Não entendo como o princípio da incerteza de Heisenberg possa ser interpretado figurativamente de modo a ajudar na psicanálise.
Mas, se ela insiste, quem sou eu para discordar? Em 5 de dezembro de 2011 07:55, Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com > escreveu: > Tony, > > Não concordo com vc nessa avaliação, mas deixa pra lá. Conheço cabeça de > jornalista porque sou filho de jornalista, e pai de jornalista - meu filho > Pedro é um dos editores executivos de O Globo. Esse texto é um artigo de > opinião, ensaio, e como ele, escrevi muita coisa assim, em 1968, no finado > Correio da Manhã, e em 1974, em Opinião. > > Gênero esse artigo da Carla; vcs iam se horrorizar... Mas me diverti > muito; em 68 era pós adolescente, e era gostoso ser citado na praia de > domingo, e na antessala do Paissandu :)) Gloriosos tempos. > > Há uns meses o Cesar Benjamin escreveu um artigo citando o teorema de > Goedel, a incompletude. Me ligou, expliquei pra ele. Não saiu perfeito, mas > saiu legal. Fui devidamente citado, e responsabilizado, no texto final. > (Cesar, editor da Contraponto e ex-candidato a vice da Heloisa Helena, é um > fascinado por filosofia da ciência.) > > Conto um episódio recente, aliás descrito ao fim do livro com o Chaitin e > Newton. Estava saindo com uma psicanalista lacaniana que um dia me diz - no > meio de uma palestra minha - que o princípio da incerteza de Heisenberg é > relevante para a psicanálise. > > Pensei um instante e expliquei, devagarinho, o Princípio da Incerteza. Do > técnico ao intuitivo - como um teorema de álgebra linear, como o comutador > não trivial de x e d/dx - e relacionei-o ~as variáveis canônicas q e p em > mecânica clássica, igualmente de comutador não trivial, e enfim como algo > intuitivo. E ela me sai com uma interpretação surpreendente e rica de > significado. > > Foi divertido :)) > > > 2011/12/5 Tony Marmo <marmo.t...@gmail.com> > >> Só fica uma pergunta: essa moça aceita que lhe expliquem direito as >> coisas ou não? >> >> O que me parece é que a jornalista queria mesmo escrever algo que lhe >> pareceria interessante aos seus leitores e não algo que esclarecesse. Não >> se sabe de onde ela tirou as informações para fazer o artigo, se as >> informações estavam corretas ou não nas fontes que ela consulto, ou, >> supondo-se que estivessem corretas, se as entendeu. O que me parece é que >> ela colocou no artigo o que queria colocar, nem que para isso tivesse de >> mudar o que ouviu ou leu, ou de construir conclusões sem verificar se >> procediam mesmo do material que leu. >> >> É uma pessoa que considera que a objetividade científica seja um mito e >> usou de uma figura de autoridade para criar um artigo em defesa de sua >> própria ideia. Como Goedel, Einstein e Heisenberg são figuras importantes >> do século passado, nada melhor que usar os três para construir a sua versão >> de como a objetividade científica teria sido demolida. >> >> Mas, é nesse tipo de artigo que os jornalistas acreditam para vender >> jornal ou atrair público. Provavelmente, supõe ela que falar de método >> axiomático, do debate entre Hilbert e Browser, e do que realmente os >> teoremas de Goedel tratam seja muito assunto pesado para um simples artigo >> e possivelmente afastaria uma ampla gama de leitores. >> >> Alguém se lembra de uma controvérsia entre um artigo da professora >> Marilena Chauí e uma réplica de um professor do IMECC vários anos atrás? O >> professor do IMECC corrigiu a apresentação de vários conceitos e criticava >> o fato de que, ainda que aceites os conceitos do modo que ela os formulara, >> não se entendia porque ela tirava certas conclusões deles. >> >> Em 5 de dezembro de 2011 01:04, Francisco Antonio Doria < >> famado...@gmail.com> escreveu: >> >> Ela me escreveu e vamos nos encontrar. >>> >>> >>> 2011/12/2 Tony Marmo <marmo.t...@gmail.com> >>> >>>> Li-o e considere-o uma crônica de ficção científica, quase a um estilo >>>> borgeano! :D >>>> >>>> Em 1 de dezembro de 2011 15:11, Décio Krause <deciokra...@gmail.com >>>> >escreveu: >>>> >>>> > Caros lógicos >>>> > Vejam o texto em http://carlarodrigues.uol.com.br/index.php/570 >>>> > sobre os teoremas (de incompletude, claro) de Gödel e tirem suas >>>> próprias >>>> > conclusões. A autora é de uma capacidade incrível para dizer tolices >>>> sobre >>>> > o que certamente não conhece. >>>> > D. >>>> > >>>> > ------------------------------------------------------ >>>> > Décio Krause >>>> > Departamento de Filosofia >>>> > Universidade Federal de Santa Catarina >>>> > 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil >>>> > http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause >>>> > ---------------------------------------------------- >>>> > >>>> > _______________________________________________ >>>> > Logica-l mailing list >>>> > Logica-l@dimap.ufrn.br >>>> > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l >>>> > >>>> _______________________________________________ >>>> Logica-l mailing list >>>> Logica-l@dimap.ufrn.br >>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l >>>> >>> >>> >>> >>> -- >>> fad >>> >>> ahhata alati, awienta Wilushati >>> >>> >> > > > -- > fad > > ahhata alati, awienta Wilushati > > _______________________________________________ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l