2010/1/27 Ricardo Bánffy <rban...@gmail.com>:
> O que justifica a existência do neologismo "photoshopar" é o fato do
> PhotoShop ter se tornado um padrão de mercado e uma referência com a
> qual todos os programas que fazem edição de bitmaps são comparados. E
> é merecido - ele é excelente nessa função e faz muitas coisas
> importantes para profissionais gráficos que o Gimp ainda não faz.
esse é o teu julgamento. Pra mim, ainda soh explica,
mas não justifica.
> Da mesma forma que ninguém mais "xeroca" coisas, vai chegar o dia em
> que ninguém mais vai "photoshopar" suas fotos de viagem. Quando a
> necessidade do verbo desaparecer, ele vai junto.
isso se a qualidade do photoshop fosse realmente a razão
pela qual as pessoas usam o verbo. Mas a grande maioria
só quer dizer "retocar" mesmo. Usam fotochopar pq eh
mais "in", pq seus colegas descolados estão falando isso,
enfim, pra mim isso tah mais pra giria do que pra neologismo.
mas uma giria que faz publicidade de graça, assim como
qualquer adolescente obcecado por exibir a marca de
suas roupas sempre que possível.
mas na real nem eu nem você promovemos nenhuma pesquisa
para saber se eu ou você acertamos mais em nossas teorias,
portanto, neste caso, cabe a cada um julgar pela percepção
do universo que tem ao seu redor.
a única certeza aqui é que o uso de um verbo ou de um substantivo
através do nome específico de um produto, seja ele porque motivo for,
faz publicidade deste mesmo produto. É um princípio básico da publicidade
tornar "público" um produto.
> A noção expressa no documento da UNESCO é tola. Línguas ou se
> desenvolvem naturalmente, por uma sucessão de acidentes, ou acabam
> como o esperanto, que hoje conta com menos pessoas fluentes nele do
> que Klingon.
Bem, uma enorme quantidade de estudos mostra que a predominância
do gênero masculino nas linguas latinas, por exemplo, não é um
mero "acidente":
ABC of Gender Analysis, Wanjiku Mukabi Kabira and Masheti
Masinjila, Forum for African Women Educationalists (FAWE),
Nairobi, 1997.
Does Gender Matter?, S. Appelton, D. Bevan, K. Bruger, I? Collier,
J. Gunning, L. Haddad and J. Hoddinnot, Unit for the Study
of African Economies, Oxford University, Oxford, 1991.
>From WID to GAD: Conceptual Shifts in the Women and
Development Discourse, Shahrashoub Razavi and Carol
Miller, Occasional Paper, Fourth World Conference on
Women, UNRISD, Geneva, 1995.
Gender and Power: Society, the Person and Sexual Politics,
R.W. Connell, .Polity Press, Cambridge, 1987.
Gender Mainstreaming: A Study of Efforts by the UNDl?, the
World Bank and the IL0 to Institutionalize Gender Issues,
Shara Razavi and Carol Miller, Occasional Paper No 4,
UN Fourth World Conference on Women, UNRISD, August
1995.
Gender Roles in Development Projects, 0. Overholt, M.B.
Anderson, K. Cloud and J. Austin, Kumarian Press, West
Hartford, Connecticut, 1985.
Handbook of Non-Sexist Writing, Casey Miller and Kate Swift,
Women’s Press, London, 1980.
Laquage and Woman’s Place, Robin Lakoff, Harper & Row,
1973.
Man Made Laquage, Dale Spender, Routledge & Kegan Paul,
London, 1980.
The Power and the Word: Laquage, Power and Change,
Roger Andersen, Paladin, Graften Books, London, 1988.
UNESCO Officia1 Correspondence Guide, 1998.
United Nations Editorial Directive on Gender-Neutral
Laquage, July 1998.
Who Takes the Credit? Gender, Power, and Control over
Loan Use in Rural Credit Programmes in Bangladesh,
A.M. Goetz, R. Sen Gupta, Institute of Development Studies
mimeo, 1994.
Womanwords, Jane Mills, Virago, London, 1991.
Women and Rural Development Policies: The Changing
Agenda, D. Kandiyoti, Discussion Paper No 244, Institute
of Development Studies, Brighton, 1988.
Women, Men and Laquage, Jennifer Coates, Longman, New
York, 1986.
Women’s Role in Economie Development, E. Boserup,
St-Martin’s Press, New York, 1970.
Words and Women: Laquage and the Sexes, Casey Miller
and Kate Swift, Penguin Books, 1976.
Mas ainda bem que as pessoas podem escolher
entre um argumento sustentado por anos de pesquisa
a uma simples tolice, né?
att.,
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Fabianne Balvedi
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"É muito difícil servir a esta incrível espécie chamada humano.
Informe-o de uma verdade que, se aceita, poderá alterar sua maneira
estereotipada de viver, e ele provavelmente condenará você como
radical e insistirá teimosamente no primado dos seus instintos;
de outro lado, demonstre indiferença a este compromisso,
e ele o denunciará por ser indiferente aos seus sofrimentos."
-- Alice Bailey
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