Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima escreveu:
[...]
*Ao se falar em educação, acho que ela poderia ter aprofundado e teria sido
mais feliz se argumentasse através da ótica dos processos de aprendizagem
(seara da cognição) e a questão da criatividade digital no universo do
software livre - que é muito mais avançada do que no universo do software
proprietário. Este discurso acaba não tocando muito o educador. Porém se ela descrevesse melhor o processo criador e de aprendizagem da cultura livre e
das comunidades de aprendizagem de software livre na construção da nossa
atual sociedade do conhecimento ela faria melhor esta conexão entre educação utilizando software livre. Isso sim é um discurso que promove uma melhor
compreensão do educador sobre a importância de se utilizar software livre
nas escolas.

Oi Ana.

Gostaria que você expandisse um pouco mais essa linha de argumentação, que parece-me instrutiva e fértil.


Hudson, de qualquer forma gostaria de agradecer por compartilhar o texto
conosco, pois gerou uma rica discussão no grupo. Só que como psicóloga
cognitivista e educadora, acho que a autora poderia ter explicado isso
utilizando de forma mais profunda certos conceitos da seara pedagógica.
Interdisciplinaridade não é algo tão simples de se fazer.  Eu apenas achei
que ela exagerou na dose ao excluir o universo do software proprietário ao
usar o termo analfabeto digital. O importante é sacar de sistema operacional e migrar de software sempre que for necessário e desenvolver uma cultura
digital. Porém, são culturas digitais distintas e geram formas de aprender
distintas e eu aprecio mais a cultura do software livre na educação. Só
evito excluir a outra cultura, porque isso fere a minha forma de conceber
ciência. Eu só achei meio ingênuo a forma como a autoria argumentou sua
hipótese sob a ótica pedagógica e da aprendizagem.

O texto seria ``radical'' (i.e. extremista) no sentido em que negasse a existência de software proprietário. Não me parece que seja exatamente essa a intenção da autora, mas é um ``bug'' no texto. Eu considero software proprietário completamente anti-ético e imoral, o que me leva a olhar feio para o uso de software proprietário nas escolas. A visão científica busca abarcar o máximo possível da realidade, o que inclui software proprietário, como você ressaltou.

Portanto, pergunto: como lidar com a contradição entre software proprietário (que arbitrariamente limita o conhecimento, dificultando seu estudo técnico-científico) e educação? Deveriam as escolas ser POR LEI E SEM ÔNUS autorizadas a reproduzir, utilizar, fazer engenharia reversa etc. de software proprietário, para cumprir sua função de produzir e difundir conhecimento?


Beijos,
Ana Maria.

Até mais,
Hudson
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