2008/4/10 Hudson Lacerda <[EMAIL PROTECTED]>:
>  Certo, mas ainda não vi em sua proposta um meio de o eleitor checar o
> conteúdo do próprio voto, que é evidente no papel. Você propõe um bom meio
> de se checar _se_ o voto foi computado, mas não se foi contado para o
> candidato _preferido_ pelo eleitor.
>
>  Seu método parece bom para auditar os votos, uma vez registrados. A única
> falha que aponto é que esse processo não assegura o registro correto do
> voto, que só pode ser fiscalizado e conferido pelo eleitor, no momento da
> votação, e então por ninguém mais (nem mesmo o eleitor, para manter o sigilo
> do voto).

É isso que quero dizer com "consultar o voto". Ao consultar o voto (a
consulta exibe para quem o cidadão votou) o cidadão tem certeza que
seu voto foi transmitido. É papel dos fiscais da votação fazer com que
todos os votos publicados sejam contados, através do controle do
processo (acesso às mídias, etc).

A idéia é que a base de dados de consulta seja capaz de fornecer os
totais, que devem sempre bater com os resultados das eleições, com
base nas mídias extraídas das urnas.

Quando eu disse que todo o sistema deve ser aberto, isso inclui esse
sistema de consulta. A única forma desse valor aparecer na consulta e
não ser incluso na totalização é através da implementação intencional
deste recurso, o que não sobreviverá a uma auditoria do código.

>
>  Note que não precisamos de 'formas mais elaboradas'. Quanto mais simples
> melhor, e é importante que qualquer eleitor comum seja capaz de fiscalizar;
> um X no papel qualquer um confere a olho nu, mas meios eletrônicos demandam
> mais conhecimento técnico e dependem de equipamentos.

Isso com o papel é fundamentado apenas em esperanças. Existe uma
ligação causal muito forte em um sistema inteiramente automático,
verificável, isolável e reproduzível que não existe num sistema
baseado nos sentidos humanos para processar uma imença quantidade de
dados.

Não há razão em desfavorecer um sistema superior em questões de
precisão e confiabilidade simplesmente porque parte da clientela não o
compreende. Quem quizer estudar poderá compreendê-lo, mas não é como
se antes disso ele fosse inferior.

Imagine quem fica doente e vai bater tambor, pois consegue imaginar
uma entidade qualquer lutando contra um espírito do mal em seu corpo,
ao invés de tomar um remédio, já que não consegue imaginar as reações
químicas.

Se alguém coloca um pedaço de papel numa urna e se dá por satisfeito,
isso nada tem a ver com a confiabilidade do processo.

>
>  A combinação de -ambos- voto em papel _e_ voto eletrônico é garantia maior
> do que qualquer um dos processos sozinho.

Se a votação eletrônica for comprovadamente superior, manter um
processo em papel em paralelo é como andar de bicicleta dentro de um
navio e dizer que usou uma bicicleta para cruzar o oceano.


-- 
Opções desconhecidas do gcc:
 gcc --bend-finger=padre_quevedo
O que faz:
 dobra o dedo do Padre Quevedo durante a execução do código compilado.

Não uso termos em latim, mas poderia:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Latin_phrases_(full)

A ignorância é um mecanismo que capacita um tomate a saber de tudo.


 "Que os fontes estejam com você..."

Glauber Machado Rodrigues
PSL-MA

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