2009/2/2 Ricardo Bánffy <rban...@gmail.com> > Desculpe, mas quem está motivado a resolver o problema pode ser capaz > de reconhecer passos intermediários não ideais que podem ser dados > antes que o problema seja resolvido por completo. >
O famoso "workaround", ou "solução provisória". As vezes a "solução provisória" vira uma solução permanente. Da mesma forma que uma invasão de terreno vira uma "vila de moradores" depois de cinco anos, e o dono do terreno não pode mais fazer absolutamente nada para tirar os moradores de lá (o que é bastante justo, já que lee teve 5 anos para agir e não fez nada). Imagina o cara que compra uma plata de vídeo ATI que só funciona plenamente com os drivers proprietários. Como ele não tem trabalho para configurar, ele vai continuar usando os drivers proprietários, vai continuar comprando hardware ATI apesar deles ficarem dizendo que vão liberar os fontes sem nunca liberar. Sem pressão, a ATI vai continuar no seu lugar confortável, com seu software fechado infiltrado numa cultura de software livre. Existem várias situações que se mantidas ano após ano acabarão criando uma situação permanente, onde a mudança não acontece porque todo mundo já está confortável. Como você pode ver, existe realmente um perigo nessa convivência, e é algo perigoso de se apoiar. É algo que devemos ver com pesar, e não aceitar alegremente. Em algum momento o dono do terreno tem que chegar derrubando as casas que foram feitas enquanto ele não estava lá. Quando isso acontecer, muita gente vai achar o dono do terreno a pior pessoa do mundo. Qual seria a hora certa de alertar contra o uso de drivers proprietários, etc, etc? Quando a maioria dos usuários de SL tiverem acostumados com hardware fechado, a programas fechados, codecs fechados, etc, etc; e quando toda distro tiver que colaborar com os fornecedores não colaborativos se quiser ser popular? Até quando essa situação irá se estender? Não está claro a importancia do surgimento de uma distro (e sua divulgação, o incentivo ao seu uso, etc, etc) que se comprometa a ser 100% livre , não aceitando convivencia com qualquer software que negue qualquer uma das 4 liberdades sob hipótese nenhuma, doa a quem doer? Como eu disse em uma analogia anterior, se temos uma população faminta > em algum lugar, não faz sentido adiar o envio de alimentos até que > possamos levar três refeições deliciosas e nutricionalmente > balanceadas por dia. > > O meu caminho do Windows pro Linux passou pelo Solaris e pelo IRIX. > Foi neles que eu entendi as vantagens de sistemas baseados em padrões > abertos que, finalmente, me fez entender as vantagens não só do padrão > ser aberto, mas de sua implementação também (eu já tinha entendido, > antes disso, que SL era um fenômeno prestes a atingir uma "massa > crítica" de desenvolvedores e de código, mas a ficha não tinha caído > pro resto) As pessoas não vão mudar a menos que nós possamos entregar > algo de valor pra elas. De qualquer forma o perigo dessa relação com o SP existe, aceita quem quer. -- Glauber Machado Rodrigues PSL-MA jabber: glau...@jabber-br.org música livre é bem melhor: http://www.jamendo.com
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