Desconhecimento não serve como defesa. O responsável pela empresa
precisa garantir que seus funcionários não saiam por aí cometendo
crimes (ou contravenções, ou violações de direitos de uso, ou
desrespeito a contratos, etc) em nome da empresa.

Eu ainda não entendi, pelo que foi dito aqui e nos artigos que foram
referenciados, se a empresa comprou as licenças necessárias e apenas
copiou as mídias para facilitar o uso (e, nesse caso, o que diabos a
MS está fazendo processando a empresa) ou se comprou licenças para n
instalações e fez n + x instalações com cópias da mídia original (caso
em que eu entendo perfeitamente a MS estar reclamando).

Eu sei que isso não me faz muito popular, mas eu acho importante
defendermos a validade do EULA da Microsoft. Se alguém quer usar
Windows, precisa pagar por isso - ele custou dinheiro para ser feito e
a empresa merece uma recompensa pelo seu trabalho assim como qualquer
desenvolvedor entre nós merece uma contrapartida pelo seu trabalho. Se
o EULA for invalidado assim, que garantias temos de que GPLs e BSDs
continuem sendo defensáveis? Será que não é um sinal verde para que um
juiz decida que não haveria mal algum em se distribuir uma versão
modificada de algo GPLizado sem código-fonte já que ninguém ganha
dinheiro diretamente com ele? A validade desses "contratos" é
fundamental para que o modelo de software livre funcione.

E sim, é uma questão de princípios pra mim que os termos das licenças
com as quais você concorda quando clica no botão "eu concordo" sejam
defensáveis. Posso não ter nenhuma simpatia pela Microsoft (não tenho
mesmo), mas, nesse caso, estamos defendendo mais ou menos a mesma
coisa: tanto o EULA como a GPL são válidos e quem concorda com eles
com o objetivo de obter um benefício (usar o produto) também concorda
em sofrer as consequências de desrespeitá-los.

E há o lado oportunista: quanto mais caro for usar Windows, melhor
para nós que defendemos as alternativas livres que, frequentemente,
também são mais baratas de imediato e, quase sempre, bem mais baratas
a longo prazo.

2008/11/20 Marco Rosner <[EMAIL PROTECTED]>:
> Nem sempre quem compra e é responsável pela sua utilização, é quem instala.
> Ou seja, a ação fica sendo nem tão consciente assim. Porém, é claro, que
> dependendo do nível de instrução de quem comprou o software, não é
> necessário instalar o software para saber que é preciso uma licença para
> isso.
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