Eu concordo com você Lucas e minha fala anterior não diz o contrário. Eu
particularmente não tenho nada contra o Mono tampouco contra tecnologias que
possibilitam independência de plataforma.

Pra falar a verdade acho que isso é o mais saudável de ser buscado e um
objetivo de longa data para todos os usuários de computadores. Note que
geralmente aplicações open source estão disponíveis para múltiplas
plataformas e é assim que deve ser.  Se escolho utilizar como o sistema
operacional o Linux, por exemplo, eu devo fazê-lo unicamente por suas
virtudes não porque esta ou aquela aplicação só executa nessa plataforma.

O mais perverso elemento do modelo de negócio da Microsoft é justamente o
aprisionamento à plataforma deles. É isso o que realmente alimenta seu
monopólio. O código fechado é apenas uma característica técnica a serviço
desse modelo.

Mas veja, é importante não perder de vista também que hoje ao implementar
essas "camadas" de compatibilidade você sempre estará trilhando um caminho
pantanoso. Especialmente enquanto estiver lidando com a compatibilidade
entre outros sistemas e os da Microsoft, uma empresa agressiva e
historicamente desleal. E enquanto pairar sobre nossas cabeças a sombra das
patentes de software.

Abraço,

On 11/29/06, Lucas Arruda (llbra) <[EMAIL PROTECTED]> wrote:

Quanto ao Mono, concordo com suas observações (parece que você não
> simpatiza muito com o Icaza :-)). Ainda assim tenho um sentimento estranho
> de que a gigante gostaria de "aprontar" algo mais sutil para ele, além da
> estratégia já em curso do  "cachorro corrento atrás do próprio rabo"!


Acho que a gente nao pode ser muito tendencioso para um lado e nao
perceber a tendencia de mercado.

Ela e a integracao do sistemas, modularizacao, coisas funcionando de modo
mais compativel. A MS para nao ficar de fora apoia projetos desse tipo. E eu
nao acho de todo um mal, pois o Mono e totalmente independente, como o Wine,
uma camada de compatibilidade, e nao um emulador.
Temos que fazer com que o cara que desenvolva em C# possa tambem usar o
Linux, e aproveitar dos beneficios que isso pode nos trazer.

Se a MS resolver fazer algo, o Mono ainda sera nosso, basta quebrar essa
camada de compatibilidade, e quem for pro lado da MS que va, mas com certeza
muitos ficarao no lado do Linux. As coisas pode morrer com o tempo, so nao
podemos  deixar de aproveitar oportunidades. Nao ter o Wine para o Linux
significaria perder muita gente que roda uma coisa ou outra nele, e tambem
significaria nao ter muita coisa do mundo Windows no Linux, o que resultaria
na perda de usuario do Linux.

Criar camadas de compatibilidade é e sempre será melhor para o nosso lado,
onde falta compatibilidade com o "tradicional".




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