[PSL-Brasil] Ballmer exibe números interessante s sobre penetração de mercado de diversas plata formas

2009-02-28 Por tôpico Antonio Fonseca
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Filipe Saraiva
E o rap também.

2009/2/28 Fabianne Balvedi 

> "A disponibilização gratuita, sem necessidade de retorno, deve se
> inscrever nas práticas de compartilhamento como potência e não dar
> vazão à possibilidade de somar poder. Digo, a natureza das redes
> distribuídas, do torrent, p2p, não é o encontro entre emissores e
> receptores, mas o rompimento com o mito que torna o anonimato sem
> qualidade. O indivíduo, pra manter a crítica sobre os liberais, não
> tem no reconhecimento pessoal a fonte de sua propriedade, mas se vale
> (olha o valor!!) da memória social dos arquivos disponibilizados para
> acesso universal como terreno fértil para suas criações futuras."
>
> https://lists.riseup.net/www/arc/submidialogia/2009-02/msg00281.html
>
> "A gratuidade é uma disponibilização anônima ou de qualquer um. Em uma
> gratuidade anônima, os indivíduos são intercambiáveis. A circulação de
> bens ou de signos não é efetuada de uns para outros. Não há emissores
> nem receptores. A informação anônima, por exemplo, um agregado, um
> fundo comum, um bem que todo mundo pode ter porque ele está acessível
> a todos. Seu princípio não é o compartilhamento, nem a comunidade de
> informação, a troca de informação entre pessoas que se conhecem, mas a
> disponibilização sem espera de retorno e na indiferença face ao
> receptor. A informação anônima é produzida, difundida, coletada ou
> agrupada por não importa quem. Se se produzem encontros entre
> emissores e receptores, eles são breves e sem dia seguinte, sem
> identidade nem reconhecimento, sem enjeu nem projeto. As informações
> entram em conjunções temporárias induzindo a reagrupamentos aleatórios
> e provisórios, de emissores e de receptores em contextos de movimento.
> Em uma gratuidade qualquer, os indivíduos não são intercambiáveis: são
> não importa quem ou o quê, mas eles são eles mesmos, plenamente
> singulares. Há emissores concretos e receptores concretos (charnels).
> Os reagrupamentos se efetuam sobre modos intensivos e de afinidade, e
> não estatísticas ou aleatoriedade. O autor qualquer rompe com a
> ausência de qualidade do anonimato: ele se manifesta como potência."
>
> http://blogs.metareciclagem.org/novaes/inventar-a-gratuidade/
>
>
>
> --
> Fabianne Balvedi
> GNU/Linux User #286985
> http://fabs.tk
> "Vem
> Vencer
> o automóvel
> Vem
> vem ser
> o auto-móvel"
> Paulo Esmanhoto
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Bacharelando em Ciências da Computação
Universidade Federal do Piauí

Diretor de Inclusão Digital
Executiva Nacional dos Estudantes de Computação - ENEC

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Ricardo Bánffy
Pergunta simples: algum desses artistas mencionados é contra o
partilhamento das próprias músicas ou encara isso como uma forma
barata de promoção?

2009/2/28 Filipe Saraiva :
> E o rap também.
>
> 2009/2/28 Fabianne Balvedi 
>>
>> "A disponibilização gratuita, sem necessidade de retorno, deve se
>> inscrever nas práticas de compartilhamento como potência e não dar
>> vazão à possibilidade de somar poder. Digo, a natureza das redes
>> distribuídas, do torrent, p2p, não é o encontro entre emissores e
>> receptores, mas o rompimento com o mito que torna o anonimato sem
>> qualidade. O indivíduo, pra manter a crítica sobre os liberais, não
>> tem no reconhecimento pessoal a fonte de sua propriedade, mas se vale
>> (olha o valor!!) da memória social dos arquivos disponibilizados para
>> acesso universal como terreno fértil para suas criações futuras."
>>
>> https://lists.riseup.net/www/arc/submidialogia/2009-02/msg00281.html
>>
>> "A gratuidade é uma disponibilização anônima ou de qualquer um. Em uma
>> gratuidade anônima, os indivíduos são intercambiáveis. A circulação de
>> bens ou de signos não é efetuada de uns para outros. Não há emissores
>> nem receptores. A informação anônima, por exemplo, um agregado, um
>> fundo comum, um bem que todo mundo pode ter porque ele está acessível
>> a todos. Seu princípio não é o compartilhamento, nem a comunidade de
>> informação, a troca de informação entre pessoas que se conhecem, mas a
>> disponibilização sem espera de retorno e na indiferença face ao
>> receptor. A informação anônima é produzida, difundida, coletada ou
>> agrupada por não importa quem. Se se produzem encontros entre
>> emissores e receptores, eles são breves e sem dia seguinte, sem
>> identidade nem reconhecimento, sem enjeu nem projeto. As informações
>> entram em conjunções temporárias induzindo a reagrupamentos aleatórios
>> e provisórios, de emissores e de receptores em contextos de movimento.
>> Em uma gratuidade qualquer, os indivíduos não são intercambiáveis: são
>> não importa quem ou o quê, mas eles são eles mesmos, plenamente
>> singulares. Há emissores concretos e receptores concretos (charnels).
>> Os reagrupamentos se efetuam sobre modos intensivos e de afinidade, e
>> não estatísticas ou aleatoriedade. O autor qualquer rompe com a
>> ausência de qualidade do anonimato: ele se manifesta como potência."
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Fabianne Balvedi
2009/2/28 Ricardo Bánffy :
> Pergunta simples: algum desses artistas mencionados é contra o
> partilhamento das próprias músicas

os que mencionei, não.


encara isso como uma forma
> barata de promoção?


a maioria sim.
e não vejo nenhum problema nisso.


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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Ricardo Bánffy
Eu também não tenho qualquer problema com o partilhamento de músicas
daqueles que o incentivam. O que me incomoda é o compartilhamento das
obras de quem prefere funcionar do "jeito antigo" e a defesa do
"direito" das pessoas em fazê-lo.

2009/2/28 Fabianne Balvedi :
> 2009/2/28 Ricardo Bánffy :
>> Pergunta simples: algum desses artistas mencionados é contra o
>> partilhamento das próprias músicas
>
> os que mencionei, não.
>
>
> encara isso como uma forma
>> barata de promoção?
>
>
> a maioria sim.
> e não vejo nenhum problema nisso.
>
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Fabianne Balvedi
2009/2/28 Ricardo Bánffy :
> Eu também não tenho qualquer problema com o partilhamento de músicas
> daqueles que o incentivam. O que me incomoda é o compartilhamento das
> obras de quem prefere funcionar do "jeito antigo" e a defesa do
> "direito" das pessoas em fazê-lo.


Meu, quem não quer compartilhar então que guarde em casa
em um HD desconectado da rede, se pah dentro de um cofre.
Pronto!

Quem tá na chuva é pra se molhar!

Como diria um grande amigo,
o movimento não precisa de gente de açúcar.


***


Etimologia: descubra a origem de "grátis"

http://profjoaomaria.spaceblog.com.br/122757/Etimologia-descubra-a-origem-de-gratis/

A língua ensina que do outro lado do balcão há sempre uma pessoa que
deve se sentir grata

 O sentido adorável de grátis nunca saiu de moda, mas, poucos anos
atrás, quem teria sido capaz de prever que a internet transformaria a
palavra em carro-chefe? Bem,um etimologista louco teria.

Palavrinha adorável, “grátis” nunca saiu de moda, mas alguns anos
atrás pouca gente teria sido capaz de prever que a internet a
transformaria em carro-chefe. Mera – e antiga, já registrada em 1502 –
transposição para o português do latim gratis, é derivada do adjetivo
latino gratus, que tem sentido ativo (“que agrada, que delicia”) e
passivo (“agradecido, reconhecido”). A gratuidade traz do berço,
portanto, a idéia de que aquilo que é oferecido livre de custo busca
agradar, é um favor, geralmente em reconhecimento ao valor de alguém.
O que significa dizer que, do outro lado do balcão, de frente para o
grátis, existe sempre uma pessoa que deve se sentir grata.

A ambivalência ativo-passivo se transmitiu a outros termos da família.
Olhando bem, é possível ver a presença do mesmo “grat” latino na
gratificação e no agradecimento, ou seja, dando conta tanto do que
agrada quanto de quem, sendo agraciado, demonstra gratidão. Engraçado?
Juro que esse grande congraçamento de palavras aparentadas, talvez
gracioso para uns, mas certamente uma desgraça de etimologista doido
para outros, não está aqui gratuitamente, só para fazer graça.

As palavras grifadas no parágrafo anterior – algumas, como “grátis”,
vindas diretamente do latim, enquanto outras se formaram no português
com base na matriz latina a partir do século 15 – traduzem a
complexidade das relações envolvidas na idéia de gratuidade. Apesar de
sua força poética, free, vocábulo inglês que quer dizer livre e também
grátis, isto é, livre de custos, não traduz imediatamente essas
relações. E são elas, com menos ênfase na idéia de favor e mais na de
reconhecimento, que tornam possível a previsão de Chris Anderson, da
revista Wired, sobre o futuro gratuito – para o consumidor final,
enquanto o dinheiro corre solto por outros fios da rede – da economia
digital.

Sérgio Rodrigues,
escritor e jornalista

Extraído da revistadasemana.com.br. Acesso em 14-04-08.


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Fabianne Balvedi
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Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Omar Kaminski
Acho que faz mais sentido esse argumento (cofre, açucar) quando a pessoa efetivamente produz algo e não se importa que isso seja compartilhado. Mas o fato é que a maioria não produz nada digno de partilha, e ainda se vê no direito de reclamar... Em outras palavras, como lidar com uma realidade onde há mais demanda que produção?[]s 
On Feb 28, 2009, f...@estudiolivre.org wrote:

2009/2/28 Ricardo Bánffy :> Eu também não tenho qualquer problema com o partilhamento de músicas> daqueles que o incentivam. O que me incomoda é o compartilhamento das> obras de quem prefere funcionar do "jeito antigo" e a defesa do> "direito" das pessoas em fazê-lo.Meu, quem não quer compartilhar então que guarde em casaem um HD desconectado da rede, se pah dentro de um cofre.Pronto!Quem tá na chuva é pra se molhar!Como diria um grande amigo,o movimento não precisa de gente de açúcar.

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 28, 2009, Fabianne Balvedi  wrote:

> http://profjoaomaria.spaceblog.com.br/122757/Etimologia-descubra-a-origem-de-gratis/
> transposição para o português do latim gratis, é derivada do adjetivo
> latino gratus, que tem sentido ativo (“que agrada, que delicia”) e
> passivo (“agradecido, reconhecido”).

Nossa, que legal!  Nunca tinha me dado conta dessa conexão!

Impressionante como se encaixa bem com o "sentir-se obrigado a
retribuir", de onde veio a nosso comum agradecimento "obrigado" (e o
japonês arigato)!

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
You must be the change you wish to see in the world. -- Gandhi
Be Free! -- http://FSFLA.org/   FSF Latin America board member
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 28, 2009, Omar Kaminski  wrote:

> como lidar com uma realidade onde há mais demanda que produção?

Diz a lei da oferta e da procura que, em casos de escassez, o preço
sobe.  O que está acontecendo hoje é o oposto.  Sinal de que não há
escassez real, o pouco que parece haver é artificial.

Então, pra que ficar divagando sobre cenários fictícios, em vez de nos
concentrarmos na situação real, em que há muito mais produção que
demanda (quem consegue apreciar sequer uma pequena fração de tudo que há
de bom em termos de cultura?), e a escassez não existe de fato, apenas
nos modelos mesquinhos de negócio da indústria (anti-)cultural?

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
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Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Omar Kaminski
Posso estar errado, mas continuo achando que há mais demanda que produção. Salvo se você pegar o que *já existe*, o que já foi produzido, não o que está sendo ou será.Mas não estamos falando de uma nova realidade? Devemos olhar para a frente ou para trás? Qual é o cenário fictício, afinal, e sob qual ponto de vista? Porque para alguns a ficção é justamente o "tem de tudo para todos"...[]s
On Feb 28, 2009, lxol...@fsfla.org wrote:

On Feb 28, 2009, Omar Kaminski  wrote:> como lidar com uma realidade onde há mais demanda que produção?Diz a lei da oferta e da procura que, em casos de escassez, o preçosobe.  O que está acontecendo hoje é o oposto.  Sinal de que não háescassez real, o pouco que parece haver é artificial.Então, pra que ficar divagando sobre cenários fictícios, em vez de nosconcentrarmos na situação real, em que há muito mais produção quedemanda (quem consegue apreciar sequer uma pequena fração de tudo que háde bom em termos de cultura?), e a escassez não existe de fato, apenasnos modelos mesquinhos de negócio da indústria (anti-)cultural?-- Alexandre Oliva           http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/You must be the change you wish to see in the world. -- GandhiBe Free! -- http://FSFLA.org/   FSF Latin America board memberFree Software Evangelist      Red Hat Brazil Compiler Engineer

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Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Fabianne Balvedi
2009/2/28 Omar Kaminski :
> Posso estar errado, mas continuo achando que há mais demanda que produção.

tua impressão é resultado disso aqui:

"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar
bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até
que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à
falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado".

Karl Marx, Das Kapital, 1867

ou seja, os estímulos de "compre, consuma, empanturre-se"
geram um tipo de demanda que surge
mesmo que não exista uma necessidade real por ela.

Então há abundância sim.
Mas não para satisfazer desejos,
e sim, necessidades.

"I saw her today at a reception
A glass of wine in her hand
I knew she would meet her connection
At her feet was her footloose man

No, you can't always get what you want
You can't always get what you want
You can't always get what you want
And if you try sometime you find
You get what you need"

Rolling Stones


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Re: Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Omar Kaminski
Não por acaso, eu havia citado essa passagem d'O Capital esses dias.Agora, citar Rolling Stones pode ser ambíguo... :)"And I try, and I try, and I tryI can't get no satisfaction..."[]s
On Feb 28, 2009, f...@estudiolivre.org wrote:

2009/2/28 Omar Kaminski :> Posso estar errado, mas continuo achando que há mais demanda que produção.tua impressão é resultado disso aqui:"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprarbens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, atéque se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos àfalência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado".Karl Marx, Das Kapital, 1867ou seja, os estímulos de "compre, consuma, empanturre-se"geram um tipo de demanda que surgemesmo que não exista uma necessidade real por ela.Então há abundância sim.Mas não para satisfazer desejos,e sim, necessidades."I saw her today at a receptionA glass of wine in her handI knew she would meet her connectionAt her feet was her footloose manNo, you can't always get what you wantYou can't always get what you wantYou can't always get what you wantAnd if you try sometime you findYou get what you need"Rolling Stones-- Fabianne BalvediGNU/Linux User #286985http://fabs.tk"VemVencero automóvelVemvem sero auto-móvel"Paulo Esmanhoto

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Re: Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Fabianne Balvedi
2009/2/28 Omar Kaminski :
> Não por acaso, eu havia citado essa passagem d'O Capital esses dias.
>
> Agora, citar Rolling Stones pode ser ambíguo... :)
>
> "And I try, and I try, and I try
> I can't get no
> satisfaction..."

será?
pra mim a música satisfaction resume nosso zeitgeist:
nada parece conseguir satisfazer todos os desejos
que os estímulos previstos por marx estão gerando.

então perceba que o problema não é atender à demanda,
mas parar de gerar tanto desejo. Tudo em excesso é ruim.

//fabs

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Re: Re: Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Omar Kaminski
A geração atual só pensa em gadgets, coisas de marca, etc. Trabalhar para satisfazer esses desejos de estar sempre na moda. Há mulheres (e não são poucas) que se prostituem apenas para bancar os próprios luxos, e essa situação é verdadeiramente emblemática.Mas tenho batido na tecla que é necessário que todos os demais percebam -- em especial os autores, em se falando de direitos autorais e compartilhamento (já que o tópico é sobre P2P).[]s
On Feb 28, 2009, f...@estudiolivre.org wrote:

então perceba que o problema não é atender à demanda,mas parar de gerar tanto desejo. Tudo em excesso é ruim.//fabs

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Re: Re: Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Fabianne Balvedi
2009/2/28 Omar Kaminski :
> A geração atual só pensa em gadgets, coisas de marca, etc. Trabalhar para
> satisfazer esses desejos de estar sempre na moda.
>
> Há mulheres (e não são poucas) que se prostituem apenas para bancar os
> próprios luxos, e essa situação é verdadeiramente emblemática.
>
> Mas tenho batido na tecla que é necessário que todos os demais percebam --
> em especial os autores, em se falando de direitos autorais e
> compartilhamento (já que o tópico é sobre P2P).


não vejo problemas em se bater nessa tecla.
mas vejo problemas em se achar que este assunto
é um samba de uma nota só.



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Re: Re: Re: Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Omar Kaminski
Não estou vendendo nem emprestando uma idéia, estou disponibilizando "free". Estou compartilhando um ponto de vista, que pode nem ser o meu.Aliás, se existe essa tendência de "nota só", é para a utopia do "tudo é de todos e viva o compartilhamento". Qualquer um que ouse desviar um pouco que seja desse assunto corre o risco de ser mal-interpretado. Se é assim, se a verdade absoluta é essa, para que discutir? Vamos dizer amém e instituir mais um dogma de uma vez. Eu prefiro a liberdade de pensar, argumentar, e eventualmente, discordar. E defendo a liberdade de todos poderem fazer o mesmo. O samba da nota só é, portanto, da LIBERDADE. Essa que a Cecília Meirelles bem (não) definiu. 
On Feb 28, 2009, f...@estudiolivre.org wrote:

2009/2/28 Omar Kaminski :> Mas tenho batido na tecla que é necessário que todos os demais percebam --> em especial os autores, em se falando de direitos autorais e> compartilhamento (já que o tópico é sobre P2P).não vejo problemas em se bater nessa tecla.mas vejo problemas em se achar que este assuntoé um samba de uma nota só.

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[PSL-Brasil] OSSEC Version 2 available!

2009-02-28 Por tôpico Bruno Salgado
De volta ao bom e velho "open-source"... rs

Para quem não conhece:

OSSEC is an Open Source Host-based Intrusion Detection System. It
performs log analysis, file integrity checking, policy monitoring,
rootkit detection, real-time alerting and active response.

It runs on most operating systems, including Linux, MacOS, Solaris,
HP-UX, AIX and Windows.

http://isc.sans.org/diary.html?storyid=5950&rss

[]s Bruno Salgado



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Bruno Salgado Guimarães
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 28, 2009, Omar Kaminski  wrote:

> Posso estar errado, mas continuo achando que há mais demanda que produção.

Então como você explica que os preços estão caindo?

> Mas não estamos falando de uma nova realidade?

No momento, estou falando da realidade atual.  O cenário (tanto
futurístico quando saudosista) em que o respeito à liberdade propicia
ainda mais abundância vem só realçar as características desejáveis já
presentes na desafortunada realidade jurídica atual.

Comparando a injustiça das leis que vimos discutindo com o que faz, e
considera certo, a maior parte da sociedade, pode-se até propor que o
cenário fictício é justamente o traçado por essas leis.

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
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Re: Re: Re: Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Fabianne Balvedi
2009/2/28 Omar Kaminski :
> Não estou vendendo nem emprestando uma idéia, estou
> disponibilizando "free". Estou compartilhando um ponto de vista, que pode
> nem ser o meu.
>
> Aliás, se existe essa tendência de "nota só", é para a utopia do "tudo é de
> todos e viva o compartilhamento". Qualquer um que ouse desviar um pouco que
> seja desse assunto corre o risco de ser mal-interpretado.
>
> Se é assim, se a verdade absoluta é essa, para que discutir? Vamos dizer
> amém e instituir mais um dogma de uma vez.
>
> Eu prefiro a liberdade de pensar, argumentar, e eventualmente, discordar. E
> defendo a liberdade de todos poderem fazer o mesmo. O samba da nota só é,
> portanto, da LIBERDADE. Essa que a Cecília Meirelles bem (não) definiu.


Omar, na real isso não tem nada a ver com liberdade,
e sim com o sentido de comunidade.

"Não esqueçamos de que em uma comunidade, o essencial não é o
mecanismo de resolução de conflitos (as eventuais votações), senão a
definição do demos. Não somos iguais porque participamos da mesma
assembléia, e sim participamos de uma mesma assembléia porque nos
reconhecemos previamente como iguais." -- David de Ugarte

Ou seja, não vejo tua liberdade de pensar, argumentar, e
eventualmente, discordar
sendo cerceada. Mas sim percebo que você talvez não pertença a mesma
comunidade que eu,
pois o meu demos não é o mesmo que o seu. Da mesma maneira que outras pessoas
podem também perceber a mesma coisa em relação à mim. Mas o fato de
não fazer parte
de uma mesma comunidade também não quer dizer que as outras sejam inimigas,
mas sim que cada uma defende pontos de vista diferentes. Viva a abundância! :D


-- 
Fabianne Balvedi
GNU/Linux User #286985
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"Vem
Vencer
o automóvel
Vem
vem ser
o auto-móvel"
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Re: Re: Re: Re: Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Omar Kaminski
Fabs,Minha liberdade não está sendo cerceada, e nem teria como ser neste aspecto.Se você acha que minha argumentação não tem a ver com liberdade, mas com sentido de comunidade (ou o que for), respeito o seu ponto de vista. O ponto discutido aqui é justamente quanto a necessidade de respeito ao ponto de vista dos demais, entender que existem pessoas diferentes e que pensam diferente. Todos somos iguais na medida de nossas diferenças. Mas afinal os iguais ou os diferentes é que se atraem? :)Dizer que não pertencemos a mesma comunidade talvez seja um julgamento prematuro, mas é uma opinião sua, que também deve ser respeitada. Não me sinto menor nem pior por causa disso. E viva a diversidade e o direito, ou a liberdade de expor as opiniões.Omar
On Feb 28, 2009, f...@estudiolivre.org wrote:

2009/2/28 Omar Kaminski :> Não estou vendendo nem emprestando uma idéia, estou> disponibilizando "free". Estou compartilhando um ponto de vista, que pode> nem ser o meu.>> Aliás, se existe essa tendência de "nota só", é para a utopia do "tudo é de> todos e viva o compartilhamento". Qualquer um que ouse desviar um pouco que> seja desse assunto corre o risco de ser mal-interpretado.>> Se é assim, se a verdade absoluta é essa, para que discutir? Vamos dizer> amém e instituir mais um dogma de uma vez.>> Eu prefiro a liberdade de pensar, argumentar, e eventualmente, discordar. E> defendo a liberdade de todos poderem fazer o mesmo. O samba da nota só é,> portanto, da LIBERDADE. Essa que a Cecília Meirelles bem (não) definiu.Omar, na real isso não tem nada a ver com liberdade,e sim com o sentido de comunidade."Não esqueçamos de que em uma comunidade, o essencial não é omecanismo de resolução de conflitos (as eventuais votações), senão adefinição do demos. Não somos iguais porque participamos da mesmaassembléia, e sim participamos de uma mesma assembléia porque nosreconhecemos previamente como iguais." -- David de UgarteOu seja, não vejo tua liberdade de pensar, argumentar, eeventualmente, discordarsendo cerceada. Mas sim percebo que você talvez não pertença a mesmacomunidade que eu,pois o meu demos não é o mesmo que o seu. Da mesma maneira que outras pessoaspodem também perceber a mesma coisa em relação à mim. Mas o fato denão fazer partede uma mesma comunidade também não quer dizer que as outras sejam inimigas,mas sim que cada uma defende pontos de vista diferentes. Viva a abundância! :D-- Fabianne BalvediGNU/Linux User #286985http://fabs.tk"VemVencero automóvelVemvem sero auto-móvel"Paulo Esmanhoto

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Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Omar Kaminski

On Feb 28, 2009, lxol...@fsfla.org wrote:

On Feb 28, 2009, Omar Kaminski  wrote:> Posso estar errado, mas continuo achando que há mais demanda que produção.Então como você explica que os preços estão caindo?* Os preços de algumas coisas estão caindo porque o consumo dessas coisas está diminuíndo, e não aumentando. Mas estamos falando do que mesmo? Ou estamos generalizando? Os bens escassos continuam caros, o dólar continua subindo e etc.  Comparando a injustiça das leis que vimos discutindo com o que faz, econsidera certo, a maior parte da sociedade, pode-se até propor que ocenário fictício é justamente o traçado por essas leis.* Ao meu ver a chamada "injustiça das leis" é diretamente proporcional à nefasta realidade política atual, onde os mesmos perduram no poder e os menos favorecidos mofam na cadeia por roubar um iogurte, enquanto os bandidos de colarinho branco seguem na impunidade. No fim das contas merecemos essa realidade porque pouco fazemos para mudá-la nos aspectos que realmente interessam.   

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Ricardo Bánffy
2009/2/28 Alexandre Oliva :
> On Feb 28, 2009, Omar Kaminski  wrote:
>
>> como lidar com uma realidade onde há mais demanda que produção?
>
> Diz a lei da oferta e da procura que, em casos de escassez, o preço
> sobe.

Isso é tão falacioso que eu nem sei por onde começar:

O preço quem dá é quem tem algo para vender. Não é o caso de quem
baixou sem custo e está disponibilizando no HD para que outros façam o
mesmo. Nesse caso, seria o preço que o artista (ou seu representante)
cobram, que não tem mudado expressivamente. Você não está copiando a
música do HD do músico, está?

> O que está acontecendo hoje é o oposto.  Sinal de que não há
> escassez real, o pouco que parece haver é artificial.

A escassez de produção, mas uma infinita facilidade de reprodução e
disseminação. Quem produz está sendo remunerado dentro do que ele
acredita justo?

> Então, pra que ficar divagando sobre cenários fictícios, em vez de nos
> concentrarmos na situação real, em que há muito mais produção que
> demanda (quem consegue apreciar sequer uma pequena fração de tudo que há
> de bom em termos de cultura?), e a escassez não existe de fato, apenas
> nos modelos mesquinhos de negócio da indústria (anti-)cultural?

Você chama a produção de copiar um arquivo?! Porque essa parte é a
parte fácil que pode ser feita por qualquer mané. Você esquece (pior -
você omite o fato para "provar" seu ponto) o esforço entre conceber e
disponibilizar o produto pronto que você acha mais conveniente baixar
do HD de alguém que não tem autorização do que pagar ã loja, gravadora
e, eventualmente, o sujeito que assinou os papéis que levaram à
disponibilização da música.


-- 
Ricardo Bánffy
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Re: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-28 Por tôpico Ricardo Bánffy
2009/2/28 Omar Kaminski :
> * Os preços de algumas coisas estão caindo porque o consumo dessas coisas
> está diminuíndo, e não aumentando. Mas estamos falando do que mesmo? Ou
> estamos generalizando? Os bens escassos continuam caros, o dólar continua
> subindo e etc.

Na verdade, o consumo está aumentando. O que existe é que a tecnologia
propiciou um canal em que ninguém é pago e que, por isso - surpresa -
baixar músicas não custa nada. O consumo aumentou porque o preço
efetivo baixou. O lado negro disso é que quem cria não é beneficiado
desse consumo extra. Se fosse, estaria dando pulos de alegria.

> Comparando a injustiça das leis que vimos discutindo com o que faz, e
> considera certo, a maior parte da sociedade, pode-se até propor que o
> cenário fictício é justamente o traçado por essas leis.

Parece mesmo que a sociedade adotou uma forma da Lei de Gérson. Isso
não faz ela mais justa ou desejável.

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Ricardo Bánffy
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