Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-31 Por tôpico Fabianne Balvedi
Por mais que me achem paranóica, acho difícil que uma
major como a Virgin não tenha verificado todas as implicações
do uso da foto (o setor de publicidade dela é interno).
Não acredito que foi somente por economia. Ainda acho
que houve uma intenção de causar embutida, pois olha só
o que dizem as leis da Austrália:

Australian Federal Trade Practice law is ruthlessly unambiguous:
according to the Passing Off provisions in the Commonwealth Trade
Practices Act 1974, (Part V — Division 1 — Unfair practices eg.
Section 53), if you are silly enough to use a photo of someone without
their permission (ie. without a signed Model Release), in an
advertisement or other commercial context, then you are guaranteed to
become a defendant in a statutory damages claim.

Essa passagem foi extraída da discussão mais séria sobre este assunto
está rolando aqui:

tinyurl.com/2ue9fw


-- 
Fabianne Balvedi
GNU User #286985
http://fabs.estudiolivre.org
Nada melhor que as situações extremas
para nos fazerem repensar e analisar
o que realmente vale a pena.
Roberta Nunes
___
PSL-Brasil mailing list
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Regras da lista: 
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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-27 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 26/10/07, Felipe Augusto van de Wiel (faw)[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Por isso que eu me referia à parte de Copyright e por
 isso que disse, desde o começo, que há outras implicações, e que
 dificilmente pode-se definir algo apenas com suposições, a decisão
 final viria com as partes envolvidas perante um juiz. :-)

No caso brasileiro onde o direito é naturalista, sim, no caso alemão
onde é positivista, já fica mais difícil... Realmente é uma coisa que
tem que ser vista o local da ação e julgamento e acho que discutirmos
aqui não resultará em nada lá, mas devemos discutir para termos algo
já formando quando a questão vier a ser real aqui.

 Não só isso, mas eu estou falando de itens que passam as
 barrerias dos países, o que é extremamente comum em Software Livre,
 exatamente do conceito de que temos uma nova forma de produzir
 conhecimento e que os aspectos atuais de direito autoral não
 cobrem bem esse novo modelo de produção que é amplamente empregado
 no Software Livre.

É uma discussão pra lá de interessante sim, uma vez que a idéia é
libertar o conhecimento, independente das barreiras físicas, mas há
que se ver casos como o fato do DpenSSH não poder ser exportado para
países do círculo do mal (Iraque, Coréia do Norte, Cuba,  etc) por
terem sido criados em um país que restringe a exportação de códigos
referentes a criptografia forte para países mapeados como fontes do
mal (u que meda)

 Antes que alguém pense besteira, não estou dizendo para
 rasgar a Convenção de Berne, o que estou dizendo é que ela precisa
 de atualização para definir mais claramente algumas áreas cinzas
 (Copyright de empresas, o domínio público após 70 anos, copyright
 coletivo).

Concordo.

  Finalmente, quando falamos de software livre, não temos
  muito como escolher se o software será utilizado em um hospital para
  salvar vidas, ou em um silo de ogivas nucleares para controlar o
  arsenal, este é o ponto onde as questões éticas aparecem e as várias
  culturas podem se chocar.
 
  Péé! Temos sim.

 Temos? Em todos os países? E *todos* concordam? Interessante...

Quando você falou temos, pensei em nós, Brasil, pois cada país é um
caso à parte, mas achei que isso estava claro com a citação das leis
abaixo. Vou ser mais explícito da próxima vez. ;-)

  http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9609.htm

 Pena não ter os links para as outras leis internacionais que
 cobrem esta mesma idéia e conceito...

Não existem leis internacionais, apenas acordos. Lei é algo ao qual
você tem que se submeter, já acordo é algo que vc acorda (duh! ficou
ruim a definição). A lei internacional imposta acabaria com o
princípio de soberania de uma nação, ou seja, onde ela é soberana
sobre as leis que seguirá ou terá. Então, links sobre acordos devem
existir sim, só que eu não conheço nenhum que cubra software
especificamente. Deve até ter, mas eu não conheço, me desculpe pela
ignorância nesse aspecto.

  DA PROTEÇÃO AOS DIREITOS DE AUTOR E DO REGISTRO
 
   Art. 2º O regime de proteção à propriedade intelectual de
  programa de computador é o conferido às obras literárias pela
  legislação de direitos autorais e conexos vigentes no País, observado
  o disposto nesta Lei.
 
  § 1º Não se aplicam ao programa de computador as disposições relativas
  aos direitos morais, ressalvado, a qualquer tempo, o direito do autor
  de reivindicar a paternidade do programa de computador e o direito do
  autor de opor-se a alterações não-autorizadas, quando estas impliquem
  deformação, mutilação ou outra modificação do programa de computador,
  que prejudiquem a sua honra ou a sua reputação.
 
  Se eu for contra, e compravar que o uso prejudica minha honra ou
  reputação, posso solicitar que o uso e alterações sejam cancelados...

 Legal, bacana colar pedaços da lei e tal, causa aquela
 boa impressão de saber do que estamos falando, agora onde mesmo
 é que o conceito de software livre cobre o direito de mudar de
 idéia e dizer que o cara não pode mais usar o software?

Não falava sobre o conceito de Software Livre, mas sobre o que há de
fato na lei brasileira. Não distorce minhas palavras..

 Eu entendo que a lei brasileira tenha esta cláusula e até concordo
 com as razões pelas quais ela foi criada e realmente vejo um uso
 justo deste conceito, mas isso não significa que você possa
 aplicar este conceito ao Software livre, respeitando as quatro
 liberdades.

Exato, mas eu, novamente, não mencionei isso como princípio de
software livre, mas como instrumento brasileiro legal existente que
compromete a afirmação que você fez lá em cima onde eu não poderia
questionar o uso do meu software por determinada legislação. Pelo SL
não poderia, mas pela lei brasileira sim... Veja que o conceito não se
sobrepões à legislação.

 Lá no começo eu disse que as leis diferem de país pra
 país, em alguns lugares, se eu disse que você pode usar para o
 que bem entender, nenhuma lei pode mudar isso, é 

Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-27 Por tôpico Pablo Sánchez
Ah, só esclarecendo:

Qüé, qüé, qüuu é que seria o esquema torta na cara.

Pé é resposta errada.

Um abc

Em 27/10/07, Pablo Sánchez[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Em 26/10/07, Felipe Augusto van de Wiel (faw)[EMAIL PROTECTED] escreveu:
  Por isso que eu me referia à parte de Copyright e por
  isso que disse, desde o começo, que há outras implicações, e que
  dificilmente pode-se definir algo apenas com suposições, a decisão
  final viria com as partes envolvidas perante um juiz. :-)

 No caso brasileiro onde o direito é naturalista, sim, no caso alemão
 onde é positivista, já fica mais difícil... Realmente é uma coisa que
 tem que ser vista o local da ação e julgamento e acho que discutirmos
 aqui não resultará em nada lá, mas devemos discutir para termos algo
 já formando quando a questão vier a ser real aqui.

  Não só isso, mas eu estou falando de itens que passam as
  barrerias dos países, o que é extremamente comum em Software Livre,
  exatamente do conceito de que temos uma nova forma de produzir
  conhecimento e que os aspectos atuais de direito autoral não
  cobrem bem esse novo modelo de produção que é amplamente empregado
  no Software Livre.

 É uma discussão pra lá de interessante sim, uma vez que a idéia é
 libertar o conhecimento, independente das barreiras físicas, mas há
 que se ver casos como o fato do DpenSSH não poder ser exportado para
 países do círculo do mal (Iraque, Coréia do Norte, Cuba,  etc) por
 terem sido criados em um país que restringe a exportação de códigos
 referentes a criptografia forte para países mapeados como fontes do
 mal (u que meda)

  Antes que alguém pense besteira, não estou dizendo para
  rasgar a Convenção de Berne, o que estou dizendo é que ela precisa
  de atualização para definir mais claramente algumas áreas cinzas
  (Copyright de empresas, o domínio público após 70 anos, copyright
  coletivo).

 Concordo.

   Finalmente, quando falamos de software livre, não temos
   muito como escolher se o software será utilizado em um hospital para
   salvar vidas, ou em um silo de ogivas nucleares para controlar o
   arsenal, este é o ponto onde as questões éticas aparecem e as várias
   culturas podem se chocar.
  
   Péé! Temos sim.
 
  Temos? Em todos os países? E *todos* concordam? Interessante...

 Quando você falou temos, pensei em nós, Brasil, pois cada país é um
 caso à parte, mas achei que isso estava claro com a citação das leis
 abaixo. Vou ser mais explícito da próxima vez. ;-)

   http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9609.htm
 
  Pena não ter os links para as outras leis internacionais que
  cobrem esta mesma idéia e conceito...

 Não existem leis internacionais, apenas acordos. Lei é algo ao qual
 você tem que se submeter, já acordo é algo que vc acorda (duh! ficou
 ruim a definição). A lei internacional imposta acabaria com o
 princípio de soberania de uma nação, ou seja, onde ela é soberana
 sobre as leis que seguirá ou terá. Então, links sobre acordos devem
 existir sim, só que eu não conheço nenhum que cubra software
 especificamente. Deve até ter, mas eu não conheço, me desculpe pela
 ignorância nesse aspecto.

   DA PROTEÇÃO AOS DIREITOS DE AUTOR E DO REGISTRO
  
Art. 2º O regime de proteção à propriedade intelectual de
   programa de computador é o conferido às obras literárias pela
   legislação de direitos autorais e conexos vigentes no País, observado
   o disposto nesta Lei.
  
   § 1º Não se aplicam ao programa de computador as disposições relativas
   aos direitos morais, ressalvado, a qualquer tempo, o direito do autor
   de reivindicar a paternidade do programa de computador e o direito do
   autor de opor-se a alterações não-autorizadas, quando estas impliquem
   deformação, mutilação ou outra modificação do programa de computador,
   que prejudiquem a sua honra ou a sua reputação.
  
   Se eu for contra, e compravar que o uso prejudica minha honra ou
   reputação, posso solicitar que o uso e alterações sejam cancelados...
 
  Legal, bacana colar pedaços da lei e tal, causa aquela
  boa impressão de saber do que estamos falando, agora onde mesmo
  é que o conceito de software livre cobre o direito de mudar de
  idéia e dizer que o cara não pode mais usar o software?

 Não falava sobre o conceito de Software Livre, mas sobre o que há de
 fato na lei brasileira. Não distorce minhas palavras..

  Eu entendo que a lei brasileira tenha esta cláusula e até concordo
  com as razões pelas quais ela foi criada e realmente vejo um uso
  justo deste conceito, mas isso não significa que você possa
  aplicar este conceito ao Software livre, respeitando as quatro
  liberdades.

 Exato, mas eu, novamente, não mencionei isso como princípio de
 software livre, mas como instrumento brasileiro legal existente que
 compromete a afirmação que você fez lá em cima onde eu não poderia
 questionar o uso do meu software por determinada legislação. Pelo SL
 não poderia, 

Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-27 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 27/10/07, Felipe Augusto van de Wiel (faw)[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Isso, agora faz como o Tio Tata ensinou, tapa os ouvidos,
 fica só de cuequinha e corre na sala em círculos cantando Ciranda
 Cirandinha pra Mamãe e pro Papai ver que bonitinho. (Mas espera
 até o Vovô Pupo pegar a filmadora). :-)

Meu avô não chama Pupo. :-D

Cara, de boa, estamos numa lista brasileira, e por mais que seja legal
discutir o que há em outros países, é importante discutir os aspectos
sob uma ótica legal. Então, resumindo uma longa discussão, temos o
seguinte: a lei brasileira precisa ser atualizada urgentemente, pois a
realidade de produção de software atual não é a mesma de 20 anos
atrás, quando a MS reinava soberana colocando seu OS em tudo que é
lugar e manipulando por seu poderia econômico e de origem (EUA) a
legislação de outros países.

Acho que agora chegamos a um consenso no fato da legislação brasileira
já não atender mais à realidade e por isso precisar de revisão.

Apenas esclarecendo, eu tento trazer a discussão sempre baseada em uma
realidade brasileira, e não na realidade global apenas, muito mais
bonita que o que temos...

Um abc
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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-26 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 26/10/07, Olival Gomes Barboza Júnior[EMAIL PROTECTED] escreveu:
   Mensagem original 

   Pablo Sánchez escreveu:
  Relaxa, esse é o tipo de alfinetada que o Olival sempre dá sem
 perceber, não era nada pessoal, ele só achou estranho o link estar
 meio doido. :-D No stress por isso gente. Foco no que interessa.

  Opa! Como eu disse na msg q era só pra Fabi, mas q já encaminhei pra lista,
 não era bronca, era só cautela com um link q diz uma coisa e leva pra
 outra.

Pois é, o que quis dizer é que às vezes isso te escapa, normal, eu
também faço isso. Aliás, acho que o caso acima também foi um exemplo
de alfinetada minha sem querer, já que mereceu até uma resposta e
justificativa. ;-)

  Interessante o questionamento, porque aparentemente quem fez uso
 ilegal e licenciou ilegalmente foi a irmã. A Virgin apenas assumiu que
 estava fechando um contrato válido com um autor válido. É como a
 pessoa que compra um carro roubado sem saber, a culpa é da pessoa? Ela
 vira receptadora?

  Aí me parece q caímos naquela questão q parece ser a base da cultura
 litigiosa norte-americana: vc ganha mais dinheiro processando a irmã q
 vive de mesada ou a Virgin?

humm... xô pensar... vou pedir ajuda dos universitários.

 É gente... FODA-SE O BLOG! Ele não é o assunto que devemos discutir!

  Pô, nem tinha nada a ver com ser um blog... O problema era o link, não seu
 destino. Embora o post do blog tbém estivesse uma pérola de FUD. Eu deixei
 um comentário por lá dizendo ao autor q ele colocou coisas ali q
 simplesmente eram MENTIRAS. Checar seus fatos é sempre uma boa política...
 ;-)

Ok, é que eu tava vendo esse assunto pela segunda vez no mesmo e-mail
e já tava ficando p da vida em ver o que era importante se
desvirtuando e se perdendo por isso. Desculpem pelo meu palavreado.
Devida ter colocado dane-se no lugar que ficava menos ofensivo. ;-)
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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-26 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/10/07, Olival Gomes Barboza Júnior[EMAIL PROTECTED] escreveu:

  Pablo Sánchez escreveu:
  Em 25/10/07, Olival Gomes Barboza Júnior[EMAIL PROTECTED] escreveu:


  Figuras públicas vivem sendo expostas em fotos obtidas de formas bem
 pouco éticas. Se essas figuras tentam reagir (fisicamente ou legalmente)
 contra essa exposição, o público logo toma o lado dos paparazzo e acaba
 por criticar justamente aqueles q queriam preservar sua privacidade.

  Liberdade de imprensa

  Nope! Usar o argumento de liberdade de imprensa para justificar, digamos, o
 cara subir no último andar de um prédio para usar sua
 super-duper-teleobjetiva para fotografar a atriz da novela depilando as
 axilas no prédio ao lado é (IMHO) abusar do conceito. E, infelizmente,
 sempre se confunde por aqui regulação com censura. Mas, até aí, por aqui o
 jornalista tbém costuma chamar o patrão de colega de trabalho . . . ;-)

Eu me referia a outro tipo de fotografias na imprensa. Casos como esse
são realmente infelizes, e não podem ser chamados de imprensa só
porque saiu no jornal. Te digo isso como Jornalista formado.
Jornalismo não é isso mesmo, e concordo com o que você disse. Não tem
nada a ver tirar fotos de momentos íntimos. Mas há outro tipo de
figura pública, como o caso do ex-diretor da ANAC fazendo aquele gesto
bonito na hora que soube que não tinha nada a ver com a ANAC o
acidente (embora sempre tenha) mas sim com um erro do piloto. Feio
ficou não em ele manifestar alívio, mas em parecer fazer torcida sobre
algo como isso... Oportunista foi o cinegrafista que ficou filmando os
caras só para ver a reação. Porém, em outros casos onde um jornalista
expõe que um Senador teve um caso com uma Jornalista e que ainda por
cima quem paga a conta é um lobista, que com certeza ganhou muito mais
dinheiro com esse favor a partir dos nossos impostos, nesse tipo de
exposição é liberdade de imprensa.

Invasão de privacidade é invasão de privacidade em qualquer lugar do mundo.

  Agora, em tempos de fotologs e similares, somos todos figuras públicas.

  No Brasil pelo menos temos direito ao sigilo. Ter sua foto no seu
 fotolog não te torna uma pessoa pública nem dá permissão de uso da
 imagem, só porque apareceu na sua tela.
  Então, o q qualifica um sujeito como figura pública? Participar de um
 programa da MTV Brasil, fechado na TV a Cabo, em horários nefastos, com
 audiência restrita a poucos milhares (se tanto) de espectadores me torna uma
 figura pública; MAS, colocar minha foto em um site q tem feeds específicos
 para transmitir fotos aleatoriamente, com uma audiência potencial de outros
 tantos milhares ou mais, *não* me tornar uma figura pública?

  Quem decide o q caracteriza uma figura pública? Quem decide se tenho ou
 não direito ao sigilo?

Sigilo é uma coisa, privacidade é outra, e uso da imagem para fins
comerciais é outra totalmente diferente.

A definição da figura pública começa com a questão exposição. Se está
exposto, é público. O problema é quando está exposto sem autorização
do sujeito da exposição. Aí a coisa começa a complicar. Pegamos então
pelo lado que define a relevância daquela exposição. É uma pessoa que
ninguém vai se importar e uma exposição que ninguém se importa? Então
até que o dano não é muito... Se eu postar uma foto minha num flog,
alguém vai olhar? Pode até olhar, mas alguém vai se importar?
Pouquíssimos, de maneira geral, só os que se interessam pelo contexto
da informação ou pela minha própria pessoa em si (minha esposa, meu
pai, minha mãe... nem cachorro eu tenho para se importar, além de
cachorro não ter visão 2D).

Então a figura pública é criada pela questão da exposição e pela
quantidade de pessoas que demostram real interesse no contexto
apresentado. Se o contexto é legítimo, e a informação relevante para a
vida de milhões (como uma foto do Lula fazendo algo ilícito seria) a
figura é pública, e a exposição legítima. Agora, se a imagem é usada
em um contexto fora do original (no caso a propaganda) sem o
consentimento do sujeito apresentado na imagem, então nesse caso houve
uma violação, nem tanto de privacidade - o que há de tão privativo
naquela foto? - mas sim no uso sem consentimento da pessoa. Eu não
gostaria de ter minha imagem vinculada há um contexto do qual não faço
parte sem minha autorização ou conhecimento prévio.

  Reclamar q a foto está exposta a estranhos em uma parada de ônibus sendo
 q a mesma foto estava a disposição de qqr tarado com acesso a Internet
 não faz o mínimo sentido.

  Sim, faz. Quando EU publico, é para ser vista NAQUELE contexto. Quando

  Ok. Mas, aí caímos novamente no reply q eu dei pro Ostrok mais cedo: uma
 coisa é processar a Virgin por abusar da CC. Outro é processá-la pelos
 possíveis danos causados pelo uso q foi feito da foto. Para mim são coisas
 distintas, sem q a última realmente tenha essa relação de causa-e-efeito com
 a primeira.


  legal? Você ia gostar disso? Viu que o contexto da foto foi totalmente
 distorcido? Então, acho que é muito mais uma 

Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-26 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/10/07, Olival Gomes Barboza Júnior[EMAIL PROTECTED] escreveu:

  Pablo Sánchez escreveu:
  Em 25/10/07, Olival Gomes Barboza Júnior[EMAIL PROTECTED] escreveu:


  Figuras públicas vivem sendo expostas em fotos obtidas de formas bem
 pouco éticas. Se essas figuras tentam reagir (fisicamente ou legalmente)
 contra essa exposição, o público logo toma o lado dos paparazzo e acaba
 por criticar justamente aqueles q queriam preservar sua privacidade.

  Liberdade de imprensa

  Nope! Usar o argumento de liberdade de imprensa para justificar, digamos, o
 cara subir no último andar de um prédio para usar sua
 super-duper-teleobjetiva para fotografar a atriz da novela depilando as
 axilas no prédio ao lado é (IMHO) abusar do conceito. E, infelizmente,
 sempre se confunde por aqui regulação com censura. Mas, até aí, por aqui o
 jornalista tbém costuma chamar o patrão de colega de trabalho . . . ;-)

Eu me referia a outro tipo de fotografias na imprensa. Casos como esse
são realmente infelizes, e não podem ser chamados de imprensa só
porque saiu no jornal. Te digo isso como Jornalista formado.
Jornalismo não é isso mesmo, e concordo com o que você disse. Não tem
nada a ver tirar fotos de momentos íntimos. Mas há outro tipo de
figura pública, como o caso do ex-diretor da ANAC fazendo aquele gesto
bonito na hora que soube que não tinha nada a ver com a ANAC o
acidente (embora sempre tenha) mas sim com um erro do piloto. Feio
ficou não em ele manifestar alívio, mas em parecer fazer torcida sobre
algo como isso... Oportunista foi o cinegrafista que ficou filmando os
caras só para ver a reação. Porém, em outros casos onde um jornalista
expõe que um Senador teve um caso com uma Jornalista e que ainda por
cima quem paga a conta é um lobista, que com certeza ganhou muito mais
dinheiro com esse favor a partir dos nossos impostos, nesse tipo de
exposição é liberdade de imprensa.

Invasão de privacidade é invasão de privacidade em qualquer lugar do mundo.

  Agora, em tempos de fotologs e similares, somos todos figuras públicas.

  No Brasil pelo menos temos direito ao sigilo. Ter sua foto no seu
 fotolog não te torna uma pessoa pública nem dá permissão de uso da
 imagem, só porque apareceu na sua tela.
  Então, o q qualifica um sujeito como figura pública? Participar de um
 programa da MTV Brasil, fechado na TV a Cabo, em horários nefastos, com
 audiência restrita a poucos milhares (se tanto) de espectadores me torna uma
 figura pública; MAS, colocar minha foto em um site q tem feeds específicos
 para transmitir fotos aleatoriamente, com uma audiência potencial de outros
 tantos milhares ou mais, *não* me tornar uma figura pública?

  Quem decide o q caracteriza uma figura pública? Quem decide se tenho ou
 não direito ao sigilo?

Sigilo é uma coisa, privacidade é outra, e uso da imagem para fins
comerciais é outra totalmente diferente.

A definição da figura pública começa com a questão exposição. Se está
exposto, é público. O problema é quando está exposto sem autorização
do sujeito da exposição. Aí a coisa começa a complicar. Pegamos então
pelo lado que define a relevância daquela exposição. É uma pessoa que
ninguém vai se importar e uma exposição que ninguém se importa? Então
até que o dano não é muito... Se eu postar uma foto minha num flog,
alguém vai olhar? Pode até olhar, mas alguém vai se importar?
Pouquíssimos, de maneira geral, só os que se interessam pelo contexto
da informação ou pela minha própria pessoa em si (minha esposa, meu
pai, minha mãe... nem cachorro eu tenho para se importar, além de
cachorro não ter visão 2D).

Então a figura pública é criada pela questão da exposição e pela
quantidade de pessoas que demostram real interesse no contexto
apresentado. Se o contexto é legítimo, e a informação relevante para a
vida de milhões (como uma foto do Lula fazendo algo ilícito seria) a
figura é pública, e a exposição legítima. Agora, se a imagem é usada
em um contexto fora do original (no caso a propaganda) sem o
consentimento do sujeito apresentado na imagem, então nesse caso houve
uma violação, nem tanto de privacidade - o que há de tão privativo
naquela foto? - mas sim no uso sem consentimento da pessoa. Eu não
gostaria de ter minha imagem vinculada há um contexto do qual não faço
parte sem minha autorização ou conhecimento prévio.

  Reclamar q a foto está exposta a estranhos em uma parada de ônibus sendo
 q a mesma foto estava a disposição de qqr tarado com acesso a Internet
 não faz o mínimo sentido.

  Sim, faz. Quando EU publico, é para ser vista NAQUELE contexto. Quando

  Ok. Mas, aí caímos novamente no reply q eu dei pro Ostrok mais cedo: uma
 coisa é processar a Virgin por abusar da CC. Outro é processá-la pelos
 possíveis danos causados pelo uso q foi feito da foto. Para mim são coisas
 distintas, sem q a última realmente tenha essa relação de causa-e-efeito com
 a primeira.

Concordo plenamente, são coisas distintas, e na minha opinião não é a
Virgin quem cometeu o erro, mas o fotógrafo em si, 

Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-26 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/10/07, Fabianne Balvedi[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 On 10/25/07, Pablo Sánchez [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Não para personagens, mas a transferência de direitos do uso da imagem
  existe, tanto que é por isso que empresas de foto usam fotos nos
  depois que foram tiradas.

 Mas então, como os direitos de imagem dessa moça foram passados pro
 fotógrafo?
 Por papel? Verbalmente? Qual foi o diálogo?

 Posso publicar as fotos no Flickr sob CC?
 Pode!

 O que um diálogo como este permite sob
 a ótica do direito? Qualquer tipo de licença CC?

Pergunta interessante... um acordo verbal pode ser considerado um
contrato desde que existam testemunhas que o apóiem. O problema
justamente é conseguir testemunhas idôneas, e nesse caso fica fácil
derrubar qq acordo verbal, até mesmo manipulando a testemunha durante
julgamento de forma a ela mesma começar a duvidar do que lembra.

Em Direito é comum dizer que a testemunha é a prostituta das provas.
Ela é manipulada facilmente, porque o ser humano é manipulado
facilmente (todos somos, só depende de por onde nos manipulam, mas
isso é outra discussão).

O correto é ter isso documentado seja em video, audio, ou no mais
famoso de todos, um documento assinado. Documentos assinados podem ser
derrubados pelo argumento de coação, uma pessoa coagida a assinar um
documento por força consegue a anulação, desde que prove a coação...

Cara, daria para fazer um discurso enorme aqui, mas não lembro mais
das minhas aulas de Direito Civil, Contratos, nem nada disso,
iuoahoiuea. Então vou encerrar por aqui antes que fale besteira. Algum
advogado com certeza terá mais informações e mais profundas sobre
isso.

Um abc
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Regras da lista:
http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil


Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-26 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/10/07, Felipe Augusto van de Wiel (faw)[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 As leis são diferentes em cada país, há lugarem em que o
 acordo verbal é mais forte que qualquer papel,

Inglaterra

 há lugares em que
 um dado contrato não tem validade porque ele não pode se sobrepor
 à lei.

Brasil

 Há itens como a Convenção de Berne que são muito
 interessantes, mas ainda há barreiras de interpretação e de leis
 entre os vários países, especialmente quando muda-se o conceito
 original do Copyright e das Patentes que foram criados para
 proteger o indivíduo e são hoje usados por grandes corporações.

Caos... :-D

 No entanto, na maioria dos lugares, com relação a Copyright
 e licenciamento respeita-se a intenção do autor e a decisão final
 precisa ser tomada perante um juiz. Além disso, é preciso que o
 detentor do Copyright inicie o processo, Fulano não pode processar
 Beltrano pela violação do Copyright de Ciclano.

No caso não é Copyright apenas. Esse é do Fotógrafo, mas sim o uso da
imagem da pessoa fotografada. A personagem como a Fabi descreveu.


 Finalmente, quando falamos de software livre, não temos
 muito como escolher se o software será utilizado em um hospital para
 salvar vidas, ou em um silo de ogivas nucleares para controlar o
 arsenal, este é o ponto onde as questões éticas aparecem e as várias
 culturas podem se chocar.

Péé! Temos sim.

http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9609.htm

DA PROTEÇÃO AOS DIREITOS DE AUTOR E DO REGISTRO

 Art. 2º O regime de proteção à propriedade intelectual de
programa de computador é o conferido às obras literárias pela
legislação de direitos autorais e conexos vigentes no País, observado
o disposto nesta Lei.

§ 1º Não se aplicam ao programa de computador as disposições relativas
aos direitos morais, ressalvado, a qualquer tempo, o direito do autor
de reivindicar a paternidade do programa de computador e o direito do
autor de opor-se a alterações não-autorizadas, quando estas impliquem
deformação, mutilação ou outra modificação do programa de computador,
que prejudiquem a sua honra ou a sua reputação.

Se eu for contra, e compravar que o uso prejudica minha honra ou
reputação, posso solicitar que o uso e alterações sejam cancelados...

 E é por isso que eu entendo que muitos desenhistas e outros
 produtores de material artístico/cultural tenham barreiras com
 relação ao uso comercial de suas imagens, seja como for, isso não
 _inibe_ o mau uso de forma não comercial, nessas horas o conceito
 do Don't Be Evil pode ser a resposta para as questões de ética e
 para a idéia de que fazemos com a intenção de que seja usado para
 o bem, mas é possível que alguém o use para algo que eu não goste
 ou concorde e que isso, indubitavelmente, me incomode, mas de
 certa forma, gerencial armas de destruição em massa é o ônus que
 é contra-ponto do bônus de salvar vidas.

Concordo.
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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-26 Por tôpico Pablo Sánchez
Ah gente, antes que façam confusão: o gmail está quebrando de forma
estranha meus replies do Olival, então fica parecendo que foi tudo uma
pessoa só. O estranho é que o Olival também está usando o gmail, o que
mostra que o gmail texto é incompatível com o gmail rich text... :-P
Ou assim está parecendo pelo menos...

Em 26/10/07, Pablo Sánchez[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Em 26/10/07, Olival Gomes Barboza Júnior[EMAIL PROTECTED] escreveu:
    Mensagem original 
 
Pablo Sánchez escreveu:
   Relaxa, esse é o tipo de alfinetada que o Olival sempre dá sem
  perceber, não era nada pessoal, ele só achou estranho o link estar
  meio doido. :-D No stress por isso gente. Foco no que interessa.
 
   Opa! Como eu disse na msg q era só pra Fabi, mas q já encaminhei pra lista,
  não era bronca, era só cautela com um link q diz uma coisa e leva pra
  outra.

 Pois é, o que quis dizer é que às vezes isso te escapa, normal, eu
 também faço isso. Aliás, acho que o caso acima também foi um exemplo
 de alfinetada minha sem querer, já que mereceu até uma resposta e
 justificativa. ;-)

   Interessante o questionamento, porque aparentemente quem fez uso
  ilegal e licenciou ilegalmente foi a irmã. A Virgin apenas assumiu que
  estava fechando um contrato válido com um autor válido. É como a
  pessoa que compra um carro roubado sem saber, a culpa é da pessoa? Ela
  vira receptadora?
 
   Aí me parece q caímos naquela questão q parece ser a base da cultura
  litigiosa norte-americana: vc ganha mais dinheiro processando a irmã q
  vive de mesada ou a Virgin?

 humm... xô pensar... vou pedir ajuda dos universitários.

  É gente... FODA-SE O BLOG! Ele não é o assunto que devemos discutir!
 
   Pô, nem tinha nada a ver com ser um blog... O problema era o link, não seu
  destino. Embora o post do blog tbém estivesse uma pérola de FUD. Eu deixei
  um comentário por lá dizendo ao autor q ele colocou coisas ali q
  simplesmente eram MENTIRAS. Checar seus fatos é sempre uma boa política...
  ;-)

 Ok, é que eu tava vendo esse assunto pela segunda vez no mesmo e-mail
 e já tava ficando p da vida em ver o que era importante se
 desvirtuando e se perdendo por isso. Desculpem pelo meu palavreado.
 Devida ter colocado dane-se no lugar que ficava menos ofensivo. ;-)

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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-25 Por tôpico Leonardo Pereira
Qual a lógica de se liberar fotos pessoais sobre Creative Commons? É
só questão de bom senso na hora de usar licenças.

Em 25/10/07, Fabianne Balvedi[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Foi divulgado na lista do PSL-RN, se liguem na cilada:

 A Virgin é simplesmente uma das maiores **majors** da indústria musical
 mundial, ao lado de outras como a Warner e a Sony. Através dessa campanha,
 ela simplesmente divulgou mundialmente e *negativamente* o uso de licenças
 livres na cultura...

 http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1946866-EI4802,00.html

 Pois é, ao ceder o uso comercial em licenças permissivas na sua produção, o
 autor tem que prever situações como esta. Eu estou já a algum tempo revendo
 meus conceitos em relação ao custo/benefício da permissão de uso comercial
 em determinadas situações, mas é um longo processo tentar estabelecer
 critérios para todas as variantes. Cada vez mais acho que cada caso, um
 caso.

 E to achando muito bom que isso finalmente aconteceu, e melhor ainda que foi
 através de uma licença CC. Agora os debates começarão a ser levados muito
 mais a sério pelo público.




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 Nada melhor que as situações extremas
 para nos fazerem repensar e analisar
 o que realmente vale a pena.
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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-25 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/10/07, Fabianne Balvedi[EMAIL PROTECTED] escreveu:


 On 10/25/07, Charles Pilger [EMAIL PROTECTED] wrote:
  On 10/25/07, Pablo Sánchez [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
   Quem divulgou e licenciou a foto com a imagem de uma pessoa sem o
   consentimento desta já incorre em crime
 
 
  Gostaria de lembrar que a definição do que é crime ou não é de carater
 regional. A foto foi tirada num país, o uso da foto foi em outro...


 Pela reportagem, não fica claro qual foi o uso que ela consentiu, pois não
 existe CC para personagens.

Não para personagens, mas a transferência de direitos do uso da imagem
existe, tanto que é por isso que empresas de foto usam fotos nos
depois que foram tiradas.
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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-25 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/10/07, Charles Pilger[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 On 10/25/07, Pablo Sánchez [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Quem divulgou e licenciou a foto com a imagem de uma pessoa sem o
  consentimento desta já incorre em crime

 Gostaria de lembrar que a definição do que é crime ou não é de carater
 regional. A foto foi tirada num país, o uso da foto foi em outro...

Isso não ameniza nem minimiza nem anula o crime.
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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-25 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/10/07, Olival Gomes Barboza Júnior[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Figuras públicas vivem sendo expostas em fotos obtidas de formas bem
 pouco éticas. Se essas figuras tentam reagir (fisicamente ou legalmente)
 contra essa exposição, o público logo toma o lado dos paparazzo e acaba
 por criticar justamente aqueles q queriam preservar sua privacidade.

Liberdade de imprensa

 Agora, em tempos de fotologs e similares, somos todos figuras públicas.

No Brasil pelo menos temos direito ao sigilo. Ter sua foto no seu
fotolog não te torna uma pessoa pública nem dá permissão de uso da
imagem, só porque apareceu na sua tela.

 Reclamar q a foto está exposta a estranhos em uma parada de ônibus sendo
 q a mesma foto estava a disposição de qqr tarado com acesso a Internet
 não faz o mínimo sentido.

Sim, faz. Quando EU publico, é para ser vista NAQUELE contexto. Quando
OUTRO usa o que eu publiquei sem meu consentimento para um contexto
totalmente fora da realidade, isso pode ser muito ofensivo. Imagine,
Olival, se pegassem SUA foto que você publicasse sob CC, abraçado com
um colega de trabalho em um churrasco, só com trajes de banho, e
colocassem ela com escritos do tipo No Motel Xispita, não
discriminamos ninguém, faça o que fizer. Ia ser divertido? Ia ser
legal? Você ia gostar disso? Viu que o contexto da foto foi totalmente
distorcido? Então, acho que é muito mais uma questão de contexto até
do que do uso da imagem.

 Quem deve ser educado é o lado q produziu o
 conteúdo, não o lado q se apropriou (legitimamente) dele.

Não, devem ser os dois. Mas o lado que publicou não deve querer tirar
proveito solicitando indenizações por algo que ele concordou em fazer
antes mesmo de saber o que era.

 Além disso, se o mote das licenças CC é justamente reservar apenas
 alguns direitos, mas eu posso processar alguém q usufrua dos direitos q
 eu liberei, então qual o sentido disso tudo? No final ficamos apenas
 sob o velho direito autoral tradicional? Indo mais longe: aqueles q
 diziam q a GPL não valia nada pq a lei de direito autoral (dos EUA)
 seria maior teriam razão tbém? Assim, não adianta tentar empurrar
 copyleft pq seria ilegal da mesma forma? Como leigo me parece q há
 similaridade entre as situações...

A lei existe mas permite os contratos entre as partes, desde que o
objeto não seja ilícito - ex: contratos de morte são inválidos. Se uma
parte abriu mão de seu direito autoral (veja que direito autoral não é
autoria, são elementos distintos, o autor continua sendo o mesmo), a
lei deve ter algum mecanismo que preveja isso. Se não tiver, então em
um estado naturalista como o nosso, o melhor que se pode fazer é
apelar para o bom senso do juiz.
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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-25 Por tôpico Fabianne Balvedi
On 10/25/07, Pablo Sánchez [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Não para personagens, mas a transferência de direitos do uso da imagem
 existe, tanto que é por isso que empresas de foto usam fotos nos
 depois que foram tiradas.



Mas então, como os direitos de imagem dessa moça foram passados pro
fotógrafo?
Por papel? Verbalmente? Qual foi o diálogo?

Posso publicar as fotos no Flickr sob CC?
Pode!

O que um diálogo como este permite sob
a ótica do direito? Qualquer tipo de licença CC?


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Re: [PSL-Brasil] Creative Comm ons vira arma nas mãos erradas

2007-10-25 Por tôpico Fabianne Balvedi
On 10/25/07, Felipe Augusto van de Wiel (faw) [EMAIL PROTECTED] wrote:(...)

 Para todos os efeitos, empresas que trabalham com imagens
 ainda tendem e se asseguram do processo contratando a parte de
 produção fotográfica ou comprando bancos de imagens para ter alguma
 forma de segurança.

(...)

Por isso que eu ainda acho que a Virgin escolheu deliberadamente
não contactar o autor nem a menina. Pra mim, ela quis mesmo causar.


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