Re: [Logica-l] Vídeos das mesas-redondas dos Seminários de Orientação extra-Lógica disponíveis

2024-04-23 Por tôpico Daniel Durante
Parabéns, João, Evelyn e Mahan pelo evento. Esses vídeos são instrumentos muito 
úteis a todo orientador  Obrigado.

Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 22 Apr 2024, at 09:09, João Mendes  wrote:
> 
> Os vídeos das duas mesas-redondas do SOL (Seminários de Orientação 
> extra-Lógica), ocorrido no mês passado, estão disponíveis no canal da SBL no 
> youtube.
> 
> O link da playlist com ambos os vídeos é: 
> https://www.youtube.com/playlist?list=PLFURnt5EmcO0MEQmvov459i76EKsIqeG6
> 
> Link direto para a mesa-redonda "Problemas: quais a lógica dá conta de 
> resolver e como encontrá-los?": https://youtu.be/h4IC4wvHxDQ
> 
> Link direto para a mesa-redonda "Problemas de demarcação: Eu faço Lógica?": 
> https://youtu.be/q4v0J7AMJKk
> 
> João Mendes
> 
> -- 
> LOGICA-L
> Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de Lógica 
> 
> --- 
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br 
> .
> Para acessar essa discussão na Web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAECUrDQU%2BoitNcWGefr_60twLvw4ezdpwfezrr%2BfKOxz1zRpeA%40mail.gmail.com
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Re: [Logica-l] Mesa de Filosofia da lógica: Consequência lógica

2023-10-09 Por tôpico Daniel Durante
Fala Samuel, Walter e Henrique,

> O estudante é criativo ,mas está enganado: una das leis da Igualdade diz que 
> "qualquer coisa é igual a si própria",  mas não diz que existe algo.

É Walter, mas se esta lei da igualdade está na lógica clássica, então tem uma 
prova de duas linhas do argumento

Vx(x=x)  |–  Ex(x=x)

Aliás, na lógica clássica em geral vale:

(1) |-VxPx => |-ExPx

Ou seja, na lógica clássica, se uma dada propriedade 'P' vale para qualquer um, 
então existe alguém que a instancia.

Aí, então, eu acho que o estudante está certo em dispensar o axioma, desde que 
aceite a lógica clássica.

Mas o que eu acho mais interessante ainda que isso é pensar no contrário. Será 
que tem algum teorema existencial que não é universal na lógica clássica? Será 
que vale:

(2) |-ExPx => |-VxPx

Na lógica clássica, “infelizmente”, (2)  não vale. Existem teoremas clássicos 
existenciais cujas contrapartes universais não são teoremas clássicos. E  digo 
infelizmente  porque eu acho isso é MUITO estranho.

Não deveria ser papel da  lógica postular a existência de coisas específicas. 
Esse, me parece, é um papel das teorias, não das lógicas. A teoria de conjuntos 
(ou qualquer outra  teoria), me parece, pode postular a existência de alguma 
coisa que seja diferente de todas as outras. (Existe o conjunto vazio, existem 
unicórnios,...). Mas se alguma lógica faz isso, me parece que ela está 
extrapolando seu papel. A lógica deveria cuidar do que é comum a todos, do que 
é universal.

É como se a lógica clássica fosse meio elitista, preconceituosa, como se ela 
discriminasse os indivíduos.

A lógica intuicionista, por exemplo, não é assim elitista. Nela vale (2). Todo 
teorema existencial é também universal. Não existe discriminação intuicionista 
entre os indivíduos, só discriminação clássica.

Então, todos os exemplos de teoremas existenciais ExP(x) tais que a contraparte 
universal VxP(x) não é teorema, são aqueles casos estranhos (e duvidosos ?) de 
teoremas clássicos que não são teoremas intuicionistas.

Aqui  um exemplo que o João Marcos me mostrou certa vez:

(3) Ex(P(x) -> VyP(y))

(4) Vx(P(x) -> VyP(y))

(3) é teorema clássico, mas (4) não é.

Só que (3) não é teorema intuicionista. Então (3) não é nada mais que um modo 
estranho de afirmar o princípio do terceiro excluído.

Enfim, voltando para a questão do Samuel, qualquer interpretação clássica tem o 
domínio não vazio. Isso significa que não há teorias clássicas cujo universo  
do discurso seja vazio. Todas as teorias clássicas são habitadas.

Isso significa que nenhuma teoria PURA precisa estipular a existência da 
categoria de coisas sobre a qual  teoriza. Esta existência é dada pela lógica.

Então, se  ZFC é uma teoria de primeira ordem clássica que só fala de 
conjuntos, não fala de outras coisas, se nem tem um predicado “É_Conjunto” 
porque só pode ter conjunto no domínio, então ela não precisa mesmo de um 
axioma para postular a existência de conjuntos. Sua existência é garantida pela 
lógica clássica.

Agora se a teoria for impura, se admitir outras coisas, então pode não haver 
conjuntos e ela precisa postular de alguma maneira a existência de conjuntos.

Mas veja. Não há nenhum drama aqui. Em qualquer dos casos a existência de 
conjuntos é uma postulação nossa. Seja explicitamente em um axioma da teoria, 
seja implicitamente restringindo a abrangência dos domínios aceitáveis.

Saudações,
Daniel.

-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com 



> O axioma de Kunen assevera a existência.
> 
> Abs,
> 
> W.
> 
> 
> Em seg., 9 de out. de 2023 13:57, 'samuel' via LOGICA-L 
> mailto:logica-l@dimap.ufrn.br>> escreveu:
>> Oi gente,
>> 
>> Aproveitando pra comentar da dúvida que eu apresentei na apresentação da 
>> Lidia Batinga (que pro framework dela
>> deu pra ver que a resposta era "sim").
>> 
>> Aí, todo mundo pode dar aqui um pitaco que eu estou curioso com isso já faz 
>> uns três anos.
>> 
>> Lá vai:
>> 
>> O primeiro axioma de Teoria dos Conjuntos, em muitos livros, é o Axioma do 
>> Vazio:
>> 
>> "Existe x tal que para todo y, y não pertence a x"
>> 
>> (que depois é provado ser o único nessas condições pelo Axioma da Separação).
>> 
>> Pois bem: no livro do Kunen dos anos 80 (referência clássica em conjuntos), 
>> o primeiro axioma
>> é um "axioma de existência de conjuntos":
>> 
>> "Existe x tal que x = x"
>> 
>> (como qualquer coisa é igual a si mesmo, o axioma essencialmente diz que 
>> existe uma "qualquer coisa" pra ser igual a si mesma).
>> 
>> Dada a existência de um conjunto, dada pelo axioma acima, e o Axioma de 
>> Separação, obtemos o conjunto vazio separando,
>> nesse x que foi dito existir digamos, o subconjunto
>> 
>> y = {z pertencente a x   | z é diferente de z   }
>> 
>> e aí esse y não tem elementos (dado que nenhum z satisfaz o pedido) e por 
>> unicidade (dada por Separação) ele é o vazio, OK.
>> 
>> Em resumo, pelo que vocês vêm acima, na presença do 

[Logica-l] Re: ao

2023-08-08 Por tôpico Daniel Durante
Ah! Faltou dizer que uma boa crônica não só ajuda a gente a entender o 
mundo, como talvez até a melhorá-lo. 

Em terça-feira, 8 de agosto de 2023 às 09:27:07 UTC-3, Daniel Durante 
escreveu:

> Concordo com você, Julio. Os lógicos e o pessoal dos fundamentos não são 
> legisladores e nem juízes da matemática. São apenas cronistas.
>
> Saudações,
> Daniel.
>
> Em terça-feira, 8 de agosto de 2023 às 07:54:10 UTC-3, jmstern escreveu:
>
>> > "Todo matemático, em geral, escolhe uma das seguintes alternativas: 
>> > A matemática está inteiramente internalizada na Teoria dos Conjuntos;
>> > A matemática pode ser inteiramente internalizada na Teoria dos 
>> Conjuntos;
>> > A matemática deve ser inteiramente internalizada na Teoria dos 
>> Conjuntos" 
>>
>> Car(a/o)s: 
>> Permitam-me apresenta uma visao alternativa: 
>>
>> -- A maioria dos matematicos, simplesmente Nao esta interessada nesta 
>> questao. 
>> Esta questao eh pertinente para -- Fundamentos da Matematica -- , 
>> uma Area Especifica muito interessante, para uma minoria que gosta do 
>> assunto,   
>> mas provavelmente desnecessaria para o trabalho da maioria dos 
>> matematicos.  
>>   
>> Reproduzo a seguir um pequeno trecho do artigo: 
>>  
>> Julio Michael Stern (2020). Prof. Carlos Edgard Harle: Boas Lembranças e 
>> Sábias Lições. Revista Matematica Universitária, 2020, 2, 56-61. 
>> <https://www.ime.usp.br/~jmstern/wp-content/uploads/2020/12/Ste20RMU.pdf>
>>  doi: 10.21711/26755254/rmu202025 
>> <https://doi.org/10.21711/26755254/rmu202025>
>>  
>> 
>>
>> 2.3.  [Terceira Licao:] 
>> Em engenharia, a construção de uma casa começa pelo trabalho nos 
>> fundamentos. 
>> Em matemática, os fundamentos são feitos no final, para suportar a casa 
>> que já temos! 
>>
>> Enquanto fazia meu mestrado, tive notícia de uma suposta prova topológica 
>> de inconsistência de ZFC (a teoria de conjuntos de Zermelo–Fraenkel 
>> acrescida pelo Axioma da Escolha), uma ferramenta padrão de fundamentos da 
>> matemática. Lá fui eu, muito preocupado, conversar a respeito com meu 
>> orientador. 
>> O Harle logo me tranquilizou, explicando que, verdadeira ou não, a 
>> notícia pouco impacto teria sobre nosso trabalho em geometria [Lorentziana/ 
>> Riemanniana]. 
>> Para o Harle, o papel da geometria seria o de tratar racional e 
>> sistematicamente uma classe de problemas que se nos apresentam no mundo em 
>> que vivemos; situação semelhante à de outras disciplinas científicas ou 
>> especialidades da matemática. 
>>
>> Na visão do Harle, o papel da área de fundamentos seria o de prover uma 
>> base comum que atendesse às necessidades de um programa avançado e 
>> abrangente de axiomatização de todas estas disciplinas. 
>> Tal programa seria altamente meritório; todavia, eu deveria ter sempre em 
>> mente a terceira lição, como acima enunciada. 
>>
>> Muito mais tarde na vida, encontrei uma perspectiva (em minha visão) 
>> semelhante, na citação seguinte atribuída a Kurt Gödel, vide Mehlberg 
>> (1962, p.86), Lakatos(1978, p.27) e Stern (2011, p.645-647). Mais uma vez, 
>> esta lição, que aprendi com o Harle, sobre o papel que cabe em ciências 
>> exatas a seus fundamentos axiomáticos, veio a influenciar 
>> significativamente meu trabalho futuro. 
>>
>> [...] o papel das assim chamadas ‘fundações’ é comparável à função 
>> exercida, nas teorias físicas, por hipóteses explicativas. [...] A real 
>> função dos axiomas é a de explicar os fenômenos descritos pelos teoremas 
>> deste sistema, e não o de prover uma genuína ‘fundação’ para estes 
>> teoremas. (Kurt Gödel) 
>>
>> --
>>
>> No artigo seguinte, faco uma analise mais detalhada desta (minha?) visao 
>> "empiricista" da matematica:  
>>
>> Julio Michael Stern (2011). Constructive Verification, Empirical 
>> Induction, and Falibilist Deduction: A Threefold Contrast.  *Information*,  
>> 2, 4, 635-650. 
>> <https://www.ime.usp.br/~jmstern/wp-content/uploads/2020/10/Ste11Axi.pdf>  
>> doi:10.3390/info2040635 <http://doi.org/10.3390/info2040635> 
>>
>> Como referencia fundamentais (pun intended) para esta posicao, cito: 
>>
>> Arpad Szabo (1978). The Beginnings of Greek Mathematics; Akademiai 
>> Kiado:  Budapest, Hungary.  
>>
>> Imre Lakatos, J. Worall, E. Zahar, eds. (1976). Proofs and Refutations: 
>> The Logic of Mathematical Discovery;  Cambridge University 

[Logica-l] Re: ao

2023-08-08 Por tôpico Daniel Durante
gma mais conhecido. 
>
> Outros papeis relevantes (na minha opiniao) da Logica seriam os de: 
>
> > Estudar os processos -- Indutivos -- (sim, sim; Indutivos, nao 
> dedutivos!) que levam a abstracao de estruturas matematicas a partir da 
> formalizacao de teorias Fisicas (ou em outras ciencias empiricas), e 
>  
> > Estudar a melhor forma de construir e oganizar Ontologias da (ou de 
> partes da) Matematica e a melhor forma para sua  insercao nas ou 
> interacao com as ontologias de ciencias empiricas.   
>  
> Tudo de bom, 
> ---Julio Stern 
> 
>
> --
> *From:* 'Samuel Gomes da Silva' via LOGICA-L 
> *Sent:* Monday, August 7, 2023 5:45 PM
> *To:* Daniel Durante 
> *Cc:* LOGICA-L ; marciopalmares <
> marciop...@gmail.com>; LOGICA-L ; Petrucio Viana <
> petruci...@id.uff.br>; Marcos Silva ; Grupo de 
> pesquisa CLEA ; valeria.depaiva <
> valeria...@gmail.com>; Cassiano Terra Rodrigues 
> *Subject:* [Logica-l] Re: ao 
>  
> Caros,
>
> A mensagem do Cassiano eu preciso digerir mais, hehe,
>
> Daniel, sua analogia com "geometria é álgebra" é pertinente sim,
>
> E na verdade me lembrou do prefácio de um excelente livro de graduação de 
> Teoria dos Conjuntos, o do Enderton: se não me falha a memória, vai na 
> seguinte linha:
>
> "Todo matemático, em geral, escolhe uma das seguintes alternativas:
>
> A matemática está inteiramente internalizada na Teoria dos Conjuntos;
>
> A matemática pode ser inteiramente internalizada na Teoria dos Conjuntos;
>
> A matemática deve ser inteiramente internalizada na Teoria dos Conjuntos"
>
> Apesar do que alguém poderia pensar, mesmo com o meu "matemática é ZFC", 
> eu tendo a pensar mais pela segunda alternativa, talvez nesse espírito de 
> "ambiente de trabalho".
>
> (E como pintura do cachimbo, claro...)
>
> Abraços
>
> []s Samuel 
>
> PS: Ah sim, isso de "geometria é álgebra"
> tem a haver com a internalização da geometria dentro da álgebra, aí da 
> mesma forma a pessoa pode decidir entre "está", "pode ser", "deve ser"...
>
>
>
>
>
>  
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> - Mensagem original -
> De: Daniel Durante 
> Para: LOGICA-L 
> Cc: marciopalmares , LOGICA-L , 
> samuel , Petrucio Viana , Daniel 
> Durante , Marcos Silva , Grupo de 
> pesquisa CLEA , valeria.depaiva <
> valeria...@gmail.com>, Cassiano Terra Rodrigues 
> Enviadas: Mon, 07 Aug 2023 10:41:05 -0300 (BRT)
> Assunto: Re: ao
>
> Oi Marcio e colegas,
>
> Eu acho, Marcio, que quando Samuel fala que a matemática é ZFC, ele não 
> está querendo dizer isso literalmente, no sentido de que os números são 
> certos conjuntos e que as funções são conjuntos de pares com certas 
> propriedades,... Ele está falando de um jeito menos literal. Os números 
> são 
> qualquer coisa que se comporte como aqueles conjuntos se comportam em ZFC 
> e 
> as funções são qualquer coisa que se comporte como aqueles conjuntos de 
> pares se comportam em ZFC.
>
> Porque veja, junto com dizer que a matemática é ZFC ele diz também que ZFC 
> não tem modelo canônico e que a matemática não são nem as regras do jogo, 
> nem os diversos tabuleiros onde o jogo é jogado - nem os axiomas de ZFC, 
> nem seus muitos modelos.
>
> A matemática não é a formalização de ZFC e também não é cada uma das 
> possíveis estruturas que verificam os axiomas. A matemática seria aquilo 
> que todas as estruturas que verificam os axiomas têm em comum.
>
> Aí, cabe tanto os matemáticos contemporâneos que nem sabem quais são os 
> axiomas de ZFC, mas que os respeitam, porque vivem em (jogam) versões 
> desse 
> jogo, ainda que talvez nem saibam disso. E cabe também, em certo sentido, 
> os matemáticos do passado que também jogavam versões desse jogo sem saber.
>
> Talvez, se a gente procurar na história, a gente encontre os momentos em 
> que as regras do jogo foram se estabelecendo, e o jogo foi sendo 
> consolidado. Nessa visão dá para entender até o protesto de Valéria, por 
> exemplo, que nos lembrou que muitos matemáticos se recusam a utilizar o 
> axioma da escolha e se limitam a jogadas que cabem em ZF, uma versão 
> simplificada do jogo.  
>
> E protestos desse tipo ajudam também a explicar e acomodar as abordagens 
> fundacionais alternativas. Qual seria a principal motivação de quem pensa 
> em fundar a matemática na Teoria das Categorias, ou na Teoria dos Tipos? 
> Eu 
> acho que a principal motivação é ajustar o JOGO para alguma divergência 
> que 
> não se encaixa perfeitamente em ZFC.
>
> Acho que um bom exemplo para entender isso

[Logica-l] Re: ao

2023-08-07 Por tôpico Daniel Durante
Oi Marcio e colegas,

Eu acho, Marcio, que quando Samuel fala que a matemática é ZFC, ele não 
está querendo dizer isso literalmente, no sentido de que os números são 
certos conjuntos e que as funções são conjuntos de pares com certas 
propriedades,... Ele está falando de um jeito menos literal. Os números são 
qualquer coisa que se comporte como aqueles conjuntos se comportam em ZFC e 
as funções são qualquer coisa que se comporte como aqueles conjuntos de 
pares se comportam em ZFC.

Porque veja, junto com dizer que a matemática é ZFC ele diz também que ZFC 
não tem modelo canônico e que a matemática não são nem as regras do jogo, 
nem os diversos tabuleiros onde o jogo é jogado - nem os axiomas de ZFC, 
nem seus muitos modelos.

A matemática não é a formalização de ZFC e também não é cada uma das 
possíveis estruturas que verificam os axiomas. A matemática seria aquilo 
que todas as estruturas que verificam os axiomas têm em comum.

Aí, cabe tanto os matemáticos contemporâneos que nem sabem quais são os 
axiomas de ZFC, mas que os respeitam, porque vivem em (jogam) versões desse 
jogo, ainda que talvez nem saibam disso. E cabe também, em certo sentido, 
os matemáticos do passado que também jogavam versões desse jogo sem saber.

Talvez, se a gente procurar na história, a gente encontre os momentos em 
que as regras do jogo foram se estabelecendo, e o jogo foi sendo 
consolidado. Nessa visão dá para entender até o protesto de Valéria, por 
exemplo, que nos lembrou que muitos matemáticos se recusam a utilizar o 
axioma da escolha e se limitam a jogadas que cabem em ZF, uma versão 
simplificada do jogo.  

E protestos desse tipo ajudam também a explicar e acomodar as abordagens 
fundacionais alternativas. Qual seria a principal motivação de quem pensa 
em fundar a matemática na Teoria das Categorias, ou na Teoria dos Tipos? Eu 
acho que a principal motivação é ajustar o JOGO para alguma divergência que 
não se encaixa perfeitamente em ZFC.

Acho que um bom exemplo para entender isso é a relação da geometria com a 
álgebra. Veja, não sou matemático e se eu tiver falando bobagem, vocês 
simplesmente desconsiderem. Mas vejo a afirmação de que a matemática é ZFC 
de um modo paralelo à afirmação de que a geometria é álgebra.

Em um certo sentido, isso está correto. Que eu saiba, não há nada na 
geometria que não caiba na álgebra, no sentido de que não há nenhum 
resultado geométrico que não tenha contrapartida algébrica. Então, em um 
sentido matemático, de resultados, geometria é álgebra. Mas é claro que 
Euclides, ou os geômetras de régua e compasso não são algebristas e não 
estavam fazendo álgebra. É claro que conseguimos entender certas 
estruturas, relações e conceitos muito melhor e mais claramente na 
geometria que na álgebra, que todos temos intuições geométricas, mas que só 
alguns poucos de nós, matematicamente treinados, têm as intuições 
algébricas equivalentes.

Então, em um outro sentido muito forte, geometria não é álgebra. Mas esse 
outro sentido muito forte, não é o sentido matemático. Em um sentido 
matemático, de resultados matemáticos, geometria é álgebra.

Então, pensando nesses termos, eu concordo com a tese de Samuel de que a 
matemática é ZFC. Mas isso não me impede de concordar se o Eduardo Ochs ou 
alguém da teoria das categorias me disser que a matemática é Teoria das 
Categorias ou outra teoria qualquer, desde que as eventuais divergências 
extensionais entre a teoria nova e ZFC sejam convincentemente justificadas.

Não sei se o Samuel, que é o "pai da criança", enxerga sua própria 
abordagem desse jeito. Mas é assim que eu vejo. E nesses termos, eu 
concordo com ela.

Saudações,
Daniel.

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[Logica-l] Re: Coletivo Lógica Viva: sobre infinitos, números e provas

2023-08-05 Por tôpico Daniel Durante
> "Se mostramos que algo que vale para o 
> futebol suíço, então estamos mostrando que não existe nas regras algo que 
> garanta que sua negação fosse válida em todos os tabuleiros"
> 
> - ou seja, mesmo que indiretamente, olhando para as negações,trabalhar aí no 
> futebol suíço fala sim sobre o jogo como um todo, vejam só!

Perfeito, Samuel! Você me convenceu. O aspecto bom é mesmo muito bom e o ruim, 
ainda que exista, não é tão ruim assim. De novo eu estava olhando a coisa por 
uma janelinha menor do que a sua varanda panorâmica!

Abraços,
Daniel.

-- 
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[Logica-l] Re: Coletivo Lógica Viva: sobre infinitos, números e provas

2023-08-04 Por tôpico Daniel Durante
Salve Samuel,

Obrigado pela paciente resposta, pelas explicações e referências. Você 
sempre me surpreende com suas respostas de matemático. Claro, o JOGO!! Eu 
aqui, com minha mentalidade de contabilista, só pensando em tabuleiros e 
regras e me esquecendo do JOGO. O jogo real, para o qual as regras apenas 
delimitam as possibilidades e os tabuleiros apenas registram as jogadas. A 
matemática não é nem as regras de ZFC nem os diferentes tabuleiros em que 
dá para jogar ZFC, é o jogo que se joga com essas regras nesses tabuleiros.

Acho que o seu exemplo do futebol me ajudou a entender. Há o futebol de 
campo com as regras FIFA (11 jogadores por time, campo de um certo tamanho, 
determinado tempo de jogo...), há o futebol de salão (5 jogadores, quadra 
pequena, bola pequena, tempo de jogo reduzido...), há o futebol suíço (7 
jodadores, outras especificidades...). Na base dessas variações, compatível 
com todas elas, haveria uma concepção essencial do jogo de FUTEBOL (vou 
usar maíuscula para essa concepção essencial) que é compatível com todas as 
versões e variações do jogo.

Esses futebois são incompatíveis uns com os outros em detalhes que a 
concepção essencial (o FUTEBOL) não decide: o número de jogadores o tamanho 
do campo, o tempo de jogo, o tamanho do gol, o peso da bola... O FUTEBOL é 
jogado em qualquer dessas versões, qualquer desses tabuleiros. Na sua 
metáfora, o FUTEBOL é o "jogo", e cada variação (futebol de campo, de 
praia, suíço, de salão,...) é um "tabuleiro" diferente do mesmo jogo. Acho 
que é isso né?!

Quando você diz que a matemática é ZFC e que você não se importa muito com 
o fato de ZFC não decidir algumas coisas, tipo a hipótese do contínuo, você 
está querendo dizer que ZFC não se interessa em estipular a cardinalidade 
do contínuo tanto quanto o FUTEBOL não se interessa em estipular o número 
de jogadores de cada time. Seja com 11 ou com 7 jogadores, ainda é FUTEBOL. 
Seja qual for a cardinalidade do contínuo, ainda é ZFC, ainda é matemática.

Então, os axiomas de ZFC seriam como aquelas regras fundamentais 
compatíveis com todos os futebóis. E por isso, eles não decidem algumas 
minúcias. Eles admitem variações. Já a hipótese do contínuo seria como a 
regra que diz o número de jogadores. Pode ser diferente para versões 
diferentes.

Ok. Isso é bem interessante mesmo. Nunca tinha pensado assim. Mas tem uma 
coisa. Quando a gente tira par ou impar e vai jogar de verdade, a gente 
SEMPRE vai ter que ESCOLHER alguma dessas variantes que decidem as coisas 
que o FUTEBOL não decide. A flexibilidade (o inacabamento) do FUTEBOL cobra 
um preço. Ninguém, nunca, jamais joga SÓ FUTEBOL. A gente sempre joga 
alguma versão do FUTEBOL. Mesmo em uma pelada de rua onde se inventa regras 
na hora.

Se você acha que a matemática é ZFC e aceita que ZFC não decide algumas 
coisas. Então eu acho que você está se comprometendo com o seguinte fato:

(*) Tanto quanto não dá para jogar só FUTEBOL, não dá para fazer só 
matemática (jogar só ZFC). Sempre que a gente usar ZFC, a gente precisa 
também complementar as suas aberturas. 

Por que? Porque se estamos em uma abordagem ortodoxa, que assume a lógica 
clássica, a verdade como correspondência, e trata ZFC como uma teoria de 
primeira ordem, então:

(1) Sendo HC (a hipótese do contínuo) uma sentença de primeira ordem 
fechada, HC é ou verdadeira ou falsa, não há outra opção.

(2) Dizer que HC é verdadeira é dizer que a sentença que exprime HC 
corresponde aos fatos, e dizer que HC é falsa, é dizer que a sentença que a 
exprime não corresponde aos fatos.

(3) Mas quais são esses fatos? Você mesmo disse que ZFC não tem um modelo 
canônico. Cada interpretação que verifica todos os axiomas de ZFC é um 
"tabuleiro", uma versão do jogo ZFC que decide as coisas que ZFC não 
decide. Fecha suas aberturas.

(4) Isso significa que sem ser heterodoxo (sem abandonar a lógica clássica, 
ou a verdade como correspondência) ninguém nunca joga só ZFC. A gente 
sempre ESCOLHE alguma versão de ZFC para jogar. Porque em qualquer contexto 
em que ocorra a sentença que exprime a hipótese do contínuo, esta sentença 
estará vinculada a alguma interpretação específica que faz o que ZFC se 
nega: decide se esta sentença é verdadeira ou falsa.


Eu acho isso bom e ruim:

- É BOM, porque coloca lá dentro da matemática a possibilidade de escolha, 
a liberdade. E quem é que não gosta de escolha e liberdade?

- Mas é RUIM, porque onde há escolha e liberdade, sempre há também limites. 
Cada vez que a gente "joga" matemática e tem que complementar as aberturas 
de ZFC com nossas escolhas, a gente, junto com isso, delimita e restringe 
nossos resultados ao alcance das escolhas que fizemos. E assim a gente 
diminui a generalidade da matemática.

Mais uma vez, obrigado pelo papo. Adoro conversar com você sobre essas 
coisas que entendo muito pouco. Suas respostas quase sempre apontam para 
algum lado que eu nunca tinha olhado.

Saudações,
Daniel.

Em sexta-feira, 4 de agosto de 2023 

[Logica-l] Re: Coletivo Lógica Viva: sobre infinitos, números e provas

2023-08-03 Por tôpico Daniel Durante
 

Grandes Samuel, Marcos Silva e Colegas,


Parabéns pela conversa de bar online, Samuel e Marcos. Ouvir o Samuel é 
sempre um grande prazer, e ouvi-lo respondendo as perguntas perspicazes do 
Marcos Silva é muito melhor. Pena que perdi ao vivo. Adorei o papo. Ouvi 
hoje.


Tá aqui o link para quem quiser assistir. Recomendo:

https://www.youtube.com/live/fHihPJqhsfA?feature=share


Deixa eu fazer uma pergunta, Samuel. Quando você diz, meio provocativo, que 
a matemática é ZFC ( ou a TC) o que você quer dizer com isso?


Você quer dizer que a matemática é UM dos tabuleiros (ou modelos) onde as 
regras de ZFC se aplicam?


Ou você quer dizer que a matemática é a própria ZFC (as regras)?


Acho que é o primeiro caso. Afinal, você é um matemático, não um lógico, ou 
um computeiro, ou um filósofo que não entende nada de matemática (como eu).


Mas você, num dado  momento, disse que o pessoal da Teoria de Conjuntos —  
incluindo você mesmo — costuma se ver como semantista e, questionado pelo 
Marcos, você disse algo que eu entendi como afirmando que ser um semantista 
significa privilegiar as estruturas nas quais as regras se aplicam, e não 
as próprias regras.


Mas aí eu fico confuso, Samuel. Porque se a matemática é ZFC e se você é um 
semantista, então a matemática é o tabuleiro onde ZFC pode ser jogada, e 
não as regras do jogo ZFC.


Mas se ZFC não decide sentenças fechadas de sua linguagem, tal como a 
hipótese do contínuo, então as regras de ZFC não determinam univocamente o 
tabuleiro onde ela pode ser jogada. E então, há muitas matemáticas. Cada 
tabuleiro diferente em que ZFC pode ser jogada é uma matemática diferente.


E sabemos que alguns desses tabuleiros são ESSENCIALMENTE diferentes, ou 
seja, que não são isomórficos, porque sabemos que alguns deles são 
compatíveis com a hipótese do contínuo enquanto outros são incompatíveis 
com a hipótese do contínuo (compatíveis com sua negação).


Mas se você é um semantista, com tendência realista, isso me parece uma 
posição bem estranha. Você seria um pluralista matemático. 


Me parece que você se compromete com a seguinte concepção: “não é que 
existe uma realidade matemática objetiva e independente da mente. Na 
verdade existem pelo menos duas. “


Talvez existam muitas. Você diz que gosta de resultados de independência. 
Então talvez saiba se existe alguma sentença fechada S da linguagem de ZFC 
que é independente tanto de  (ZFC + HC) quanto de (ZFC + ¬HC)? Se houver, 
então já teríamos pelo menos 4 matemáticas — 4 tabuleiros não isomórficos 
para ZFC. Talvez haja infinitas matemáticas?


Mas, para além de 1, a quantidade não importa. Este caso me parece 
contradizer o famoso ditado. Dois não é bom. Dois já é demais.


Eu, que entendo quase nada de TC, prefiro interpretar os resultados de 
independência como provas de "inacabamento" da teoria -- inacabamento para  
não falar incompletude, já que você mesmo disse que não há uma 
interpretação canônica para ZFC.


Os caras não terminaram a teoria. Faltam axiomas. Eu concordo com “seu 
amigo de Brasília” que é um absurdo ZFC não decidir a hipótese do contínuo.


Isso só pode ser preguiça ou covardia dos matemáticos  

Façam aí uma convenção internacional e decidam. Você disse, ou pelo menos 
foi assim que eu entendi o que você disse, que nos tabuleiros mais quentes 
do momento, aqueles que parecem mais promissores, com mais aplicações e 
conexões, a hipótese do contínuo é falsa. Pois então, decidam aí entre os 
notáveis, ou em uma votação democrática (não, matematicocrática) que só são 
aceitáveis tabuleiros isomórficos incompatíveis com a hipótese do contínuo. 
Declarem os demais ilegais e aceitem a inscrição da negação da hipótese do 
contínuo no clube dos  axiomas.


É tipo o que fizeram com Plutão. O pobre foi expulso do clube dos planetas 
e, que eu saiba, nada aconteceu em Plutão para justificar a expulsão. O que 
os astrônomos fizeram foi complementar com  novas cláusulas as regras de 
admissão no clube dos planetas mesmo. Dizem que depois Plutão foi 
readmitido com ressalvas… não sei, parei de acompanhar.


Por que os matemáticos não fazem isso? Por que eles não admitem que ZFC 
está inacabada e declaram a Hipótese do Contínuo ou sua negação como 
axioma? Acho que é porque quase todos eles são, assim como você, 
semantistas. Um axioma é apenas uma descrição linguística desengonçada, 
feia, formal de um aspecto  da realidade matemática abstrata objetiva, 
bela, harmônica e perfeita.


Primeiro viria o tabuleiro, a realidade matemática, depois as regras, as 
teorias matemáticas. Só dá para acabar (ou incrementar) ZFC depois de saber 
com qual das duas sentenças, HC ou ¬HC o tabuleiro é compatível. Mas, como 
tem mais de um tabuleiro, alguns compatíveis com HC outros com ¬HC, e 
nenhum deles é considerado canônico, os matemáticos ficam paralisados e não 
decidem a questão.


Eu entendo e admiro esta postura dos matemáticos. Eles são como músicos que 
tiram as harmonias de ouvido, que têm 

Re: [Logica-l] Tradução

2023-06-12 Por tôpico Daniel Durante
Já eu traduziria a pergunta do garçom por: “Chope para os três?”

E confesso, também, que demorei um pouquinho pra entender; mais, pelo menos, do 
que meu orgulho gostaria! 

Saudações,
Daniel. 
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 10 Jun 2023, at 14:23, Abilio Rodrigues Filho  
> wrote:
> 
> Oi Cassiano, oi pessoal.
> O q acham da pergunta ser:
> Desce um chopp pra cada um?
> Abraços
> A.  
> 
> 
> Em sáb, 10 de jun de 2023 12:52, Cassiano Terra Rodrigues 
> mailto:cassiano.te...@gmail.com>> escreveu:
>> Oi Edu, obrigado! 
>> 
>> Ficou ótima essa tradução! 
>> Era por aí q eu estava pensando. Fiquei pensando tb se a resposta do 3⁰ 
>> lógico não poderia ser algo como  "Claro que sim!"
>>  
>> Quanto à pontuação,  acho q poderia ter travessão. 
>> 
>> <>
>> Etc. 
>> 
>> Mas não sou gramático, pode ser q eu esteja errado. 
>> 
>> 
>> 
>> Em sáb., 10 de jun. de 2023 08:56, Eduardo Ochs > > escreveu:
>>> Oi Cassiano,
>>> 
>>> você está procurando uma tradução que fique tão fluente quanto o
>>> original? Se for, o que você acha disso aqui?
>>> 
>>>   Três lógicos entram num bar. O garçom pergunta: três chopes? O
>>>   primeiro lógico responde: "não sei". O segundo também responde: "não
>>>   sei". O terceiro lógico diz: "sim".
>>> 
>>> Eu tive umas dúvidas com relação à pontuação e aí acabei deixando o
>>> "três chopes?" sem aspas. Pessoas que têm prática de escrever
>>> diálogos, por favor mandem sugestões!...
>>> 
>>>   [[]],
>>> Eduardo Ochs
>>> http://anggtwu.net/
>>> 
>>> 
>>> On Fri, 9 Jun 2023 at 23:34, Cassiano Terra Rodrigues 
>>> mailto:cassiano.te...@gmail.com>> wrote:
 Camaradas, boas noites. 
 
 Como traduzir o seguinte sem perder a graça? 
 
 Three logicians walk into a bar. The bartender asks: 'Does everyone want a 
 drink?' The first logician says: 'I don't know.' The second logician says: 
 'I don't know.' The third logician says: 'Yes.'
 
 Abraços,
 cass.
 
 
 Cassiano Terra Rodrigues 
 Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA
 Rua Tenente Brigadeiro do ar Paulo Victor da Silva, F0-206 
 Campus do DCTA
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Re: [Logica-l] Concurso Público (FIL-UnB) - Área: Lógica

2022-12-15 Por tôpico Daniel Durante
Oi Marcos,

Exigir diploma de filosofia para trabalhar com filosofia é uma medida de 
> exclusão?
> Eu não sei. Eu acho que não.
>
 
Alguém com doutorado em Filosofia ser excluído de poder participar em um 
concurso para professor universitário em um departamento de Filosofia é, 
sim, política de exclusão.

De toda forma, acho que uma outra pergunta deveria ser feita também:
> Quem ganha com a exclusão da necessidade de um diploma de filosofia para 
> trabalhar em um departamento de filosofia? E quem perde?
> A resposta pode indicar relações de poder e algumas injustiças 
> importantes. Afinal, estamos tratando de recursos publicos de algumas 
> décadas tb. 
>

Quem ganha com a exclusão dessa exclusão? Ganham todos os doutores em 
filosofia que têm graduação em outras áreas. E eles não são poucos. 
Trabalho há muitos anos com isso. Ganha o departamento que está oferecendo 
a vaga, porque terá um universo de possíveis candidatos qualificados maior.

Quem perde com a exclusão dessa exclusão? Perguntando de outra forma, quem 
ganha com a manutenção dessa exclusão? Ou para usar os seus termos, quais 
as “relações de poder” que ela ajuda a revelar e combater? Quais as 
"injustiças importantes” que ela ajuda mitigar?

Eu até consigo imaginar uma enorme lista de metas louváveis e desejáveis 
que estejam a motivar a adoção dessa exigência de graduação na área. Mas eu 
tenho convicção de que para a obtenção de cada uma dessas metas, a 
exigência de graduação na área é um instrumento muito ruim.

Mas convicção não é fé. Um bom exemplo pode me fazer mudar de ideia! 

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

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Re: [Logica-l] Concurso Público (FIL-UnB) - Área: Lógica

2022-12-15 Por tôpico Daniel Durante
mente sobre o Ensino, faco a respeito 
>> alguns comentarios adicionais. 
>> Creio que o professor que ministra uma disciplina de graduacao ou pos em 
>> uma universidade deva ser capaz orientar seus alunos na area. 
>> De preferencia, ser capaz de orientar uma tese no assunto ou, ao menos de 
>> fornecer boas ideias sobre futuros assuntos de pesquisa, sobre possiveis 
>> orientadores de tese, etc. 
>> Ou seja, ter feito ele mesmo uma disciplina de graduacao no assunto, no 
>> Jardim de Infancia, no Colegio Tecnico, ou na Graduacao em Filosofia, pouco 
>> ou nada contribui para capacita-lo a ensinar Filosofia em uma universidade. 
>>   
>> Esclareco ainda que estes comentarios nada tem de especial em relacao a 
>> area de Filosofia. 
>> Sou Professor Titular do IME-USP , o Instituto de Matematica e 
>> Estatistica da USP. 
>> Tenho Graduacao em Fisica, um Mestrado em Fisica Matematica, outro 
>> Mestrado em Engenharia Industrial, um Ph.D. em Pesquisa Operacional, e uma 
>> Livre Docencia em Computacao.  ...   
>> Voce acha que  Pode?   Poderia?   Deveria ser possivel uma carreira 
>> assim? 
>> Na minha carreira, isto nunca foi impedimento. 
>>
>> As instituicoes onde trabalhei queriam saber da minha capacidade de: 
>> (P) Produzir Pesquisa de boa qualidade em Algumas de suas areas de 
>> interesse (ressalto que Algumas, Nao Todas, pois isto seria impossivel 
>> para a maioria dos mortais);  
>> (E) Ensinar com propriedade -- enquanto pesquisador nestas areas -- 
>> disciplinas de interesse na instituicao; 
>> (X) Fazer ou participar  -- enquanto pesquisador nestas areas -- de 
>> Assessorias, 
>> Consultorias, ou outras formas relevantes de Extensao. 
>> Sem falsa modestia, acho que nao as decepcionei, mesmo sem ter diploma 
>> ``bem casado''  (que eh o nome de um docinho muito acucarado e 
>> enjoativo).   
>> 
>> Tudo de bom,  ---Julio 
>>
>> --
>> *From:* Cassiano Terra Rodrigues 
>> *Sent:* Wednesday, December 14, 2022 10:38 PM
>> *To:* Aldo Figallo-Orellano 
>> *Cc:* Julio Stern ; Daniel Durante ; 
>> Lista Lógica ; Joao Marcos ; 
>> joaov...@gmail.com ; João Daniel Dantas <
>> dantas.j...@gmail.com>
>> *Subject:* Re: [Logica-l] Concurso Público (FIL-UnB) - Área: Lógica 
>>  
>> Julio, nessa produção, vc inclui tb docência para o jardim da infância e 
>> adolescência ou isso é desprezível?   
>> Se for desprezível, discordo veementemente. Acho q deveria contar e muito 
>> nos concursos, ao contrário do habitual.
>> Abraços, 
>> cass.
>>
>> Em qua., 14 de dez. de 2022 18:37, Aldo Figallo-Orellano <
>> aldof...@gmail.com> escreveu:
>>
>> Concordo plenamente com o professor Stern.
>>
>>
>>
>> Em qua., 14 de dez. de 2022 18:31, Julio Stern  
>> escreveu:
>>
>> Caros: 
>> Para mim,  Jardim de infancia, Primario, Ginasio, Colegio e Graduacao,  
>> pertencem a etapas da (pre-) adolescencia, e nao ha a menor justificativa 
>> em exigir que, para qq funcao academica, um candidato tenha 
>> colegio tecnico ou graduacao disto ou daquilo ---  eh ridiculo. 
>> Quanto a pos-graduacao, pode-se obter excelente formacao em 
>> Filosofia, e deptos de Filosofia, Matematica, Fisica, Computacao, 
>> Antropologia, Historia, etc., etc., etc. 
>> Esta balela de exigir diplominha disto ou daquilo tem que acabar. 
>> O que interessa eh producao academica,  ponto. 
>> Tudo de bom, ---Julio Stern 
>>   
>> --
>> *From:* logi...@dimap.ufrn.br  on behalf of 
>> Daniel Durante 
>> *Sent:* Wednesday, December 14, 2022 7:42 PM
>> *To:* Cassiano Terra Rodrigues 
>> *Cc:* Lista Lógica ; Joao Marcos <
>> boto...@gmail.com>; joaov...@gmail.com ; João Daniel 
>> Dantas 
>> *Subject:* Re: [Logica-l] Concurso Público (FIL-UnB) - Área: Lógica 
>>  
>> Oi Cassiano, João Daniel e Colegas,
>>
>> Concordo com tudo o que você disse, Cassiano, só que eu acho que alguém 
>> que tem doutorado em filosofia, escolheu dedicar-se à filosofia, e 
>> demonstrou alguma competência, já que obteve o título. Qual a razão, então, 
>> de privar essa pessoa da possibilidade de dedicar-se à área que escolheu?
>>
>> Veja, não podendo fazer inscrição, a pessoa nem consegue a oportunidade 
>> de demonstrar sua capacidade. 
>>
>> Será que é medo de que quem não fez graduação em filosofia não consiga 
>> dar aula de graduação em filosofia? Bem, se o medo é esse, a exigência 
>> deveria ser licenciatura em qualqu

Re: [Logica-l] Concurso Público (FIL-UnB) - Área: Lógica

2022-12-14 Por tôpico Daniel Durante
Oi Cassiano, João Daniel e Colegas,

Concordo com tudo o que você disse, Cassiano, só que eu acho que alguém que tem 
doutorado em filosofia, escolheu dedicar-se à filosofia, e demonstrou alguma 
competência, já que obteve o título. Qual a razão, então, de privar essa pessoa 
da possibilidade de dedicar-se à área que escolheu?

Veja, não podendo fazer inscrição, a pessoa nem consegue a oportunidade de 
demonstrar sua capacidade. 

Será que é medo de que quem não fez graduação em filosofia não consiga dar aula 
de graduação em filosofia? Bem, se o medo é esse, a exigência deveria ser 
licenciatura em qualquer área, e não graduação em filosofia. O curso de 
bacharelado em filosofia, por exemplo, não cobra essa habilidade de seus alunos.

Isso sem falar que uma das etapas de todos os concursos é dar uma aula em nível 
de graduação. Quem não sabe, não passa.

Já se o medo é, conforme sugeriu João Daniel, que o candidato com outra 
graduação não saiba suficientemente filosofia, já que os pontos do concurso são 
muito especializados em lógica matemática, e o professor vai trabalhar em um 
departamento de filosofia, então, se o medo é esse, que se mude o programa do 
concurso e inclua pontos “filosóficos". 

Aquilo que se espera de um candidato deveria estar expresso nos pontos do 
concurso e não em uma exigência específica de graduação. Não consigo ver 
nenhuma preocupação legítima que possa ser motivação para essa exigência de 
graduação na área que não seja melhor atendida mediante uma elaboração 
criteriosa do programa do concurso.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 14 Dec 2022, at 14:05, Cassiano Terra Rodrigues  
> wrote:
> 
> Camaradas, bons dias. 
> Como se trata de dar opinião,  vou dar a minha, já q sou graduado e pós 
> graduado em filosofia, pela UNICAMP, e tive uma formação pífia em lógica, 
> pois na minha graduação havia 1 único semestre reservado para a disciplina e 
> muito desprezado tanto pelo corpo docente quanto pelo discente. Estou falando 
> da década de 1990, qdo a graduação em filosofia na UNICAMP era recém nascida. 
> Hoje, creio eu, a situação é outra, tanto por parte da carga horária quanto 
> por parte do interesse, e até onde sei muita coisa mudou, não apenas na 
> UNICAMP. da qual podem falar com propriedade quem está lá. 
> No entanto, para fazer o advogado do diabo e tentar apresentar um contexto 
> mais amplo, não posso deixar de lembrar q "reservas de mercado" não surgem do 
> nada e não sobrevivem pairando no céu. Relativamente ao concurso da UnB, o 
> edital diz "graduação em filosofia", o que me parece incluir licenciatura e 
> bacharelado, não? Posso estar enganado, não li o edital todo, mas se for 
> realmente isso, a pessoa pode ter bacharelado em matemática, engenharia ou 
> direito e licenciatura em filosofia (ou vice-versa) e estaria apta a prestar 
> o concurso. Se for isso mesmo, não vejo tanto problema na exigência; é 
> restritivo, mas nem tanto. Digo isso pq acho q cabe aqui lembrar q a carreira 
> docente nas universidades brasileiras inclui a docência, apesar de muita 
> gente não gostar disso. E a realidade no Brasil é q há mais cursos de 
> filosofia com professores q são formados em teologia ou direito do q em 
> filosofia (a CAPES, até bem pouco tempo,  reunia as áreas de Teologia e 
> Filosofia, e a separação não mudou a realidade). Isso incapacita os 
> professores a priori? Não creio q seja o caso. Mas é um fato a se pensar q 
> nem Aristóteles, nem Galileo enfrentaram o contexto da profissionalização q 
> hoje é imprescindível. Diploma não é garantia de conhecimento, mas se 
> prescindirmos dos diplomas, então q seja abolida também a estrutura 
> disciplinar, departamental e burocrática q sustenta a universidade como 
> instituição de produção capitalista de conhecimento (lembremos q a 
> "modernização" departamental foi uma imposição do regime militar, severamente 
> criticada à época; hj, é praticamente um dado da natureza, tamanha a falta de 
> questionamento). Não me parece q temos o q por no lugar em nenhum país do 
> mundo e isso nada tem q ver com recusar a interdisciplinaridade; inclusive, 
> eu diria q no atual estágio de capitalização das universidades no mundo, a 
> interdisciplinaridade é um fator desejado para a reprodução do capital. Eu 
> mesmo faço um elogio da interdisciplinaridade e sou a favor de concursos 
> abertos à diferentes áreas, mas é preciso defender a especificidade da 
> formação ao mesmo tempo, não apenas para a pesquisa, mas sobretudo para a 
> docência, pois a interdisciplinaridade no conhecimento vem do aprofundamento 
> específico - é por aprofundar o conhecimento na sua área q alguém busca o de 
> outras, deixem-me dizer assim - é o próprio desenvolvimento das questões q 
> leva à necessidade de recorrer a outros saberes, pois conhecer, pesquisar, 
> filosofar ou fazer ciência são atividades essencialmente comunicativas. No 
> contexto de fragmentação das 

Re: [Logica-l] Concurso Público (FIL-UnB) - Área: Lógica

2022-12-14 Por tôpico Daniel Durante
Oi João,

É mesmo injustificável tal exigência. Sempre brigo, quando temos concursos, 
para termos o mínimo de exigência de formação possível. Temos conseguido evitar 
exigir graduação em filosofia aqui no nosso departamento, mas há sempre muitos 
votos contrários. Deve ter sido o caso nesse concurso. Imagino que os 
professores da área devem ter sido votos vencidos.

A única justificativa que ouço é: “temos que valorizar os nossos cursos de 
graduação, a formação filosófica que damos aos nossos alunos”.

Bem, esta é uma justificativa muito ruim. Na verdade, não há como justificar 
este exigência, porque ela é imoral. Ela viola princípios deontológicos, como o 
imperativo categórico, viola o utilitarismo ou qualquer abordagem 
consequencialista minimamente racional. Enfim, é uma posição imoral, a qual 
constantemente vejo professores de ética defender.

A ÚNICA maneira que nós professores temos para valorizar nosso curso de 
graduação é DARMOS VALOR A ELE, nos importarmos com ele, prepararmos nossas 
aulas, respeitarmos nossos alunos e alunas, tratar nossas aulas de graduação 
como tratamos nossas conferências internacionais e nossas disciplinas como 
tratamos nossas pesquisas.

Talvez, e aqui eu só especulo, uma outra justificativa, que nunca ouvi, mas que 
imagino pode estar na cabeça de algumas pessoas que defendem tal exigência, é a 
de usá-la para fazer (com as próprias mãos) uma espécie de política de ação 
afirmativa que tentaria remediar diferenças estruturais mais profundas.

Mas, em primeiro lugar, não é claro que graduados em filosofia sejam mais 
vulneráveis em qualquer sentido do que graduados em outras áreas. E em segundo 
lugar, os concursos, pelo menos na UFRN, já são obrigados a adequar-se a normas 
federais de ação afirmativa que, teoricamente, deveriam estar inseridas em uma 
política mais ampla. Sem falar que impedir um suposto candidato ou candidata 
mais bem preparado de tornar-se professor do seu departamento é jogar contra as 
próprias políticas de ação afirmativa. Nós temos muitos estudantes nessa 
situação que certamente serão melhor atendidos quanto melhor forem seus 
professores.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 13 Dec 2022, at 19:57, João Ferrari  wrote:
> 
> Olá a todos e todas,
> 
> gostaria de saber a opinião de vocês sobre o requisito GRADUAÇÃO em Filosofia 
> para concursos na área.
> Graduei em outra área, mas fiz formação complementar em Filosofia, mestrado 
> em Filosofia, e agora faço doutorado em Filosofia. Será que a carga horária 
> cumprida e o conteúdo com que tive contato (e que terei tido, com um eventual 
> posdoc) já não seria suficiente para um concurso? Em concursos para outras 
> áreas não vejo tanto esse requisito de graduação na área. O que vocês acham: 
> é algo que deve continuar, ou eventualmente mudar?
> 
> At. te,
> João Ferrari.
> 
> Em seg., 12 de dez. de 2022 às 11:40, Joao Marcos  > escreveu:
> Departamento de Filosofia
>  Classe: A - Denominação: Adjunto "A" - Nível: 1.
>  Área de Conhecimento: Lógica
> 
> 
> Requisito Básico: Graduação em Filosofia e Doutorado em Filosofia.
> 
> 
> 
> QUADRO DOS OBJETOS DE AVALIAÇÃO
> Itens dos Objetos de Avaliação
> 01 Métodos de prova e completude
> 02 Ordinais e cardinais
> 03 Incompletude e indecidibilidade
> 04 Definibilidade e interpolação
> 05 Axiomas de ZFC e hierarquia de von Neumann
> 06 Teoremas da compacidade e de Löwenheim-Skolem
> 07 Lógica abstrata: relações de consequência
> 08 Quantificação e formas prenexas
> 09 Categorias e construções universais
> 10 Lógica de segunda ordem e poder expressivo
> 
> 
> Mais informações:
> http://concursos.unb.br/index.php/efetivo-2022/1888-edital-de-abertura-n-345-2022
>  
> 
> 
> 
> Edital de Abertura n. 345/2022
> 
> -- 
> LOGICA-L
> Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de Lógica 
> mailto:logica-l@dimap.ufrn.br>>
> --- 
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> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br 
> .
> Para ver essa discussão na Web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_Li__sixaPMBCM%3D8NYKieE0naAf_asUO1sknzse4jgNr-w%40mail.gmail.com
>  
> .
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> LOGICA-L
> Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de Lógica 
> 
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> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br 
> 

Re: [Logica-l] Meio off-topic: Construção do Reino de Deus na UFRN

2022-12-02 Por tôpico Daniel Durante
Salve Cassiano,

Vou usar este seu email como texto de minhas aulas 

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 29 Nov 2022, at 10:03, Cassiano Terra Rodrigues  
> wrote:
> 
> Camaradas, após mais ou menos 1 ano e reaberto este tópico, acho q deixei 
> algumas perguntas q me foram dirigidas sem resposta e aproveito o ensejo para 
> retomar algumas ideias, nada off-topic, como afirmou o Júlio. Peço desculpas 
> pela assistematicidade, mas escrevo sem grandes pretensões de delimitação ou 
> demarcação.
> Em geral, concordo com o Eduardo e, respondendo ao Daniel e ao Doria, 
> sustento o q disse anteriormente sobre a oposição ciência x pseudociência. 
> Para retomar um pouco, é preciso lembrar q Popper inicialmente não usava o 
> termo, mas propunha seu critério de demarcação relativamente à distinção 
> entre ciência e metafísica. Ele passou a usar o termo pseudociência 
> posteriormente; e eu não sei quem inventou e acho q ninguém sabe ao certo. 
> Por ex., ao menos a Enciclopédia da Stanford remonta ao século 17!. Se for 
> isso mesmo, a questão da demarcação é um sintoma, assim como a questão da 
> definição de o q é filosofia: no momento em q o conhecimento, na Europa, se 
> fragmenta em áreas especializadas, surge a questão de definir o que cada um 
> faz. Se Galileo era ao mesmo tempo um filósofo natural e um "scientifico", 
> mas ainda não era um físico, Einstein já é um físico, um cientista 
> profissional e também um filósofo. 
> O que eu quero dizer com esses exemplos? Bem, eu penso q o mais importante é 
> opor a ciência ao que não é ciência, e não à falsa ciência, ou à ciência 
> mentirosa (quem ousar explicar "pseudo", por favor, não sei como fazê-lo, 
> acho q penso muito etimologicamente para isso). A estratégia de definir 
> ciência pelo recurso às condições sine qua non etc. mostra-se muito limitante 
> quando se trata no fundo de uma atitude: a genuína atitude científica nada 
> tem q ver com condições suficientes ou necessárias, mas com uma genuína 
> disposição para aprender. Por isso a construção coletiva do conhecimento é 
> tão importante, pq desbanca inclusive as próprias proposições científicas. 
> Não se trata de abandonar critérios de demarcação, ou ceder a relativismos, 
> mas de reconhecer q não basta ser pesquisador, usar bem os métodos racionais 
> ou racionalistas, para ter atitude científica (pensando aqui no velho Peirce: 
> https://www.textlog.de/4232.html). Atualmente, há pessoas com altíssima 
> educação científica ocupando altos cargos governamentais e defendendo 
> posições bem duvidosas. Pode-se dizer muitas coisas do recém eleito senador e 
> ex-ministro-astronauta, mas não q ele não sabe o q é ciência - acho q é 
> justamente por saber q decidiu fazer parte do atual governo. Boa parte do 
> alto escalão nazista também tinha grandes cientistas e muitos, inclusive, 
> trabalharam por décadas na OTAN após a guerra. O nazismo tinha uma grande 
> campanha negacionista, Hess era antroposófico, mas não nos esqueçamos q foi o 
> uso - repito, o uso - da ciência q levou a indústria de guerra nazista a 
> quase ganhar a guerra. Então, a questão é para que se usa o conhecimento, não 
> é o conhecimento em si. Não existe ciência, nem conhecimento algum, pairando 
> no ar. Se a abstração e o distanciamento de contextos locais é o q permite, 
> em certo grau, a universalização do conhecimento, ao mesmo tempo sem 
> aproximar de contextos locais é impossível aprender (o interesse específico 
> do químico na tabela periódica, citado por Peirce no texto acima, é um 
> exemplo disso). Nesse sentido, eu diria q a tentativa de impor um modo de 
> conhecer e uma maneira de exprimir o conhecimento como a única verdade 
> racional é um equívoco colonialista. Não a ciência, mas a maneira como ela é 
> feita e imposta (a Helen Longino tem um argumento parecido: é possível 
> organizar um laboratório de maneira sexista, mas seria razoável afirmar q as 
> equações são sexistas? Em que medida a linguagem q usamos para exprimir o 
> conhecimento é desvinculada de outras dimensões das nossa próprias vidas?). 
> De fato, uma luta dos povos indígenas é para q os seus modos de saber sejam 
> reconhecidos como legitimamente científicos, já q localmente funcionam. Para 
> isso, combinam essa reivindicação à exigência de acesso às modernas 
> metodologias e condições para fazer ciência. Pois é também um outro fato que 
> não existe uma única comunidade, pois não há uma única humanidade, há muitas 
> comunidades e comunidades são sempre imaginadas (sigo aqui mal e 
> grosseiramente Benedikt Anderson). Não é possível sustentar práticas 
> comunitárias acriticamente e correr o risco de as essencializar e nesse ponto 
> acho q Gellner realmente tem muito a dizer. 
> Mas, com a licença de Gellner e sem intenção de pesar demais a linguagem, 
> scientia em latim vem do verbo scio - segurar, pegar firme - e traduz o grego 
> episteme - compreensão, 

Re: [Logica-l] Lista de mulheres mais buscadas na web brasileira

2022-11-01 Por tôpico Daniel Durante
Parabéns, Valéria. Parabéns Itala, minha professora querida.

Daniel.

Em terça-feira, 1 de novembro de 2022 às 01:22:40 UTC-3, it...@unicamp.br 
escreveu:

> Muito obrigada, Elaine, Walter e Marcelo!
> Uma inspiração compartilhar com vocês minha vida acadêmica.
>
> João, obrigada também, pela informação sobre Maria Firmina dos Reis.
>
> Abraços,
>
> Itala
>
> Em seg., 31 de out. de 2022 às 08:37, Marcelo Finger  
> escreveu:
>
>> Parabéns Valéria e Ítala!
>>
>> Já devo ter procurado por vocês não sei quantas vezes, então é um orgulho 
>> participar mesmo que microscopicamente do seu mérito!
>>
>> On Sat, Oct 29, 2022 at 12:30 PM Elaine Pimentel  
>> wrote:
>>
>>> Colegas,
>>>
>>> Imensa alegria em ver os nomes de Valeria e Ítala nessa lista :)
>>>
>>>
>>> https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/03/10/bruna-marquezine-e-anitta-lideram-lista-de-mulheres-mais-buscadas-na-web.htm
>>>
>>> Abraços,
>>> -- 
>>> Elaine.
>>> ---
>>> Elaine Pimentel
>>> Associate Professor in Programming Principles, Logic, and Verification
>>> Department of Computer Science
>>> University College London
>>> https://sites.google.com/site/elainepimentel/
>>> ---
>>>
>>> -- 
>>> LOGICA-L
>>> Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de 
>>> Lógica 
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>>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, 
>>> envie um e-mail para logica-l+u...@dimap.ufrn.br.
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>>>  
>>> 
>>> .
>>>
>>
>>
>> -- 
>> Marcelo Finger
>>  Departament of Computer Science, IME-USP   
>>  http://www.ime.usp.br/~mfinger
>>  ORCID: https://orcid.org/-0002-1391-1175
>>  ResearcherID: A-4670-2009
>>
>> Instituto de Matemática e Estatística, 
>>
>> Universidade de São Paulo
>>
>> Rua do Matão, 1010 - CEP 05508-090 - São Paulo, SP
>>
>> -- 
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>>  
>> 
>> .
>>
>
>
> -- 
> Prof. Dr. Itala M. Loffredo D'Ottaviano
> Full Professor in Logic and the Foundations of Science 
> Member and Researcher of the *Centre for Logic, Epistemology and the* 
> *History 
> of Science* at the University of Campinas
> Research Fellow of the *Brazilian National Council for Scientific and 
> Technological Development*
> Titular Member, *Brazilian Academy of Philosophy* (Rio de Janeiro)
> Emeritus Member, *Académie Internationale de Philosophie de Sciences *
> (Bruxelles)
> Titular Member, *Institut International de Philosophie *(Paris-Nancy)
> Editor of *Coleção CLE, *by the *Centre for Logic, Epistemology and the* 
> *History 
> of Science.* 
>

-- 
LOGICA-L
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Re: [Logica-l] Prêmio CAPES de tese 2022

2022-10-16 Por tôpico Daniel Durante
Sim, muitos Parabéns para Evelyn!!

Sua tese levou o prêmio CAPES em agosto, e agora o prêmio ANPOF!! E ela merece 
mais!!

Parabéns também para a Filosofia da UFRN que fez barba e cabelo nesta edição do 
prêmio ANPOF. Ganhamos também a melhor dissertação de mestrado, com Roberta 
Cunha Rodrigues (Feminismo e capitalismo: um rompimento necessário), orientada 
pela Profa. Maria Cristina Longo Cardoso Dias. A curiosidade é que Maria 
Cristina fez doutorado sanduíche na Escócia e, quando esteve lá, foi colega de 
Ole Hjortland, o coorientador de Evelyn, que fazia doutorado por lá na mesma 
época.

Parabéns também para as filósofas mulheres nordestinas que ganharam os dois 
prêmios principais da ANPOF!!

Trabalhar, persistir, resistir e superar!!!

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 15 Oct 2022, at 19:21, Gisele Secco  wrote:
> 
> Júbilo! Esperança!
> 
> Vivas a todas e todos, e um abraço apertado pra Evelyn,
> 
> G.
> 
> On Sat, Oct 15, 2022 at 10:36 AM Joao Marcos  wrote:
> Agora também com o prêmio de melhor tese na ANPOF!  Evelyn está de muitos 
> parabéns.
> 
> JM
> 
> On Fri, Aug 12, 2022, 13:34 Daniel Durante  wrote:
> Viva!!
> 
> Obrigado colegas e Muitos parabéns para a Evelyn Que escreveu uma tese 
> belíssima e fez uma defesa impecável, das mais elogiadas pela banca que eu já 
> vi. Evelyn merece muito este prêmio, e muito mais. Nós que participamos do 
> caminho, Eu, que terminei sua orientação, João Marcos, que iniciou, e Ole, 
> que a co-orientou, certamente também ficamos muito orgulhosos.
> 
> O PPGFIL-UFRN também se orgulha. Em 2020 ganhamos uma menção honrosa com a 
> tese de João Edson, em filosofia da ciência, e agora o prêmio principal, com 
> a tese de Evelyn em filosofia da lógica!! E olha que não foi fácil 
> pré-selecionar a tese de Evelyn por aqui. Havia outras teses tão boas quanto 
> a dela, como, por exemplo, a de Sanderson Molick, orientada pelo João Marcos!
> 
> É isso aí. Uma injeção de ânimo para continuarmos trabalhando e persistindo. 
> Vamos superar estes tempos tão difíceis!!
> 
> Saudações,
> Daniel.
> 
> Em sexta-feira, 12 de agosto de 2022 às 11:41:45 UTC-3, Thiago Nascimento da 
> Silva escreveu:
> Fico muito feliz por tal conquista. Meus parabéns para Evelyn e para os 
> Professores Ole e Daniel.
> 
> Em sex., 12 de ago. de 2022 às 10:04, C. Mortari  
> escreveu:
> Parabéns à Evelyn, Daniel e Ole!
> 
> Cezar
> 
> Em 2022-08-12 08:53, Joao Marcos escreveu:
> > https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/edital-n-11/2022-resultado-premio-capes-de-tese-edicao-2022-421902318
> > 
> > O prêmio de tese em Filosofia deste ano veio para a nossa Evelyn
> > Erickson, orientada por Daniel Durante (e co-orientada por Ole
> > Hjortland).
> > 
> > A tese pode ser encontrada aqui:
> > Rational theory revision in logic: beyond abductivism
> > https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44906?mode=full
> > 
> > Parabéns aos envolvidos!
> > Joao Marcos
> > 
> > --
> > http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> 
> -- 
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> 
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> -- 
> Gisele Dalva Secco
> UFSM/Brasil
> +55 55 3220 8440
> ORCID
> PhilPeople

Re: [Logica-l] Easychair went commercial

2022-10-12 Por tôpico Daniel Durante
Já é lugar comum, mas é verdade: se o serviço é de graça, é porque o produto é 
você.

Digo isso de um email (gmail) e admito que pago à Google por alguns bytes na 
nuvem, porque me acostumei a usar o Google photos quando era gratuito. 

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
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> On 12 Oct 2022, at 12:12, Joao Marcos  wrote:
> 
> E mais barato certamente do que manter um serviço local em qualquer 
> universidade. E mesmo de manter o serviço por um órgão público: 
> administração, segurança, suporte usuários, backups etc. Mas ninguém faz a 
> conta…
> 
> Sobre "nada é de graça neste mundo", na época eu não entendia, mas meu pai 
> sempre dizia isso quando eu chegava em casa e dizia que tinha ganhado de 
> graça uns pacotes de figurinhas do último álbum da Copa, na frente da 
> escola...  O jogo, na realidade, é simples: se algo "tem valor" e você não 
> paga pois eu lhe ofereço "de graça", então eu estou pagando por você.
> 
> A ideia de que recursos naturais (ou computacionais) são "de graça" nos tem 
> levado a um verdadeiro desastre ecológico.  O modelo econômico pode mudar (e 
> com ele a ideia de quem seria o "dono" das coisas e teria "direito" a receber 
> por elas), mas o ponto sempre será "quem está pagando por isso" ou "o quanto 
> você está disposto a pagar por isso".
> 
> JM
> 
> 
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>  
> .

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Re: [Logica-l] Kripke

2022-09-19 Por tôpico Daniel Durante
Notícia triste. Tive o privilégio de ser aluno de Kripke no Graduate Center 
da CUNY em duas disciplinas em 2018 e 2019, quando fui visitante por lá. 
Uma sobre filosofia da matemática em que estudamos a influência que a 
notação matemática tem na sua ontologia, e a outra, mais geral, sobre a 
identidade ontológica através do tempo. Foi uma lição de vida. Ele chegava 
de andador, sempre assistido por Romina Padró, filósofa argentina diretora 
do Saul Kripke Center na época. Ele preparava um texto por aula, que 
enviava previamente aos alunos; e nos textos, no início, colocava sempre um 
aviso para não distribuir nem citar. Tenho uns 20 textos privados desses, e 
nem adianta pedirem que não distribuo :) Ele dava aulas sentado junto com 
os alunos em volta de uma grande mesa, para turmas de 15 a 20 pessoas. Eram 
disciplinas do doutorado de filosofia, mas mais da metade dos alunos eram 
pesquisadores de outras áreas, pesquisadores visitantes, como eu, ou seus 
colegas de departamento, como o Melvin Fitting, por exemplo, que era um dos 
alunos mais aplicados. O que mais me impressionava era sua habilidade de 
ilustrar os problemas filosóficos centrais em situações tão simples que 
qualquer criança entenderia. Que descanse em paz.

Saudações,
Daniel.

Em domingo, 18 de setembro de 2022 às 00:28:38 UTC-3, eduardoochs escreveu:

> On Sat, 17 Sept 2022 at 10:30, Valeria de Paiva
>  wrote:
> >
> > Com muito pesar transmito a ma' noticia de falecimento de Saul Kripke
> > https://dailynous.com/2022/09/16/saul-kripke-1940-2022/
> > Meus sentimentos a familia e amigos.
>
> Tem alguns links muito bons aqui:
> "Saul Kripke has died (dailynous.com)"
> https://news.ycombinator.com/item?id=32876303
>
> [[]], E.
>

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[Logica-l] Re: Per Martin-Löf: transcriptions

2022-09-06 Por tôpico Daniel Durante
Que maravilha, Bruno!!

Muito obrigado por compartilhar!!

Abraços,
Daniel.

Em terça-feira, 6 de setembro de 2022 às 07:50:35 UTC-3, Cassiano Terra 
Rodrigues escreveu:

> Excepcional material, obrigado, Bruno, por divulgar. 
> Abraços,
> cass. 
>
>
> On Monday, September 5, 2022 at 11:33:45 PM UTC-3 Bruno Bentzen wrote:
>
>> Caros,
>>
>> Meus colegas do Instituto de Filosofia da Academia Tcheca de Ciencias 
>> criaram a seguinte pagina contendo uma colecao de escritos ineditos de Per 
>> Martin-Löf na forma de transcricoes de aulas dadas entre 1993 e 2019:
>>
>> https://pml.flu.cas.cz/
>>
>> Entre esses escritos esta o que talvez seja a sua mais importante e 
>> sistematica obra "Philosophical aspects of intuitionistic type theory", que 
>> consiste em doze aulas dadas na Universidade de Leiden em 1993. 
>>
>> O credito vai para Ansten Klev que editou a maioria das transcricoes e 
>> conseguiu a permissao do Martin-Löf e Ivo Pezlar pela manutencao da pagina.
>>
>> Abracos,
>> Bruno
>>
>

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Re: [Logica-l] Gerador de tabelas de verdade robusto

2022-02-07 Por tôpico Daniel Durante
Obrigado pelas respostas, pessoal. Gostei do gerador da Stanford, porque 
ele é bem flexível nas expressões que aceita como entrada. Aceita várias 
notações diferentes para os operadores, é flexível com os os parênteses, 
aceita variáveis com índices numéricos,... e isso facilita a vida dos 
estudantes. Mas ele só faz uma sentença por vez. Pelo menos não descobri 
como fazer tabelas de verdade para grupos de sentenças nele. 

Já o gerador do Michael Rieppel aceita múltiplas sentenças, mas é mais 
rígido nas expressões que aceita. Não flexibiliza os parênteses, não aceita 
índices nas variáveis e exige que os operadores estejam na sua notação.

De todo modo, obrigado pelas sugestões. Estou ensinando meus estudantes de 
filosofia a programar em PROLOG. Mas eu não posso contar pra eles que eles 
estão aprendendo a programar, porque senão eles perdem o interesse. Então 
eu uso geradores de tabelas de verdade como compiladores PROLOG 
rudimentares.

Saudações,
Daniel

Em segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022 às 18:06:14 UTC-3, 
diegol...@gmail.com escreveu:

> Boa tarde. 
>
> Eu uso este aqui, Daniel.
>
> Mas nunca testes tabelas com tantas variáveis, k.
>
>
> https://web.stanford.edu/class/archive/cs/cs103/cs103.1156/tools/truth-table-tool/
>
> Em seg., 7 de fev. de 2022 às 17:06, Adolfo Neto  
> escreveu:
>
>> Eu gosto muito deste do Michael Rieppel mas não sei se satisfaz seu 
>> requisito
>> https://mrieppel.net/prog/truthtable.html
>>
>> On Mon, Feb 7, 2022, 16:10 Daniel Durante  wrote:
>>
>>> Colegas,
>>>
>>> Alguém conhece um gerador de tabelas de verdade, de preferência on-line, 
>>> simples de usar (com interface gráfica) que seja robusto o suficiente para 
>>> gerar tabelas conjuntas para grupos de sentenças com 6 variáveis (64 
>>> linhas)?
>>>
>>> Eu tenho usado, com meus estudantes, o "The Logic Calculator" (
>>> www.votsis.org/logic), que dá para instalar no celular e tem o jeitão 
>>> de uma calculadora. Ele até aceita 6 variáveis e múltiplas sentenças na 
>>> mesma tabela, mas tem uma limitação de quantidade de caracteres das 
>>> sentenças que é menor do que o necessário para alguns exercícios que passei 
>>> para meus estudantes.
>>>
>>> Obrigado,
>>> Daniel.
>>>
>>> -- 
>>> LOGICA-L
>>> Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de 
>>> Lógica 
>>> --- 
>>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
>>> Grupos do Google.
>>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, 
>>> envie um e-mail para logica-l+u...@dimap.ufrn.br.
>>> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/c8ad7cdd-66ac-4189-9660-a78f184964c8n%40dimap.ufrn.br
>>>  
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[Logica-l] Gerador de tabelas de verdade robusto

2022-02-07 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Alguém conhece um gerador de tabelas de verdade, de preferência on-line, 
simples de usar (com interface gráfica) que seja robusto o suficiente para 
gerar tabelas conjuntas para grupos de sentenças com 6 variáveis (64 
linhas)?

Eu tenho usado, com meus estudantes, o "The Logic Calculator" 
(www.votsis.org/logic), que dá para instalar no celular e tem o jeitão de 
uma calculadora. Ele até aceita 6 variáveis e múltiplas sentenças na mesma 
tabela, mas tem uma limitação de quantidade de caracteres das sentenças que 
é menor do que o necessário para alguns exercícios que passei para meus 
estudantes.

Obrigado,
Daniel.

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Re: [Logica-l] Re: o resultado das somas

2022-01-10 Por tôpico Daniel Durante
Parabéns, Elaine. Projeto lindo!

Daniel.
Em quarta-feira, 5 de janeiro de 2022 às 15:05:20 UTC-3, vivek.nigam 
escreveu:

> Muito legal. 
> Esse tipo de iniciativa tem um impacto enorme. 
> Parabéns!
>
> On Wed 5. Jan 2022 at 10:47, Mauricio Ayala-Rincón  wrote:
>
>> Elaine,
>>
>> maravilhoso projeto!Inclusão é o que precisamos. 
>>
>> Mauricio.
>>
>> On Tuesday, January 4, 2022 at 2:45:25 PM UTC-3 Joao Marcos wrote:
>>
>>>
>>> https://ufrn.br/imprensa/reportagens-e-saberes/54449/o-resultado-das-somas
>>>
>>> Com meus parabéns à professora Elaine Pimentel, que soube *fazer a 
>>> diferença* neste tempo que passou aqui conosco.
>>>
>>> JM
>>>
>> -- 
>>
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
>> Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, 
>> envie um e-mail para logica-l+u...@dimap.ufrn.br.
>>
> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/280f8456-e28b-4b63-a9ff-5307a95c9509n%40dimap.ufrn.br
>>  
>> 
>> .
>>
> -- 
> - 
> Vivek Nigam
> http://www.nigam.info/
>  
>

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Re: [Logica-l] Re: Meio off-topic: Construção do Reino de Deus na UFRN

2021-12-10 Por tôpico Daniel Durante
Oi João e Marcelo,

O texto de Tassos é muito razo, João Marcos. Ele faz um trocadilho 
semântico bobo e usa a palavra "fé" com conotação de "fé teísta" onde 
deveria usar simplesmente a palavra "crença", no sentido da epistemologia, 
como algo que tomamos por verdade (ou aceitamos) mesmo sem ter uma boa 
justificativa ou prova.

Pelo argumento dele, nossa crença na existência de um mundo exterior e na 
relativa confiabilidade de nossa memória também seriam provas de fé na 
existência de deus.

Isso é muito diferente da minha pergunta sobre os ovos de pato. O caso é 
mesmo verídico, fiz a pergunta a colegas, mas eu espero que tenha ficado 
claro que ela é apenas um exemplo engraçadinho (ou didático) para mostrar 
que a ciência, sozinha, não consegue responder sobre a moralidade do 
aborto. E aborto, entre outras coisas, é uma questão de saúde pública.

Pois é, Marcelo,

"Quando um convívio de ideias deixa de ser pluralista e passa a ser 
manipulado por detentores de uma ideia até então marginalizada[...]? Quando 
o convívio de ideias passa a ser imposição de uma única visão?"

Bem, eu acho que isso ocorre quando o grupo defensor dessa ideia passa a 
ter PODER para fazer esta manipulação e imposição. E agora, pensando nessa 
na minha resposta, acho que entendi a sua legítima preocupação. Tempos 
difíceis estes que vivemos.

Saudações,
Daniel.

Em sexta-feira, 10 de dezembro de 2021 às 12:02:25 UTC-3, Marcelo Finger 
escreveu:

> Oi Daniel.
>
> Gostei do seu argumento, e emendo uma pergunta.
>
> Quando um convívio de ideias deixa de ser pluralista e passa a ser 
> manipulado por detentores de uma ideia até então marginalizada em busca de 
> reconhecimento? Mais ao caso: Quando o convívio de ideias passa a ser 
> imposição de uma única visão?
>
> []s
>
>
> Em sex., 10 de dez. de 2021 às 11:42, Daniel Durante  
> escreveu:
>
>> Colegas,
>>
>> Realmente, Eduardo, lendo a descrição do curso que você enviou, e o texto 
>> do link que consegui abrir, devo reconhecer que este curso não parece fazer 
>> o que o título da disciplina (medicina, saúde e espiritualidade) e sua 
>> ementa sugerem.  Não parece haver qualquer pluralismo ali. Perdi a vontade 
>> de cursar  e entendo a reação que tem causado. Mas resta a pergunta: a 
>> disciplina optativa e a ação de extensão a ela vinculada são ou não 
>> aceitáveis em uma universidade pública?
>>
>> Essa pergunta me leva ao texto do Cassiano. De fato, Cassiano, a 
>> constelação familiar é bem esquisita e eu não tenho qualquer simpatia por 
>> esta prática. Sou muito mais simpático aos passes e as benzedeiras de 
>> bairro. Mas eu não sei se o machismo do alemão do século XX que a inventou 
>> é muito diferente do machismo do austríaco do século XIX que inventou a 
>> psicanálise. Aliás, existe alguma psicoterapia cognitiva que não seria 
>> classificada de pseudociência? Então vamos substituí-las todas por drogas? 
>> Vamos "medicalizar" a psiquiatria e acabar com terapias cognitivas? Afinal, 
>> as drogas podem ser testadas em arranjo experimental duplo-cego e não são 
>> pseudociência.
>>
>> Não vejo essa tendência (que é vigente) como avanço, mas como retrocesso. 
>> Nem todos os nossos problemas cabem nos parâmetros da metodologia 
>> científica materialista. Aliás, muito poucos cabem. O próprio caso das 
>> vacinas da Covid é um bom exemplo. Desenvolver e produzir vacinas 
>> absurdamente eficientes foi essencial, mas não resolve o problema. É 
>> preciso aplicar as vacinas. É preciso vencer o negacionismo de parte da 
>> população de países ricos, é preciso vencer a desigualdade global e fazer a 
>> vacina chegar em países pobres. Sem um certo "ecletismo científico", e aqui 
>> eu respondo (um pouco) ao João Marcos, que eu chamaria de "abordagem 
>> interdisciplinar", a gente não resolve nada.
>>
>> Um dia desses, eu perguntei para alguns colegas cientistas do Centro de 
>> Biociências aqui da UFRN se o bicho dentro de um ovo de pato, antes de 
>> nascer, é um pato ou não é um pato. Eles desconversaram, deram nomes 
>> técnicos para este "bicho", mas evitavam responder se a coisa com nomes 
>> técnicos era ou não um pato. Pressionados, alguns responderam sim e outros 
>> responderam não. Meu ponto aqui é que não há metodologia científica 
>> naturalista que leve a uma resposta incontroversa sobre se e quando o bicho 
>> dentro de um ovo de pato, antes de nascer, é um pato ou não é um pato. E 
>> isso não é um problema ou falha da ciência atual. É um limite. Se isso 
>> acontece com esta minha pergunta, que é infantilmente simples, imagina 
>> então quando a gente pensa sobre todas as 

[Logica-l] Re: Meio off-topic: Construção do Reino de Deus na UFRN

2021-12-10 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Realmente, Eduardo, lendo a descrição do curso que você enviou, e o texto 
do link que consegui abrir, devo reconhecer que este curso não parece fazer 
o que o título da disciplina (medicina, saúde e espiritualidade) e sua 
ementa sugerem.  Não parece haver qualquer pluralismo ali. Perdi a vontade 
de cursar  e entendo a reação que tem causado. Mas resta a pergunta: a 
disciplina optativa e a ação de extensão a ela vinculada são ou não 
aceitáveis em uma universidade pública?

Essa pergunta me leva ao texto do Cassiano. De fato, Cassiano, a 
constelação familiar é bem esquisita e eu não tenho qualquer simpatia por 
esta prática. Sou muito mais simpático aos passes e as benzedeiras de 
bairro. Mas eu não sei se o machismo do alemão do século XX que a inventou 
é muito diferente do machismo do austríaco do século XIX que inventou a 
psicanálise. Aliás, existe alguma psicoterapia cognitiva que não seria 
classificada de pseudociência? Então vamos substituí-las todas por drogas? 
Vamos "medicalizar" a psiquiatria e acabar com terapias cognitivas? Afinal, 
as drogas podem ser testadas em arranjo experimental duplo-cego e não são 
pseudociência.

Não vejo essa tendência (que é vigente) como avanço, mas como retrocesso. 
Nem todos os nossos problemas cabem nos parâmetros da metodologia 
científica materialista. Aliás, muito poucos cabem. O próprio caso das 
vacinas da Covid é um bom exemplo. Desenvolver e produzir vacinas 
absurdamente eficientes foi essencial, mas não resolve o problema. É 
preciso aplicar as vacinas. É preciso vencer o negacionismo de parte da 
população de países ricos, é preciso vencer a desigualdade global e fazer a 
vacina chegar em países pobres. Sem um certo "ecletismo científico", e aqui 
eu respondo (um pouco) ao João Marcos, que eu chamaria de "abordagem 
interdisciplinar", a gente não resolve nada.

Um dia desses, eu perguntei para alguns colegas cientistas do Centro de 
Biociências aqui da UFRN se o bicho dentro de um ovo de pato, antes de 
nascer, é um pato ou não é um pato. Eles desconversaram, deram nomes 
técnicos para este "bicho", mas evitavam responder se a coisa com nomes 
técnicos era ou não um pato. Pressionados, alguns responderam sim e outros 
responderam não. Meu ponto aqui é que não há metodologia científica 
naturalista que leve a uma resposta incontroversa sobre se e quando o bicho 
dentro de um ovo de pato, antes de nascer, é um pato ou não é um pato. E 
isso não é um problema ou falha da ciência atual. É um limite. Se isso 
acontece com esta minha pergunta, que é infantilmente simples, imagina 
então quando a gente pensa sobre todas as questões muito mais complexas 
ligadas à saúde. Seria muita ingenuidade achar que todas elas têm respostas 
alcançáveis via metodologia científica naturalista. Não têm.

O problema é que sempre vão haver respostas divergentes e desacordos para 
estas questões cruciais que escapam à objetividade empiricamente mensurável 
da ciência. Vendo melhor a tal disciplina da UFRN, percebo que discordo da 
abordagem e da proposta. Mas tenho dificuldade de me posicionar contrário à 
aceitabilidade de tal disciplina e da ação de extensão. Na verdade, não sei.

Saudações,
Daniel.

Em quarta-feira, 8 de dezembro de 2021 às 00:14:15 UTC-3, eduardoochs 
escreveu:

> Meio off-topic, mas lá vai.
> Pessoas da UFRN, como está sendo a repercussão disso na universidade
> de vocês?
>
>
> https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/construcao-do-reino-de-deus-novo-curso-da-ufrn-choca-estudantes-de-medicina-25309373
> https://archive.md/TeS69
>
> [[]],
> E.
>

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[Logica-l] Re: Meio off-topic: Construção do Reino de Deus na UFRN

2021-12-09 Por tôpico Daniel Durante
Oi Eduardo e colegas,

Nunca tinha ouvido falar deste curso. Não consigo ler o artigo do Globo. 
Tem um paywall.

Mas a ementa da disciplina "medicina, saúde e espiritualidade", que o João 
Marcos postou, me pareceu interessante. Pessoalmente, eu teria real 
interesse em cursar uma disciplina sobre medicina e espiritualidade, 
principalmente se ela fosse verdadeiramente pluralista no que tange à 
religião.

Antes da pandemia andei frequentando um grupo de estudos aqui do Depto de 
Filosofia da UFRN sobre os pensamentos indígenas brasileiros. A proposta 
não é antropologia, é filosófica mesmo. E é bem legal. Recomendo muito o 
livro "A Queda do Céu", do xamã yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo 
Bruce Albert. Sem falar nos excelentes livros do Ailton Krenak.

A medicina "ocidental" acadêmica é ainda um luxo em muitos lugares do 
"Brasil profundo" e do raso também. Os passes, rezas, chás, impostação de 
mãos, promessas,... sempre estiveram lá, com os doentes e as doenças, muito 
antes da medicina chegar. E não vão embora quando as ambulâncias chegam. Em 
minha opinião, faz muito bem à universidade, aos médicos e demais 
profissionais interessados em saúde aprenderem um pouco sobre estas 
tradições, sob diversos aspectos, inclusive sob a perspectiva dos que a 
praticam e nelas acreditam.

Claro que eu não conheço este curso e não sei exatamente o que eles fazem. 
Mas enquanto ideia geral, me parece positivo. Afinal, a saúde é um conceito 
muito mais amplo do que aquilo que cabe na medicina e mesmo na biologia.

Saudações xamânicas,
Daniel.

Em quarta-feira, 8 de dezembro de 2021 às 00:14:15 UTC-3, eduardoochs 
escreveu:

> Meio off-topic, mas lá vai.
> Pessoas da UFRN, como está sendo a repercussão disso na universidade
> de vocês?
>
>
> https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/construcao-do-reino-de-deus-novo-curso-da-ufrn-choca-estudantes-de-medicina-25309373
> https://archive.md/TeS69
>
> [[]],
> E.
>

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Re: [Logica-l] pode a IA nos ajudar a demonstrar teoremas?

2021-12-03 Por tôpico Daniel Durante
Bacana, Walter. Obrigado pela referência. Vou ler sim.

Abraços,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 2 Dec 2021, at 19:35, Walter Carnielli  wrote:
> 
> SIm Daniel,  foi exatamente isso o que pensei,  e temi,  neste artigo
> de divulgação:
> 
> "How AI can be surprisingly dangerous for the philosophy of
> mathematics — and of science"
> Circumscribere Vol. 27 (2021)
> https://revistas.pucsp.br/index.php/circumhc/article/view/55033
> 
> Agradeço a críticas e comentários !!
> 
> Walter
> 
> Em qui., 2 de dez. de 2021 às 18:50, Daniel Durante
>  escreveu:
>> 
>> Me parece que a ideia é mais ousada do que usar IA para demonstrar teoremas. 
>> É usá-la para PROPOR teoremas (conjecturas) e eventualmente demonstrá-las. 
>> Aí, sim, a gente entra num terreno maravilhoso e, pelo menos para mim, 
>> assustador também.
>> 
>> Saudações,
>> Daniel.
>> -
>> Departamento de Filosofia - (UFRN)
>> http://danieldurante.weebly.com
>> 
>> On 2 Dec 2021, at 13:14, Joao Marcos  wrote:
>> 
>> Advancing mathematics by guiding human intuition with AI
>> https://www.nature.com/articles/s41586-021-04086-x
>> 
>> 
>> JM
>> 
>> --
>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
>> Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie 
>> um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
>> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_LiuNbCb0rMESUB_YZc%3DN%3DPdejTT5iw2UG4qFJCY5MhemQ%40mail.gmail.com.
>> 
>> 
>> --
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>> Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie 
>> um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
>> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/B69C1CD6-9C46-435D-AC6B-A786C8E243CF%40gmail.com.
> 
> 
> 
> -- 
> ===
> Walter Carnielli, Professor
> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science and
> Department of Philosophy
> University of Campinas –UNICAMP
> 13083-859 Campinas -SP, Brazil
> Phone: (+55) (19) 3521-6517
> Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
> Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli

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Re: [Logica-l] pode a IA nos ajudar a demonstrar teoremas?

2021-12-02 Por tôpico Daniel Durante
Me parece que a ideia é mais ousada do que usar IA para demonstrar teoremas. É 
usá-la para PROPOR teoremas (conjecturas) e eventualmente demonstrá-las. Aí, 
sim, a gente entra num terreno maravilhoso e, pelo menos para mim, assustador 
também.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 2 Dec 2021, at 13:14, Joao Marcos  wrote:
> 
> Advancing mathematics by guiding human intuition with AI
> https://www.nature.com/articles/s41586-021-04086-x 
> 
> 
> 
> JM
> 
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> Grupos do Google.
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> .
> Para ver essa discussão na Web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_LiuNbCb0rMESUB_YZc%3DN%3DPdejTT5iw2UG4qFJCY5MhemQ%40mail.gmail.com
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[Logica-l] Re: Andrea Loparic

2021-10-25 Por tôpico Daniel Durante
Não tive a sorte de ser seu aluno, mas fui aluno e colega de muitos dos que 
ela ensinou. E tive a sorte de conhecê-la. Quase todos de nós devemos um 
pouco do que somos a ela. Meus melhores pensamentos à família e amigos.

Daniel.

Em segunda-feira, 25 de outubro de 2021 às 10:49:19 UTC-3, gisele secco RS 
escreveu:

> Pessoal
> Acabo de ser informada do falecimento de nossa querida Andrea.
> Manifesto meus mais carinhosos sentimentos à sua memória e a seus 
> familiares e  amigos.
> Um abraço,
> G.
>
> -- 
> Gisele Dalva Secco
> UFSM/Brasil
> +55 55 3220 8440 <+55%2055%203220-8440>
>

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Re: [Logica-l] [discussão sobre Lógica e inclusão] uma rosa com um novo nome?

2021-06-21 Por tôpico Daniel Durante
Se há pessoas que se sentem desconfortáveis com o nome/logo do grupo, e se este 
desconforto é devido a associações evocadas pelo nome/logo que não têm qualquer 
relação com o próprio grupo, seus membros e suas atividades, isso me parece um 
motivo mais do que suficiente para mudar o nome/logo.

Tenho certeza que os criadores do nome/logo não tiveram nenhuma intenção em 
magoar, ofender ou desrespeitar ninguém. Mas não são nossas intenções que 
magoam os outros.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 20 Jun 2021, at 22:19, Eduardo Ochs  wrote:
> 
> Se o LoLITA fosse um grupo só meu e eu tivesse que tomar a decisão
> sozinho eu mudaria o nome e nos sites com o nome novo eu poria umas
> referências ao nome antigo e às discussões que levaram à mudança...
> 
>  [[]], Eduardo
> 
> 
> On Sun, 20 Jun 2021 at 21:48, Valeria de Paiva
>  wrote:
>> 
>> Caros colegas,
>> 
>> Concordo com tudo que o Marcos Silva disse. Mas sou menos educada, para mim 
>> não faz sentido algum  fazer qualquer piada com a situação lamentável que 
>> temos em relação a esse problema.
>> 
>> Que rebeldia e' essa de que estamos falando? a de ser machista, classicista, 
>> sexista e não-encontrável pelo Google?
>> E' realmente gostar muito de piada de mau gosto.
>> 
>> Valeria
>> 
>> 09/03/2020
>> 
>> ESTATÍSTICAS - Estupro bate recorde e maioria das vítimas são meninas de até 
>> 13 anos.
>> 
>> quatro meninas até essa idade são estupradas por hora no país.
>> (https://crianca.mppr.mp.br/2020/03/233/ESTATISTICAS-Estupro-bate-recorde-e-maioria-das-vitimas-sao-meninas-de-ate-13-anos.html)
>> 
>> On Sun, Jun 20, 2021 at 4:41 PM Frode Bjørdal  
>> wrote:
>>> 
>>> Presadxs,
>>> 
>>> O fato de ser discutido pode indicar que é uma boa ideia alterar o nome.
>>> 
>>> Abraços
>>> 
>>> Frode Alfson Bjørdal
>>> 
>>> søndag 20. juni 2021 kl. 17:42:42 UTC-3 skrev Hermógenes Oliveira:
 
 No sábado, 19 de junho de 2021, às 22:09:18 -03, João Marcos escreveu:
> 
> DEVEMOS MUDAR O NOME DO GRUPO?
> 
> Recentemente, uma discussão importante foi levantada no cerne do nosso
> grupo:
> "Será que o nome do grupo poderia funcionar como algo que _afasta_ as
> pessoas, ao invés de _aglutiná-las_?"
 
 Os comentários que se seguem estão baseados na pauta introduzida pelas
 perguntas acima.
 
> Começamos, com este questionamento, a discutir uma possível mudança no 
> nome
> do grupo, que eu gostaria de compartilhar com a comunidade desta lista,
> mais ampla, a fim de medir a sensibilidade e colher as impressões dos
> colegas, de forma geral, eventualmente colhendo subsídios para que tomemos
> uma decisão mais informada e sensata acerca do assunto.
> 
> Para tal, apresentarei brevemente a seguir os prós e os contras
> apresentados por membros do nosso grupo, ao longo dos últimos dias, para
> mantermos ou para trocarmos o nome. Estou certo de que alguns dos itens
> abaixo poderiam ser melhor desenvolvidos, do ponto de vista argumentativo,
> e outros itens ficaram faltando. (Notem que os itens entre aspas, abaixo,
> apontam para expressões que foram usadas por participantes do nosso fórum
> interno de discussões.)
> 
> %%%
> 
> [N0]
> O NOME "LoLITA" DEVE / PODE SER MANTIDO
> 
> A - O nome "LoLITA" está estabelecido há muito tempo, se encontra bem
> consolidado, e tem uma longa história institucional, na UFRN, no CNPq, e
> noutros cantos. O nome do grupo é também o nome do nosso laboratório e do
> nosso fórum interno de discussões.
 
 Certo. Há alguns custos associado à mudança do nome. Portanto, me parece
 razoável que as razões para mudar o nome alcancem, proporcionalmente, um 
 certo
 patamar. No caso do LoLITA, os custos são relativamente pequenos, eu 
 diria, na
 categoria de incovenientes, especialmente se comparados com o caso do Coq
 (https://github.com/coq/coq/wiki/Alternative-names). Os membros do grupo 
 podem
 avaliar o balanço entre custo e benefício melhor do que eu.
 
> B - Eventuais referências negativas ao termo "lolita" parecem ser
> profundamente sensíveis à cultura.
> https://en.wikipedia.org/wiki/Lolita_(disambiguation)
> No Brasil, em particular, o nome aparece como nome de marca de cosméticos,
> nome de supermercado, nome de website com produtos para o mercado 
> feminino,
> nome artístico de atriz, etc.
> Em espanhol:
> https://es.wikipedia.org/wiki/Lolita_(t%C3%A9rmino)
> https://www.asihablamos.com/word/palabra/Lolita.php
> No Chile:
> http://etimologias.dechile.net/?lolita
> https://www.asihablamos.com/word/palabra/Lolo.php
> No México:
> https://www.asihablamos.com/word/palabra/Lolita.php
> No Japão:
> https://en.wikipedia.org/wiki/Lolita_fashion
> (conferir também o primeiro item em [N1], abaixo)
 
 Bem, 

Re: [Logica-l] Coletivo Logica Viva: Existe apenas uma lógica certa?

2021-06-19 Por tôpico Daniel Durante
Oi Gisele,

Só agora que eu consegui ver o vídeo e as mensagens. Semana intensa... 
Muito bacana, parabéns! Acho que você consegue falar de um modo muito claro 
e inteligível ao grande público sobre coisas tão profundas que fazem nós 
aqui da lista (os supostos especialistas) pensarmos e discutirmos e 
eventualmente divergirmos sobre os assuntos que você aborda. Isso, no meu 
entender, é o melhor indicador possível da alta qualidade dos seus vídeos. 
Parabéns!!

Sobre sua pergunta final 

 > Será que qualquer raciocínio ou juizo esdrúxulo pode ser suportado por 
alguma lógica especifica?

a minha resposta trivial é: SIM.
Mas isso não tem importância nenhuma, porque obter uma lógica “bonitinha" 
que justifique um mal raciocínio, não o torna bom. A lógica NÃO ATRIBUI 
valor a um raciocínio. Ela, no máximo, RECONHECE o valor de um raciocínio.
Os lógicos não são legisladores nem mesmo juízes dos bons raciocínios. Os 
lógicos são meros cronistas, repórteres.

A lógica enquanto disciplina funda-se na aposta de que é possível 
reconhecer um bom raciocínio através de uma relação formal entre as 
premissas e a conclusão do argumento que corresponde à sua expressão 
linguística: a relação de consequência.

Mas quando um raciocínio é bom? Sem muita filosofia, um raciocínio é bom 
quando a conclusão a que se chega está fortemente justificada pelas 
premissas de que se parte. O tipo de “força” que a lógica procura, pelo 
menos em suas abordagens ortodoxas, é a força máxima, a infalibilidade. Um 
raciocínio é bom, do ponto de vista lógico, quando ele é infalível. Quando 
não é possível que a conclusão não seja verdadeira quando as premissas são.

Quando a gente cria, modifica, inventa, altera uma lógica, a gente está 
criando, modificando, inventando, alterando uma relação formal específica 
entre sentenças que constitui-se em uma definição específica de uma relação 
de consequência. Mas o mais importante, o objetivo para fazer isso, sempre 
tem que ser que esta relação de consequência seja um instrumento confiável 
para reconhecer os bons raciocínios.

Acontece que o critério do que é um bom raciocínio não é formal. A 
infalibilidade de um raciocínio não parece depender das especificações 
formais da(s) relação(ões) de consequência dada(s) pela(s) lógica(s). A 
lógica é uma disciplina meio esquizofrênica. Ela estuda uma coisa para 
reconhecer outra.

Criar um sistema formal para justificar um argumento qualquer nos dá uma 
relação formal entre sentenças. Ok. Mas eu não diria que nos dá uma Lógica. 
A gente só vai ter uma Lógica se esta relação formal se mostrar um 
instrumento confiável para reconhecer os bons raciocínios--os infalíveis, 
em uma abordagem ortodoxa.

O limite, que você se pergunta, de até onde podemos ir com nossa liberdade 
de lógicos para criar sistemas e justificar argumentos esdrúxulos, não está 
na lógica, está fora dela, como bem disse o Cassiano. Neste sentido, a 
lógica é muito mais parecida com as ciências naturais do que com a 
matemática. Os físicos, por exemplo, podem criar belíssimas teorias 
explicativas e matematicamente perfeitas diferentes sobre os limites do 
cosmos, sobre universos paralelos, sobre o que havia antes do big bang,… 
enquanto elas não forem empiricamente testáveis, elas não são Física. São 
apenas belíssimas teorias especulativas.

Só que ao contrário do que acontece com a Física e demais ciências 
naturais, o mundo real não basta como árbitro para decidir se um argumento 
é bom ou não. Ele é apenas uma das infinitas interpretações que precisa ser 
levada em consideração.

Para saber se é ou não possível as premissas de um argumento serem 
verdadeiras e a conclusão ser falsa, não basta vasculhar o mundo real. Para 
saber isso precisamos DETERMINAR quais situações (estados de coisas) podem 
existir (são concebíveis) e quais não podem existir (são inconcebíveis).

Essa determinação do que PODE ser real e do que NÃO PODE ser real não é 
empírica nem objetiva. É filosófica. É metafísica. Então, divergir sobre 
lógica é divergir sobre os aspectos mais gerais da realidade, é divergir 
sobre o que é aceitável e o que é inaceitável.

Minha definição poética de lógica é: a lógica é a disciplina que estuda o 
limite mais permissivo do que é aceitável, concebível como parte da 
realidade. A lógica nos dá o limite mais amplo possível para nossa 
imaginação de como o mundo pode ser. Tudo o que estamos dispostos a 
conceber deve caber na lógica. Para além da lógica está o inconcebível, o 
incomunicável.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

++

Esperemos que não, mas falta agora alguém fazer um vídeo explicando essa 
questão.

O problema é que não sei como explicar essa questão, pra qual eu nem
tenho resposta ainda :P
Acho que dá pra ficar horas discutindo isso, mas vamos matar de tédio
quem estiver assistindo... Fiquei pensando se existe uma resposta
pragmática pro público geral. Se alguém tiver alguma idéia, será bem

Re: [Logica-l] Para Todxs: Natal - Procuram-se coautoras e coautores

2021-05-28 Por tôpico Daniel Durante
Obrigado, Marcelo.

Nós é que já agradecemos qualquer ajuda na revisão.

Um abraço,
Daniel.

Em sexta-feira, 28 de maio de 2021 às 14:48:13 UTC-3, Marcelo Finger 
escreveu:

> Oi Daniel.
>
> Gostaria de agradecer ao favor que vocês fazem à comunidade em 
> disponibilizar um recurso como este.
>
> []s
>
> Marcelo
>
>
> Em sex., 28 de mai. de 2021 às 10:26, Daniel Durante  
> escreveu:
>
>> Colegas,
>>
>> Finalmente fechamos uma versão completa do nosso livro didático de 
>> introdução à lógica, o "Para Todxs: Natal", disponível aqui:
>>
>> http://tiny.cc/wwpksz
>>
>> O projeto completo, com os arquivos fontes do LaTeX, estão livremente 
>> disponíveis no GitHub aqui:
>>
>> https://github.com/Grupo-de-Estudos-em-Logica-da-UFRN/Para-Todxs-Natal
>>
>> Nossa versão é baseada no livro "forallx: Calgary" também livremente 
>> disponível  aqui:
>>
>> https://forallx.openlogicproject.org/
>>
>> Nós estamos agora iniciando a fase de revisão e necessitamos de ajuda. 
>> Como se trata de uma obra gratuita, de circulação livre, a única 
>> retribuição que podemos oferecer para quem nos ajudar é nada menos que a 
>> coautoria! Criamos um formulário Google neste link
>>
>> https://forms.gle/yd4yH9WAo6TxAiSj8
>>
>> onde é possível registrar erros de digitação ou de português, sugestões 
>> de reescrita, mal uso do jargão, mal uso de exemplos, críticas gerais,...
>>
>> Qualquer um com pelo menos uma colaboração que seja incorporada, ainda 
>> que seja apenas uma vírgula, será convidado, caso queira, a fazer parte do 
>> coletivo de coautores e coautoras e terá a coautoria oficializada no 
>> registro do ISBN do livro.
>>
>> Ou seja, moleza total! Porque o que não falta, no atual estágio, são 
>> erros a serem corrigidos e melhorias a serem feitas.
>>
>> Pretendemos finalizar a revisão até o final do ano. Então fica aqui nosso 
>> convite de coautoria para vocês! Ajudem a divulgar. Pode ser, inclusive, 
>> uma atividade interessante para seus estudantes. 
>>
>> Saudações natalenses,
>> dos atuais coautores,
>>
>> Maria da Paz,
>> Ricardo Gentil,
>> Daniel Durante
>>
>> -- 
>> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" 
>> dos Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, 
>> envie um e-mail para logica-l+u...@dimap.ufrn.br.
>>
> Para ver esta discussão na web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/A2CDC78F-6685-4075-BBC6-154B02EC5D1F%40gmail.com
>> .
>>
>
>
> -- 
>  Marcelo Finger
>  Departament of Computer Science, IME
>  University of Sao Paulo
>  http://www.ime.usp.br/~mfinger
>  ORCID: https://orcid.org/-0002-1391-1175
>  ResearcherID: A-4670-2009
>

-- 
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
Para ver esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/e6156c75-2e24-4e17-ac9c-dc3eb0430d39n%40dimap.ufrn.br.


Re: [Logica-l] Para Todxs: Natal - Procuram-se coautoras e coautores

2021-05-28 Por tôpico Daniel Durante
Oi Andrea,

Você certamente vai encontrar muitos "lapsos" e coisas piores 
Muito obrigado por sua ajuda. A lista de coautores já começou a ficar 
chic!!!

Abraços,
Daniel.
Em sexta-feira, 28 de maio de 2021 às 14:07:05 UTC-3, aloparic escreveu:

> Que projeto legal, Daniel!
> Vou ler o texto e, se encontrar lapsos, preencho o forme mando.
> Sempre têm, corrigimos um do First Order Logic do Smullyan 
> quando fizemos a tradução. 
> Abração,
> Andres
>
> Em sex., 28 de mai. de 2021 às 12:35, Hermógenes Oliveira <
> oliv...@daad-alumni.de> escreveu:
>
>> Olá, Daniel.
>>
>> Muito legal o projeto!
>>
>> Há algum tempo atrás, eu escrevi para sondar sobre o projeto e, na 
>> ocasião, 
>> você me enviou as fontes LaTeX da tradução feita pelo grupo de Natal. Eu 
>> e 
>> Diego estamos usando o texto como livro didático das disciplinas de 
>> lógica 
>> aqui em João Pessoa. Para coordenar as nossas revisões do texto, Diego 
>> incluiu 
>> as fontes no GitHub sob a licença que acompanhava as fontes que você me 
>> forneceu, isto é CC-BY-4.0 (a mesma do projeto original):
>>
>> https://github.com/diegofernandess/paratodxs-rn-pb
>>
>> Nós fizemos algumas alterações e correções que estão espalhadas em quatro 
>> bifurcações ("branches"). Tentamos, na medida do possível, granularizar 
>> ao 
>> máximo nossas alterações em remendos ("commits") separados, adicionando 
>> comentários explicativos ou motivadores, sempre que possível (alguns, 
>> inclusive, contém discussões e divergências entre eu e Diego). A ideia é 
>> encorajar colaborações e permitir pinçar ("cherry pick") mudanças 
>> localizadas, 
>> facilitando a incorporação em versões paralelas (por quem quer que seja).
>>
>> Provavelmente, algumas de nossas correções não são mais aplicáveis, pois 
>> estão 
>> baseadas numa versão mais antiga do texto. Porém, talvez algumas delas 
>> ainda 
>> sejam de interesse.
>>
>> Noto que a versão atual contém capítulos sobre lógica modal  e 
>> metateoria. Eu 
>> havia começado a trabalhar no capítulo sobre lógica modal, mas 
>> infelizmente 
>> não pude avançar muito.
>>
>> Talvez convenha centralizarmos os esforços. Daí nós manteriamos um tronco 
>> separado do repositório de vocês. Isso facilitaria a troca de remendos 
>> entre 
>> as diversas versões.
>>
>> Cordialmente,
>>
>> --
>> Hermógenes Oliveira
>>
>>
>> -- 
>> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" 
>> dos Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, 
>> envie um e-mail para logica-l+u...@dimap.ufrn.br.
>> Para ver esta discussão na web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/1664059.lhQJIO16El%40avalon
>> .
>>
>

-- 
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
Para ver esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/2f265c4b-2070-40a3-8015-027226b1e4ffn%40dimap.ufrn.br.


Re: [Logica-l] Para Todxs: Natal - Procuram-se coautoras e coautores

2021-05-28 Por tôpico Daniel Durante
Que bacana, Hermógenes!

É muito bom saber que vocês aproveitaram e desenvolveram o projeto. Vamos 
fazer vários Para Todxs, com muitos sotaques! Esta é a ideia.

Sim, acho que seira ótimo juntarmos os diferentes Para Todxs em um único 
repositório com diversas ramificações. Além disso, as alterações/correções 
que vocês já fizeram certamente vão nos ajudar na nossa revisão.

Nós aqui em Natal ainda estamos engatinhando com o uso do GitHub. Quem sabe 
aprendemos algo com vocês. Nos falamos!

Abraços,
Daniel.


Em sexta-feira, 28 de maio de 2021 às 12:35:09 UTC-3, Hermógenes Oliveira 
escreveu:

> Olá, Daniel.
>
> Muito legal o projeto!
>
> Há algum tempo atrás, eu escrevi para sondar sobre o projeto e, na 
> ocasião, 
> você me enviou as fontes LaTeX da tradução feita pelo grupo de Natal. Eu e 
> Diego estamos usando o texto como livro didático das disciplinas de lógica 
> aqui em João Pessoa. Para coordenar as nossas revisões do texto, Diego 
> incluiu 
> as fontes no GitHub sob a licença que acompanhava as fontes que você me 
> forneceu, isto é CC-BY-4.0 (a mesma do projeto original):
>
> https://github.com/diegofernandess/paratodxs-rn-pb
>
> Nós fizemos algumas alterações e correções que estão espalhadas em quatro 
> bifurcações ("branches"). Tentamos, na medida do possível, granularizar ao 
> máximo nossas alterações em remendos ("commits") separados, adicionando 
> comentários explicativos ou motivadores, sempre que possível (alguns, 
> inclusive, contém discussões e divergências entre eu e Diego). A ideia é 
> encorajar colaborações e permitir pinçar ("cherry pick") mudanças 
> localizadas, 
> facilitando a incorporação em versões paralelas (por quem quer que seja).
>
> Provavelmente, algumas de nossas correções não são mais aplicáveis, pois 
> estão 
> baseadas numa versão mais antiga do texto. Porém, talvez algumas delas 
> ainda 
> sejam de interesse.
>
> Noto que a versão atual contém capítulos sobre lógica modal e metateoria. 
> Eu 
> havia começado a trabalhar no capítulo sobre lógica modal, mas 
> infelizmente 
> não pude avançar muito.
>
> Talvez convenha centralizarmos os esforços. Daí nós manteriamos um tronco 
> separado do repositório de vocês. Isso facilitaria a troca de remendos 
> entre 
> as diversas versões.
>
> Cordialmente,
>
> --
> Hermógenes Oliveira
>
>
>

-- 
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
Para ver esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/1c78db20-f8e0-40e7-aed8-03c44379bdf5n%40dimap.ufrn.br.


[Logica-l] Para Todxs: Natal - Procuram-se coautoras e coautores

2021-05-28 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Finalmente fechamos uma versão completa do nosso livro didático de introdução à 
lógica, o "Para Todxs: Natal", disponível aqui:

http://tiny.cc/wwpksz

O projeto completo, com os arquivos fontes do LaTeX, estão livremente 
disponíveis no GitHub aqui:

https://github.com/Grupo-de-Estudos-em-Logica-da-UFRN/Para-Todxs-Natal

Nossa versão é baseada no livro "forallx: Calgary" também livremente disponível 
 aqui:

https://forallx.openlogicproject.org/

Nós estamos agora iniciando a fase de revisão e necessitamos de ajuda. Como se 
trata de uma obra gratuita, de circulação livre, a única retribuição que 
podemos oferecer para quem nos ajudar é nada menos que a coautoria! Criamos um 
formulário Google neste link

https://forms.gle/yd4yH9WAo6TxAiSj8

onde é possível registrar erros de digitação ou de português, sugestões de 
reescrita, mal uso do jargão, mal uso de exemplos, críticas gerais,...

Qualquer um com pelo menos uma colaboração que seja incorporada, ainda que seja 
apenas uma vírgula, será convidado, caso queira, a fazer parte do coletivo de 
coautores e coautoras e terá a coautoria oficializada no registro do ISBN do 
livro.

Ou seja, moleza total! Porque o que não falta, no atual estágio, são erros a 
serem corrigidos e melhorias a serem feitas.

Pretendemos finalizar a revisão até o final do ano. Então fica aqui nosso 
convite de coautoria para vocês! Ajudem a divulgar. Pode ser, inclusive, uma 
atividade interessante para seus estudantes. 

Saudações natalenses,
dos atuais coautores,

Maria da Paz,
Ricardo Gentil,
Daniel Durante

-- 
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
Para ver esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/A2CDC78F-6685-4075-BBC6-154B02EC5D1F%40gmail.com.


Re: [Logica-l] Identidade e validade dedutiva

2021-05-01 Por tôpico Daniel Durante
Obrigado pela indicação, Bruno. Vou olhar sim.

Abraço,
Daniel. 
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 30 Apr 2021, at 13:10, bruno.ramos.mendonca 
>  wrote:
> 
> Oi Daniel:
> 
> O tratamento do conceito de analiticidade com base em lógicas bi-dimensionais 
> está apresentado no verbete da sep: 
> https://plato.stanford.edu/entries/two-dimensional-semantics/#:~:text=Two%2Ddimensional%20(2D)%20semantics,been%20applied%20to%20thought%20contents
>  
> .
> 
> "With a nod to Stalnaker (1978), we can call this the diagonal intension 
> associated with the sentence. In Kaplan’s semantic framework, a necessary 
> diagonal intension indicates that a sentence is logically valid and analytic: 
> it’s guaranteed by semantic rules to be true in every possible context in 
> which it is uttered, even though it may express distinct propositions in 
> different contexts."
> 
> O verbete em si é bastante esclarecedor.
> 
> Abraços
> Bruno
> 
> Em sexta-feira, 30 de abril de 2021 às 10:34:06 UTC-3, dura...@gmail.com 
>  escreveu:
> Oi Bruno, 
> 
> Sobre seu ponto (1), concordo plenamente com o que você diz. Eu só quis, em 
> minha mensagem, reforçar a ideia de que quando se inclui a identidade na 
> lógica, seu comportamento em entimemas será diferente daquele de quando se 
> considera a identidade um conceito não-lógico. 
> 
> Sobre seu ponto (2), não tenho muito a acrescentar. Nunca estudei a semântica 
> bi-dimensional. Acredito no que você diz. 
> 
> Sobre seu ponto (3), sua impressão está correta, foi o que eu quis dizer 
> mesmo. Mas veja que eu frisei que este é o caso apenas quando se admite que a 
> identidade não é uma constante lógica. Neste caso não há outra opção para uma 
> teoria da identidade (ou qualquer outra teoria) além de ser um conjunto de 
> premissas (axiomas). Se temos pretensões para algum conceito maiores do que 
> aquelas que cabem em uma axiomatização formal, temos só duas opções: ou o 
> incluímos na própria lógica e (num sentido estrito) abandonamos a lógica 
> clássica; ou admitimos que nosso conceito não é (ainda) formalizável e, neste 
> caso, os métodos formais não vão nos ajudar muito a estudá-lo. Melhor 
> abordá-lo discursivamente. 
> 
> Se temos lógicas diferentes, ou concepções lógicas diferentes, isso vai 
> afetar não só nosso entendimento dos conceitos lógicos, como também dos 
> não-lógicos. Suponha que eu e você compartilhamos os mesmos axiomas sobre a 
> identidade: Vx(x=x) e indiscernibilidade dos idênticos. Se você for um 
> clássico e eu um intuicionista, teremos, mesmo assim, teorias distintas sobre 
> a identidade. 
> 
> Então eu concordo totalmente quando você diz que a “via da adoção por adição 
> de premissas não é a única”. E ainda acrescento; ela não só não é a única 
> via, como não é a via inteira. É só um pedaço. A lógica que adotamos 
> contamina todos os conceitos que utilizamos. 
> 
> Um abraço, 
> Daniel. 
> - 
> Departamento de Filosofia - (UFRN) 
> http://danieldurante.weebly.com  
> 
> > On 30 Apr 2021, at 09:19, bruno.ramos.mendonca  > > wrote: 
> > 
> > Olá, Daniel: 
> > 
> > Obrigado pela sua mensagem e perdão pela demora em responder. 
> > 
> > 1. Sobre o caráter lógico da identidade. Pode ser razoável atacar a questão 
> > por essa via mas aqui corremos o risco de cair em uma ladeira escorregadia: 
> > também outras palavras presumivelmente lógicas podem ter a sua logicalidade 
> > posta em questão. Além disso, o fato de que há variadas teoria da 
> > identidade não é de saída um argumento contra a sua logicalidade. Também há 
> > diferentes concepções do significado da negação, e, apesar disso, esse é 
> > certamente um conceito lógico. 
> > 
> > 2. Sobre o caráter não-clássico dessa concepção sobre identidade. Nós não 
> > precisamos nos afastar do caso clássico aqui. Na verdade, o tratamento mais 
> > tradicional apela a uma semântica bi-dimensional onde os mundos possíveis 
> > são clássicos mas operam um duplo papel modal: em primeiro lugar, atribuem 
> > conteúdos proposicionais a enunciados e, em segundo lugar, avaliam 
> > aleticamente esses conteúdos. Com esse duplo papel modal pode-se definir 
> > com independência modalidades epistêmicas (a priori, a posteriori) e 
> > semânticas (analiticidade e sinteticidade). 
> > 
> > 3. Fiquei com a impressão de que, na sua intervenção, você identifica 
> > "adoção de uma teoria" com "adoção de um conjunto de premissas (que podem 
> > ser entinemáticas)". Noto isso quando você diz: 
> > >> Agora, se a identidade não está na lógica, ela pode se comportar de 
> > >> outras maneiras. Muitas abordagens diferentes sobre a identidade ficam 
> > >> disponíveis. Neste caso, para avaliar qualquer argumento que envolva a 
> > >> identidade, você precisará sempre incluir 

Re: [Logica-l] Identidade e validade dedutiva

2021-04-30 Por tôpico Daniel Durante
Oi Bruno,

Sobre seu ponto (1), concordo plenamente com o que você diz. Eu só quis, em 
minha mensagem, reforçar a ideia de que quando se inclui a  identidade na 
lógica, seu comportamento em entimemas será diferente daquele de quando se 
considera a identidade um conceito não-lógico.

Sobre seu ponto (2), não tenho muito a acrescentar. Nunca estudei a semântica 
bi-dimensional. Acredito no que você diz. 

Sobre seu ponto (3), sua impressão está correta, foi o que eu quis dizer mesmo. 
Mas veja que eu frisei que este é o caso apenas quando se admite que a 
identidade não é uma constante lógica. Neste caso não há outra opção para uma 
teoria da identidade (ou qualquer outra teoria) além de ser um conjunto de 
premissas (axiomas). Se temos pretensões para algum conceito maiores do que 
aquelas que cabem em uma axiomatização formal, temos só duas opções: ou o 
incluímos na própria lógica e (num sentido estrito) abandonamos a lógica 
clássica; ou admitimos que nosso conceito não é (ainda) formalizável e, neste 
caso, os métodos formais não vão nos ajudar muito a estudá-lo. Melhor abordá-lo 
discursivamente.

Se temos lógicas diferentes, ou concepções lógicas diferentes, isso vai afetar 
não só nosso entendimento dos conceitos lógicos, como também dos não-lógicos. 
Suponha que eu e você compartilhamos os mesmos axiomas sobre a identidade: 
Vx(x=x) e indiscernibilidade dos idênticos. Se você for um clássico e eu um 
intuicionista, teremos, mesmo assim, teorias distintas sobre a identidade.

Então eu concordo totalmente quando você diz que a “via da adoção por adição de 
premissas não é a única”. E ainda acrescento; ela não só não é a única via, 
como não é a via inteira. É só um pedaço. A lógica que adotamos contamina todos 
os conceitos que utilizamos.

Um abraço,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

> On 30 Apr 2021, at 09:19, bruno.ramos.mendonca 
>  wrote:
> 
> Olá, Daniel:
> 
> Obrigado pela sua mensagem e perdão pela demora em responder.
> 
> 1. Sobre o caráter lógico da identidade. Pode ser razoável atacar a questão 
> por essa via mas aqui corremos o risco de cair em uma ladeira escorregadia: 
> também outras palavras presumivelmente lógicas podem ter a sua logicalidade 
> posta em questão. Além disso, o fato de que há variadas teoria da identidade 
> não é de saída um argumento contra a sua logicalidade. Também há diferentes 
> concepções do significado da negação, e, apesar disso, esse é certamente um 
> conceito lógico.
> 
> 2. Sobre o caráter não-clássico dessa concepção sobre identidade. Nós não 
> precisamos nos afastar do caso clássico aqui. Na verdade, o tratamento mais 
> tradicional apela a uma semântica bi-dimensional onde os mundos possíveis são 
> clássicos mas operam um duplo papel modal: em primeiro lugar, atribuem 
> conteúdos proposicionais a enunciados e, em segundo lugar, avaliam 
> aleticamente esses conteúdos. Com esse duplo papel modal pode-se definir com 
> independência modalidades epistêmicas (a priori, a posteriori) e semânticas 
> (analiticidade e sinteticidade).
> 
> 3. Fiquei com a impressão de que, na sua intervenção, você identifica "adoção 
> de uma teoria" com "adoção de um conjunto de premissas (que podem ser 
> entinemáticas)". Noto isso quando você diz:
> >> Agora, se a identidade não está na lógica, ela pode se comportar de outras 
> >> maneiras. Muitas abordagens diferentes sobre a identidade ficam 
> >> disponíveis. Neste caso, para avaliar qualquer argumento que envolva a 
> >> identidade, você precisará sempre incluir nas premissas do argumento os 
> >> axiomas da sua teoria da identidade. Nos contextos em que esta teoria da 
> >> identidade está clara, você pode omitir seus axiomas, transformando seu 
> >> argumento em um entimema.
> 
> No entanto (ainda que isso possa ser alvo de controvérsia filosófica) uma 
> teoria lógica também pode ser adotada. Porém, ela não é adotável do mesmo 
> modo que um conjunto de premissas ou hipóteses é adotável. A via da adoção 
> por adição de premissas não é a única possível, e talvez nem seja possível 
> quando falamos dos elementos lógicos que governam a validade dos nossos 
> argumentos.
> 
> Abraço
> Bruno

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Re: [Logica-l] Identidade e validade dedutiva

2021-04-28 Por tôpico Daniel Durante
Oi Bruno,

Sua questão é interessante.

> Por outro lado, nós poderíamos nos questionar: as próprias normas da lógica 
> (aquilo que pode ser formalizado com axiomas e regras de transformação em um 
> sistema dedutivo) são também entinemas dos argumentos onde operam? Há razões 
> para pensar que não.
…

> Esse é também o caso das instâncias de identidade?
…

> Enfim, acho que a questão que estou propondo aqui pode também ser formulada 
> assim: quais são as consequências para o eventual caráter entinemático das 
> identidades (informativas) que se pode inferir de uma teoria da referência 
> direta dos nomes próprios?

A identidade é levemente diferente dos outros operadores lógicos porque nós 
ainda não nos decidimos sobre se a identidade é ou não um conceito lógico! 
Mesmo entre os clássicos há divergência. Alguns incluem a identidade na lógica, 
alguns não incluem.

Tirar a identidade da lógica não é matá-la. É apenas flexibilizá-la. Ao invés 
de impor-lhe um significado único, fixado nas regras da semântica formal, 
permite-se diferentes interpretações (teorias) da identidade sob a mesma lógica.

Bem, então se a identidade está na lógica, ela deve se comportar como os outros 
conceitos lógicos, com respeito aos entimemas. No seu exemplo, não faz 
diferença assumir ou não a identidade ‘j=j’ para comprovar a validade do 
argumento 3|=4, porque eu posso, a qualquer momento, em qualquer prova, afirmar 
esta identidade. Já a identidade ‘h=p’ no argumento 5|=6 precisa ser assumida 
ou como premissa explícita ou implicitamente, pelo menos na lógica clássica, 
caso contrário o argumento será formalmente inválido.

Agora, se a identidade não está na lógica, ela pode se comportar de outras 
maneiras. Muitas abordagens diferentes sobre a identidade ficam disponíveis. 
Neste caso, para avaliar qualquer argumento que envolva a identidade, você 
precisará sempre incluir nas premissas do argumento os axiomas da sua teoria da 
identidade. Nos contextos em que esta teoria da identidade está clara, você 
pode omitir seus axiomas, transformando seu argumento em um entimema.

O problema, no entanto, é mais complicado que isso. Eu estou assumindo aqui, 
para simplificar, a lógica clássica como lógica “base”. Mas nem todas as 
teorias da identidade são compatíveis com a lógica clássica. Você talvez não 
consiga axiomas clássicos que expressem o comportamento da identidade que você 
tem em mente. Precisará, então, de uma lógica alternativa. Neste caso, eu não 
recomendo deixar nada implícito. Melhor é evitar os entimemas e explicitar 
todas as teorias envolvidas com o argumento que você quer avaliar.

Saudações,
Daniel.
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Re: [Logica-l] Validade dedutiva

2021-04-26 Por tôpico Daniel Durante
Oi Anderson,
 

> Eu traduzi o editor e corretor de provas por dedução natural deles (do 
> Open Logic Project), pra usar em aulas em tempos de pandemia... (por 
> enquanto está hospedado aqui: http://andersonnakano.hyperphp.com/)
>

Que bacana!! Tem como exportar a prova pronta para um arquivo .pdf? Se você 
topar, podemos incluir sua tradução no no "Para Todxs: Natal". Em breve 
teremos um site e o projeto disponível no GitHub.

Saudações,
Daniel.
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Re: [Logica-l] Validade dedutiva

2021-04-25 Por tôpico Daniel Durante
Oi Anderson (e colegas),

A questão é muito boa. Eu não vejo grandes problemas com a definição de 
validade do P. Smith que você citou.

"Um argumento é dedutivamente válido se não há situação possível que torna as 
premissas do argumento verdadeiras e a conclusão falsa".

Só precisamos lembrar que ela é uma definição aberta ou incompleta. Para 
completá-la, precisamos, como sugeriu o Cezar, pelo menos responder à pergunta:

 - Quais situações (estados de coisas) são admissíveis (possíveis), e quais não 
são?

Com esta pergunta em mente, podemos definir diferentes validades:

.Validade nomológica:
 - não são admissíveis situações que violam as "leis da ciência".

.Validade conceitual (ou analítica):
 - não são admissíveis situações que violam as relações entre nossos conceitos 
(ou seja, situações que alteram os significados das palavras).

.Validade formal:
 - não são admissíveis situações que violam os conceitos formais (lógicos), ou 
seja, o "significado dos operadores lógicos" E, OU, NÃO, SE...ENTÃO, ALGUM, 
TODO,...

Se você fizer assim, então os casos embaraçosos, podem ser classificados como 
conceitualmente válidos, ou nomologicamente válidos, mas não como formalmente 
válidos.

"Héspero é o planeta Vênus. Logo, Fósforo é o planeta Vênus" é nomologicamente 
válido, dado que qualquer contraexemplo deste argumento precisa violar a 
identidade entre Héspero e Fósforo, que é um fato científico. Mas este 
argumento não é formalmente válido, porque uma situação em que Héspero não é 
Fósforo é contraexemplo do argumento e não viola nenhum dos conceitos formais.

O argumento "Antônio é solteiro. Logo, ele não é casado", por exemplo, é 
conceitualmente válido, pois qualquer contraexemplo teria que violar a relação 
entre os conceitos de solteiro e casado. Mas este argumento não é logicamente 
válido, porque quando é permitido dar outros significados às palavras, podemos 
admitir situações em que Antônio é ambos, solteiro e casado.

Já o argumento "Todos os homens são mortais. Logo, Sócrates é mortal" me parece 
diferente dos outros. Se fosse "Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal" ele 
seria nomologicamente válido, já que a mortalidade humana é um fato científico. 
Mas do jeito que você propõe, me parece um entimema e será logicamente válido, 
aplicando o princípio da caridade, conforme o Walter sugeriu, em qualquer 
contexto em que esteja claro que Sócrates é um ser humano. 

A vantagem de definir a validade assim, através de situações (estados de 
coisas), é que fica bem fácil explicar para os alunos iniciantes tanto o 
caráter formal da lógica, quanto a existência de lógicas não-clássicas.

A lógica é formal porque quase tudo cabe nas situações que ela admite: os 
elefantes serem solúveis em água, a lua ser uma bola de queijo, pessoas serem 
solteiras e casadas,... as únicas situações inadmissíveis são aqueles que 
violam os significados dos conceitos formais (lógicos) E, OU, NÃO,...

E as lógicas não-clássicas tornam-se inteligíveis porque é fácil entender que 
podemos conceber interpretações alternativas para os conceitos formais. A 
interpretação clássica é bivalente. A sentença "João é careca" tem que ser 
verdadeira ou falsa em qualquer situação admissível. Mas ainda que inadmissível 
classicamente, uma situação em que a sentença "João é careca" não é nem 
verdadeira nem falsa é concebível. João pode ter cabelo ralo, pode estar no 
limite da calvície, de modo que seria injusto classificar tanto como verdadeira 
quanto como falsa a sentença "João é careca". Pronto, temos aqui um ponto de 
partida simples para explicar por que faz sentido haver lógicas alternativas 
que violam, por exemplo, o princípio do terceiro excluído.

No "Para Todxs: Natal" (http://tiny.cc/wwpksz), seguindo a proposta do 
"forallx: Calgary" (http://forallx.openlogicproject.org/forallxyyc-print.pdf), 
seguimos este caminho.

Saudações,
Daniel
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
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> On 24 Apr 2021, at 21:36, Anderson Nakano  wrote:
> 
> 
> Caros, essa pergunta é para quem leciona Lógica I...
> 
> Qual é a definição de validade dedutiva que vocês usam? Eu uso como base o 
> livro do P. Smith (IFL II), e a definição (que é comum) é a seguinte: "Um 
> argumento é dedutivamente válido se não há situação possível que torna as 
> premissas do argumento verdadeira e a conclusão falsa".
> 
> É, entretanto, embaraçoso aceitar argumentos do tipo: 
> 
> Héspero é o planeta Vênus. Logo, Fósforo é o planeta Vênus
> 
> como dedutivamente válidos. Ou ainda
> 
> Todos os homens são mortais. Logo, Sócrates é mortal
> 
> (peço que aceite que não há situação possível em que Sócrates não seja um 
> homem).
> 
> No livro Lógica Elementar, Desidério Murcho faz uma distinção entre 
> possibilidades aléticas e conceituais para se esquivar desse tipo de 
> embaraço. Isso depende, entretanto, da distinção analítico/sintético (não que 
> isso seja, por si só, problemático, mas, a meu ver, evitá-la seria uma 
> 

Re: [Logica-l] Vácuo

2021-04-09 Por tôpico Daniel Durante
Viva João,

Obrigado por sua mensagem. Muito bacana! Eu tenho dois comentários sobre ela, 
mas só vou fazer um aqui, porque tenho 60 provas para corrigir...

Eu acho que as pessoas de bom senso:
 
- Rejeitariam seu lema [1], porque como (A) é uma falsidade, (A)&(C) também é. 
E as pessoas de bom senso não perdem tempo tentando tirar conclusões de 
falsidades.

- Rejeitariam também seus lemas [2] e [3], porque (B) é verdadeira, mas tanto 
(A) quanto (D) são falsas. E as pessoas de bom senso sabem que a falsidade não 
se segue da verdade.

- Rejeitariam também seu lema [4] pelo mesmo motivo que elas rejeitam seu lema 
[1]. Como (D) é falsa, nada que seja verdadeiro pode se seguir de (D). Sim, eu 
sei que isso é estranho, mas é que as pessoas de bom senso não são como nós. 
Elas não usam a lógica para pensar. Elas usam o bom senso. Eu tento imitá-las, 
mas nem sempre consigo...

Bem, então as pessoas de bom senso rejeitariam seu teorema, o que é algo de 
muito bom senso a ser feito, já que ele afirma que uma verdade (B) é 
equivalente a uma falsidade (A)!

Meu segundo comentário, bem menos importante, eu deixo para uma outra hora em 
que eu tenha que corrigir 60 provas e queira, como hoje, procrastinar. Mas só 
para antecipar: a implicação intuicionista não é indicativa. É subjuntiva.


Saudações,
Daniel.

-
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> On 9 Apr 2021, at 14:30, Joao Marcos  wrote:
> 
>> Então, se você me perguntar se a sentença em português
>> 
>>  "Todos os seres humanos com mais de 200 anos têm menos de 100 anos."
>> 
>> é verdadeira ou falsa, eu fico com as pessoas de bom senso e digo que ela é 
>> falsa.
> 
> Interessante este jogo, Daniel!  Posso brincar também? ;-)
> 
> ASSERÇÃO:
> A sua sentença
> (A) "Todos os seres humanos com mais de 200 anos têm menos de 100 anos."
> é equivalente
> (tomando por base, digamos, uma aritmética intuicionista)
> à sentença
> (B) "Nenhum ser humano tem mais de 200 anos."
> 
> FORMALIZAÇÃO:
> Digamos que a sentença (A) tem a forma (∀x:H)(idade(x)>200 → idade(x)<100),
> e que a sentença (B) tem a forma (∀x:H)¬(idade(x)>200).
> Considere ainda as duas sentenças adicionais:
> "Nenhum ser humano com menos de 100 anos tem mais de 200 anos."
> (C) (∀x:H)(idade(x)<100 → ¬(idade(x)>200))
> "Nenhum ser humano com mais de 200 anos tem mais de 200 anos."
> (D) (∀x:H)(idade(x)>200 → ¬(idade(x)>200))
> 
> LEMAS:
> [1]  (A)&(C) ⊢ (D)
> [2]  (B) ⊢ (A)
> [3]  (B) ⊢ (D)
> [4]  (D) ⊢ (B)
> 
> Pelo que entendi do que você disse anteriormente, as "pessoas de bom
> senso" (?) estariam dispostas a aceitar a verdade aritmética de (C).
> Logo, _em tal teoria_ podemos imediatamente estabelecer:
> 
> TEOREMA:
> (A) é equivalente a (B).
> 
> PERGUNTA:
> Você também estaria disposto a defender que a sentença (B) é
> "necessariamente falsa"?
> 
> []s, Joao Marcos
> 
> 
> PS: A implicação empregada usada acima é intuicionista, "normalzinha".
> Vale talvez notar, ainda, que a explosividade da negação
> (intuicionista) é usada nos lemas acima, o que certamente introduz um
> passo "não-relevante" na argumentação.
> 
> 
> --
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Re: [Logica-l] Vácuo

2021-04-09 Por tôpico Daniel Durante
quot;Todos os seres humanos com mais de 200 anos têm menos de 100 anos."

como uma afirmação contrafactual, no subjuntivo, que nos convida a refletir 
sobre o que ocorreria se houvesse pessoas com mais de 200 anos. Algo como:
  
  "Qualquer ser humano que tiver mais de 200 anos, terá menos de 100 anos"

  "Se um ser humano tivesse mais de 200 anos, ele teria menos de 100 anos"

  "Todos os seres humanos que tivessem mais de 200 anos, teriam menos de 100 
anos"

Bem, em qualquer leitura subjuntiva, esta sentença é claramente FALSA. Se um 
ser humano tivesse mais de 200 anos ele não teria menos de 100. E em sua 
leitura subjuntiva, estas sentenças não são simbolizadas pela nossa sentença 
verdadeira 

  Vx[(Humano(x) & idade(x)>200) -> idade(x)<100]

Sua simbolização é muito mais sutil e complexa e exige sistemas com semânticas 
intensionais (com mundos possíveis, ou com multivaloração, ou...)

Então, se você me perguntar se a sentença em português 

  "Todos os seres humanos com mais de 200 anos têm menos de 100 anos."

é verdadeira ou falsa, eu fico com as pessoas de bom senso e digo que ela é 
falsa. Se você fizer careta, eu explico minha leitura subjuntiva e digo que se 
você tivesse me perguntado sobre a sentença

  Vx[(Humano(x) & idade(x)>200) -> idade(x)<100]

eu teria dito que ela é verdadeira por falta de contraexemplo.

Saudações,
Daniel.

-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
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> On 8 Apr 2021, at 16:47, Tiago de Lima  wrote:
> 
> Olá,
> 
> Depois do email de Daniel Durante eu fiquei com uma dúvida. Que tal essa 
> frase aqui:
> 
> Todos os seres humanos com mais de 200 anos têm mais de 100 anos.
> 
> Daniel, o que você acha? É verdadeiro por vacuidade ou é verdadeiro pour um 
> outro motivo? E essa outra:
> 
> Todos os seres humanos com mais de 200 anos têm mais de 300 anos.
> 
> é verdadeira?
> 
> --
> Tiago.
> 
> -- 
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> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para ver esta discussão na web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/45b471a4-cdb3-d629-8073-887bc0aea202%40gmail.com.

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Re: [Logica-l] outra noticia triste: Roberto Bedregal (UFPB)

2021-04-08 Por tôpico Daniel Durante
Muito triste mesmo. Também envio meus melhores pensamentos para Benjamin, 
Claudio, a família e os amigos.

Daniel.
-
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> On 7 Apr 2021, at 18:03, Marcelo Esteban Coniglio  wrote:
> 
> Notícia muitissimo triste. Uma perda enorme. Meus sentimentos para o
> Benjamin, o Claudio e todos seus familiares e amigos.
> 
> Marcelo
> 
> Em qua., 7 de abr. de 2021 às 12:31, valeria.depaiva
>  escreveu:
>> 
>> do Twitter do Thiago da Silva ontem
>> 
>> Hoje a Matemática brasileira perde um grande nome para a Covid: prof. 
>> Roberto Bedregal (UFPB). Um exímio geômetria algebrista, de uma simpatia 
>> inigualável e sorriso franco. Foi uma honra conhecê-lo, professor.
>> 
>> --
>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
>> Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie 
>> um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
>> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/d0087cb8-1623-4213-9d0c-4811c52deae9n%40dimap.ufrn.br.
> 
> -- 
> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para ver esta discussão na web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAKuKcnLPizvfUHpR7LDMq0iot%3D03p2mf0%2BQroRuaZh6QsDkZJg%40mail.gmail.com.

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Re: [Logica-l] Vácuo

2021-04-08 Por tôpico Daniel Durante
Oi Prolo,

Eu sou ainda mais radical que você. Meus ouvidos doem toda vez que digo, 
simplesmente, que algo “vacuosly true” é “true". Todos os seres humanos com 
mais de 200 anos têm três pés? Quem falou? Como é que você sabe disso? 

De todo modo, “vacuamente verdadeiro” ou “verdadeiro por vacuidade” acho que 
estão convcencionalmente estabelecidos. 

Mas se você quiser ser mais literal, ou descritivo, não acho que é pecado dizer 
“verdadeiro mas não instanciável” ou “verdadeiro por falta de contraexemplo” ou 
“verdadeiro mas não exemplificado” ou algo do gênero. 

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
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> On 7 Apr 2021, at 21:23, Carlos Augusto Prolo  wrote:
> 
> Prezados,
> como se diz (ou como vocês dizem)  vacuosly true, vacuos true in português?
> Cada vez que que eu começo a dizer "vacuamente verdadeira" meus ouvidos doem 
> que só e eu chaveio (switcho?) para inglês.
> 
> Abraço,
> Prolo
> 
> -- 
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br 
> .
> Para ver essa discussão na Web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAD7MeJtYJO8SDJ1wwrsCaCMk8EQPTsRWnJPe95-FHr1TswNo5w%40mail.gmail.com
>  
> .

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Re: [Logica-l] Quantificação objetual ou substitucional?

2021-03-19 Por tôpico Daniel Durante
Oi Henrique,

Eu tendo a concordar com a suspeita original de vocês. Me parece que este modo 
de interpretar os quantificadores por estruturas c-variantes é um caso de 
interpretação objetual.
A única mudança na linguagem é o acréscimo de uma única constante. O resto da 
“maquinaria” da interpretação parece ficar todo na metalinguagem, como ocorre 
na interpretação objetual.
As restrições de enumerabilidade que a interpretação substitucional coloca nos 
quantificadores não me parecem que vão se aplicar neste caso das estruturas 
c-variantes. Por isso ela me parece objetual.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
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> On 19 Mar 2021, at 10:10, Henrique Antunes  
> wrote:
> 
> Olá a tod@s,
> 
> Espero que estejam bem.
> 
> Há alguns dias eu e o Abílio estamos às voltas sobre como classificar uma 
> determinada interpretação dos quantificadores de primeira ordem entre 
> objetual ou substitucional. Talvez, alguns dos membros da lista possam 
> nos ajudar a esclarecer a questão.
> 
> Alguns livros-texto interpretam os quantificadores em termos das instâncias 
> de substituição da fórmula quantificada, o que exige que para cada elemento 
> no domínio da estrutura exista ao menos uma constante na linguagem que o 
> denote (e.g., Shoenfield). Em outros livros (e.g., Mendelson, Enderton), 
> os autores optam pela interpretação original formulada por Tarski, 
> seja através de sequências ou atribuições ("assignments"). 
> 
> A segunda interpretação é objetual, ao passo que a primeira é substitucional. 
> Há, porém, uma terceira interpretação que talvez seja menos conhecida. 
> Trata-se daquela encontrada nos livros do Mates e do Bostock ("Intermediate 
> Logic"). A ideia é selecionar uma determinada constante 'c' que não ocorre na 
> sentença quantificada, substituir a variável quantificada por 'c', e avaliar 
> a 
> sentença resultante em todas estruturas que diferem da estrutura original no 
> máximo quanto à interpretação de 'c'. Essas estruturas são chamadas 
> "c-variantes". 
> Assim, \forall xPx é verdadeira na estrutura original sse Pc é verdadeira em 
> todas 
> as estruturas c-variantes.
> 
> A nossa questão é como exatamente classificar os quantificadores quando  
> interpretados dessa forma: eles são objetuais ou substitucionais? Por um 
> lado,   
> o fato de definirmos verdade em uma estrutura sem antes definir satisfação 
> parece 
> apontar para a segunda opção, ao passo que o fato de a interpretação não 
> envolver 
> todas as instâncias de substituição (mas apenas uma) leva a crer que trata-se 
> de 
> uma interpretação objetual. Estamos inclinados a acreditar que a segunda 
> análise é 
> a mais correta, mas sem certeza absoluta. Talvez a distinção nem se aplique 
> nesse 
> caso. 
> 
> Comentários e esclarecimentos sobre a questão seriam muito bem-vindos.
> 
> Abraços e obrigado
> 
> -- 
> Henrique Antunes
> 
> -- 
> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para ver esta discussão na web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/BY5PR19MB4018C55C1C800CDA1BE8E2059D689%40BY5PR19MB4018.namprd19.prod.outlook.com.

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Re: [Logica-l] Re: videopédia "Introdução Computacional à Lógica Matemática"

2020-10-22 Por tôpico Daniel Durante
Oi Eduardo,

É um artigo meu que está la no site:
"Filosofia Sem Filósofos: análise de conceitos como método e conteúdo para 
o ensino médio"
https://danieldurante.weebly.com/uploads/2/2/9/3/22938190/alves-2013_filosofia_sem_filosofos.pdf

Um abraço,
Daniel.

Em quinta-feira, 22 de outubro de 2020 às 16:14:04 UTC-3, eduardoochs 
escreveu:

> Daniel, onde tem coisas sobre o Metodo de Wilson?
> E' em alguma videoaula especifica?
> Eu nunca ouvi falar dele e fiquei curioso...
> [[]], E.
>
> On Thu, 22 Oct 2020 at 16:01, Daniel Durante  wrote:
> >
> > Obrigado, Cassiano!
> >
> > Hoje em dia tem estas ferramentas Wix, Wordpress, Weelby, que facilitam 
> muito a criação e manutenção do site. Eu recomendo. É bem mais fácil que 
> atualizar o Lattes!
> >
> > Sobre o método do Wilson, eu uso principalmente com meus alunos de pós 
> do meio-ambiente. Eles não têm formação em filosofia, são cobrados a fazer 
> pesquisas interdisciplinares, e seus orientadores, mesmo bem intencionados, 
> quase sempre têm mentalidade disciplinar. Então eu os provoco a aplicarem o 
> método de Wilson em suas próprias questões de pesquisa para tentar extrair 
> daí conceitos que "atravessem" as disciplinas e os levem a fazer pesquisas 
> realmente interdisciplinares.
> >
> > Acho que tem dado certo. Fico orgulhoso quando sou convidado para alguma 
> banca e consigo ver alguns resultados das análises de conceitos que eles 
> fizeram na minha disciplina em suas teses e dissertações.
> >
> > Um abraço,
> > Daniel.
> >
> > Em quinta-feira, 22 de outubro de 2020 às 11:32:08 UTC-3, Cassiano Terra 
> Rodrigues escreveu:
> >>
> >> Daniel, parabéns pela iniciativa e também pelo teu website, q é 
> sensacional!
> >> Nunca consegui ter uma página na web tão boa e organizada, fiquei com 
> aquela invejinha boa de querer ser como vc.
> >> Agradeço tb pela sistematização do método do John Wilson, vou usar com 
> meus alunos.
> >> Um abraço,
> >> cass.
> >>
> >>
> >> On Wednesday, October 21, 2020 at 11:19:15 AM UTC-3 dura...@gmail.com 
> wrote:
> >>>
> >>> Parabéns, João,
> >>>
> >>> Excelente iniciativa. A UFRN está mesmo na vanguarda. Parabéns!!!
> >>> Aproveito sua mensagem e faço uma propagandinha aqui também.
> >>> Eu, aqui na filosofia, também estou produzindo um material didático 
> introdutório em lógica, baseado na nossa versão brasileira do Forall_x (o 
> ParaTodxs - Natal).
> >>>
> >>> Videoaulas:
> >>> https://danieldurante.weebly.com/videoaulas_logica.html
> >>>
> >>> Livro:
> >>> https://philpapers.org/go.pl?id=MAGPTN=MAGPTNv1
> >>>
> >>> O foco são meus alunos de filosofia, muito pouco alfabetizados 
> matematicamente. É lógica misturada com filosofia da lógica. Então, o curso 
> será um pouco sonolento para muitos estudantes de outras áreas.
> >>> E eu também não sei ser youtuber. Dou aulas longas de 1h mais ou 
> menos. Mas tem funcionado para meus alunos.
> >>>
> >>> De fato, dá MUITO trabalho fazer isso. Mas com o tempo aprendemos. Meu 
> principal problema é a vizinhança. Moro em casa e aqui perto tem galinha, 
> pombos, cachorros, carro do gás, do ovo, do picolé Caicó,... Mas a gente 
> grava assim mesmo!
> >>> Devo acabar a introdução à lógica proposicional na próxima semana e 
> farei algumas aulas introdutórias sobre primeira ordem antes do fim do 
> semestre. Só semântica. Sem sistemas de prova.
> >>>
> >>> Comentários, sugestões e principalmente correções, porque certamente 
> há muitos deslizes, também são muito bem-vindos.
> >>>
> >>> Saudações,
> >>> Daniel.
> >>>
> >>>
> >>> Em terça-feira, 20 de outubro de 2020 às 09:41:18 UTC-3, Joao Marcos 
> escreveu:
> >>>>
> >>>> * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * 
> *
> >>>>
> >>>> Introdução Computacional à Lógica Matemática
> >>>> 
> http://lolita.dimap.ufrn.br/logicwiki/index.php/Introdu%C3%A7%C3%A3o_Computacional_%C3%A0_L%C3%B3gica_Matem%C3%A1tica
> >>>>
> >>>> Trata-se de uma _videopédia_ que aborda temas básicos ligados à
> >>>> Lógica Clássica (e um pouco de Lógica Intuicionista, também), com
> >>>> sabor levemente computacional, cobrindo (presentemente) os temas:
> >>>> - relações de consequência
> >>>> - sintaxe lógica proposicional e de primeira ordem
> >>>> - o fo

[Logica-l] Re: videopédia "Introdução Computacional à Lógica Matemática"

2020-10-22 Por tôpico Daniel Durante
Obrigado, Cassiano!

Hoje em dia tem estas ferramentas Wix, Wordpress, Weelby, que facilitam 
muito a criação e manutenção do site. Eu recomendo. É bem mais fácil que 
atualizar o Lattes!

Sobre o método do Wilson, eu uso principalmente com meus alunos de pós do 
meio-ambiente. Eles não têm formação em filosofia, são cobrados a fazer 
pesquisas interdisciplinares, e seus orientadores, mesmo bem intencionados, 
quase sempre têm mentalidade disciplinar. Então eu os provoco a aplicarem o 
método de Wilson em suas próprias questões de pesquisa para tentar extrair 
daí conceitos que "atravessem" as disciplinas e os levem a fazer pesquisas 
realmente interdisciplinares.

Acho que tem dado certo. Fico orgulhoso quando sou convidado para alguma 
banca e consigo ver alguns resultados das análises de conceitos que eles 
fizeram na minha disciplina em suas teses e dissertações.

Um abraço,
Daniel.


Em quinta-feira, 22 de outubro de 2020 às 11:32:08 UTC-3, Cassiano Terra 
Rodrigues escreveu:

> Daniel, parabéns pela iniciativa e também pelo teu website, q é 
> sensacional! 
> Nunca consegui ter uma página na web tão boa e organizada, fiquei com 
> aquela invejinha boa de querer ser como vc. 
> Agradeço tb pela sistematização do método do John Wilson, vou usar com 
> meus alunos.
> Um abraço,
> cass. 
>
>
> On Wednesday, October 21, 2020 at 11:19:15 AM UTC-3 dura...@gmail.com 
> wrote:
>
>> Parabéns, João,
>>
>> Excelente iniciativa.  A UFRN está mesmo na vanguarda. Parabéns!!!
>> Aproveito sua mensagem e faço uma propagandinha aqui também.
>> Eu, aqui na filosofia, também estou produzindo um material didático 
>> introdutório em lógica, baseado na nossa versão brasileira do Forall_x (o 
>> ParaTodxs - Natal).
>>
>> Videoaulas:
>> https://danieldurante.weebly.com/videoaulas_logica.html
>>
>> Livro:
>> https://philpapers.org/go.pl?id=MAGPTN=MAGPTNv1
>>
>> O foco são meus alunos de filosofia, muito pouco alfabetizados 
>> matematicamente. É lógica misturada com filosofia da lógica. Então, o curso 
>> será um pouco sonolento para muitos estudantes de outras áreas.
>> E eu também não sei ser youtuber. Dou aulas longas de 1h mais ou menos. 
>> Mas tem funcionado para meus alunos. 
>>
>> De fato, dá MUITO trabalho fazer isso. Mas com o tempo aprendemos. Meu 
>> principal problema é a vizinhança. Moro em casa e aqui perto tem galinha, 
>> pombos, cachorros, carro do gás, do ovo, do picolé Caicó,... Mas a gente 
>> grava assim mesmo!
>> Devo acabar a introdução à lógica proposicional na próxima semana e farei 
>> algumas aulas introdutórias sobre primeira ordem antes do fim do semestre. 
>> Só semântica. Sem sistemas de prova.
>>
>> Comentários, sugestões e principalmente correções, porque certamente há 
>> muitos deslizes, também são muito bem-vindos.
>>
>> Saudações,
>> Daniel.
>>
>>
>> Em terça-feira, 20 de outubro de 2020 às 09:41:18 UTC-3, Joao Marcos 
>> escreveu:
>>
>>> * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * 
>>>
>>> Introdução Computacional à Lógica Matemática 
>>>
>>> http://lolita.dimap.ufrn.br/logicwiki/index.php/Introdu%C3%A7%C3%A3o_Computacional_%C3%A0_L%C3%B3gica_Matem%C3%A1tica
>>>  
>>>
>>> Trata-se de uma _videopédia_ que aborda temas básicos ligados à 
>>> Lógica Clássica (e um pouco de Lógica Intuicionista, também), com 
>>> sabor levemente computacional, cobrindo (presentemente) os temas: 
>>> - relações de consequência 
>>> - sintaxe lógica proposicional e de primeira ordem 
>>> - o formalismo da Dedução Natural 
>>> - as estruturas de interpretação (clássicas) de primeira ordem 
>>> Faço observar que o material foi criado para cobrir um curso 
>>> introdutório (formal) correspondente a aproximadamente 30 horas-aula, 
>>> e contém atualmente cerca de 60 vídeos distribuídos em cerca de 30 
>>> verbetes, totalizando cerca de 10 horas de gravação cuidadosamente 
>>> editada. 
>>>
>>> * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * 
>>>
>>> Este material foi construído ao longo de dois meses de trabalho 
>>> intenso, nos quais contei principalmente com a ajuda de Vitor Greati e 
>>> de Patrick Terrematte. 
>>>
>>> Comentários e sugestões dos colegas que possam impactar eventuais 
>>> futuras atualizações desta videopédia são sempre bem-vindos! 
>>>
>>> Com votos de que possa haver algo aqui que venha a ser útil à nossa 
>>> comunidade, 
>>> Joao Marcos 
>>>
>>> -- 
>>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/ 
>>>
>>

-- 
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[Logica-l] Re: videopédia "Introdução Computacional à Lógica Matemática"

2020-10-22 Por tôpico Daniel Durante
Obrigado, Cassiano!

Hoje em dia tem estas ferramentas Wix, Wordpress, Weelby, que facilitam 
muito a criação e manutenção do site. Eu recomendo. É bem mais fácil que 
atualizar o Lattes!

Sobre o método do Wilson, eu uso principalmente com meus alunos de pós do 
meio-ambiente. Eles não têm formação em filosofia, são cobrados a fazer 
pesquisas interdisciplinares, e seus orientadores, mesmo bem intencionados, 
quase sempre têm mentalidade disciplinar. Então eu os provoco a aplicarem o 
método de Wilson em suas próprias questões de pesquisa para tentar extrair 
daí conceitos que "atravessem" as disciplinas e os levem a fazer pesquisas 
realmente interdisciplinares.

Acho que tem dado certo. Fico orgulhoso quando sou convidado para alguma 
banca e consigo ver alguns resultados das análises de conceitos que eles 
fizeram na minha disciplina em suas teses e dissertações.

Um abraço,
Daniel.

Em quinta-feira, 22 de outubro de 2020 às 11:32:08 UTC-3, Cassiano Terra 
Rodrigues escreveu:

> Daniel, parabéns pela iniciativa e também pelo teu website, q é 
> sensacional! 
> Nunca consegui ter uma página na web tão boa e organizada, fiquei com 
> aquela invejinha boa de querer ser como vc. 
> Agradeço tb pela sistematização do método do John Wilson, vou usar com 
> meus alunos.
> Um abraço,
> cass. 
>
>
> On Wednesday, October 21, 2020 at 11:19:15 AM UTC-3 dura...@gmail.com 
> wrote:
>
>> Parabéns, João,
>>
>> Excelente iniciativa.  A UFRN está mesmo na vanguarda. Parabéns!!!
>> Aproveito sua mensagem e faço uma propagandinha aqui também.
>> Eu, aqui na filosofia, também estou produzindo um material didático 
>> introdutório em lógica, baseado na nossa versão brasileira do Forall_x (o 
>> ParaTodxs - Natal).
>>
>> Videoaulas:
>> https://danieldurante.weebly.com/videoaulas_logica.html
>>
>> Livro:
>> https://philpapers.org/go.pl?id=MAGPTN=MAGPTNv1
>>
>> O foco são meus alunos de filosofia, muito pouco alfabetizados 
>> matematicamente. É lógica misturada com filosofia da lógica. Então, o curso 
>> será um pouco sonolento para muitos estudantes de outras áreas.
>> E eu também não sei ser youtuber. Dou aulas longas de 1h mais ou menos. 
>> Mas tem funcionado para meus alunos. 
>>
>> De fato, dá MUITO trabalho fazer isso. Mas com o tempo aprendemos. Meu 
>> principal problema é a vizinhança. Moro em casa e aqui perto tem galinha, 
>> pombos, cachorros, carro do gás, do ovo, do picolé Caicó,... Mas a gente 
>> grava assim mesmo!
>> Devo acabar a introdução à lógica proposicional na próxima semana e farei 
>> algumas aulas introdutórias sobre primeira ordem antes do fim do semestre. 
>> Só semântica. Sem sistemas de prova.
>>
>> Comentários, sugestões e principalmente correções, porque certamente há 
>> muitos deslizes, também são muito bem-vindos.
>>
>> Saudações,
>> Daniel.
>>
>>
>> Em terça-feira, 20 de outubro de 2020 às 09:41:18 UTC-3, Joao Marcos 
>> escreveu:
>>
>>> * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * 
>>>
>>> Introdução Computacional à Lógica Matemática 
>>>
>>> http://lolita.dimap.ufrn.br/logicwiki/index.php/Introdu%C3%A7%C3%A3o_Computacional_%C3%A0_L%C3%B3gica_Matem%C3%A1tica
>>>  
>>>
>>> Trata-se de uma _videopédia_ que aborda temas básicos ligados à 
>>> Lógica Clássica (e um pouco de Lógica Intuicionista, também), com 
>>> sabor levemente computacional, cobrindo (presentemente) os temas: 
>>> - relações de consequência 
>>> - sintaxe lógica proposicional e de primeira ordem 
>>> - o formalismo da Dedução Natural 
>>> - as estruturas de interpretação (clássicas) de primeira ordem 
>>> Faço observar que o material foi criado para cobrir um curso 
>>> introdutório (formal) correspondente a aproximadamente 30 horas-aula, 
>>> e contém atualmente cerca de 60 vídeos distribuídos em cerca de 30 
>>> verbetes, totalizando cerca de 10 horas de gravação cuidadosamente 
>>> editada. 
>>>
>>> * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * 
>>>
>>> Este material foi construído ao longo de dois meses de trabalho 
>>> intenso, nos quais contei principalmente com a ajuda de Vitor Greati e 
>>> de Patrick Terrematte. 
>>>
>>> Comentários e sugestões dos colegas que possam impactar eventuais 
>>> futuras atualizações desta videopédia são sempre bem-vindos! 
>>>
>>> Com votos de que possa haver algo aqui que venha a ser útil à nossa 
>>> comunidade, 
>>> Joao Marcos 
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[Logica-l] Vaga de Lógica na UFRN

2019-11-01 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Peço ajuda na divulgação de concurso público para professor de "Lógica e 
Filosofia das Ciências" do Departamento de Filosofia da UFRN. Uma vaga. Todas 
as informações como calendário (ainda não totalmente definido, mas já com as 
"janelas" de realização das provas), lista de pontos, pre-requisitos,... estão 
disponíveis neste link

https://progesp.ufrn.br/concursos-publicos 


Para os detalhes, na aba "Novos" clique no "Edital 26".

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

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Re: [Logica-l] [OFF] Nota de Pesar: falecimento de Fabinho, filho de Carlos Gonzalez

2019-08-06 Por tôpico Daniel Durante
Caro Carlos,

Faço minhas as palavras de João Marcos. Nós, lá na Unicamp dos anos 90, tivemos 
a sorte de tê-lo por perto e aprendemos MUITO com você! Meus melhores 
pensamentos e muita força!

Daniel.
-

> On 6 Aug 2019, at 09:08, Joao Marcos  wrote:
> 
> É com imenso pesar que informo aos colegas sobre o falecimento e
> sepultamento, ontem, de Fabinho, filho do nosso querido colega Carlos
> Gonzalez.
> 
> Segue uma foto de Fabinho com Raymond Smullyan, no EBL de Paraty, há 11 anos.
> https://www.dropbox.com/s/wp69otgoihoyod6/smullyan-fabio.jpg?dl=0
> Lembro-me deste evento, em particular, com muito carinho.  Muitos de
> nós nos acostumamos de fato a ver Carlos sempre acompanhado de Fabinho
> nos encontros de lógica pelo Brasil.
> 
> Só o que me vem a mente, nesta hora amarga, foi que o Fabinho teve um
> pai absolutamente incrível.
> 
> Joao Marcos
> 
> -- 
> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para ver esta discussão na web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_LgHHV9uVrdAepFqhQi_SD7MwEEOAkgEeospf9qXh%3D40zA%40mail.gmail.com.

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https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/ED4B3DF7-25D4-4379-8ADC-1B2D781071A2%40gmail.com.


[Logica-l] Fwd: post in epistemology UNAM

2019-04-03 Por tôpico Daniel Durante
Repasso Informação.

Saudações,
Daniel.

+++

> Tenure-Track Research Job
> 
> The Institute of Philosophical Research of the National Autonomous 
> University of Mexico (UNAM) is interested in hiring a research fellow 
> (tenure-track) in the area of specialization of epistemology.
> 
>  
> 
> Applicants should have a PhD or should obtain it at least two months before 
> the start of the contract. Priority will be given to applicants with 
> proficiency in Spanish at teaching level. If the chosen person cannot teach 
> in Spanish at the moment of hiring, being able to do so will be a necessary 
> condition for the extension of contract after a year.
> 
>  
> 
> The Institute is specially interested in applicants with the following 
> areas of competence: philosophy of science (including social sciences) or 
> cognitive science.
> 
>  
> 
> Interested candidates should send their dossier with:
> 
> Cover letter
> CV
> Research Project (maximum suggested length: 2500 words)
> Letters of recommendation (to be sent directly by the referees)
> Publications and/or writing samples
> 
>  
> 
> Contact address for applications and inquiries: seleccion.i...@gmail.com 
> 
> 
> Deadline for application: May 20, 2019
> 
> Shortlisted candidates will give a talk and be interviewed in the Institute 
> during August 2019
> 
> Tentative starting date: October 2019-January 2020.
> 
> ...brought to you by HPS-discussion.  
> 
> To subscribe or to be removed please send mail to hps-ad...@lists.cam.ac.uk 
> .

-- 
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Para postar neste grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
Visite este grupo em https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
Para ver esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/DB5E4084-B3DE-409E-9B4A-0B029384C5AE%40gmail.com.


[Logica-l] Concurso Lógica - UFPB

2019-03-22 Por tôpico Daniel Durante
Repasso mensagem recebida.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

+

Pzds. Professores,

peço encarecidamente que divulguem em suas listas eletrônicas as informações do 
Concurso Público de Provas e Títulos para Professor efetivo na área de Lógica 
do Departamento de Filosofia da Universidade Federal da Paraíba.

As inscrições, abertas desde a última sexta-feira, se encerram em 14 de abril 
de 2019. São duas vagas para professor com doutorado em Filosofia, 40 h DE.

Todas as informações estão em

https://sigaa.ufpb.br/sigaa/public/departamento/noticias_desc.jsf?lc=pt=1348=124732646

Muitíssimo obrigada,
Ana Thereza Durmaier
++




-- 
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Re: [Logica-l] Fwd: [logic-bsb] Lançamento do selo "Lógica no Avião"

2019-03-12 Por tôpico Daniel Durante
Parabéns ao pessoal do “Lógica no Avião” pelo selo. Muito importante 
instrumento de comunicação e divulgação. Parabéns também pelo livro, Rodrigo:

Freire, R. Tópicos em Lógica de Primeira Ordem. Brasília: Lógica no Avião, 2019,

http://lna.unb.br/assets/Papers/topicos-em-logica-de-primeira-ordem.pdf 


Um material em língua portuguesa de valor inestimável para nossos estudantes e 
nossa comunidade em geral.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com


> On 11 Mar 2019, at 19:38, Rodrigo Freire  wrote:
> 
> Novo selo de publicação de livros na área de lógica. Recebemos submissões e 
> buscamos garantir uma avaliação rápida e séria da pertinência ao nosso perfil 
> editorial, bem como uma publicação rápida, acesso aberto. 
> 
> 
> 
> -- Forwarded message -
> From: Lógica no Avião  >
> Date: Mon, Mar 11, 2019 at 8:30 PM
> Subject: [logic-bsb] Lançamento do selo "Lógica no Avião"
> To: mailto:logic-...@googlegroups.com>>
> 
> 
> Divulgamos o lançamento do selo Lógica no Avião dedicado à publicação rápida 
> (online e impressa) 
> e de acesso aberto de textos profissionais de valor duradouro em lógica 
> entendida no sentido amplo. 
> O selo é lançado juntamente com seu primeiro livro 
> 
> Freire, R. Tópicos em Lógica de Primeira Ordem. Brasília: Lógica no Avião, 
> 2019,
> 
> que inicia a série L. Em breve, outros livros de alta qualidade serão 
> lançados nas séries n e A. 
> Submissões de natureza matemática ou filosófica, em inglês ou em português, 
> podem ser enviadas diretamente ao editor. Mais informações no site oficial:
> 
> lna.unb.br 
> 
> -- 
> Site do "Seminário Permanente 'Lógica no Avião'": 
>  
> logicbrasilia.org 
> --- 
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Re: [Logica-l] Critério de Identidade na Matemática

2019-02-21 Por tôpico 'Daniel Durante' via LOGICA-L
Caros Samuel, Rodrigo e João,

Muito obrigado pela explicação, Samuel. Acho então que eu estava mais 
ou menos correto em minha desconfiança. O problema é que eu estou em um período 
sabático e o “colega” que disse isso foi ninguém menos que Saul Kripke, com 
quem estou tendo o privilégio de fazer disciplinas (como estudante) aqui na 
CUNY. Então mais do que um matemático e um filósofo, ele é o Kripke! Melhor eu 
não discutir :)

Quanto ao tema do estruturalismo, levantado pelo Rodrigo, eu concordo com você, 
Rodrigo, quando afirma que o seu argumento  é forte o suficiente para refutar a 
ideia de que não há indivíduos na matemática, e que podemos identificar 
indivíduos com “papéis”. Também acho que não podemos. Mas o argumento não me 
parece forte o suficiente para garantir a independência ontológica dos 
indivíduos, ou a prioridade dos indivíduos sobre as estruturas. O 
estruturalista pode ainda defender-se afirmando que o assunto da matemática são 
as estruturas, e não os indivíduos. Um indivíduo é qualquer coisa que cumpra o 
papel que uma estrutura determina. E aqui, não vejo qualquer problema em um 
único papel exigir mais de um indivíduo para ser cumprido. O negócio da 
matemática seria apresentar e descrever estruturas, independentemente de elas 
serem ou não instanciadas.

No seu exemplo da estrutura descrita pela relação {(a,b),(b,a)}, só há 
um papel:
   
- estar em uma relação simétrica e não reflexiva com o outro.

Veja que a própria descrição deste papel exige, para sua 
inteligibilidade, o “um” e o “outro”. Então, qualquer instância desta estrutura 
de um único papel precisa de 2 indivíduos. Mas isto não significa que haja duas 
coisas com independência ontológica cujas essências sejam “estar em uma relação 
simétrica e não reflexiva com o outro”. Eu, você e a relação de diferença 
instanciamos esta estrutura. Não faz sentido perguntar quem de nós é “a” e quem 
é “b”, porque tudo que pode ser “a” pode ser “b” também. Esta estrutura apenas 
descreve o que é cumprir o papel (único) de estar em uma relação simétrica e 
não reflexiva com o outro. Por um acaso há incontáveis instâncias desta 
estrutura. Mas mesmo se não houvesse nenhuma instância, a estrutura está bem 
definida.

Então não há uma única coisa que seja, por exemplo, o numero 3. O 
número 3 é qualquer coisa que atue como número 3. Pode ser {{{∅}}}, mas também 
pode ser {∅,{∅},{∅,{∅}}} e também pode ser as pedras em minha mão. Fazendo 
alguns ajustes, N-{3} funciona tão bem quanto N como o conjunto dos indivíduos 
da aritmética. Na falta do 3, podemos usar o 4 como 3, o 5 como 4 e assim por 
diante. Ser o numero 3 significa atuar como 3 e nada mais.

Ainda que a realidade seja finita, e que por isso a totalidade dos 
indivíduos da aritmética nunca seja completamente instanciada, a estrutura da 
aritmética continua bem definida. A aritmética não depende nem emana da 
existência dos números naturais. A estrutura da aritmética apenas descreve qual 
seria o comportamento de qualquer coisa que a instancie, independentemente de 
se algo, de fato, a instancia.

Isso parece pouco, mas não é. A matemática, nesta visão estruturalista 
mais suave, não é a disciplina que explica um domínio especifico da realidade. 
Ela NÃO é o entendimento que nosso intelecto dá a uma realidade pré-existente e 
independente de objetos matemáticos. Ao contrário. A matemática descreve e 
explica estruturas racionais de entendimento. Estas estruturas representam os 
nossos modos próprios e racionais de entender. Dependem apenas de nossa 
racionalidade, e não da existência daquelas coisas que as instanciam e que 
atuam segundo os papeis que as estruturas determinam. O único interesse da 
matemática são as próprias estruturas, que podem ser colocadas no âmbito de 
nossa razão e não da realidade. Isso definitivamente não é nominalismo, mas 
também não é puro platonismo.

Não me entendam mal. Não sei se ou um estruturalista ou não. Sou muito 
ignorante em matemática para julgar com alguma clareza. Estou apenas defendendo 
a plausibilidade da posição estruturalista menos radical.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

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Re: [Logica-l] Critério de Identidade na Matemática

2019-02-20 Por tôpico 'Daniel Durante' via LOGICA-L
Caros Rodrigo e João,

Obrigado pelas respostas. Obrigado pela demonstração, Rodrigo!

Sobre o argumento contra o estruturalismo: 

> Considere a estrutura com dois indivíduos a e b e a relação binária {(a,b) , 
> (b,a)}. Os indivíduos a e b desempenham o mesmo papel (de estar na relação 
> com o outro). Como poderíamos dizer que a e b são meros papeis desempenhados 
> se parece que só há um papel desempenhado nessa estrutura? É desse modo que 
> entendo o problema, e considero um bom argumento contra o slogan 
> estruturalista.

Eu acho um ponto interessante, Rodrigo, mas não uma refutação do 
estruturalismo. O estruturalista poderia argumentar que, apesar de ser verdade 
que há 2 indivíduos e apenas 1 papel nesta estrutura, este papel único EXIGE um 
outro indivíduo. O papel único desta estrutura é estar em relação com algo 
distinto de si próprio. Então este papel é único, mas para ser cumprido 
(realizado, efetuado,...) por um certo indivíduo, este papel demanda outro 
indivíduo. E esta demanda pode ser entendida como a marca da prioridade da 
estrutura sobre os indivíduos. Acho que o estruturalista não elimina os 
indivíduos, mas apenas os submetem aos papéis que eles ocupam nas estruturas 
matemáticas. Os indivíduos (o número 7, por exemplo) não teriam independência 
ontológica. A realidade dos indivíduos seria dada exclusivamente pelos papéis 
que eles ocupam. Para o estruturalista o número 7 não é uma coisa, mas um papel 
específico dado por sua posição em uma progressão.

Abraços,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

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Re: [Logica-l] Palestra - O Infinito e a Intuição: Analisando Supertarefas e Hipertarefas

2018-11-06 Por tôpico Daniel Durante
Que bacana, Samuel! Vocês vão fazer um vídeo? Adoraria assisti-lo!

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
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> Em 6 de nov de 2018, à(s) 14:45, Samuel Gomes da Silva  
> escreveu:
> 
> Caros,
> 
> Aos interessados e que possam estar presentes, vou ministrar uma palestra na 
> próxima sexta, em Salvador, seguem os dados:
> 
> **
> 
> Palestra – O Infinito e a Intuição: Analisando Supertarefas e Hipertarefas
> Palestrante: Prof. Dr. Samuel Gomes da Silva (UFBA)
> Palestra do Diretório Acadêmico (com o apoio do Colegiado de Matemática)
> Sexta-feira, 09 de Novembro de 2018 – 14h50
> Sala 21 do PAF I – UFBA, Campus Ondina
>  
> RESUMO:
>  
> São bastante conhecidos os paradoxos de Zenão, que envolvem a noção de 
> infinito; no Paradoxo da Dicotomia, por exemplo, temos o famoso argumento das 
> “metades de caminhos” com os quais poderíamos concluir que a própria noção de 
> movimento é uma ilusão, sendo impossível deslocar-se de um ponto A até um 
> ponto B ! O argumento para expor tal paradoxo é usualmente como segue: sendo, 
> por exemplo, A o ponto de abcissa x = 0 na reta real e B o ponto de abcissa x 
> = 1, para nos deslocarmos de A até B devemos primeiro passar, 
> sequencialmente, pelos pontos de coordenadas: meio; três quartos; sete 
> oitavos; etc., o que faria com que a tarefa envolvesse uma sequência 
> enumerável e infinita de operações, o que é impossível para nós humanos que 
> apenas podemos realizar tarefas finitas; notar que o argumento apresentado 
> para descrever o paradoxo se relaciona claramente a uma supertarefa – o que, 
> por definição, consiste numa sequência enumerável e infinita de operações que 
> ocorrem sequencialmente dentro de um intervalo de tempo finito. A 
> argumentação matemática usual para “destruir” o Paradoxo da Dicotomia é 
> considerar a noção de infinito atual (em oposição ao infinito potencial) e 
> considerar que a série geométrica correspondente é convergente. Nesta 
> palestra, estaremos interessados em outro aspecto (talvez igualmente 
> desagradável para muitas pessoas...) das tais supertarefas: é muito comum que 
> o desenlace final de uma supertarefa seja tal que a “situação limite no 
> infinito”, ainda que perfeitamente determinável, não necessariamente se 
> constitui no “limite das situações finitas” – situação essa que se torna 
> bastante anti-intuitiva. Discutiremos nesta palestra as seguintes 
> supertarefas: a Lâmpada de Thompson; o Demônio das Moedas; o Paradoxo de 
> Ross-Littlewood; o Metrô Transfinito (a qual é uma hipertarefa, pois o número 
> de operações a serem realizadas sequencialmente é não-enumerável); e, 
> finalmente, o Quebra-cabeça dos infinitos chapéus dos prisioneiros. 
> Dependendo de cada caso, tais super/hipertarefas podem ter um desenlace: ou 
> impossível (no sentido da resposta a uma determinada pergunta ser impossível 
> de ser determinado) ou possível e determinado – porém totalmente 
> surpreendente e anti-intuitivo ! Questões matemáticas mais avançadas 
> (envolvendo noções como continuidade ou mesmo o Axioma da Escolha) também 
> aparecerão durante as análises dessas supertarefas e hipertarefas.
> 
> *
> 
> É uma das palestras mais próximas da Filosofia que já apresentei, mas 
> obviamente que o ponto de vista é de um matemático.
> 
> Abraços,
> 
> []s  Samuel
> 
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Re: [Logica-l] olavismo & Lógica

2018-10-31 Por tôpico Daniel Durante
Oi Marcelo,

Acontece que os filósofos e matemáticos se referem a "totalidades" que não são 
conjuntos. Quando eles dizem, por exemplo, que a sequência dos ordinais não 
forma um conjunto, eles estão se referindo à sequência toda, à totalidade da 
sequência. E eles chamam estas coisas de classes próprias. Então parece melhor 
identificar totalidades com classes e não com conjuntos, porque as classes 
próprias são referenciáveis/identificáveis (ou seja, referidas como 
totalidades), mas não são conjuntos.

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
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> Em 31 de out de 2018, à(s) 11:30, Marcelo Finger  
> escreveu:
> 
> 6. Se a negação do infinito atual implica que não há totalidades infinitas, 
> então é claro que não há, em particular, totalidades que possuem partes 
> próprias similares a ela e, portanto, vale o Axioma 5 de Euclides.
> 
> Me parece que o conceito de "totalidade" não foi definido, e que se formos 
> formalizá-lo, daremos a ele o nome de "conjunto".  
> 
> Logo, o ponto 6 acima diz o seguinte: se partimos de uma hipótese que 
> diretamente implica a inexistência de conjuntos infinitos, então a definição 
> de conjunto infinito não vale para nenhum conjunto.  Ou seja, o conteúdo de 6 
> é totalmente trivial, quase tautológico: se não há o infinito, então nenhum 
> conjunto é infinito. 
> 
> E esse é o problema com boa parte de discussões filosóficas chatas: a partir 
> do momento em que são formalizadas, elas se trivializam
> 
> []s
> 
> Marcelo
> 
>  
> 
> Abraço,
> 
> Anderson
> 
> -- 
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>  
> .
> 
> 
> -- 
>  Marcelo Finger
>  Departament of Computer Science, IME
>  University of Sao Paulo
>  http://www.ime.usp.br/~mfinger  ORCID: 
> https://orcid.org/-0002-1391-1175 
>  ResearcherID: A-4670-2009
> 
> -- 
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>  
> .

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[Logica-l] Semana brasileira em NYC

2018-10-22 Por tôpico Daniel Durante
Na semana da ANPOF, brasileiros em alta também em NYC: Alfredo Freire e Otávio 
Bueno!

Saudações,
Daniel.

++

Hoje, 22/10, 16h15, no "Logic and Metaphysics Workshop" do Graduate Center da 
CUNY

Title: Ontological Reductions of First Order Models
(Alfredo Freire - Unicamp)

Abstract: Since the discovery of the Loweinheim-Skolem theorem, it has been 
largely held that there is no purely formal way of fixing a model for any first 
order theory. Because of this, many have focused on having a relative account 
of models, establishing the expressive power of one model in its ability to 
internalize models for other theories. One can, for instance, define a 
plurality of models for PA from a given model for ZF, and this may be 
understood as evidence for the ontology of arithmetics being reducible to the 
ontology of set theory. In this presentation, I argue that a close attention to 
what it means to reduce an ontology shows that methods of reduction are 
generally not neutral and make it possible for weaker models to reduce stronger 
ones. For this, I analyze the known model-theoretical reduction of NBG into ZF 
proved by Novak, showing that a more demanding method makes it impossible for 
ZF to internalize NBG. We finish this presentation by showing how this view, 
together with some technical results, provide a positive account in defense of 
the multiversalist perspective on set theory.

++

Quarta-feira, 24/10, 16h15 no "Philosophy Colloquium" do Graduate Center da CUNY

Title: Observation, Empiricism, and Microscopy
(Otávio Bueno - Universidade de Miami)

Abstract: My goal is to develop an empiricist account of visual evidence and 
the role it plays in scientific representation, focusing, in particular, on 
imaging in microscopy. As will become clear, in order to do that the concepts 
of observation and visual evidence will need to be reexamined and three central 
questions have to be addressed: (a) What is visual evidence? (b) Is there 
something special about the role that visual evidence plays in the sciences? 
(c) Under what conditions is a piece of visual evidence reliable? I answer 
these questions as part of the development of an empiricist account of 
microscopy.

-- 
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Re: [Logica-l] [off-topic?] Livro da área de lógica é finalista no Prêmio Jabuti

2018-10-19 Por tôpico Daniel Durante
Parabéns Evandro e Itala. Mais do que merecida indicação!

Abraços,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
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> Em 17 de out de 2018, à(s) 08:56, Evandro L. Gomes  
> escreveu:
> 
> Caros/as colegas da lista de Lógica:
> 
> Escrevo para comunicar que nosso livro "Para além das Columas de Hércules, 
> uma história da paraconsistência: de Heráclito a Newton da Costa" é finalista 
> no Prêmio Jabuti 2018 no eixo Ensaio - Humanidades.
> 
> José Veríssimo preparou uma resenha do livro que a Editora Unicamp publica em 
> seu blog. Segue o link:
> 
> https://blogeditoradaunicamp.com/2018/10/16/para-alem-das-colunas-de-hercules/
>  
> 
> 
> Pedimos que divulguem em suas redes de contatos, se puderem.
> 
> Nosso livro é a Lógica no Jabuti este ano!
> 
> Um abraço a todos,
> 
> Evandro / Itala
> 
> -- 
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[Logica-l] Metafísica Analítica - Novo GT da ANPOF

2018-02-23 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Comunico a recente criação do GT de Metafísica Analítica da ANPOF, sob 
coordenação do Guido Imaguire, e do qual faço parte.

link: http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/gt-metafisica-analitica 


Vale notar que dentre os mais de 65 GTs da ANPOF, nenhum deles sequer continha 
a palavra metafísica em seus títulos. É, então, um resgate. E não me sinto 
traindo vocês, lógicos, já que só fui aceito lá porque, como vocês sabem, 
lógica é metafísica! 

Saudações,
Daniel. 
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[Logica-l] Doing Metaphysics in Non-Classical Logic

2018-02-16 Por tôpico Daniel Durante
Divulgo evento, abaixo, do LanCog da Universidade de Lisboa. Priest e Shapiro 
estarão por lá!

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
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+

DOING METAPHYSICS IN NON-CLASSICAL LOGIC
Lisbon 22–23 February 2018
Organiser: Elia Zardini

TOPIC
Metaphysics offers its own conundrums, where a set of prima facie plausible 
principles apparently governing certain metaphysical notions (existence, 
change, composition etc.) can apparently be shown to be jointly untenable. 
Traditional approaches to such problems have typically focussed on rejecting 
one or the other of the metaphysical principles involved. However, at least in 
some cases, the reasoning supposed to show the untenability of the relevant 
metaphysical principles is nothing less than sustained, distinctively classical 
reasoning, similar to that at work in well-known paradoxes such as e.g. the 
Liar paradox or the Sorites paradox. While philosophers of logic have long been 
exploring the prospects of solving the latter paradoxes by revising classical 
logic, metaphysicians have only recently started to investigate non-classical 
approaches to puzzles in their area. The workshop aims at fostering this 
incipient kind of approach in metaphysics and at advancing our understanding of 
the role played by logic in the structure of certain metaphysical problems.
 
PROGRAM

Thursday 22 February

10.00–11.30: Graham Priest, “Objects That Are Not Objects”

Coffee break

11.50–13.20: Jordi Valor, “Knowing That P and Not-P Are Both True”

Lunch

14.40–16.10: Ira Kiourti, “Impossible Worlds: A Hyper-Extensional Metaphysics”

Coffee break

16.30–18.00: Dolf Rami, “Reference, Quantification and Non-Existence”
 
Friday 23 February

10.00–11.30: Aaron Cotnoir, “How to Make Donuts and Cut Things in Half”

Coffee break

11.50–13.20: Zach Weber, “Splitting the Atom: Points in Non-Contractive 
Paraconsistent Metaphysics”

Lunch

14.40–16.10: Elia Zardini, “Change without Contra(di)ction”

Coffee break

16.30–18.00: Stewart Shapiro, “On Continuity”
—
Mais informações em:
http://cful.letras.ulisboa.pt/lancog/events/doing-metaphysics-in-non-classical-logic/
 



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[Logica-l] Fwd: CONCURSOS PARA PROF. ADJUNTO NA UFPE

2017-12-14 Por tôpico Daniel Durante
Pessoal,

2 vagas de professor na Filosofia da UFPE. Uma delas, a de Metafísica e 
conhecimento, talvez seja adequada a alguns da lista. A mensagem original tem 
anexos com programas, que não dá para encaminhar aqui, mas imagino que esteja 
tudo disponível no site da universidade.

Saudações,
Daniel.

> 
> Carxs colegxs,
> 
> Peço que divulguem o edital de concurso público em anexo, que tem duas vagas 
> de professor adjunto para Filosofia, uma para "Metafísica e conhecimento", 
> outra para "Ensino de Filosofia".
> 
> O período de inscrições se estende de 08 de janeiro a 08 de março de 2018. E 
> as provas devem ocorrer no período entre abril e junho do próximo ano.
> 
> Envio em anexo o programa dos dois concursos de filosofia.
> 
> Atenciosamente,
> 
> Prof. Tárik de Athayde Prata
> Coordenador do PPGFil/UFPE.

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[Logica-l] Mestrado e Doutorado em Filosofia na UFRN

2016-10-04 Por tôpico Daniel Durante
Pessoal,

Abertas inscrições para a Seleção dos cursos de Mestrado e Doutorado em 
Filosofia, na UFRN, turma de 2017. Todas as informações no link abaixo:

https://sigaa.ufrn.br/sigaa/public/processo_seletivo/lista.jsf?aba=p-processo=S
 


Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

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[Logica-l] Vaga em Filosofia na UFRN - Área de Metafísica

2016-09-27 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Informo que está aberto edital para concurso para professor efetivo do 
Departamento de Filosofia da UFRN na área de Metafísica. Peço que ajudem a 
divulgar!

Todas as informações estão neste link:

http://www.progesp.ufrn.br/concurso.php?id=198658150

Abaixo a lista dos pontos do concurso:

1. SER E EXISTÊNCIA;
2. A QUESTÃO DO TEMPO;
3. EXISTÊNCIA DE DEUS, FÉ E RAZÃO;
4. ONTOLOGIA E PREDICAÇÃO;
5. LIVRE ARBÍTRIO E O PROBLEMA DO MAL;
6. UNIVERSAIS E PARTICULARES;
7. CRÍTICA ARISTOTÉLICA ÀS IDEIAS PLATÔNICAS;
8. METAFÍSICA E CIÊNCIA NO RENASCIMENTO;
9. A QUESTÃO DO BELO;
10. LIBERDADE E DETERMINISMO. 

Saudações,
Daniel.
-
Departamento de Filosofia - (UFRN)
http://danieldurante.weebly.com

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[Logica-l] Volume da revista Princípios

2016-06-24 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Saiu hoje um volume de nossa revista aqui da Filosofia da UFRN com alguns 
artigos que podem ser do interesse de alguns de vocês. Copio abaixo e-mail de 
divulgação de nosso editor, o Prof. Dax Moraes.

Saudações,
Daniel.

+

Caros leitores,

Princípios: Revista de Filosofia (UFRN) acaba de publicar seu último
número em http://www.periodicos.ufrn.br/principios 
. Convidamos a navegar no
sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.

Agradecemos seu interesse em nosso trabalho,

Dax Moraes
UFRN
oejeb...@gmail.com 

Princípios: Revista de Filosofia (UFRN)
v. 23, n. 40 (2016): Princípios: Revista de Filosofia (UFRN)
Sumário
http://www.periodicos.ufrn.br/principios/issue/view/532 


Informação Editorial


Pré-textuais (0-6)
Revista Princípios

Artigos


Reconditioning the conditional [Recondicionando o condicional] (9-27)
David Miller

Logical disputes and the a priori (29-57)
Graham Priest

Possibility, imagination and conception [Possibilidade, imaginação e concepção] 
(59-95)
Jean-Yves Béziau

O Monismo Físico e a opção dinâmica – ou, por um fisicalismo de forças ou 
interações como melhor opção na lida com o “Dilema de Hempel” [Physical monism 
and the dynamic option – or, for a physicalism of forces or interactions as a 
better option to deal with  “Hempel’s Dilemma”] (97-126)
Gabriel José Corrêa Mograbi

A biofilosofia dos graus do orgânico: Arnold Gehlen e a ontologia de Nicolai 
Hartmann [The biophilosophy of organic grades: Arnold Gehlen and the Nicolai 
Hartmann’s ontology] (127-168)
Cleber Ranieri Ribas de Almeida

Georges Canguilhem: sobre vida e conhecimento da vida [Georges Canguilhem: on 
life and knowledge of life] (169-183)
Filicio Mulinari

Resolução e apreensão de princípios  em Tomás de Aquino [Resolution and 
apprehension of principles in Aquinas] (185-214)
Matheus Pazos

As relações conviviais dos gregos: o éros e o erastés das relações cívicas e 
afetuosas [Living together among the Greeks: éros and erastés in civic loving 
relationships] (215-260)
Miguel Spinelli

Educação e moralidade em Schopenhauer [Schopenhauer on education and morality] 
(261-286)
Vilmar Debona

Schopenhauer e a (in)quietude do objeto artístico: entre o grito sem voz do 
Laocoonte e o desejo de Pigmalião [Schopenhauer and the rest(lessness) of the 
art object: between the Laocoon’s voiceless scream and the Pygmalion’s desire] 
(287-311)
Eduardo Ribeiro da Fonseca, Luciana Lourenço Paes

Resenhas


CHAMAYOU, Grégoire. Teoria do drone. (315-323)
Luiz Philipe de Caux


Princípios: Revista de Filosofia
http://www.periodicos.ufrn.br/principios 


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Para ver esta discussão na web, acesse 
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[Logica-l] Ciência Cognitiva na Universidade de Lisboa: Mestrado e Doutoramento

2014-05-06 Por tôpico Daniel Durante
Encaminho informação.

Saudações,
Daniel.

 Universidade de Lisboa
 
 Doutoramento e Mestrado em Ciência Cognitiva
 
 6ª Edição 2013-14
 
 Estão abertas a partir de 26 de Maio de 2013 as candidaturas aos programas de 
 Ciência Cognitiva da Universidade de Lisboa para o próximo ano lectivo, 
 2013/2014.
 
 Para mais informações:
 Doutoramento: http://www.dout_ciencia_cognitiva.ul.pt
 
 Mestrado: http://www.mest_ciencia_cognitiva.di.fc.ul.pt
 
 Os Programas de Doutoramento e de Mestrado em Ciência Cognitiva da 
 Universidade de Lisboa são uma aposta pioneira no panorama académico 
 português. Têm como objectivo a formação de uma nova geração de diplomados na 
 ciência da cognição preparados para fazer avançar o conhecimento nesta área e 
 tirar partido da sua aplicação.
 
 Estes Programas são cursos inter-faculdades, organizados conjuntamente pelas 
 Faculdades de Ciências (Computação, Física), Letras (Filosofia, Linguística), 
 Medicina (Neurociência), e Psicologia da UL. 
 
 A Ciência Cognitiva ocupa-se do estudo abrangente da cognição - 
 comportamento, mente e cérebro - integrando conceitos, métodos e resultados 
 de várias áreas da Neurociência, Biologia evolutiva, Psicologia, Linguística, 
 Filosofia, Antropologia e outras ciências sociais e humanas, através da 
 aplicação de métodos da Ciência da Computação, Matemática e Física.
 
 
 
 -- 
 LanCog Research Group
 www.lancog.com
 Centro de Filosofia
 Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
 Alameda da Universidade
 Lisboa
 1600-214
 Portugal

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[Logica-l] Seminário de Lógica e Filosofia Formal

2014-05-02 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Na próxima sexta-feira, 09 de maio, ocorre mais uma sessão dos Seminários de 
Lógica e Filosofia Formal”, do Departamento de Filosofia da UFRN. Todos estão 
Convidados.

Data e hora: 09 de maio, às 16h
Local: Sala A2 - Setor de Aulas II - UFRN - Natal-RN
Autor: Prof. Stanley Kreiter B. Medeiros
Título: Fecho Epistêmico, Onisciência Lógica e Incognoscibilidade Contingente

Resumo: O “fecho epistêmico” é o princípio que afirma, grosso modo, que, se um 
agente S sabe que uma proposição P é o caso e, além disso, igualmente sabe que 
P implica logicamente outra proposição, Q, então o agente em questão também 
sabe que Q é o caso. Constatando que o problema do fecho epistêmico está em 
aberto e que as tentativas mais comuns na epistemologia mainstream 
contemporânea parecem ignorar os resultados da epistemologia formal sobre a 
relação entre estes princípios e a propriedade de onisciência lógica, nosso 
objetivo principal é oferecer uma estratégia de análise epistemológica de 
princípios de fecho epistêmico que considere esses resultados, isto é, que leve 
em conta a pretensão de aplicabilidade de um determinado princípio de fecho, 
segundo a situação e os agentes que se pretende modelar. Um exemplo dessa 
estratégia será dado ao se analisar princípios de fecho na perspectiva de 
agentes conjecturadores daquilo que chamamos de “proposições contingentemente 
incognoscíveis”. Nossa hipótese é a de que, nesta aplicação, certos princípios 
de fecho não valem. Este é, portanto, um estudo lógico e epistemológico de 
princípios de fecho epistêmico com base na noção de incognoscibilidade 
contingente.

cartaz: https://www.sugarsync.com/pf/D2749269_84131813_096607
link do evento: http://gelogica.weebly.com/seminaacuterios.html

Saudações,
Daniel. 
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[Logica-l] Concurso em Lógica - Depto Filosofia - UFU

2014-04-24 Por tôpico Daniel Durante

Colegas,

Vaga para Lógica no Departamento de Filosofia da Federal de Uberlândia:

http://www.editais.ufu.br/node/2091

Saudações,
Daniel.
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[Logica-l] PhilPapers bibliographies

2014-03-11 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

O pessoal do PhilPapers (David Chalmers et al) montou uma lista de 
bibliografias para diversas áreas da filosofia, muitas delas de interesse dos 
membros desta lista. Vale a pena dar uma olhada na notícia que encaminho abaixo 
e experimentar!

Saudações,
Daniel.


 
 The PhilPapers category system now contains comprehensive bibliographies for 
 a large number of areas of philosophy.  We now have 450 subject editors 
 editing 1357 bibliographies (a comprehensive list is here).  Over the last 
 year or so we have introduced a number of features to make the bibliography 
 system more effective.
 
 First, bibliographies are now supplemented with a summary of the key themes 
 and issues involved, a list of key works, and a list of introductory works, 
 compiled by the editor for that category.  For now, about 600 categories 
 (listed here) have these summaries. Eventually, all categories will have them.
 
 Second, we have introduced topical subcategories for categories on historical 
 figures, linked to the PhilPapers subject categories wherever possible.  For 
 example Kant: Perception is a subcategory of Kant and is also listed under 
 Perception.  A number of historical figures now have a detailed subcategory 
 system: notably Aristotle, Plato, Hobbes, Locke, Berkeley, Hume, Kant, Hegel, 
 Brentano, Husserl, Nietzsche, Husserl, Carnap, and Derrida. Systems for many 
 more figures are on their way.  We have built up a similar sort of 
 substructure for some non-historical categories, including Feminist 
 Philosophy and Experimental Philosophy. Thanks to the editors of all these 
 categories for the terrific work they've done here.  Other editors are 
 encouraged to follow their example!  Volunteers to edit and build up unedited 
 historical categories will also be welcome.
 
 Third, we have introduced a number of tools to make an editor's jobs easier.  
 We have allowed editors to appoint assistant editors, a number of whom are 
 already in place.  We have added automatic translation tools to handle 
 entries in other languages.  We will soon be overhauling the editors' 
 interface in order to make editors' workflow easier and more intuitive. We 
 are in the process of restructuring editorial roles to distribute the work 
 more fairly. 
 
 We are grateful to the many PhilPapers editors for everything they've done to 
 make PhilPapers such a useful resource.  We also encourage qualified 
 PhilPapers users (roughly: PhDs with expertise in the area for area or middle 
 categories, PhDs or graduate students for leaf categories) to consider 
 becoming an editor.
 
 
 David Bourget (UWO)
 David Chalmers (NYU,ANU)

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[Logica-l] LanCog Workshop on Analiticity - Lisboa

2014-02-05 Por tôpico Daniel Durante
1st Call for Papers

LanCog Workshop on Analyticity

25-26 September 2014, University of Lisbon

http://www.lancog.com/lancog-workshop-on-analiticity.html



The notion of analyticity has had a prominent role in the work of many 
philosophers, especially in the first half of the twentieth century. Following 
W. V. Quine’s seminal paper “Two Dogmas of Empiricism” (1951) many philosophers 
have come to regard the notion with much suspicion. In recent years, however, 
there has been renewed interest in analyticity, but can we make sense of it? 
What is its philosophical significance? Can it be used to explain the 
possibility of a priori knowledge? The aim of this workshop is to provide a 
platform for discussion and reflection on these and related questions.

 

Confirmed speakers:

Paul Boghossian (NYU)

Bob Hale (Sheffield; NIP; KCL)

Gillian Russell (Washington)

Manuel García-Carpintero (Logos, Barcelona  Lancog, Lisbon)

Magdalena Balcerak Jackson (Konstanz)

 

Submission Details:

We invite submissions of long abstracts or short papers (1500-2000 words) on 
the topic of the workshop. The time slot is 80 minutes distributed thus: 50’ 
talk + 30’ discussion. Abstracts (or papers) should be prepared for 
blind-refereeing and sent in Word or PDF format (.doc or docx or .pdf). There 
are three slots available for contributed papers (no parallel sections). 
Abstract should be sent to celia.teixe...@campus.ul.pt. The subject of the 
e-mail should be “submission - LanCog Workshop on Analyticity”. The body of the 
email should include your name, affiliation, and abstract title.

(We are able to provide speakers with accommodation for the duration of the 
workshop. Unfortunately, we cannot cover travel expenses.)

 

Submission deadline: June 2, 2014

Notification of acceptance: July 1, 2014

 

Organizing Committee:

Adriana Silva Graça (Lancog, Univ. of Lisbon)

Fiora Salis (Lancog, Univ. of Lisbon)

Célia Teixeira (Lancog, Univ. of Lisbon)

 

Sponsors:

LanCog - Research Group in Language, Mind and Cognition

FCT Project - Online Companion PTDC/FIL-FIL/121209/2010

FCT - Fundação para Ciência e Tecnologia, Ministério da Educação e Ciência

CFUL - Centro de Filosofia, Universidade de Lisboa

FLUL - Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa

QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional

 


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Re: [Logica-l] Tradução de entailment

2013-11-20 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

A questão que mais me preocupava na tradução de “entailment” era justamente a 
apontada por Jean-Yves. Autores diferentes usam entailment com significados 
diferentes! E eu simplesmente não tenho clareza absoluta do significado no 
texto original! Usei “acarretamento”, mas vou fazer uma nota de rodapé (quem 
sabe até um outro artigo :) ). De todo modo, o texto original é um trecho bem 
conhecido de “Ontology and Ideology”, de Quine, onde ele separa a semântica em 
teoria do significado e teoria da referência, e coloca “entailment” como uma 
das noções da teoria do significado (os “bad guys):

A fundamental cleavage needs to be observed between two parts of so-called 
semantics: the theory of reference and the theory of meaning. The theory of 
reference treats of naming, denotation, extension, coextensiveness, values of 
variables, truth; the theory of meaning treats of synonymy, analyticity, 
syntheticity, entailment, intension. Now the question of the ontology of a 
theory is a question purely of the theory of reference. The question of the 
ideology of a theory, on the other hand, obviously tends to fall within the 
theory of meaning; and, insofar, it is heir to the miserable conditions, the 
virtual lack of scientific conceptualization, which characterize the theory of 
meaning.

Bem, Quine põe “entailment” junto dos “bad guys”, mas eu não sei se ele 
colocaria “implicação lógica” junto dos “bad guys” também! Na verdade, esta 
referência dele a “entailment” neste trecho é, para mim, bastante 
perturbadora!!!

De todo modo, obrigado pelas sugestões.

Abraços,
Daniel.

PS: Bem, Andrea, fiquei curioso para saber a tradução do Balthazar depois de 
Steinhaegers com Underberg… :)


-
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Em 20/11/2013, à(s) 02:17, Andrea Loparic alopa...@gmail.com escreveu:

 Essa discussão é velha, a gente já conversava sobre isso na época da fundação 
 do CLE, 
 num bar que ficava ao lado da Rodoviária, esqueci o nome, e onde começou o 
 Kampinas 
 Kreis - que era o apelido que o Newton dava ao time in illo tempore. 
 
 Nunca conseguimos nada melhor do que acarretar, ainda que a palavra não 
 seja muito 
 bonitinha - aliás não nego que exista esse sentimento estético, também 
 experimento,
 só não sei por que... o que é realmente feio em acarreta ?? Bem, também 
 acho que a
 gente se acostuma e perde o preconceito.
 
 Fora acarretar, só conheço a famosa tradução que o Balthazar defendia 
 depois de algumas 
 tantas doses de Steinhaeger com Underberg,
 
 Abraço,
 Andrea
 
 
 Em 19 de novembro de 2013 22:42, Francisco Gomes Martins 
 apofant...@gmail.com escreveu:
 Considerando o contexto em que *entailment* está empregado, no caso, o da
 lógica intensional, seria razoável traduzi por *consequência semantica*
 contrapondo-se deste modo a semântica denotacional (claramente
 extensional).
 
 Ao menos seria este o sentido empregado por Carnap (em MN), Church (em
 LSD), Montague em (IL), Cresswell., etc.
 
 
 Em 19 de novembro de 2013 21:33, Diogo Dias
 diogo.bispo.d...@gmail.comescreveu:
 
  Talvez ajude também colocar entailment entre parênteses, para manter a
  referência original e evitar conusões desnecessárias.
 
  Em 19/11/2013, às 21:08, Daniel Durante dura...@ufrnet.br escreveu:
 
   Oi Rodrigo,
  
   Obrigado. É feio mas é uma opção :) Não havia pensado nela. Acabo de ver
  que na Wikipedia em português usam “acarretamento” como sinônimo de
  “implicação lógica” e “consequência semântica”, que são expressões
  certamente ligadas com “entailment”.
  
   Obrigado,
   Daniel.
   -
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   http://danieldurante.weebly.com
  
   Em 19/11/2013, à(s) 19:57, Rodrigo Podiacki podia...@gmail.com
  escreveu:
  
   Não sei se ajuda, mas, em Linguística, essa palavra é traduzida como
  acarretamento.
  
  
   Em 19 de novembro de 2013 17:51, Daniel Durante dura...@ufrnet.br
  escreveu:
   Colegas,
  
   Me lembro de algum tempo atrás termos discutido aqui um glossário de
  termos lógicos em português. Eu estou às voltas com a tradução do termo
  “entailment”, e não me lembro se houve alguma sugestão.
   Meu primeiro impulso é traduzí-lo por “implicação lógica”, em oposição
  à “implicação material”.
   Preciso traduzir “entailment” em um contexto bastante delicado, em que
  é importante que fique clara que a relação de “entailment” não é uma
  relação extensional (não pode ser totalmente capturada em teoria de
  conjuntos de primeira ordem) mas liga-se aos conceitos de analiticidade,
  necessidade, significado… que exigem contextos intensionais em suas
  formalizações. Então não sei se “implicação lógica” é adequado. Talvez
  “consequência lógica”, ou “consequência necessária”,… Enfim, alguém tem
  alguma sugestão?
  
   Saudações,
   Daniel.
   -
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Re: [Logica-l] Tradução de entailment

2013-11-20 Por tôpico Daniel Durante
Salve, João Marcos,

Pois é, eu concordo com você, discordando!! Anote aí também, porque você não 
vai me ouvir muitas vezes dizendo que o Quine não tinha razão :) mas neste 
caso, eu acho que ele não tinha razão em sua implicância com a teoria do 
significado nem na época em que escreveu o texto (1951)!! Neste mesmo ano, o 
grande Alonzo Church já tinha proposto um modo nada “miserável” de acomodar 
muito do que Quine classifica como “teoria do significado” no cálculo lambda, 
cujos fundamentos já tinham sido estabelecidos por Schonfinkel e Curry! Aliás, 
desde Frege a teoria do significado não é tão “miserável” assim quanto Quine 
julgava!

Obrigado pelas referências,
Saudações,
Daniel. 
-
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Em 20/11/2013, à(s) 12:16, Joao Marcos botoc...@gmail.com escreveu:

 Salve, Daniel:
 
 Já que é este o caso, você pode traduzir *entailment* por
 *acarretamento* sem susto e sem aspas.  Nosso colega van Ormand Quine
 não poderia em absoluto ter tido em mente questões terminológicas
 levantadas por lógicos da relevância que ainda nem existiam!
 
 Com relação ao estado miserável da Teoria do Significado, Quine em
 sua época (pré-Belnap) tinha toda a razão no que afirmou (anote esta
 frase aí, já que vai ser muito difícil você me ver dizendo outra vez
 que Quine tinha razão).  Felizmente, hoje em dia a situação é BEM
 diferente, em particular graças ao desenvolvimento da Abstract
 Algebraic Logic e ao estudo da Lógica Universal.  A noção de
 *sinonímia*, em particular, já é bem melhor compreendida (e não dá
 mais motivo para tanta perturbação), sendo apresentável de fato de
 modo a envolver a noção de *acarretamento*.  Confira por exemplo a
 definição que Smiley propôs uma década após o artigo ideológico do
 Quine: denote por Psi(p) um contexto sentencial (isto é, uma
 fórmula) no qual ocorre a variável proposicional p, e recorde que
 dizemos que duas sentenças S1 e S2 são logicamente equivalentes, do
 ponto de vista de uma determinada lógica, quando tanto X acarreta Y
 quanto Y acarreta X ; dizemos então que A e B são expressões
 *sinônimas* quando Psi(A) e Psi(B) são equivalentes, para todo
 contexto sentencial Psi.  Lógicas *congruenciais* (locus classicus da
 intensionalidade), em particular, são aquelas em que todas as
 expressões equivalentes são sinônimas (isto é, nestas lógicas vale a
 propriedade de replacement / substitutividade).  Por outro lado, as
 lógicas *verofuncionais*, caracterizáveis extensionalmente, só são
 congruenciais muito raramente --- o que levou Roman Suszko a afirmar,
 equivocadamente, que a congruencialidade sempre falharia caso uma
 lógica fosse caracterizável por matrizes com mais de dois
 valores-de-verdade.  Estava errado Suszko, e esteve errado tantas
 vezes o Quine...
 
 Para mais sobre os fascinantes temas da verofuncionalidade e da
 extensionalidade, vale a pena conferir o capítulo 3 da bíblia do
 Humberstone, The Connectives.  Vale ainda acrescentar que o tema da
 sinonímia definicional, no qual não toquei no parágrafo acima, foi
 explorado por Lopez-Escobar e Miraglia em uma edição inteira da
 Dissertationes Mathematicae, dentro da tradição de Lesniewski-Tarski.
 JM
 
 
 2013/11/20 Daniel Durante dura...@ufrnet.br:
 Colegas,
 
 A questão que mais me preocupava na tradução de “entailment” era justamente 
 a apontada por Jean-Yves. Autores diferentes usam entailment com 
 significados diferentes! E eu simplesmente não tenho clareza absoluta do 
 significado no texto original! Usei “acarretamento”, mas vou fazer uma nota 
 de rodapé (quem sabe até um outro artigo :) ). De todo modo, o texto 
 original é um trecho bem conhecido de “Ontology and Ideology”, de Quine, 
 onde ele separa a semântica em teoria do significado e teoria da referência, 
 e coloca “entailment” como uma das noções da teoria do significado (os “bad 
 guys):
 
 A fundamental cleavage needs to be observed between two parts of so-called 
 semantics: the theory of reference and the theory of meaning. The theory of 
 reference treats of naming, denotation, extension, coextensiveness, values 
 of variables, truth; the theory of meaning treats of synonymy, analyticity, 
 syntheticity, entailment, intension. Now the question of the ontology of a 
 theory is a question purely of the theory of reference. The question of the 
 ideology of a theory, on the other hand, obviously tends to fall within the 
 theory of meaning; and, insofar, it is heir to the miserable conditions, the 
 virtual lack of scientific conceptualization, which characterize the theory 
 of meaning.
 
 Bem, Quine põe “entailment” junto dos “bad guys”, mas eu não sei se ele 
 colocaria “implicação lógica” junto dos “bad guys” também! Na verdade, esta 
 referência dele a “entailment” neste trecho é, para mim, bastante 
 perturbadora!!!
 
 De todo modo, obrigado pelas sugestões.
 
 Abraços,
 Daniel.
 
 PS: Bem, Andrea, fiquei curioso para saber a tradução do Balthazar depois de

Re: [Logica-l] Consequencia Significativa

2013-11-20 Por tôpico Daniel Durante
Caríssimo Marcelo,

 A correta tradução de entailment é enrabada e A |= B deve ser lido
 como A enraba B.
Eu desconfio que era exatamente esta a tradução que a Andrea atribuiu ao 
Balthazar, depois de Steinhaegers com Underberg” num boteco de rodoviária em 
Campinas... mas ela simplesmente foi delicada comigo, pelo quê eu agradeço :)

Mas é fato que Balthazar, você e também os “bad guys” têm toda a razão!

Saudações,
Daniel.

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[Logica-l] Tradução de entailment

2013-11-19 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Me lembro de algum tempo atrás termos discutido aqui um glossário de termos 
lógicos em português. Eu estou às voltas com a tradução do termo “entailment”, 
e não me lembro se houve alguma sugestão.
Meu primeiro impulso é traduzí-lo por “implicação lógica”, em oposição à 
“implicação material”.
Preciso traduzir “entailment” em um contexto bastante delicado, em que é 
importante que fique clara que a relação de “entailment” não é uma relação 
extensional (não pode ser totalmente capturada em teoria de conjuntos de 
primeira ordem) mas liga-se aos conceitos de analiticidade, necessidade, 
significado… que exigem contextos intensionais em suas formalizações. Então não 
sei se “implicação lógica” é adequado. Talvez “consequência lógica”, ou 
“consequência necessária”,… Enfim, alguém tem alguma sugestão?

Saudações,
Daniel.
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Re: [Logica-l] Tradução de entailment

2013-11-19 Por tôpico Daniel Durante
Oi Rodrigo,

Obrigado. É feio mas é uma opção :) Não havia pensado nela. Acabo de ver que na 
Wikipedia em português usam “acarretamento” como sinônimo de “implicação 
lógica” e “consequência semântica”, que são expressões certamente ligadas com 
“entailment”.

Obrigado,
Daniel.
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Em 19/11/2013, à(s) 19:57, Rodrigo Podiacki podia...@gmail.com escreveu:

 Não sei se ajuda, mas, em Linguística, essa palavra é traduzida como 
 acarretamento.
 
 
 Em 19 de novembro de 2013 17:51, Daniel Durante dura...@ufrnet.br escreveu:
 Colegas,
 
 Me lembro de algum tempo atrás termos discutido aqui um glossário de termos 
 lógicos em português. Eu estou às voltas com a tradução do termo 
 “entailment”, e não me lembro se houve alguma sugestão.
 Meu primeiro impulso é traduzí-lo por “implicação lógica”, em oposição à 
 “implicação material”.
 Preciso traduzir “entailment” em um contexto bastante delicado, em que é 
 importante que fique clara que a relação de “entailment” não é uma relação 
 extensional (não pode ser totalmente capturada em teoria de conjuntos de 
 primeira ordem) mas liga-se aos conceitos de analiticidade, necessidade, 
 significado… que exigem contextos intensionais em suas formalizações. Então 
 não sei se “implicação lógica” é adequado. Talvez “consequência lógica”, ou 
 “consequência necessária”,… Enfim, alguém tem alguma sugestão?
 
 Saudações,
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Re: [Logica-l] Filmes sobre lógica

2013-11-12 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Muito obrigado por todas as sugestões de filmes e vídeos. Encaminhei o Digest 
da lista com 18 mensagens para meu colega que fez a pergunta e... tenho a 
impressão de que a lista vai ganhar um novo membro :)

Saudações,
Daniel.
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[Logica-l] Filmes sobre lógica

2013-11-11 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Um colega me fez a seguinte pergunta:

 Conheces bons filmes com os quais podemos relacioná-los directamente com a 
 lógica, deduções, inferências?

Eu não conheço, vocês conhecem?

Saudações,
Daniel.
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[Logica-l] Artigos...

2013-10-29 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Alguém, por acaso, tem acesso aos seguintes artigos:

- Frank Jackson, 'Ontological Commitment and Paraphrase', Philosophy 55, (1980)

- Frank Jackson, ‘A Puzzle about Ontological Commitment’, in J. Heil (ed.), 
Cause, Mind and Reality (Dordrecht: Kluwer, 1989), pp. 191–200, at p. 192.

Saudações,
Daniel.
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[Logica-l] Fwd: Concurso professor de filosofia Unicentro Paraná

2013-10-15 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Repasso mais um anúncio de concurso para professor de Filosofia que pode ser do 
interesse da alguns.

Saudações,
Daniel
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Início da mensagem encaminhada:

 De: Ernesto Giusti egiu...@bol.com.br
 Assunto: Concurso professor de filosofia Unicentro Paraná
 Data: 15 de Outubro de 2013 16:36:35 WEST
 Para: filosofiadacien...@googlegroups.com
 Responder A: filosofiadacien...@googlegroups.com
 
 Caros e caras:
 Concurso público para professor efetivo de Filosofia na Universidade Estadual 
 do Centro-Oeste no Paraná: 2 Vagas
 Titulação mínima: mestrado
 Edital: http://www2.unicentro.br/concursos/CP-68-2013/
 Provavelmente serão chamados os três primeiros aprovados no concurso.
 Divulguem, prestem...
  
 Ernesto
 
 
 -- 
 Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo Filosofia da Ciência 
 dos Grupos do Google.

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[Logica-l] Concurso para Professor de Filosofia da Ciência - UFPR

2013-10-09 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Vejam abaixo oportunidade de emprego que pode interessar!

Saudações,
Daniel.
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Início da mensagem encaminhada:

 De: Eduardo Barra eduardosoba...@gmail.com
 Assunto: Concurso para Professor de Filosofia da Ciência - UFPR
 Data: 9 de Outubro de 2013 12:16:56 WEST
 Para: filosofiadaciencia filosofiadacien...@googlegroups.com, 
 historiografia-scientia historiografia-scien...@googlegroups.com, pinaxos 
 pina...@yahoogroups.com
 Cc: Scientiae Studia secreta...@scientiaestudia.org.br
 Responder A: filosofiadacien...@googlegroups.com
 
 Concurso para Professor de Filosofia da Ciência - UFPR
 
 http://www.filosofia.ufpr
 
 Número de vagas: 01 (uma) 
 Número limite de candidatos habilitados: 05 
 Classe: A 
 Denominação: Adjunto A 
 Nível: 1 
 Regime de Trabalho: Dedicação Exclusiva 
 Titulação Mínima Exigida: Doutorado em Filosofia, obtidos na forma da
 lei. 
 
 Pontos do Programa do Concurso: 
 1. Conceito de Ciência; 
 2. Teoria e Experiência; 
 3. Realismo e Antirrealismo;
 4. Ciência e História;
 5. Ciência e Lógica. 
 
 Link do edital:
 http://www.progepe.ufpr.br/progepe/concursos/docente/concursos_publicos/editais/edital255-13.pdf
 
 instituição: UFPR
 inscrições: de 07/10 a 05/11
 contato: (41)33605098; (41)33605266
 
 -- 

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[Logica-l] Mais um artigo

2013-10-01 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Alguém, por acaso, tem acesso a este artigo do Church?

Church, Alonzo. The need for abstract entities in semantic 
analysis.Proceedings of the American Academy of Arts and Sciences. Vol. 80. 
No. 1. American Academy of Arts  Sciences, 1951.

Saudações,
Daniel.
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[Logica-l] Fwd: Concurso Prof. Efetivo Filosofia da Educação/ Epistemologia das ciências]

2013-09-29 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Encaminho Mensagem com informações sobre concurso que pode ser do interesse de 
alguns de vocês.

Abraços,
Daniel.
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Início da mensagem encaminhada:

 De: Eduardo Barra eduardosoba...@gmail.com
 Assunto: [Fwd: [pinaxos] Fwd: Enc: Concurso Prof. Efetivo Filosofia da 
 Educação/ Epistemologia das ciências]
 Data: 27 de Setembro de 2013 12:08:56 WEST
 Para: filosofiadaciencia filosofiadacien...@googlegroups.com
 Responder A: filosofiadacien...@googlegroups.com
 
 
 
  Mensagem encaminhada 
 De: Angela Santi am-sa...@uol.com.br
 Reply-to: pina...@yahoogroups.com
 Para: pina...@yahoogroups.com pina...@yahoogroups.com
 Assunto: [pinaxos] Fwd: Enc: Concurso Prof. Efetivo Filosofia da
 Educação/ Epistemologia das ciências
 Data: Thu, 26 Sep 2013 20:26:23 -0300
 
 
 Caros colegas, o concurso para professor adjunto na área de Filosofia da
 Educação/ Epistemologia das Ciências ainda NÃO TEM nenhum inscrito. E as
 inscrições se encerram dia 2/10.
 Por favor, divulguem!!
 
 Abaixo constam informações do certame.
 Mais informações no site da CPD  ( http://sistemas.uff.br/cpd )
 
 Att,
 Viviane Maia
 Secretária da Banca Examinadora
 
ÁREA ESPECÍFICA:
Filosofia da Educação /
Epistemologia das Ciências
SITUAÇÃO:
EDITAL PUBLICADO
APROVAÇÃO PELO CEP:
Aprovado pelo CEP
 
 
INÍCIO DAS INSCRIÇÕES:
06/09/2013
TÉRMINO DAS INSCRIÇÕES:
02/10/2013
INÍCIO DAS PROVAS:
04/11/2013
FIM DAS PROVAS:
08/11/2013
DEPARTAMENTO DE ORIGEM:
SFP-DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS
PEDAGÓGICOS
EXERCÍCIO:
Niterói
LOTAÇÃO:
SFP
TOTAL DE INSCRITOS DEFERIDOS:
0
CLASSE:
ADJUNTO
NÍVEL:
I
REGIME:
40 HORAS DE
GRADUAÇÃO EXIGIDA:
Humanas (Filosofia, Pedagogia,
História, Ciências Sociais)
MESTRADO EXIGIDO:
Humanas (Filosofia, Pedagogia,
História, Ciências Sociais)
DOUTORADO EXIGIDO:
Filosofia ou Educação
 
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[Logica-l] Busca por paper

2013-09-25 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Preciso do artigo abaixo, que vi que tem no JSTOR, mas não sei porque não está 
disponível para download de minha conta. Alguém por acaso tem?

Scheffler, I. Chomsky, N. 1958 What is Said to Be. Proceedings of the 
Aristotelian Society. New Series, Vol 59, pp. 71-82.

Saudações,
Daniel.
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Re: [Logica-l] Busca por paper

2013-09-25 Por tôpico Daniel Durante
Agradeço ao Giovanni e ao Ricardo pelo envio do artigo.
Realmente a logica-l funciona mesmo!!!

Daniel.

Em 25/09/2013, às 11:06, Daniel Durante dura...@ufrnet.br escreveu:

 Colegas,
 
 Preciso do artigo abaixo, que vi que tem no JSTOR, mas não sei porque não 
 está disponível para download de minha conta. Alguém por acaso tem?
 
 Scheffler, I. Chomsky, N. 1958 What is Said to Be. Proceedings of the 
 Aristotelian Society. New Series, Vol 59, pp. 71-82.
 
 Saudações,
 Daniel.
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[Logica-l] Fwd: Bolsa de Pós-Doutorado na Filosofia UFPR

2013-09-19 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Mais uma oportunidade de pós-doutorado. Agora na UFPR. Vejam a mensagem abaixo.

Saudações,
Daniel
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Início da mensagem encaminhada:

 De: Eduardo Barra eduardosoba...@gmail.com
 Assunto: Bolsa de Pós-Doutorado na Filosofia UFPR
 Data: 19 de Setembro de 2013 15:15:06 WEST
 Para: filosofiadaciencia filosofiadacien...@googlegroups.com, pinaxos 
 pina...@yahoogroups.com, historiografia-scientia 
 historiografia-scien...@googlegroups.com
 Responder A: filosofiadacien...@googlegroups.com
 
 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
 
 SELEÇÃO PARA O PROGRAMA NACIONAL DE PÓS-DOUTORADO (CAPES)
 http://www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-pais/pnpd-capes
 
 Valor da bolsa: R$ 4.100,00
 
 INSCRIÇÕES:
 
 REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO:
 
 a) Possuir o título de Doutor em Filosofia obtido em curso avaliado pela
 Capes e reconhecido pelo CNE/MEC. Em caso de diploma em instituição
 estrangeira, este será analisado pela comissão de seleção;
 
 b) Não ser aposentado ou estar em situação equiparada; 
 
 c) É admissível inscrição (1) de candidato brasileiro ou estrangeiro
 residente no Brasil e portador de visto temporário, sem vínculo
 empregatício; (2) de candidato estrangeiro, residente no exterior, sem
 vínculo empregatício; (3) de candidato docente ou pesquisador no país
 com vínculo empregatício em instituições de ensino superior ou
 instituições públicas de pesquisa;
 
 d) Apresentação de projeto de pesquisa em formato pdf, enviado por via
 eletrônica ao e-mail pgfi...@ufpr.br e aur...@ufpr.br. O texto do
 projeto deverá se limitar a no máximo 37.500 caracteres, excluindo folha
 de rosto; 
 
 e) Currículo modelo da base Lattes do CNPq (a comprovação dos itens do
 currículo poderá, eventualmente, ser solicitada pela comissão de
 seleção).
 
 CRONOGRAMA
 
 Inscrições: de 16 a 27 de setembro de 2013. 
 
 Análise dos Projetos: entre 30 de setembro e 04 de outubro de 2013
 
 Resultado: 07 de outubro (no site www.filosofia.ufpr.br ).
 
 Entrevista: entre 08 e 11 de outubro de 2013
 
 Resultado final: 14 de outubro de 2013 (no site www.filosofia.ufpr.br ) 
 
 INFORMAÇÕES e INSCRIÇÕES
 
 Universidade Federal do Paraná
 Setor de Ciências Humanas
 Programa de Pós-Graduação em Filosofia
 R. Dr. Faivre, 405 - 6º andar, sala 601 Ed. D. Pedro II
 CEP: 80060-140 - Curitiba - Paraná
 Fone/Fax (0xx 41) 3360-5048
 SITE: www.filosofia.ufpr.br
 e-mail: pgfi...@ufpr.br + aur...@ufpr.br
 
 
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 Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo Filosofia da Ciência 
 dos Grupos do Google.
 
 Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails deste grupo, 
 envie um email para filosofiadaciencia+unsubscr...@googlegroups.com.
 Para mais opções, consulte https://groups.google.com/groups/opt_out.

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[Logica-l] Traduções e Teoria de Modelos

2013-06-28 Por tôpico Daniel Durante
Aos colegas que entendem de Traduções e Teoria de Modelos,

Tenho umas perguntas meio longas. Se alguém tiver paciência, interesse e puder 
responder, ajudaria bastante. Se não, não tem importância, a amizade continua :)

Estou com a seguinte dúvida: sejam L1 e L2 as linguagens (enumeráveis) de dois 
sistemas lógicos de primeira ordem S1 e S2. Pelo menos um deles é não-clássico. 
Suponha que eu tenha definido uma par de funções de tradução. f leva fórmulas 
de L1 a fórmulas de L2 e g leva fórmulas de L2 a fórmulas de L1. Suponha também 
que eu tenha demonstrado o seguinte resultado sobre esta tradução:

Para qualquer conjunto de fórmulas Gama e fórmula A de L1 e qualquer conjunto 
de fórmulas Delta e fórmula B de L2 valem:

1. Gama |=(S1) A  = f(Gama) |=(S2) f(A)
2. Delta |=(S2) B  = g(Delta) |=(S1) g(B)
3. |=(S1) A - g(f(A))
4. |=(S2) B - f(g(B))


onde, |=(Si) é consequência lógica em Si, e - é biimplicação sintática. 
Obviamente estou assumindo que há biimplicação nos dois sistemas e que ela 
funciona neles como a biimplicação clássica.


Ou seja, tenho um tipo de tradução bastante forte, e com propriedades estudadas 
por alguns de vocês!

Agora suponha que C seja uma sentença de Li que é n-categórica em Si. Ou seja, 
todos os seus modelos têm domínios com exatamente n elementos. Por exemplo, a 
sentença ExVy(x=y) é 1-categórica na lógica clássica, pois só terá modelos com 
domínios unitários.

Bem, finalmente, minhas perguntas.

(i) Existe algum resultado que garante, dada uma tradução com as propriedades 1 
a 4 descritas acima, que se A é n-categórica então f(A) também será 
n-categórica, ou conversamente, se B é n-categórica então g(B) também será 
n-categórica? Ou seja, uma tradução com as propriedades 1 a 4 acima preserva a 
n-categoricidade?

(i') Se no lugar de 1 a 4 acima eu tivesse 1' a 4' descritas não em termos da 
consequência lógica (|=) mas em termos de dedutibilidade (|-), a resposta de 
(i) poderia ser diferente? Obviamente neste caso estou assumindo que S1 e S2 
têm procedimentos de prova corretos e completos com relação às suas respectivas 
semânticas.

(ii) Seja [n_i] o conjunto de classes de equivalência (segundo a relação de 
isomorfismo entre modelos) de modelos n-categóricos de Si. E seja |[n_i]| a 
cardinalidade (tamanho) deste conjunto. Por exemplo, |[3_2]| representa a 
quantidade de modelos não isomórficos relativos à lógica S2 que têm exatamente 
3 elementos no domínio. Bem, a pergunta é, dados S1, S2 e a tradução descrita 
acima, é possível afirmar (há prova de que) |[n_1]| = |[n_2]| para todo n 
natural? Ou seja é possível provar que, havendo uma tradução com as 
propriedades 1 a 4 acima, a quantidade de modelos distintos (não isomórficos) 
n-categóricos é a mesma em S1 e S2? 

Bem, é isso! Não custa tentar… Por incrível que pareça, li sobre estas coisas 
não em um artigo de lógica, mas em um artigo de metafísica! E justamente por 
isso, os detalhes formais estão MUITO mal escritos lá. O autor não define 
direito as coisas e escolhe ao acaso o que ele demonstra e o que ele deixa como 
intuição ou conjectura filosófica. Segundo ele, a resposta tanto a (i) quanto 
a (ii) é afirmativa. Mas ele me deu poucas razões para confiar nos seus 
resultados.

É isso,
saudações,
Daniel.

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Re: [Logica-l] Ontological Misogyny

2013-06-14 Por tôpico Daniel Durante
MUITO obrigado, Rodrigo!! O Church é realmente admirável!

Saudações,
Daniel.


Em 13/06/2013, às 23:18, Rodrigo Podiacki podia...@gmail.com escreveu:

 http://www.jfsowa.com/ontology/church.htm
 
 Também há referências na FOM:
 
 http://cs.nyu.edu/pipermail/fom/2005-September/009079.html
 
 
 Em 13 de junho de 2013 19:04, Daniel Durante dura...@ufrnet.br escreveu:
 Colegas,
 
 Algum de vocês conhece um fragmento de texto de Alonso Church conhecido 
 como Ontological Misogyny, no qual ele apresenta uma paráfrase que elimina 
 dos discursos toda referência e quantificação sobre mulheres, apresentando, 
 assim, um argumento tão forte para a não existência das mulheres quanto 
 qualquer argumento nominalista, que seja fundado no critério de compromisso 
 ontológico quineano, para a não existência de alguma entidade qualquer. Estou 
 lendo um artigo que faz referência a este texto de Church, mas que o cita 
 apenas como um fragmento, sem qualquer qualificação ou referência 
 bibliográfica. Em uma rápida busca não encontrei nada. Nem em seu artigo 
 Ontological Commitment. Algum de vocês já leu ou sabe a referência deste 
 fragmento?
 
 Abraços,
 Daniel.
 
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[Logica-l] Ontological Misogyny

2013-06-13 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Algum de vocês conhece um fragmento de texto de Alonso Church conhecido como 
Ontological Misogyny, no qual ele apresenta uma paráfrase que elimina dos 
discursos toda referência e quantificação sobre mulheres, apresentando, assim, 
um argumento tão forte para a não existência das mulheres quanto qualquer 
argumento nominalista, que seja fundado no critério de compromisso ontológico 
quineano, para a não existência de alguma entidade qualquer. Estou lendo um 
artigo que faz referência a este texto de Church, mas que o cita apenas como um 
fragmento, sem qualquer qualificação ou referência bibliográfica. Em uma 
rápida busca não encontrei nada. Nem em seu artigo Ontological Commitment. 
Algum de vocês já leu ou sabe a referência deste fragmento?

Abraços,
Daniel.

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Re: [Logica-l] Lógicas modais proposicionais como teorias de 1a ordem clássicas

2013-05-28 Por tôpico Daniel Durante
Oi Valéria,

Muito obrigado pelos links! Minha pilha de leitura está aumentando!

Daniel.

PS: se alguém tentou e não conseguiu baixar a tese do Simpson, basta apagar 
os * da palavra thesis. O link abaixo funciona:

http://homepages.inf.ed.ac.uk/als/Research/thesis.pdf 

+++

Em 28/05/2013, às 13:59, Valeria de Paiva valeria.depa...@gmail.com escreveu:

 alo,
 a tese do Simpson, que 'e um primor de bem-escrita, esta' ficando um 
 pouquinho 'outdated'. esta' disponivel em 
 http://homepages.inf.ed.ac.uk/als/Research/thesis.pdf
 meu paper com o Torben tb esta' disponivel (em tres versoes,conferencia, TR e 
 revista):
   • Towards Constructive Hybrid Logic (Extended Abstract) (with T. 
 Brauner), Presented at Methods for Modalities 3, LORIA, Nancy, France, 
 September 22-23, 2003. Also appears as a technical report from the University 
 of Roskilde, 2003.
   • Full paper from above, submitted with new title Intuitionistic Hybrid 
 Logic to Journal of Applied Logic(JAL). Appeared as JAL 4(2006), 231-- 255, 
 available online from the publishers on 11th August 2005.
 Valeria
 
 2013/5/28 Daniel Durante dura...@ufrnet.br
 Colegas,
 
 Em primeiro lugar, há disponibilidade, online, para acessar a citada tese do 
 Simpson e o artigo da Valeria e Torben?
 
 Sobre o que disse a Valéria, eu tenho alguns comentários:
 
  1. isso da' aa nocao de modelo de mundos um papel especial, de definidor 
  dos sistemas modais, que eu nao sei se 'e razoavel. logicas modais existiam 
  antes dos modelos de mundos e podem existir sem os mesmos, a principio. a 
  principio semantica de mundos 'e que nem qq outra semantica (algebrica, 
  categorica, de valoracoes, etc...) se a semantica de mundos precisa ser 
  parte da definicao da *sintaxe* das logicas modais, bom entao 
  ontologicamente elas sao privilegiadas. Por que?
 
 EU concordo com você, mas muita gente não. Uma semântica correta e completa 
 para um sistema formal equivale ao sistema formal. Se, além disso, esta 
 semântica pode ser empacotada como teoria de um OUTRO sistema formal, então 
 este outro sistema formal é, por transitividade, forte o suficiente para 
 abarcar o primeiro. Se, ainda mais, este outro sistema formal for a lógica 
 clássica, e se o seu fragmento utilizado para teorizar a semântica  do 
 primeiro sistema tiver propriedades já bem estudadas, temos bons motivos para 
 preferir a teoria clássica.
 
  2. botar a semantica desejada na sintaxe que voce quer modelar (apesar de 
  logicas hibridas) continua me parecendo roubalheira/cheating... a gente nao 
  precisa disso pra logica classica, a gente nao precisa disso pra logica 
  intuicionista, a gente nao precisa pra certos sistemas modais... a nocao de 
  corretude/soundness fica meio comprometida, pois se a semantica 'e parte da 
  sintaxe, corretude e' por definicao, nao por demonstracao...
 
 A gente não precisa, mas a gente pode. E funciona! Suponha que eu seja um 
 monista lógico, que só aceita a lógica clássica de primeira ordem, que 
 acredita que o mundo é racional e a racionalidade do mundo é captada à 
 perfeição pela lógica clássica. Fora da nossa especialidade acadêmica, esta 
 me parece uma posição bastante aceita. Bem, mas mesmo neste caso, se eu 
 utilizar este recurso de sintaxizar a semântica, eu não preciso me privar 
 da maioria das lógicas não clássicas. Elas serão para mim teorias da única e 
 verdadeira lógica. Um ponto filosófico interessante é que lógicas são tidas 
 como PURA FORMA, enquanto que teorias são SOBRE ALGO. Mas que algo é esse do 
 qual essas teorias tratam? As semânticas nos aproximam muito mais deste 
 (misterioso) algo do que os sistemas formais. Sintaxizar a semântica ajuda 
 a mostrar que a semântica da lógica não-clássica em questão é compatível e 
 expressável na semântica da lógica clássica. Ou seja, ela não é tão 
 não-clássica assim!
 
  3. quem quer fazer teoria da prova/ou da demonstracao nao pode transformar 
  as provas que estao interessados em, em provas de primeira ordem. porque 
  isso destroi a estrutura de demonstracoes que sao tao bem comportadas (como 
  os slides que o JM sugeriu explicaram) em coisas dentro do universo de 1a 
  ordem que nao sao bem comportadas de forma nenhuma.
 
  4. quem como eu e tantos outros esta' interessado nas provas e nao no fato 
  de um certo teorema ser verdadeiro ou falso, precisa ter muito cuidado com 
  as traducoes entre sistemas logicos que vai aceitar., pois muitas das 
  traducoes que preservam valor verdade destroem a estrutura das provas…
 
 Nestes pontos eu concordo plenamente. Se o interesse são as provas, então o 
 que importa é a sintaxe (em sentido amplo, viu João Marcos :) ).
 
 Sobre o que disse a Elaine:
 
  Mas acho que nada disso interessa diretamente ao Daniel, que colocou a 
  pergunta, em primeiro lugar.
 
 
 Bem, saber que o livro Negri-Plato é muito ruim, e que só o capítulo 11 vale 
 a pena, me interessa MUITO. São mais de 400 páginas :)
 
 Sobre o que disseram Marcelo

Re: [Logica-l] Lógicas modais proposicionais como teorias de 1a ordem clássicas

2013-05-27 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Muito obrigado MESMO pelas referências, já comecei estudar, e elas certamente 
me pouparão muito TEMPO :) E também confirmam minha suspeita de que o assunto 
era mesmo bem desenvolvido. Aproveito, então, e deixo a vocês uma pergunta 
séria, mas que vou formular em termos lúdicos: suponha que por alguma limitação 
qualquer (não muito longe do real, no meu caso), por exemplo não tenho lápis e 
papel, nem boa memória (para fazer as coisas de cabeça), nem internet,... e em 
meu computador só tenho instalado o software Fitch, que me deixa (e auxilia 
a) fazer provas em dedução natural na lógica clássica de primeira ordem. Bem, 
com esta ferramenta eu já sei que posso construir teorias (conjuntos de 
premissas) para as diversas versões da lógica temporal, descobri que posso 
fazer o mesmo para os principais sistemas de lógica modal, imagino (para o meu 
desgosto) que posso fazer o mesmo inclusive para a lógica intuicionista, já que 
há uma teoria clássica para S4. Bem, então eu começo a pensar que poderia fazer 
o mesmo para lógicas paraconsistentes, relevantes,… A pergunta, então, é: tem 
alguma lógica não-clássica que eu não vou conseguir resolver no meu software, 
simulando-a como uma teoria de primeira ordem clássica?
Parece que qualquer sistema formal que seja correto e completo com respeito a 
alguma formulação semântica que possa ser expressa em uma teoria de relações 
passível de ser axiomatizada em primeira ordem se tornaria equivalente a uma 
teoria clássica de primeira ordem!!??!! Deve haver algo errado com esta ideia, 
pois ela me faz pensar se existe mesmo alguma lógica não-clássica no sentido de 
não poder ser tratada classicamente, de ser incompatível com a lógica clássica! 
O que vocês acham (ou sabem) sobre o assunto?

Saudações,
Daniel

PS: Sobre o que disse o João Marcos:

 (É inteiramente misteriosa para mim a razão
 pela qual outros autores gastam tempo sobre sistemas dedutivos ad hoc
 para esta ou aquela lógica modal, dado que abordagens deste gênero são
 modulares e amplamente aplicáveis, além de fortemente adequadas do
 ponto de vista lógico.)

Eu tenho um palpite, João. A razão pode ser histórica. No caso das lógicas 
modais, por exemplo, a regimentação em primeira ordem só se tornou possível 
depois que a semântica dos modelos de Kripke se estabeleceu. É preciso muita 
reflexão para converter os conceitos de necessidade e possibilidade, que 
traduzem-se diretamente em operadores lógicos, em uma relação binária entre 
estados possíveis do mundo (ou mundos possíveis) que rotulam proposições! Outra 
esquisitice histórica da lógica modal é o nome dos sistemas! K, T, B, S4, S4.3, 
S5?
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[Logica-l] Lógicas modais proposicionais como teorias de 1a ordem clássicas

2013-05-26 Por tôpico Daniel Durante
Colegas,

Tenho uma dúvida boba que certamente  vocês podem me ajudar. Lendo algumas 
coisas básicas sobre lógica temporal, vi que uma maneira de tratar o assunto, 
que é inclusive expressivamente mais poderosa que a maneira padrão com 
operadores modais (temporais) é, no lugar disso, regimentar o discurso temporal 
em uma teoria de primeira ordem clássica. Ou seja, ao invés de operadores 
modais temporais, com regras de dedução e/ou axiomas próprios, teríamos 
simplesmente uma teoria de primeira ordem clássica que tem instantes de tempo 
(ou estados temporais do mundo) como objetos (ou valor de suas variáveis) e a 
ordem temporal como a relação cujas propriedades os axiomas da teoria descrevem.
Apesar desta abordagem ser mais ou menos comum para a lógica temporal, em uma 
rápida pesquisa eu não encontrei muita coisa sobre a regimentação das lógicas 
modais em geral em teorias clássicas de primeira ordem, que teriam estados 
possíveis do mundo como objetos e a acessibilidade como relação axiomatizada. 
Vi algo sobre S5 e a lógica de predicados monádicos, mas nada mais.
Bem, minha pergunta é por referências mesmo, que certamente deve haver. Alguém 
poderia me indicar algumas referências sobre o assunto?

Saudações,
Daniel.
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[Logica-l] Salami Science

2013-05-07 Por tôpico Daniel Durante
Para pensarmos um pouco.

Saudações,
Daniel.

+++

Darwin e a prática da 'Salami Science'

27 de abril de 2013 
FERNANDO REINACH - O Estado de S.Paulo

Em 1985, ouvi pela primeira vez no Laboratório de Biologia Molecular a 
expressão Salami Science. Um de nós estava com uma pilha de trabalhos 
científicos quando Max Perutz se aproximou. Um jovem disse que estava lendo 
trabalhos de um famoso cientista dos EUA. Perutz olhou a pilha e murmurou: 
Salami Science, espero que não chegue aqui. Mas a praga se espalhou pelo 
mundo e agora assola a comunidade científica brasileira.
Salami Science é a prática de fatiar uma única descoberta, como um salame, 
para publicá-la no maior número possível de artigos científicos. O cientista 
aumenta seu currículo e cria a impressão de que é muito produtivo. O leitor é 
forçado a juntar as fatias para entender o todo. As revistas ficam abarrotadas. 
E avaliar um cientista fica mais difícil. Apesar disso, a Salami Science se 
espalhou, induzido pela busca obsessiva de um método quantitativo capaz de 
avaliar a produção acadêmica.
No Laboratório de Biologia Molecular, nossos ídolos eram os cinco prêmios Nobel 
do prédio. Publicar muitos artigos indicava falta de rigor intelectual. Eles 
valorizavam a capacidade de criar uma maneira engenhosa para destrinchar um 
problema importante. Aprendíamos que o objetivo era desvendar os mistérios da 
natureza. Publicar um artigo era consequência de um trabalho financiado com 
dinheiro público, servia para comunicar a nova descoberta. O trabalho deveria 
ser simples, claro e didático. O exemplo a ser seguido eram as duas páginas em 
que Watson e Crick descreveram a estrutura do DNA. Você se tornaria um 
cientista de respeito se o esforço de uma vida pudesse ser resumido em uma 
frase: Ele descobriu... Os três pontinhos teriam de ser uma ou duas palavras: a 
estrutura do DNA (Watson e Crick), a estrutura das proteínas (Max Perutz), a 
teoria da Relatividade (Einstein). Sabíamos que poucos chegariam lá, mas o 
importante era ter certeza de que havíamos gasto a vida atrás de algo 
importante.
Hoje, nas melhores universidade do Brasil, a conversa entre pós-graduandos e 
cientistas é outra. A maioria está preocupada com quantos trabalhos publicou no 
último ano - e onde. Querem saber como serão classificados. Fulano agora é 
pesquisador 1B no CNPq. Com 8 trabalhos em revistas de alto impacto no ano 
passado, não poderia ser diferente. O departamento de beltrano foi rebaixado 
para 4 pela Capes. Também, com poucas teses no ano passado e só duas 
publicações em revistas de baixo impacto... Não que os olhos dessas pessoas 
não brilhem quando discutem suas pesquisas, mas o relato de como alguém 
emplacou um trabalho na Nature causa mais alvoroço que o de uma nova maneira de 
abordar um problema dito insolúvel.
Essa mudança de cultura ocorreu porque agora os cientistas e suas instituições 
são avaliados a partir de fórmulas matemáticas que levam em conta três 
ingredientes, combinados ao gosto do freguês: número de trabalhos publicados, 
quantas vezes esses trabalhos foram citados na literatura e qualidade das 
revistas (medida pela quantidade de citações a trabalhos publicados na 
revista). Você estranhou a ausência de palavras como qualidade, criatividade e 
originalidade? Se conversar com um burocrata da ciência, ele tentará te 
explicar como esses índices englobam de maneira objetiva conceitos tão 
subjetivos. E não adianta argumentar que Einstein, Crick e Perutz teriam sido 
excluídos por esses critérios. No fundo, essas pessoas acreditam que cientistas 
desse calibre não podem surgir no Brasil. O resultado é que em algumas 
pós-graduações da USP o credenciamento de orientadores depende unicamente do 
total de trabalhos publicados, em outras o pré-requisito para uma tese ser 
defendida é que um ou mais trabalhos tenham sido aceitos para publicação.
Não há dúvida de que métodos quantitativos são úteis para avaliar um cientista, 
mas usá-los de modo exclusivo, abdicando da capacidade subjetiva de identificar 
pessoas talentosas, criativas ou simplesmente geniais, é caminho seguro para 
excluir da carreira científica as poucas pessoas que realmente podem fazer 
descobertas importantes. Essa atitude isenta os responsáveis de tomar e 
defender decisões. É a covardia intelectual escondida por trás de algoritmos 
matemáticos.
Mas o que Darwin tem a ver com isso? Foi ele que mostrou que uma das 
características que facilitam a sobrevivência é a capacidade de se adaptar aos 
ambientes. E os cientistas são animais como qualquer outro ser humano. Se a 
regra exige aumentar o número de trabalhos publicados, vou praticar Salami 
Science. É necessário ser muito citado? Sem problema, minhas fatias de salame 
vão citar umas às outras e vou pedir a amigos que me citem. Em troca, garanto 
que vou citá-los. As revistas precisam de muitas citações? Basta pedir aos 
autores que citem artigos da própria revista. E, aos poucos, o objetivo da 
ciência 

[Logica-l] Conferência - LanCog Group

2013-03-26 Por tôpico Daniel Durante

Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa
LanCog Group (Language, Mind and Cognition Research Group)
http://www.lancog.com/
Project Online Companion PTDC/FIL-FIL/121209/2010
Instituto Filosófico de Pedro Hispano, Departamento de Filosofia da UL

SEMINAR SERIES IN ANALYTIC PHILOSOPHY
2012-13: Session 7

Uma defesa do Nominalismo de Avestruz
Guido Imaguire (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

27 de Março de 2013, 4ªf, 15:00
Faculdade de Letras de Lisboa
Sala Mattos Romão (departamento de Filosofia)

Resumo: Armstrong introduziu a expressão nominalismo de avestruz para 
caracterizar o tipo de nominalismo defendido por Quine. Na minha 
palestra, defenderei tal posição. Em primeiro lugar, discutirei as 
diferentes formulações do Problema dos Universais. Depois, compararei as 
estratégias de solução via truthmakers e via comprometimento ontológico 
quantificacional. Finalmente, apresentarei a estratégia de solução do 
avestruz como a mais adequada solução.


ALL WELCOME!

--
LanCog Research Group
www.lancog.com
Centro de Filosofia
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Alameda da Universidade
Lisboa
1600-214
Portugal
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[Logica-l] Seminário de Filosofia da Lógica (Pádova - Itália)

2012-12-17 Por tôpico Daniel Durante

*Workshop e Seminario di Filosofia della Logica*

*Dipartamento di Filosofia
Università Degli Studi di Padova
*

*17 Dicembre 2012*
*Sala Giacon - FISPPA*

Philosophy of Logic Workshop

10.15-11.15
Maria da Paz N. Medeiros (Universidade Federal do Rio Grande do Norte – 
UFRN)

/Intuitionistic Approach to Modal Logic/

11.30-12.30
Byeong-uk Yi (University of Toronto)
/Plural Constructions and Generalized Quantifiers/

14.00-15.00
Matteo Plebani (University of Venice)
/Easy Roads to Nominalism/

15.00-16.00
Francesca Boccuni (University of S. Raffaele Milan),
Massimiliano Carrara (University of Padua)
Enrico Martino (University of Padua)
/The Logicality of Plural Logic/

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Re: [Logica-l] Paradoxo da independência da Holanda

2012-12-03 Por tôpico Daniel Durante
A maneira como nossas palavras tocam a realidade, o modo como nossos 
conceitos são ou não satisfeitos pelos fatos, a diferença entre o que é 
um problema lógico e o que é um problema espistemológico, tudo isso pode 
ser desinteressante para você, Walter, o que eu apenas lamento, mas é 
absolutamente relevante em uma lista de discussão de lógica.

Basta não ler as mensagens com este subject!

Daniel.

On 02-12-2012 17:28, Walter Carnielli wrote:

Que bobagem mais desinteressante!
Sinto por contribuir, ainda que indiretamente, por esta  perda de tempo.
Discutam  a sós!!


Em 2 de dezembro de 2012 15:49, Tony Marmo marmo.t...@gmail.com escreveu:

Não é o caso Daniel, primeiro historicamente. O Rei de Espanha tinha
governadores na Holanda, seus Lugares-tenentes, muito tempo antes e não
havia essa liberdade ou auto-determinação dos Holandeses enquanto povo. O
correto é que a Holanda foi sim um conjunto de territórios da Espanha,
verdadeiras províncias espanholas, embora os holandeses não o queiram dizer.

Mas, não vem ao caso, ainda assim. O que vem ao caso é que a proposição
tornar-se independente não equivale à proposição manter sua liberdade.
Quando se comemora a Independência de um país, não se comemora a manutenção
do status de país independente, comemora-se a conquista dessa
independência. Essa é a diferença, por exemplo, entre a Revolução de 1776
nos Estados Unidos e a Guerra de 1812: os ianques não comemoram sua
independência duas vezes, a Guerra de 1812 não se lembra como uma segunda
independência, pois os EUA já eram independentes.

Ao você insistir que a independência é manter a liberdade que já havia, é o
mesmo que, por exemplo, comemorar o aniversário do divórcio sem nunca ter
sido casado com ninguém. Se você comemora o aniversário do divórcio, é
porque há ex-cônjuge, ainda que você nem queira lembrar-se do nome da
pessoa.

Em 2 de dezembro de 2012 14:28, Daniel Durante dura...@ufrnet.br escreveu:


Oi Tony,

  Veja que os holandeses do problema não discutem a diferença entre

colonizar, dominar, invadir, ser província ou estar unido a. Todas esses
modos de descrever uma situação são igualmente rejeitados. Isto é, o que
eles não aceitam é a ideia de que houve um tempo em que a Holanda não era
um país independente, muito embora eles comemorem os eventos no tempo a
partir dos quais seu país passou a ser independente.


Independentemente dos fatos históricos, que eu não conheço, há ainda duas
explicações lógicas (não contraditórias, não paradoxais) para esta situação:

1) Em alguma época os espanhois ameaçaram a liberdade/independência da
Holanda. Seja invadindo, seja anexando, seja apenas tentando (e não
conseguindo) fazer estas coisas. Os holandeses resisitiram a estas
tentativas espanholas e, portanto, comemoram hoje a manutenção de sua
independência/liberdade, ao mesmo tempo que sustentam que nunca foram
dominados, anexados, colonizados,...

2) A Holanda não existia como unidade estabelecida. Por diversos fatores
geográficos, culturais, econômicos, linguísticos, uma determinada região,
que hoje chamamos de Holanda, passou a adquirir unidade e a lutar por seu
estabelecimento/**autodeterminação. Bem, então antes não havia Holanda.
Ela passou a a ser apenas após a libertação/independência. Neste caso,
comemora-se hoje a independência/libertação da Holanda e admite-se que
nunca houve Holanda não livre e não independente.

Abraço,
Daniel.
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Re: [Logica-l] Paradoxo da independência da Holanda

2012-12-02 Por tôpico Daniel Durante

Ok, Tony,

Não é o caso Daniel, primeiro historicamente. O Rei de Espanha tinha 
governadores na Holanda, seus Lugares-tenentes, muito tempo antes e 
não havia essa liberdade ou auto-determinação dos Holandeses enquanto 
povo. O correto é que a Holanda foi sim um conjunto de territórios da 
Espanha, verdadeiras províncias espanholas, embora os holandeses não o 
queiram dizer.


Mas então me diga uma coisa. Nesta época em que o rei da Espanha tinha 
governadores na Holanda, a própria Holanda já havia alguma vez se 
reconhecido como unidade? Houve anteriormente a esta época algum rei, 
governo, unidade administrativa da Holanda ou ela adquiriu pela primeira 
vez unidade administrativa apenas após a expulsão dos governadores 
espanhóis? Se for o primeiro caso, então você tem certa razão em afirmar 
que o caso carrega consigo um problema lógico e eu não te aborreço mais 
:) Embora eu defenda que esta situação pode também ser tratada como um 
problema epistemológico. Mas se for o segundo caso, então eu continuo 
não vendo problema lógico algum. A independência/libertação comemorada 
seria a inauguração (o batismo, no vocabulário de Kripke) da Holanda.


Ao você insistir que a independência é manter a liberdade que já 
havia, é o mesmo que, por exemplo, comemorar o aniversário do divórcio 
sem nunca ter sido casado com ninguém. Se você comemora o aniversário 
do divórcio, é porque há ex-cônjuge, ainda que você nem queira 
lembrar-se do nome da pessoa.


Ha, ha! Excelente ponto!! Mas mesmo aqui eu, hipoteticamente um 
solteirão convicto, posso comemorar o aniversário de minha 
independência conjugal ao ter resistido a alguma investida 
matrimonial que quase me fisgou!!


Abraço,
Daniel.

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Re: [Logica-l] Digest Logica-l, volume 82, assunto 1

2012-12-01 Por tôpico Daniel Durante

Caros David e Tony,

Admito que colônia é um conceito forte demais para o caso 
Alemanha-França na II Guerra, mas como ocorre com praticamente todos os 
conceitos aplicáveis a fatos/eventos empíricos, as suas fronteiras são 
nebulosas. Não há critério nítido e  inequívoco que separe a situação de 
ocupação da situação de colonização, embora possamos, na maioria dos 
casos, distinguir não problematicamente estes conceitos. Não é 
controverso afirmar que Portugal foi colônia do Império Romano, nem 
negar que a França tenha sido colônia da Alemanha na II guerra. Mas em 
1943, quando estava totalmente ocupada pela Alemanha, a França era livre 
e independente? Não seria portanto racional (lógico) se os franceses 
comemorassem sua liberdade/independência e ao mesmo tempo negassem que 
tivessem sido colonizados, dominados, ou que a França tivesse em algum 
momento deixado de existir como França?


Eu não acho que o problema que o Tony levantou seja um problema lógico. 
Me parece mais um problema epistemológico sobre como nossa linguagem 
toca a realidade, sobre a complicada relação das palavras com as coisas.


Abraço,
Daniel.

On 01-12-2012 12:00, logica-l-requ...@dimap.ufrn.br wrote:

Subject:
Re: [Logica-l] Paradoxo da Independência Holandesa
From:
David Deharbe da...@dimap.ufrn.br
Date:
30-11-2012 15:14

To:
Tony Marmo marmo.t...@gmail.com
CC:
Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de 
LOGICA logica-l@dimap.ufrn.br



On Nov 30, 2012, at 2:10 PM, Tony Marmo wrote:


Durante a Segunda Guerra, a França foi ocupada pela Alemanha, muito embora 
ainda continuasse existindo um governo francês, cujo ditador era o Marechal 
Pétain. Mas, isto os franceses admitem quando dizem que expulsaram os invasores 
alemães, que organizaram a resistência durante a dominação nazista, etc.

Foi ocupada sim, colonizada não.

Mais precisamente Alsacia e norte da Lorena foram anexados. O resto foi 
parcialmente ocupado de 1940 a 1942 (pela Alemanha e pela Itália) e totalmente 
ocupada entre 1942 e meados de 1944 quando começou a ser liberada pelos Aliados.

Está em todos os manuais de história, inclusive os franceses.

Att.

-- David.




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Re: [Logica-l] Paradoxo da Independência Holandesa

2012-11-29 Por tôpico Daniel Durante

Caro Tony,

Há uma resposta nada paradoxal à questão que você coloca: os holandeses 
podem ter lutado para CONTINUAREM livres e independentes da Espanha!!
Aliás, não é tão simples assim decidir sobre estes assuntos. A França 
foi ou não foi colônia da Alemanha na época da II guerra?


Abraço,
Daniel.



On 29-11-2012 12:00, logica-l-requ...@dimap.ufrn.br wrote:

Subject:
[Logica-l] Paradoxo da Independência Holandesa
From:
Tony Marmo marmo.t...@gmail.com
Date:
28-11-2012 12:42

To:
Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de 
LOGICA logica-l@dimap.ufrn.br



  Caros Participantes



Essa é uma experiência que eu observei de perto. Pessoas que aceitam como
verdadeira uma proposição A, mas rejeitam simultaneamente a implicação
tautológica A=(B=A) e inferir por modus ponens que B=A, mesmo quando há
uma relação de relevância entre A e B.



A situação é a seguinte: numa cidade da Holanda, todos os anos, no mês de
outubro, comemora-se a resistência dos habitantes, num cerco, contra tropas
de Espanha pela independência, também dita libertação, da Holanda.
Pergunte-se a um holandês “independência ou libertação do quê?” e ele
responde normalmente “da Espanha”. Mas, em seguida tente tirar alguma
ilação disso, tal como “se a Holanda se tornou independente da Espanha,
então antes a Holanda era colônia da Espanha?” Automaticamente o mesmo
holandês dirá “jamais”. Pergunte, então “era província da Espanha?” O mesmo
holandês dirá “evidentemente que não”. Tente reformular uma vez mais a
pergunta: “era possessão espanhola?” “Não mesmo”, dirá o holandês. Tente
mais uma: “digamos então que a Holanda fazia parte da Espanha?” E o
holandês: “Nunca fez, que absurdo!” Pela última vez, experimente mais uma
reformulação da pergunta: “os espanhóis haviam invadido, dominado ou
anexado a Holanda?” E o holandês sentenciará: “aha, eles que tentassem!”



Eu várias vezes tentei colocar a questão para alguns na forma da
implicação:



[1] Se a Holanda lutou para se tornar independente da Espanha, então o fato
da Holanda ter pertencido à Espanha implica que ela lutou para se tornar
independente.



Mesmo mostrando o raciocínio que teria de existir uma vez aceite a
proposição “a Holanda lutou para se tornar independente da Espanha” e mesmo
havendo uma conexão de relevância entre esta proposição e “o fato da
Holanda ter pertencido à Espanha”, os holandeses tinham dificuldade de
entender o raciocínio, dado que a ideia do país deles não ter sido
independente é completamente repugnante. É como se “a independência da
Holanda” fosse uma verdade que não pudesse ter nem premissa nem
consequência.



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[Logica-l] Divulgação de Palestra

2012-11-19 Por tôpico Daniel Durante

Colegas,

A Base de Pesquisa em Lógica, Conhecimento e Ética da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte convida-os para a seguinte conferência, 
que serealizará no Campus Central da UFRN em Natal-RN:


==
A Teoria da Justificação das Crenças de Hume

Prof. Jaimir Conte
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina

30 de Novembro – 16h00 – Setor de Aulas II – Sala H8
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Atenciosamente,
Daniel Durante

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Re: [Logica-l] dito atribuído a Thomas Sankara, 1949-1987, a respeito da descolonização

2012-11-19 Por tôpico Daniel Durante

Arthur,

Eu sinceramente recomendo a você a leitura deste maravilhoso e curto 
ensaio de Bertrand Russell: Mysticism and Logic. Talvez ele te ajude a 
entender o lugar de cada um de dois de nossos impulsos bastante humanos, 
porém diversos. Um em direção ao misticismo, e outro à ciência. Ambos 
são bem vindos e, segundo Russell, ocorrem necessariamente em todo 
grande pensador. Mas cada um tem seu lugar e seu modo distintos!

Você provavelmente tem o texto, mas se quiser, pode baixar aqui:

http://dl.dropbox.com/u/31780190/Livros/%28Russell%29%20Mysticism%20and%20Logic%20-%20and%20other%20essays.pdf

Daniel.


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Re: [Logica-l] Nomes para o dual e o contingente do operador de crença

2012-11-18 Por tôpico Daniel Durante

Oi, Tony,

Sobre sua proposta:

--

Bp, crença, ou seja, p é crido ou acreditado

~B~p, ou bp, credibilidade, ou seja, p é crível ou acreditável;

~B~p  ~Bp, credulidade (corresponde à contingência na lógica alética).
--

Eu só tenho dúvidas com relação à terceira forma. Não seria melhor chamar a
situação (~B~p  ~Bp) deindiferença, neutralidade  ou  agnosticismo?


Abraço,
Daniel.  


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