O Cassiano me convenceu...

Novos tempos vem com novos ventos,
 e eh bom navegar com os novos ventos.

Que tal, no entanto, Evoluir rumo ao futuro sem Romper com o passado?
Em atransformacao Evolutiva rumo a novos ideais, com uma Weltanschauung
mais serena e madura que cabe a um grupo que ja chegou a maturidade,
mas que nao seja Disruptiva em relacao a "adolecencia marota" do grupo?

Apenas como em exemplo hipotetico:

LoLITA  >>>  LoLICA
Logo atual  >>> Lambda vermelho  (sem slato alto)

Para (e apenas para) os Luzofonos Lolica ainda eh um diminutivo possivel de Lola
e os saudosistas ainda podem se divertir com as associacoes que ficaram no 
passado.

Mundo afora, ninguem (biologico ou cibernetico) mais vai fazer  conexoes 
indevidas.
Desta forma (ou varias alternativas semelhantes) pode-se dar uma mensagem 
positiva
anunciando novos tempos e melhores ideais.
Todavia, tambem se evita o peso de sermoes negativos que estigmatizam o passado,
o que serviria apenas para perpetuar a lembranca daquilo que ja nao mais se 
quer.

Nada como ficar dando pitaco na vida alheia,
mas foi a pedido dos interessados  :-)
Tudo de bom,
---Julio Stern



________________________________
From: Cassiano Terra Rodrigues <cassiano.te...@gmail.com>
Sent: Wednesday, June 23, 2021 9:38 PM
To: Walter Carnielli <walte...@unicamp.br>
Cc: LOGICA-L <logica-l@dimap.ufrn.br>; jmstern <jmst...@hotmail.com>; 
Hermógenes Oliveira <olive...@daad-alumni.de>; Manuel Doria 
<manueldo...@gmail.com>
Subject: Re: [Logica-l] [discussão sobre Lógica e inclusão] uma rosa com um 
novo nome?

Essa coisa é muito doida.
O bagulho é doido, mas o processo é lento, como dizem os meus alunos.
abraços, Walther!

Il giorno mer 23 giu 2021 alle ore 15:37 Walter Carnielli 
<walte...@unicamp.br<mailto:walte...@unicamp.br>> ha scritto:
Oi Cassiano,

Adorei sua intervenção! :-)
Só não entendi se tem qualquer coisa  que como coisa mexe, ou qualquer coisa 
mexe dentro coisa,  ou será que ao contrário ?

Ou não?

W


Em qua, 23 de jun de 2021 14:35, Cassiano Terra Rodrigues 
<cassiano.te...@gmail.com<mailto:cassiano.te...@gmail.com>> escreveu:
Boas tardes, camaraders logicers.

Inicialmente, pensei em me abster de emitir opinião, pq realmente tenho pouco a 
contribuir. No entanto, como o assunto perdurou, parece-me ter chegado a um 
ponto interessante e talvez não seja totalmente arbitrário o q eu posso 
externar.
Meu caro JM, não vou me alongar sobre o q deve ou não ser feito de fato com o 
nome no grupo. Acho q já há boas sugestões a respeito. Particularmente, eu me 
alinho com a proposta do Edu Ochs.
Levanto, todavia, um ponto importante q, creio, vale a pena ser lembrado. A 
interpretação é muito mais um efeito no e do interpretante, não do 
interpretado. Em outra oportunidade já falei algo parecido nesta lista, então 
perdoem-me a previsibilidade. No entanto, é sempre bom lembrar q a 
intencionalidade do enunciante é dificilmente determinável, a não ser q o 
próprio enunciante indique pontualmente a referência ou delimite o universo de 
discurso para se conformar às suas intenções. Uma vez q toda linguagem é por si 
enunciativa, cabe aos enunciantes especificar a que se referem. Isso diminui a 
indeterminação, mas não é possível eliminá-la completamente, tendo em vista que 
para a interpretação essa intencionalidade costuma não ser muito relevante; ao 
mesmo tempo, a falta de especificação, se à primeira vista isenta o enunciante 
de responsabilidade referencial, é só aparentemente uma vantagem, digamos assim.
Então, meus parcos %'s de sabedoria, se puderem ter algum valor, é q qualquer q 
seja a decisão tomada pelos responsáveis pelo grupo acerca da denominação, que 
seja considerada não apenas a inelidível vagueza de qq denominação, por mais 
específica q seja, como tb a possibilidade de a intencionalidade da enunciação 
ser interpretada como os enunciantes não gostariam, se é q não gostariam. Ainda 
q seja impossível saber que efeitos qq nome causará, como e em quais 
interpretantes, é possível imaginar alguns efeitos tendo em vista certos 
interpretantes presumidos e especificar algum grau de liberdade interpretativa 
já na escolha dos termos. Afinal, se toda leitura é inferencial, isso é apenas 
pq toda linguagem já é carregada de intencionalidade.
O mito da linguagem universal é um fetiche tão grande quanto o do quadrado 
lógico, pra emprestar uma expressão do Walther a um uso q ele não faz. Ou uma 
imagem à qual estamos presos, dentre outras. Mas como todo mito, é metade de 
nada, ou de alguma coisa.
Penso eu q essa é uma questão q vale a pena ser considerada. E dada a discussão 
aqui, tenho certeza de q seja qual for a decisão tomada, ela será não apenas 
coerente com as intenções científicas do grupo como bem referenciada.
Ah! braços...
cass.



On Tuesday, June 22, 2021 at 6:02:30 PM UTC-3 jmstern wrote:

Que tal     topless and bottomless particles ?
Theoria dos quarks tem nomes "picantes"  by design...
---Julio Stern



________________________________
From: Manuel Doria <manue...@gmail.com>
Sent: Tuesday, June 22, 2021 6:18 PM
To: Walter Carnielli <walt...@unicamp.br>
Cc: Hermógenes Oliveira <oliv...@daad-alumni.de>; Lista acadêmica brasileira 
dos profissionais e estudantes da área de LOGICA <logi...@dimap.ufrn.br>
Subject: Re: [Logica-l] [discussão sobre Lógica e inclusão] uma rosa com um 
novo nome?

Agora há mais uma:

- SIMPs (Strongly Interacting Massive Particle)

https://news.berkeley.edu/2017/12/04/machos-are-dead-wimps-are-a-no-show-say-hello-to-simps/

'Simp' (verbo 'simping') é um termo coloquial sexualmente derrogatório 
tipicamente aplicado a homens com temperamento visto como excessivamente 
subserviente:

https://www.menshealth.com/sex-women/a31994140/what-is-simping/

[ ]'s

On Tue, Jun 22, 2021 at 3:01 PM Manuel Doria <manue...@gmail.com> wrote:
Em astrofísica há pelo menos 3 inside jokes consagradas envolvendo estereótipos 
opostos de sexualidade masculina no batismo de matéria escura bariônica e 
não-bariônica:

- WIMPs (Weak Interacting Massive Particles)
- MACHOs (Massive Compact Halo Object)
- RAMBOs (Robust Associations of Massive Baryonic Objects)

[ ]'s

On Tue, Jun 22, 2021 at 11:26 AM Walter Carnielli <walt...@unicamp.br> wrote:
Cara(s)s,

Concordo em boa com Hermogenes;
gosto do Nabokov, gostei tambem do filme "Lolita" de Adrian Lyne, mas isso não 
ajuda a ser um.bom nome para um grupo de
pesquisa que quer parecer (e é  de fato) serio.

O que pensaríamos de um grupo de pesquisa em Astrofisica que se chamasse 
C*entro  de Astr*ofísica e At*ividades I*nterestelares,   CAstrAtI?

Eu pensaria que se trata de um "inside joke", um nome inventado por algum, ou 
alguns "engraçadinhos" , que desestimula participação.

Analogias podem ser tão convincentes quanto deduções...elas revelam  simetrias.

Abs
Walter








Em ter, 22 de jun de 2021 11:04, Hermógenes Oliveira <oliv...@daad-alumni.de> 
escreveu:
Na segunda-feira, 21 de junho de 2021, às 12:40:15 -03, Marcelo Finger
escreveu:
> No centro de IA (C4AI) da USP-IBM-Fapesp, estamos construindo 3 Córpus:
>   - Córpus Carolina (em homenagem à Carolina Michaelis de Vasconcelos)
>   - Córpus Portinari (em homenagem a Cândido Portinari)
>   - Córpus Coraa (em homenagem à Cora Coralina)

Confesso que, a despeito de muito esforço, não consegui capturar o motivo
desse informe no contexto desta discussão.

> Pessoalmente, não acho que as objeções ao nome do seu grupo tenham
> fundamento, não vejo como admitir a crítica "não adequado para um grupo de
> pesquisa vinculado a uma universidade; é anti-profissional; é de mau
> gosto".
>
> O estilo Tango era considerado vulgar e de mau gosto.  Idem para o samba.
> Idem para o  Jazz.  Já foi o tempo, sei lá por quê, que mulheres grávidas
> não podiam aparecer na TV.  O futebol feminino já foi ilegal no Brail.  E
> por aí vai.

A analogia aqui seria que a exploração e/ou erotização de meninas é censurável
hoje, mas eventualmente poderá ser considerada totalmente normal no futuro?!

> Eu acho Lolita simpático e consagrado.

Não me parece que esta seja a pauta da discussão. Não se trata de uma enquete:
quem gosta do nome, quem não gosta do nome.

Me parece perfeitamente concebível que alguém goste do nome (digamos, porque é
um(a) fã de Nabokov), mas que discorde que seja apropriado usá-lo para um
grupo de lógica.

Recapitulando, a pauta, juntamente com uma possível argumentação para mudança
do nome, pelo que eu entendi, seria:

- Existem conotações negativas associadas ao termo "lolita".

- Isso pode gerar constrangimentos (mesmo para pessoas que não associam, elas
mesmas, nada de negativo com o termo, por exempĺo, ao lidar com outras
pessoas) e, consequentemente, afugentar e/ou intimidar pessoas de se associar
com o grupo em alguma capacidade

- Ora, mas as razões para a escolha do nome "lolita" são completamente
ortogonais à missão e à área de trabalho do grupo: lógica.

- Deveríamos mudar o nome, pois assim evitamos possíveis associações
negativas. A mudança do nome não traz nenhum empecilho ou efeito negativo ao
propósito e aos trabalhos do grupo de pesquisa, que, repito, é a *lógica*

Em resumo, não se trata de uma questão de pudor ou gosto. Nesse sentido,
concordo que o ponto citado por JM que menciona "mau gosto" não é muito
convincente, pelo menos da forma como está formulado, embora eu consiga
vislumbrar um ponto subjacente que possa ser pertinente. Enfim,
não vejo a mudança do nome como uma pauta moral. Ninguém estaria sendo
proibido de ler Nabokov, gostar de Nabokov, dançar o tango, o Jazz e o ChaCha,
fazer piada usando o termo "lolita" na mesa de buteco com os amigos, e seja lá
mais o que as pessoas acham que essa discussão seja a respeito).

--
Hermógenes Oliveira


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Cassiano Terra Rodrigues
Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA

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lealdade, humildade, procedimento

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