RE: [obm-l] Problemas em aberto

2007-02-14 Por tôpico claudio\.buffara
Oi, Paulo:

Se existir um tal polinomio p(q), entao eh facil ver que os coeficientes serao 
inteiros (eh soh montar a recorrencia).

No entanto, nao pode existir um tal polinomio pois, se tivermos:
p(q) * SOMA(k=1) q^(k(k-1)/2) = SOMA(n=0) q^n = 1/(1-q), se |q|  1.
entao, com q = 1/2, teriamos:
SOMA(k=1) (1/2^(k(k-1)/2)) = 2/p(1/2) ==

Mas, pelo teorema das raizes racionais, p(1/2)  0 e, alem disso, eh 
claramente racional.
Logo, 2/p(1/2) eh racional.
No entanto, SOMA(k=1) (1/2^(k(k-1)/2)) eh irracional (basta ver que, em base 
2, esta soma eh uma decimal infinita e nao 
periodica) == contradicao == nao existe p(q).

[]s,
Claudio.

-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Tue, 13 Feb 2007 17:58:20 +
Assunto: RE: [obm-l] Problemas em aberto

 
 Ola Ronaldo e demais colegas
 desta lista ... OBM-L,
 
 Parabens, a sua intuicao e muito boa. Eu acho que se voce parar para pensar 
 com mais calma, sem pressupostos, vai 
resolver...  
 Talvez falte voce observar o seguinte :
 
 Na serie geometrica bem conhecida Sn = 1 + q +  q^2  +  ...  + q^(N-1),  0  
 q  1,  como calculamos o LIM Sn quando N 
vai para
 o infinito ? Em geral, fixamos N e multiplicamos Sn por UM POLINOMIO p(q) EM 
 q, CONVENIENTE, tal que
 
 p(q)*Sn = ALGO SOMAVEL OU MAIS SIMPLES.
 
 no caso particular da serie geomentrica temos que p(q) = q - 1 pois (q - 
 1)*Sn =q^N  - 1. A seguir, dado que q^N  - 0 
quando N
 vai para o infinito seque que Sn = 1/(1-q). Note que aqui p(q)*sn= ALGO MAIS 
 SIMPLES. Poderia ser tambem algo somavel ou 
computavel ... 
 
 Seja agora Sn = 1 + q + q^3 + ... + q^[(N(N-1))/2]. Quem e p(q) tal que
 
 p(q)*Sn = ALGO SOMAVEL OU MAIS SIMPLES ?
 
 Eis  uma questao na qual um software como o MAXIMA ou OCTAVE facilita muito 
 as coisas, pois nos permite fazer experiencias 
com as
 diversas possibilidades do polinomio p(q) que precisamos descobrir.
 
 E com os melhores votos
 de paz profunda, sou
 Paulo Santa Rita
 3,0F38,130207
 
 
  Date: Tue, 13 Feb 2007 12:50:30 -0300
  From: [EMAIL PROTECTED]
  To: obm-l@mat.puc-rio.br
  Subject: Re: [obm-l] Problemas em aberto
  
  Se  o termo n(n-1)/2 fosse n(n+1)/2 ele seria a soma de uma P.A. com os n 
  primeiros naturais.
  Não parei ainda para pensar com calma, mas será que esse problema não está 
  relacionado com partições de inteiros e
  a função de Euler ?
  http://en.wikipedia.org/wiki/Integer_partition
  Note que o termo de x^n que é p(n) conta o número de vezes em que é 
  possível escrever n = a_1 + 2a_2 + 3a_3 + ... onde 
cada a_i
  aparece i vezes.
  Bem, alguém já deve ter pensado nisso, então o que eu falei não ajuda muito 
  ... :)
  []s
  Ronaldo
 
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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2007-02-14 Por tôpico Paulo Santa Rita

Oi claudio,

Leia com atencao. Eu disse que NO CASO DA SERIE GEOMETRICA . Alem
disso, voce ja sabe a forma definitiva do polinomio TRABALHAVEL ou
SOMAVEL ? E aqui que esta a graca do problema ...

Se nos ficarmos discutindo detalhes nao chegaremos a lugar algum. O
que e importante e o total sentido da questao e que ha uma resposta
definitiva em formula fechada. Se voce quer trabalhar nisso pense
assim :

Dado S = 1 + q + ... + q^[N(N+1)/2] + ... . Exprima esta soma em funca de q

SUGESTAO 1 : usando o exemplo da serie geometrica, multiplique S por
um expressao
conveniente de forma que o resultado seja mais facilmente trabalhavel

SUGESTAO 2 : IMAGINE que os termos de S foram retirado de uma PG infinita
T = 1 + q + q^2 + q^3 + ... O que sobra em T sao PG's facilmente
somaveis. Isso permite obter uma formula de recorrencia para Sn.
Trabalhe nesta formula

Este resultado e uma generalizacao do conceito de Progressao
Geometrica. Eu chamava de PROGRESSAO GEOMETRICA DE 2 ORDEM, quando era
crianca. Eis aqui o problema para a terceira ordem :

Seja reais positivos A1, A2, ..., An, ... tal que An+1 /  An =
q^[N(N-1)/2]. Onde 0  q 1. Exprima em funcao 'q a soma infinita A1
+ A2 + A3 + ...+ An + ...

De maneira geral, se 0q1, a serie S = q^A1 + q^A2 + q^A3 + ... +
q^An + ... e uma PROGRESSAO GEOMETRICA INFINITA DE ORDEM R SE A
SEQUENCIA A1, A2, ... e uma progressao aritmetica de ordem R. Estas
designacoes de PG's de ordem superior eu criei para o meu uso
particular, quando ainda era crianca, e muito provavelmente nao sao
usadas por nenhum outro Matematico. Foi apenas uma brincadeira infantil.

Seja S = S = q^A1 + q^A2 + q^A3 + ... + q^An + ... uma PROGRESSAO
GEOMETRICA INFINITA DE ORDEM R. Exprima, em funcao de q e de A1, A2,
... o valor para onde S converge ( 0  q  1)

Um Abracao
Paulo Santa Rita
4,0C56,140207


Em 14/02/07, claudio.buffara[EMAIL PROTECTED] escreveu:

Oi, Paulo:

Se existir um tal polinomio p(q), entao eh facil ver que os coeficientes serao 
inteiros (eh soh montar a recorrencia).

No entanto, nao pode existir um tal polinomio pois, se tivermos:
p(q) * SOMA(k=1) q^(k(k-1)/2) = SOMA(n=0) q^n = 1/(1-q), se |q|  1.
entao, com q = 1/2, teriamos:
SOMA(k=1) (1/2^(k(k-1)/2)) = 2/p(1/2) ==

Mas, pelo teorema das raizes racionais, p(1/2)  0 e, alem disso, eh 
claramente racional.
Logo, 2/p(1/2) eh racional.
No entanto, SOMA(k=1) (1/2^(k(k-1)/2)) eh irracional (basta ver que, em base 
2, esta soma eh uma decimal infinita e nao
periodica) == contradicao == nao existe p(q).

[]s,
Claudio.

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De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
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Data: Tue, 13 Feb 2007 17:58:20 +
Assunto: RE: [obm-l] Problemas em aberto


 Ola Ronaldo e demais colegas
 desta lista ... OBM-L,

 Parabens, a sua intuicao e muito boa. Eu acho que se voce parar para pensar 
com mais calma, sem pressupostos, vai
resolver...
 Talvez falte voce observar o seguinte :

 Na serie geometrica bem conhecida Sn = 1 + q +  q^2  +  ...  + q^(N-1),  0  q 
 1,  como calculamos o LIM Sn quando N
vai para
 o infinito ? Em geral, fixamos N e multiplicamos Sn por UM POLINOMIO p(q) EM 
q, CONVENIENTE, tal que

 p(q)*Sn = ALGO SOMAVEL OU MAIS SIMPLES.

 no caso particular da serie geomentrica temos que p(q) = q - 1 pois (q - 1)*Sn 
=q^N  - 1. A seguir, dado que q^N  - 0
quando N
 vai para o infinito seque que Sn = 1/(1-q). Note que aqui p(q)*sn= ALGO MAIS 
SIMPLES. Poderia ser tambem algo somavel ou
computavel ...

 Seja agora Sn = 1 + q + q^3 + ... + q^[(N(N-1))/2]. Quem e p(q) tal que

 p(q)*Sn = ALGO SOMAVEL OU MAIS SIMPLES ?

 Eis  uma questao na qual um software como o MAXIMA ou OCTAVE facilita muito 
as coisas, pois nos permite fazer experiencias
com as
 diversas possibilidades do polinomio p(q) que precisamos descobrir.

 E com os melhores votos
 de paz profunda, sou
 Paulo Santa Rita
 3,0F38,130207

 
  Date: Tue, 13 Feb 2007 12:50:30 -0300
  From: [EMAIL PROTECTED]
  To: obm-l@mat.puc-rio.br
  Subject: Re: [obm-l] Problemas em aberto
 
  Se  o termo n(n-1)/2 fosse n(n+1)/2 ele seria a soma de uma P.A. com os n 
primeiros naturais.
  Não parei ainda para pensar com calma, mas será que esse problema não está 
relacionado com partições de inteiros e
  a função de Euler ?
  http://en.wikipedia.org/wiki/Integer_partition
  Note que o termo de x^n que é p(n) conta o número de vezes em que é 
possível escrever n = a_1 + 2a_2 + 3a_3 + ... onde
cada a_i
  aparece i vezes.
  Bem, alguém já deve ter pensado nisso, então o que eu falei não ajuda muito 
... :)
  []s
  Ronaldo

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 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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Re:[obm-l] Problemas em aberto

2007-02-14 Por tôpico claudio\.buffara

 2. Num espaco metrico compacto, uma sequencia (x(n)) eh tal que lim(n-+inf) 
 dist(x(n+1),x(n)) = 0.
 Prove que o conjunto de valores de aderencia de (x(n)) eh conexo.

 Eu provei no caso de (x(n)) ser uma sequencia limitada na reta.
 Se x(n) - a, entao A = conjunto dos valores de aderencia de (x(n)) = {a}, 
 que eh conexo.
 Se x(n) nao converge, sejam a = liminf(x(n)) e b = limsup(x(n)).
 (a e b existem pois (x(n)) eh limitada e, alem disso, a  b, pois (x(n)) 
 diverge)
 Finalmente, seja c tal que a  c  b.
 Tomemos eps  0.
 Podemos supor spdg que eps eh pequeno o bastante para que os intervalos 
 (a-eps,a+eps), (c-eps,c+eps) e (b-eps,b+eps) sejam
 disjuntos dois a dois.
 Seja k_0 em N tal que k  k_0 == |x(k+1) - x(k)|  eps.
 Seja m  k_0 tal que x(m) pertence a (a-eps,a+eps).
 Seja n o menor inteiro maior do que m tal que x(n) pertence a (b-eps,b+eps).
 (m e n existem pois a e b sao limites de subsequencias de (x(n)) )
 Eh claro que x(m)  c-eps  c+eps  x(n).
 Seja X = {r em N | m = r = n e x(r) = c-eps}.
 Naturalmente, X eh nao-vazio (m pertence a X) e limitado superiormente (por 
 n, que nao pertence a X, mas isso nao importa).
 Seja r = maior elemento de X.
 Entao, x(r) = c-eps  x(r+1) e, portanto, x(r+1)  c+eps, pois se fosse 
 x(r+1) = c+eps, entao:
 |x(r+1) - x(r)| = 2*eps, o que eh impossivel pois r = m  k.
 Logo, x(r+1) pertence a (c-eps,c+eps).
 Ou seja, para cada eps  0, existe n em N tal que x(n) pertence a 
 (c-eps,c+eps) ==
 c eh um valor de aderencia de (x(n)).
 Como c eh um elemento arbitrario de (a,b), concluimos que (a,b) estah contido 
 em A.
 Como a = min(A) e b = max(A), concluimos que A = [a,b] = conexo.



No caso geral, temos que A (conjunto de valores de aderência de (x(n)) é 
fechado (um bom exercício é provar isso). Como o espaço é compacto, A é 
compacto.

Suponhamos que A não seja conexo.
Então, podemos escrever A = B uniao C, onde B e C são compactos disjuntos e 
não-vazios. Temos dist(B,C) = d  0 (outro bom exercício)

B pode ser coberto por um número finitos de bolas abertas com centro em algum 
ponto de B e raio = d/3 (Heine-Borel-Lebesgue). Idem para C. Chame a união 
dessas bolas de VB e VC respectivamente (V de vizinhança...).
Temos que dist(VB,VC) = d/3 (mais um exercício)

Seja k_0 em N tal que para todo k  k_0, dist(x(k+1),x(k))  d/3.
Seja m  k_0 tal que x(m) pertence a VB. Um tal m existe pois alguma 
subsequencia de (x(n)) converge para algum ponto de B.
Seja p o menor inteiro maior que m tal que x(p+1) pertence a VC. Um tal p 
também existe pois alguma subsequencia de (x(n)) converge para algum ponto de C.

Não é difícil ver que x(p) não pertence a VB nem a VC.
Não pertence a VC pela escolha de p e não pertence a VB pois, se esse fosse o 
caso, como p  m  k_0, teríamos:
d/3  dist(x(p+1),x(p)) = dist(VC,VB) = d/3, o que é uma contradição.

Assim, para cada par (m,n) em NxN com m  n tal que x(m) pertence a VB e x(n) 
pertence a VC, vai existir p com m  p  n tal que x(p) não pertence a VB união 
VC. Como o conjunto dos pares (m,n) é infinito, o conjunto dos p também é. Ou 
seja, (x(p)) é uma subsequência de (x(n)) cujos pontos não pertencem a VB união 
VC. Como o espaço é compacto, (x(p)) é limitada e, portanto, possui uma 
subsequência convergente para um ponto c, o qual também não pertence a VB unão 
VC (pois o complementar de VB união VC é fechado). Logo, c é um valor de 
aderência de (x(n)) que não pertence a VB união VC e, com mais razão ainda, não 
pertence a B união C = A == contradição.

A única origem possível dessa contradição é a hipótese feita inicialmente de A 
não ser conexo. Logo, concluímos que A é conexo.


Belo problema esse! Eu levei um bom tempo pra formalizar uma solução apesar da 
idéia básica ser simples: pra sequência alternar infinitas vezes entre VB e VC, 
uma infinidade de termos teria que estar no complementar de B união C, já que, 
a partir de um certo ponto, a distância entre dois termos consecutivos é menor 
do que a distância entre VB e VC. Por causa da compacidade do espaço, esses 
termos teriam que se acumular no espaço entre B e C e formar uma ponte conexa 
entre os dois conjuntos.


[]s,
Claudio.


Re: [obm-l] Problemas em aberto

2007-02-13 Por tôpico Ronaldo Alonso

On 2/13/07, claudio.buffara [EMAIL PROTECTED] wrote:


Antes de postar um problema bonitinho sobre complexos, quero lembrar que
ainda temos (pelo menos) dois problemas em aberto
na lista, um do PSRita e o outro do ACSteiner:

1. Calcule o valor de SOMA(n=1...+inf) q^(n(n-1)/2), onde |q|  1.

Consultei meus alfarrabios e descobri que esta soma eh igual a um certo
produto infinito, mas nao achei nenhuma formula
fechada e suspeito que nenhuma exista, a menos que envolva alguma funcao
nao elementar - alias, como a serie acima
converge, ela pode ser usada pra definir uma funcao de (-1,1) - R.



   Se  o termo n(n-1)/2 fosse n(n+1)/2 ele seria a soma de uma P.A. com os
n primeiros naturais.
Não parei ainda para pensar com calma, mas será que esse problema não está
relacionado com partições de inteiros e
a função de Euler?

http://en.wikipedia.org/wiki/Integer_partition

 Note que o termo de x^n que é p(n) conta o número de vezes em que é
possível escrever n = a_1 + 2a_2 + 3a_3 + ... onde cada a_i
aparece i vezes.
  Bem, alguém já deve ter pensado nisso, então o que eu falei não ajuda
muito ... :)

[]s
Ronaldo


Re: [obm-l] Problemas em aberto

2007-02-13 Por tôpico Marcelo Salhab Brogliato

Olá,

tomemos os numeros complexos a, b, c, entao:

considerando que ||b-a|| = ||c-a|| = ||b-c||, temos:
(b-a)/(c-a) = cis(alfa), onde alfa é o ângulo entre as arestas AB e AC...
(a-c)/(b-c) = cis(beta), onde beta é o ângulo entre as arestas CA e CB...

se alfa = beta... temos: (b-a)/(c-a) = (a-c)/(b-c)
assim: bb - ab - bc + ac = ca - cc - aa + ac
logo: aa + bb + cc = ac + ab + bc

logo, se o triangulo é equilatero, vale a relacao!
para fazer a volta, basta fatorarmos, chegando a (b-a)/(c-a) = (a-c)/(b-c)
assim, os modulos tem q ser iguais e os angulos tb!

abracos,
Salhab


- Original Message - 
From: claudio.buffara [EMAIL PROTECTED]

To: obm-l obm-l@mat.puc-rio.br
Sent: Tuesday, February 13, 2007 10:37 AM
Subject: [obm-l] Problemas em aberto


Antes de postar um problema bonitinho sobre complexos, quero lembrar que 
ainda temos (pelo menos) dois problemas em aberto

na lista, um do PSRita e o outro do ACSteiner:

1. Calcule o valor de SOMA(n=1...+inf) q^(n(n-1)/2), onde |q|  1.

Consultei meus alfarrabios e descobri que esta soma eh igual a um certo 
produto infinito, mas nao achei nenhuma formula
fechada e suspeito que nenhuma exista, a menos que envolva alguma funcao nao 
elementar - alias, como a serie acima

converge, ela pode ser usada pra definir uma funcao de (-1,1) - R.


2. Num espaco metrico compacto, uma sequencia (x(n)) eh tal que lim(n-+inf) 
dist(x(n+1),x(n)) = 0.

Prove que o conjunto de valores de aderencia de (x(n)) eh conexo.

Eu provei no caso de (x(n)) ser uma sequencia limitada na reta.
Se x(n) - a, entao A = conjunto dos valores de aderencia de (x(n)) = {a}, 
que eh conexo.

Se x(n) nao converge, sejam a = liminf(x(n)) e b = limsup(x(n)).
(a e b existem pois (x(n)) eh limitada e, alem disso, a  b, pois (x(n)) 
diverge)

Finalmente, seja c tal que a  c  b.
Tomemos eps  0.
Podemos supor spdg que eps eh pequeno o bastante para que os intervalos 
(a-eps,a+eps), (c-eps,c+eps) e (b-eps,b+eps) sejam

disjuntos dois a dois.
Seja k_0 em N tal que k  k_0 == |x(k+1) - x(k)|  eps.
Seja m  k_0 tal que x(m) pertence a (a-eps,a+eps).
Seja n o menor inteiro maior do que m tal que x(n) pertence a (b-eps,b+eps).
(m e n existem pois a e b sao limites de subsequencias de (x(n)) )
Eh claro que x(m)  c-eps  c+eps  x(n).
Seja X = {r em N | m = r = n  e  x(r) = c-eps}.
Naturalmente, X eh nao-vazio (m pertence a X) e limitado superiormente (por 
n, que nao pertence a X, mas isso nao importa).

Seja r = maior elemento de X.
Entao, x(r) = c-eps  x(r+1) e, portanto, x(r+1)  c+eps, pois se fosse 
x(r+1) = c+eps, entao:

|x(r+1) - x(r)| = 2*eps, o que eh impossivel pois r = m  k.
Logo, x(r+1) pertence a (c-eps,c+eps).
Ou seja, para cada eps  0, existe n em N tal que x(n) pertence a 
(c-eps,c+eps) ==

c eh um valor de aderencia de (x(n)).
Como c eh um elemento arbitrario de (a,b), concluimos que (a,b) estah 
contido em A.

Como a = min(A) e b = max(A), concluimos que A = [a,b] = conexo.

***

O probleminha sobre complexos eh o seguinte:
a, b, c sao numeros complexos. Prove que:
a, b, c sao os vertices de um triangulo equilatero no plano complexo
se e somente se
a^2 + b^2 + c^2 = ab + ac + bc.


[]s,
Claudio.



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RE: [obm-l] Problemas em aberto

2007-02-13 Por tôpico Paulo Santa Rita

Ola Ronaldo e demais colegas
desta lista ... OBM-L,

Parabens, a sua intuicao e muito boa. Eu acho que se voce parar para pensar com 
mais calma, sem pressupostos, vai resolver...  
Talvez falte voce observar o seguinte :

Na serie geometrica bem conhecida Sn = 1 + q +  q^2  +  ...  + q^(N-1),  0  q 
 1,  como calculamos o LIM Sn quando N vai para
o infinito ? Em geral, fixamos N e multiplicamos Sn por UM POLINOMIO p(q) EM 
q, CONVENIENTE, tal que

p(q)*Sn = ALGO SOMAVEL OU MAIS SIMPLES.

no caso particular da serie geomentrica temos que p(q) = q - 1 pois (q - 1)*Sn 
=q^N  - 1. A seguir, dado que q^N  - 0 quando N
vai para o infinito seque que Sn = 1/(1-q). Note que aqui p(q)*sn= ALGO MAIS 
SIMPLES. Poderia ser tambem algo somavel ou computavel ... 

Seja agora Sn = 1 + q + q^3 + ... + q^[(N(N-1))/2]. Quem e p(q) tal que

p(q)*Sn = ALGO SOMAVEL OU MAIS SIMPLES ?

Eis  uma questao na qual um software como o MAXIMA ou OCTAVE facilita muito as 
coisas, pois nos permite fazer experiencias com as
diversas possibilidades do polinomio p(q) que precisamos descobrir.

E com os melhores votos
de paz profunda, sou
Paulo Santa Rita
3,0F38,130207


 Date: Tue, 13 Feb 2007 12:50:30 -0300
 From: [EMAIL PROTECTED]
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Subject: Re: [obm-l] Problemas em aberto
 
 Se  o termo n(n-1)/2 fosse n(n+1)/2 ele seria a soma de uma P.A. com os n 
 primeiros naturais.
 Não parei ainda para pensar com calma, mas será que esse problema não está 
 relacionado com partições de inteiros e
 a função de Euler ?
 http://en.wikipedia.org/wiki/Integer_partition
 Note que o termo de x^n que é p(n) conta o número de vezes em que é possível 
 escrever n = a_1 + 2a_2 + 3a_3 + ... onde cada a_i
 aparece i vezes.
 Bem, alguém já deve ter pensado nisso, então o que eu falei não ajuda muito 
 ... :)
 []s
 Ronaldo

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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2007-02-13 Por tôpico Carlos Eddy Esaguy Nehab

Oi, Claudio,

O problema de complexos que você mencionou é uma ferramenta 
extremamente útil que já usei para demonstrar inúmeros problemas de 
geometria, como por exemplo o famoso teorema atribuido ao 
Napoleão  (o Bonaparte, mesmo, acredite se quiser... :-)), que eu 
acho surpreendente:


Sobre os lados de um triângulo arbitrário construa três triângulos 
equiláteros exteriores ao mesmo.  Mostre que os centros destes 3 
triângulos equiláteros determinam um novo triângulo equilátero.


O teorema do Napoleão também é relacionado a outro problema 
(atribuído a Pascal) igualmente interessante:  Dado um triângulo 
qualquer, determine o ponto de seu plano cuja soma das distâncias aos 
vértices é mínima.


Os aficcionados em Geometria que se regozigem...  São bonitos, assim, 
como as soluções.


Quanto ao somatório (com expoentes sendo os números triangulares) tô 
pensando...


Abraços,
Nehab

At 13:50 13/2/2007, you wrote:


On 2/13/07, claudio.buffara 
mailto:[EMAIL PROTECTED][EMAIL PROTECTED] wrote:
Antes de postar um problema bonitinho sobre complexos, quero lembrar 
que ainda temos (pelo menos) dois problemas em aberto

na lista, um do PSRita e o outro do ACSteiner:

1. Calcule o valor de SOMA(n=1...+inf) q^(n(n-1)/2), onde |q|  1.

Consultei meus alfarrabios e descobri que esta soma eh igual a um 
certo produto infinito, mas nao achei nenhuma formula
fechada e suspeito que nenhuma exista, a menos que envolva alguma 
funcao nao elementar - alias, como a serie acima

converge, ela pode ser usada pra definir uma funcao de (-1,1) - R.


Se  o termo n(n-1)/2 fosse n(n+1)/2 ele seria a soma de uma 
P.A. com os n primeiros naturais.
 Não parei ainda para pensar com calma, mas será que esse problema 
não está relacionado com partições de inteiros e

a função de Euler?

http://en.wikipedia.org/wiki/Integer_partitionhttp://en.wikipedia.org/wiki/Integer_partition

  Note que o termo de x^n que é p(n) conta o número de vezes em que 
é possível escrever n = a_1 + 2a_2 + 3a_3 + ... onde cada a_i

aparece i vezes.
   Bem, alguém já deve ter pensado nisso, então o que eu falei não 
ajuda muito ... :)


[]s
Ronaldo





Re: [obm-l] PROBLEMAS EM ABERTO!

2005-12-26 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Mon, Dec 26, 2005 at 12:44:58PM +, Jorge Luis Rodrigues e Silva Luis 
wrote:
 Afinal! Existe alguma fração ordinária que possa dar a fração 0,...?

1/1.

Este é o problema trivial que mais recebeu espaço nesta lista.
Procure usando os engenhos de busca ou veja
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.200310/msg00348.html

[]s, N.
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Problemas em aberto - prob 10

2005-01-18 Por tôpico Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira
   Caro Demetrio,
   Parece que os únicos contra-exemplos para isso são (A,B,C)=(2^m+1,2^m-1,2),
para m=1. Além disso, acho que é possível provar algo bem mais forte (para
k grande): P tem pelo menos 2^k-k fatores primos distintos. Isso já é maior
que k+1 se k=3. Vamos então provar isso primeiro e depois analisar os casos
k=1 e k=2.
   Vamos usar polinômios ciclotômicos, que são polinômios phi_n(x),
indexados pelos inteiros positivos n que aparecem na fatoração de x^n-1:
para cada inteiro positivo n, x^n-1=produto(d divide n)(phi_d(x)). Isso
define os phi_n(x) por recorrência; temos
phi_n(x)=produto(1=k=n,mdc(k,n)=1)(x-e^(2.k.pi.i/n)), donde o grau de
phi_n(x) é phi(n) (aqui phi é a função de Euler). Segue da primeira
definição, via fatoração, por indução, que, para todo n, phi_n(x) tem
coeficientes inteiros e coeficiente líder 1. É possível provar que, para
todo n, phi_n(x) é um polinômio irredutível, mas não vamos usar isso aqui.
   Temos A^c-B^c=B^c.((A/B)^c-1)=B^c.produto(d divide c)(phi_d(A/B))=
=produto(d divide c)(B^phi(d).phi_d(A/B)). Como phi_d(x) é um polinômio
mônico com coeficientes inteiros de grau phi(d), m_d:=B^phi(d).phi_d(A/B) é
inteiro, e produto(d divide c)(m_d)=A^c-B^c (e logo m_d é divisor de A^c-B^c, 
para todo d divisor de c). Note que c tem 2^k divisores, e assim conseguimos 
escrever A^c-B^c como produto dos 2^k números m_d. Vamos agora examinar 
possíveis fatores primos comuns dos m_d. Vejamos primeiramente que se q é um 
primo que não divide mmc(d,r) então q não pode dividir simultaneamente m_d e 
m_r (desde que d seja distinto de r). De fato, f(x)=B^d.phi_d(x/B) e
g(x)=B^r.phi_r(x/B) são fatores de x^mmc(d,r)-B^mmc(d,r), e se m_d=f(A) e
m_r=g(A) são múltiplos de q, A é raiz pelo menos dupla de
x^mmc(d,r)-B^mmc(d,r) módulo q (isto é, sobre o corpo Z/qZ), donde é raiz de
sua derivada mmc(d,r).x^(mmc(d,r)-1). Como q não divide mmc(d,r), deve
dividir A^(mmc(d,r)-1), donde divide A, mas A é primo com B, e logo q não
divide d e portanto não pode pode dividir A^d-B^d, absurdo.
Isso mostra que se q é um primo que divide dois termos distintos m_d e
m_r então q tem que ser um dos divisores n_i de c, e nesse caso n_i deve ser
um divisor de d ou de r, donde n_i divide no máximo um termo m_d sem que d
seja múltiplo de n_i. Observemos agora que, se q é primo e q não divide r,
então phi_(qr)(x)=phi_r(x^q)/phi_r(x), o que pode ser verificado a partir
das raízes dos polinômios envolvidos. Se olharmos tudo módulo q (i.e., em
Z/qZ[x]), temos phi_r(x^q)=(phi_r(x))^q (pois (x+y)^q=x^q+y^q mod q para
quaisquer x,y e n^q=n mod q para n inteiro), donde
phi_(qr)(x)=(phi_r(x))^(q-1) módulo q, donde phi_(qr)(x)=0 (mod q) se e só
se phi_r(x)=0 (mod q) para todo x em Z/qZ. Em particular, fazendo q=n_i,
x=A/B, e usando o fato de c (e logo todos os n_i) ser primo com B, temos
que, se n_i não divide d, m_d é divisível por n_i se e só se n_i divide
m_(n_i.d). Isso mostra que cada n_i divide no máximo dois termos m_r (para
r=d e para r=n_i.d, se existir esse d divisor de c/n_i tal que n_i divide
m_d). Assim, como A^c-B^c é produto dos 2^k números m_r, todos maiores que
1, e no máximo k pares desses números têm fator comum, A^c-B^c tem pelo
menos 2^k-k fatores primos distintos. (cqd).

Se k=1, c=p é primo e, pela prova acima, se A^c-B^c só tem um fator
primo, A^c-B^c=A^p-B^p deve ser uma potência de p, e A-B também. Assim,
A=B+p^k, e A^p-B^p=(B+p^k)^p-B^p=B^(p-1).p^(k+1) (mod p^(k+2)) se p=3 ou se
p=2 e k1. Assim, nesses casos, a maior potência de p que divide A^p-B^p é
p^(k+1), donde a maior potência de p que divide (A^p-B^p)/(A-B) é p, e logo
A^(p-1)+A^(p-2).b+...+B^(p-1)=(A^p-B^p)/(A-B)=p (pois é uma potência de p),
e logo 2^(p-1)=A^(p-1)p, absurdo. Assim, p=2 e k=1, donde
A^p-B^p=(B+2)^2-B^2=4(B+1), que é uma potência de 2, donde B=2^m-1 e
A=2^m+1, como havíamos dito no começo desta mensagem.
Finalmente, se k=2, c=p.q, com pq, A^c-B^c=m_1.m_p.m_q.m_(pq), e, pela
prova acima, se tivessemos exatamente 2=2^2-2 fatores primos distintos de
A^c-B^c, esses fatores deveriam ser p e q. Assim, A^(pq)-B^(pq) é uma
potência de p vezes uma potência de q, e logo
(A^(pq)-B^(pq))/(A^p-B^p)=m_q.m_(pq) também é uma potência de p vezes uma
potência de q. Se A^p-B^p é múltiplo de p, digamos A^p=B^p+k.p^r, onde p não
divide k, A^(pq)-B^(pq)=(B^p+k.p^r)^q-B^(pq)=q.B^p.(k.p^r) (mod p^(2r)),
donde é múltiplo de p^r e não de p^(r+1), e logo (A^(pq)-B^(pq))/(A^p-B^p)
não é múltiplo de p. Por outro lado, se A^(pq)-B^(pq) é múltiplo de p, e
A^p-B^p não é múltiplo de p, A^p/B^p não é 1 módulo p, mas (A^p/B^p)^q é 1
módulo q, donde a ordem módulo p de (A^p/B^p) é q, pois q é primo, mas q não
divide phi(p)=p-1 (pois q é maior que p), absurdo. Assim,
(A^(pq)-B^(pq))/(A^p-B^p) não é múltiplo de p e logo é uma potência de q.
Assim, A^(pq)-B^(pq) é múltiplo de q, e, como A^(pq)=(A^p)^q é congruente a
A6p módulo q, assim como B^(pq) é congruente a B^p módulo q, A^p-B^p também
é múltiplo de q, digamos A^p=B^p+s.q^r, donde

Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-18 Por tôpico Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira

Caros colegas:

Seguem abaixo problemas propostos na lista obm-l desde outubro de 2004 que
ainda nao foram resolvidos:

[]s,
Claudio.


28) Seja A = conjunto dos inteiros positivos livres de quadrados e que tem
um numero ímpar de fatores primos (distintos, claro!)
 
Assim, A contém todos os primos e seu menor elemento composto é 30 = 2*3*5.
 
Calcule o valor de Soma(n em A) 1/n^2.
 
Pode usar, sem demonstrar, que:
Soma(n em N) 1/n^2 = Pi^2/6   e   Soma(n em N) 1/n^4 = Pi^4/90.


Para s1, por fatoração única e convergência absoluta, 
soma(n=1 a infinito)(1/n^s)=produto(p primo)(1+1/p^s+1/p^(2s)+...)=
=produto(p primo)(1-1/p^s)^(-1) (essa é a popular fórmula de Euler).
Por razões análogas, se B = conjunto dos inteiros positivos livres de
quadrados e que têm um numero ímpar de fatores primos distintos, 
soma(n em B)(1/n^2)-soma(n em A)(1/n^2)=produto(p primo)(1-1/p^2)=
=(soma(n=1 a infinito)(1/n^2))^(-1)=6/pi^2, enquanto 
soma(n em B)(1/n^2)+soma(n em A)(1/n^2)=produto(p primo)(1+1/p^2)=
=produto(p primo)((1-1/p^4)/(1-1/p^2))=(pi^2/6)/(pi^4/90)=15/pi^2. Assim,
soma(n em A)(1/n^2)=(15/pi^2-6/pi^2)/2=9/(2.pi^2)=
=0,45594532639051997149745758444377

  Abraços,
Gugu
=
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=


Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-12 Por tôpico Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira
   Caro Domingos,
   Note que a diferenca entre as duas somas e' soma(p=n,k=2)[n/p^k]=
soma(p=n)(n/p(p-1))=O(n) (aqui p percorre os primos), donde, como voce
mostrou que uma das somas e' assintoticamente n.loglog(n), a outra
automaticamente tambem e'. Note que voce so' usou ii), que e' mais facil de
provar que i) (veja o Hardy e Wright). Alem disso, para ver que os limites
sao infinitos, basta usar que a serie dos inversos dos primos da' infinito,
o que provavelmente ja' foi provado nesta lista (senao me avisem que eu
provo).
   Abracos,
 Gugu
 




20) Seja f: S = {2, 3, 4, 5, 6, ...} - S a função que leva um número n no
seu número de fatores primos. Por exemplo, f(6) = 2 e f(12) = f(8) = 3.
Quanto vale lim[n-inf] (f(2) + f(3) + ... + f(n))/(n-1)?



A resposta é bonitinha quando f não conta os primos repetidamente...
Vamos usar aquele princípio básico da combinatória que nos ensina a 
contar a mesma coisa de duas maneiras distintas :-)
Note que f(2) + ... + f(n) é equivalente a Soma_{p primo} Piso{n/p}.

Para verificar isso, disponha caixas indexadas por todos os primos = n. 
Olhe para cada elemento i = n, colocando um marcador na caixa p em cada 
primo p que é divisor de i. É evidente que o número de marcadores de 
todas as caixas é f(2) + ... + f(n). Por outro lado, quantos marcadores 
teremos numa caixa p? Cada inteiro i = n que é múltiplo de p colocou 
exatamente um marcador em tal caixa, logo temos Piso{n/p} marcadores em 
tal caixa.

Sempre que o termo p aparecer, fica implícito que p é primo, ok?
Como Piso{n/p}  n/p - 1, temos:
f(2) + ... + f(n)  Soma_{p  = n} [n/p - 1] = -pi(n) + n Soma_{p =n} 
[1/p],
onde pi(n) é a função que conta o número de primos = n.

Resultados clássicos nos grantem que:
i) pi(n) ~ n/(log n)
ii) Soma_{p =n} [1/p] ~ log log n, logo

Soma_{p  = n} [n/p - 1] ~ n[log log n - 1/(log n)].

Isso prova que lim_{n - oo} [f(2) + ... + f(n)]/n = oo. Como a nossa f 
tem valores sempre menores ou iguais aos valores da f do problema 
original, o resultado vale também para o problema original.

Se f conta os primos de forma repetida então a nossa contagem passa a ser
f(2) + ... + f(n) = Soma_{k = 0..oo} Soma_{p primo} Piso{n/p^k}.
Talvez alguém da lista tenha paciência de analisar assintoticamente o 
mostrinho...

[ ]'s
=
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=
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=


Re: [obm-l] Problemas em aberto - prob 10

2005-01-12 Por tôpico Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira
   Caro Demetrio,
   No fim da sua explicacao, A-B nao pode ser uma potencia de y ? Nesse
caso, todos os fatores primos de A-B sao fatores primos de y.A^(y-1), e eu
nao entendi como voce conclui.
   Abracos,
Gugu


 --- Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
escreveu: 

 *
 
 10) Seja P = A^c - B^c,
 onde:
 A, B e c são inteiros e primos entre si,
 A - B  1, 
 c = n1*n2*...*ni*...nk ,
 (os ni são fatores primos distintos, ou seja, c tem
 k fatores
 primos distintos).
 
 Mostre que P é um número composto com, no mínimo,
 k+1
 fatores primos distintos.
 
 *

Deixe eu colocar uma restrição adicional c = impar.


Em primeiro lugar é fácil ver que todos os números 
da forma A^ni - B^ni dividem P. 

Portanto, um caminho seria mostrar que, dados 
quaisquer números da forma S1 = A^x - B^x e 
S2 = A^y - B^y, x e y primos entre si, S1 e S2 não 
podem ser múltiplos, isto é, possuem algum fator 
primo distinto entre si.



1** 
suponha A, B e x,y primos entre si. x e y primos 
diferentes de 2 e x  y.

Hipótese: se A^x - B^x tem fatores primos em 
comum com A^y - B^y, estes fatores estão em A - B.


Suponha que S1 = A^x - B^x contém um fator em 
comum com S2 = A^y - B^y.  
Seja 
F1 = A^(x-y) * S2 = A^(x-y) * (A^y - B^y) = 
A^x - [A^(x-y)*(B^y)]. 

Naturalmente F1 contém o mesmo fator em comum 
com S1 e S2, e portanto F1 - S1 o conterá também.

F1 - S1 = B^x - [A^(x-y)*(B^y)] = 
B^y * [B^(x-y) - A^(x-y)]. 

Dado que A e B são primos entre si, o fator comum
não pode estar em B^y, e portanto está em 
B^(x-y) - A^(x-y). 

Agora pode-se repetir o raciocínio para 
B^(x-y) - A^(x-y) e A^y - B^y, 
verificando qual dos dois expoentes é maior. 
Suponhamos que x-y  y. Neste caso podemos provar 
que o fator comum também está em B^(x-2y) - A^(x-2y). 
Observe que, caso y  x-y provaríamos para o 
expoente 2y - x. 

Repetindo o raciocínio interativamente vamos chegar 
até o  expoente 1. Note que, como x e y são primos, 
a sequencia de expoentes decrescentes não coincidirá 
com y.

Por exemplo x = 19, y = 3.
19 - 16 - 13 - 10 - 7 - 4 -1

Por exemplo x = 17, y = 3. 
17 - 14 - 11 - 8 - 5 - 2 -1   

Por exemplo x = 19 y = 11.
19 - 8 - 3 (11 - 8) - 5 (8 - 3) - 2 (5 - 3) - 1
(3 - 2)  


2**
S2 = A^y - B^y também possui ao menos um fator primo
distinto da decomposição  em fatores primos de A - B.

Note-se que 
S2 = (A - B) * F3, onde 
F3 = A^y-1 + (A^(y-2))*B + ... + B^y-1

Portanto, se a hipótese estiver correta e S2 
contiver ao menos um fator primo distinto de A - B, 
este fator estará em F3

Note-se que F3 tem exatamente y termos. 
Se a Hipótese estiver incorreta, isto é, se A - B 
contiver todos os fatores primos de F3, então qualquer

combinação linear do tipo  k1*(A - B) + k2*F3 também 
conterá todos estes fatores. 

Esta idéia pode ser usada para reduzir-se os termos 
de F3 até um único termo que obrigatoriamente teria 
de conter todos os fatores primos.

Por exemplo vamos considerar y = 3. 
Neste caso F3 = A^2 +A*B +B^2

F3 + A(A - B) = A^2 + A*B - A*B + B^2 = 2*A^2 + B^2
2*A^2 + B^2 + (A + B)*(A - B) = 
2*A^2 + B^2 + A^2 - B^2 = 3*A^2

y = 5, F3=A^4 +A^3*B +A^2*B^2 +A*B^3 +B^4
F3 + A^3*(A - B) + A*B^2*(A - B) = 
2*A^4 +2*A^2*B^2 +B^4 = X1

X1 + 2*A^2*(A + B)*(A - B) = X1 + 2*A^4 - 2*A^2*B^2=
 4*A^4 + B^4

4*A^4 + B^4 + A^4 - B^4 = 5*A^4

Na verdade, caso (A - B) tenha todos os fatores primos
de F3, é possível transformar F3 em outras expressões 
que devem conter os mesmos fatores primos, através de 
operações elementares, até uma expressão na forma 
y*A^y-1 (ou y*B^y-1). Mas vamos recordar que A,B e y 
são primos entre si, portanto não é possível 
que y*A^y-1 contenha os mesmos fatores primos de A -
B.


Em resumo, temos que 
**1** - Se S1 e S2 possuem fatores primos em comum, 
estes fatores estão em A - B. 

**2** - S1 e S2 possuem ao menos um fator primo não 
contido em A - B

Logo S1 e S2 possuem ao menos um fator distinto entre
si. 

A extensão para c par é direta fazendo A^2 - B^2 
= D - C

[]´s 


   
   
   
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Re: [obm-l] Problemas em aberto - prob 10

2005-01-12 Por tôpico Demetrio Freitas
Acho q vc tem razão... não me ocorre como consertar,
exceto colocando uma restrição adicional. Acho que só
vale para A-B e c, primos entre si.   

[]´s


--- Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira
[EMAIL PROTECTED] escreveu: 
Caro Demetrio,
No fim da sua explicacao, A-B nao pode ser uma
 potencia de y ? Nesse
 caso, todos os fatores primos de A-B sao fatores
 primos de y.A^(y-1), e eu
 nao entendi como voce conclui.
Abracos,
 Gugu
 
 
  --- Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 escreveu: 
 
  *
  
  10) Seja P = A^c - B^c,
  onde:
  A, B e c são inteiros e primos entre si,
  A - B  1, 
  c = n1*n2*...*ni*...nk ,
  (os ni são fatores primos distintos, ou seja, c
 tem
  k fatores
  primos distintos).
  
  Mostre que P é um número composto com, no mínimo,
  k+1
  fatores primos distintos.
  
  *
 
 Deixe eu colocar uma restrição adicional c = impar.
 
 
 Em primeiro lugar é fácil ver que todos os números 
 da forma A^ni - B^ni dividem P. 
 
 Portanto, um caminho seria mostrar que, dados 
 quaisquer números da forma S1 = A^x - B^x e 
 S2 = A^y - B^y, x e y primos entre si, S1 e S2 não 
 podem ser múltiplos, isto é, possuem algum fator 
 primo distinto entre si.
 
 
 
 1** 
 suponha A, B e x,y primos entre si. x e y primos 
 diferentes de 2 e x  y.
 
 Hipótese: se A^x - B^x tem fatores primos em 
 comum com A^y - B^y, estes fatores estão em A - B.
 
 
 Suponha que S1 = A^x - B^x contém um fator em 
 comum com S2 = A^y - B^y.  
 Seja 
 F1 = A^(x-y) * S2 = A^(x-y) * (A^y - B^y) = 
 A^x - [A^(x-y)*(B^y)]. 
 
 Naturalmente F1 contém o mesmo fator em comum 
 com S1 e S2, e portanto F1 - S1 o conterá também.
 
 F1 - S1 = B^x - [A^(x-y)*(B^y)] = 
 B^y * [B^(x-y) - A^(x-y)]. 
 
 Dado que A e B são primos entre si, o fator comum
 não pode estar em B^y, e portanto está em 
 B^(x-y) - A^(x-y). 
 
 Agora pode-se repetir o raciocínio para 
 B^(x-y) - A^(x-y) e A^y - B^y, 
 verificando qual dos dois expoentes é maior. 
 Suponhamos que x-y  y. Neste caso podemos provar 
 que o fator comum também está em B^(x-2y) -
 A^(x-2y). 
 Observe que, caso y  x-y provaríamos para o 
 expoente 2y - x. 
 
 Repetindo o raciocínio interativamente vamos chegar
 
 até o  expoente 1. Note que, como x e y são primos,
 
 a sequencia de expoentes decrescentes não
 coincidirá 
 com y.
 
 Por exemplo x = 19, y = 3.
 19 - 16 - 13 - 10 - 7 - 4 -1
 
 Por exemplo x = 17, y = 3. 
 17 - 14 - 11 - 8 - 5 - 2 -1   
 
 Por exemplo x = 19 y = 11.
 19 - 8 - 3 (11 - 8) - 5 (8 - 3) - 2 (5 - 3) -
 1
 (3 - 2)  
 
 
 2**
 S2 = A^y - B^y também possui ao menos um fator
 primo
 distinto da decomposição  em fatores primos de A -
 B.
 
 Note-se que 
 S2 = (A - B) * F3, onde 
 F3 = A^y-1 + (A^(y-2))*B + ... + B^y-1
 
 Portanto, se a hipótese estiver correta e S2 
 contiver ao menos um fator primo distinto de A - B,
 
 este fator estará em F3
 
 Note-se que F3 tem exatamente y termos. 
 Se a Hipótese estiver incorreta, isto é, se A - B 
 contiver todos os fatores primos de F3, então
 qualquer
 
 combinação linear do tipo  k1*(A - B) + k2*F3
 também 
 conterá todos estes fatores. 
 
 Esta idéia pode ser usada para reduzir-se os termos
 
 de F3 até um único termo que obrigatoriamente teria
 
 de conter todos os fatores primos.
 
 Por exemplo vamos considerar y = 3. 
 Neste caso F3 = A^2 +A*B +B^2
 
 F3 + A(A - B) = A^2 + A*B - A*B + B^2 = 2*A^2 + B^2
 2*A^2 + B^2 + (A + B)*(A - B) = 
 2*A^2 + B^2 + A^2 - B^2 = 3*A^2
 
 y = 5, F3=A^4 +A^3*B +A^2*B^2 +A*B^3 +B^4
 F3 + A^3*(A - B) + A*B^2*(A - B) = 
 2*A^4 +2*A^2*B^2 +B^4 = X1
 
 X1 + 2*A^2*(A + B)*(A - B) = X1 + 2*A^4 -
 2*A^2*B^2=
  4*A^4 + B^4
 
 4*A^4 + B^4 + A^4 - B^4 = 5*A^4
 
 Na verdade, caso (A - B) tenha todos os fatores
 primos
 de F3, é possível transformar F3 em outras
 expressões 
 que devem conter os mesmos fatores primos, através
 de 
 operações elementares, até uma expressão na forma
 
 y*A^y-1 (ou y*B^y-1). Mas vamos recordar que A,B e
 y 
 são primos entre si, portanto não é possível 
 que y*A^y-1 contenha os mesmos fatores primos de A
 -
 B.
 
 
 Em resumo, temos que 
 **1** - Se S1 e S2 possuem fatores primos em comum,
 
 estes fatores estão em A - B. 
 
 **2** - S1 e S2 possuem ao menos um fator primo não
 
 contido em A - B
 
 Logo S1 e S2 possuem ao menos um fator distinto
 entre
 si. 
 
 A extensão para c par é direta fazendo A^2 - B^2 
 = D - C
 
 []´s 
 
 
  
  
  

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=
 
 

=
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 usar a 

Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-12 Por tôpico Domingos Jr.
Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira wrote:
  Caro Domingos,
  Note que a diferenca entre as duas somas e' soma(p=n,k=2)[n/p^k]=
soma(p=n)(n/p(p-1))=O(n) (aqui p percorre os primos), donde, como voce
mostrou que uma das somas e' assintoticamente n.loglog(n)
Já imaginava que fosse dar a mesma coisa :-)
, a outra
automaticamente tambem e'. Note que voce so' usou ii), que e' mais facil de
provar que i) (veja o Hardy e Wright). Alem disso, para ver que os limites
sao infinitos, basta usar que a serie dos inversos dos primos da' infinito,
o que provavelmente ja' foi provado nesta lista (senao me avisem que eu
provo).
Você está dizendo que dá pra provar que o limite é +oo somente usando 
que a soma dos inversos dos primos diverge? Como seria a prova?

Abraços,
Domingos.
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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-12 Por tôpico Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira
   Caro Domingos,
Você observou quef(2) + ... + f(n) é equivalente a Soma_{p primo} Piso{n/p},
mas isso é n.soma{p primo, p=n}(1/p) + O(n), donde isso dividido por n é 
soma{p primo, p=n}(1/p) + O(1), que tende a infinito pois a serie dos
inversos dos primos diverge.
Abraços,
  Gugu



Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira wrote:

   Caro Domingos,
   Note que a diferenca entre as duas somas e' soma(p=n,k=2)[n/p^k]=
soma(p=n)(n/p(p-1))=O(n) (aqui p percorre os primos), donde, como voce
mostrou que uma das somas e' assintoticamente n.loglog(n)


Já imaginava que fosse dar a mesma coisa :-)

, a outra
automaticamente tambem e'. Note que voce so' usou ii), que e' mais facil de
provar que i) (veja o Hardy e Wright). Alem disso, para ver que os limites
sao infinitos, basta usar que a serie dos inversos dos primos da' infinito,
o que provavelmente ja' foi provado nesta lista (senao me avisem que eu
provo).


Você está dizendo que dá pra provar que o limite é +oo somente usando 
que a soma dos inversos dos primos diverge? Como seria a prova?

Abraços,

Domingos.
=
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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-12 Por tôpico Domingos Jr.
Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira wrote:
  Caro Domingos,
   Você observou quef(2) + ... + f(n) é equivalente a Soma_{p primo} Piso{n/p},
mas isso é n.soma{p primo, p=n}(1/p) + O(n), donde isso dividido por n é 
soma{p primo, p=n}(1/p) + O(1), que tende a infinito pois a serie dos
inversos dos primos diverge.
   Abraços,
 Gugu

 

Era bem óbvio mas eu nem tinha percebido! Tudo bem, eu tenho uma boa 
desculpa, estou doente...

[ ]'s
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Re: [obm-l] Problemas em aberto - prob 10

2005-01-11 Por tôpico Demetrio Freitas
 --- Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
escreveu: 

 *
 
 10) Seja P = A^c - B^c,
 onde:
 A, B e c são inteiros e primos entre si,
 A - B  1, 
 c = n1*n2*...*ni*...nk ,
 (os ni são fatores primos distintos, ou seja, c tem
 k fatores
 primos distintos).
 
 Mostre que P é um número composto com, no mínimo,
 k+1
 fatores primos distintos.
 
 *

Deixe eu colocar uma restrição adicional c = impar.


Em primeiro lugar é fácil ver que todos os números 
da forma A^ni - B^ni dividem P. 

Portanto, um caminho seria mostrar que, dados 
quaisquer números da forma S1 = A^x - B^x e 
S2 = A^y - B^y, x e y primos entre si, S1 e S2 não 
podem ser múltiplos, isto é, possuem algum fator 
primo distinto entre si.



1** 
suponha A, B e x,y primos entre si. x e y primos 
diferentes de 2 e x  y.

Hipótese: se A^x - B^x tem fatores primos em 
comum com A^y - B^y, estes fatores estão em A - B.


Suponha que S1 = A^x - B^x contém um fator em 
comum com S2 = A^y - B^y.  
Seja 
F1 = A^(x-y) * S2 = A^(x-y) * (A^y - B^y) = 
A^x - [A^(x-y)*(B^y)]. 

Naturalmente F1 contém o mesmo fator em comum 
com S1 e S2, e portanto F1 - S1 o conterá também.

F1 - S1 = B^x - [A^(x-y)*(B^y)] = 
B^y * [B^(x-y) - A^(x-y)]. 

Dado que A e B são primos entre si, o fator comum
não pode estar em B^y, e portanto está em 
B^(x-y) - A^(x-y). 

Agora pode-se repetir o raciocínio para 
B^(x-y) - A^(x-y) e A^y - B^y, 
verificando qual dos dois expoentes é maior. 
Suponhamos que x-y  y. Neste caso podemos provar 
que o fator comum também está em B^(x-2y) - A^(x-2y). 
Observe que, caso y  x-y provaríamos para o 
expoente 2y - x. 

Repetindo o raciocínio interativamente vamos chegar 
até o  expoente 1. Note que, como x e y são primos, 
a sequencia de expoentes decrescentes não coincidirá 
com y.

Por exemplo x = 19, y = 3.
19 - 16 - 13 - 10 - 7 - 4 -1

Por exemplo x = 17, y = 3. 
17 - 14 - 11 - 8 - 5 - 2 -1   

Por exemplo x = 19 y = 11.
19 - 8 - 3 (11 - 8) - 5 (8 - 3) - 2 (5 - 3) - 1
(3 - 2)  


2**
S2 = A^y - B^y também possui ao menos um fator primo
distinto da decomposição  em fatores primos de A - B.

Note-se que 
S2 = (A - B) * F3, onde 
F3 = A^y-1 + (A^(y-2))*B + ... + B^y-1

Portanto, se a hipótese estiver correta e S2 
contiver ao menos um fator primo distinto de A - B, 
este fator estará em F3

Note-se que F3 tem exatamente y termos. 
Se a Hipótese estiver incorreta, isto é, se A - B 
contiver todos os fatores primos de F3, então qualquer

combinação linear do tipo  k1*(A - B) + k2*F3 também 
conterá todos estes fatores. 

Esta idéia pode ser usada para reduzir-se os termos 
de F3 até um único termo que obrigatoriamente teria 
de conter todos os fatores primos.

Por exemplo vamos considerar y = 3. 
Neste caso F3 = A^2 +A*B +B^2

F3 + A(A - B) = A^2 + A*B - A*B + B^2 = 2*A^2 + B^2
2*A^2 + B^2 + (A + B)*(A - B) = 
2*A^2 + B^2 + A^2 - B^2 = 3*A^2

y = 5, F3=A^4 +A^3*B +A^2*B^2 +A*B^3 +B^4
F3 + A^3*(A - B) + A*B^2*(A - B) = 
2*A^4 +2*A^2*B^2 +B^4 = X1

X1 + 2*A^2*(A + B)*(A - B) = X1 + 2*A^4 - 2*A^2*B^2=
 4*A^4 + B^4

4*A^4 + B^4 + A^4 - B^4 = 5*A^4

Na verdade, caso (A - B) tenha todos os fatores primos
de F3, é possível transformar F3 em outras expressões 
que devem conter os mesmos fatores primos, através de 
operações elementares, até uma expressão na forma 
y*A^y-1 (ou y*B^y-1). Mas vamos recordar que A,B e y 
são primos entre si, portanto não é possível 
que y*A^y-1 contenha os mesmos fatores primos de A -
B.


Em resumo, temos que 
**1** - Se S1 e S2 possuem fatores primos em comum, 
estes fatores estão em A - B. 

**2** - S1 e S2 possuem ao menos um fator primo não 
contido em A - B

Logo S1 e S2 possuem ao menos um fator distinto entre
si. 

A extensão para c par é direta fazendo A^2 - B^2 
= D - C

[]´s 





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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-11 Por tôpico Demetrio Freitas
 --- Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
escreveu: 
 Caros colegas:
 
 Seguem abaixo problemas propostos na lista obm-l
 desde outubro de 2004 que
 ainda nao foram resolvidos:
 
 []s,
 Claudio.
*

20) Seja f: S = {2, 3, 4, 5, 6, ...} - S a função que
leva um número n 
no
seu número de fatores primos. Por exemplo, f(6) = 2 e
f(12) = f(8) = 3.
Quanto vale lim[n-inf] (f(2) + f(3) + ... +
f(n))/(n-1)?

*

21) E se f associar n ao seu número de fatores primos
*distintos*? Por
exemplo, f(6) = 2 mas f(12) = 2 e f(8) = 1?


Creio que este problema é muito avançado. 
Não sei demonstrar mas referências e a resposta 
podem ser encontradas em
 
http://mathworld.wolfram.com/DistinctPrimeFactors.html


[]´s






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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-11 Por tôpico Domingos Jr.

20) Seja f: S = {2, 3, 4, 5, 6, ...} - S a função que leva um número n no
seu número de fatores primos. Por exemplo, f(6) = 2 e f(12) = f(8) = 3.
Quanto vale lim[n-inf] (f(2) + f(3) + ... + f(n))/(n-1)?

A resposta é bonitinha quando f não conta os primos repetidamente...
Vamos usar aquele princípio básico da combinatória que nos ensina a 
contar a mesma coisa de duas maneiras distintas :-)
Note que f(2) + ... + f(n) é equivalente a Soma_{p primo} Piso{n/p}.

Para verificar isso, disponha caixas indexadas por todos os primos = n. 
Olhe para cada elemento i = n, colocando um marcador na caixa p em cada 
primo p que é divisor de i. É evidente que o número de marcadores de 
todas as caixas é f(2) + ... + f(n). Por outro lado, quantos marcadores 
teremos numa caixa p? Cada inteiro i = n que é múltiplo de p colocou 
exatamente um marcador em tal caixa, logo temos Piso{n/p} marcadores em 
tal caixa.

Sempre que o termo p aparecer, fica implícito que p é primo, ok?
Como Piso{n/p}  n/p - 1, temos:
f(2) + ... + f(n)  Soma_{p  = n} [n/p - 1] = -pi(n) + n Soma_{p =n} 
[1/p],
onde pi(n) é a função que conta o número de primos = n.

Resultados clássicos nos grantem que:
i) pi(n) ~ n/(log n)
ii) Soma_{p =n} [1/p] ~ log log n, logo
Soma_{p  = n} [n/p - 1] ~ n[log log n - 1/(log n)].
Isso prova que lim_{n - oo} [f(2) + ... + f(n)]/n = oo. Como a nossa f 
tem valores sempre menores ou iguais aos valores da f do problema 
original, o resultado vale também para o problema original.

Se f conta os primos de forma repetida então a nossa contagem passa a ser
f(2) + ... + f(n) = Soma_{k = 0..oo} Soma_{p primo} Piso{n/p^k}.
Talvez alguém da lista tenha paciência de analisar assintoticamente o 
mostrinho...

[ ]'s
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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-10 Por tôpico Artur Costa Steiner
 Caros colegas:

 Seguem abaixo problemas propostos na lista obm- l desde outubro de 2004
que ainda nao foram  resolvidos:

[]s,
Claudio.

*

3) Decomponha o numero real positivo A numa soma de parcelas positivas:
x_1 + x_2 + ... + x_r = A
de forma que o produto x_1*x_2*...*x_r seja o maior possivel.
(ninguem falou que as parcelas precisam ser inteiras)

Para r fixo, sabemos que o produto eh maximo se as parcelas forem iguais.
Isto pode ser provado por varias formas, tais como calculo, inducao finita,
desigualdade das medias aritmetica e geometrica (que talvez seja a mais
simples).

Para  r fixo, temos entao que o produto p(r) eh dado por p(r) = (A/r)^r, r
inteiro positivo. Para x0, podemos encontrar o maximo da funcao p(x) =
(A/x)^x diferenciando-se p e obtendo p'(x) =  (A/x)*[ln(A/x) + x*(-1/x)]  =
A/x)*[ln(A/x) - 1]. Vemos que p' se anula se e somente se x = x* = A/e e que
p' eh negativa em (0, A/e) e positiva em (A/e, oo). Logo, p alcanca um
maximo global em x* = A/e. 
Mas r tem que ser inteiro e A/e, de modo geral, nao eh inteiro. Com p eh
estritamente crescente em  (0, A/e) e estritamente decrescente em (A/e, oo),
precisamos computar f em x1 e x2, sendo x1 = piso(A/e) e x2 = teto(A/e). Se
A/e for inteiro, teremos que x1 = x2 = r* = A/e eh o ponto de maximo. Caso
contrario, teremos que comparar p(x1) e p(x2), ecolhendo o que der maior
valor para p. Acho que nao dah para determinar analiticamente r8 em funcao
de A.
Artur   




OPEN Internet e Informática
@ Primeiro provedor do DF com anti-vírus no servidor de e-mails @


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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-10 Por tôpico kleinad
10) Seja P = A^c - B^c,
onde:
A, B e c são inteiros e primos entre si,
A - B  1,
c = n1*n2*...*ni*...nk ,
(os ni são fatores primos distintos, ou seja, c tem k fatores
primos distintos).

Mostre que P é um número composto com, no mínimo, k+1
fatores primos distintos.

Isso eh falso. Tome A = 5, B = 3 e c = 2. Claro que A, B e c satisfazem o
enunciado e temos k = 1. Porem P = 16 = 2^4 soh tem 1 fator primo distinto
ao inves de 2.

Porem eh verdadeiro que P possui ao menos k + 1 fatores primos nao
necessariamente distintos se c for o produto de k primos nao necessariamente
distintos, o que se prova facilmente por inducao sobre k e pela famosa
fatoracao A^(xy) - B^(xy) = (A^x - B^x)(A^[x(y-1)] + ... + A^[x(y - i)]*B^
(xi) + ... + B^[x(y - 1)]).

[]s,
Daniel

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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-10 Por tôpico kleinad
16) Ache o menor inteiro positivo tal que se deslocarmos o seu algarismo
mais a esquerda para a posicao mais a direita (ou seja, das unidades)
obteremos um inteiro uma vez e meia maior do que o original.

Seja k = a_n*10^n + a_(n-1)*10^(n-1) + ... + 1_a*10 + a_0, onde 0=a_i=9
com a_n  0.

Após a mudança, obtemos
t = a_(n-1)*10^n + a_(n-2)*10^(n-1) + ... + a_1*10^2 + a_0*10 + a_n
  = 10*k - a_n*10^(n+1) + a_n
  = 10*k - a_n*(10^(n+1) - 1).

A condição é 2*t = 3*k, o que implica

20*k - 2*a_n*(10^(n+1) - 1) = 3*k
==
17*k = 2*a_n*(10^(n+1) - 1).

Primeiramente, 17 tem que dividir 10^(n+1) - 1, ou seja, 10^(n+1) == 1 (mod
17).

Sabemos por Euler-Fermat que para n = 15 isso ocorre. Agora, pensando no
grupo Z/(17_Z), e usando Lagrange, qualquer outro (n+1) menor e que
satisfaça a igualdade deverá ser divisor de 16. Ou seja, n = 0, 1, 3 ou 7. A
minha calculadora diz que isso não vale para nenhum destes valores de n.
Logo, n = 15 é o menor possível.

Resta mostrar que para algum a_n tem-se k = 2*a_n*(10^(n+1) - 1)/17 um
número com no máximo n casas decimais, ou seja, k = 10^(n+1) - 1.

Mas é imediato que k  10^(n+1) - 1 para a_n = 1, o que mostra que o menor
inteiro positivo satisfazendo a relação é 2*(10^(n+1) - 1)/17.

[]s,
Daniel

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Re: [obm-l] Problemas em aberto (remate do 16)

2005-01-10 Por tôpico kleinad
16) Ache o menor inteiro positivo tal que se deslocarmos o seu algarismo
mais a esquerda para a posicao mais a direita (ou seja, das unidades)
obteremos um inteiro uma vez e meia maior do que o original.

Seja k = a_n*10^n + a_(n-1)*10^(n-1) + ... + 1_a*10 + a_0, onde 0=a_i=9
com a_n  0.


(...)


Logo, n = 15 é o menor possível.

Resta mostrar que para algum a_n tem-se k = 2*a_n*(10^(n+1) - 1)/17 um
número com no máximo n casas decimais, ou seja, k = 10^(n+1) - 1.

Mas é imediato que k  10^(n+1) - 1 para a_n = 1, o que mostra que o menor
inteiro positivo satisfazendo a relação é 2*(10^(n+1) - 1)/17.

Na verdade existe um outro erro aí além do número n de casas em vez de
n+1 É preciso mostrar que para algum a_n tem-se k = 2*a_n*(10^(n+1) -
1)/17, onde n = 15, um número com EXATAMENTE n + 1 casas decimais E CUJO
PRIMEIRO DÍGITO É DE FATO a_n.

Ou seja, exibir um a_n tal que valham as desigualdades

a_n*10^n= k = 2*a_n*(10^(n+1) - 1)/17 = (a_n + 1)*10^n - 1

Começando pela esquerda:

17*a_n*10^n = 2_a_n*(10^(n+1) - 1)
== 17*10^n = 20*10^n - 2
== 2 = 3*10^n,

que vale sempre.

Para a desigualdade da direita, temos:

2*a_n*(10^(n+1) - 1) = 17*(a_n + 1)*10^n - 17
== 20*a_n*10^n - 2*a_n = 17*(a)n + 1)*10^n - 17
== 3*a_n*10^n + 17 = 17*10^n + 2*a_n

Em particular, a_n = 1 satisfaz essa relação, e portanto é legítimo dar o
problema por concluído tomando-se k = 2*(10^16 - 1)/17, um número, de fato,
com exatamente 16 casas decimais e cujo dígito mais à esquerda é 1.

[]s,
Daniel

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Re: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-09 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
7) Ache todos os primos p tais que (2^(p-1) - 1)/p eh
quadrado 
perfeito.

Este problema ja esta resolvido numa Eureka! E bem
interessante alias. Depois dou a referencia (a rede
esta horrivel!)





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RE: [obm-l] Problemas em aberto

2005-01-08 Por tôpico Rogerio Ponce
1) Construir uma estrutura rígida usando apenas três varetas rígidas de
mesmo comprimento e barbante, de modo que duas varetas quaisquer não se
toquem.
3) Decomponha o numero real positivo A numa soma de parcelas positivas:
x_1 + x_2 + ... + x_r = A
de forma que o produto x_1*x_2*...*x_r seja o maior possivel.
(ninguem falou que as parcelas precisam ser inteiras)
Caro Claudio,
só você para me fazer cortar fios de cobre e pedaços de barbante num dia 
como esse...
Mas é possível!
Não ficou muito bonito (a obra está claramente mais ligada a OBM que ao 
MAM), mas dá pra se entender... o resultado é um octaedro não-regular, em 
que as varetas são as diagonais internas, e as arestas são de barbante.

Já o (3) faz parte da solução do ¨água e cachaça¨, que propus há muito. Era 
essa a idéia?

Em relação ao (6): ainda hoje escrevo a solução combinatória do ¨amigo 
oculto¨, ok?

Grande abraço e ótimo 2005!
Rogério.
PS: e o chopp com o Prof. Morgado?
_
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Re:[obm-l] Problemas em Aberto

2004-06-03 Por tôpico Osvaldo
eu queria ver como a larissa lima iria resolver esse, 
ela sempre tem uma carta escondida na manga.


 Aqui vai outra solucao (longa) ...
 Eu ainda gostaria de ver uma solucao grega pra esse 
problema.
  
  2. Três lados consecutivos de um quadrilátero 
convexo são a, b e c.
  Determine o quadrilátero de área máxima .
 
 Seja ABCD o quadrilatero, de forma que:
 AB = a, BC = b, CD = c.  Ponhamos AC = x.
 
 Entao, 2*[ABCD] = a*b*sen(ABC) + c*x*sen(ACD)
 
 Lei dos Cossenos == x = raiz(a^2 + b^2 - 2*a*b*cos
(ABC)).
 
 Assim: 
 2*[ABCD] = a*b*sen(ABC) + c*raiz(a^2 + b^2 - 
2*a*b*cos(ABC))*sen(ACD).
 Ou seja, temos duas variaveis independentes para 
escolher: ABC e ACD.
 
 Eh facil ver que 2*[ABCD] maximo ==
 sen(ACD) maximo ==
 sen(ACD) = 1 == 
 ACD = Pi/2 ==
 
 2*[ABCD]max = a*b*sen(ABC) + c*raiz(a^2 + b^2 - 
2*a*b*cos(ABC))
 
 Pondo cos(ABC) = t, teremos sen(ABC) = raiz(1 - t^2) 
= 0,
 pois 0 = ABC = Pi.
 
 Se F(t) = 2*[ABCD], entao:
 F(t) = a*b*raiz(1 - t^2) + c*raiz(a^2 + b^2 - 
2*a*b*t)
 
 Naturalmente, F(t) serah maximo para t em [-1,0].
 
 Para achar os pontos criticos de F, temos que 
calcular F'(t):
 
 F'(t) = -a*b*t/raiz(1 - t^2) - a*b*c/raiz(a^2 + b^2 -
 2*a*b*t)
 
 F'(0) = -a*b*c/raiz(a^2+b^2)  0
 F'(t) - +infinito quando t - -1 pela direita.
 Logo, t = 0 e t = -1 nao sao pontos de maximo.
 
 Assim, o ponto de maximo estarah no intervalo (-1,0)
  
 F'(t) = 0 ==
 t/raiz(1 - t^2) = - c/raiz(a^2 + b^2 - 2*a*b*t) ==
 t^2/(1 - t^2) = c^2/(a^2 + b^2 - 2*a*b*t)  e  -1  t 
 0  (*)
 
 Como o triangulo ACD eh retangulo em C, teremos que 
cos(ADC) = CD/AD.
 Pondo cos(ADC) = s  0 (pois ADC  Pi/2), teremos:
 s = c/raiz(c^2+x^2) = c/raiz(a^2 + b^2 + c^2 - 
2*a*b*t) ==
 s^2 = c^2/(a^2 + b^2 + c^2 - 2*a*b*t) ==
 s^2/(1 - s^2) = c^2/(a^2 + b^2 - 2*a*b*t)  (**)
 
 (*) e (**) == 
 t^2/(1 - t^2) = s^2/(1 - s^2) ==
 t^2 = s^2 ==
 t = -s, pois t  0 e s  0 ==
 cos(ABC) = -cos(ADC) ==
 ABC = Pi - ADC ==
 ABCD eh ciclico
 
 Alem disso, como o triangulo ACD eh retangulo, AD 
serah o diametro do
 circulo circunscrito a ABCD.
 
 Interessante observar que para obtermos o valor de t 
= cos(ABC),
 precisaremos resolver uma equacao do 3o. grau:
 2*a*b*t^3 - (a^2 + b^2 + c^2)*t^2 + c^2 = 0
 (t serah a raiz negativa dessa equacao)
 
 
 []s,
 Claudio.
 
 
 
===
==
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e 
usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 
===
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Atenciosamente,

Engenharia Elétrica - UNESP Ilha Solteira
Osvaldo Mello Sponquiado 
Usuário de GNU/Linux


 
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Acabe com aquelas janelinhas que pulam na sua tela.
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-06-02 Por tôpico Eric
2. Três lados consecutivos de um quadrilátero
convexo são a, b e c.
Determine o quadrilátero de área máxima .

Algumas consideracoes intuitivas (*)
me levaram a crer tal quadrilatero eh inscritivel
e seu quarto lado eh o diametro do
circulo circunscrito a ele.

Verifiquei essa conjectura para diversos
valores de a,b,c num programa que fiz em
MAPLE (**) e o resultado foi sempre
confirmado

[ ]'s

Eric

=
CONSIDERACOES INTUITIVAS

(*) Seja ABCD uma linha poligonal com a = AB,
b = BC, c = CD; aumente o angulo B (gerando um
novo ponto A' com a = A'B) e desenhe
linhas tracejadas ligando AD e A'D; verifique
as areas ganhas e perdidas; Note que havera ganho
de area para o quadrilatero ABCD quando a area
do triangulo DAA' for maior que a area do triangulo
BAA' e como estes triangulos tem mesma base AA',
o ganho de area so ocorrera quando a altura de DAA'
for maior que a de BAA'. Seja agora um aumento
muito pequeno do angulo B (aumento infinitesimal)
Nao havera nem ganho nem perda de area (infinitesimal)
quando as alturas de BAA' e DAA' sao iguais
(ponto de extremo relativo), isto eh, quando o
angulo ABD = Pi/2. Do mesmo modo prova-se
que o angulo ACD = Pi/2.

=

(**) Programa Maple
(10Kb, em caso de interesse mando
por e-mail)

FIM.


=
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


RE: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-06-02 Por tôpico João Gilberto Ponciano Pereira
Acho que dá para pensar assim:

AB = lado a
BC = lado b
CD = lado c
DA = lado d

A área do quadrilátero pode ser calculada como a área do triângulo ABC +
área do triângulo ACD.

Vamos supor que conhecemos a configuração final, de área máxima, apenas para
os pontos ABC. Ou seja, dada qualquer configuração do triângulo ABC, como o
comprimento CD é fixo, fica fácil ver que a posição do ponto D para a área
máxima vai ocorrer apenas quando o triângulo ACD for retângulo em C. Daí
fica fácil, basta repetir o mesmo raciocínio utilizando como referência a
outra diagonal.

-Original Message-
From: Eric [mailto:[EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, June 02, 2004 1:21 PM
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Problemas em Aberto


2. Tres lados consecutivos de um quadrilatero convexo sao a, b e c.
Determine o quadrilatero de area maxima .

Fiz um programa em Maple que dados os lados a,b,c
(em ordem) do quadrilatero, encontra os angulos x e y
entre os lados a,b  e b,c respectivamente que tornam
a area do quadrilatero maxima. Alem disso o programa
encontra essa area maxima e faz dois tipos diferentes
de testes para verificar o resultado. Um deles
comparando a area maxima encontrada com 1000 areas
calculadas aleatoriamente para diferentes valores de
x e y entre Pi/2 e Pi. Alem desse teste tambem uso o teste da derivada
segunda para funcoes de duas variaveis, mas
por algum motivo que nao compreendo totalmente este teste
nao funciona sempre (por exemplo, nao funciona para (a,b,c)=(1,1,1), onde
x=y=2Pi/3, nem para (a,b,c)=(1,1,6)) (pode ser algum erro
de programacao minha).

Segue abaixo alguns resultados encontrados pelo programina
(se alguem achar um erro me comunique para que eu faca as
correcoes no programa).

Fora o primeiro, os outros valores estao
aproximados (os angulos x, y estao em radianos).

(a,b,c)(x,y)Area maxima encontrada
(1,1,1)  (2Pi/3,2Pi/3) 3*(3^(1/2))/4
(1,2,1)  (1.94553; 1.94553)2.20183
(1,2,3)  (2.38820; 1.81638)4.90482
(2,3,1)  (1.81638; 2.07859)4.90482
(1,1,6)  (2.82363; 1.72977)6.08065

para (a,b,c) = (1,1,1) ou (1,1,6) o teste fornece
valores que nao passam no teste da derivada segunda
(usa uma matriz hessiana 2x2 (acho que o nome eh
esse)). Minha duvida eh justamente essa: sera que
as primeira e ultima areas encontradas sao mesmo
maximas? Elas passam no teste de comparacao com
1000 areas calculadas aleatoriamente, mas nao passam
no teste da derivada segunda...

OBS: teste da derivada segunda para funcoes de
duas variaveis:

(f_xx)(f_yy) - (f_xy)^2  0 e f_xx  0 == maximo local de f

[ ]'s

Eric.

=
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RE: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-06-02 Por tôpico Osvaldo
bom sendo assim admitimos que sabemos que os triang. 
sao retangulos, ou seja, esse quadrilatero é 
inscritivel e CD é diametro... mais como eu faço 
isso alguma sugestao?
to quebrando a cabeça aki...

 Acho que dá para pensar assim:
 
 AB = lado a
 BC = lado b
 CD = lado c
 DA = lado d
 
 A área do quadrilátero pode ser calculada como a 
área do triângulo ABC +
 área do triângulo ACD.
 
 Vamos supor que conhecemos a configuração final, de 
área máxima, apenas para
 os pontos ABC. Ou seja, dada qualquer configuração 
do triângulo ABC, como o
 comprimento CD é fixo, fica fácil ver que a posição 
do ponto D para a área
 máxima vai ocorrer apenas quando o triângulo ACD for 
retângulo em C. Daí
 fica fácil, basta repetir o mesmo raciocínio 
utilizando como referência a
 outra diagonal.
 
 -Original Message-
 From: Eric [mailto:[EMAIL PROTECTED]
 Sent: Wednesday, June 02, 2004 1:21 PM
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Subject: [obm-l] Problemas em Aberto
 
 
 2. Tres lados consecutivos de um quadrilatero 
convexo sao a, b e c.
 Determine o quadrilatero de area maxima .
 
 Fiz um programa em Maple que dados os lados a,b,c
 (em ordem) do quadrilatero, encontra os angulos x e y
 entre os lados a,b  e b,c respectivamente que tornam
 a area do quadrilatero maxima. Alem disso o programa
 encontra essa area maxima e faz dois tipos diferentes
 de testes para verificar o resultado. Um deles
 comparando a area maxima encontrada com 1000 areas
 calculadas aleatoriamente para diferentes valores de
 x e y entre Pi/2 e Pi. Alem desse teste tambem uso o 
teste da derivada
 segunda para funcoes de duas variaveis, mas
 por algum motivo que nao compreendo totalmente este 
teste
 nao funciona sempre (por exemplo, nao funciona para 
(a,b,c)=(1,1,1), onde
 x=y=2Pi/3, nem para (a,b,c)=(1,1,6)) (pode ser algum 
erro
 de programacao minha).
 
 Segue abaixo alguns resultados encontrados pelo 
programina
 (se alguem achar um erro me comunique para que eu 
faca as
 correcoes no programa).
 
 Fora o primeiro, os outros valores estao
 aproximados (os angulos x, y estao em radianos).
 
 (a,b,c)(x,y)Area maxima 
encontrada
 (1,1,1)  (2Pi/3,2Pi/3) 3*(3^(1/2))/4
 (1,2,1)  (1.94553; 1.94553)2.20183
 (1,2,3)  (2.38820; 1.81638)4.90482
 (2,3,1)  (1.81638; 2.07859)4.90482
 (1,1,6)  (2.82363; 1.72977)6.08065
 
 para (a,b,c) = (1,1,1) ou (1,1,6) o teste fornece
 valores que nao passam no teste da derivada segunda
 (usa uma matriz hessiana 2x2 (acho que o nome eh
 esse)). Minha duvida eh justamente essa: sera que
 as primeira e ultima areas encontradas sao mesmo
 maximas? Elas passam no teste de comparacao com
 1000 areas calculadas aleatoriamente, mas nao passam
 no teste da derivada segunda...
 
 OBS: teste da derivada segunda para funcoes de
 duas variaveis:
 
 (f_xx)(f_yy) - (f_xy)^2  0 e f_xx  0 == maximo 
local de f
 
 [ ]'s
 
 Eric.
 
 
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Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-06-02 Por tôpico Claudio Buffara
 2. Tres lados consecutivos de um quadrilatero convexo sao a, b e c.
 Determine o quadrilatero de area maxima .

on 02.06.04 14:25, João Gilberto Ponciano Pereira at [EMAIL PROTECTED]
wrote:

 Acho que dá para pensar assim:
 
 AB = lado a
 BC = lado b
 CD = lado c
 DA = lado d
 
 A área do quadrilátero pode ser calculada como a área do triângulo ABC +
 área do triângulo ACD.
 
 Vamos supor que conhecemos a configuração final, de área máxima, apenas para
 os pontos ABC. Ou seja, dada qualquer configuração do triângulo ABC, como o
 comprimento CD é fixo, fica fácil ver que a posição do ponto D para a área
 máxima vai ocorrer apenas quando o triângulo ACD for retângulo em C. Daí
 fica fácil, basta repetir o mesmo raciocínio utilizando como referência a
 outra diagonal.
 
Tudo bem, isso prova se [ABCD] eh maxima, entao ABCD eh ciclico e AD eh o
diametro, mas dado o segmento BC (de medida b) e as medidas dos lados AB (a)
e CD (c), como fazer para construir ABCD convexo de area maxima? Essa seriua
a solucao grega a que me referi na minha msg anterior.

[]s,
Claudio.


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Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-06-01 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Eu acho que, nesse caso, e so usar a Desigualdade Isoperimetrica (a demo do Gugu, para ser mais especifico...).

Depois, acho que um pouco de Desigualdade das Medias deve sair.Vou fazer as contas em casa e depois eu divulgo algo alem de meras suposiçoes...
Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED] wrote:
on 31.05.04 16:25, niski at [EMAIL PROTECTED] wrote:  2. Três lados consecutivos de um quadrilátero convexo são a, b e c. Determine o quadrilátero de área máxima .  Bom a area de um quadrilatero ciclico (que pode ser inscrito num circulo) é a maior possivel para qualquer quadrilatero com lados dados.E demonstrar isso eh um bom exercicio de trigonometria.Soh que o quarto lado nao eh dado. Serah que, mesmo assim, o quadrilatero demaior area eh o inscritivel? E a area deste quadrilatero ciciclo pode ser dada como sqrt((s-a)(s-b)(s-c)(s-d)) onde s é o semiperimetro, talvez derivando e pesquisando pontos de maximo e minimo saia a resposta..Se concluirmos que o quadrilatero de area maxima eh o inscritivel, nao haduvidas. Soh que voce vai cair numa equacao de 3o. grau em
 d.Eu me pergunto se nao ha uma solucao mais elementar.[]s,Claudio.=Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista emhttp://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html=
TRANSIRE SVVM PECTVS MVNDOQVE POTIRI CONGREGATI EX TOTO ORBE MATHEMATICI OB SCRIPTA INSIGNIA TRIBVERE Fields Medal(John Charles Fields)

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Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-06-01 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
O problema e que esse quadrilatero e muito livre. Ou seja, e dificil demais(e eu to achando impossivel) que voce ache x sem inserir novos dados.
Com isso, acho quex e um dos parametros de liberdade do quadrilatero ciclico. Assim sendo, ce tem uma equaçao de grau 2 em cosn x e com isso, a maximizaçao seja facil.

Uma pergunta mais chata: e possivel determinar os maximos e minimos de um polinomio de grau 2t sem (a principio) usar derivada?
Explicando: defina a derivada de um polinomio como o nao-usual :

(d/dx)(x^n)=n*x^(n-1)
Soma de derivadas=derivada da soma

Prove que os maximos e minimos dum polinomioestao entre as raizes da suaderivada.
Osvaldo [EMAIL PROTECTED] wrote:
E ai Niski!Eu tentei fazer supondo que fosse mesmo inscritível e dpois usar bramagupta, como vc sugeriu, mais nao encontrei um dos angulos ai, vc tem uma dica pra mim?Seja ABCD tal quadrilátero e a, b, c e d os lados AB, BC. CD e DA respectivamente. É facil ver que med(ABC) = me(CDA) pois "enxergam" uma mesma corda de uma certa circunferência.I) T. cos. tring. ABC: AC=sqrt(a^2+b^2-2abcosx); onde med(ABC)=xII) T. cos. triang. CDA:AC=sqrt(c^2+d^2-2cdcosx)De I e II podemos tirar d em função de a, b e c e x:c^2+d^2-2cdcosx=a^2+b^2-2abcosx=d^2+(-2c cosx)d+(c^2-a^2-b^2+2abcosx)Daí d=c.cos(x)+sqrt(c^2.(cosx)^2-c^2+a^2+b^2-2abcosx)Preciso achar x.Tentei pelo T. dos senos, mais nao saiu.Tentei usar o T. la que fala que o produto das diagonais é a soma dos produtos dos
 lados opostos, tudo em vão.Alguem sabe como acho esse bendito angulo?falow ! on 31.05.04 16:25, niski at [EMAIL PROTECTED] wrote: 2. Três lados consecutivos de um quadrilátero convexo são a, b e c.  Determine o quadrilátero de área máxima .Bom a area de um quadrilatero ciclico (que pode ser inscrito num  circulo) é a maior possivel para qualquer quadrilatero com lados dados.  E demonstrar isso eh um bom exercicio de trigonometria. Soh que o quarto lado nao eh dado. Serah que, mesmo assim, o quadrilatero de maior area eh o inscritivel?   E a area deste quadrilatero ciciclo pode ser dada como  sqrt((s-a)(s-b)(s-c)(s-d)) onde s é o semiperimetro, talvez derivando e  pesquisando pontos de maximo e minimo saia a resposta..  Se
 concluirmos que o quadrilatero de area maxima eh o inscritivel, nao ha duvidas. Soh que voce vai cair numa equacao de 3o. grau em d.  Eu me pergunto se nao ha uma solucao mais elementar.  []s, Claudio.   = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = Atenciosamente,Engenharia Elétrica - UNESP Ilha SolteiraOsvaldo Mello Sponquiado Usuário de GNU/Linux__Acabe com aquelas janelinhas que pulam na sua tela.AntiPop-up UOL - É
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TRANSIRE SVVM PECTVS MVNDOQVE POTIRI CONGREGATI EX TOTO ORBE MATHEMATICI OB SCRIPTA INSIGNIA TRIBVERE Fields Medal(John Charles Fields)

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Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-06-01 Por tôpico Qwert Smith
 2. Três lados consecutivos de um quadrilátero convexo são a, b e c.
 Determine o quadrilátero de área máxima .
As vezes da vontade de voltar no tempo e prestar atencao no que e dito
em sala de aula.  Eu tenho uma suspeita pra essa questao, mas nao sei
nem por onde comecar, entao vou so dar uma de maluco e
mandar assim: a area maxima e A= (a+c)/2*b.
Eu tava pensando que se vc tem um triangulo tipo LAL (lado-angulo-lado)
nao deve ser dificil provar que a area desse triangulo e maxima quando A = 
pi/2.

Se eu soubesse alguma coisa de matematica eu apartir dai ia tentar provar 
que
a area e maxima quando o maior numero de angulos internos e pi/2.

Dai ia concluir a//c e chegava na area que escrevi no comeco.
Como nao sei nada escrevo essa ideia maluca porque pode ou dar um estalo em
quem entende do assunto ou pelo menos fazer rir
_
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Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-06-01 Por tôpico Claudio Buffara
on 01.06.04 16:11, Qwert Smith at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 2. Três lados consecutivos de um quadrilátero convexo são a, b e c.
 Determine o quadrilátero de área máxima .
 
 As vezes da vontade de voltar no tempo e prestar atencao no que e dito
 em sala de aula.  Eu tenho uma suspeita pra essa questao, mas nao sei
 nem por onde comecar, entao vou so dar uma de maluco e
 mandar assim: a area maxima e A= (a+c)/2*b.
 
Isso eh consequencia do teorema de Chutagoras... Voce tambem podia ter usado
o metodo das acoxambracoes sucessivas.

 Eu tava pensando que se vc tem um triangulo tipo LAL (lado-angulo-lado)
 nao deve ser dificil provar que a area desse triangulo e maxima quando A =
 pi/2.
 
Area = (1/2)*a*b*sen(C).
Se a e b sao fixos, entao:
A serah maxima == sen(C) = 1 == C = Pi/2.

 Se eu soubesse alguma coisa de matematica eu apartir dai ia tentar provar
 que
 a area e maxima quando o maior numero de angulos internos e pi/2.

Eu pensei nisso tambem, mas veja o que aconteceu:

Seja ABCD o quadrilatero, de forma que:
AB = a, BC = b, CD = c.  Ponha AC = x.

Entao, 2*[ABCD] = a*b*sen(ABC) + c*x*sen(ACD)

Lei dos Cossenos == x = raiz(a^2 + b^2 - 2*a*b*cos(ABC)).

Assim: 
2*[ABCD] = a*b*sen(ABC) + c*raiz(a^2 + b^2 - 2*a*b*cos(ABC))*sen(ACD).
Ou seja, temos duas variaveis independentes para escolher: ABC e ACD.

Eh facil ver que 2*[ABCD] maximo ==
sen(ACD) maximo ==
sen(ACD) = 1 == 
ACD = Pi/2 ==

2*[ABCD]max = a*b*sen(ABC) + c*raiz(a^2 + b^2 - 2*a*b*cos(ABC))

Pondo cos(ABC) = t, teremos sen(ABC) = raiz(1 - t^2) = 0,
pois 0 = ABC = Pi.

Se F(t) = 2*[ABCD], entao:
F(t) = a*b*raiz(1 - t^2) + c*raiz(a^2 + b^2 - 2*a*b*t)

Nesse ponto, nao eh obvio que devemos ter ABC = Pi/2 (t = 0), pois se Pi/2 
ABC  Pi, t = cos(ABC) serah negativo, o que aumentarah ainda mais o
radicando, apesar de reduzir a primeira parcela.
De qualquer forma, F(t) serah maximo para t no intervalo [-1,0] (eh soh
olhar e ver).

Se t = -1, entao ABC = 0 e o quadrilatero de area maxima degenera no
triangulo ACD, cuja area eh igual a (1/2)*(a+b)*c.

Se t = 0,entao [ABCD] = (1/2)*(a*b + c*|a-b|).

Para achar os pontos criticos de F, temos que derivar e igualar a zero:

F'(t) = -a*b*t/raiz(1 - t^2) - a*b*c/raiz(a^2 + b^2 - 2*a*b*t)

F'(t) = 0 ==
t/raiz(1 - t^2) = - c/raiz(a^2 + b^2 - 2*a*b*t) ==
t^2/(1 - t^2) = c^2/(a^2 + b^2 - 2*a*b*t)  e  t  0 ==
t = raiz negativa de  2*a*b*t^3 - (a^2 + b^2 + c^2)*t^2 + c^2 = 0

E ai, meu caro, vai depender dos valores de a, b, c...

(incluir receita de torta de chocolate nesse ponto)
 
 Dai ia concluir a//c e chegava na area que escrevi no comeco.
 
 Como nao sei nada escrevo essa ideia maluca porque pode ou dar um estalo em
 quem entende do assunto ou pelo menos fazer rir
 
Epa! Essa eh a minha area. Nao sei se essa lista tem espaco para dois
palhacos...


[]s,
Claudio.


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Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-05-31 Por tôpico niski

2. Três  lados  consecutivos  de um quadrilátero convexo são  a, b e  c.
Determine  o quadrilátero  de  área  máxima .
Bom a area de um quadrilatero ciclico (que pode ser inscrito num 
circulo) é a maior possivel para qualquer quadrilatero com lados dados. 
E a area deste quadrilatero ciciclo pode ser dada como 
sqrt((s-a)(s-b)(s-c)(s-d)) onde s é o semiperimetro, talvez derivando e 
pesquisando pontos de maximo e minimo saia a resposta..

--
Niski - http://www.linux.ime.usp.br/~niski
[upon losing the use of his right eye]
Now I will have less distraction
Leonhard Euler
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Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-05-31 Por tôpico Claudio Buffara
on 31.05.04 16:25, niski at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 
 2. Três  lados  consecutivos  de um quadrilátero convexo são  a, b e  c.
 Determine  o quadrilátero  de  área  máxima .
 
 Bom a area de um quadrilatero ciclico (que pode ser inscrito num
 circulo) é a maior possivel para qualquer quadrilatero com lados dados.

E demonstrar isso eh um bom exercicio de trigonometria.
Soh que o quarto lado nao eh dado. Serah que, mesmo assim, o quadrilatero de
maior area eh o inscritivel?

 E a area deste quadrilatero ciciclo pode ser dada como
 sqrt((s-a)(s-b)(s-c)(s-d)) onde s é o semiperimetro, talvez derivando e
 pesquisando pontos de maximo e minimo saia a resposta..

Se concluirmos que o quadrilatero de area maxima eh o inscritivel, nao ha
duvidas. Soh que voce vai cair numa equacao de 3o. grau em d.

Eu me pergunto se nao ha uma solucao mais elementar.
  
[]s,
Claudio.


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Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2004-05-31 Por tôpico Osvaldo
E ai Niski!
Eu tentei fazer supondo que fosse mesmo inscritível e 
dpois usar bramagupta, como vc sugeriu, mais nao 
encontrei um dos angulos ai, vc tem uma dica pra mim?

Seja ABCD tal quadrilátero  e a, b, c e d os lados AB, 
BC. CD e DA respectivamente. É facil ver que med(ABC) 
= me(CDA) pois enxergam uma mesma corda de uma certa 
circunferência.

I) T. cos. tring. ABC: 
AC=sqrt(a^2+b^2-2abcosx); onde med(ABC)=x

II) T. cos. triang. CDA:
AC=sqrt(c^2+d^2-2cdcosx)

De I e II podemos tirar d em função de a, b e c e x:

c^2+d^2-2cdcosx=a^2+b^2-2abcosx=d^2+(-2c cosx)d+(c^2-
a^2-b^2+2abcosx)

Daí d=c.cos(x)+sqrt(c^2.(cosx)^2-c^2+a^2+b^2-2abcosx)

Preciso achar x.

Tentei pelo T. dos senos, mais nao saiu.
Tentei usar o T. la que fala que o produto das 
diagonais é a soma dos produtos dos lados opostos, tudo 
em vão.

Alguem sabe como acho esse bendito angulo?
falow !



 on 31.05.04 16:25, niski at [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
  
  2. Três  lados  consecutivos  de um quadrilátero 
convexo são  a, b e  c.
  Determine  o quadrilátero  de  área  máxima .
  
  Bom a area de um quadrilatero ciclico (que pode ser 
inscrito num
  circulo) é a maior possivel para qualquer 
quadrilatero com lados dados.
 
 E demonstrar isso eh um bom exercicio de 
trigonometria.
 Soh que o quarto lado nao eh dado. Serah que, mesmo 
assim, o quadrilatero de
 maior area eh o inscritivel?
 
  E a area deste quadrilatero ciciclo pode ser dada 
como
  sqrt((s-a)(s-b)(s-c)(s-d)) onde s é o 
semiperimetro, talvez derivando e
  pesquisando pontos de maximo e minimo saia a 
resposta..
 
 Se concluirmos que o quadrilatero de area maxima eh o 
inscritivel, nao ha
 duvidas. Soh que voce vai cair numa equacao de 3o. 
grau em d.
 
 Eu me pergunto se nao ha uma solucao mais elementar.
   
 []s,
 Claudio.
 
 
 

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Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-14 Por tôpico Aleandre Augusto da Rocha
Nao seria 3*10^(k+1) + 6*10^k?

-Auggy

- Original Message -
From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
[EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, August 05, 2003 12:42 PM
Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos


 Retorno do Abertos da lista?
 Que tal a gente achar quadrados perfeitos do tipo
 3*10^k+6*10^l?
 O tres nao pode vir no final.Talvez
 modulo...Depois eu penso...
  --- Claudio Buffara
 [EMAIL PROTECTED] escreveu:  Caros
 colegas:
 
  Aqui vao dois problemas que ainda estao em
  aberto na lista. O primeiro foi
  enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da
  olimpiada iraniana, se nao me
  engano.
 
  1) Determinar o conjunto de números inteiros
  positivos que satisfazem à duas
  condições: (i) todo número possui exatamente
  dois algarismos não-nulos,
  sendo um deles o três(3), (ii) todo número é
  quadrado perfeito.
 
  2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2
  tal que ao se permutar os
  algarismos de sua representacao decimal
  obtem-se uma outra potencia de 2.
 
  Esse segundo tem uma solucao aparentemente
  simples, mas esta solucao exclui
  o caso de potencias de 2 com algarismos 0
  internos (ou seja, numeros do
  tipo abcdefg).
 
  Um abraco,
  Claudio.
 
 
 

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[obm-l] Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-14 Por tôpico yurigomes
 Esse segundo problema caiu na OBM 2000, numa versão mais fácil.
 Acho que foi essa versão a que vc resolveu, jah que ele dizia que as duas
potências têm que ter o mesmo número de algarismos, de modo que os zeros
não modificavam a quantidade de algarismos.
 Ateh mais, 
 Yuri
  
-- Mensagem original --

Caros colegas:

Aqui vao dois problemas que ainda estao em aberto na lista. O primeiro
foi
enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da olimpiada iraniana, se nao me
engano.

1) Determinar o conjunto de números inteiros positivos que satisfazem à
duas
condições: (i) todo número possui exatamente dois algarismos não-nulos,
sendo um deles o três(3), (ii) todo número é quadrado perfeito.

2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2 tal que ao se permutar os
algarismos de sua representacao decimal obtem-se uma outra potencia de
2.

Esse segundo tem uma solucao aparentemente simples, mas esta solucao exclui
o caso de potencias de 2 com algarismos 0 internos (ou seja, numeros
do
tipo abcdefg).

Um abraco,
Claudio.




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Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-14 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Vou mais longe:

Os candidatos são os quadrados da forma:
(3*10^m + A)*10^(2n)
onde A pertence a {1,4,6} e m e n são inteiros não negativos.

Até agora, só encontrei números do tipo:
36, 3600, 36, ..., 36*10^(2n), ...
mas não consegui provar que são os únicos.

Um abraço,
Claudio.

- Original Message -
From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
[EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, August 05, 2003 1:42 PM
Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos


 Retorno do Abertos da lista?
 Que tal a gente achar quadrados perfeitos do tipo
 3*10^k+6*10^l?
 O tres nao pode vir no final.Talvez
 modulo...Depois eu penso...
  --- Claudio Buffara
 [EMAIL PROTECTED] escreveu:  Caros
 colegas:
 
  Aqui vao dois problemas que ainda estao em
  aberto na lista. O primeiro foi
  enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da
  olimpiada iraniana, se nao me
  engano.
 
  1) Determinar o conjunto de números inteiros
  positivos que satisfazem à duas
  condições: (i) todo número possui exatamente
  dois algarismos não-nulos,
  sendo um deles o três(3), (ii) todo número é
  quadrado perfeito.
 
  2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2
  tal que ao se permutar os
  algarismos de sua representacao decimal
  obtem-se uma outra potencia de 2.
 
  Esse segundo tem uma solucao aparentemente
  simples, mas esta solucao exclui
  o caso de potencias de 2 com algarismos 0
  internos (ou seja, numeros do
  tipo abcdefg).
 
  Um abraco,
  Claudio.
 
 
 

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Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-14 Por tôpico Claudio Buffara
Title: Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos



on 05.08.03 19:03, Domingos Jr. at [EMAIL PROTECTED] wrote:

Uma idéia para o segundo:
Considere, SPG, j  i, tq:
2^j = a0 + a1*10 + ... + a[k]*10^k
e f uma permutação tq.
2^i = f(a0) + f(a1)*10 + ... + f(a[k])*10^k
 
então
2^j - 2^i = a0 - f(a0) + [a1 - f(a1)]*10 + ... + [a[k] - f(a[k])]*10^k
logo 
2^j - 2^i ~ a0 - f(a0) + ... + a[k] - f(a[k]) = 0 (mod 9)
2^i[2^(j-i) - 1] = 0 (mod 9) = j - i = 6k para algum k
 
será que sai alguma coisa a partir daqui?
o que fiz até aqui já mostra que a permutação tem que colocar pelo menos 1 zero a esquerda...

Pois eh. O problema eh justamente se:
2^(i+6k) = a b c d 0 0 0 e f g 
e
2^i = f g a b d c 
ou algo do genero.




2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2 tal que ao se permutar os algarismos de sua representacao decimal obtem-se uma outra potencia de 2.

Esse segundo tem uma solucao aparentemente simples, mas esta solucao exclui o caso de potencias de 2 com algarismos 0 internos (ou seja, numeros do tipo abcdefg). 

Um abraco,
Claudio.








Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-14 Por tôpico e_lema
Nenhum nº qudrado perfeito termina em 3, logo o 3 deverá ser sempre o 1ºalg. 
da esq. p/ a dir.;já o seis é mais complicado. 
os nº serão da forma: 30000600...00=3*10^(f+2q+1)+6*10^(2q) 
onde onde f é o nºde zeros entre o 3 e o 6 e 2q é o nºde zeros depois do 6, 
f e q sendo inteiros não-negativos. 

Agora vamos mostrar que f só poderá ser 0(admitindo q=0): 
3*10^(f+1)+6=30*10^(f)+6=k^2 ; k inteiro positivo 
k^2=6*(5*10^(f)+1) :. 6*a=k*k ; k=a=6 ou (a=6c e 6c=q^2)  {a,c,q}C(Z*+), 
c=1 :.  5*10^(n)+1=6*c :. c=(5*10^(f)+1)/6 

6*c deverá ser múltiplo de 6, logo deverá ser múltiplo de 2 e de 3 ao mesmo 
tempo, assim a soma dos alg. de c deve ser múltiplo de 3(o que é fácil de 
observar que sempre ocorre) e c deverá ser par. 
temos duas hipóteses, 1- n0  ou  2- n=0 
1-se f0 então 6*c=50...001, isto é 6*c nunca será par. 
2-se f=0 então c=6, que é par CONCLUSÃO: 6*c=6 

Se c=1 então  a=6=k, logo 3*10^(f+1)+6=36 = f=0 

Logo o conjunto pedido será o dos números da forma: 

 36000...0; com nº par de zeros, ou: 3,6*10^(2q+1) 




Em 5 Aug 2003, [EMAIL PROTECTED] escreveu: 

Vou mais longe: 
 
Os candidatos são os quadrados da forma: 
(3*10^m + A)*10^(2n) 
onde A pertence a {1,4,6} e m e n são inteiros não negativos. 
 
Até agora, só encontrei números do tipo: 
36, 3600, 36, ..., 36*10^(2n), ... 
mas não consegui provar que são os únicos. 
 
Um abraço, 
Claudio. 
 
- Original Message - 
From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet 
 
To: 
Sent: Tuesday, August 05, 2003 1:42 PM 
Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos 
 
 Retorno do Abertos da lista? 
 Que tal a gente achar quadrados perfeitos do tipo 
 3*10^k+6*10^l? 
 O tres nao pode vir no final.Talvez 
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 --- Claudio Buffara 
 escreveu:  Caros 
 colegas: 
  
  Aqui vao dois problemas que ainda estao em 
  aberto na lista. O primeiro foi 
  enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da 
  olimpiada iraniana, se nao me 
  engano. 
  
  1) Determinar o conjunto de números inteiros 
  positivos que satisfazem à duas 
  condições: (i) todo número possui exatamente 
  dois algarismos não-nulos, 
  sendo um deles o três(3), (ii) todo número é 
  quadrado perfeito. 
  
  2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2 
  tal que ao se permutar os 
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-14 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Exatamente.

O enunciado da Olimpiada Iraniana de 1999 está aqui:
http://www.geocities.com/CollegePark/Lounge/5284/math/99.html
e não fala nada sobre zeros ou número de algarismos.

Ainda estou tentando...

Um abraço,
Claudio.

- Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, August 05, 2003 12:45 PM
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos


 Esse segundo problema caiu na OBM 2000, numa versão mais fácil.
  Acho que foi essa versão a que vc resolveu, jah que ele dizia que as duas
 potências têm que ter o mesmo número de algarismos, de modo que os zeros
 não modificavam a quantidade de algarismos.
  Ateh mais,
  Yuri

 -- Mensagem original --

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 1) Determinar o conjunto de números inteiros positivos que satisfazem à
 duas
 condições: (i) todo número possui exatamente dois algarismos não-nulos,
 sendo um deles o três(3), (ii) todo número é quadrado perfeito.
 
 2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2 tal que ao se permutar os
 algarismos de sua representacao decimal obtem-se uma outra potencia de
 2.
 
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Re: [obm-l] Problemas em aberto 1

2003-08-12 Por tôpico Eduardo Azevedo



Agora vou contar só as regiões limitadas. Para 
isso, vou começar contando as ilimitadas.

Vamos imaginar que já desenhamos n retas. Agora 
vamos desenhar um círculo bem grande, de modo que todas as interseções de retas 
estejam dentro do círculo. Todas as regiões ilimitadas
intersectam o círculo. E só as regiões ilimitadas 
intersectam o círculo. Então, para contá-las, basta contar quantas regiões 
intersectam o círculo.

Vamos desenhar um ponto vermelho no círculo, sem 
ele estar sobre nenhuma reta. Agora vamos passarum filme do ponto andando 
pelo cículo, até dar uma volta. Ele começa em alguma região. Daí, quando bate em 
uma reta, pula para outra região. E assim continua, até que ele bate em uma reta 
pela última vez e volta para a primeira região. Então o número de regiões é o 
número de vezes que ele bate nas retas. Como ele bate duas vezes em cada reta, 
são 2n regiões ilimitadas.

Como já tinhamos contado o número total de regiões 
R(n), o número máximo de regiões limitadas é R(n) menos as 2n regiões limitadas. 
Vamos chamar esse cara de L(n):

L(n) = R(n) - 2n = n(n+1)/2 + 1 - 2n = n(n-3)/2 + 
1

Agora vamos desenhar alguns casos para testar a 
fórmula:

L(0)=0
L(1)=0
L(2)=0
L(3)=1
L(4)=3

Êpa!!! A fórmula deu errado pra n=0! Bem, isso era 
de se esperar, já que o argumento acima é totalmente furado quando não tem 
nenhuma reta. Mas ela deu certo para todos os outros valores, então parece que 
vale para n0.

Agora aos números. L(58)=1596 e L(59)=1653. Mas 
esse é o número máximo de regiões que pode ser atingido. Se algumas retas forem 
paralelas, o número de regiões é menor.

Mas será que dá pra consegui 1597 com 59 retas? 
Dá!

Se duas forem paralelas, o número de regiões 
diminui por um. Se três forem paralelas, o número de regiões diminui por 3. 
Então basta desenhar 59 retas, sendo 54 paralelastrês atrês e 4 
paralelas duas a duas.



  - Original Message - 
  From: 
  Eduardo Azevedo 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Wednesday, August 06, 2003 7:49 
  PM
  Subject: Re: [obm-l] Problemas em aberto 
  1
  
  
  Esse é clássico. Estou surpreso que ninguém 
  respondeu até agora. Só não entendi o que é :(A area externa aos vertices das extremidades nao entra na 
  contagem).
  Imagino que seja pra contar só as regiões 
  limitadas? Bom, vou fazer contando todas (que o 1597 indica ser a 
  interpretação correta do problema), que, depois que você explicar 
  melhor,
  deve dar pra ajustar as contas.
  
  Vou chamar de R(n) o número máximo de regiões em 
  que o plano plano pode ser dividido por n retas. Isso contando as regiões "de 
  fora", aquelas que são ilimitadas.
  
  Claramente
  
  R(0)=1
  R(1)=2
  R(2)=4 (faço um X com as retas)
  R(3)=7 (desenho a 3a não paralela as 2 
  primeiras)
  
  Agora vou tentar achar uma relação entre R(n) e 
  R(n-1). Para isso vamos imaginar um filme da 3a reta sendo 
  desenhada.
  
  Antes dela encostar nas outras duas só há R(2)=4 
  regiões.
  
  Quando ela bate na 1a reta surge mais 
  uma.
  Quando bate na segunda surge outra.
  Quando ela chega no infinito (no final do filme) 
  aparece mais outra.
  
  Hummm. Parece que R(n) é R(n), mais (n -1) 
  regiões que aparecem quandoa reta novabate nas (n - 1) outras 
  retas(é só desenha-la paralela as anteriores), mais 1 quando ela bate no 
  infinito. Ou seja,
  
  R(n)= n+R(n-1) = n+ (n-1) +R(n-2) =  = n + 
  (n-1) + (n-2) + ... + 1 + R(0) = n(n+1)/2 + 1
  
  Felizmente isso bate com os valores que a gente 
  calculou antes. Ufa!
  
  Agora, você pediu o menor n tal que
  
  R(n)= n(n+1)/2 + 1 é pelo menos 1597. Resolvendo 
  a eq. do 2o grau, R(56)=1597, na 
mosca!


Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-10 Por tôpico e_lema
 Cláudio obrigado pelas correções, e aqui vai a solução, gostaria procurasse 
erros nela, ou tentasse simplificá-la. 

Não há quadrado perfeito que termine em 3, logo o 3 deverá ser o 1º alg. da 
esq. p/ dir. 
Sendo assim os números do tal conjunto deverão ser da forma 300...0n00...0 
ou 
W=3*10^(p+2q+1)+n*10^(2q) ; Sendo todas as incógnitas inteiras 
não-negativas, onde n 
só poderá assumir os valores de: 1, 4, 5, 6, 9 
Provemos agora que p só pode ser zero. 

W=300...0n*10^(2q)=K*K, K inteiro :. 300...0n=q*q, q inteiro, logo: 
q*q=3*10^(p+1)+n=30*10^(p)+n :. 
q*q-n=(q+n^0,5)(q-n^0,5)=[3*10^(t)]*[10^(s)], t,s reais 
  q+n^0,5=3*10^t  q+n^0,5=10^s  
q=3*10^t+n^0,5 
temos dois casos: t=s :.  e outs :.  e ;   
 ou 
  q-n^0,5=10^sq-n^0,5=3*10^t
q=10^s+n^0,5 

a-)q*q=9*10^(2t)+6*n^(0,5)*10^(t)+n   ou   b-)q*q=10^(2s)+2*n^(0,5)*10^(s)+n 

a-)10^(2t)=10^(a)/3, a inteiro positivo, pois 9*10^(2t)=3*10^(a)=300...0 
Desse jeito q*q=3*10^(a)+6*((n*10^(a))/3)^(0,5)+n=3*10^(a)+2(n*3*10^(a))+n 
q*q só será inteiro se n*3*10^(a) o for também. Mas nehum dos valores 
possíveis de n 
faz essa condição ser obedecida. Daí, hipótese a é falsa. 

b-)10^(2s)=3*10^(a), a inteiro positivo, pois 10^(2s)=3*10^(a)=300...0 
Desse jeito q*q=3*10^(a)+2*(n*3*10^(a))+n, ora recaímos no caso anterior, 
logo a 
hipótese b também é falsa 

Disso concluímos que no número W=300...0n00...0, entre 3 e n não deve haver 
zeros, com isso 
W=3n00...0=3n*10^(2q)=K*K :. 3n=q*q :. n=6 

Logo a resposta será: 

   3600...0, onde o nº de zeros é par, ou  3,6*10^(2q+1); q=0 e q inteiro 


 --- Claudio Buffara 
 escreveu:  Caros 
 colegas: 
 
 Aqui vao dois problemas que ainda estao em 
 aberto na lista. O primeiro foi 
 enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da 
 olimpiada iraniana, se nao me 
 engano. 
 
 1) Determinar o conjunto de números inteiros 
 positivos que satisfazem à duas 
 condições: (i) todo número possui exatamente 
 dois algarismos não-nulos, 
 sendo um deles o três(3), (ii) todo número é 
 quadrado perfeito. 
 
 2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2 
 tal que ao se permutar os 
 algarismos de sua representacao decimal 
 obtem-se uma outra potencia de 2. 
 
 Esse segundo tem uma solucao aparentemente 
 simples, mas esta solucao exclui 
 o caso de potencias de 2 com algarismos 0 
 internos (ou seja, numeros do 
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 Um abraco, 
 Claudio. 
 
 
 
 
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[obm-l] Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-10 Por tôpico yurigomes

 Essa primeira questão pode conte repetições, como por exemplo 33600???

-- Mensagem original --

Caros colegas:

Aqui vao dois problemas que ainda estao em aberto na lista. O primeiro
foi
enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da olimpiada iraniana, se nao me
engano.

1) Determinar o conjunto de números inteiros positivos que satisfazem à
duas
condições: (i) todo número possui exatamente dois algarismos não-nulos,
sendo um deles o três(3), (ii) todo número é quadrado perfeito.

2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2 tal que ao se permutar os
algarismos de sua representacao decimal obtem-se uma outra potencia de
2.

Esse segundo tem uma solucao aparentemente simples, mas esta solucao exclui
o caso de potencias de 2 com algarismos 0 internos (ou seja, numeros
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Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-09 Por tôpico Domingos Jr.
Title: Problemas em Aberto - Algarismos



Uma idéia para o segundo:
Considere, SPG,j  i, tq:
2^j = a0 + a1*10+ ... + 
a[k]*10^k
e f uma permutação tq.
2^i = f(a0) + f(a1)*10 + ... + 
f(a[k])*10^k

então
2^j - 2^i = a0 - f(a0) + [a1 - f(a1)]*10 + ... + 
[a[k] - f(a[k])]*10^k
logo 
2^j - 2^i ~ a0 - f(a0) + ... + a[k] - f(a[k]) = 
0(mod 9)
2^i[2^(j-i) - 1] = 0 (mod 9) = j - i = 6k 
para algum k

será que sai alguma coisa a partir 
daqui?
o que fiz até aqui já mostra que a permutação tem 
que colocar pelo menos 1 zero a esquerda...

  2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 
  2 tal que ao se permutar os algarismos de sua representacao decimal obtem-se 
  uma outra potencia de 2.Esse segundo tem uma solucao aparentemente 
  simples, mas esta solucao exclui o caso de potencias de 2 com algarismos "0" 
  internos (ou seja, numeros do tipo "abcdefg"). Um 
  abraco,Claudio.


Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-08 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Oi, e_lema (qual o seu nome?):

Meus comentários estão ao longo da sua mensagem.

Um abraço,
Claudio.

- Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, August 06, 2003 8:21 PM
Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos


 Cláudio obrigado pelas correções, e aqui vai a solução, gostaria
procurasse
 erros nela, ou tentasse simplificá-la.

 Não há quadrado perfeito que termine em 3, logo o 3 deverá ser o 1º alg.
da
 esq. p/ dir.
 Sendo assim os números do tal conjunto deverão ser da forma 300...0n00...0
 ou
 W=3*10^(p+2q+1)+n*10^(2q) ; Sendo todas as incógnitas inteiras
 não-negativas, onde n
 só poderá assumir os valores de: 1, 4, 5, 6, 9

Até aqui, estou 100% de acordo.
De fato, numa mensagem anterior você provou que o único quadrado com n = 6 é
o 36.
Além disso, usando congruência mod 9, também eliminamos o 5 e o 9, da
seguinte forma:

Os quadrados (mod 9) são: 0, 1, 4 e 7.
Como W é quadrado e W == 3+n (mod 9), teremos que:
3+n == 0, 1, 4 ou 7 (mod 9) ==
n == 6, 7, 1 ou 4 (mod 9) ==
(dado que n pertence a {1,4,5,6,9}) n só pode ser 1, 4 ou 6 ==
(em virtude da sua análise do caso n = 6) n só pode ser 1 ou 4.

Resumindo, o problema é provar que não existem quadrados da forma:
3*10^p + 1   e   3*10^p + 4.

 Provemos agora que p só pode ser zero.

 W=300...0n*10^(2q)=K*K, K inteiro :. 300...0n=q*q, q inteiro, logo:
 q*q=3*10^(p+1)+n=30*10^(p)+n :.

Você deveria ter escolhido outra letra que não q, pois esta já estava
sendo usada pra representar o número de zeros à direita (em 10^(2q)), mas
tudo bem...

O problema começa a partir daqui, onde você introduz expoentes possivelmente
irracionais (o que é um pouco inusitado para este problema, mas pode até dar
certo no final) e a formatação/tabulação está bem difícil de entenderSe
você puder dar uma limpada no argumento e na formatação eu agradeceria.

 q*q-n=(q+n^0,5)(q-n^0,5)=[3*10^(t)]*[10^(s)], t,s reais
   q+n^0,5=3*10^t  q+n^0,5=10^s
 q=3*10^t+n^0,5
 temos dois casos: t=s :.  e outs :.  e ;
  ou
   q-n^0,5=10^sq-n^0,5=3*10^t
 q=10^s+n^0,5

 a-)q*q=9*10^(2t)+6*n^(0,5)*10^(t)+n   ou
b-)q*q=10^(2s)+2*n^(0,5)*10^(s)+n

 a-)10^(2t)=10^(a)/3, a inteiro positivo, pois 9*10^(2t)=3*10^(a)=300...0
 Desse jeito q*q=3*10^(a)+6*((n*10^(a))/3)^(0,5)+n=3*10^(a)+2(n*3*10^(a))+n
 q*q só será inteiro se n*3*10^(a) o for também. Mas nehum dos valores
 possíveis de n
 faz essa condição ser obedecida. Daí, hipótese a é falsa.

 b-)10^(2s)=3*10^(a), a inteiro positivo, pois 10^(2s)=3*10^(a)=300...0
 Desse jeito q*q=3*10^(a)+2*(n*3*10^(a))+n, ora recaímos no caso anterior,
 logo a
 hipótese b também é falsa

 Disso concluímos que no número W=300...0n00...0, entre 3 e n não deve
haver
 zeros, com isso
 W=3n00...0=3n*10^(2q)=K*K :. 3n=q*q :. n=6

 Logo a resposta será:

3600...0, onde o nº de zeros é par, ou  3,6*10^(2q+1); q=0 e q inteiro



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-08 Por tôpico Claudio Buffara
on 05.08.03 18:45, [EMAIL PROTECTED] at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Nenhum nº qudrado perfeito termina em 3, logo o 3 deverá ser sempre o 1ºalg.
 da esq. p/ a dir.;já o seis é mais complicado.
 os nº serão da forma: 30000600...00=3*10^(f+2q+1)+6*10^(2q)
 onde onde f é o nºde zeros entre o 3 e o 6 e 2q é o nºde zeros depois do 6,
 f e q sendo inteiros não-negativos.
 
 Agora vamos mostrar que f só poderá ser 0(admitindo q=0):
 3*10^(f+1)+6=30*10^(f)+6=k^2 ; k inteiro positivo
 k^2=6*(5*10^(f)+1)

A partir daqui, bastava considerar que:
6 divide k^2 == 6 divide k == 6^2 divide k^2 == 6 divide 5*10^f + 1, que
eh impar se f =1 == contradicao.

Mas tudo bem, a sua demonstracao estah perfeita.

 :. 6*a=k*k ; k=a=6 ou (a=6c e 6c=q^2)  {a,c,q}C(Z*+),
 c=1 :.  5*10^(n)+1=6*c :. c=(5*10^(f)+1)/6
 
 6*c deverá ser múltiplo de 6, logo deverá ser múltiplo de 2 e de 3 ao mesmo
 tempo, assim a soma dos alg. de c deve ser múltiplo de 3(o que é fácil de
 observar que sempre ocorre) e c deverá ser par.
 temos duas hipóteses, 1- n0  ou  2- n=0
 1-se f0 então 6*c=50...001, isto é 6*c nunca será par.
 2-se f=0 então c=6, que é par CONCLUSÃO: 6*c=6
 
 Se c=1 então  a=6=k, logo 3*10^(f+1)+6=36 = f=0
 
 Logo o conjunto pedido será o dos números da forma:
 
 36000...0; com nº par de zeros, ou: 3,6*10^(2q+1)
 
OK. Voce provou que a menos dos 2q zeros a direita, o unico quadrado com 1o.
algarismo 3 e ultimo 6 eh o 36.

Ainda restam os casos: 3*10^(f+1) + 1  e  3*10^(f+1) + 4
mas certamente o fim estah mais proximo!

Um abraco,
Claudio.

 
 
 Em 5 Aug 2003, [EMAIL PROTECTED] escreveu:
 
 Vou mais longe: 
 
 Os candidatos são os quadrados da forma:
 (3*10^m + A)*10^(2n)
 onde A pertence a {1,4,6} e m e n são inteiros não negativos.
 
 Até agora, só encontrei números do tipo:
 36, 3600, 36, ..., 36*10^(2n), ...
 mas não consegui provar que são os únicos.
 
 Um abraço, 
 Claudio. 
 
 - Original Message -
 From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
 
 To: 
 Sent: Tuesday, August 05, 2003 1:42 PM
 Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos
 
 Retorno do Abertos da lista?
 Que tal a gente achar quadrados perfeitos do tipo
 3*10^k+6*10^l? 
 O tres nao pode vir no final.Talvez
 modulo...Depois eu penso...
 --- Claudio Buffara
 escreveu:  Caros
 colegas: 
 
 Aqui vao dois problemas que ainda estao em
 aberto na lista. O primeiro foi
 enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da
 olimpiada iraniana, se nao me
 engano. 
 
 1) Determinar o conjunto de números inteiros
 positivos que satisfazem à duas
 condições: (i) todo número possui exatamente
 dois algarismos não-nulos,
 sendo um deles o três(3), (ii) todo número é
 quadrado perfeito.
 
 2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2
 tal que ao se permutar os
 algarismos de sua representacao decimal
 obtem-se uma outra potencia de 2.
 
 Esse segundo tem uma solucao aparentemente
 simples, mas esta solucao exclui
 o caso de potencias de 2 com algarismos 0
 internos (ou seja, numeros do
 tipo abcdefg).
 
 Um abraco, 
 Claudio. 
 
 
 
 
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Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-07 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Retorno do Abertos da lista?
Que tal a gente achar quadrados perfeitos do tipo
3*10^k+6*10^l?
O tres nao pode vir no final.Talvez
modulo...Depois eu penso...
 --- Claudio Buffara
[EMAIL PROTECTED] escreveu:  Caros
colegas:
 
 Aqui vao dois problemas que ainda estao em
 aberto na lista. O primeiro foi
 enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da
 olimpiada iraniana, se nao me
 engano.
 
 1) Determinar o conjunto de números inteiros
 positivos que satisfazem à duas
 condições: (i) todo número possui exatamente
 dois algarismos não-nulos,
 sendo um deles o três(3), (ii) todo número é
 quadrado perfeito.
 
 2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2
 tal que ao se permutar os
 algarismos de sua representacao decimal
 obtem-se uma outra potencia de 2.
 
 Esse segundo tem uma solucao aparentemente
 simples, mas esta solucao exclui
 o caso de potencias de 2 com algarismos 0
 internos (ou seja, numeros do
 tipo abcdefg).
 
 Um abraco,
 Claudio.
 
 
  

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Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-07 Por tôpico e_lema
Olá, Cláudio: 
O problema, é que ao copiar a solução do bloco de notas, e colá-la na 
mensagem, ela embaralhou toda, vê se assim fica melhor, as correções foram 
feitas diretamente na mensagem original: 

Em 7 Aug 2003, [EMAIL PROTECTED] escreveu: 

Oi, e_lema (qual o seu nome?): 
 
Meus comentários estão ao longo da sua mensagem. 
 
Um abraço, 
Claudio. 
 
- Original Message - 
From: 
To: 
Sent: Wednesday, August 06, 2003 8:21 PM 
Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos 
 
 Cláudio obrigado pelas correções, e aqui vai a solução, gostaria 
procurasse 
 erros nela, ou tentasse simplificá-la. 
 
 Não há quadrado perfeito que termine em 3, logo o 3 deverá ser o 1º alg. 
da 
 esq. p/ dir. 
 Sendo assim os números do tal conjunto deverão ser da forma 
300...0n00...0 
 ou 
 W=3*10^(p+2q+1)+n*10^(2q) ; Sendo todas as incógnitas inteiras 
 não-negativas, onde n 
 só poderá assumir os valores de: 1, 4, 5, 6, 9 
 
Até aqui, estou 100% de acordo. 
De fato, numa mensagem anterior você provou que o único quadrado com n = 6 
é 
o 36. 
Além disso, usando congruência mod 9, também eliminamos o 5 e o 9, da 
seguinte forma: 
 
Os quadrados (mod 9) são: 0, 1, 4 e 7. 
Como W é quadrado e W == 3+n (mod 9), teremos que: 
3+n == 0, 1, 4 ou 7 (mod 9) == 
n == 6, 7, 1 ou 4 (mod 9) == 
(dado que n pertence a {1,4,5,6,9}) n só pode ser 1, 4 ou 6 == 
(em virtude da sua análise do caso n = 6) n só pode ser 1 ou 4. 
 
Resumindo, o problema é provar que não existem quadrados da forma: 
3*10^p + 1 e 3*10^p + 4. 
 
 Provemos agora que p só pode ser zero. 
 
 W=300...0n*10^(2q)=K*K, K inteiro :. 300...0n=q*q, q inteiro, logo: 
 q*q=3*10^(p+1)+n=30*10^(p)+n :. 
 
Você deveria ter escolhido outra letra que não q, pois esta já estava 
sendo usada pra representar o número de zeros à direita (em 10^(2q)), mas 
tudo bem... foi mal, nem vi. 
 
O problema começa a partir daqui, onde você introduz expoentes 
possivelmente 
irracionais (o que é um pouco inusitado para este problema, mas pode até 
dar 
certo no final) e a formatação/tabulação está bem difícil de entenderSe 
você puder dar uma limpada no argumento e na formatação eu agradeceria. 
 
 q*q-n=(q+n^0,5)(q-n^0,5)=[3*10^(t)]*[10^(s)], t,s reais 
 temos dois casos possíveis: 
 t=sq+n^0,5=3*10^t e q-n^0,5=10^s  sistema 1 

 ou 

 ts q+n^0,5=10^s e q-n^0,5=3*10^t  sistema 2 

 Logo, só temos 2 valores possíveis para q: 
 t=s  a-)q=3*10^t+n^0,5 ou ; ts  b-)q=10^s+n^0,5 


 a-)q*q=9*10^(2t)+6*n^(0,5)*10^(t)+n 
   b-)q*q=10^(2s)+2*n^(0,5)*10^(s)+n 
 
 a-)10^(2t)=10^(a)/3, a inteiro positivo, 
   pois 9*10^(2t)=3*10^(a)=300...0 
 Desse jeito 
q*q=3*10^(a)+6*((n*10^(a))/3)^(0,5)+n=3*10^(a)+2(n*3*10^(a))+n 
 q*q só será inteiro se n*3*10^(a) o for também. Mas nehum dos valores 
 possíveis de n 
 faz essa condição ser obedecida. Daí, hipótese a é falsa. 
 
 b-)10^(2s)=3*10^(a), a inteiro positivo, pois 10^(2s)=3*10^(a)=300...0 
 Desse jeito q*q=3*10^(a)+2*(n*3*10^(a))+n, ora recaímos no caso anterior, 
 logo a 
 hipótese b também é falsa 
 
 Disso concluímos que no número W=300...0n00...0, entre 3 e n não deve 
haver 
 zeros, com isso 
 W=3n00...0=3n*10^(2q)=K*K :. 3n=q*q :. n=6 
 
 Logo a resposta será: 
 
 3600...0, onde o nº de zeros é par, ou 3,6*10^(2q+1); q=0 e q inteiro 
 
 Caso não tenha entendido, volte aos sistemas 1 e 2, e resolvá-os 
admitindo f=1 ou f=4, só que isso dá uma solução um pouco grande... 

   Um abraço, 
  Eduardo 
= 
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos

2003-08-06 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Isto e mais interpretaçao.Eu acho que nao aceita
pelo seguinte motivo:fala-se em EXATAMENTE DOIS
algarismos.E os tres sao diferentes pelo sistema
posicional.

 --- [EMAIL PROTECTED] escreveu:  
  Essa primeira questão pode conte repetições,
 como por exemplo 33600???
 
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 Caros colegas:
 
 Aqui vao dois problemas que ainda estao em
 aberto na lista. O primeiro
 foi
 enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da
 olimpiada iraniana, se nao me
 engano.
 
 1) Determinar o conjunto de números inteiros
 positivos que satisfazem à
 duas
 condições: (i) todo número possui exatamente
 dois algarismos não-nulos,
 sendo um deles o três(3), (ii) todo número é
 quadrado perfeito.
 
 2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2
 tal que ao se permutar os
 algarismos de sua representacao decimal
 obtem-se uma outra potencia de
 2.
 
 Esse segundo tem uma solucao aparentemente
 simples, mas esta solucao exclui
 o caso de potencias de 2 com algarismos 0
 internos (ou seja, numeros
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 Um abraco,
 Claudio.
 
 
 
 
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Re: [obm-l] Problemas em aberto 1

2003-08-06 Por tôpico Eduardo Azevedo




Esse é clássico. Estou surpreso que ninguém 
respondeu até agora. Só não entendi o que é :(A area externa aos vertices das extremidades nao entra na 
contagem).
Imagino que seja pra contar só as regiões 
limitadas? Bom, vou fazer contando todas (que o 1597 indica ser a interpretação 
correta do problema), que, depois que você explicar melhor,
deve dar pra ajustar 
as contas.

Vou chamar de R(n) o número máximo de regiões em 
que o plano plano pode ser dividido por n retas. Isso contando as regiões "de 
fora", aquelas que são ilimitadas.

Claramente

R(0)=1
R(1)=2
R(2)=4 (faço um X com as retas)
R(3)=7 (desenho a 3a não paralela as 2 
primeiras)

Agora vou tentar achar uma relação entre R(n) e 
R(n-1). Para isso vamos imaginar um filme da 3a reta sendo 
desenhada.

Antes dela encostar nas outras duas só há R(2)=4 
regiões.

Quando ela bate na 1a reta surge mais 
uma.
Quando bate na segunda surge outra.
Quando ela chega no infinito (no final do filme) 
aparece mais outra.

Hummm. Parece que R(n) é R(n), mais (n -1) regiões 
que aparecem quandoa reta novabate nas (n - 1) outras retas, mais 1 
quando ela bate no infinito. Ou seja,

R(n)= n+R(n-1) = n+ (n-1) +R(n-2) =  = n + 
(n-1) + (n-2) + ... + 1 + R(0) = n(n+1)/2 + 1

Felizmente isso bate com os valores que a gente 
calculou antes. Ufa!

Agora, você pediu o menor n tal que

R(n)= n(n+1)/2 + 1 é pelo menos 1597. Resolvendo a 
eq. do 2o grau, R(56)=1597, na mosca!


Re: [obm-l] Problemas em aberto 1

2003-08-06 Por tôpico felipe mendona

 Caro colega, a area externa (ilimitada) nao entra na contagem conforme o enunciado diz.
Ha uma coisa importante a ressaltar:Se o enunciado se referisse a plano ao invez de superficie plana, a regiao ilimitada contaria!Isso quer dizer que sua soluçaoinfelizmente estaincorreta...

 O problema fica mais dificil e interessante quando nao se conta a regiao ilimitada

 
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Re: [obm-l] =?Re: [obm-l] Problemas em Aberto - Algarismos?=

2003-08-05 Por tôpico e_lema
Não. O enunciado afirma que os números possuem somente dois algs. não-nulos. 

Em 5 Aug 2003, [EMAIL PROTECTED] escreveu: 

Essa primeira questão pode conte repetições, como por exemplo 33600??? 
 
-- Mensagem original -- 
 
Caros colegas: 
 
Aqui vao dois problemas que ainda estao em aberto na lista. O primeiro 
foi 
enviado pelo Duda Stabel. O segundo eh da olimpiada iraniana, se nao me 
engano. 
 
1) Determinar o conjunto de números inteiros positivos que satisfazem à 
duas 
condições: (i) todo número possui exatamente dois algarismos não-nulos, 
sendo um deles o três(3), (ii) todo número é quadrado perfeito. 
 
2) Prove ou disprove: existe uma potencia de 2 tal que ao se permutar os 
algarismos de sua representacao decimal obtem-se uma outra potencia de 
2. 
 
Esse segundo tem uma solucao aparentemente simples, mas esta solucao 
exclui 
o caso de potencias de 2 com algarismos 0 internos (ou seja, numeros 
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Re: [obm-l] Problemas em Aberto III

2003-03-12 Por tôpico Luis Lopes
Sauda,c~oes,

Oi Cláudio,

Acho que no livro (dos anos 60/70?)
Flow Network de Ford and Fulkerson
vc encontra a demonstração deste teorema.

[]'s
Luís

-Mensagem Original-
De: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Enviada em: sexta-feira, 7 de março de 2003 16:03
Assunto: Re: [obm-l] Problemas em Aberto III


 On Fri, Mar 07, 2003 at 12:05:14PM -0300, Cláudio (Prática) wrote:
   Seja G um grafo direcionado e sejam x e y vértices distintos de G.
   Um fluxo de tamanho n de x para y é uma família de n caminhos
   indo de x para y que são disjuntos por arestas (ou seja, eles podem
   ter vértices em comum mas não arestas).
   Um corte de tamanho m é um conjunto de m arestas direcionadas tais
   que, se removidas, tornam impossível ir de x até y.
  
   Maxflow-mincut é o seguinte teorema: o tamanho (n) máximo possível (N)
   para um fluxo é igual ao tamanho (m) mínimo possível (M) para um
corte.
 
  Será que esta demonstração está correta?
 


=
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O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
=


Re: [obm-l] Problemas em Aberto III

2003-03-07 Por tôpico Cláudio \(Prática\)

- Original Message -
From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Friday, March 07, 2003 9:15 AM
Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto III


 On Thu, Mar 06, 2003 at 04:28:24PM -0300, Cláudio (Prática) wrote:
  Caro Nicolau:
 
  No no. 24, eu empaquei exatamente na hora de provar que existem 3
caminhos
  disjuntos de X até Y.
  Como eu não conheço teoria dos grafos, maxflow-mincut (seja lá o que
isso
  for) é novidade pra mim.


 Seja G um grafo direcionado e sejam x e y vértices distintos de G.
 Um fluxo de tamanho n de x para y é uma família de n caminhos
 indo de x para y que são disjuntos por arestas (ou seja, eles podem
 ter vértices em comum mas não arestas).
 Um corte de tamanho m é um conjunto de m arestas direcionadas tais
 que, se removidas, tornam impossível ir de x até y.

 Maxflow-mincut é o seguinte teorema: o tamanho (n) máximo possível (N)
 para um fluxo é igual ao tamanho (m) mínimo possível (M) para um corte.

 Observe que M = N é trivial.


Caro Nicolau:

Será que esta demonstração está correta?

Suponhamos que M  N. Isso significa que qualquer corte tem mais do que N
arestas.
Tome um (possivelmente o único) fluxo de tamanho N, o qual liga os vértices
X e Y e remova uma aresta de cada um dos N caminhos deste fluxo. Após a
remoção das arestas será impossível ir de X a Y, pois cada caminho possível
terá sido interrompido. Logo, as N arestas removidas constituem um corte ==
contradição, pois qualquer corte tem mais do que N arestas == M = N.

Assim, concluimos que M = N.

Um abraço,
Claudio.


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
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Re: [obm-l] Problemas em Aberto III

2003-03-07 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Thu, Mar 06, 2003 at 04:28:24PM -0300, Cláudio (Prática) wrote:
 Caro Nicolau:
 
 No no. 24, eu empaquei exatamente na hora de provar que existem 3 caminhos
 disjuntos de X até Y.
 Como eu não conheço teoria dos grafos, maxflow-mincut (seja lá o que isso
 for) é novidade pra mim.


Seja G um grafo direcionado e sejam x e y vértices distintos de G.
Um fluxo de tamanho n de x para y é uma família de n caminhos
indo de x para y que são disjuntos por arestas (ou seja, eles podem
ter vértices em comum mas não arestas).
Um corte de tamanho m é um conjunto de m arestas direcionadas tais
que, se removidas, tornam impossível ir de x até y.

Maxflow-mincut é o seguinte teorema: o tamanho (n) máximo possível (N)
para um fluxo é igual ao tamanho (m) mínimo possível (M) para um corte.

Observe que M = N é trivial.

[]s, N.

=
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Re: [obm-l] Problemas em Aberto III

2003-03-07 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Fri, Mar 07, 2003 at 12:05:14PM -0300, Cláudio (Prática) wrote:
  Seja G um grafo direcionado e sejam x e y vértices distintos de G.
  Um fluxo de tamanho n de x para y é uma família de n caminhos
  indo de x para y que são disjuntos por arestas (ou seja, eles podem
  ter vértices em comum mas não arestas).
  Um corte de tamanho m é um conjunto de m arestas direcionadas tais
  que, se removidas, tornam impossível ir de x até y.
 
  Maxflow-mincut é o seguinte teorema: o tamanho (n) máximo possível (N)
  para um fluxo é igual ao tamanho (m) mínimo possível (M) para um corte.
 
 Será que esta demonstração está correta?
 
 Suponhamos que M  N. Isso significa que qualquer corte tem mais do que N
 arestas.
 Tome um (possivelmente o único) fluxo de tamanho N, o qual liga os vértices
 X e Y e remova uma aresta de cada um dos N caminhos deste fluxo. Após a
 remoção das arestas será impossível ir de X a Y, pois cada caminho possível
 terá sido interrompido. Logo, as N arestas removidas constituem um corte ==
 contradição, pois qualquer corte tem mais do que N arestas == M = N.
 
 Assim, concluimos que M = N.

Infelizmente não é tão simples. Retirar N arestas quaisquer, uma por caminho,
não necessariamente desconecta o grafo (mesmo se N for máximo).

Exemplo:

x .---.---.---.---.---.---.
  |   |   |   |   |   |   |
  .---.---.---.---.---.---. y

Neste exemplo claramente M=N=2 mas se tomarmos os dois caminhos como
sendo o bordo superior e o bordo inferior e retirarmos duas arestas para obter


x .---.---.   .---.---.---.
  |   |   |   |   |   |   |
  .---.---.---.   .---.---. y

isso não desconectou o grafo. É claro que *teríamos* desconectado
se tivéssemos escolhido ao invés

x .---.---.   .---.---.---.
  |   |   |   |   |   |   |
  .---.---.   .---.---.---. y


e é preciso provar que sempre existe uma escolha
de N arestas que de fato desconecta (se N for máximo, claro).

[]s, N.
=
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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=


Re: [obm-l] Problemas em aberto IV

2003-03-06 Por tôpico Luis Lopes
Sauda,c~oes,

Mandei hoje já há muito tempo uma longa
msg a este respeito. Enquanto não chega,
mando um pedaço dela:

tan(3 Pi/11) + 4 sin(2 Pi/11) = sqrt(11)  (1)

Solution: The identity below is true for all s.

(\tan(3s) + 4\sin(2s))^2 = 11 -
\frac{(\tan(8s) + \tan(3s))\cos(8s)}{\sin(s)\cos(3s)}  (2)

Substituting s = Pi/11 into (2) we prove (1) since it is
obvious that
\tan(8s) + \tan(3s) = 0 for s = Pi/11, and
\tan(3*Pi/11) + 4*\sin(2*Pi/11)  0

Não me perguntem como o prof. Markelov chegou
a (2). E também não tenho a prova de (2).

 Claro que o Luís Lopes e o Morgado podem achar
 que uma solução geométrica seria mais elegante...

É verdade. Como fazer?

[]'s
Luís

-Mensagem Original-
De: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Enviada em: quinta-feira, 6 de março de 2003 12:06
Assunto: Re: [obm-l] Problemas em aberto IV


 On Sun, Mar 02, 2003 at 11:12:21AM -0300, A. C. Morgado wrote:
  O Luís Lopes mandou ha algum tempo:
  Prove que
  tan(3*Pi/11) + 4*sin(2*Pi/11) = sqrt(11).
 
  Embora eu tenha uma ideia muito clara do que fazer (usar trigonometria
  do tempo dos gregos, isto eh, construir um conveniente quadrilatero
  inscrito e aplicar o teorema de Ptolomeu), quando tentei nao consegui.

 Eu fiz algo bem diferente; usei álgebra e maple:


  pp := ((z^3 - z^(-3)) + 2*(z^2 - z^(-2\
  ))*(z^3 + z^(-3)))^2 + 11*(z^3 + z^(-3))^2;
  / 31   / 21  \ / 31  \\2  / 31  \2
pp := |z  -  + 2 |z  - | |z  + ||  + 11 |z  + |
  |   3  |   2 | |   3 ||   |   3 |
  \  z   \  z  / \  z  //   \  z  /

  p1 := expand(pp);
   24448  64104
4
  p1 := 4 + 4 z  +  + 4 z  +  + 4 z  + 4 z  +  + 4 z   + 
+ ---
 2 46  8
10
z zz  z
z

  p2 := expand(z^10 * p1);
  10  12  8  14  6  18  16  4  20
 p2 := 4 z   + 4 z   + 4 z  + 4 z   + 4 z  + 4 z   + 4 z   + 4 z  + 4 z

   2
  + 4 z  + 4

  factor(p2);
 5647398210
 4 (z  + z  + z  + z  + z  + z  + z  + z  + z   + z + 1)

   1098765432
 (z   - z  + z  - z  + z  - z  + z  - z  + z  - z + 1)

 A idéia é que z = exp(Pi*i/11).
 Temos tan(3*Pi/11) = -i (z^3 - z^(-3))/(z^3 + z^(-3)),
 sin(2*Pi/11) = -i/2 * (z^2 - z^(-2)) donde após pequenas
 simplificações queremos verificar que pp acima vale 0.
 Expandimos, fatoramos e descobrimos que pp é múltiplo de
 z^10 - z^9 + z^8 - ... - z + 1. Ora, este polinômio de fator
 tem exp(Pi*i/11) por raiz.

 Observe que as contas não são tão pesadas assim,
 daria para fazer na mão.

 Claro que o Luís Lopes e o Morgado podem achar que uma solução
 geométrica seria mais elegante...

 []s, N.


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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=


Re: [obm-l] Problemas em aberto IV

2003-03-06 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Esse problema e legal pacas!!Mandei uma soluçao pra Eureka totalmente porrada.Elevei ao quadrado e fui simplificando ate virar(depois de uma folha) uma sominha meiga de cossenos.
"Nicolau C. Saldanha" [EMAIL PROTECTED] wrote:
On Sun, Mar 02, 2003 at 11:12:21AM -0300, A. C. Morgado wrote: O Luís Lopes mandou ha algum tempo: Prove que tan(3*Pi/11) + 4*sin(2*Pi/11) = sqrt(11).  Embora eu tenha uma ideia muito clara do que fazer (usar trigonometria  do tempo dos gregos, isto eh, construir um conveniente quadrilatero  inscrito e aplicar o teorema de Ptolomeu), quando tentei nao consegui. Eu fiz algo bem diferente; usei álgebra e maple: pp := ((z^3 - z^(-3)) + 2*(z^2 - z^(-2\ ))*(z^3 + z^(-3)))^2 + 11*(z^3 + z^(-3))^2;/ 3 1 / 2 1 \ / 3 1 \\2 / 3 1 \2pp := |z -  + 2 |z - | |z + || + 11 |z + || 3 | 2 | | 3 || | 3 |\ z \ z / \ z // \ z / p1 := expand(ppp);2 4 4 4 8 6 4 10 4 4p1 := 4 + 4 z +  + 4 z +  + 4 z + 4 z +  + 4 z +  + ---2 4 6 8 10z z z z z p2 := expand(z^10 * p1);10 12 8 14 6 18 16 4 20p2 := 4 z + 4 z + 4 z + 4 z + 4 z + 4 z + 4 z + 4 z + 4 z2+ 4 z + 4 factor(p2);5 6 4 7 3 9 8 2 104 (z + z + z + z + z + z + z + z + z + z + 1)10 9 8 7 6 5 4 3 2(z - z + z - z + z - z + z - z + z - z + 1)A idéia é que z = exp(Pi*i/11).Temos tan(3*Pi/11) = -i (z^3 - z^(-3))/(z^3 + z^(-3)),sin(2*Pi/11) = -i/2 * (z^2 - z^(-2)) donde após pequenassimplificações queremos verificar que pp acima vale 0.Expandimos, fatoramos e descobrimos que pp é múltiplo dez^10 - z^9 + z^8 - ... - z + 1. Ora, este polinômio de fatortem exp(Pi*i/11) por raiz.Observe que as contas não são tão pesadas assim,daria para fazer na mão.Claro que o Luís Lopes e o Morgado podem achar que uma soluçãogeométrica seria mais elegante...[]s, N.=Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista emhttp://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.htmlO administrador desta lista é <[EMAIL PROTECTED]>=Busca Yahoo! 
O serviço de busca mais completo da Internet. O que você pensar o Yahoo! encontra.

Re: [obm-l] Problemas em aberto IV

2003-03-06 Por tôpico Luis Lopes
Sauda,c~oes,

Oi Morgado,

Este problema começou com um email
do prof. Sergei Markelov, de Moscou.

Seu email a respeito segue (a notação
em LaTeX é minha):

Here is my solution to this problem.

tan(3 Pi/11) + 4 sin(2 Pi/11) = sqrt(11)  (1)

Solution: The identity below is true for all s.

(\tan(3s) + 4\sin(2s))^2 = 11 -
\frac{(\tan(8s) + \tan(3s))\cos(8s)}{\sin(s)\cos(3s)}  (2)

Substituting s = Pi/11 into (2) we prove (1) since it is
obvious that
\tan(8s) + \tan(3s) = 0 for s = Pi/11, and
\tan(3*Pi/11) + 4*\sin(2*Pi/11)  0

By the way, it is not nessasary to use square
in prooving formulae.

The following is also true for all s:
tan(3s) + 4 sin(2s) = sqrt(11) -

 sin(7 s) + sin(5 s) + sin (3 s)
(cot(6 s) + cot(5 s)) ---
   2sin(5s) + sin(3s) - 2sin(s) + sqrt(11) cos(3s)


It is clear that cot(6 s) + cot(5 s) = 0 for s = Pi/11

Another simular identity:
A
tan(3s) + 4 sin(2s) - sqrt(11) = (tan(8 s) + tan(3 s)) ---
 B
where
A = 2 cos(8 s)
B = 2 cos(6 s) - cos(4 s) - 3 cos(2 s) - sqrt(11) sin(4 s)
+ sqrt(11) sin(2 s) + 2

Also, substituting alpha = 2 Pi/11, 3 Pi/11, 4 Pi/11 and
5 Pi/11 we get 4 additional simular identities for free
for total 5:

tan(3 Pi/11) + 4 sin(2 Pi/11) = sqrt(11)
tan(5 Pi/11) - 4 sin(4 Pi/11) = sqrt(11)
tan(2 Pi/11) - 4 sin(5 Pi/11) = -sqrt(11)
tan(Pi/11) + 4 sin(3 Pi/11) = sqrt(11)
tan(4 Pi/11) + 4 sin(Pi/11) = sqrt(11)

Não contente com isso, escrevi em seguida
pro prof. Rousseau.
Ele me mandou um fonte em LaTeX (com uma
outra solução BEM complicada) muito
comprido que não vale a pena colocar aqui.
Coloco somente o final dele:

{\em Note.}  This problem was given on a 1895
Tripos Exam, and it is in the book by Bromwich
on infinite series (p. 270).

O email que o Rousseau me mandou com o
fonte em anexo segue:

Dear Luis:

I found this solution in the book by Bromwich before
I left for San Diego, and tried to send you a sketch
of it, but there was a computer problem.

corte

This is a nice problem since it brings into play some
unexpected bits of mathematics (in particular,
quadratic residues). As you can see, it has been
around for a long time.

Cheers,

Cecil


Coincidentemente, o prof. Markelov me mandou
durante o carnaval outro email. Aí vai:

Dear Luis,

I have found several new trig formulas,
maybe they will be of your interest. Here are 3:


  5  7 10 13 14  1
 cos(-- Pi) cos(-- Pi) cos(-- Pi) cos(-- Pi) cos(-- Pi)  =  --
 33 33 33 33 33 32



Pi 248   16
cos(--) - cos(-- Pi) - cos(-- Pi) - cos(-- Pi) - cos(-- Pi)  =
3333   33   33   33

  - sqrt(33) - 1
   =  --
 4


 57   10   13   14
cos(-- Pi) + cos(-- Pi) - cos(-- Pi) + cos(-- Pi) - cos(-- Pi)  =
33   33   33   33   33

  sqrt(33) - 1
   =  
   4



Sergei Markelov
technical director
Moscow Center for Continuous Mathematical Education www.mccme.ru
[EMAIL PROTECTED]
+7-095-2410500phone
+7-095-2916501fax


Ainda nem tive tempo de escrever-lhe
para agradecer e confirmar como as
identidades devem ser escritas em LaTeX.
Deixo para a imaginação de vcs. A 2a. acho
que deve ser o seguinte:

\cos(\pi/33) - \cos(2\pi/33) - \cos(4\pi/33) -
\cos(8\pi/33) - \cos(16\pi/33)  =
\frac{-\sqrt{33} - 1}{4}.


[]'s
Luís

-Mensagem Original-
De: A. C. Morgado [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Enviada em: domingo, 2 de março de 2003 11:12
Assunto: [obm-l] Problemas em aberto IV


 O Luís Lopes mandou ha algum tempo:
 Prove que
 tan(3*Pi/11) + 4*sin(2*Pi/11) = sqrt(11).

 Embora eu tenha uma ideia muito clara do que fazer (usar trigonometria
 do tempo dos gregos, isto eh, construir um conveniente quadrilatero
 inscrito e aplicar o teorema de Ptolomeu), quando tentei nao consegui.
 Eh verdade que nao pude dedicar a esse problema o tempo que ele parece
 exigir.
 Morgado



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
=


Re: [obm-l] Problemas em Aberto III

2003-03-06 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Caro Nicolau:

No no. 24, eu empaquei exatamente na hora de provar que existem 3 caminhos
disjuntos de X até Y.
Como eu não conheço teoria dos grafos, maxflow-mincut (seja lá o que isso
for) é novidade pra mim.
Você poderia recomendar alguma bibliografia a respeito (especialmente na
internet)?

Obrigado e um abraço,
Claudio.

- Original Message -
From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sunday, March 02, 2003 10:04 AM
Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto III


 On Thu, Feb 27, 2003 at 03:04:48PM -0300, Cláudio (Prática) wrote:
  24) Prove que a soma dos comprimentos dos lados de um poliedro
  convexo qualquer é maior que 3 vezes a maior distancia entre dois
vertices
  do poliedro.

 Sejam x e y vértices a distância máxima. Queremos construir três
 caminhos formados por arestas indo de x até y, e estes caminhos
 devem ser disjuntos (exceto por x, y e possivelmente algum vértice
 no meio). Ora, por maxflow-mincut estes três caminhos só *não*
 existem se existir um corte feito por duas arestas, ou seja,
 se existirem duas arestas que, se removidas, desconectam o grafo
 formado por vértices e arestas. Mas isso estaria em contradição
 com o fato de termos um poliedro convexo.

  25) Um alienígena move-se na superfície de um planeta com velocidade
  não superior a U. Uma espaçonave que procura pelo alienígena move-se com
  velocidade V. Prove que a espaçonave sempre  poderá encontrar o
alinígena
  se V  10U.

 Não entendi nada. Quando é que a nave encontra o alienígena?

 []s, N.
 =
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 =

=
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O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
=


Re: [obm-l] Problemas em Aberto III

2003-03-06 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Caro Paulo:

Neste problema:

 Seja S o conjunto de todas as sequencia FINITAS de INTEIROS POSITIVOS
 tais que se {Xn}=X1, X2, ...,Xn pertence a S entao para todo P  N,
 X1+X2+...+Xp NAO E congruo a 1 modulo 3. Mostre que existe uma bijecao
entre
 S e o conjunto de todos os impares positivos.

eu fiz o seguinte raciocínio:

Seja N = conjunto dos inteiros positivos.

Então:
1. Existe uma bijeção entre quaisquer dois conjuntos enumeráveis;
2. O conjunto dos ímpares positivos é enumerável;
3. Pelas definições básicas de função (conjunto de pares ordenados com
primeiras coordenadas distintas duas a duas) e sequência (função cujo
domínio é N) cada sequência de S consiste de um conjunto de pares ordenados
{ (1,X1), (2,X2), ..., (n,Xn) , ... } onde cada Xi é um inteiro positivo e
onde existe um inteiro positivo n, tal que Xk = 0 para k  n. Assim, cada
sequência de S é um subconjunto de N x (N U {0}), o qual é enumerável. Logo,
cada sequência de S é um conjunto enumerável.
3. S é enumerável, por ser uma reunião enumerável de conjuntos enumeráveis.

Logo, existe uma bijeção entre S e o conjunto de todos os ímpares positivos.


Uma outra alternativa é fazer a correspondência:

(X1, ..., Xn)  ==  0,X1X2...Xn  (ou seja, cada sequencia corresponde a um
número obtido justapondo-se os Xi's e tratando-os como decimais)
Como cada sequencia é finita, as decimais serão finitas e os números obtidos
serão todos racionais.
Assim, teremos obtido uma bijeção entre S e um subconjunto dos racionais.
Logo, S será enumerável.

Tá certo o que eu fiz?

O estranho é que em nenhum momento eu usei a propriedade aritmética das
sequências.

Um abraço,
Claudio.

=
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Re: [obm-l] Problemas em aberto IV

2003-03-06 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Sun, Mar 02, 2003 at 11:12:21AM -0300, A. C. Morgado wrote:
 O Luís Lopes mandou ha algum tempo:
 Prove que
 tan(3*Pi/11) + 4*sin(2*Pi/11) = sqrt(11).
 
 Embora eu tenha uma ideia muito clara do que fazer (usar trigonometria 
 do tempo dos gregos, isto eh, construir um conveniente quadrilatero 
 inscrito e aplicar o teorema de Ptolomeu), quando tentei nao consegui. 

Eu fiz algo bem diferente; usei álgebra e maple:


 pp := ((z^3 - z^(-3)) + 2*(z^2 - z^(-2\
 ))*(z^3 + z^(-3)))^2 + 11*(z^3 + z^(-3))^2;
 / 31   / 21  \ / 31  \\2  / 31  \2
   pp := |z  -  + 2 |z  - | |z  + ||  + 11 |z  + |
 |   3  |   2 | |   3 ||   |   3 |
 \  z   \  z  / \  z  //   \  z  /

 p1 := expand(pp);
  24448  64104  4
 p1 := 4 + 4 z  +  + 4 z  +  + 4 z  + 4 z  +  + 4 z   +  + ---
2 46  8 10
   z zz  z z

 p2 := expand(z^10 * p1);
 10  12  8  14  6  18  16  4  20
p2 := 4 z   + 4 z   + 4 z  + 4 z   + 4 z  + 4 z   + 4 z   + 4 z  + 4 z

  2
 + 4 z  + 4

 factor(p2);
5647398210
4 (z  + z  + z  + z  + z  + z  + z  + z  + z   + z + 1)

  1098765432
(z   - z  + z  - z  + z  - z  + z  - z  + z  - z + 1)

A idéia é que z = exp(Pi*i/11).
Temos tan(3*Pi/11) = -i (z^3 - z^(-3))/(z^3 + z^(-3)),
sin(2*Pi/11) = -i/2 * (z^2 - z^(-2)) donde após pequenas
simplificações queremos verificar que pp acima vale 0.
Expandimos, fatoramos e descobrimos que pp é múltiplo de
z^10 - z^9 + z^8 - ... - z + 1. Ora, este polinômio de fator
tem exp(Pi*i/11) por raiz.

Observe que as contas não são tão pesadas assim,
daria para fazer na mão.

Claro que o Luís Lopes e o Morgado podem achar que uma solução
geométrica seria mais elegante...

[]s, N.
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
=


Re: [obm-l] Problemas em Aberto III

2003-03-04 Por tôpico Paulo Santa Rita
Ola Prof Nicolau e demais
colegas desta lista ... OBM-L,
Representando por (um ponto) N a nave, traçamos todas as tangentes à esfera 
que passam por N. Isso define uma calota na esfera. Se o alienígena estiver 
nesta calota entao entende-se que a Nave o
encontrou.

A solução deve prescindir da distancia da Nave à superficie do planeta e de 
eventuais variações nos sentidos e modulos das velocidades envolvidas.

A ideia - do Claudio/Pratica/ - de publicar os problemas que foram 
propostos nesta lista e que permanecem em aberto me parece muito boa

Um famoso problema pode se reformulado da seguinte maneira :

Seja S o conjunto de todas as sequencia FINITAS de INTEIROS POSITIVOS
tais que se {Xn}=X1, X2, ...,Xn pertence a S entao para todo P  N,
X1+X2+...+Xp NAO E congruo a 1 modulo 3. Mostre que existe uma bijecao entre 
S e o conjunto de todos os impares positivos.

Um Abraço
Paulo Santa Rita
3,1900,040303
From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto III
Date: Sun, 2 Mar 2003 10:04:30 -0300
25) Um alienígena move-se na superfície de um planeta com velocidade
não superior a U. Uma espaçonave que procura pelo alienígena move-se com 
velocidade V. Prove que a espaçonave sempre  poderá encontrar o 
alinígena se V  10U.
Não entendi nada. Quando é que a nave encontra o alienígena?

[]s, N.


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Re: [obm-l] Problemas em Aberto III

2003-03-03 Por tôpico Wagner
Oi pessoal !

Parece que falta alguma coisa no enunciado do problema 25, do modo
como o problema é apresentado V  10U não garante que a nave vá encontrar o
alienígena. Por exemplo, o alienígena e a nave podem ficar andando em
trajetórias
circulares que não se cruzam.

André T.

- Original Message -
From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sunday, March 02, 2003 10:04 AM
Subject: Re: [obm-l] Problemas em Aberto III


 On Thu, Feb 27, 2003 at 03:04:48PM -0300, Cláudio (Prática) wrote:
  24) Prove que a soma dos comprimentos dos lados de um poliedro
  convexo qualquer é maior que 3 vezes a maior distancia entre dois
vertices
  do poliedro.

 Sejam x e y vértices a distância máxima. Queremos construir três
 caminhos formados por arestas indo de x até y, e estes caminhos
 devem ser disjuntos (exceto por x, y e possivelmente algum vértice
 no meio). Ora, por maxflow-mincut estes três caminhos só *não*
 existem se existir um corte feito por duas arestas, ou seja,
 se existirem duas arestas que, se removidas, desconectam o grafo
 formado por vértices e arestas. Mas isso estaria em contradição
 com o fato de termos um poliedro convexo.

  25) Um alienígena move-se na superfície de um planeta com velocidade
  não superior a U. Uma espaçonave que procura pelo alienígena move-se com
  velocidade V. Prove que a espaçonave sempre  poderá encontrar o
alinígena
  se V  10U.

 Não entendi nada. Quando é que a nave encontra o alienígena?

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Re: [obm-l] Problemas em Aberto III

2003-03-02 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Thu, Feb 27, 2003 at 03:04:48PM -0300, Cláudio (Prática) wrote:
 24) Prove que a soma dos comprimentos dos lados de um poliedro 
 convexo qualquer é maior que 3 vezes a maior distancia entre dois vertices 
 do poliedro.

Sejam x e y vértices a distância máxima. Queremos construir três
caminhos formados por arestas indo de x até y, e estes caminhos
devem ser disjuntos (exceto por x, y e possivelmente algum vértice
no meio). Ora, por maxflow-mincut estes três caminhos só *não*
existem se existir um corte feito por duas arestas, ou seja,
se existirem duas arestas que, se removidas, desconectam o grafo
formado por vértices e arestas. Mas isso estaria em contradição
com o fato de termos um poliedro convexo.

 25) Um alienígena move-se na superfície de um planeta com velocidade 
 não superior a U. Uma espaçonave que procura pelo alienígena move-se com 
 velocidade V. Prove que a espaçonave sempre  poderá encontrar o alinígena  
 se V  10U.

Não entendi nada. Quando é que a nave encontra o alienígena?

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[obm-l] Re: [obm-l] Problemas em Aberto

2003-02-27 Por tôpico peterdirichlet1985
Tu de novo Claudio!!!Esse ultimo e da IMO da Coreia e a soluçao do Fabricio(que
fez a prova alias)e muito legal.Tente uma induçao e pense primeiro que asw
caixas sao iguais depois faça vezes tres.

Vou supor que esta coisa de tres angulos e dita em graus.
Talvez saia com SLC:a^2=b^2+c^2-2bc*cos A.
A tarefa e achar os t tais que cos t e racional se t e expresso em graus.
Talvez saia usando complexos.Me lembro de uma prova de que arccos 3/5 e
irracional se dito em graus que usava uns fatos do artigo do Ed na Eureka
6.As Eurekas ce ve na Internet.


-- Mensagem original --

HelpCaros colegas da lista:

Muitas vezes um problema é proposto na lista, nenhuma solução é dada nos
dias seguintes e logo o problema cai no esquecimento. Assim, resolvi fazer
uma compilação (temo que incompleta) daqueles problemas da lista que ficaram
sem solução.

1. Seja 
A = | A1 |
  | A2 |
uma matriz m x n com A1 n x n não singular e A2 uma matriz (m-n) x n arbitrária

A+ é a pseudo-inversa de A, definida como 
A+ = (A'  * A)^(-1) * A'

prove que ||A+|| = ||(A1)^(-1)||  

OBS: A norma aqui é induzida:
 ||A|| =  sup ||Ax||
||x|| = 1

*

2. É possível que um polinômio de coeficientes inteiros P(X) irredutível
se fatore em Z/(n) para todo n natural ?


*

3. A e B são cantos opostos de um tabuleiro n x n, dividido em n^2 
quadradinhos por linhas paralelas a seus lados. Em cada quadradinho é 
traçada sua diagonal paralela a AB, tal que o  tabuleiro fica dividido
em

2n^2 triângulinhos. O tabuleiro tem (n + 1)^2 pontos que são vértices dos

quadrinhos e um qrande número de segmentos, cada qual medindo 1 ou sqrt2.

Uma peça move-se de A até B através dos segmentos. Ela nunca passa duas

vezes pelo mesmo segmento e seu caminho inclui exatamente dois lados de
cada

triângulinho. Para qual n isto é possível?

*

4. 
A) As medidas dos ângulos agudos de um triângulo pitagórico (triângulo
retângulo
cujos lados têm medida inteira) não são inteiras (quando expressos em graus).

B) Se os lados de um triângulo têm medida inteira e um de seus ângulos
tem
medida inteira, então esse ângulo mede 60, 90 ou 120 graus.

C) Se um triângulo tem os três lados e os três ângulos com medida inteira
então ele é equilátero.

*

5. Nos festejos juninos, 20 casais de dançarinos são colocados em círculo
de tal maneira que um homem e uma mulher formando um par estão situados
diametralmente
opostos. Durante a dança, dois dançarinos adjacentes trocam de lugar enquanto
todos os outros permanecem na mesma posição. Essa mudança é repetida com
pares adjacentes até que, na posição final, os dois dançarinos de cada
par
estejam novamente diametralmente opostos, mas na posição contrária da inicial.
Então o número mínimo de mudanças, de dois dançarinos adjacentes, para
acontecer
isso é:

(a) 20!  (b) 400  (c) 10!  (d) 19!  (e) 20

*

6. Dê um exemplo de uma sequência (Xn) de números reais tal que: 

lim  ( Xn / n^t ) = 0 para todo t  0 
e
lim ( [log(n)]^k / Xn ) = 0 para todo k  0

*

7. Um triângulo tem lados com medida inteira e área racional. Prove que
uma
de suas alturas tem medida inteira e que o pé desta altura está a uma distância
inteira dos vértices do triângulo.

*

8. Um polígono convexo possui  2n  lados. Prove que o polígono contém no
mínimo  n  diagonais que não são paralelas a qualquer de seus lados.

*

9. Seja K um inteiro = 2. 
   infinito
Seja S  =  SOMATÓRIO  1 / K^(n^2) = 1/K + 1/K^4 + 1/K^9 + 1/K^16 + ...
n = 1
Prove que S é irracional.

*

10. Um mágico tem cem cartões numerados de 1 a 100.
Coloca-os em três caixas, uma vermelha, uma branca e
uma azul, de modo que cada caixa contém pelo menos um
cartão.
Uma pessoa da platéia escolhe duas das três caixas,
seleciona um cartão de cada caixa e anuncia a soma dos
números dos dois cartões que escolheu. Ao saber esta
soma, o mágico identifica a caixa da qual não se
retirou nenhum cartão.
Descreva todas as maneiras de se colocar todos os
cartões nas caixas de modo de que este truque sempre
funcione? (Duas maneiras consideram-se diferentes se
pelo menos um cartão é colocado numa caixa diferente).

Uma formulação equivalente deste problema é:
Determine todas as partições do conjunto:
{1, 2, ..., 100}
em três subconjuntos V, B e A, de forma que:
V+B, V+A e B+A sejam disjuntos
(V+B = {x + y tais que x pertence a V e y pertence a B}, idem para os outros
dois conjuntos-soma )

Por enquanto só foram encontradas duas soluções:
V = {1, 4, 7, ..., 100} = {3k + 1}
B = {2, 5, 8, ..., 98} = {3k + 2}
A = {3, 6, 9, ..., 99} = {3k}
(além das outras 5 permutações de V, B e A}

e

V = {1}
B = {100}
A = {2, 3, ..., 99} 
(também já se provou que esta é a única partição - a menos de permutações
dos conjuntos - que tem dois conjuntos unitários)





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[obm-l] Re: [obm-l] Problemas em Aberto II

2003-02-27 Por tôpico peterdirichlet1985
Esse da via ferrea e classico!!Voce pode usar recursao para provar que
isto e o n-esimo numero de Catalan.
Para tal escolha um trem x e conte de quantos modos voce arruma os trens
antes e depois sem violar as regras.Definida a recursao resolva-a.Esse esta
num livro do Knuth.
Tomei a liberdade de corrigi-lo.

-- Mensagem original --

HelpContinuando a compilação de problemas não resolvidos da lista:

11. Dado um corredor com 1 metro de largura, que faz uma curva de 90
graus
e
continua com a mesma largura, qual a figura plana de maior área possível
que pode fazer
essa curva? Observe que o formato dessa area pode ser qualquer e, obviamente,
ela é suposta rigida.
(Acho que este problema ainda está em aberto - e não só aqui na lista.
De
qualquer forma)

**

12. Dada a sequencia a[n+1]= 2a[1]*a[n] - a[n-1] definida para todo n=1
tal que a[0]=100 e a[100]= 0. 
a) Mostre que | a[1] |=1.

b) Determine a[2003].

**

13.  X, Y e Z são reais positivos e satisfazem o sistema abaixo,

X^2 + XY + (Y^2)/3 = 25
(Y^2)/3 + Z^2 = 9
Z^2 + ZX + X^2 = 16

Encontre o valor de ( XY + 2YZ + 3ZX ).

SUGESTÃO : Você nao precisa, necessariamente, resolver o sistema ...

**

14. De quantas formas podemos colocar N rainhas em um
tabuleiro NxN tal que nenhuma rainha possa enxergar
outra?

obs: uma rainha enxerga outra se ambas estiverem na
mesma coluna, linha ou diagonal.
(Este problema também está em aberto. Talvez valha a pena tentar com Torres
e Bispos ao invés de Rainhas)

***

15. 
 
 _ _ _ _ _ _ _ 1 2 ... n _
 _|_| |_|_| |_|_|_|_|_|_|_
 B   \_\ /_/  A
   \_|_/
|_|
|_|
|_| C
|o|
 
 Imagine que o 'desenho' acima é uma linha férrea,
 aonde o segmento B é extensão do segmento A e o
 segmento C se conecta com ambos segmentos.
 Os numeros no segmento A representam n vagões
 _soltos_ e enumerados.
 Os vagoes podem se mover de A - B, A - C e C - B,
 mas nunca de C - A nem B - A nem B - C..
 
 De quantas formas eh possivel reagrupar os vagões no
 segmento B?
 
 (há espaço suficiente para n vagões tanto em A,
 quanto em B e em C)



16. Seja f uma função contínua em [a,b] e diferenciável em (a,b).

A) É possível que, apesar de existir, f' seja descontínua em todo ponto
de
(a,b).

B) Em caso afirmativo, será que a condição f(a)  f(b) é suficiente para
garantir que exista um sub-intervalo [c,d] (a = c  d = b) onde f é crescente?


**

17. a, b, c, d são números reais não-negativos tais que:

 ab+ac+ad+bc+bd+cd+abc+abd+acd+bcd=2.

Mostre que:

3(a+b+c+d)=4(ab+ac+ad+bc+bd+cd).

*

18. Numa loteria sao sorteados 7 numeros escolhidos aleatoriamente de 
{1,2,3,...,48,49}.
Cada cartao de apostas deve ser preenchido com exatamente 7 numeros. Uma
pessoa pode pode apostar quantos cartoes desejar sem pagar nada, desde
que
quaisquer dois cartoes de sua aposta tenham, NO MAXIMO, uma dezena em comum.
O primeiro premio e dado a pessoa que acertar o maior numero de triplos.
A) Exiba uma aposta gratuita que tenha a maxima probabibilidade de ganhar
o primeiro premio.
B) Qual o valor da probabilidade acima ?

***

19. Suponha que os números da forma 2^x * 3^y (x, y: inteiros não negativos)
são colocados em ordem crescente. Prove que existem termos consecutivos
-
digamos 2^a * 3^b  e  2^c * 3^d - tais que 
|2^a * 3^b  -  2^c * 3^d| torna-se arbitrariamente grande.Generalize

*

20. Duas de Análise Real:

A) Prove que se f:{a, b) - R  é contínua em c em (a,b) e lim x- c
f'(x) = L, então f'(c) = L. A partir daí, conclua que derivadas jamais
apresentam descontinuidades do tipo salto. Conclua também que se f' é
monotônica em um intervalo I, então f'é contínua em I.

B) Suponhamos que f seja diferenciável em R e seja k0. Mostre que:
B.1) se k0, então lim x - infinito f'(x) + k f(x) = L, L em R,  implica
que lim x- infinito f('x) = 0 e lim x- infinito f(x) = L/k
B.2) se k0, então lim x- infinito f'(x) + k f(x) = L, L em R, só é
possível se lim x- e^(kx) f(x) = 0, caso em que temos também lim x-
infinito f('x) = 0 e lim x- infinito  f(x) = L/k
sugestão : defina h(x) = e^(kx) f(x) g(x) = e^(kx) . Logo, f(x) =
h(x)/g(x). Use L'Hopital.


**


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