RE: [obm-l] Re: [obm-l] Sobre as provas do ITA

2004-02-10 Por tôpico Vitor Paizam
 Existe Física 1,2,3 e 4 do Halliday visto em faculdades  e existe 
Fundamentos de Física1,2,3 e 4 tmb do Halliday, de qual vcs estão falando ?


From: [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Sobre as provas do ITA
Date: Mon, 9 Feb 2004 16:32:43 -0300
Valeu as dicas!!!Ah, eu ganhei de presente um Serway e um HALLIDAY.
-- Mensagem original --
Vou colar aqui uma mensagem que enviaram para esta lista mesmo, falando
sobre

livros bons para vestibulares concorridos. Veja:


[ ... Olá...bem...em matemática..para pegar base..estude pelo
Fundamentos de Matematica do Gelson Iezzi da editora
Atual...pra aprofundar estude pelo livro russo Lidski da
Mir...em fisica...Topicos de Fisica pra base e Halliday
e Saraeva pra aprofundar...quimica..use o Ricardo Feltre
pra pegar base e Renato Garcia pra aprofundar...
É isso ... ]




Em uma mensagem de 6/2/2004 17:45:07 Hor. de verão leste da Am. Sul,
[EMAIL PROTECTED] escreveu:


 Ola turma!
 bem, nesta segunda devo estar em Sao Carlos para confirmar matricula
na

 USP.Provavelmente nao receberei este e-mail mas la vai...Voces tem 
alguma
ideia
 de um bom livro de Quimica para o ITA?
 Ah,quanto as provas de 90 a 97, eu so tenho escritas, e por enquanto
to
na
 maior preguiça de escrever...Mas nao se preocupe,quando eu acordar eu
mesmo

 vou e dou um help.

 Te mais!!!Ass.:Johann








TRANSIRE SVVM PECTVS MVNDOQUE POTIRE

CONGREGATI EX TOTO ORBE MATHEMATICI INSIGNIA TRIBVUERE

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Re: [obm-l] Numero de Napier

2004-02-10 Por tôpico Bruno Lima
numero de Napier é o mesmo que numero de Euler? Defina numero de NapierJefferson Franca [EMAIL PROTECTED] wrote:

Será q alguém sabe como calcular o valor numérico do número de Napier n, mas sem usar Taylor ?Yahoo! GeoCities: 15MB de espaço grátis para criar seu web site!

[obm-l] livro

2004-02-10 Por tôpico Bruno Lima
 Alguem ai conhece um bom livro para introducao à geometria projetiva?
preciso de algo mais geometrico do que algebrico, na verdade estou interessado em uma coisa bem particular: projetar curvas (solucoes de EDO) do plano na esfera e vice-versa...se eu nao estiver engando isso de chama compactificação de Poincaré.

obrigadoYahoo! GeoCities: 15MB de espaço grátis para criar seu web site!

[obm-l] livros

2004-02-10 Por tôpico Daniel Pini



Olá caros colégas da lista. Queria saber se alguém 
aqui teria um dos seguintes livros, ou saberia em que biblioteca eu poderia 
encontrá-los (eu sou do Paraná):
Geometría Elemental do Pogorélov 
A. V.
Solving Problems in Geometry do 
Mordokovich
Solving Problems in Algebra and 
Trigonometry do Litvinenko V.

Obs: todos estes livros são da editora 
MIR

Valeu, Daniel.



Re: [obm-l] Numero de Napier

2004-02-10 Por tôpico Henrique Patrício Sant'Anna Branco
 numero de Napier é o mesmo que numero de Euler? Defina numero de Napier

Sim, é o mesmo número irracional e ~ 2.71828...

Henrique.

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Re: [obm-l] Matrizes Inversiveis

2004-02-10 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Mon, Feb 09, 2004 at 03:10:49PM -0200, Augusto Cesar de Oliveira Morgado wrote:
 Apenas invertível está nos dicionários.

Eu devo confessar nunca pesquisei de forma sistemática esta questão.
Mas os dicionários não são perfeitos, uma edição do Aurélio não tinha
a palavra desatualizado, mas estamos chegando muito perto de
um tópico off-topic que gerou briga recentemente. De qualquer
maneira a língua evolui.

Eu acho meio boba a discussão inversível x invertível e uso de forma
mais ou menos indiferente, com leve preferência pela forma inversível,
mais popular e que também me parece mais coerente com palavras
parecidas (conversível, reversível, irreversível).

[]s, N.
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Re: [obm-l] Juros simples: isto existe?

2004-02-10 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Mon, Feb 09, 2004 at 03:13:43PM -0200, Augusto Cesar de Oliveira Morgado wrote:
 Muito bem. Essa eh a unica situaçao em que juros simples sao usados.

Neste outro caso, por outro lado, acho que o Morgado e eu concordamos.
Este é o único exemplo de juros simples que eu já vi.
Mesmo depois de ter visto este exemplo ainda acho muito estranha
a idéia de ensinar juros simples e não ensinar juros compostos.

[]s, N.
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Re: [obm-l] Problema Interessante

2004-02-10 Por tôpico Artur Costa Steiner
O Marcio Cohen propos, no ultimo domingo, um problema interessante, provar
que x = arccos[((sqrt(5)-1)/2]/pi eh irracional. Eu achei que isto poderia
ter solucao por fracoes continuas ou com base na divisao aurea. Mas por aih
nao cheguei a nada. 

Depois eu notei que (sqrt(5)-1))/2 eh uma das dua raizes da equacao do
segundo grau, de coeficientes inteiros, 2x^2 + x -1 =0, de modo que
(sqrt(5)-1))/2 eh algebrico. Observamos ainda que cos(pi*x) =(sqrt(5)-1))/2,
o que implica em que a parte real de e^(pi*x) seja Re[^(pi*x)] = 
sqrt(5)-1))/2. Neste ponto eu me lembrei que parece que hah um teorema (mao
estou abolutamente certo) o qual diz que, com excecao de -1, 0 e 1, as
partes reais das raizes inteiras da unidade sao transcendentes. Se alguem se
lembrar deste teorema, caso efetivamente exista, e puder apresentar ou mesmo
rascunhar uma prova, eu gostaria. 

Bom, assumindo-se que o citado teorema efetivamente exista, concluimos que
Re[e^(pi*x)] ek algebrico e que, desta forma, e^(pi*x*i) nao eh raiz da
unidade. Se x for racional, entao existem inteiros p0 e q0 tais que x
=p/q. Logo pi*x*i = pi* p/q *i e e^(pi*x*i)= cos(p*pi/q) + i * sen(p*pi/q).
Logo, [e^(pi*x*i]*q = cos(p*pi) + i * sen(p*pi). Mas eh sempre possivel
escolhermos p/q = x de modo que p seja par e que, consequentemente,
cos(p*pi)  = 1 e sen(p*pi) =0. Isto nos mostra que existe q inteiro  tal que
[e^(pi*x*i]*q  =1 . A conclusao eh que se x eh racional entao e^(pi*x*i) eh
raiz da unidade para algum inteiro p. 
dado que, no caso prooposto, e^(pi*x*i) nao eh raiz da unidade, segue-se que
x eh iracional.
Supondo-se, eh claro, que o teorema que citei existe...Vou tentar
demonstra-lo, se possivel.
Artur



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Re: [obm-l] Numero de Napier

2004-02-10 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Tue, Feb 10, 2004 at 01:12:39PM -0300, Henrique Patrício Sant'Anna Branco wrote:
  numero de Napier é o mesmo que numero de Euler? Defina numero de Napier
 
 Sim, é o mesmo número irracional e ~ 2.71828...

Que tal a fração contínua de e? Veja

http://www.microsoft.com/research/~cohn/Papers/e.ps

[]s, N.
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Re: [obm-l] Problema Interessante

2004-02-10 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Tue, Feb 10, 2004 at 01:50:10PM -0200, Artur Costa Steiner wrote:
 Neste ponto eu me lembrei que parece que hah um teorema (mao
 estou abolutamente certo) o qual diz que, com excecao de -1, 0 e 1, as
 partes reais das raizes inteiras da unidade sao transcendentes. Se alguem se
 lembrar deste teorema, caso efetivamente exista, e puder apresentar ou mesmo
 rascunhar uma prova, eu gostaria. 

Você certamente está confundindo o enunciado. Se z^n = 1 então z é um inteiro
algébrico, o conjugado z^(n-1) também é, e a parte real dele, (z + z^(n-1))/2
é a metade de um inteiro algébrico logo um número algébrico.

[]s, N.
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Re: [obm-l] livro

2004-02-10 Por tôpico niski


Bruno Lima wrote:

   Alguem ai conhece um bom livro para introducao à geometria projetiva?
Procure o livro do prof. Carlos B. Marmo.

--
Niski - http://www.linux.ime.usp.br/~niski
When we ask advice, we are usually looking for an accomplice.
Joseph Louis LaGrange
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Re: [obm-l] Numero de Napier

2004-02-10 Por tôpico Ricardo Bittencourt
Jefferson Franca wrote:

Será q alguém sabe como calcular o valor numérico do número de Napier n, 
mas sem usar Taylor ?
	Pô, mais Taylor converge tão rápido pra e^x...

Lembro-me que em minha infância pobre, eu fazia
colégio técnico e era o único da turma com calculadora de
quatro operações ao invés de científica. Aí tinha lá
que calcular tempo de descarga de capacitor, e^x eu fazia
por Taylor mesmo! E às vezes ainda acabava a prova antes
do resto da sala hehehe.

Ricardo Bittencourt   http://www.mundobizarro.tk
[EMAIL PROTECTED]   tenki ga ii kara sanpo shimashou
-- União contra o forward - crie suas proprias piadas --
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Re: [obm-l] Juros simples: isto existe?

2004-02-10 Por tôpico niski
Professor Nicolau. O sr. disse que acha inutil ensinar as criancas juros 
simples pq afinal as criancas nao vao usa-las já que as aplicacoes sao 
beem limitadas. Por outro lado as criancas que nao vao seguir o caminho 
das ciencas exatas nunca vao usar tb conceitos como binomio de newton 
(por exemplo). Nesse aspetco como vc pode justificar por que é a favor 
que tirem juros simples do curriculo e mantenham o binomio de newton?

obs: de qq forma eu sou a favor de que se mantenham os dois 
ponderando-se as importancias dos assuntos

Nicolau C. Saldanha wrote:

On Mon, Feb 09, 2004 at 03:13:43PM -0200, Augusto Cesar de Oliveira Morgado wrote:

Muito bem. Essa eh a unica situaçao em que juros simples sao usados.


Neste outro caso, por outro lado, acho que o Morgado e eu concordamos.
Este é o único exemplo de juros simples que eu já vi.
Mesmo depois de ter visto este exemplo ainda acho muito estranha
a idéia de ensinar juros simples e não ensinar juros compostos.
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Re: [obm-l] Problema Interessante

2004-02-10 Por tôpico Artur Costa Steiner


- Mensagem Original De:
[EMAIL PROTECTED]Para: "[EMAIL PROTECTED]"
[EMAIL PROTECTED]Assunto: Re: [obm-l] Problema
InteressanteData: 10/02/04 15:11On Tue, Feb 10, 2004 at 01:50:10PM -0200, Artur Costa Steiner
wrote: Neste ponto eu me lembrei que parece que hah um teorema
(mao estou abolutamente certo) o qual diz que, com excecao de -1, 0
e 1, as partes reais das raizes inteiras da unidade sao
transcendentes. Se alguem se lembrar deste teorema, caso
efetivamente exista, e puder apresentar ou mesmo rascunhar uma
prova, eu gostaria. Você certamente está confundindo o enunciado. Se
z^n = 1 então z é um inteiroalgébrico, o conjugado z^(n-1) também é, e a
parte real dele, (z + z^(n-1))/2é a metade de um inteiro algébrico logo
um número algébrico.Obrigado. Entao, a prova que apresentei deixa de
valer.Artur


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Re: [obm-l] Numero de Napier

2004-02-10 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Eu posso estar enganado mas acho que menos de 1% dos matemáticos se referem
ao e como número de Napier ou número de Euler. Este último, inclusive,
empresta seu nome a uma outra constante - justamente a constante de Euler -
igual a lim(n-inf) (1 + 1/2 + ... + 1/n - ln(n)) e chamar o e de número
de Euler pode dar confusão.

Para calcular o valor numérico de e sem usar série de Taylor, acho que a
melhor forma é usar frações contínuas:
e = [2;1,2,1,1,4,1,1,6,1,1,8,...]

Para uma demonstração (arquivo pdf), entre em:
http://research.microsoft.com/~cohn/publications.html
e vá até o final da página.

Um abraço,
Claudio.

- Original Message -
From: Henrique Patrício Sant'Anna Branco [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, February 10, 2004 1:12 PM
Subject: Re: [obm-l] Numero de Napier


  numero de Napier é o mesmo que numero de Euler? Defina numero de Napier

 Sim, é o mesmo número irracional e ~ 2.71828...

 Henrique.

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[obm-l] Descubra os lados do Triangulo

2004-02-10 Por tôpico persio ca
Pessoal

Alguem consegue resolver este problema sem usar cardano tartaglia, somente usando pura geometria.

Considere um trianguloretangulo com hipotenusa 12 e com umquadrado inscrito de lado 4. A perguntaqual é o valor total de seus catetos ?

PersioYahoo! GeoCities: 15MB de espaço grátis para criar seu web site!

Re: [obm-l] Problema Interessante

2004-02-10 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Oi, Artur:

Tem também um teorema que diz que se x e cos(pi*x) são ambos racionais,
então x = k/2 ou x = k/3 para algum k inteiro, mas não se aplica a este
problema pois (raiz(5)-1)/2 é irracional.

Mesmo não sendo aplicável, acho que é um resultado interessante por si mesmo
e cuja demonstração não é difícil.
A idéia é mostrar, por indução, que cos(n*pi*x) pode ser expresso como um
polinômio:
p(t) = a_0 + a_1*t + ... + a_n*t^n,
de grau n, em cos(pi*x) tal que:
a_n = 2^(n-1)
e
para 2 = k = n, 2^(k-1) divide a_k.

Isso implica que 2*cos(pi*x) é raiz de um polinômio mônico de grau n e
coeficientes inteiros. Logo, se 2*cos(pi*x) é racional, então 2*cos(pi*x) só
pode ser inteiro (pelo bom e velho teorema das raízes racionais) ==
cos(pi*x) = -1, -1/2, 0, 1/2 ou 1 == x = k/2 ou x = k/3 com k inteiro.

Um corolário que eu acho interessante é que se as medidas dos lados e dos
ângulos (em graus) de um triângulo são todas racionais, então esse triângulo
é equilátero.

*

De qualquer forma talvez dê pra aproveitar alguma idéia do teorema acima pra
resolver o problema do Márcio.

Um abraço,
Claudio.

- Original Message -
From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, February 10, 2004 12:50 PM
Subject: Re: [obm-l] Problema Interessante


 O Marcio Cohen propos, no ultimo domingo, um problema interessante, provar
 que x = arccos[((sqrt(5)-1)/2]/pi eh irracional. Eu achei que isto poderia
 ter solucao por fracoes continuas ou com base na divisao aurea. Mas por
aih
 nao cheguei a nada.

 Depois eu notei que (sqrt(5)-1))/2 eh uma das dua raizes da equacao do
 segundo grau, de coeficientes inteiros, 2x^2 + x -1 =0, de modo que
 (sqrt(5)-1))/2 eh algebrico. Observamos ainda que cos(pi*x)
=(sqrt(5)-1))/2,
 o que implica em que a parte real de e^(pi*x) seja Re[^(pi*x)] =
 sqrt(5)-1))/2. Neste ponto eu me lembrei que parece que hah um teorema
(mao
 estou abolutamente certo) o qual diz que, com excecao de -1, 0 e 1, as
 partes reais das raizes inteiras da unidade sao transcendentes. Se alguem
se
 lembrar deste teorema, caso efetivamente exista, e puder apresentar ou
mesmo
 rascunhar uma prova, eu gostaria.

 Bom, assumindo-se que o citado teorema efetivamente exista, concluimos que
 Re[e^(pi*x)] ek algebrico e que, desta forma, e^(pi*x*i) nao eh raiz da
 unidade. Se x for racional, entao existem inteiros p0 e q0 tais que x
 =p/q. Logo pi*x*i = pi* p/q *i e e^(pi*x*i)= cos(p*pi/q) + i *
sen(p*pi/q).
 Logo, [e^(pi*x*i]*q = cos(p*pi) + i * sen(p*pi). Mas eh sempre possivel
 escolhermos p/q = x de modo que p seja par e que, consequentemente,
 cos(p*pi)  = 1 e sen(p*pi) =0. Isto nos mostra que existe q inteiro  tal
que
 [e^(pi*x*i]*q  =1 . A conclusao eh que se x eh racional entao e^(pi*x*i)
eh
 raiz da unidade para algum inteiro p.
 dado que, no caso prooposto, e^(pi*x*i) nao eh raiz da unidade, segue-se
que
 x eh iracional.
 Supondo-se, eh claro, que o teorema que citei existe...Vou tentar
 demonstra-lo, se possivel.
 Artur


 
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Re: [obm-l] Problema Interessante

2004-02-10 Por tôpico Artur Costa Steiner
 Neste ponto eu me lembrei que parece que hah um teorema (mao
 estou abolutamente certo) o qual diz que, com excecao de -1, 0 e 1, as
 partes reais das raizes inteiras da unidade sao transcendentes. Se alguem
se
 lembrar deste teorema, caso efetivamente exista, e puder apresentar ou
mesmo
 rascunhar uma prova, eu gostaria. 

Você certamente está confundindo o enunciado. Se z^n = 1 então z é um
inteiro
algébrico, o conjugado z^(n-1) também é, e a parte real dele, (z +
z^(n-1))/2
é a metade de um inteiro algébrico logo um número algébrico.

[]s, N.

Eh, confundi mesmo. O teorema certo atesta justamente o contrario do do que
admiti na minha demosntracao - que, eh claro, estah totalmente errada. 
Nao eh dificil provar o teorema acima. Se z^n =1, entao as propriedades dos
polinomios de coeficientes reais assegura que z'^(n) =1, sendo z' o
conjugado de z. Logo, z' eh um inteiro algebrico, o que implica que Re(z) =
z+z')/2 tambem o seja. Alem disto, temos que z^(n-1) = z^(n)/z = 1/z =
z'/zz' = z'/|z|^2 = z'.
Artur  


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RES: [obm-l] area de triangulo

2004-02-10 Por tôpico Douglas Ribeiro Silva








Salvo engano sua área é 32[2sqrt(3)
+ 3]



Bom, o ângulo formado entre um lado do
triangulo e um dos vértices do triangulo até o centro da circunferência mais próxima
desse vértice é 30°. Desse centro até o lado são 4cm, pois ela é tangente. Como
o ângulo é de 30° então do ponto de tangência até o vértice do triangulo vai
ser 4sqrt(3) cm. Isso obviamente vale pro outro lado do triângulo. Logo pra
descobrir o tamanho do lado falta só o meio do lado que é um
segmento de 8cm, formado pela união dos centros das circunferências internas de
raio 4cm. Logo o lado do triângulo vale 4sqrt(3) + 8 + 4sqrt(3) = 8(sqrt(3) +1) cm.



Daí:



A= L²sqrt(3)/4



Desenvolvendo dá 32[2sqrt(3) + 3] cm²



Avisem-me se por acaso saiu algo errado...
Douglas Ribeiro





-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED]puc-rio.br
[mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome
de [EMAIL PROTECTED]com
Enviada em: terça-feira, 10 de
fevereiro de 2004 00:29
Para: [EMAIL PROTECTED]puc-rio.br
Assunto: [obm-l] area de triangulo



Ola pessoal, 

Imaginem um triangulo equilatero com 3 circunferencias
de raio 4 cm inscritas neste triangulo. Cada lado do triangulo eh tangente a 2 circunferencia . Qual a area do triangulo
?








Re: [obm-l] Numero de Napier

2004-02-10 Por tôpico Artur Costa Steiner

- Mensagem Original 
De: [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
Assunto: Re: [obm-l] Numero de Napier
Data: 10/02/04 15:40

Jefferson Franca wrote:

 Será q alguém sabe como calcular o valor numérico do número de Napier n, 
 mas sem usar Taylor ?

O que vc estah chamando de Taylor, e = 1+ 1 +1/2+1/n!, parece-me
que, na realidade, eh mais propriamente a propria definicao do numero e. A
definicao usual de e eh como o valor em x= 1 da funcao e^x, e esta eh
definida pela serie de potencias e^x = 1 + x + x^2/2!  + x^n/n!. Se
vc aplicar a expansao de Taylor a esta funcao chega exatamente aaa mesma
serie. 
Uma outra forma de definirmos e eh pelo limite da sequencia (1+1/n)^n
Artur


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Re: [obm-l] Descubra os lados do Triangulo

2004-02-10 Por tôpico Claudio Buffara
Title: Re: [obm-l] Descubra os lados do Triangulo 



on 10.02.04 14:31, persio ca at [EMAIL PROTECTED] wrote:

Pessoal
 
Alguem consegue resolver este problema sem usar cardano tartaglia, somente usando pura geometria.
 
Considere um triangulo retangulo com hipotenusa 12 e com um quadrado inscrito de lado 4. A pergunta qual é o valor total de seus catetos ?
 
Persio 


Oi, Persio:

Eu assumi que um dos lados do quadrado estah contido na hipotenusa e achei que o triangulo retangulo eh tambem isosceles, com catetos medindo 6*raiz(2). Eu usei apenas semelhanca e o teorema de Pitagoras.

A saber, chamando o triangulo de ABC (A = angulo reto) e o quadrado de MNPQ (MN sobre a hipotenusa BC e os vertices considerados no sentido anti-horario, com M sendo o mais proximo de B) temos, inicialmente:

Sejam AQ = a, AP = b. 
Triangulo AQP ~ Triangulo ABC == 
AQ/AB = AP/AC = QP/BC = 4/12 = 1/3 ==
AB = 3a, AC = 3b e QB = 2a, PC = 2b

Pitagoras no triangulo AQP:
AQ^2 + AP^2 = PQ^2
a^2 + b^2 = 16 (*)

Seja BM = x.
Entao, como MN = 4, temos que NC = 8 - x.

Pitagoras no triangulo MQB:
MQ^2 + BM^2 = QB^2
16 + x^2 = 4a^2 (**)

Pitagoras no triangulo NPC:
NP^2 + NC^2 = PC^2
16 + (8-x)^2 = 4b^2 (***)

Somando as equacoes (**) e (***), usando (*) e rearranjando, obtemos:
x^2 - 8x + 16 = 0 ==
x = 4 ==
8 - x = 4 ==
BM = MQ = PN = NC = 4 ==
QB = PC = 4*raiz(2) ==
AB = AC = 6*raiz(2)



Minha maior duvida eh: Onde voce encaixa Cardano-Tartaglia (que imagino ser a formula das raizes de uma equacao do 3o. grau) nesse problema? 

Um abraco,
Claudio.





Re: [obm-l] Juros simples: isto existe?

2004-02-10 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Tue, Feb 10, 2004 at 01:13:58PM -0300, niski wrote:
 Professor Nicolau. O sr. disse que acha inutil ensinar as criancas juros 
 simples pq afinal as criancas nao vao usa-las já que as aplicacoes sao 
 beem limitadas. Por outro lado as criancas que nao vao seguir o caminho 
 das ciencas exatas nunca vao usar tb conceitos como binomio de newton 
 (por exemplo). Nesse aspetco como vc pode justificar por que é a favor 
 que tirem juros simples do curriculo e mantenham o binomio de newton?

Eu não sou contra ensinar juros bem ensinado: sou totalmente a favor.
O que eu sou contra é ensinar juros simples, que têm uma aplicação
limitadíssima, e parar aí (dando ao aluna a impressão errada de que
ele sabe calcular juros).

Acho que isto responde sua pergunta: também sou a favor de ensinar
as duas coisas. De qq maneira os dois assuntos têm personalidades
muito diferentes um do outro, pode-se dizer que um é matemática pura
e outro é uma aplicação, então acho difícil comparar.

[]s, N.
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Problema Interessante

2004-02-10 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Tue, Feb 10, 2004 at 09:42:38AM -0800, Artur Costa Steiner wrote:
 Obrigado Claudio. Mas eu lembrei errado, o teorema que
 eu citei nao existeNa realidade, conforme o
 Nicolau afirmou, as partes reais de raizes inteiras da
 unidade sao sempre inteiros algebricos.

Não tenho certeza se o erro foi meu, mas a parte real
é um número algébrico, mas em geral não é um inteiro
algébrico; por outro lado o dobro da parte real é um 
inteiro algébrico (tome z = 1/2 + i sqrt(3)/2).

[]s, N.
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Problema Interessante

2004-02-10 Por tôpico Claudio Buffara
on 10.02.04 18:21, Artur Costa Steiner at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 
 N?o tenho certeza se o erro foi meu, mas a parte
 real
 ? um n?mero alg?brico, mas em geral n?o ? um inteiro
 alg?brico; por outro lado o dobro da parte real ? um
 
 inteiro alg?brico (tome z = 1/2 + i sqrt(3)/2).
 
 []s, N.
 
 Nao Nicolau, na sua mensagem nao estava escrito que
 era um inteiro algebrico, mas apenas um numero
 algebrico. 
 Eu estou me confundindo porque eu acho que uma vez vi
 a seguinte afirmacao: Com excecao de -1, 0 e 1, a
 parte real de uma raiz da unidade nao eh um inteiro
 algebrico . Esta afirmacao eh falsa, certo?
 Artur
 
Se for verdadeira, entao o problema do Marcio acabou.

Se arccos((raiz(5)-1)/2)/(2*Pi) = m/n, com m, n inteiros e n  0, entao
(raiz(5)-1)/2 = cos(2*Pi*m/n) = parte real de uma raiz n-esima da unidade.

Mas (raiz(5)-1)/2 eh um inteiro algebrico (raiz de p(x) = x^2 + x - 1) e eh
claramente diferente de -1, 0 ou 1 ==
(raiz(5)-1)/2 nao pode ser a parte real de uma raiz da unidade ==
contradicao ==
arccos((raiz(5)-1)/2)/(2*Pi) eh irracional

Assim, talvez seja mais interessante tentar provar (ou achar um
contra-exemplo) pra afirmacao acima.



De qualquer forma, acho que exemplo do Nicolau pode ser generalizado: o
dobro da parte real de uma raiz da unidade eh sempre um inteiro algebrico.


Um abraco,
Claudio.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: RES: [obm-l] area de triangulo

2004-02-10 Por tôpico Guilherme Carlos Moreira e Silva
bem ñ entendi bem o enunciado da questao e por isto ela me pareceu facil

poderia mandar uma figura?Douglas Ribeiro Silva [EMAIL PROTECTED] wrote:







Salvo engano sua área é 32[2sqrt(3) + 3]

Bom, o ângulo formado entre um lado do triangulo e um dos vértices do triangulo até o centro da circunferência mais próxima desse vértice é 30°. Desse centro até o lado são 4cm, pois ela é tangente. Como o ângulo é de 30° então do ponto de tangência até o vértice do triangulo vai ser 4sqrt(3) cm. Isso obviamente vale pro outro lado do triângulo. Logo pra descobrir o tamanho do lado falta só o “meio” do lado que é um segmento de 8cm, formado pela união dos centros das circunferências internas de raio 4cm. Logo o lado do triângulo vale 4sqrt(3) + 8 + 4sqrt(3) = 8(sqrt(3) +1) cm.

Daí:

A= L²sqrt(3)/4

Desenvolvendo dá 32[2sqrt(3) + 3] cm²

Avisem-me se por acaso saiu algo errado... Douglas Ribeiro


-Mensagem original-De: [EMAIL PROTECTED]puc--rio.br [mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de [EMAIL PROTECTED]comEnviada em: terça-feira, 10 de fevereiro de 2004 00:29Para: [EMAIL PROTECTED]puc-rio.brAssunto: [obm-l] area de triangulo

Ola pessoal, Imaginem um triangulo equilatero com 3 circunferencias de raio 4 cm inscritas neste triangulo. Cada lado do triangulo eh tangente a 2 circunferencia . Qual a area do triangulo ?Yahoo! Mail - 6MB, anti-spam e antivírus gratuito. Crie sua conta agora!

Re: [obm-l] Problema Interessante

2004-02-10 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Tue, Feb 10, 2004 at 12:21:02PM -0800, Artur Costa Steiner wrote:
 Eu estou me confundindo porque eu acho que uma vez vi
 a seguinte afirmacao: Com excecao de -1, 0 e 1, a
 parte real de uma raiz da unidade nao eh um inteiro
 algebrico . Esta afirmacao eh falsa, certo?

Eu não conhecia, ou pelo menos não me lembro de conhecer, mas é verdadeira.
Segue abaixo o esboço da demonstração que me ocorreu.
Talvez exista outra mais simples.

A parte real é algo da forma cos(a*pi/b). Como sabemos
que (cos(a*pi/b) + i*sin(a*pi/b)) é um inteiro algébrico,
cos(...) é inteiro algébrico se e somente se sin(...) o é.
Vamos provar que estes números reais só são inteiros algébricos
casos triviais que você citou. Para ver isso vamos determinar
o polinômio de coeficientes inteiros irredutível com raiz
cos(a*pi/b) ou sin(a*pi/b).

Primeiro vou construir os polinômios de Chebyshev:
T0(x) = 1, T1(x) = x, Tn(x) = 2*x*T{n-1}(x) - T{n-2}(x),
assim T2(x) = 2x^2 - 1, T3(x) = 4x^3 - 3x, T4(x) = 8x^4 - 8x^2 + 1,
T5(x) = 16x^5 - 20x^3 + 5x, T6(x) = 32x^6 - 48x^4 + 18x^2 - 1.
É fácil provar que Tn(x) = 2^(n-1)x^n + (termos de grau mais baixo),
T{2n}(x) = (-1)^n + (termos de grau par mais alto),
T{2n+1}(x) = (-1)^n (2n+1) x + (termos de grau ímpar mais alto)
Também não é difícil provar que que as raízes de T{2n}(x) são
sin((2k+1)*pi/4n) e que as raízes de T{2n+1} são sin(k*pi/(2n+1)).
Em particular, Tn/Tm é um polinômio se e somente se n=lm, l inteiro ímpar.
A partir daí não é difícil provar que 
Yn = Produto_{l divisor ímpar de n} (T{n/l})^(mobius(l))
é um polinômio e que
Tn = Produto_{m divisor de n, n/m ímpar} Ym.
Temos Y2 = T2, Y3(x) = 4x^2 - 3, Y4 = T4, Y5 = 16x^4 - 20x^2 + 5,
Y6(x) = 16x^4 - 16x^2 + 1, ...,
Y15(x) = 256 x^8  - 448 x^6  + 224 x^4  - 32 x^2  + 1.
Claramente, para n  1, Yn é um polinômio com coeficiente líder
uma potência de 2 e coeficiente do termo independente ímpar:
em particular, Yn nunca é múltiplo de um inteiro (em Z[x]).
É consideravelmente mais difícil provar que Yn é irredutível:
se você já viu a prova de que o grau de uma raiz primitiva de
ordem n é euler(n), segue daí, ou é análogo.
Os polinômios Yn são os nosso heróis:
é bem claro (se você acreditar nas coisas que eu afirmei)
que uma raiz de um Yn não é um inteiro algébrico.

Sejam a e b são primos entre si, b  0. Vamos dividir em casos.
Se b é ímpar então sin(a*pi/b) é raiz de Yb.
Se a é ímpar e b é múltiplo de 4 então sin(a*pi/b) é raiz de Y{b/2}.
Se a é ímpar e b é par mas não múltiplo de 4,
então ao invés de sin(a*pi/b) considere
cos(a*pi/b) = sin(pi/2 - a*pi/b) = sin((b/2 - a)*pi/b).
Mas b/2 - a é par. Faça a' = (b/2 - a)/2, b' = b/2 e temos
cos(a*pi/b) = sin(a'*pi/b') com b' ímpar, portanto raiz de Yn.

[]s, N.
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Re: [obm-l] Problema Interessante

2004-02-10 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Tue, Feb 10, 2004 at 08:21:45PM -0200, Claudio Buffara wrote:
  Eu estou me confundindo porque eu acho que uma vez vi
  a seguinte afirmacao: Com excecao de -1, 0 e 1, a
  parte real de uma raiz da unidade nao eh um inteiro
  algebrico . Esta afirmacao eh falsa, certo?
  Artur
  
 Se for verdadeira, entao o problema do Marcio acabou.
 
 Se arccos((raiz(5)-1)/2)/(2*Pi) = m/n, com m, n inteiros e n  0, entao
 (raiz(5)-1)/2 = cos(2*Pi*m/n) = parte real de uma raiz n-esima da unidade.
 
 Mas (raiz(5)-1)/2 eh um inteiro algebrico (raiz de p(x) = x^2 + x - 1) e eh
 claramente diferente de -1, 0 ou 1 ==
 (raiz(5)-1)/2 nao pode ser a parte real de uma raiz da unidade ==
 contradicao ==
 arccos((raiz(5)-1)/2)/(2*Pi) eh irracional

É mesmo, eu resolvi o problema do Marcio sem notar. :-)

Bem, certamente dá para simplificar consideravelmente o que eu fiz
para este caso particular.

[]s, N.
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[obm-l] Problema

2004-02-10 Por tôpico benedito
De uma prova da olimpíada chinesa (1986/1987), um problema interessante:

A soma de  m  inteiros positivos pares e  n  inteiros positivos ímpares  é
igual  1987.
Qual é o valor máximo de  3m + 4n?

Benedito

=
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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[obm-l] O PARADOXO DE BERTRAND!

2004-02-10 Por tôpico jorgeluis
Turma! Alguma idéia a respeito do problema dos dados? Eu, particularmente, 
continuo na mesma, apesar de achar o raciocínio muito parecido com o da 
Penélope x Olívia, elucidado recentemente pelo Ralph. Enquanto isso, vejam 
abaixo um famoso paradoxo em que incrivelmente um problema sobre probabilidades 
passa a ter diversas respostas.

Escolhendo ao acaso uma corda de uma circunferência, qual é a probabilidade de 
que ela seja maior que o lado do triângulo equilátero inscrito nessa 
circunferência?


NOTA: O enfoque negativo sobre juros simples, pegou muita gente de surpresa!




WebMail UNIFOR - http://www.unifor.br
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Juros simples: isto existe?

2004-02-10 Por tôpico Laurito Alves
Caro Prof. Nicolau,

São vários os tópicos de matemática que ensinamos no Ensino Básico que têm 
aplicação limitadíssima e que passam a impressão de que ensinamos tudo. 
Números complexos, matrizes e determinantes são apenas alguns exemplos.

Acho que o problema é que os professores de matemática não sabem para que 
servem os juros simples. Não se comenta sobre o juros que incidem em multas, 
descontos de duplicatas e promissórias, compra e venda de títulos públicos.

Onde está o problema ?

Laurito Alves

From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] Juros simples: isto existe?
Date: Tue, 10 Feb 2004 17:06:03 -0200
On Tue, Feb 10, 2004 at 01:13:58PM -0300, niski wrote:
 Professor Nicolau. O sr. disse que acha inutil ensinar as criancas juros
 simples pq afinal as criancas nao vao usa-las já que as aplicacoes sao
 beem limitadas. Por outro lado as criancas que nao vao seguir o caminho
 das ciencas exatas nunca vao usar tb conceitos como binomio de newton
 (por exemplo). Nesse aspetco como vc pode justificar por que é a favor
 que tirem juros simples do curriculo e mantenham o binomio de newton?
Eu não sou contra ensinar juros bem ensinado: sou totalmente a favor.
O que eu sou contra é ensinar juros simples, que têm uma aplicação
limitadíssima, e parar aí (dando ao aluna a impressão errada de que
ele sabe calcular juros).
Acho que isto responde sua pergunta: também sou a favor de ensinar
as duas coisas. De qq maneira os dois assuntos têm personalidades
muito diferentes um do outro, pode-se dizer que um é matemática pura
e outro é uma aplicação, então acho difícil comparar.
[]s, N.
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=
_
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.  
http://messenger.msn.com.br

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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Problema

2004-02-10 Por tôpico Claudio Buffara
on 10.02.04 20:15, benedito at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 De uma prova da olimpíada chinesa (1986/1987), um problema interessante:
 
 A soma de  m  inteiros positivos pares e  n  inteiros positivos ímpares  é
 igual  1987.
 Qual é o valor máximo de  3m + 4n?
 
 Benedito
 
Me parece claro que a solucao otima eh obtida quando os m pares e os n
impares sao tao pequenos quanto possivel, de forma que pelo menos um dentre
m e n seja tao grande quanto possivel.

O enunciado nao diz que os numeros precisam ser distintos dois a dois.
Assim, a solucao otima serah obtida com m numeros 2 e n numeros 1, de forma
que 2m + n = 1987.

3m + 4n = 3m + 4(1987 - 2m) = 7948 - 5m.
Como m = 1, temos que 3m + 4n serah maximo e igual a 7943 para m = 1 e n =
1985.

Serah que tah certo isso?

Um abraco,
Claudio.


=
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[obm-l] Juros simples

2004-02-10 Por tôpico Claudio Buffara
Caros colegas da lista:

Pra mim, essa discussao sobre juros simples jah deu o que tinha que dar.

A diferenca entre juros simples e compostos eh, antes de mais nada, uma
convencao. Em outras palavras, trata-se de uma formula que deve ser
combinada entre as partes de uma dada transacao financeira.

O que importa sao os fluxos de caixa (valores dos pagamentos e recebimentos)
e as datas em que eles ocorrem.

Por exemplo, se eu aplico R$ 1000 num banco hoje, e o banco me promete R$
1100 daqui a 180 dias corridos (123 dias uteis), qual a taxa de juros da
minha aplicacao?
Resposta: Depende da convencao que eu e o banco adotamos.
Se for juros simples, ano de 360 dias, a taxa serah (1100/1000-1)*360/180 =
20% ao ano;
Se for juros simples, ano de 365 dias, a taxa serah (1100/1000-1)*365/180 =
20,28% ao ano;
Se for juros compostos, ano de 360 dias, a taxa serah
(1100/1000)^(360/180)-1 = 21% aa;
Se for juros compostos, ano de 252 dias uteis, a taxa serah
(1100/1000)^(252/123)-1 = 21,56% aa.

Em suma, quatro convencoes diferentes e quatro taxas diferentes, mas os
mesmos fluxos de caixa.

Pra terminar, um lembrete: esta eh uma lista de discussao de PROBLEMAS E
TEMAS RELACIONADOS A OLIMPIADAS DE MATEMATICA. Eu posso estar muito
enganado, mas juros simples nao se enquadram nessa categoria.

Um abraco,
Claudio.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] Complexos e Matrizes

2004-02-10 Por tôpico Claudio Buffara
on 10.02.04 21:58, Laurito Alves at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 
 São vários os tópicos de matemática que ensinamos no Ensino Básico que têm
 aplicação limitadíssima e que passam a impressão de que ensinamos tudo.
 Números complexos, matrizes e determinantes são apenas alguns exemplos.
 
Caro Laurito:

Eu sinto muito, mas sou forcado a discordar da sua mencao de numeros
complexos e matrizes como exemplos de matematica com aplicacoes
limitadissimas. O que pode ocorrer eh um professor do ensino medio nao ter
ideia do quao amplamente utilizados eles sao.

Pergunte a qualquer engenheiro eletricista envolvido em projetos se numeros
complexos servem pra alguma coisa (soh que pra eles, raiz(-1) atende pelo
nome de j e nao i)

Sobre matrizes, eu chutaria que as CPUs de todos os computadores envolvidos
em processamento de dados cientificos e tecnicos (mas nao comerciais) passam
a maior parte do tempo resolvendo sistemas lineares ou entao problemas de
otimizacao linear, ambos atraves justamente de operacoes com matrizes.

Um abraco,
Claudio.


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


RE: [obm-l] Problema

2004-02-10 Por tôpico Artur Costa Steiner


-Original Message-
From: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] On
Behalf Of Claudio Buffara

 De uma prova da olimpíada chinesa (1986/1987), um problema interessante:

 A soma de  m  inteiros positivos pares e  n  inteiros positivos ímpares
é
 igual  1987.
 Qual é o valor máximo de  3m + 4n?

 Benedito

Observamos que um aumento de uma unidade em n aumenta a funcao objetivo (que
eh linear em m e n) de 4 unidades, ao passo que o aumento de uma unidade em
m a aumenta de apenas 3 unidades. Assim, o otimo eh alcancado tornado-se n
tao grande quanto possivel, o que significa atribuir a m o estritamente
necessario para atender aa restricao. O maior valor que n pode alcancar sem
violar a restricao eh obtido escolhendo para os impares o menor valor
possivel - isto eh, 1 - e forcando que 1 X n = n = 1987. Logo, temos
justamente n = 1987. Dado que isto atende aa restricao, estabelecemos
simplesmente m=0, nao tomamos nenhum numero par. O valor otimo da funcao eh
0 X 1 + 4X 1987 = 7948.
O problema ficaria um pouco mais interessante se m fosse o numero de impares
e n o de pares.
Artur   


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


RES: RES: [obm-l] area de triangulo

2004-02-10 Por tôpico Douglas Ribeiro Silva








Acho que é isso:

http://www.klystron.kit.net/triangulo.jpg



-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED]puc-rio.br
[mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome
de Guilherme Carlos Moreira e Silva
Enviada em: terça-feira, 10 de
fevereiro de 2004 19:52
Para: [EMAIL PROTECTED]puc-rio.br
Assunto: Re: RES: [obm-l] area de
triangulo





bem
ñ entendi bem o enunciado da questao e por isto ela me pareceu facil











poderia
mandar uma figura?

Douglas Ribeiro Silva
[EMAIL PROTECTED]com.br wrote:





Salvo engano sua área é 32[2sqrt(3) + 3]



Bom, o
ângulo formado entre um lado do triangulo e um dos vértices do triangulo até o
centro da circunferência mais próxima desse vértice é 30°. Desse centro até o
lado são 4cm, pois ela é tangente. Como o ângulo é de 30° então do ponto de
tangência até o vértice do triangulo vai ser 4sqrt(3) cm. Isso obviamente vale
pro outro lado do triângulo. Logo pra descobrir o tamanho do lado falta só o
meio do lado que é um segmento de 8cm, formado pela união dos
centros das circunferências internas de raio 4cm. Logo o lado do triângulo vale
4sqrt(3) + 8 + 4sqrt(3) = 8(sqrt(3) +1) cm.



Daí:



A=
L²sqrt(3)/4



Desenvolvendo
dá 32[2sqrt(3) + 3] cm²



Avisem-me
se por acaso saiu algo errado... Douglas Ribeiro





-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED]puc-rio.br [mailto:[EMAIL PROTECTED]
Em nome de [EMAIL PROTECTED]com
Enviada em: terça-feira, 10 de
fevereiro de 2004 00:29
Para: [EMAIL PROTECTED]puc-rio.br
Assunto: [obm-l] area de triangulo



Ola pessoal, 

Imaginem um triangulo equilatero com 3 circunferencias
de raio 4 cm inscritas neste triangulo. Cada lado do triangulo eh tangente a 2 circunferencia . Qual a area do triangulo
?











Yahoo!
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Re: RES: RES: [obm-l] area de triangulo

2004-02-10 Por tôpico Faelccmm
Ola Douglas,

Obrigado. Eh exatamente isso. Tambem poderiamos achar calcular a altura para achar a area. Mas aplicando a formula da area para triangulos equilateros da no mesmo.



Em uma mensagem de 10/2/2004 23:49:59 Hora padro leste da Am. Sul, [EMAIL PROTECTED] escreveu:


Acho que  isso:
http://www.klystron.kit.net/triangulo.jpg
 
-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de Guilherme Carlos Moreira e Silva
Enviada em: tera-feira, 10 de fevereiro de 2004 19:52
Para: [EMAIL PROTECTED]
Assunto: Re: RES: [obm-l] area de triangulo
 
bem  entendi bem o enunciado da questao e por isto ela me pareceu facil

 

poderia mandar uma figura?

Douglas Ribeiro Silva [EMAIL PROTECTED] wrote:


Salvo engano sua rea  32[2sqrt(3) + 3]
 
Bom, o ngulo formado entre um lado do triangulo e um dos vrtices do triangulo at o centro da circunferncia mais prxima desse vrtice  30. Desse centro at o lado so 4cm, pois ela  tangente. Como o ngulo  de 30 ento do ponto de tangncia at o vrtice do triangulo vai ser 4sqrt(3) cm. Isso obviamente vale pro outro lado do tringulo. Logo pra descobrir o tamanho do lado falta s o meio do lado que  um segmento de 8cm, formado pela unio dos centros das circunferncias internas de raio 4cm. Logo o lado do tringulo vale 4sqrt(3) + 8 + 4sqrt(3) = 8(sqrt(3) +1) cm.
 
Da:
 
A= Lsqrt(3)/4
 
Desenvolvendo d 32[2sqrt(3) + 3] cm
 
Avisem-me se por acaso saiu algo errado... Douglas Ribeiro
 
 
-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de [EMAIL PROTECTED]
Enviada em: tera-feira, 10 de fevereiro de 2004 00:29
Para: [EMAIL PROTECTED]
Assunto: [obm-l] area de triangulo
 
Ola pessoal, 

Imaginem um triangulo equilatero com 3 circunferencias de raio 4 cm inscritas neste triangulo. Cada lado do triangulo eh tangente a 2 circunferencia . Qual a area do triangulo ?






Re: [obm-l] Financas

2004-02-10 Por tôpico Rafael
Artur,

Sobre o investimento no décimo oitavo mês, considerar que o investimento foi
ou não feito não traz diferença, pois não haverá rendimento (o qual só
ocorreria no décimo nono mês). Se escrevermos a aplicação para o décimo
oitavo mês, que desconsiderei especificamente antes e somei diretamente no
final da operação, A_18 = 6000*(1,03)^0 = 6000. Assim, não há mesmo qualquer
diferença para o problema. E, revendo os cálculos, vejo que você raciocinou
exatamente assim e, excetuando as distrações, inclusive minhas nos cálculos,
temos:

Ao final do mês 1 é feita a aplicação de R$ 2000,00;
Ao final do mês 2 é feita a aplicação de R$ 2000,00 e há a remuneração de 3%
da aplicação do mês 1;
Ao final do mês 3 é feita a aplicação de R$ 2000,00 e há a remuneração de 3%
das aplicações dos meses 1 e 2; e, assim, sucessivamente.

Ao final do mês 18 seria feita a aplicação de R$ 6000,00 e há a remuneração
de 3% das aplicações dos meses 1 a 17.

Seja A_n a aplicação feita no mês n, temos:

A_1 = 2000*1,03^17
A_2 = 2000*1,03^16
A_3 = 2000*1,03^15
A_4 = 2000*1,03^14
A_5 = 2000*1,03^13
A_6 = 2000*1,03^12

A_7 = 4000*1,03^11
A_8 = 4000*1,03^10
A_9 = 4000*1,03^9
A_10 = 4000*1,03^8
A_11 = 4000*1,03^7
A_12 = 4000*1,03^6

A_13 = 6000*1,03^5
A_14 = 6000*1,03^4
A_15 = 6000*1,03^3
A_16 = 6000*1,03^2
A_17 = 6000*1,03

Prefiro tão somente simplicar o cálculo, separá-las em três somas de
progressões geométricas:

S_1 = 2000*1,03^12*(1,03^6-1)/0,03 = 18444,81
S_2 = 4000*1,03^6*(1,03^6-1)/0,03 = 30894,48
S_3 = 6000*1,03*(1,03^5-1)/0,03 = 32810,46

O montante M é dado pelo que foi remunerado no décimo oitavo mês somado ao
que não foi investido até então.

M = S_1 + S_2 + S_3 + 6000,00 = 88149,75


Dessa forma, o resultado que você obteve pelo Excel e estes meus cálculos
concordam entre si.

Já sobre o segundo problema, não me ficou muito clara a idéia sobre ágio.
Pelo que sei, ágio é a diferença entre o valor pago por um título e o seu
valor nominal. É mesmo isso?


Abraços,

Rafael de A. Sampaio


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] Inversíveis de Z/nZ

2004-02-10 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá pessoal da lista.

Muitas vezes já li sobre o grupo multiplicativa dos elementos inversíveis de
Z/nZ para n inteiro positivo, contudo nunca me perguntei sobre a estrutura
desse grupo. Ainda nem pensei na questão e estou propondo ela na lista para
que outras pessoas também pensem sobre isto. Se alguém tiver algum
comentário, ficarei grato.

Abração,
Duda.

PS. Raramente, eu dou sinal de vida quando respondem a uma mensagem minha.
Mas isto não quer dizer que eu não leia as respostas. Eu sempre leio. Acho
que não cabe ficar enchendo a lista com mensagens de agradecimento. Eu
assumo, também, que quando respondo a alguém este alguém lê. A maioria deve
agir assim. Não entendo por que algumas pessoas ficam sentidas por não terem
resposta...

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Financas

2004-02-10 Por tôpico Faelccmm
Ola Rafael 

Rafael (xara), quanto a sua definicao de agio acho que vc esta certo. Seria uma especie de juro, remuneracao, pode significar tbem (dependendo do contexto) usura, desconto. Eh so lembram de agiota: *aquele que empresta uma quantia para alguem e depois cobra *juros* exorbitantes*

Quanto ao primeiro problema nao seria o que esta abaixo ? Se estiver errado me corrija.


P.G (1)


A_1 = 2000*1,03
A_2 = 2000*1,03^2
A_3 = 2000*1,03^3
A_4 = 2000*1,03^4
A_5 = 2000*1,03^5
A_6 = 2000*1,03^6


P.G (2)



A_7 = 4000*1,03
A_8 = 4000*1,03^2
A_9 = 4000*1,03^3
A_10 = 4000*1,03^4
A_11 = 4000*1,03^5
A_12 = 4000*1,03^6


P.G (3)


A_13 = 6000*1,03
A_14 = 6000*1,03^2
A_15 = 6000*1,03^3
A_16 = 6000*1,03^4
A_17 = 6000*1,03^5
A_18 = 6000*1,03^6


Logo o montante seria P.G (1) + P.G (2) + P.G (3)

Ps: Vc esta considerando que a aplicacao eh feita no mes m e a remuneracao no mes m+1 (renda postecipada). Por que nao considerar a remuneracao no proprio mes m (renda antecipada) ? O enunciado fala que a aplicacao eh feita ao fim de cada mes. Se levarmos com muito rigor nossa analise considerariamos este *fim de cada mes* como 23:59 horas do dia 31 (de um mes que termine em 31), neste caso a renda seria mesmo postecipada. Caso este *fim de cada mes* seja antes de 23:59 horas entao poderia ocorrer a taxa de remuneracao neste exiguo intervalo de tempo depois da aplicacao, neste caso teriamos um caso de rendas antecipadas. Mas como o enunciado nao fala isso ...








Em uma mensagem de 11/2/2004 01:09:20 Hora padrão leste da Am. Sul, [EMAIL PROTECTED] escreveu:


Artur,

Sobre o investimento no décimo oitavo mês, considerar que o investimento foi
ou não feito não traz diferença, pois não haverá rendimento (o qual só
ocorreria no décimo nono mês). Se escrevermos a aplicação para o décimo
oitavo mês, que desconsiderei especificamente antes e somei diretamente no
final da operação, A_18 = 6000*(1,03)^0 = 6000. Assim, não há mesmo qualquer
diferença para o problema. E, revendo os cálculos, vejo que você raciocinou
exatamente assim e, excetuando as distrações, inclusive minhas nos cálculos,
temos:

Ao final do mês 1 é feita a aplicação de R$ 2000,00;
Ao final do mês 2 é feita a aplicação de R$ 2000,00 e há a remuneração de 3%
da aplicação do mês 1;
Ao final do mês 3 é feita a aplicação de R$ 2000,00 e há a remuneração de 3%
das aplicações dos meses 1 e 2; e, assim, sucessivamente.

Ao final do mês 18 seria feita a aplicação de R$ 6000,00 e há a remuneração
de 3% das aplicações dos meses 1 a 17.

Seja A_n a aplicação feita no mês n, temos:

A_1 = 2000*1,03^17
A_2 = 2000*1,03^16
A_3 = 2000*1,03^15
A_4 = 2000*1,03^14
A_5 = 2000*1,03^13
A_6 = 2000*1,03^12

A_7 = 4000*1,03^11
A_8 = 4000*1,03^10
A_9 = 4000*1,03^9
A_10 = 4000*1,03^8
A_11 = 4000*1,03^7
A_12 = 4000*1,03^6

A_13 = 6000*1,03^5
A_14 = 6000*1,03^4
A_15 = 6000*1,03^3
A_16 = 6000*1,03^2
A_17 = 6000*1,03

Prefiro tão somente simplicar o cálculo, separá-las em três somas de
progressões geométricas:

S_1 = 2000*1,03^12*(1,03^6-1)/0,03 = 18444,81
S_2 = 4000*1,03^6*(1,03^6-1)/0,03 = 30894,48
S_3 = 6000*1,03*(1,03^5-1)/0,03 = 32810,46

O montante M é dado pelo que foi remunerado no décimo oitavo mês somado ao
que não foi investido até então.

M = S_1 + S_2 + S_3 + 6000,00 = 88149,75


Dessa forma, o resultado que você obteve pelo Excel e estes meus cálculos
concordam entre si.

Já sobre o segundo problema, não me ficou muito clara a idéia sobre ágio.
Pelo que sei, ágio é a diferença entre o valor pago por um título e o seu
valor nominal. É mesmo isso?


Abraços,

Rafael de A. Sampaio