.
 
  (i) x + y = p/q
  y=(p-qx)/q
 
  x-y = x - (p-qx)/q = (qx-p-qx)/q=-p/q
 
  Mas por (i), x+y = p/q; logo, -x-y = -p/q
 
  x-y=-x-y == x = -x, o que só vale para 0. E nesse caso, y = p/q, ou
seja,
  racional. Logo, dois números irracionais diferentes de zero  não podem
ter
  soma racional diferente de zero.
 
  Tá, esta segunda parte também parece um pouco trapaceada. Acho que
preciso
  de ajuda. Mas se isto for verdade, a demonstração 3) é trivial, e as
três
  estão respondidas.
 

 A melhor maneira de se resolver os tres problemas de uma vez so eh
provando
 o seguinte resultado mais geral:

 Seja N um inteiro nao negativo. Entao:
 raiz(N) eh racional se e somente se N eh um quadrado perfeito.
 Dem:
 Se N = 0 ou N = 1, o resultado eh obvio. Assim, suponhamos que N = 2.

 Se N eh um q.p., entao existe um inteiro nao negativo M tal que N = M^2.
 Assim, raiz(N) = raiz(M^2) = M, que eh inteiro e, portanto, racional.

 Se raiz(N) eh racional, entao existem inteiros positivos P e Q, primos
entre
 si, tais que raiz(N) = P/Q.
 Isso implica que N = P^2/Q^2, ou seja, P^2 = N * Q^2.
 Naturalmente temos que N divide P^2.
 Por outro lado, como mdc(P,Q) = 1, cada primo que divide P^2 terah
 necessariamente que dividir N. Isso implica que P^2 divide N.
 Assim, concluimos que P^2 e N sao dois inteiros positivos que se dividem
 mutuamente. Logo, sao iguais == N = P^2 eh um quadrado perfeito.
 --

 Repare que provamos um pouco mais do que queriamos, a saber, que se N eh
um
 inteiro nao negativo e raiz(N) eh racional, entao raiz(N) eh inteiro.

 **

 Agora, fica mais facil resolver os problemas.

 Por exemplo, o segundo sai assim:

 p e q primos ==
 p*q nao eh quadrado perfeito (por que?) ==
 raiz(p*q) eh irracional (consequencia do resultado demonstrado acima)

 Suponha que a = raiz(p) + raiz(q) seja racional.
 Entao a^2 = p + q + 2*raiz(p*q) eh racional ==
 (a^2 - p - q)/2 = raiz(p*q) eh racional ==
 contradicao ==
 a = raiz(p) + raiz(q) eh irracional.

 Um abraco,
 Claudio.
 
 
  - Original Message -
  From

[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2003-04-04 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Caro Diego:

Sobre a sua afirmativa:

 Seja A o conjunto das raízes quadradas de números primos. Parece-me que
 podemos dizer que:

 1) A é subconjunto de I.
 2) para quaisquer x,y em A, x+y é irracional.
 3) para quaisquer x,y em A, x/y é irracional.

(1) e (2) são verdadeiras. (3) será verdadeira == x  y.

Repare que este resultado é um corolário do resultado mais geral que eu
provei no meu e-mail anterior:
Seja N um inteiro nao negativo. Entao:
raiz(N) eh racional se e somente se N eh um quadrado perfeito.
uma vez que se p e q são primos distintos então nenhum dos números p, q, p*q
será quadrado perfeito.

Isso pode ser generalizado para raízes n-ésimas:
Seja n um inteiro = 2 e M um inteiro não negativo. Então:
M^(1/n) é racional se e somente se M é igual à n-ésima potência de algum
inteiro.

Tente provar isso quando tiver um tempo. É um bom exercício.

Um abraço,
Claudio.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2003-04-03 Por tôpico Diego Navarro
MensagemSuponha que não existem complexos. Na verdade, isso é mais por
conveniência, já que não sei nada sobre complexos, mas parece razoável que a
soma de dois números reais seja real.

Um número racional é aquele que pode ser expresso pelo quociente de dois
inteiros p e q. Suponha, por absurdo, que

sqrt(3)+sqrt(5)=p/q
q(sqrt(3)+sqrt(5))=p
q*sqrt(3)+q*sqrt(5)=p

Ora, para que a soma q*sqrt(3)+q*sqrt(5) seja inteira, é preciso que cada
parcela seja racional (big dúvida: será mesmo? Dois números irracionais
podem ter soma inteira? Alguém vai ter que conferir isto aqui). A única
forma de que isso aconteça é

(i) q=a/sqrt(3)   e q=b/sqrt(5); a e b racionais


a/sqrt(3) = b/sqrt(5)
a*sqrt(5)=b*sqrt(3)
a/b = sqrt(3)/sqrt(5) --- irracional. Contradizendo (i).

É uma demonstração meio trapaceada. Se for válida, é fácil expandir para
quaisquer primos, já que a sqrt() de um primo é sempre irracional. Será que
dá para demonstrar que a soma de dois irracionais não pode ser racional -
excetuando o 0?

Um, suponha, por absurdo, que dois números irracionais podem ter soma
racional diferente de zero.

(i) x + y = p/q
y=(p-qx)/q

x-y = x - (p-qx)/q = (qx-p-qx)/q=-p/q

Mas por (i), x+y = p/q; logo, -x-y = -p/q

x-y=-x-y == x = -x, o que só vale para 0. E nesse caso, y = p/q, ou seja,
racional. Logo, dois números irracionais diferentes de zero  não podem ter
soma racional diferente de zero.

Tá, esta segunda parte também parece um pouco trapaceada. Acho que preciso
de ajuda. Mas se isto for verdade, a demonstração 3) é trivial, e as três
estão respondidas.



- Original Message -
From: Hely Jr.
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Thursday, April 03, 2003 10:58 PM
Subject: [obm-l] Demonstrações


Alguem poderia me ajudar nestas demonstrações

1) sabendo que sqrt(3) e sqrt(5) são irracionais, verifique que sqrt(3) +
sqrt(5) é irracional.

2) sejam p 0 e q0 primos distintos. verifique que sqrt(p) + sqrt(q) é
irracional

3) se p e q sào inteiros positivos distintos e pelo menos um dos numeros
sqrt(p) ou sqrt(q) é irracional, então sqrt(p) + sqrt(q) é tb irracional.

desde ja agradeço

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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Demonstrações

2003-04-03 Por tôpico Claudio Buffara
Caro Diego:

Tomei a liberdade de inserir alguns comentarios em sua mensagem. Espero que
voce nao se importe.

on 03.04.03 23:53, Diego Navarro at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 MensagemSuponha que não existem complexos. Na verdade, isso é mais por
 conveniência, já que não sei nada sobre complexos, mas parece razoável que a
 soma de dois números reais seja real.
 
 Um número racional é aquele que pode ser expresso pelo quociente de dois
 inteiros p e q. Suponha, por absurdo, que
 
 sqrt(3)+sqrt(5)=p/q
 q(sqrt(3)+sqrt(5))=p
 q*sqrt(3)+q*sqrt(5)=p
 
 Ora, para que a soma q*sqrt(3)+q*sqrt(5) seja inteira, é preciso que cada
 parcela seja racional

 (big dúvida: será mesmo? Dois números irracionais
 podem ter soma inteira?

Sim. Por exemplo: 2 + raiz(2) e 2 - raiz(2) sao ambos irracionais mas tem
soma = 4.

O problema 1 estah mal formulado, pois da a impressao de que se a e b sao
irracionais entao a+b eh irracional, o que, pelo exemplo acima, nao eh
sempre verdade, apesar de ser verdade com a = raiz(3) e b = raiz(5).
 

 Alguém vai ter que conferir isto aqui). A única
 forma de que isso aconteça é
 
 (i) q=a/sqrt(3)   e q=b/sqrt(5); a e b racionais
 
 
 a/sqrt(3) = b/sqrt(5)
 a*sqrt(5)=b*sqrt(3)
 a/b = sqrt(3)/sqrt(5) --- irracional. Contradizendo (i).
 
Este argumento eh invalido.
raiz(3)/raiz(5) eh de fato irracional mas nao decorre simplesmente do fato
de raiz(3) e raiz(5) serem ambos irracionais.

Por exemplo, raiz(18) e raiz(2) sao ambos irracionais, mas raiz(18)/raiz(2)
= 3, que eh racional.
 
 É uma demonstração meio trapaceada. Se for válida, é fácil expandir para
 quaisquer primos, já que a sqrt() de um primo é sempre irracional.
Verdade, mas isso nao foi demonstrado.

Será que dá para demonstrar que a soma de dois irracionais não pode ser
racional - excetuando o 0?
Nao, pois isso nao eh verdade. Vide exemplo acima.
 
 Um, suponha, por absurdo, que dois números irracionais podem ter soma
 racional diferente de zero.
 
 (i) x + y = p/q
 y=(p-qx)/q
 
 x-y = x - (p-qx)/q = (qx-p-qx)/q=-p/q
 
 Mas por (i), x+y = p/q; logo, -x-y = -p/q
 
 x-y=-x-y == x = -x, o que só vale para 0. E nesse caso, y = p/q, ou seja,
 racional. Logo, dois números irracionais diferentes de zero  não podem ter
 soma racional diferente de zero.
 
 Tá, esta segunda parte também parece um pouco trapaceada. Acho que preciso
 de ajuda. Mas se isto for verdade, a demonstração 3) é trivial, e as três
 estão respondidas.
 

A melhor maneira de se resolver os tres problemas de uma vez so eh provando
o seguinte resultado mais geral:

Seja N um inteiro nao negativo. Entao:
raiz(N) eh racional se e somente se N eh um quadrado perfeito.
Dem:
Se N = 0 ou N = 1, o resultado eh obvio. Assim, suponhamos que N = 2.

Se N eh um q.p., entao existe um inteiro nao negativo M tal que N = M^2.
Assim, raiz(N) = raiz(M^2) = M, que eh inteiro e, portanto, racional.

Se raiz(N) eh racional, entao existem inteiros positivos P e Q, primos entre
si, tais que raiz(N) = P/Q.
Isso implica que N = P^2/Q^2, ou seja, P^2 = N * Q^2.
Naturalmente temos que N divide P^2.
Por outro lado, como mdc(P,Q) = 1, cada primo que divide P^2 terah
necessariamente que dividir N. Isso implica que P^2 divide N.
Assim, concluimos que P^2 e N sao dois inteiros positivos que se dividem
mutuamente. Logo, sao iguais == N = P^2 eh um quadrado perfeito.
--

Repare que provamos um pouco mais do que queriamos, a saber, que se N eh um
inteiro nao negativo e raiz(N) eh racional, entao raiz(N) eh inteiro.

**

Agora, fica mais facil resolver os problemas.

Por exemplo, o segundo sai assim:

p e q primos == 
p*q nao eh quadrado perfeito (por que?) ==
raiz(p*q) eh irracional (consequencia do resultado demonstrado acima)

Suponha que a = raiz(p) + raiz(q) seja racional.
Entao a^2 = p + q + 2*raiz(p*q) eh racional ==
(a^2 - p - q)/2 = raiz(p*q) eh racional ==
contradicao ==
a = raiz(p) + raiz(q) eh irracional.

Um abraco,
Claudio.
 
 
 - Original Message -
 From: Hely Jr.
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Thursday, April 03, 2003 10:58 PM
 Subject: [obm-l] Demonstrações
 
 
 Alguem poderia me ajudar nestas demonstrações
 
 1) sabendo que sqrt(3) e sqrt(5) são irracionais, verifique que sqrt(3) +
 sqrt(5) é irracional.
 
 2) sejam p 0 e q0 primos distintos. verifique que sqrt(p) + sqrt(q) é
 irracional
 
 3) se p e q sào inteiros positivos distintos e pelo menos um dos numeros
 sqrt(p) ou sqrt(q) é irracional, então sqrt(p) + sqrt(q) é tb irracional.
 
 desde ja agradeço
 
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
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=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
O administrador 

[obm-l] Re: [obm-l] demonstrações no dia-a-dia

2003-02-25 Por tôpico Cláudio \(Prática\)



Tenho três dúvidas, vejam: 1ª) Um segmento de reta é um exemplo 
de um corpo UNI-dimensional. Um retângulo é um exemplo de um corpo BI- 
dimensional.tetraedro é um exemplo de um corpo TRI-dimensional. E corpos TETRA, 
PENTA Um , HEXA-dimensionais, ou generalizando N-dimensionais como podem ser 
vistos na natureza ou em termos abstratos se for o caso? 
Para 4 ou mais dimensões, o mais simples é usar n-uplas ordenadas de 
números reais para representar pontos no espaço n-dimensional.
Assim, um hiper-cubo de 4 dimensões e aresta = 2 teria por vértices os 16 
pontos da forma (+/-1,+/-1,+/-1,+/-1).

Na natureza eu não conheço nenhum exemplo além do espaço-tempo de 4 
dimensões (uma delas é o tempo) no qual nós vivemos - vide qualquer livro sobre 
teoria da relatividade. No entanto, existem teorias que dizem que o universo tem 
na verdade 10 ou 26 dimensões, mas as 6 ou 22 restantes estão tão "curled up" 
(enroladinhas) que nós não conseguimos percebê-las.


2ª) Eu tinha visto na net há algumas semanas atrás um site (em inglês, mas 
não me lembro o endereço) que dava uma demonstração geométrica (analítica) do 
número imaginário "i". A única coisa que me lembro, foi que a demonstração foi 
feita a partir dos eixos cartesianos e havia uma relação com o ponto P (-1,0). 
Há pouco tempo atrás aqui na lista houve algumas mensagens explicando muito bem 
a parte histórica do número "i" e dos números complexos, mas vocês não falaram 
nada de demonstrações. A única coisa mais próxima disso foi quando disseram que 
o número "i" surgiu quando os matemáticos procuraram resolver a equação raiz 
(-1) = ?. Mas ainda essa passagem eu classifico dentro do contexto histórico do 
nº imaginário e complexo e não uma explicação matemática e "real"(real no 
sentido não matemático). 

Tem um bom artigo sobre isso no livro Meu Professor de Matemática do Elon 
Lages Lima, publicado pela SBM, que fala da relação entre nos. complexos, 
logaritmos, exponenciais e funções trigonométricas.
A meu ver, as propriedades mais importantes dos complexos são os 
seguintes:
1) Além de se somarem como vetores, os complexos têm uma multiplicação com 
uma interpretação geométrica muito clara, que envolve dilatação/contração e 
rotação.
2) Inicialmente introduziu-seos complexos a fim de que todo polinômio 
de 2o. grau com coeficientes reais tenha duas raízes. No 
entanto,descobriu-se que eles eram suficientes para que qualquer polinômio 
de grau n = 1 e com coeficientes complexos tivesse n raízes.Esse 
resultado é o Teorema Fundamental da Álgebra.
3) A extensão dos métodos do cálculopara o domínio dos complexos 
revelou propriedades surpreendentesque não existem no domínio real. Isso 
tem a ver com o fato de que a existência da derivada de uma função complexa é 
uma condição muito mais forte do que a existência da derivada de uma função 
real.


3ª) Uma outra dúvida sobre demosntrações: Se algum leigo em matemática 
pedisse a mim ou a qualquer um de vcs para provar a existência do número Pi eu e 
muitos de vcs diriamos a ele para medir o comprimento de qualquer circunferência 
com uma fita métrica e então dividir o valor por 2*raio. (obs: Se ele não 
soubesse o que era raio era só explicar). Agora pergunto: É possível fazer 
uma demonstração semelhante (em termos de relação com o cotidiano) com o 
logaritmo neperiano (natural) ? 
Medir uma circunferência com uma fita métrica não prova a existência de Pi. 
No máximo dá uma aproximação para o seu valor real.
Pi pode ser definido como a razão entre o comprimento de uma circunferência 
e o seu diâmetro. No entanto, primeiro temos que provar que, para toda e 
qualquer circunferência, a razão entre o comprimento e o diâmetro é 
constante.
A existência de Pi, e, ou de qualquer número real é uma consequência do 
do fato de o conjunto dos reaisconstituir um (de fato, o único) corpo 
ordenado completo.
Assim, por exemplo, "e" pode ser definido como o número real tal que:
 e
INTEGRAL dx/x = 1.
 1
Pode-se provar (com base no "completamento" dos reais) que essa integral 
converge para um número real, que se convencionou chamar de "e" (acho que foi 
Euler que deu este nome).
Além disso, pode-se provar que "e" também é o limite das sequências:
An = (1 + 1/n)^n
ou
Bn = 1 + 1/1! + 1/2! + ... + 1/n!.

Um abraço,
Claudio.



[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] demonstrações no dia-a-dia

2003-02-25 Por tôpico Paulo Santa Rita
 a explicacao dos fenomenos, 
isto e, avancamos ate as demonstracoes.

Primeiro voce sente, depois voce pensa ... A emocao precede a razao e o 
raciocinio. Qualquer pessoa que for sincer consigo mesmo e com os outros vai 
admitir que nunca descobre as coisas tal como apresenta em sua 
demonstracoes. Existe algo que precede a demonstracao e que nao e o pensar 
e nao o raciocinar. E o sentir, a intuicao, a inspiracao, a a forma especial 
do intelecto ´perceber os fenomenos matematicos !

Um Abraco
Paulo Santa Rita
3,1734,250203







From: Cláudio \(Prática\) [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] demonstrações no dia-a-dia
Date: Tue, 25 Feb 2003 11:30:15 -0300
Tenho três dúvidas, vejam:

1ª) Um segmento de reta é um exemplo de um corpo UNI-dimensional. Um 
retângulo é um exemplo de um corpo BI- dimensional.tetraedro é um exemplo 
de um corpo TRI-dimensional. E corpos TETRA, PENTA Um , HEXA-dimensionais, 
ou generalizando N-dimensionais como podem ser vistos na natureza ou em 
termos abstratos se for o caso?

Para 4 ou mais dimensões, o mais simples é usar n-uplas ordenadas de 
números reais para representar pontos no espaço n-dimensional.
Assim, um hiper-cubo de 4 dimensões e aresta = 2 teria por vértices os 16 
pontos da forma (+/-1,+/-1,+/-1,+/-1).

Na natureza eu não conheço nenhum exemplo além do espaço-tempo de 4 
dimensões (uma delas é o tempo) no qual nós vivemos - vide qualquer livro 
sobre teoria da relatividade. No entanto, existem teorias que dizem que o 
universo tem na verdade 10 ou 26 dimensões, mas as 6 ou 22 restantes estão 
tão curled up (enroladinhas) que nós não conseguimos percebê-las.

2ª) Eu tinha visto na net há algumas semanas atrás um site (em inglês, mas 
não me lembro o endereço) que dava uma demonstração geométrica (analítica) 
do número imaginário i. A única coisa que me lembro, foi que a 
demonstração foi feita a partir dos eixos cartesianos e havia uma relação 
com o ponto P (-1,0). Há pouco tempo atrás aqui na lista houve algumas 
mensagens explicando muito bem a parte histórica do número i e dos 
números complexos, mas vocês não falaram nada de demonstrações. A única 
coisa mais próxima disso foi quando disseram que o número i surgiu quando 
os matemáticos procuraram resolver a equação raiz (-1) = ?. Mas ainda essa 
passagem eu classifico dentro do contexto histórico do nº imaginário e 
complexo e não uma explicação matemática e real(real no sentido não 
matemático).

Tem um bom artigo sobre isso no livro Meu Professor de Matemática do Elon 
Lages Lima, publicado pela SBM, que fala da relação entre nos. complexos, 
logaritmos, exponenciais e funções trigonométricas.

A meu ver, as propriedades mais importantes dos complexos são os seguintes:
1) Além de se somarem como vetores, os complexos têm uma multiplicação com 
uma interpretação geométrica muito clara, que envolve dilatação/contração e 
rotação.
2) Inicialmente introduziu-se os complexos a fim de que todo polinômio de 
2o. grau com coeficientes reais tenha duas raízes. No entanto, descobriu-se 
que eles eram suficientes para que qualquer polinômio de grau n = 1 e com 
coeficientes complexos tivesse n raízes. Esse resultado é o Teorema 
Fundamental da Álgebra.
3) A extensão dos métodos do cálculo para o domínio dos complexos revelou 
propriedades surpreendentes que não existem no domínio real. Isso tem a ver 
com o fato de que a existência da derivada de uma função complexa é uma 
condição muito mais forte do que a existência da derivada de uma função 
real.

3ª) Uma outra dúvida sobre demosntrações:
Se algum leigo em matemática pedisse a mim ou a qualquer um de vcs para 
provar a existência do número Pi eu e muitos de vcs diriamos a ele para 
medir o comprimento de qualquer circunferência com uma fita métrica  e 
então dividir o valor por 2*raio. (obs: Se ele não soubesse o que era raio 
era só explicar). Agora pergunto:
É possível fazer uma demonstração semelhante (em termos de relação com o 
cotidiano) com o logaritmo neperiano (natural) ?

Medir uma circunferência com uma fita métrica não prova a existência de Pi. 
No máximo dá uma aproximação para o seu valor real.
Pi pode ser definido como a razão entre o comprimento de uma circunferência 
e o seu diâmetro. No entanto, primeiro temos que provar que, para toda e 
qualquer circunferência, a razão entre o comprimento e o diâmetro é 
constante.

A existência de Pi, e, ou de qualquer número real é uma consequência do do 
fato de o conjunto dos reais constituir um (de fato, o único) corpo 
ordenado completo.
Assim, por exemplo, e pode ser definido como o número real tal que:
  e
INTEGRAL  dx/x = 1.
  1
Pode-se provar (com base no completamento dos reais) que essa integral 
converge para um número real, que se convencionou chamar de e (acho que 
foi Euler que deu este nome).
Além disso, pode-se provar que e também é o limite das sequências:
An = (1 + 1/n)^n
ou
Bn = 1 + 1/1! + 1/2! + ... + 1/n!.

Um abraço,
Claudio