Re: [obm-l] Ajuda

2004-07-06 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, se você souber derivadas, basta derivar f(x) com relação a x,
e igualar a zero, obtendo
0 = f'(x) = 2( (x-1) + (x-2) + (x-3) + ... + (x-50) )
o que reduz-se a soma de P.A:
0 = 50x - (1+2+3+...+50)= 50x - 50*51/2)
ou seja, x = 25.5.
Como é esperado que x seja inteiro, pelas suas respostas, e como a função 
f(x) é uma função do segundo grau mascarada, teremos que ela é simétrica 
em relação ao seu mínimo, ou seja f(26) = f(25), que são os pontos mais 
próximos do mínimo que há nos inteiros.

Outro modo de pensar esta questão é tentar provar uma desigualdade do tipo
(x - a)^2 + (y + a)^2  x^2 + y^2, que vale sempre, e aplicar aos casos em 
que temos troca de sinais, lembrando que quadrados sao sempre positivos.
Por exemplo, suponha que você acha que o mínimo está em zero.
Mas aí, vc pode usar x = 1 e notar que os termos quadrados foram 
deslocados e que você trocou um termo grande (-50)^2 por um pequeno (0)^2
Pensando assim, quanto mais simétrica for a expressão, melhor, e daí você 
escolhe 25 ou 26, que geram respostas simétricas perto do centro, que é o 
minimizante.

Essa idéia veio de tentar resolver um problema mais simples; tente ver o 
mínimo quando vc tem só cinco termos:
Com x = 0, temos
1+4+9+16+25
Com x = 1,
0+1+4+9+16 (que é menor que f(0))
Com x = 2,
1+0+1+4+9
Com x = 3
4+1+0+1+4
Com x = 4, temos
9+4+1+0+1, que é o mesmo que f(2) com a ordem trocada!

Aí, você usa a desigualdade para provar que f(3)  f(2) e pronto.
Para fazer o caso com 50, é mais difícil, mesmo pq f(25)=f(26).
Mas aí vc vai provando em cascata que f(1)f(2)f(3)...f(25) e pronto.
Até mais,
Bernardo Costa
On Tue, 6 Jul 2004 [EMAIL PROTECTED] wrote:
Determinar o valor de f(x) de forma que a função:
f(x)= (x-1)²+(x-2)²+(x-3)²...+(x-50)²
tenha valor mínimo.
a) 0 b)15 c)25 d) 50 e) 65
essa aí deve ter algum macete, mas não estou achando...
Grato
Junior


Re: RES: [obm-l] Problema de Divisibilidade / Primos

2004-07-20 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, David,

Enumere os primos menores do que 20:
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19: são 8.

Um número que satisfaça as condições do enunciado pode ter,
no máximo, um de cada um destes fatores, pela segunda parte, e nenhum 
outro fator, pela primeira parte.
Assim, temos um problema de combinatória, agora:
quantos números podemos formar utilizando apenas o produto de 8 primos, 
onde não podemos incluir um primo duas vezes. Ou, mais combinatória ainda,
quantos subconjuntos de um conjunto de 8 elementos existem?
Para ver que as soluções são iguais, associe a cada subconjunto
o número correspondente ao produto de seus elementos, e ao subconjunto 
vazio o número 1 (eis aqui mais uma boa justificativa para termos um 
produtório vazio valendo 1!!)

Bom, para este problema a resposta é conhecida: vale 2^8 = 256.
Pronto, são 256 números.

Abraços,
Bernardo Costa


On Tue, 20 Jul 2004, David M. Cardoso wrote:

 
 Droga droga droga !!!
 Na pressa, errei o enunciado da questão!
 Mil desculpas!
 
 Segue o enunciado correto:
 
 Quantos inteiros existem que não são divisíveis por qualquer que seja o
 primo maior que 20 e não são divisíveis pelo quadrado de qualquer que seja o
 primo?
 
 Puxa vida... tenho prova amanha cedo, vou tentar tirar minhas duvidas de
 ultima hora, tenho a sorte de voces existirem e ainda erro o enunciado da
 questao... :~(
 
 []'s
 David
 
  -Mensagem original-
  De: [EMAIL PROTECTED] 
  [mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de Bruno França dos Reis
  Enviada em: terça-feira, 20 de julho de 2004 18:53
  Para: [EMAIL PROTECTED]
  Assunto: Re: [obm-l] Problema de Divisibilidade / Primos
  
  -BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
  Hash: SHA1
  
  On Tuesday 20 July 2004 18:26, David M. Cardoso wrote:
   Mais duas questoes que não consigo me mecher:
  
   Quantos inteiros existem que não são divisíveis por 
  qualquer que seja 
   o primo maior que 20 e não são divisiveis por qualquer que 
  seja o primo?
  
  a) infinitos: 2^n não é divisível por qualquer que seja o 
  primo maior que 20, pois é divisível apenas pelo primo 2, 
  qualquer que seja n natural.
  
  b) apenas o 1, pois qualquer outro número é divisível por ao 
  menos um primo: 
  se ele for composto, sabemos que ele é múltiplo de primos, e 
  se ele é primo, ele é divisível por si próprio, um número 
  primo. Já o 1 é divisível apenas por 1, que não é primo (e 
  não me venham com essa de que 1 é primo também!)
  
  acho que é isso!
  
  abraço
  
  - --
  Bruno França dos Reis
  brunoreis at terra com br
  icq: 12626000
  gpg-key: 
  http://planeta.terra.com.br/informatica/brunoreis/brunoreis.key
  
  -BEGIN PGP SIGNATURE-
  Version: GnuPG v1.2.4 (GNU/Linux)
  
  iD8DBQFA/ZREsHdDIT+qyroRAhQFAKDOZm/uCMp38TYe+uXT2rL+lkNPWQCfWTdb
  iMrCfq37UfF/7EZvrP6Qm3g=
  =qpSy
  -END PGP SIGNATURE-
  
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] análise

2004-08-06 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, Artur.

Eu acho que quando estava escrito |f(x)| era para ser interpretado como, 
usando a sua notac~ao f=(f1, f2, ,...,  fn)
(f1^2 + f2^2 + ... + fn^2)^(1/2).

A'i eu acho que a an'alise da quest~ao 'e mais complicada, mas (se eu n~ao 
me engano, estudei isso h'a muito tempo atr'as) deve decorrer do teorema 
do posto para fun'c~oes diferenci'aveis, pois a imagem tem dimens~ao menor 
do que o dom'inio, logo o posto da matriz jacobiana 'e (n-1), logo seu 
determinante 'e zero.

Bernardo

On Fri, 6 Aug 2004, Artur Costa Steiner wrote:

 Temos que f = (f1,fm), onde as f_is sao as funcoes coordenadas de U em R
 que compoem f. A diferenciabilidade de f implica que todos esta funcoes
 cooordenadas tambem sejam diferenciaveis, logo continuas.
 Consideremos a funcao f1. Por ser diferenciavel em U, f1 eh continua neste
 conjunto. Se f1 for estritamente positiva em U, entao |f1| = f1 eh f1 eh
 constante m U. Logo todas suas derivadas parciais se anulam em U.
 Se f1 for estritamente negativa em U, entao f1 = -|f1| e mais uma vez
 concluimos que f1 eh constante e tem derivadas parciais nulas.
 Se f1 se anular em algum u de U, entao a contuinuidade de |f1| - que decorre
 automaticamente da continuidade de f1 - implica que f(u) = 0, o que, em
 virtude das condicoes dadas, implica que f seja identicamente nula em U.
 Logo, tambem neste caso f1 tem derivadas parciais identicamente nulas
 Como igual raciocinio vale para todas as  f_is, segue-se que o Jacobiano eh
 identicamente nulo.
 Eu acho que para estas conclusoes basata ssumir continuidade de f em U,
 estah me parecendo que nao eh preciso assumir difereciabilidade.
 Artur
 
 
 - Mensagem Original 
 De: [EMAIL PROTECTED]
 Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
 Assunto: [obm-l] análise
 Data: 04/08/04 09:09
 
 
 Gostaria de uma ajuda no prob. abaixo:
 
 Seja f:U -- R^n dif. no aberto U de R^m. Se |f(x)| é constante quando x
 varia em U, então o determinante jacobiano de f identicamente nulo.
 
 Grato, Éder.
 
 
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Re: [obm-l] pergunta do aluno

2004-08-10 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Perceba que C(n, n-k) = C(n,k), logo podemos utilizar a relação de Stiefel 
C(n-1, k-1) + C(n-1, k) = C(n,k)
para obter C(n-1,k) = 60 - 18 = 42.

Abraços,
Bernardo


On Tue, 10 Aug 2004, nilton rr wrote:

 Companheiros essa pergunta foi feita por um dos meus alunos ,peço ajuda pois não 
 consegui resolver:
  
  
 Sabendo que C(n-1, k-1) = 18 e C(n, n-k) = 60, calcule C(n-1, k). Grato
 
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Re: [obm-l] questao simples do bartle

2004-08-11 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, niski.

Se eu não me engano, quando temos dois conjuntos A e B, (não-vazios, por 
simplicidade - e para evitar discussões de quanto vale 0^0),
DEFINE-SE A^B como o conjunto de todas as funções f: B - A (repare que a 
ordem está trocada, é isto mesmo)

Note que, então, você apenas tem que provar que o espaço de funções
F({1, 2, ..., p}; R) é isomorfo (no sentido de espaços vetoriais) a R^p.

Tomamos, naturalmente, F(S, R) (na sua notação, S={1,2,...,p}) como um 
espaço vetorial de dimensão p sobre o conjunto dos números Reais (PROVE!).
Então, basta você mostrar que existe uma função que leva uma base de
F(S, R) numa base de R^p e que esta respeita as operações dos dois espaços 
vetoriais. Nada mais natural do que escolher como base para F(S, R)
as funções f_i (1 = i = p) que são definidas por f_i(i) = 1 e f_i(k) = 0 
para k diferente de i, e então levar f_i - e_i, i-ésima componente de 
R^p, (0, ..., 0, 1, 0, ..., 0), que vale 1 apenas na i-ésima coordenada.
Defina agora g (o nosso isomorfismo de espaços vetoriais) como
- g(f_i) = e_i
- g(a_1*f_1 + ... + a_n*f_n) = (a_1, ..., a_n), onde os a_i são reais.

Decorre da definição da g que ela é um isomorfismo entre os espaços 
vetoriais.

Agora, eu acho que todos os espaços vetoriais de dimensão p sobre um mesmo 
corpo são isomorfos (eu acho que realmente esta é a parte difícil, ou 
seja, provar que R^S tem dimensão p, mas a idéia da demonstração da 
propriedade acima é a mesma, mandando a base de um para a base do outro, 
por uma função análoga, estendida igualmente)

Observação: note que, para conjuntos finitos, temos um resultado 
interessante: (# = número de elementos de) #(A^B) = (#A)^(#B).
A demonstração pode ser feita por diversos argumentos combinatórios ou 
(para quem preferir) por indução no número de elementos de B
(Tome como base que A^{x} tem, obviamente, #A elementos).

Abraços,
Bernardo Freitas Paulo da Costa

On Tue, 10 Aug 2004, niski wrote:

 Pessoal, este problema tirado do capitulo 8 (The Topology of Cartesian 
 Spaces) me parece ser simples por ser um dos primeiros do capitulo. Eu 
 realmente não entendi o enunciado. Me desculpem pelo ingles, se alguem 
 quiser eu traduzo o enunciado.
 
 Let S = {1,2,...,p}, for some p E N. Show that the vector space R^S
 is essentially the same as the space R^p
 
 Gostaria que alguem por favor me explicasse o que exatamente ele quer no 
 problema ou seja, acredito que basta explicar como se mostra que um 
 espaço vetorial é essencialmente o mesmo que um outro e tambem o que é 
 R^S. S é um conjunto...soa estranho, estou acosumado com R^2, R^3 e de 
 associar a ideia de produto cartesiano mas como imaginar para R^S onde S 
 é um conjunto de numeros naturais?
 
 obrigado
 

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Re: [obm-l] Re:[obm-l] Problema envolvendo potências

2004-09-10 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, a idéia que você teve está quase certa, mas você deslizou na hora
de fazer a divisão (pois aí o sinal da desigualdade muda).

Temos, como você falou,
x = (3^31 + 2^31)/(3^29 + 2^29) = 
   (9 + 4y)/(1 + y), onde y = (2/3)^29
Podemos escrever 9 + 4y = 9 + 9y - 5y = 9(1 + y) - 5y, e substituir em x:
x = (9(1 + y) - 5y)/(1 + y) = 9 - 5y/(1 + y)
Agora, vem a parte que você usa que y é muito pequeno: 1 + y é quase
1, mas o que importa mesmo é que 5y  1, pois então, como 1 + y  1,
1/(1 + y)  1
e daí (e foi aí que você não trocou o sinal) 5y * 1/(1 + y)  1 * 1
Ora, (2/3)^2 = 4/9  1/2, logo (2/3)^6  (1/2)^3 = 1/8 e portanto 5y  5/8  1.
Pronto.

Abraços,
Bernardo Costa

Curiosidade: x é muito perto de 9 (e y é quase zero mesmo); eu fiz as
contas no computador e deu
x = 8.60887093084949
y = 0.078226425762698330801

On Fri, 10 Sep 2004 18:05:01 -0300, eritotutor [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Amigo Rafael,
 
 Eh a primeira vez que respondo se estiver errado, me
 corrijam...
 
 Divida o numerador e o denominador da fraçao por 3^29 e
 vc obterah o seguinte:
 
 {(9 + 4(2/3)^29}:{1 + (2/3)^29
 
 Analisando esse resultado segue q (2/3)^29 e um numero
 menor do que 1.
 
 Daí {(9 + 4(2/3)^29}:{1 + (2/3)^29 eh menor que
 (9 + 1 ): (1 + 1)
 
 E portanto o numero inteiro procurado eh 5.
 
 
 
 
 __
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Re: [obm-l] Conjuntos enumeraveis e finitos

2004-09-13 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
E quanto ao intervalo aberto A = (a, b) com a  b? O supremo de A é b,
mas b não pertence a A.

Bernardo

On Mon, 13 Sep 2004 12:26:19 -0300, Artur Costa Steiner
[EMAIL PROTECTED] wrote:
  Oi,
  Eu gostaria de ajuda para dar uma prova
  matematicamente valida para as seguintes afirmacoes
  sobre conjuntos de R^n:
 
  1) Se o conjunto dos pontos de acumulacao de A for
  enumeravel ou finito, entao A eh enumeravel, podendo
  ser finito. 
 Uma forma de provar isso eh tomar por base o conceito de ponto de
 condensacao. Dizemos que x eh ponto de condensacao de A se toda vizinhanca
 de x contiver uma quantidade naum-enumeravel de elementos de A. Em R^n
 (assim como em todo espaco metrico separavel), conjuntos naum enumeraveis
 possuem pontos de condensacao e o conjunto dos pontos de condensacao de um
 conjunto naum eh enumeravel. Eh imediato que todo ponto de condensacao eh
 ponto de acumulacao. Como o conjunto dos pontos de acumulacao de A eh
 enumeravel, segue-se automaticamente que A naum possui pontos de condensacao
 (se A possuisse um de tais pontos, entao o conjunto de seus pontos de
 acumulacao conteria pontos de condensacao e naum poderia ser enumeravel).
 Logo, A eh enumeravel.
 
  2) Se A eh um subconjunto de R limitado
  superiormente, entao o supremo de A pertence a A.
 Se s = supremo A naum pertencesse a A, entao s seria ponto de acumulacao de
 A. Mas como A eh finito, A naum possui nenhum ponto de acumulacao. Logo,
 temos necessariamente que s pertence a A.
 
  No caso (1) eu estou com dificuldades na primeira
  parte, embora a conclusao pareca intuitiva.
 Tambem acho, embora a prova formal naum seja assim tao imediata
 
  Com relacao a segunda parte, um bom exemplo eh B =
  conjunto dos racionais, certo? Eh enumeravel, mas o
  conjunto de seus pontos de acumulacao eh o proprio
  R, que naum eh enumeravel. 
 Exatamente.
 
 Artur
 
 
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Questão_4

2004-09-14 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Entretanto, só para contra-argumentar, define-se, em teoria dos conjuntos,
0 = {}, pois existe um axioma que diz Existe o conjunto vazio, logo
é a única coisa que podemos garantir; usando um axioma que é parecido
com indução, podemos construir agora o conjunto {0}, e chamamos este
conjunto de 1
A construção continua com 2 = {0, 1}, 3 = {0, 1, 2}, 4 = {0, 1, 2, 3} etc...
Repare que #4 = 4, mas isso ainda não está bem definido.

O mais curioso é que n = m se e somente se n está contido em  m,
onde a primeira frase é sobre números naturais (que acabaram de ser
definidos) e a segunda é sobre os conjuntos que definimos. Repare que
é fácil deduzir os axiomas de Peano a partir de teoria dos conjuntos,
continuando esta construção.

Abraços,
Bernardo Costa


On Mon, 13 Sep 2004 21:32:43 -0300, Douglas Drumond
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Não quero botar lenha na fogueira, mas dois raciocínios que nos
 levam a excluir o 0 dos naturais:
 - vc aprende a contar a partir do 1, a história da pedrinha com
 carneirinhos começa do um (não havia a pedra zero), logo o
 modo natural de contar começa do um. Esse não é um raciocínio
 matemático, mas ajuda a memorizar que devemos iniciar a partir do 1.
 - agora um mais matemático: nos axiomas de Peano, define-se o 1 (o um
 existe). Para obter um sucessor de um númerio natural, adiciona-se 1 a
 ele. Então, se o 1 está definido, podemos adicionar 1 ao 1 p/ obter 2
 e assim por diante. Agora se os naturais começam do 0, para obter o
 sucessor de 0, adiciona-se 1. Mas o 1 não foi definido (nesse caso,
 assumimos o 0 como início e não definimos o 1), então não podemos
 adicionar 1 a ninguém.
 
 []'s
 
 Douglas
 
 
 
 
 - Original Message -
 From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
 O Edmilson, na hora da prova, falou que ninguem perdia pontos se
 desconsiderasse o zero. E na minha mais sincera opiniao, isso nao
 significa nada em questao de raciocinio.
 
 Domingos Jr. wrote:
 m=1 n=0 nao seria tb uma solucao?
 hmmm, depende se sua definição é N = {1, 2, ...} ou N = {0, 1, ...},
 isso não é algo muito universal, infelizmente,
 
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Re: [obm-l] limites iterados

2004-09-19 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, eu acho que você entendeu o suficiente de limite para ter a idéia
certa, mas apenas faltou traduzir o desenho em epsilons e deltas.

Uma idéia é a seguinte: você quer provar que lim y-b g(y) = L, então
basta calcular a diferença g(y) - L e ver se ela vai dar pequena o
suficiente para y suficientemente próximo de b. Com isto, prova-se a
existência e o valor do limite.
Vamos achar delta para que | g(y) - L |  eps quando | y - b |  delta

A idéia para provar isso será de fazer primeiro g(y) bem proximo de
f(x,y), e depois aproximar g(y) de L pela desigualdade triangular,
pois f(x,y) estará (se tudo der certo) perto de L. Esta tática é muito
usada para resolver este tipo de problemas de limites e coisas
parecidas.

Tome, então, delta 1 (vou usar d1) para que | f(x,y) - L |  eps/2
para | (x,y) - (a,b) |  d1
Tome, em seguida, d2 tal que | f(x,y) - g(y) |  eps/2 para | x - a |
 d2 (esta é a existência do segundo limite)
Fazendo g(y) - L = g(y) - f(x,y) + f(x,y) - L e separando os termos,
temos, pela desigualdade triangular, | g(y) - L | = | g(y) - f(x,y) |
+ | f(x,y) - L |  eps/2 + eps/2 = eps, sempre que
1- |x-a|  d2
2- |(x,y) - (a,b)|  d1

Ora, as duas ocorrem quando |y-b|  (d1)/2 e |x-a|  min{d2, (d1)/2},
e portanto podemos escolher delta igual a (d1)/2 que teremos garantido
que podemos escrever as duas desigualdades  eps/2 (o passo
fundamental)

E isso.

Qualquer coisa, pergunte
Bernardo Costa

On Sun, 19 Sep 2004 14:10:58 -0300, Eric [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Ola
 
 Gostaria de saber como provar com epsilons e deltas o
 seguinte resultado sobre limites iterados:
 
 Se lim f(x,y) = L quando (x,y) - (a,b) e se
 existem os limites g(y) = lim f(x,y) quando x - a
 e h(x) = lim f(x,y) quando y - b entao
 lim (  lim f(x,y)) = L
 y-b  x-a
 
 Este eh o exercicio 2 da secao 8.5 do livro
 de Calculo de Tom Apostol, volume 2.
 
 Deve ser facil, mas tentei fazer de varios
 modos e cada prova que conseguia
 tinha algum erro que a invalidava.
 
 Ninguem da turma fez e a professora falou
 que realmente nao tinhamos entendido limites.
 
 -
 Uma ideia que tive foi:
 
 Como existe o limite bidimensional entao,
 por definicao, para todo eps0, existe d0
 tal que
 
 [1] - 0||(x,y)-(a,b)||d implica em
 [2] - |f(x,y)-L|eps.
 
 Suponha que vale [1] entao 'Claramente'
 lim f(x,y) = g(y) esta no intervalo
 x-a
 [L - eps, L + eps]
 sempre que 0|y-b|d
 Nao sei provar isto, principalmente a parte do
 'sempre que', alguma dica? Fazendo
 uma figura fica mais ou menos evidente, ateh
 porque [2] significa que f(x,y) esta no intervalo
 ]L-eps,L+eps[ sempre que vale [1], daih, g(y)
 deve estar no intervalo [L-eps,L+eps]
 
 Mas dizer que g(y) esta em [L-eps, L+eps]
 sempre que 0|y-b|d eh afirmar que
 0|y-b|d acarreta |g(y)-L|eps,
 que significa que
 lim g(y) = L
 y-b
 
 isto eh
 
 lim (  lim f(x,y)) = L
 y-b x-a
 
 que eh o que quero mostrar.
 
 ---
 Agradeco qualquer dica, inclusive de onde posso
 encontrar essa demonstracao na WWW.
 
 [ ]'s
 
 Eric
 
 =
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Re: [obm-l] Conjunto dos algébricos

2004-09-24 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, como todos os racionais são algébricos (são solução da equação px
- q = 0), e como os racionais são densos na reta, podemos usar o
seguinte resultado: (sejam Q = racionais, A = algébricos, R = reais)
Se X está contido em Y então fecho(X) está contido em fecho(Y) (essa
propriedade de fecho é bem simples de demonstrar)

Daí, como queremos provar que fecho(A) contém R (isso quer dizer que A
é denso em R), e como fecho(Q) = R, Q contido em A implica que
fecho(Q) está contido em fecho(A), e assim fecho(A) contém R (e, em
particular, tem que ser R, pois é claro que x pertence a fecho(A) se e
somente se x é real.)

Abraços,
Bernardo Costa


On Thu, 23 Sep 2004 12:55:09 -0700 (PDT), Ana Evans [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Isto é até intuitivo, mas eu estou com dificuldade
 para dar uma prova matematicamente válida de que o
 conjunto dos algébricos é denso em R. Alguém pode
 ajudar? Obrigada
 Ana
 
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Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] Parcelas de 1998

2004-10-15 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, a talvez isso fique simples se voc considerar um problema com um
nmero menor: escreva 10 como soma de nmeros naturais a_i tais que
seu produto seja o maior possvel. A primeira coisa que voc pode ver
 ir aumentanto o nmero de a_i e vendo no que d.  imediato que a
melhor soluo com dois caras  5 + 5, j que (n-x)(n+x) = n^2 - x^2 
n^2 (seja n = 10/2).

Esta  a linha-mestra de raciocnio ( a proposio (i)! ), mas ainda
no est perfeito, pois 11  mpar. Para a nossa sorte, temos que a
melhor decomposio (isto   (ii)! )  (n/2+1/2)(n/2-1/2) se temos n
mpar.

Bom, agora temos um passo de induo que funciona muito bem: Suponha
que voc tenha numa soma um a_k que seja maior do que 4. Ele pode ser
decomposto em b_1 + b_2, com produto maior do que a_k, e assim esta
no  a soma cujo produto dos termos  mximo. Ento, a soma tem
apenas termos entre {1, 2, 3, 4} (voc no ia ser louco de botar zero,
claro, ento no vem ao caso se zero  natural...). A observao (iii)
retira o 4 da lista, e em seguida ele retira o 1.
Falta apenas decidir dentre todos os jeitos de escrever 1998 como soma
de 2 e 3, qual d o maior produto. Assim, temos que ele elimina a
possibilidade de 2+2+2, pois o produto destes  8, enquanto 3+3
faz um produto 9. E a ele divide 1998 por 3 para saber o mximo de
3 que pode usar, e descobre que pode ser tudo 3.

Uma outra maneira de fazer a tacada final (que  o mais fcil...)
seria resolver o problema de maximizar 2^x * 3^y restrito a 2x + 3y =
1998. Bom, isto  equivalente (tire o log) a maximizar x*log(2) +
y*log(3), com restrio linear em x e y tambm. Ora, voc sabe que
este problema tem soluo no bordo (mas voc pode fazer as contas,
nada te impede... substitua x na segunda equao, e mos  obra), e
basta tentar o bordo, que so as solues com x mnimo e as com y
mnimo.

Abraos,
Bernardo Costa


On Fri, 15 Oct 2004 16:50:43 EDT, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Ol pessoal ! 
  
 Abaixo esta um problema e sua soluo. Tive dvidas em algumas passagens. 
  
 Passagem 01) 
  
 (i) se n (n  4)  par, temos (n/2)*(n/2)  n 
 (ii) se n (n  3)  mpar, temos ((n-1)/2)*((n+1)/2)  n 
  
 Eu entendi as desigualdades acima, mas no entendo qual a relao dela com o
 problema. Por que o autor da soluo as criou ? 
  
 Passagem 02) 
  
 Com as observaes (i) e (ii) devemos ter n_i pertencente a {1, 2, 3, 4} ...
  
 Eu at entendo que (i) U (ii) = (n = 5), mas no entendi a afirmao acima
 ?! 
  
 ***
 Escreva 1998 como soma de (um nmero arbitrrio de) parcelas 
 de modo que o produto das parcelas seja o maior possvel. 
  
  
 SOLUAO: 
  
 Observe inicialmente que, dado n pertencente a N, 
  
 (i) se n (n  4)  par, temos (n/2)*(n/2)  n 
 (ii) se n (n  3)  mpar, temos ((n-1)/2)*((n+1)/2)  n
 
 Sejam 1998 = n_1 + n_2 + n_3 +  n_k e
 P = n_1*n_2*n_3*n_k
 
 Com as observaes (i) e (ii) devemos ter n_i pertencente a {1, 2, 3, 4} e
 como 4 = 2*2
 podemos substituir 4 por 2 + 2 e teremos n_i pertencente a {1, 2, 3} logo
 P = [1^(alfa)]*[2^(beta)]*[3^(gama)].  evidente que alfa = 0, pois se alfa
 = 1, 1+2 pode ser substitudo por um 3 e 1 + 3 pode ser substitudo por
 2 + 2. Tambm beta = 2, pois 2 + 2 + 2 pode ser substitudo por 3 +3
 ( 3*3  2*2*2) e conseqentemente 
 P = [2^(beta)]*[3^(gama)] com (beta = 1 ou 2). Como 1998 = 3*666 + 0, 
 P = 3^666 e S = 3 + 3 + 3 + 3 +...+ 3 (666 vezes) 
  
  


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Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] Desigualdade das Médias

2004-10-04 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, eu acho em particular que você nunca vai precisar demostrar a
desigualdade das médias numa prova de olimpíada. Quanto ao caso de
vestibulares, talvez seja bom você citar o teorema com algo do tipo
Sabemos que MH = MG = MA. Elas são as médias Harmônica, Geométrica
e Aritmética, respectivamente, definidas por
MA(X_i) = (X_1 + X_2 + ... + X_n) / n
MG(X_i) = (X_1 * X_2 * ... * X_n)^(1/n) 
MH(X_i) = 1 / MA(1/X_i) (inverso da média aritmética dos inversos)

Eu gosto em particular da demonstração por convexidade da função
exponencial (ou o análogo para função log, é idêntico). Ela prova o
caso geral instantâneamente, mas pode ser muito força bruta.
Em qualquer caso, os mais simples são até rápidos para provar, como os
casos n=2, 3 ou 4, onde (por segurança) é melhor demonstrar apenas o
caso particular.

Abraços,
Bernardo Costa

On Sun, 3 Oct 2004 16:47:47 -0300, Bernardo [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá,
 
 Gostaria de saber qual demonstração da desigualdade das médias é a mais
 cabível dentro de uma prova, seja de Olimpíada seja de vestibulares mais
 pesados como o IME ou o ITA.
 
 Obrigado
 Bernardo
 
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Re: [obm-l] Equações trigonométricas [3 problemas]

2004-10-07 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, eu vou tentar dar umas idéias para você fazer estas questões,
qualquer coisa pergunte:
Na primeira, note que sen 1 = cos 89, e portanto você pode agrupar os
termos dos extremos dois a dois e obter algo como (sen 89)(cos 89) *
(sen 87)(cos 87) * ... e prossiga usando fórmulas de somas e produtos,
bem como arco duplo, etc.

Na segunda, o truque é usar números complexos e somar as duas P.Gs que
vão aparecer quando você escrever os cossenos.

A terceira já responderam.

-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

On Wed, 6 Oct 2004 12:07:53 -0700 (PDT), Felipe Torres
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá pessoal.
 Ando uqebrando a cabeça com três problemas, se puderem
 me ajudar em algum deles eu agradeço:
 
 1] sabendo que
 sen1º*sen3º*sen5º.sen87º*sen89º = 2^(-n)
 determine o valor de 2n
 
 2] Mostre que:
 
 1/2 + cos(x)+cos(2x)+cos(3x)++cos(nx)=
 
 = sen[x(2n+1)/2] / 2*sen(x/2)
 
 3] Os ângulos A, B, C de um triângulo satisfazem à
 equação
 (senA + senB + senC)*(senA + senB - senC)= 3*senA*senB
 
 Determine o ângulo C.
 
 Nos dois primeiros eu tentei aplicar a transformação
 da soma em produto mas não deu mto resultado. acho q
 me compliquei no desenvolvimento.
 
 No terceiro problema eu cheguei à um sistema q acho q
 n foi o melhor caminho:
 
 [senA- sen(A+C)]^2 + senA*sen(A+C) = sen^2C
 senA*cos(A+C) + sen(A+C)*cosA = senC
 
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Re: [obm-l] 1000 primeiros dígitos de n^1998

2004-10-18 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, só chutando... se você quisesse qualquer sequência de dígitos,
não interessando onde começasse, isso deve dar análise +
combinatória... Mas para acertar coisas do tipo Qual o menor k
natural tal que n^k tem a sequência  no seu
interior eu tenho quase certeza de que você ia pedir uma mão para
teoria dos números também, talvez teoria analítia dos números.

Abraços,
Bernardo


On Sun, 17 Oct 2004 01:05:40 -0200, Claudio Buffara
[EMAIL PROTECTED] wrote:
  Uma curiosidade: como estamos interessados nos 1000 primeiros digitos, este
 eh um problema de combinatoria (principio das casas de pombos, pra ser mais
 exato). Se estivessemos interessados nos 1000 ultimos digitos, seria um
 problema de teoria dos numeros.
  
  Se estivessemos interessados em 1000 digitos no meio, de que area da
 matematica estariamos falando?
 
 
  
  []s,
  Claudio.
  
  on 17.10.04 00:45, [EMAIL PROTECTED] at [EMAIL PROTECTED] wrote:
  
  
 Olá pessoal ! 
  
  Prove que existe n pertencente a N tal que os 1000 primeiros dígitos de
 n^1998 são iguais a 1. 
  
  
  
  
  


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Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] resto

2004-10-20 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Não sei se você TEM, mas neste caso é fácil:
 - O resto na divisão por x^3 é um polinômio de grau dois
 - Todos os termos com grau maior do que três são divididos exatamente
Basta calcular os termos de grau 0, 1 e 2 deste binômio, que são:
C(12,0)*x^0*3^12 + C(12,1)*x^1*3^11 + C(12,2)*x^2*3^10
Depois você multiplica tudo por 3^(-10) para ficar mais simples!

Abraços,
Bernardo Costa

On Wed, 20 Oct 2004 00:53:25 EDT, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Qual o resto da divisão do polinômio (3^(-10))*(x+3)^12 por x^3? Esse
 exercicio caiu no vestibular da UnB , e é teste. Será que tenho que abrir o
 binômio??.
 Valeu, 
  Korshinói
   
  


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Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] Re: [obm-l] OBM2004 - NIVEL U - Problem a 2 - Uma variação

2004-10-20 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, Arthur.

Achei bastante interessante a sua idéia.
Mas o seu argumento parece estar com uma pequena falha: o conjunto {y
em R | (x,y) pertence a A} sendo enumerável (por construção), para
algum x_0 existe algum y_0 em R tal que {x em R | (x,y_0) pertence a
A} não contém x_0, logo este conjunto não é R, como você afirmou.
Ainda assim, pode ser que a sua idéia funcione, com um argumento mais
forte sobre os conjuntos B_y = {x em R | (x,y) não pertence a A} para
provar que eles são enumeráveis.

Além disso, a condição dois claramente implica que {x em R | (x,y)
pertence a A} não é enumerável, mas esta não implica que {x em R |
(x,y) não pertence a A} seja enumerável. Como contra-exemplo, utilize
dois subconjuntos não enumeráveis que sejam subconjuntos de R, por
exemplo (-inf, 0) e [0, +inf).


On Tue, 19 Oct 2004 17:18:21 -0200, Artur Costa Steiner
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Seja A = {(x,|x*sen(n) - x|) | x estah em R, n eh inteiro positivo e
 |x*sen(n) - x|) 1}. Para cada real x, os correspondentes valores de y sao
 termos de uma subsequencia de {|x*sen(n) - x|}, formando, portanto, um
 conjunto enumeravel.
 Por outro lado, a condicao (ii) equivale a dizer que o conjunto {x em R |
 (x,y) pertence a A} nao é enumerável. Como a sequencia {sen(n)} eh densa em
 [-1,1], para todo y de R e todo x de R podemos encontrar algum inteiro n=1
 tal que |x*sen(n) - x|) 1.  Logo, para cada real y, o conjunto dos x tais
 que (x,y) estah em A eh o proprio R, que nao eh enumeravel.
 Artur
 
 - Mensagem Original 
 De: [EMAIL PROTECTED]
 Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
 Assunto: [obm-l] OBM2004 - NIVEL U - Problem a 2 - Uma variação
 Data: 19/10/04 16:29
 
 
 
 Gostaria de convidar a lista a considerar a seguinte variação
 do problema 2 do nível U da prova de sábado.
 
 Determine se existe um subconjunto A de R^2 tal que:
 (i) para todo x em R, {y em R | (x,y) pertence a A} é enumerável;
 (ii) para todo y em R, {x em R | (x,y) não pertence a A} é enumerável.
 
 []s, N.
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 OPEN Internet e Informática
 @ Primeiro provedor do DF com anti-vírus no servidor de e-mails @
 
 
 
 
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Re: [obm-l] Livro de Topologia geral

2004-10-29 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Se você já tiver uma base boa de análise real, o livro do Elon,
Introdução à Topologia Geral é muito bom. Ele tem diversos exemplos,
com espaços métricos e com funções reais, e os exercícios valem
realmente a pena fazer. A única coisa que eu não sei é se ele está à
venda. É da editora Ao Livro Técnico S/A.

Abraços,
Bernardo Costa

On Thu, 28 Oct 2004 15:43:53 +, [EMAIL PROTECTED]
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Estou à busca de um bom livro de Topologia, e gostaria de saber das
 preferências dos colegas da lista. Meu conhecimento nesta disciplina é
 praticamente nulo, por isso o que eu procuro é um livro introdutório. Estava
 pensando em usar o do Simmons, Introduction to Topology and Modern
 Analysis. Sugestões?
 
 []s,
 Daniel
 
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Re: [obm-l] Medias e Divisores

2004-10-29 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, este problema é bem bonito. Ele tem as idéias mais interessantes
de divisibilidade que eu conheço para somatórias, lembrando (de longe)
as fórmulas de inversão.

Para quem quiser continuar pensando no problema, tem espaço para não ler.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

A idéia para este problema é notar que d|n (leia-se d divide n) se e
somente se
k = n/d | n (ou seja, existe o simétrico em relação a n) Daí, é
basicamente escrever as contas. Seja, então, D(n) o número de
divisores de n.

A média aritmética é (Soma d tal que d|n)/D(n)
A média harmônica é 1/( (Soma 1/d tal que d|n)/D(n) ) (inverso da
média aritmética dos inversos. Fazendo 1/d = n/d * 1/n temos
H = 1/( (Soma n/d * 1/n tal que d|n)/D(n) ) = 1/( (Soma k* 1/n tal que
k|n)/D(n) )
   = 1/( (Soma k tal que k|n)/n*D(n) ) = n*D(n)/ (Soma k tal que k|n)
= n/A. Isto demonstra a primeira parte.

Para a média geométrica, escreva um dos produtos como
(Prod d tal que d|n) e o outro como
(Prod n/d tal que n/d=k|n).
Fazendo o produto destes caras, isso dá Prod(n tal que d|n), ou seja,
n^D(n). Como deveríamos ter tirado a raiz D(n) ésima para chegar a G,
acabou.

Abraços,
Bernardo Costa

On Fri, 01 Jan 1904 12:41:37 -0200, Claudio Buffara
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 E aqui vai um nao muito dificil envolvendo dois dos conceitos mais populares
 da lista:
 
 Sejam A, G e H as medias aritmetica, geometrica e harmonica dos divisores
 positivos do inteiro positivo n.
 Prove que A*H = G^2 = n.
 
 []s,
 Claudio.
 
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Re: [obm-l] [OFF-TOPIC] Universidades - Curso de Matemática

2004-10-29 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, só para botar lenha na fogueira:

Eu acho que, sinceramente, o curso de graduação deve-se muito ao
aluno, de interessar-se nas matérias, de fazer exercícios, etc. É
claro que um professor muito bom faz diferença, mas pontos fora da
curva são possíveis em qualquer lugar. Eu não faço matemática (estou
radicado temporariamente na engenharia) mas pelo que eu vejo pelos
meus colegas, o que vale a pena é você estudar. O ambiente mais
propício ajuda, mas esse depende MUITO de você. Como matemática não
depende tanto assim de laboratórios (talvez de uns computadores
apenas) a infra-estrutura não é tão difícil de ser encontrada. Aqui na
UFRJ, por exemplo, a matemática deve ter uns 2 laboratórios para a
graduação, mais outros para pós (eu conheço 2 só na Matemática
Aplicada, deve ter mais na licenciatura ou bacharelado). Eu conheço a
PUC só de Olimpíadas, então não é muita coisa. Só ouvi falar dos
professores.

Abraços,
Bernardo Costa



On Fri, 29 Oct 2004 18:10:51 +, [EMAIL PROTECTED]
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Fiz essa pergunta a um professor meu e ele sugeriu UFRJ ou PUC. Para o bem
 geral, acho melhor não dizer as universidades que ele não recomendou...
 Agora repare que na UFRJ você pode escolher entre Matemática Bacharelado,
 Licenciatura ou Aplicada. Na PUC eu não cheguei a olhar, mas isso pode ser
 (parcialmente) resolvido pela internet. Mas se eu fosse você procuraria
 saber qual delas tem a melhor infra-estrutura (biblioteca, professores,
 distribuição alunos/turma e equipamento de informática, caso este último lhe
 interesse...). Uma visita também não seria mal. E se for para perguntar às
 pessoas que fazem o curso, bem, seja criterioso quanto a quais opiniões
 levar a sério. Muita gente entra para fazer matemática apenas porque é fácil
 de passar...
 
 []s,
 Daniel
 
 Daniel S. Braz ([EMAIL PROTECTED]) escreveu:
 
 
 
 Pessoal,
 
 Desculpem o off-topic..mas..eu estou para entrar na universidade
 agora..e pretendo cursar matemática..porém estou meio perdido..não sei
 como escolher um bom curso..alguém teria alguma dica??
 ou então..se já conhecerem uma boa universidade no rio de janeiro e
 quiserem indicar eu agradeço...
 
 obrigado!
 
 daniel.
 
 --
 Uma das coisas notáveis acerca do comportamento do Universo é que ele
 parece fundamentar-se na Matemática num grau totalmente
 extraordinário. Quanto mais profundamente entramos nas leis da
 Natureza, mais parece que o mundo físico quase se evapora e ficamos
 com a Matemática. Quanto mais profundamente entendemos a Natureza,
 mais somos conduzidos para dentro desse mundo da Matemática e de
 conceitos matemáticos. (Roger Penrose)
 
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Re: [obm-l] Limite e continuidade

2004-11-07 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Neste caso, você só provou que para uma dada subseqüência que tende
para infinito, o limite é a. Isto não funciona sempre. Por exemplo,
se f(x)=sen(x), tomando f(n^2 * 2pi) = 0, temos que o limite é zero.
Entretanto, é claro que não existe lim [x-+inf] f(x). Esta questão
pede para demonstrar uma coisa mais difícil...

Eu acho que uma idéia pode ser a seguinte: tome uma seqüência s_n
qualquer tendendo a +inf e, com a ajuda da propriedade dada,
demonstre-se que a seqüência f(x_n) tende a a. Eu estou sem tempo, mas
acho que talvez seja possível fazer assim.

Bernardo Costa


On Sat, 6 Nov 2004 22:55:38 -0200, Eduardo Henrique Leitner
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 bom, eu nao entendo muito de limites, mas esse parece simples
 
 como x  0, se n - inf, entao x*n^2 - inf
 
 fazendo y = x*n^2, temos que lim[y-inf] f(y) = a
 
 
 
 On Sat, Nov 06, 2004 at 09:53:12PM -0200, Fabio Niski wrote:
  Pessoal, por favor, quem souber poderia por favor resolver esse:
 
  Suponha f : (0,+inf) - R é uma funcao continua tal que
  lim[n-+inf] f(x*n^2) = a para todo x. (n é inteiro). Prove que
  lim[x-+inf] f(x) = a
 
  obrigado.
 
  Niski
 
 
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Re: [obm-l] ALGEBRA DE BOOLE!

2004-11-17 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Isso faz diferença porque um posto de gasolina enche vários tanques por mês...


On Wed, 17 Nov 2004 12:53:01 -0300, Junior [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Oi Chico,
 
 Quando compramos um litro de gasolina, por exemplo, essas casas decimais são
 deixadas de lado.
 Realmente não faria sentido pagar frações de centavo, já que não existe tal
 divisão.
 Entretanto, quando enchemos o tanque do carro (na verdade, ninguém compra
 apenas um litro de gasolina)
 as casas decimais a partir da terceira passam a fazer diferença.
 Se enchemos o tanque de um carro de 60 litros a R$ 2,2792/litro pagamos R$
 136,75.
 Se os postos usassem apenas 2 casas decimais, R$ 2,27/litro arrecadariam
 apenas R$ 136,20.
 Não é uma diferença significativa, mas..
 
 []´s
 
 Jr.
 
 
 - Original Message -
 From: Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Wednesday, November 17, 2004 11:08 AM
 Subject: Re: [obm-l] ALGEBRA DE BOOLE!
 
 
   E por falar em coisas inúteis, algum colega já sabe
   o motivo dos postos de
   combustíveis estamparem os preços com três ou mais
   casas decimais ao invés de
   duas?
  
  eu nao sei, se vc souber diga.
 
  =
  O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.
  O que há é pouca gente para dar por isso... 
  Fernando Pessoa - Poesias de Alvaro Campos
 
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Re: [obm-l] Método Numérico

2004-11-24 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi,

O Livro do Elon Análise Real apresenta um tópico sobre Método de
Newton (eu acho que é na seção de aplicações da derivada) que explica
muito bem porquê é quadrático, quais as hipóteses necessárias, etc.
Vale a pena ver para ter uma orientação.

Abraços,

-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

On Wed, 24 Nov 2004 00:00:15 -0200, Osvaldo Mello Sponquiado
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá pessoal!
 
 Criei um método numérico (Método Mello) para o cálculo de raízes de funções reais, 
 com uma variável real e gostaria de saber se existe algum professor de Cálculo 
 Numérico na lista, pois aqui na UNESP de Ilha Solteira existe um único professor 
 deste ramo (que não se interessou pelo meu trabalho) e preciso de um orientador para 
 poder apresentar o trabalho em congressos e me ajudar a fazer algumas analises (de 
 convergencia por exemplo).
 Criei um método numérico para o cálculo de raízes de funções reais, com uma variável 
 real.
 
 O resumo do método é o seguinte:
 
 Método numérico iterativo para determinação de raízes reais de funções reais. O 
 método se baseia em traçar circunferências com centro em (x0,f(x0)) e raio f(x0), 
 sendo x0 um valor inicial dado, e tomar uma das intersecções da circunferência com a 
 função como sendo o valor x1, e assim iterativamente até que xn, resultado da 
 n-ésima iteração, possa ser admitido como aproximação para o valor da raiz.  O 
 método apresenta as características  de exigir a escolha de um único valor inicial, 
 de possuir convergência garantida e de ter fácil interpretação geométrica, servindo 
 também como ferramenta didática em cursos de Cálculo Numérico
 
 Olhando geometricamente considera-se uma função real f(x) contínua ao menos no 
 intervalo [x,x_0], no qual x é a raiz de f e x_0 é um valor tal que x_0 x. 
 Define-se a circunferência C como a circunferência de centro (x_0,f(x_0)) e raio 
 f(x_0)  conforme ilustrado pela fig em anexo.
 
 Percebe-se que, sendo a função contínua ao menos no intervalo entre a raiz e o ponto 
 x_0, garante-se que a circunferência intercepta a função em pelo menos um ponto, de 
 abscissa x_1 e ordenada f(x_1).
 
 O método apresentado consiste em traçar uma nova circunferência de centro 
 (x_1,f(x_1)) e raio f(x_1), que interceptará um novo ponto da função, de abscissa 
 x_2 e ordenada f(x_2), e assim iterativamente até que se possa tomar xn, resultado 
 da n-ésima iteração, como sendo aproximadamente uma raiz da função. Tendo definido a 
 circunferência C, sua equação é:
 (x_0-x_1)^2+(f(x-0)-f(x_1))^2=[f(x_0)]^2 (i)
 
 Usando Aproximação de Taylor f(x)= S[n=0;+inf]f{n}(x_0).(x-x_0)^n/n! ({n} indica 
 ordem n para a derivada de f)utilizo so as duas primeiras parcelas desta formula: 
 f(x_1)=f(x_0)+f'(x_0).(x_1-x_0) (ii)
 
 Substituindo ii em i chego à equação geral dos x_k's do metodo: x_(k+1)=x_k  + 'ou' 
 - sqrt[(f(x_k))^2/(1+(f'(x_k))^2)] (iii)
 
 A partir dele consegui mostrar que a diferença entre os erros entre as iterações k+1 
 e k vale
 -[(eps-x_k).f'(x_k)+0,5.(eps-x_k)^2.f'(c_k)]/sqrt(1+(f'(x_k))^2); c_k pertence a 
 (eps;x_k)
 
 Como pode ser percebido geometricamente, o método nunca encontrará a raiz da função, 
 já que o valor xk só seria igual a x se o raio da circunferência C fosse zero. 
 Assim, por maior que seja o número de iterações, o valor obtido será sempre uma 
 aproximação. Além disso, a equação geral do método considera o valor negativo do   
 (iii). Além de este fato garantir a convergência da série numérica (x_0; x_1; x_2; 
 ...), pode-se prever que | x_(k+1) | será sempre menor que | x_k |, o que exige a 
 escolha de um valor inicial maior que a raiz. No entanto, se por algum motivo for 
 necessário escolher x_0 menor que o possível valor da raiz (por exemplo, se a 
 continuidade da função só puder ser garantida para valores menores que a raiz), 
 basta considerar o valor positivo do , na Equação 3.
 
 Fiz algumas analises comparativas com Newton-Raphson para testar o metodo, alem 
 disso implementei - o em Python e depois plotei alguns graficos de (x_(k+1)-x_k) x 
 nº d iterações
 para uma função fixa e sendo aplicado Newton-Raphson e meu método.
 
 Mas a questão que quero levantar é como fazer uma análise de convergencia do método ?
 como garantir que ele é ao menos linear ?
 Há alguma maneira de se calcular sua ordem de convergência?
 Procurei varias bibliografias, mas nelas se mostra como foi feita para outros 
 métodos, e não para um metodo generico.
 Bom se alguem puder me ajudar, escrevendo, indicando um livro, ou algum professor, é 
 bem vindo.
 
 Atenciosamente,
 
 Osvaldo Mello Sponquiado
 Engenharia Elétrica, 2ºano
 UNESP - Ilha Solteira
 
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Re: [obm-l] Duvidas

2004-11-25 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Tem mínimo sim:
Usando que mdc(a, b) = mdc(a, b-a) = mdc(a-b, b), temos, sucessivamente:
mdc(2n + 4, 4n + 2) = mdc(2n + 4, 2n - 2) = mdc(6, 2n - 2) = 6

Abraços,
Bernardo Costa


On Thu, 25 Nov 2004 05:39:53 -0300, Fernando Aires
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá, Ary,
 
Nota-se, em primeiro lugar, que tanto 2n + 4 quanto 4n + 2 podem
 ser descritos na forma 2k (2(n+2) e 2(2n+1), respectivamente). Assim,
 não podemos considerar que esses números possam ter primos entre si
 (ou seja, o mdc deles nunca poderá ser um), dado que ambos sempre são
 pares.
Além disso, notamos que, para n=0, f(n)=mdc(4,2)=2. Que é o menor
 valor possível para o mdc (excetuando-se o 1, já excluido acima. Logo,
 a resposta é D.
 
Não sei se você perguntou corretamente, mas eu pergunto, pois:
 existiria alguma forma de calcular o valor máximo de f? Se sim, como?
 
 Beijos,
 
 --
 --
 Fernando Aires
 [EMAIL PROTECTED]
 Em tudo Amar e Servir
 --
 
 
 
 On Thu, 25 Nov 2004 02:42:05 -0200, aryqueirozq [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
  Considere a função  f : N: ®  N ,  dada por   f( n) =  mdc ( 2n + 4 , 4n + 2
  ) . Então, o valor mínimo de f  é igual a :
 
  A) 4
 
  B) 1
 
  C) 6
 
  D) 2
 
  E) 8
 
 
 
  Agradeço desde de já.
 
 =
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Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] Duvidas

2004-11-25 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Desculpem... era para ter escrito máximo.

Para não perder a mensagem, note que o interessante desta solução é
que ela também permite visualizar rapidamente TODOS os valores que
f(n) pode ter, já que têm que ser divisores de 6 e pares, serão apenas
2 e 6.

Bernardo Costa


On Thu, 25 Nov 2004 07:58:17 -0200, Bernardo Freitas Paulo da Costa
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Tem mínimo sim:
 Usando que mdc(a, b) = mdc(a, b-a) = mdc(a-b, b), temos, sucessivamente:
 mdc(2n + 4, 4n + 2) = mdc(2n + 4, 2n - 2) = mdc(6, 2n - 2) = 6
 
 Abraços,
 Bernardo Costa
 
 On Thu, 25 Nov 2004 05:39:53 -0300, Fernando Aires
 
 
 [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Olá, Ary,
 
 Nota-se, em primeiro lugar, que tanto 2n + 4 quanto 4n + 2 podem
  ser descritos na forma 2k (2(n+2) e 2(2n+1), respectivamente). Assim,
  não podemos considerar que esses números possam ter primos entre si
  (ou seja, o mdc deles nunca poderá ser um), dado que ambos sempre são
  pares.
 Além disso, notamos que, para n=0, f(n)=mdc(4,2)=2. Que é o menor
  valor possível para o mdc (excetuando-se o 1, já excluido acima. Logo,
  a resposta é D.
 
 Não sei se você perguntou corretamente, mas eu pergunto, pois:
  existiria alguma forma de calcular o valor máximo de f? Se sim, como?
 
  Beijos,
 
  --
  --
  Fernando Aires
  [EMAIL PROTECTED]
  Em tudo Amar e Servir
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  On Thu, 25 Nov 2004 02:42:05 -0200, aryqueirozq [EMAIL PROTECTED] wrote:
  
   Considere a função  f : N: ®  N ,  dada por   f( n) =  mdc ( 2n + 4 , 4n + 2
   ) . Então, o valor mínimo de f  é igual a :
  
   A) 4
  
   B) 1
  
   C) 6
  
   D) 2
  
   E) 8
  
  
  
   Agradeço desde de já.
 
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Re: [obm-l] sistema linear

2004-12-01 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, Ana.

Apesar de sua soluo estar impecvel, acho que vale a pena notar
(depois de ver que temos \infty^1 solues (apenas uma varivel
independente, como voc mostrou, ou calculando determinantes e
subdeterminantes) para o sistema, e portanto os vetores (a,b,c) que
satisfazem o enunciado formam um plano (isso  puramente uma questo
de ortogonalidade). Mas j temos dois desses vetores, linearmente
independentes, no enunciado, ou seja, de

x + 2y + 3z =  5
4x + 5y+ 6z = 14
7x + 8y + 9z = 23
 
temos que (1, 2, 3) e (4, 5, 6) so vetores (a, b, c) que TM que
satisfazer as condies, por definio da soluo do problema. Ento,
basta tomar as combinaes lineares dos mesmos (que formam um plano,
como voc disse).

Esse  um dos problemas da RPM que mais me convence que lgebra Linear
 importantssimo. Mesmo que PAREA uma questo que d para resolver
no brao.

-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

On Tue, 30 Nov 2004 10:22:48 -0800 (PST), Ana Evans [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
 Se subtrairmos a primeira equacao da segunda  da  ou a segunda da terceira,
 e dividirmos os 2 membros por 3, chegamos a que x + y + z = 3. Logo, a
 matriz do sistema eh singular. Com alguma algebra, chegamos a a que x =  z
 +1 e y = -2z + 1 para todo real z, ou seja, as solucoes do sistema estao
 sobre a reta {(z+1, -2z+1, z) ,| z em R}, de  R^3. 
 Se a, b, c sao numeros reais e (x,y,z) eh uma solucao do sistema, entao com
 alguma algebra chegamos a que f(z) = ax + by + cz = (a - 2b + c)*z + a+ b.
 Para a,b e c fixos, isto eh a equacao de uma reta em R^2. Logo, f eh
 constante se, e somente, se a - 2b + c =0. Qualquer ponto (a,b,c) sobre este
 plano de R^3 atende ao desejado.  
 Ana
 
  
 
 
 Lista OBM [EMAIL PROTECTED] wrote: 
  
 como se resolve o problema abaixo? 
   
 Dado o sistema 
   
 x + 2y + 3z =  5
 4x + 5y+ 6z = 14
 7x + 8y + 9z = 23 
   
 encontrar (a, b, c) reais tal que ax + by + cz seja cte para uma soluo (x,
 y, z) qualquer do sistema acima. 
   
 Obs.: acho que esse problema  da RPM 55!!! 
 
  
 
  
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Re: [obm-l] Perguntas simples para respostas convincentes

2004-12-09 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi,

Acho que o lastro-ouro já acabou há tempos. Talvez com a excessão da
Alemanha e outros poucos países, o que existe é que cada país possui
uma cesta de moedas, como por exemplo dólar, yen, libra, etc... que
definem quanto vale a moeda local.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

On Thu,  9 Dec 2004 01:07:02 -0200, Osvaldo Mello Sponquiado
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 
  
  1- Pq o Banco Central nao distribui dinheiro pro povo 
  e acaba com a miseria, ja que ele fabrica moeda 
  
   
 Até parece ki é tão facil assim... 
 Já ouviu falar o lastro-ouro ? 
 Cada centavo emitido na nação tem que ser guardado na forma de ouro, sem
 nenhuma utilização. 
   
   
   
   
   
 Atenciosamente, 
  
 Osvaldo Mello Sponquiado 
 Engenharia Elétrica, 2ºano 
 UNESP - Ilha Solteira 


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Re: [obm-l] Questão de função

2004-12-09 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, 156 não tem nada de especial, vou escrever f(x) = 1/2 (a^x + a^(-x) ).
Talvez você já tenha visto a função cosseno hiperbólico, tem a ver com
esta (quando a = e = base dos logaritmos naturais).

Vamos lá: f(x + y) = 1/2(a^(x + y) + a^(-x - y) ) = 1/2( a^x a^y +
a^(-x) a^(-y))
f(x - y) = 1/2(a^(x - y) + a^(-x + y) ) = 1/2( a^x a^(-y) + a^(-x) a^y)

Multiplicando f(x)f(y) temos: 1/4 (a^x + a^(-x))(a^y + a^(-y)) =
 1/4 (a^x a^y + a^x a^(-y) + a^(-x) a^y + a^(-x) a^(-y) ). Multiplique
por dois e confira que o resultado é a soma f(x + y) + f(x - y).

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Thu,  9 Dec 2004 11:12:45 -0200, IgOr C. O. [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá,
  estou tentando resolver a seguinte questão e não consigo, caso seja
 possível alguém resolver, serei grato:
 
 Dada a função f(x) = (156^x + 156^(-x))/2, demonstre que:
 
 f(x + y) + f(x - y) = 2f(x).f(y) .
 
 Obrigado.
 
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Re: [obm-l] PARTE INTEIRA

2004-12-17 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
A parte inteira é definida como o MAIOR inteiro que é MENOR do que o
número dado. Portanto, a parte inteira de -2,1 é -3 pois -2  -2,1. É
isso que vai acontecer quando você usar funções-padrão (biblioteca
C-ANSI, maple, etc... ao chamar parte inteira, ou floor, em inglês)

De curiosidade, existem também alguns duais, por exemplo o famoso
teto, ou ceil, que existe também em C-ANSI... e devolve o MENOR
inteiro MAIOR do que o número dado. Assim, Teto(2,1) = 3 e Teto(-2,1)
= -2. Tem várias relações entre estas duas funções. Por exemplo,
Teto(x) = Piso(x) = x é inteiro. E, como deve ter ficado claro,
Teto(-x) = -Piso(x). Como se x é inteiro isso é verdade, basta
escrever x = n + y, com 0 y  1. Daí, é claro que Teto(x) = n+1, e
Piso(-x) = Piso(-n -y) = Piso( -(n+1) + (1-y) ) = -(n+1), já que 0 
(1-y)  1.

Finalmente, existe um conceito que se chama arredondar para zero, e
aí realmente ArrZero(-2,1) = -2. Esta relação, entretanto, não é tão
útil como as outras duas...

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Thu, 16 Dec 2004 22:20:46 -0300 (ART), Jorge Paulino
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 A parte inteira de um número positivo não gera
 equívoco. Por exemplo,  a parte inteira de 2,37 é 2.
 Mas quando o número for negativô? Por exemplo, -2,1.
 A parte inteira é -2 ou é -3, porque podemos escrever
 -2,1 = -3 + (0,9) ??
 
 
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Re: [obm-l] PARTE INTEIRA

2004-12-19 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Isso depende muito de definição.

Se estivermos falando de frações, acho que talvez até faça sentido
você dizer que a parte inteira de -21/4 é -5, e a fracionária , -1/4.
Mas perceba que este é um caso bastante peculiar.

O caso geral, em que temos números reais quaisquer, a definição que
temos de parte inteira é [x] = (n pertence a Z, n = x  n+1). A
definição de teto é bastante similar, Teto(x) = (n pertence a Z, n-1 
x = n).

Em qualquer caso, é sempre bom (como no famoso 0 pertence a N?)
explicitar as definições, caso haja possibilidade de dúvida.
Eu lembro, numa olimpíada, de ter lido uma questão que falava sobre
parte inteira, onde vinha exatamente a definição acima, junto com os
exemplos:
[2] = 2, [pi] = 3, [-pi] = -4 (ou alguma coisa assim).

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Sat, 18 Dec 2004 22:14:27 -0300 (ART),
[EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá Bernardo,
 acho que você se enganou.
 Parece que a parte inteira de um número é simplesmente o que está à esquerda
 da vírgula, e parte fracionária é o que está à direita.
 Assim, a parte inteira de -5 1/4 é -5 , e a parte fracionária é -1/4 (em vez
 de -6 e +3/4 !!!).
 Abraços,
 Rogério.
 
 
 Bernardo Freitas Paulo da Costa [EMAIL PROTECTED] wrote:
 A parte inteira é definida como o MAIOR inteiro que é MENOR do que o
 número dado. Portanto, a parte inteira de -2,1 é -3 pois -2  -2,1. É
 isso que vai acontecer quando você usar funções-padrão (biblioteca
 C-ANSI, maple, etc... ao chamar parte inteira, ou floor, em inglês)
 
 De curiosidade, existem também alguns duais, por exemplo o famoso
 teto, ou ceil, que existe também em C-ANSI... e devolve o MENOR
 inteiro MAIOR do que o número dado. Assim, Teto(2,1) = 3 e Teto(-2,1)
 = -2. Tem várias relações entre estas duas funções. Por exemplo,
 Teto(x) = Piso(x) = x é inteiro. E, como deve ter ficado claro,
 Teto(-x) = -Piso(x). Como se x é inteiro isso é verdade, basta
 escrever x = n + y, com 0 y  1. Daí, é claro que Teto(x) = n+1, e
 Piso(-x) = Piso(-n -y) = Piso( -(n+1) + (1-y) ) = -(n+1), já que 0 
 (1-y)  1.
 
 Finalmente, existe um conceito que se chama arredondar para zero, e
 aí realmente ArrZero(-2,1) = -2. Esta relação, entretanto, não é tão
 útil como as outras duas...
 
 Abraços,
 -- 
 Bernardo Freitas Paulo da Costa
 
 
 On Thu, 16 Dec 2004 22:20:46 -0300 (ART), Jorge Paulino
 wrote:
  A parte inteira de um número positivo não gera
  equívoco. Por exemplo, a parte inteira de 2,37 é 2.
  Mas quando o número for negativô? Por exemplo, -2,1.
  A parte inteira é -2 ou é -3, porque podemos escrever
  -2,1 = -3 + (0,9) ??
  
 
 
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Re: [obm-l] 1 -1/2 +1/3.......= Ln(2)

2004-12-21 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, Ana.

A saída é pela expansão de Taylor sim, mas é para a derivada. Ou seja, faça
1/(1+x) = 1 - x + x^2 - x^3 + ...
Esta série converge (absolutamente) em (-1, 1), pois é limitada pela
soma da P.G. em 1/(1 - |x|). Além disso, podemos integrar termo a
termo a série em QUALQUER intervalo do tipo [-r, r] com r1, pois
neste intervalo a convergência é uniforme (limitada por 1/(1-r) ).

A série converge, portanto, para Ln(1+r), para todo -1  r  1. Como a
série integrada converge no ponto x=1 (você mesmo provou: alternada e
decrescente em módulo), e ela é uma série de potências, podemos
garantir que a série converge no limite r- 1 também (este passo é um
pouco mais difícil do que parece: tente provar, vale a pena!. Integre
até 1-eps e faça eps-0, veja que você pode fazer isso e obtenha o
resultado), e portanto está provado.

Qualquer dúvidas, fale.
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Tue, 21 Dec 2004 05:14:11 -0800 (PST), Ana Evans [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Oi pessoal
 Eu estou tentando provar que a serie alternada
 Soma((-1)^(n+1))/n = 1 -1/2 +1/3converge para
 Ln(2). sabemos que esta serie efetivamente converge
 porque eh alternada e 1/n - 0. Eu tentei me basear no
 fato de que, para |x| 1, podemos expandir Ln(1+x) em
 series de Taylor em torno de 0, de modo que Ln(1+x) =
 x - x^2/2 + x^3/3Mas, sabemos que o raio de
 convergencia desta serie de potencias eh 1, de modo
 que converge garantidamente apenas  em (-1, 1), e nao
 podemos extender a conclusao para x=1, o que nos
 levaria ao desejado. Eu ai tentei extender  o dominio
 da funcao limite da serie de potencias, incluindo
 tambem x=1, mas como a convergencia nao eh
 necessariamente uniforme em [0,1], eu nao cheguei la.
 Talvez seja melhor tentar outra saida sem ser pela
 expansao de Taylor.
 Obrigada
 Ana
 
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Re: [obm-l] Probleminha....

2004-12-28 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Cara, uma primitiva deve ter sim. Afinal, esta função é contínua em (0, +inf)
e lim x-0 x^x = 1, logo ela tem uma primitiva. Mas uma coisa
bonitinha, analítica, aí tem que pensar mais. O Nicolau deve saber
demonstrar se tem ou não. Aliás, como se chama mesmo o algoritmo para
integração ??

Abraços e bom Ano-novo,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Tue, 28 Dec 2004 17:11:19 -0200, Osvaldo Mello Sponquiado
[EMAIL PROTECTED] wrote:
  Eu usei calculo, tambem acaba sendo simples. Eh facil mostrar que so 
  precisamos nos deter no conjunto (0,1/e) x (0,1/e). Para isto, observamos 
  que se 0  y  1 e x=1/e, entao f(x,y) = x^y + y^x  (1/e)^y + y = e^(-x)
  + y = g(y).
  
 Apenas corrigindo um errinho de conta g(y)=exp(-y)+y=g(y)
  
  
  
  
  Eh facil ver, igualando a zero sua derivada, que esta funcao tem 
  um minimo global em x = 0 e que, portanto, g(y) = g(0) = 1 para todo real
  y. Por simetria, isto leva nosso interese ao conjunto 0,1/e) x (0,1/e). 
  Determinando a derivada parcial de f com relacao a x e igualando a zero, 
  obtermos y*(x^(y-1)) = - (y^x)*ln(y) = 0. Fazeno o mesmo com a derivada 
  parcial com relacao a y, obtemos uma equacao similar permutando-se x e y. 
  Este sistema aparentemente tenebroso nao eh assim tao assuatador, pois se 
  multiplicarmos as equacoes chegamos aa interessante conclusao de que, no 
  ponto que anula o gradiente, ln(x)*ln(y) =1. Como estamos interesados em 
  0,1/e) x (0,1/e), isto nos mostra que,neste conjunto, a unica solucao 
  possivel eh x = y=1/e, tendo-se que f(1/e, 1/e)  1. Se (1/e, 1/e) for
 ponto 
  de minimo, entao, como f(x,y) - 1 na fronteira do conjunto temos a 
  desigualdade. Mas , na realidade este nao eh um ponto de minimo, conforme 
  podemos ver se determinarmos a matriz Hessiana de f. De qualquer forma a 
  desigualdae vale, pois f 1 na fronteira. 
  Outra forma de resolver sem derivadas parcias eh analisa o comportamento
 de 
  f para 0 
  Podem dizer que eu compliquei, mas, na realidade, estes conceitos de
 calculo 
  sao bastante simples. 
  Artur 
  
  
  
  
 Me surgiu uma pergunta: f(x)=x^x=exp(x.lnx) tem primitiva ?
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  - Mensagem Original  
  De: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Para: obm-l 
  Assunto: Re: [obm-l] Probleminha 
  Data: 28/12/04 06:18 
  
  
  Olá Vinicius. 
  
  Será que vc procurou direito? 
  
  Eureka! 8, página 60 - Problemas propostos 
  
  Se a e b são números reais positivos, então a^b+b^a1 
  
  A solução é muito simples e está na Eureka! 10, página 42 - Soluções de 
  probemas propostos. 
  
  A prova é muito simples. Se a1 ou b1 a desigualdade é imediata. Assim
 os 
  alunos do CEMPI fazem a=1/(1+u) e b=1/(v+1), u e v reais positivos. 
  
  a^b=1/(1+u)^b e b^a=1/(1+v)^a 
  
  notando que 1/(1+u)^b1/(1+ub)=1/(1+u/(v+1)) e que 
  1/(1+v)^a1/(1+av)=1/(1+v/(u+1)) 
  somando as desigualdades chegamos ao resultado. 
  
  A desigualdade é demonstrável atraves de Cálculo. 
  
  
  []'s. 
  
  
   Oi Vinicius, 
   Eu acho que consegui achar uma solucao para isto - nao foi facil - mas 
   usando calculo e a matrix hessiana da funcao f(x,y) = x^y + y^x. Um
 tanto 
   intrincado. Se vc quiser eu amanha mando a solucao que consegui.. Falta 
  dar 
   uma revisada, posso ter cometido algum engano. 
   Um ponto que vemos claramente eh que basta considerar (x,y) em (0,1) x 
  (0,1) 
   e outro a que cheguei fucando eh que basta na realidade considerar (x,y)
  em 
   (0,1/e) x (0,1/e). Conclui isto porque funcoes deste tipo quase sempre 
   apresentam algo interessante em e ou em 1/e. 
   Artur 
   
   
   --- Mensagem Original  
   De: obm-l@mat.puc-rio.br 
   Para: obm-l@mat.puc-rio.br 
   Assunto: [obm-l] Probleminha 
   Data: 24/12/04 02:26 
   
   
   Não achei a resoluçao desse exercicio na Eureka, caso alguem possa me 
   esclarecer ficarei muito grato: 
   
   
   X^y+y^X1 
   
   Um ótimo Natal a todos e a suas famílias 
   
   
   Vinícius Meireles Aleixo 
   
    
   OPEN Internet e Informática 
   @ Primeiro provedor do DF com anti-vírus no servidor de e-mails @ 
   
   
  
 = 
   Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em 
   http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html 
  
 = 
   
  Atenciosamente, 
  Osvaldo Mello Sponquiado 
  Engenharia Elétrica, 2ºano 
  UNESP - Ilha Solteira 
  
   
  OPEN Internet e Informática 
  @ Primeiro provedor do DF com anti-vírus no servidor de e-mails @ 
  
  
  = 
  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em 
  http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html 
  = 
  
 Atenciosamente

Re: [obm-l] Probleminha....

2004-12-31 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Eu não disse que 0^0 = 1. Isso não está definido. Mas lim x-0 x^x = 1:

x^x = exp(x * ln x). Como exp é contínua, teremos
lim x-0 x^x = exp (lim x-0 x ln x).

Para calcular lim x-0 x ln x, x ln x = ln x/ (1/x) e, como
(ln x)' = 1/x e (1/x)' = (-1/x^2), e lim x-0 (1/x)/(-1/x^2) = lim
x-0 (-x) = 0,
por l'Hôpital, lim x-0 ln x/(1/x) = 0.

Assim, voltando para exp, temos lim x-0 x^x = exp (lim x-0 x ln x) =
exp(0) = 1.

Agora, se você falar que 0^0 = 1, você vai arrumar confusão. Mesmo
porque dá para arrumar f(x) e g(x) de forma que f(x) -0 e g(x) -0
com x-0, mas podem acontecer os casos a seguir:
1) f(x)^g(x) não existe (use algo patológico como sen(1/x), sempre funciona...)
2) f(x)^g(x) = r para um real r arbitrário (bom, pode ser complexo
também, se você quiser...)
3) f(x)^g(x) diverge para +- infinito

Bom, sem mais,
Bom ano novo a todos da lista,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Fri, 31 Dec 2004 02:07:48 -0200, Osvaldo Mello Sponquiado
[EMAIL PROTECTED] wrote:
  Cara, uma primitiva deve ter sim. Afinal, esta função é contínua em (0,
 +inf) 
  e lim x-0 x^x= 0^0 =1 ? ( a função é continua)
  
  
  
  
 1, logo ela tem uma primitiva. Mas uma coisa 
  bonitinha, analítica, aí tem que pensar mais. O Nicolau deve saber 
  demonstrar se tem ou não. Aliás, como se chama mesmo o algoritmo para 
  integração ?? 
  
  Abraços e bom Ano-novo, 
  -- 
  Bernardo Freitas Paulo da Costa 
  
  
  On Tue, 28 Dec 2004 17:11:19 -0200, Osvaldo Mello Sponquiado 
  [EMAIL PROTECTED] wrote: 
Eu usei calculo, tambem acaba sendo simples. Eh facil mostrar que so 
precisamos nos deter no conjunto (0,1/e) x (0,1/e). Para isto,
 observamos 
que se 0  y  1 e x=1/e, entao f(x,y) = x^y + y^x  (1/e)^y + y =
 e^(-x) 
+ y = g(y). 
   
   Apenas corrigindo um errinho de conta g(y)=exp(-y)+y=g(y) 
   
   
   
   
   Eh facil ver, igualando a zero sua derivada, que esta funcao tem 
um minimo global em x = 0 e que, portanto, g(y) = g(0) = 1 para todo
 real 
y. Por simetria, isto leva nosso interese ao conjunto 0,1/e) x
 (0,1/e). 
Determinando a derivada parcial de f com relacao a x e igualando a
 zero, 
obtermos y*(x^(y-1)) = - (y^x)*ln(y) = 0. Fazeno o mesmo com a
 derivada 
parcial com relacao a y, obtemos uma equacao similar permutando-se x e
 y. 
Este sistema aparentemente tenebroso nao eh assim tao assuatador, pois
 se 
multiplicarmos as equacoes chegamos aa interessante conclusao de que,
 no 
ponto que anula o gradiente, ln(x)*ln(y) =1. Como estamos interesados
 em 
0,1/e) x (0,1/e), isto nos mostra que,neste conjunto, a unica solucao 
possivel eh x = y=1/e, tendo-se que f(1/e, 1/e)  1. Se (1/e, 1/e) for
   ponto 
de minimo, entao, como f(x,y) - 1 na fronteira do conjunto temos a 
desigualdade. Mas , na realidade este nao eh um ponto de minimo,
 conforme 
podemos ver se determinarmos a matriz Hessiana de f. De qualquer forma
 a 
desigualdae vale, pois f 1 na fronteira. 
Outra forma de resolver sem derivadas parcias eh analisa o
 comportamento 
   de 
f para 0 
Podem dizer que eu compliquei, mas, na realidade, estes conceitos de 
   calculo 
sao bastante simples. 
Artur 
   
   
   
   
   Me surgiu uma pergunta: f(x)=x^x=exp(x.lnx) tem primitiva ? 
   
   
   
   
   
   
   


- Mensagem Original  
De: obm-l@mat.puc-rio.br 
Para: obm-l 
Assunto: Re: [obm-l] Probleminha 
Data: 28/12/04 06:18 


Olá Vinicius. 

Será que vc procurou direito? 

Eureka! 8, página 60 - Problemas propostos 

Se a e b são números reais positivos, então a^b+b^a1 

A solução é muito simples e está na Eureka! 10, página 42 - Soluções
 de 
probemas propostos. 

A prova é muito simples. Se a1 ou b1 a desigualdade é imediata.
 Assim 
   os 
alunos do CEMPI fazem a=1/(1+u) e b=1/(v+1), u e v reais positivos. 

a^b=1/(1+u)^b e b^a=1/(1+v)^a 

notando que 1/(1+u)^b1/(1+ub)=1/(1+u/(v+1)) e que 
1/(1+v)^a1/(1+av)=1/(1+v/(u+1)) 
somando as desigualdades chegamos ao resultado. 

A desigualdade é demonstrável atraves de Cálculo. 


[]'s. 


 Oi Vinicius, 
 Eu acho que consegui achar uma solucao para isto - nao foi facil -
 mas 
 usando calculo e a matrix hessiana da funcao f(x,y) = x^y + y^x. Um 
   tanto 
 intrincado. Se vc quiser eu amanha mando a solucao que consegui..
 Falta 
dar 
 uma revisada, posso ter cometido algum engano. 
 Um ponto que vemos claramente eh que basta considerar (x,y) em (0,1)
 x 
(0,1) 
 e outro a que cheguei fucando eh que basta na realidade considerar
 (x,y) 
em 
 (0,1/e) x (0,1/e). Conclui isto porque funcoes deste tipo quase
 sempre 
 apresentam algo interessante em e ou em 1/e. 
 Artur 
 
 
 --- Mensagem Original  
 De: obm-l@mat.puc-rio.br 
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br 
 Assunto: [obm-l

Re: [obm-l] Cardinalidade

2005-01-06 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi,

A solução do Domingos usa o axioma da escolha? Onde?

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Thu, 6 Jan 2005 15:32:32 -0200, Nicolau C. Saldanha
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 On Thu, Jan 06, 2005 at 02:08:21PM -0200, Artur Costa Steiner wrote:
  Boa tarde,
 
  Eu ainda nao consegui demonstrar o seguinte, talvez alguem tenha uma sacada.
 
  Seja A um conjunto infinito e f uma injecao de A sobre B. Se o conjunto B -
  f(A) for, no maximo, enumeravel, entao A e B sao equivalentes.
 
 Eu não sei direito o quanto você já sabe. Vou enunciar alguns teoremas
 básicos que implicam no seu problema e você diz qual ou quais deles você
 quer ver demonstrado.
 
 Se X é infinito então |N| = |X| (onde N é o conjunto dos naturais).
 
 Se X e Y são infinitos, então |X U Y| = max(|X|,|Y|).
 
 Ambos estão demonstrados em qq bom livro de teoria dos conjuntos
 (um bem básico é o Halmos, Naïve Set Theory;
 um mais avançado é o Jech, Set Theory).
 
 O segundo fato usa o axioma da escolha mas estou supondo que você
 aceita o axioma da escolha e que não está especialmente interessado
 em saber se o exercício pode ou não ser feito sem o axioma da escolha.
 
 []s, N.
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 =


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] IME X ITA

2005-01-13 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
O link da CAPES foi errado, é 
 http://www.capes.gov.br/Documentos/Avaliacao2004/AvTrienal2004_FinalPorArea.pdf

-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] IME X ITA

2005-01-13 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, eu estou na UFRJ. Não faço Matemática Aplicada, faço Engenharia
Eletrônica e de Computação. Como foi pedido, vou puxar a brasa para a
minha sardinha: este curso foi o ÚNICO do Brasil a receber nota máxima
nas avaliações de nível superior, ou seja:
 - A no Provão do MEC, com 4 notas máximas (outras notas máximas
aparecem no máximo uma por curso) (nível de graduação)
 - 7 na Avaliação da CAPES (nível de pós-graduação e pesquisa)
Se não me engano, o único programa de pós-graduação em Engenharia
Elétrica e Eletrônica (é uma categoria só para a CAPES) do Brasil a
receber 7 foi o da COPPE-UFRJ. confiram este e outros resultados em
http://www.capes.gov.br\Documentos/Avaliacao2004/AvTrienal2004_FinalPorArea.pdf


Bom, o que isto quer dizer?
Na minha opinião, que se você gosta de pesquisa e procura uma formação
de ponta, o melhor lugar para aprender Engenharia
Elétrica/Eletrônica/Computação é na UFRJ. Além disso, como já foi
dito, fica no Rio de Janeiro, logo:
 - Você pode fazer cursos em outros lugares (eu por exemplo estou no
verão do IMPA agora, tendo aulas)
 - O transporte é meio ruim para cá (esse é o maior defeito do campus
fundão da UFRJ, mas estamos vigorosamente alterar esta situação)
 - Infelizmente, você só recebe se tiver necessidade financeira
comprovada, ou fizer uma iniciação científica (o que é altamente
recomendável se quiser fazer pesquisa)

Mas não é tudo: temos também ótimos resultados em concursos públicos
em geral com vagas para engenheiros eletrônicos: o último, da
Petrobrás, foi praticamente dominado pelos alunos daqui (absurda
maioria).

Bom, só para não dizer nada, o curso da Matemática Aplicada é muito
bom para quem gosta de matemática (acho que é o caso de muitos da
lista) e não pensa em ser professor: ele tem uma possibilidade muito
grande de ser moldado de acordo com o que o aluno pensa, pois tem mais
de 50% dos créditos de escolha livre, mas a formação matemática é
bastante sólida, sendo o melhor curso de cálculo que há na UFRJ
(bastante puxado, com muitas aplicações, e também rigor analítico
superior ao de qualquer curso de cálculo que eu conheça). Assim, o
aluno pode fazer matemática aplicada em diversos campos do
conhecimento, e há também um grande estímulo para que este já comece a
pensar nisto durante a graduação, por meio de projetos do laboratório.
Para maiores informações, vejam, por exemplo:
http://www.coppead.ufrj.br/graduacao/

Finalmente, como aluno da UFRJ, você pode participar do convênio com a
École Polytechnique de France, em Paris, e ir fazer a graduação lá
após o Ciclo Básico (ou equivalente na Matemática, mas tem que saber o
mínimo em Física: I, II, III). O projeto inclui 2 anos e meio em
Paris, e você volta com dois diplomas franceses. Como ainda não temos
alunos que voltaram, não se tem experiência com revalidação de
créditos, etc., mas pelo que a USP faz (ela tem o convênio há mais
tempo) isso não é tão difícil. Para ter uma idéia, vale a pena navegar
pelo site (se você não sabe francês, tem uma versão anglófona...)
www.polytechnique.fr, em especial confiram
http://www.polytechnique.fr/enseignement/cycle.php e também
http://www.imprimerie.polytechnique.fr/EnLignes/Files/Plaquette_2005.pdf,
onde tem o programa do curso. Eu estarei indo para lá em março/abril
deste ano, portanto, quem quiser mais informações eu estarei à
disposição.

Espero que tenha ajudado (e botar lenha na fogueira é sempre bom!)
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Tue, 11 Jan 2005 23:26:46 -0200, Bruno Bruno [EMAIL PROTECTED] wrote:
 vocês falam muito do ime e do ita, mas e qto a ufrj?
 ouvi dizer que eles tem um curso de matematica aplicada muito bom, que
 oferece um dos maiores leques de possibilidades no mercado de
 trabalho. Eu nao conheço o curso muito bem, mas se alguem conhece por
 favor se pronuncie, pode ser que eu esteja enganado e gostaria de ter
 mais opniões sobre ele
 
 
 On Tue, 11 Jan 2005 20:02:32 -0200, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] 
 wrote:
  Olá thyago,
  estou começando o IME agora.. estamos no processo de exames médicos, 
  físicos,
  e etc...  e estou gostando muito do clima de la. o pessoal é mto legal,
  e fora o local do IME que é um dos melhores possíveis. Hj em dia ali na
  praia vermelha é o melhor local de universidade no Rio de Janeiro 
  (comparando
  com os locais de campus da UERJ e alguns do Fundão). estou gostando muito,
  e cada vez mais estou decidindo ficar mais no IME do que ir pro ITA. essas
  suas informações tb estão me ajudando nessa decisão.
 
  abraço
  Caio
 
  ''-- Mensagem Original --
  ''Date: Tue, 11 Jan 2005 19:49:41 -0200
  ''From: Thyago A. Kufner [EMAIL PROTECTED]
  ''To: OBM List obm-l@mat.puc-rio.br
  ''Subject: [obm-l] IME X ITA
  ''Reply-To: obm-l@mat.puc-rio.br
  ''
  ''
  ''Olah Kellem
  ''
  ''Assim como você, deve ter outros que estão com esta mesma dúvida.
  ''
  ''Prestei vestibular em dez-2003 e atualmente estou estudando no IME.
  ''No ano que estudei para o concurso, tambem tive duvidas sobre qual
  ''instituto

Re: [obm-l] Re: Sequencias

2005-01-21 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, sem usar um exemplo sofisticado como o do Arthur, um truque bem
legal para este tipo de problema é pensar racionalmente. Ou seja, tome
uma enumeração qualquer dos racionais do intervalo [0,1] = {x_1, x_2,
x_3, ...}. É claro que isto é uma seqüência, e o mais legal é que a
aderência é todo [0,1]. Pense porquê: um número real qualquer possui
vizinhanças arbitrariamente pequenas que contém infinitos números
racionais. Assim, em qualquer ponto da sequüência, como você só
retirou uma quantidade FINITA de termos, ainda restam infinitos,
portanto NENHUMA vizinhança destes números perdeu todos os INFINITOS
racionais que ela continha. Uma das aplicações é generalizar esta
demonstração (faça exatamente o mesmo) para espaços onde os racionais
sejam densos e enumeráveis (isso é para evitar maiores patologias,
tipo dimensão não-enumerável, coisas asssim), e é exatamente igual:
faça uma enumeração dos mesmos.


On Wed, 19 Jan 2005 10:25:55 -0200, Artur Costa Steiner
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 (1) - a sequencia |sen(n)| eh um exemplo. Eh a imagem atraves da funcao seno
 dos inteiros positivos. Como |sen| eh continua e periodica em R e seu
 periodo fundamental pi eh irracional, temos que o conjunto dos pontos de
 aderencia de |sen(n)| eh o conjunto das imagens de |sen|, ou seja, [0,1].
 Outro exemplo eh a sequencia frac(raiz(n)), onde frac eh a parte fracionaria
 de n. O Claudio demosnstrou isto hah cerca de um mes.
 
 (2) - para n suficientemente grande, temos que b^(1/n) = x_n^(1/n) =
 [n^(1/n)]^k.  Se n -oo , b^(1/n) - 1 e n^(1/n) -1. Logo, [n^(1/n)]^k -1.
 Por confronto, concluimos que lim x_n =1.
 Artur
 
 Ola para todos!
 
 Alguem poderia me ajudar nesses?
 
 1) Achar uma sequencia que tenha o intervalo [0,1] como conjunto dos seus
 valores de aderencia.
 
 2) Se existem b nao nulo e k natural tq b = x_n = n^k para todo n
 suficientemente grande entao lim x_n^(1/n) =1.
 
 Notacao: x_n é a sequencia x(n)
 = é menor ou igual
 
 Um abraco!
 
 
 OPEN Internet e Informática
 @ Primeiro provedor do DF com anti-vírus no servidor de e-mails @
 
 =
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 =
 


-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

=
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=


Re: [obm-l] eq diofantinas

2005-02-02 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, o difícil é que x, y sejam inteiros positivos (ou talvez
não-negativos). Mas a idéia é exatamente essa. Ou seja, dado este
ax+by (com x, y inteiros sobre os quais nada sabemos) obter am + bn,
com m, n = 0. E isso só dá para fazer se c for suficientemente
grande, pois vamos ter que diminuir um e aumentar o outro.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Wed, 2 Feb 2005 12:19:34 -0300 (ART), Marcelo Ribeiro
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 1) Eu não entendi  o porquê da restrição c=ab... 
  Bom, seja d = mdc(a,b). É possível escrever d como combinação linear dos
 números a e b, isto é, existem x,y pertencentes a Z de forma que d = ax+by
 [isto é um teorema que não lembro como prova]. No nosso caso, temos mdc(a,b)
 = 1. Portanto: 
   
 ax+by = 1 
   
 Agora basta multiplicar por c e ficamos com 
   
 a(cx)+b(cy) = c 
   
 pronto! É possível escrever c como combinação linear de a,b, onde mdc(a,b) =
 1. Corrijam-me se errei em alguma coisa, por favor. =] 
 abraços 
 Marcelo
 
  
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=
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=


Re: [obm-l] alg. linear - oper. normal (problema)

2005-02-14 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Se você souber alguma coisa sobre fechamento, acabou, pois X^t^t =
fecho(span(X)), e como Im T e Im T* são espaços vetoriais (ou seja,
span(Im T) = Im T ...).

Sem pensar muito, acho que é isso.
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Mon, 14 Feb 2005 07:19:14 -0300 (ART), Lista OBM
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 gostaria de uma ajuda no problema abaixo: 
   
 Sejam V um C-espaço vetorial com prod. interno e T em L(V). Se T é um
 operador normal, mostre que Im(T) = Im(T*). 
   
 Obs.: Consegui mostrar que o complemento (ou suplemento) ortogonal da Im T =
 comp. ortogonal da Im T*. Isso garante que Im T = Im T* ? Para verificar que
 C.O [ImT] = C.O [ImT*] verifiquei que Ker(T*) = C.O [Im T] e Ker(T*) =
 Im(T*). 
   
 Notação: C.O [...] = Complemento Ortogonal de ... 
   
 grato desde já, éder.
 
 __
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 http://br.download.yahoo.com/messenger/

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=


Re: [obm-l] Teorema de Gauss

2005-02-17 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Eu não sei de muitas demonstrações que não usem um pouco de matemática
um pouquinho só mais avançadas. Mas se você não estiver MUITO
preocupado, você poderia tentar fazer a da Senhora com cachorro, que
tem a ver com Número de Rotação, mas se você não se importar de só
FALAR que isso é invariante, dá para demonstrar.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Wed, 16 Feb 2005 20:17:35 -0300 (ART), Alan Pellejero
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá pessoal, alguém poderia me dar uma dica de como eu
 posso fazer a demonstração para alunos do ensino médio
 do teorema de gauss que trata sobre a existência das
 raízes complexas para equações algébricas? Grato!
 
 
 ___
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Re: [obm-l] LIMITAÇÕES TECNOLÓGICAS!

2005-02-18 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, se você quiser multiplicar pi por e eu não vejo como fazer
isso só com o botão de adição...

-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Thu, 17 Feb 2005 16:59:38 -0500, Qwert Smith [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Depende da calculadora que vc tem...
 vc sempre pode gastar seu dedo no botao da adicao
 
 se vc tem uma calculador cientifica vc pode fazer assim:
 
 A*B = 10^[(logA)+(logB)]
 
 From: Chicao Valadares [EMAIL PROTECTED]
 
 [snip]
 
 A propósito. como multiplicar dois números numa
 calculadora cujas teclas de
 produto e divisão estejam danificadas?
 
   Abraços!
 
 
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Re: [obm-l] Matriz

2005-02-19 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Veja que o posto de B é dois (dimensão da imagem que ele gera, só tem
dois vetores!) Assim, não importa o que você faça, não vais aumentar
essa dimensão.

Abraços,


On Sat, 19 Feb 2005 20:49:37 -0300, Vinícius Meireles Aleixo
[EMAIL PROTECTED] wrote:
  
  
 Dadas as matrizes A, 4X2 e B, 2x4 duas matrizes quaisquer, provar que AB não
 é invertível.
  
  
 Abraços
  
 Vinícius Meireles Aleixo


-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] Sugestão sobre cursos em julho ( OFF-LINE)

2005-02-22 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Tem o colóquio Brasileiro de Matemática (bianual) que deve ser nessa
época, no IMPA. Eu fui no anterior, e foi muito bom.

Mais informações (mais do que eu posso dizer):
http://w3.impa.br/~webnew/pesquisa/pesquisa_coloquio_brasileiro_de_matematica/25_coloquio.html

Aproveite, é bom.
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Tue, 22 Feb 2005 11:44:17 -0300 (ART), Alan Pellejero
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá pessoal!
 Gostaria de participar de algum curso em julho e
 gostaria de receber sugestões sobre cursos.
 Interesso-me pela ufpr, uel, usp e impa. Um grande
 abraço e desculpe pelo off-topic.
 Alan
 Ps: sou de ourinhos-sp.
 
 
 ___
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Re: [obm-l] sexta feira 13...

2005-02-23 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi.

Eu acho que é puramente (bom, nem tanto) braçal: considere todos os
dias da semana em que pode começar Janeiro (ou qualquer outro mês, mas
começar por Janeiro é mais fácil). Um mês tem sexta-feira 13 = Ele
começa no domingo (prove isso.. ou seja, veja um calendário com um mês
com sexta-feira treze!). Daí, você tem que ver em que dia da semana
começam os meses em função de Janeiro. Se você sabe aritmética módulo
7, isso quer dizer mais ou menos o seguinte: (Se você tiver alguma
dúvida quanto a sistemas de restos, e operações módulo 7, fale que eu
tento explicar com mais detalhes.)

Suponha que Janeiro começa no Domingo (Chame isso de 1, pois daí
segunda é 2, terça é 3, e por aí vai, até sábado, que eu vou
chamar de 0, para os números ficarem pequenos). Ora, Janeiro tem 31
dias, logo dia 1 de Fevereiro é 32 de Janeiro o que dá resto 4, ou
seja, é uma quarta-feira (o que mais nos interessam são os restos, e
não o dia da semana...). Vou esquecer que eu conheço anos bissextos.
Daí, como tem 28 dias (oba, é múltiplo de 7!!), Março também começa
dia 4. Como tem 31 dias (=3 módulo 7), temos que Abril começa dia
0. Abril tem 30 dias, logo Maio começa dia 30 = 2; Junho começa
dia 2+3 = 5, Julho começa dia 5+2 = 0, Agosto dia 0+3 = 3,
Setembro 3+3 = 6, Outubro 6+2 = 1, Novembro = 1+3 = 4 e
finalmente Dezembro 4+2 = 6.

Temos então a seguinte distribuição dos inícios:
1; 4; 4; 0; 2; 5; 0; 3; 6; 1; 4; 6.

Se você olhar os inícios a partir de Maio até Novembro, temos um
Sistema completo de restos módulo 7. Ou seja, se você mudar o dia em
que começa Maio (por exemplo, para 5, é só somar 5 módulo 7 a cada
um dos dias. Mas como o sistema é completo, há um mês em que vai dar
1, e portanto este mês será de sexta-feira 13. Ou seja, todo ano vai
ter um mês com sexta-feira 13.

Agora, eu devolvo outra pergunta: E se você souber que tem anos
bissextos, quais anos terão mais de um mês bissexto? (Note que isso
muda um pouco o problema, mas bissextos não mudam a minha solução pois
eles alteram apenas Jan-Fev, dados Mar-Dez, e como em Maio-Novembro
sempre há um bissexto - prove que é só um, ou seja, não é tanto tempo
para azar... - temos a solução.)

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Wed, 23 Feb 2005 08:27:49 -0300, carlos gomes [EMAIL PROTECTED] wrote:
  
 Pessoal, 
 E verdade que todo ano tem pelo menos uma sexta-feira 13? Se for verdade
 como verifico isto?. Um abraço a todos Cgomes.
 -- 
 Esta mensagem foi verificada pelo sistema de anti-virus e 
  acredita-se estar livre de perigo.

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Re: [obm-l] RE:[off topic]Química Correção

2005-03-03 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, eu não resisto.

As definições estão quase certas, exceto pelo efeito da bomba atômica.
Isso não é uma piada: quando você tem um núcleo com p prótons + n
nêutrons, isso não dá um treco que pesa p*P + n*N (onde P e N são as
massas dos prótons e dos nêutrons). Por causa da energia de ligação
(que é dissipada), isso dá um pouco menos de massa. Assim, quando você
quebra um núcleo em dois MAIS estáveis, você libera mais energia de
ligação ainda. Com isso, você faz uma bomba atômica, é só sair
explodindo núcleos mais ou menos instáveis (não vou exemplificar
aqui!). Ou seja, mesmo quando você compara com a massa do carbono
(onde você já tem uma certa compensação por esse efeito), se os
núcleos são diferentes, a estabilidade é diferente. Bom, estou muito
off-topic.

Para voltar à matemática, um exercício mais ou menos legal é tentar
descobrir a energia de estabilização que um átomo de C-12 contém,
sabendo as massas de cada um dos isótopos do Hidrogênio (H-1, H-2,
H-3) Você vai saber as massas dos prótons, calcula a dos nêutrons e
daí seja feli. (bom, eu NÃO sei qual é o valor de cada uma delas, mas
faça h_1, h_2, h_3). Se você quiser ser MUITO rigoroso, você pode
tentar utilizar o He-4 para retirar a influência dos elétrons (o que é
mais fácil).

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Thu, 3 Mar 2005 15:37:04 -0300 (ART), Charles Quevedo
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Li ontem meus e-mails da lista e percebi entre as centenas de mensagens
 acumuladas uma cujo assunto éra quimica.Como estudante de quimica fiquei
 curioso e decidi lê-la e percebi que havia um erro na resposta de um colega
 de lista referente à uma pergunta de outro colega. 
 Com objetivo de esclarecer melhor o amigo que efetuou a pergunta, mas com o
 maior respeito à quem o respondeu, pretendo corrigir sua resposta. 
 Na realidade a diferença entre numero de massa e massa atomica é bem mais
 sutil. 
 Numero de massa é a soma do numero de prótons e neutrons de um atomo
 qualquer, sendo assim uma simples contgem. 
 Já a massa atomica de um atomo é na verdade a soma das massas de todos os
 protons, neutrons e eletrons de um atomo qualquer, isso acarreta em um 
 numero basicamente igual, porem com muitos mais algarismos significativos. 
 Espero ter sido bem entendido. 
 Qualquer duvida sobre o assunto, me coloco a disposição no
 e-mail:[EMAIL PROTECTED] 
   
  
 
  
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Exercicios difíceis

2005-03-07 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, Brunno.

Note que a trajetória NÃO é retilínea, mas sim, uma parábola (é como
se fosse um arremesso, certo?, só que a gravidade puxa para outro
lado!) Assim, não é possível aplicar pitágoras, mas temos que calcular
o comprimento desta curva (tem que fazer uma integral, acho)

Abraços
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Sun, 6 Mar 2005 21:46:19 -0300, Brunno [EMAIL PROTECTED] wrote:
  
 1- 
 Durante 40s seguindo para o norte é percorrido 40x300cm com direcao ao norte
 Durante os 40s percorridos para o leste em movimento uniformemente variado 
 s=(at^2)/2=10x1600/2=10x800cm 
 aplicando teorema de pitagoras, ja que são percorridos 142 cm 
 Resposta diferente ao que vc forneceu, posso ter errado
  
   
   
  
 - Original Message - 
 From: Vinícius Meireles Aleixo 
 To: obm-l@mat.puc-rio.br 
 Sent: Sunday, March 06, 2005 1:55 PM 
 Subject: [obm-l] Exercicios difíceis 
 
  
 Oi,se alguem tiver alguma idéia de como resolver esses exercicios por favor
 me diga, to agarrado neles...
  
  
 1_Uma bola, movendo-se inicialmente para o Norte a 300cm/s, fica, durante
 40s, sob a ação de uma força que causa um aceleração de 10cm/s^2 para
 leste.Determine o deslocamento(distancia que relamente percorreu) da
 bola.R:149,4m 
 2_Um jogador de futebol inexperiente chuta um pênalti a 9m do gol,
 levantando a bola com velocidade inicial de 15m/s.A altura da trave é de
 2,4m. 
 a)Calcule a que distancia maxima atras do gol, um apanhador de bola pode
 ficar agachado.R:9,56m 
 b)a que distancia minima devem ficar os espectadores, para que não corram
 risco nenhum de levar bolada.R:18,7m 
 3_Um canhão de uma fortaleza dispara ao mar projeteis com velocidade de
 4m/s, de uma altura de 1m acima do nível do mar.Um navio pirata aproxima-se
 da costa a fim de invadir a fortaleza.Despreze a altura dos canhões. 
  
 a)Qual a menor velocidade inicial com que o navio pirata aproxima-se da
 costa afim de destruir o canhão da fortaleza sem ser alvejado?R:6m/s 
 b)Para essa vel. o navio pirata está prestes a ser destruído.Nessa situação,
 determine o angulo em relação à horizontal com que o canhão faz seus
 disparos.R:0,5arctg(12/5) 
   
 Abraços 
 Vinícius Meireles Aleixo

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] C-homogeneidade implica C-Linearidade?

2005-03-16 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Eu acho que esta função que você fez está certa (homogênea, porém não
linear). E ela se baseia no argumento do Cláudio (ou seja, se o corpo
sobre o qual temos o espaço vetorial for R, em vez de C). Só cuidado
que o vetor (1,1) não é unitário, mas isso não estraga as idéias
(tinha que multiplicar por sqrt(1/2) par normalizar).

Eu acho que toda função de um corpo infinito nele mesmo que seja
homogênea de grau 1 será linear (é só repetir o argumento do Cláudio).
Mas não sei se a hipótese de infinito é fundamental.


On Wed, 16 Mar 2005 09:55:27 -0300 (ART),
[EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
wrote:
 Será que a função T tal que 
 T(a)=â.|a|/2 se â=!(1,1) 
 E 0 caso contrario 
 não é uma em que há homofgeneidade, mas não linearidade ? (tente somar (0,1)
 com (1,0) ) 
 (â é o vetor de modulo unitario no sentido de a, T é uma transformação
 linear de R2 em R2, que a meu ver é completamente analoga a uma de C a C)
 
 
 claudio.buffara [EMAIL PROTECTED] wrote:
  
  
 Bom, Niski, este é o caso de um corpo visto como um espaço vetorial sobre si
 mesmo, o que provavelmente não é uma situação muito comum. 
   
 Mas o problema dá margem a mais elocubrações. 
   
 Por exemplo, se tomarmos C como um espaço vetorial (de dimensão 2) sobre R,
 será que o resultado análogo vale? 
 Ou seja, se F:C - C for tal que F(az) = aF(z) para todo a real e z
 complexo, será que é verdade que F(z+w) = F(z) + F(w) para todos z e w em C?
   
 E a recíproca do seu resultado? 
 Se G: C - C é tal que F(z + w) = F(z) + F(w) para quaisquer z e w em C,
 então é verdade que F(zw) = zF(w) para quaisquer z e w em C?  
   
 []s, 
 Claudio. 
   
  
  De: [EMAIL PROTECTED] 
  
  Para: obm-l@mat.puc-rio.br 
  
  Cópia: 
  
  Data: Tue, 15 Mar 2005 13:58:25 -0300 
  
  Assunto: Re: [obm-l] C-homogeneidade implica C-Linearidade? 
  Humm. Me parece correto o seu argumento. 
  Nao consigo precisar bem, mas esse resultado nao me parece intuitivo. 
  E pra voce? 
  
  
  Niski 
  
  claudio.buffara wrote: 
  
   Supondo que F seja C-homogenea se F(az) = a^nF(z) para quaiquer a e z em
   C e n em Z, é evidente que F não é linear, a menos que n = 1. 
   
   Nesse caso (ou seja, se F(az) = aF(z)), basta mostrar que esta condição 
   implica que F(z + w) = F(z) + F(w) para quaisquer z e w em C. 
   
   Suponhamos que F(1) = c. 
   
   Seja z  0. 
   c = F(1) = F((1/z)*z) = (1/z)*F(z) == F(z) = c*z 
   
   Logo, F(z + w) = c*(z + w) = c*z + c*w = F(z) + F(w). 
   
   Espero que seja isso. 
   
   []s, 
   Claudio. 
   
   De: [EMAIL PROTECTED] 
   
   Para: obm-l@mat.puc-rio.br 
   
   Cópia: 
   
   Data: Tue, 15 Mar 2005 11:33:51 -0300 
   
   Assunto: [obm-l] C-homogeneidade implica C-Linearidade? 
   
Pessoal, me deparei com seguinte problema 

Provar que se L : C - C é uma funcao entao as condicoes seguintes sao
equivalentes 

i) L é C-Homogenea 
ii) L é C-Linear 

Acredito que ii = i seja trivial 
mas como provar i = ii ? Acho que para ser verdadeira deveria ter
 mais 
informacoes sobre L não? 


Obrigado 

Niski 
   
 = 
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em 
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html 
   
 = 

  
  = 
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-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] C-homogeneidade implica C-Linearidade?

2005-03-16 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, Cláudio. Esta função é exatamente
T(z) = z/2 = Re(z) != Im(z)
T(a + a*i) = 0, para a = 0

Ou seja, ela é quase T(z) = z/2.

Certo?
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa



On Wed, 16 Mar 2005 14:22:44 -0300, claudio.buffara
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Dizer que T(a) = (|a|/2)*u(a), onde u(a) = vetor unitário de mesma direção e
 sentido que a é mesma coisa que dizer que T(a) = a/2 e nesse caso, T também
 satisfaz a T(x+y) = T(x) + T(y). 
   
 Ou então eu não entendi o que vocês querem dizer... 
   
 []s, 
 Claudio. 
   
  
  De: [EMAIL PROTECTED] 
  
  Para: obm-l@mat.puc-rio.br 
  
  Cópia: 
  
  Data: Wed, 16 Mar 2005 10:12:29 -0300 
  
  Assunto: Re: [obm-l] C-homogeneidade implica C-Linearidade? 
  Eu acho que esta função que você fez está certa (homogênea, porém não 
  linear). E ela se baseia no argumento do Cláudio (ou seja, se o corpo 
  sobre o qual temos o espaço vetorial for R, em vez de C). Só cuidado 
  que o vetor (1,1) não é unitário, mas isso não estraga as idéias 
  (tinha que multiplicar por sqrt(1/2) par normalizar). 
  
  Eu acho que toda função de um corpo infinito nele mesmo que seja 
  homogênea de grau 1 será linear (é só repetir o argumento do Cláudio). 
  Mas não sei se a hipótese de infinito é fundamental. 
  
  
  On Wed, 16 Mar 2005 09:55:27 -0300 (ART), 
  [EMAIL PROTECTED] 
  wrote: 
   Será que a função T tal que 
   T(a)=â.|a|/2 se â=!(1,1) 
   E 0 caso contrario 
   não é uma em que há homofgeneidade, mas não linearidade ? (tente somar
 (0,1) 
   com (1,0) ) 
   (â é o vetor de modulo unitario no sentido de a, T é uma transformação 
   linear de R2 em R2, que a meu ver é completamente analoga a uma de C a
 C) 
   
   
  
   claudio.buffara wrote: 
   
   
   Bom, Niski, este é o caso de um corpo visto como um espaço vetorial
 sobre si 
   mesmo, o que provavelmente não é uma situação muito comum. 
   
   Mas o problema dá margem a mais elocubrações. 
   
   Por exemplo, se tomarmos C como um espaço vetorial (de dimensão 2) sobre
 R, 
   será que o resultado análogo vale? 
   Ou seja, se F:C - C for tal que F(az) = aF(z) para todo a real e z 
   complexo, será que é verdade que F(z+w) = F(z) + F(w) para todos z e w
 em C? 
   
   E a recíproca do seu resultado? 
   Se G: C - C é tal que F(z + w) = F(z) + F(w) para quaisquer z e w em C,
   então é verdade que F(zw) = zF(w) para quaisquer z e w em C? 
   
   []s, 
   Claudio. 
   
   
   De: [EMAIL PROTECTED] 
   
   Para: obm-l@mat.puc-rio.br 
   
   Cópia: 
   
   Data: Tue, 15 Mar 2005 13:58:25 -0300 
   
   Assunto: Re: [obm-l] C-homogeneidade implica C-Linearidade? 
Humm. Me parece correto o seu argumento. 
Nao consigo precisar bem, mas esse resultado nao me parece intuitivo. 
E pra voce? 


Niski 

claudio.buffara wrote: 

 Supondo que F seja C-homogenea se F(az) = a^nF(z) para quaiquer a e
 z em 
 C e n em Z, é evidente que F não é linear, a menos que n = 1. 
 
 Nesse caso (ou seja, se F(az) = aF(z)), basta mostrar que esta
 condição 
 implica que F(z + w) = F(z) + F(w) para quaisquer z e w em C. 
 
 Suponhamos que F(1) = c. 
 
 Seja z  0. 
 c = F(1) = F((1/z)*z) = (1/z)*F(z) == F(z) = c*z 
 
 Logo, F(z + w) = c*(z + w) = c*z + c*w = F(z) + F(w). 
 
 Espero que seja isso. 
 
 []s, 
 Claudio. 
 
 De: [EMAIL PROTECTED] 
 
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br 
 
 Cópia: 
 
 Data: Tue, 15 Mar 2005 11:33:51 -0300 
 
 Assunto: [obm-l] C-homogeneidade implica C-Linearidade? 
 
  Pessoal, me deparei com seguinte problema 
  
  Provar que se L : C - C é uma funcao entao as condicoes seguintes
 sao 
  equivalentes 
  
  i) L é C-Homogenea 
  ii) L é C-Linear 
  
  Acredito que ii = i seja trivial 
  mas como provar i = ii ? Acho que para ser verdadeira deveria ter
   mais 
  informacoes sobre L não? 
  
  
  Obrigado 
  
  Niski 
  
  
 = 
  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em 
  http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html 
  
  
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   Yahoo! Mail - Com 250MB de espaço. Abra sua conta! 
   
   
  
  
  -- 
  Bernardo Freitas Paulo da Costa 
  
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Re: [obm-l] Proposição

2005-03-18 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Depende do que você está pensando. Se for apenas uma base no sentido
de Hamel, ou seja, todo elemento é escrito como uma ÚNICA combinação
linear FINITA dos elementos da base, dá para provar que estas bases
são não-enumeráveis. Assim, pode ser difícil exibir uma base. Por
exemplo, no segundo, você pode pensar que uma seqüência é a
representação binária de um número em [0, 1], mas ainda não sei se é
bonitinho...

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Fri, 18 Mar 2005 00:25:06 +, [EMAIL PROTECTED]
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Einstein falou uma frase que toca no que você escreveu:
 A inovação não é o produto de um pensamento lógico, mesmo estando o produto
 final atado a uma estrutura lógica.
 
 E sobre o teorema do fechamento algébrico dos complexos, o livro do
 Rudin Principles of mathematical analysis tem uma prova curtinha e não
 muito difícil, e os pré-requisitos para compreendê-la estão todos dentro do
 livro.
 
 Para aproveitar o espaço: Alguém sabe exibir uma base para o espaço vetorial
 das seqüências reais (R^oo)? Ou ainda, alguém conhece uma base para o espaço
 das seqüências formadas por 0 e 1?
 
 []s,
 Daniel
 
 Paulo Santa Rita ([EMAIL PROTECTED]) escreveu:
 
 Ola carissimo Prof Nicolau e demais
 colegas desta lista ... OBM-L,
 
 Complementando a mensagem, talvez nem todos saibam que a prova do Teorema
 abaixo foi a tese de doutorado do Gauss e contribui poderosamente para que
 os numeros complexos fossem aceitos com maior tranquilidade pelos
 matematicos de entao.
 
 Gauss apresentou outras provas deste teorema, sempre pretendendo chegar a
 uma prova puramente algebrica mas nao teve sucesso. Hoje muitos supoe que
 esta notavel propriedade depende fundamentalmente de consideracoes
 topologicas e portanto a pretensao de Gauss era realmente inatingivel.
 
 Sobre a introducao das variaveis complexas em sua tese, veja o sabor
 altamente filosofico com que Gauss conduzia suas investigacoes :
 
 Durante este outono ocupei-me largamente com as consideracoes gerais sobre
 as superficies curvas, o que conduz a um campo ilimitado ... Estas pesquisas
 ligam-se, como sou tentado a dizer, com a metafisica da geometria e nao e
 sem ingentes esforcos que consigo me arrancar das consequencias que dai
 advem ... Qual seria a verdadeira natureza das grandezas negativas e
 imaginarias ? Nestas ocasioes, sinto vibrar dentro de mim com grande
 vivacidade o verdadeiro sentido da raiz quadrada de -1, mas creio que sera
 extraordinariamente dificil expressa-lo com palavras ( Gauss )
 
 Falar hoje - e, em particular para um formalista - em VERDADEIRA NATUREZA e
 em SENTIDO  de um objeto matematico talvez soe como uma heresia ... Pois, um
 dos pressuposto basicos do formalismo e justamente o de que para
 raciocinarmos com rigor autentico devemos abdicar dos eventuais sentidos que
 a intuicao porventura atribua aos objetos : eles obedecem aquele conjunto
 de axiomas e ponto final.
 
 Mas, salvo melhor juizo, se eu interpreto bem a historia o que sempre
 caracterizou e havera de caracterizar um Verdadeiro Grande Matematico e
 justamente esta dimensao subjetiva, propria, na qual ele reinterpreta a
 historia que lhe antecede e descobre de forma exclusivamente intuitiva o
 sentido e significado que alguns objetos e ocorrencias matematicas tem,
 dando assim um novo direcionamente a historia e a pesquisa matematica que o
 seguira.
 
 Esta mensagem, eu sei, tem cores eminentemente epistemologicas, mas
 parece-me que esta dimensao historica e filosofica, e altamente saudavel e
 nao pode faltar na formacao de nenhum estudante.
 
 Um Abraco a Todos !
 Paulo Santa Rita
 5,1021,170305
 
 
 From: Nicolau C. Saldanha
 Reply-To: obm-l@mat.puc-rio.br
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Subject: Re: [obm-l] Proposição
 Date: Thu, 17 Mar 2005 09:32:04 -0300
 
 Uma afirmação relacionada muito interessante é o teorema fundamental
 da álgebra: toda equação polinomial não trivial tem raiz complexa.
 Mais precisamente,
 
   x^n + a_(n-1) x^(n-1) + ... + a_2 x^2 + a_1 x + a_0 = 0
 
 pode não ter raiz real, mas sempre tem raízes complexas
 se os coeficientes a_j forem reais ou complexos.
 
 Aliás, campo provavelmente é uma tradução não usual de field.
 O termo usual e correto no nosso idioma é *corpo*.
 
 []s, N.
 
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Re: [obm-l] ideais maximais

2005-03-18 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, você tem que provar que não existe I contido em C([0,1]) tal que
J esteja contido em I, e todas as inclusões sejam próprias (ou seja,
um conjunto estritamente maior do que aquele que ele contém).

Tome então um ideal I, estritamente maior do que J. Assim, existe um
elemento deste anel que não está em J, ou seja, uma função g: [0,1] -
R tal que g(1/2) != 0.
Seja então g(1/2) = a; a função h(x) = g(x) - a está em J.

Para provar que J é maximal, agora basta provar que I = C([0,1]).
Ora, é claro que, como é um ideal e contém g, J, temos que I contém o
ideal gerado por (g, J) =  { f = ag + bj / a, b pertencem a C([0,1]) e
j pertence a J}.
Agora vamos provar que este ideal é tudo! Seja f em C([0,1]) - J.
(Não precisamos fazer para J, já que claramente I contém J)
Queremos escrever f na forma ag + bj. Para termos alguma chance de
conseguir isso, temos que fazer com que ag(1/2) + bj(1/2) = f(1/2).
Ora, j(1/2) = 0, logo ag(1/2) = f(1/2), e portanto a(1/2) = f(1/2) /
g(1/2). Bom, sejamos bastante otimistas: faça a(x) = a(1/2) = f(1/2) /
g(1/2) (função constante!!) e veja que o que sobra é (f - ag)(1/2) =
f(1/2) - a(1/2)g(1/2) = 0, logo é uma função que pertence a J. Assim,
podemos fazer b(x) = 1 para todo x e obtemos finalmente j = f - ag em
J, logo I = C([0,1]) e portanto J é maximal.

Acho que é isso.
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Fri, 18 Mar 2005 17:25:18 -0300 (ART), Lista OBM
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Gostaria de uma ajuda no problema abaixo:
 
 Seja C([0,1]) o anel da funções contínuas em [0,1],
 com as operações (f + g)(x) = f(x) + g(x) e [f.g](x) =
 f(x).g(x), para todas f,g em C([0,1]). Seja J o
 conjunto de todas as funções f em C([0,1]) tais que
 f(1/2) = 0. Prove que J é um ideal maximal.
 
 grato desde já, éder.
 
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Re: [obm-l] matemática discreta

2005-03-21 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Um que eu conheço e é bastante bom é o Concrete Mathematics, de
Ronald L. Graham, Donald E. Knuth e Oren Patashnik. Não sei se é
exatamente o que você está estudando, mas pelo menos o título confere,
e o livro vale a pena de qualquer forma. Tem bastantes problemas, e
técnicas muito legais para soma.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Mon, 21 Mar 2005 15:05:09 -0300, Thiago Addvico
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 olá
 
 alguem pode me recomendar um livro bastante completo sobre matemática
 discreta? não consigo confiar na minha professora então decidi estudar
 por conta... obrigado!
 
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Re: [obm-l] Análise

2005-03-23 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
O que é exatamente a recíproca do TVI? Se for algo do tipo

Para todo a  c  b no domínio de f, existe x na imagem de f tal que
f(a)  x  f(b) e x = f(c), é apenas a definição de função crescente
(aqui estou usando implicitamente que é estritamente crescente, ou
seja x  y = f(x)  f(y) e que a é diferente de b).

Se for outra coisa, avise!
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Tue, 22 Mar 2005 23:09:44 -0300, Diogo [EMAIL PROTECTED] wrote:
  
 Pessoal, se puderem me ajudar nesse eu agradeço: 
   
 Sendo f:[a,b]--R uma função crescente, mostre que, nesse caso, a recíproca
 do teorema do valor intermediario é válida. 
   
 Obrigado

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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Análise

2005-03-23 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Neste caso, como f é crescente, só pode ter descontinuidades de
primeira espécie (saltos). Mas neste caso, a hipótese dada (ou seja,
para todo d em [f(a), f(b)] existe c em [a, b] tal que f(c) = d
implica que não pode haver saltos (pois neste caso, ao cara do meio
do salto não corresponderia c algum, já que f é crescente). Daí f é
contínua pois não possui saltos nem outras descontinuidades mais
complicadas.

Uma observação legal é que pode-se ter funções que sejam descontínuas
mas que tenham a Propriedade do Valor Intermediário(PVI). Os
melhores exemplos que eu conheço são dados pelo teorema que diz que a
derivada de qualquer função tem a PVI; tome agora a função f(x) = x^2
* sen(1/x), cuja derivada é 2x*sen(1/x) - cos(1/x) para x != 0 e f'(0)
= 0. Ela tem a PVI, mas não é contínua no zero.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Wed, 23 Mar 2005 09:00:44 -0300, claudio.buffara
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Acho que o que ele quer que se prove é: 
   
 Se f:[a,b] - R é crescente e se, além disso, para cada d em [f(a),f(b)]
 existir c em [a,b] tal que f(c) = d, então f é contínua em [a,b]. 
   
 []s, 
 Claudio. 
   
  
  De: [EMAIL PROTECTED] 
  
  Para: obm-l@mat.puc-rio.br 
  
  Cópia: 
  
  Data: Wed, 23 Mar 2005 08:01:53 -0300 
  
  Assunto: Re: [obm-l] Análise 
  O que é exatamente a recíproca do TVI? Se for algo do tipo 
  
  Para todo a  c  b no domínio de f, existe x na imagem de f tal que 
  f(a)  x  f(b) e x = f(c), é apenas a definição de função crescente 
  (aqui estou usando implicitamente que é estritamente crescente, ou 
  seja x  y = f(x)  f(y) e que a é diferente de b). 
  
  Se for outra coisa, avise! 
  -- 
  Bernardo Freitas Paulo da Costa 
  
  
  
  On Tue, 22 Mar 2005 23:09:44 -0300, Diogo wrote: 
   
   Pessoal, se puderem me ajudar nesse eu agradeço: 
   
   Sendo f:[a,b]--R uma função crescente, mostre que, nesse caso, a
 recíproca 
   do teorema do valor intermediario é válida. 
   
   Obrigado 
  


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Re: [obm-l] Duvidas

2005-03-30 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Acho que é só ver que 99 = 100 - 1 = (100a - 1). Eleve ao
quadrado, os termos serão 1a^2 - 2*100a + 1. Ora, 1 e 100 são
divisíveis por 50, logo o resto é 1. Isso é sem congruências, mas
tem que saber que os restos somam, que nem congruências... Mais uma
vez a velha questão de utilizar ou não uma ferramenta: acho que sim
(eu só vi esta solução porque sei congruências!)

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Wed, 30 Mar 2005 07:39:00 -0300, matduvidas48
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 
 
 
 Qual é resto da divisão de  (99)^2 por 50 ? como resolveria esta
 questão sem usar congruencias?
 
  
 
  
 
 Agradeço desde de já.
 
  
 
  
 
 Ary Queiroz

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Re: [obm-l] Teo. Riez

2005-03-30 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, eu não sei se é algo que você vá gostar, mas tem o livro (na
verdade são vários, mas para você é o primeiro) Methods of Modern
Mathematical Physics, Reed  Simon, que explica bastante bem Análise
Funcional, e acho que ele prova o Teorema de Riesz, que na sua forma
geral é:
Se f(x) é um funcional linear, então f(x) = x, a para algum a e ,
é um produto interno, que por definição é uma forma bilinear simétrica
positiva definida (aqui não dá para falar de matriz, já que pode ter
base infinita!). E daí, para ter o que você quer, acho que basta fazer
uma demonstração de mudança de base.

Abraços
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Wed, 30 Mar 2005 14:34:22 -0300 (ART), Bruno Lima
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Sendo A uma matriz nxn simetrica, positiva definida entao x´Ay   (x´ é x
 transposto ) define um produto interno de x por y . Queria saber se vale a
 volta: dado um produto  ,  interno em R^n existe uma matriz A como acima
 tal que x,y=xAy 
   
 Ou seja caracteriza produto interno em R^n 
   
 Vou dar uma olhada no livro do Elon de Algebra Linear. 
 Um amigo falou pra eu olhar sobre o Teorema de Riez que sob certa condicoes,
 caracteriza operadores lineares , achei num livro de Analise Funcional mas
 viajei um pouco, alguem sabe um bom livro onde encontro esse Teorema 
   
 Valeu, abraco
 
  
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Re: [obm-l] PROBLEMA!

2005-04-01 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Note que os maiores somam 15 e os menores, zero. Assim, você já tem
alguma coisa. Agora, veja quem pode somar 2 e quem pode somar 13... E
depois acho que vale o bom chute.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Apr 1, 2005 12:39 PM, Rafael Alfinito Ferreira [EMAIL PROTECTED] wrote:
 EU TENTEI, TENTEI E ATÉ AGORA NÃO ENTENDI
 
 AÍ VAI:
 
 DADOS 5 NÚMEROS, AS SOMA 2 A 2 SÃO: 0, 2, 4, 4, 6, 8, 9, 11, 13 E 15
 RESPECTIVAMENTE.
 DETERMINE OS NÚMEROS.
 
 DESDE JÁ AGRADEÇO.
 
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Re: [obm-l] soma de termos

2005-04-04 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Isto tem uma resposta muito legal com números binomiais:

Repare que m^2 = m(m-1) +m = 2*C(m, 2) + C(m, 1) (este C(a, b) é o
número de combinações de a, escolhendo b, que é equivalente a
a!

b! (a-b)!

Ora, o que você quer é somar tudo, de m=1 até n.
Mas então temos SOMA 2*C(m, 2) + C(m,1) = 2*C(n+1, 3) + C(n, 2) (pelo
teorema de soma de colunas! - Demonstre que SOMA C(m,k) = C(n+1, k+1)
usando a propriedade de que C(a, b) + C(a, b+1) = C(a+1, b+1) ). Agora
é só expandir.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Apr 4, 2005 1:07 PM, Brunno [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Boa tarde pessoal da lista
 dentro de uma exercício, cheguei a soma de 
 soma de = 1^2 + 2^2 + 3^2 ...n^2
 e vi que tinha uma formula especifica
 n^3/3 + n^2/2 +n/6
 mas como se chega a esta formula???
 Um abraco

=
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Re: [obm-l] soma de termos

2005-04-06 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, Brunno. Eu estava respondendo ontem quando acabou a luz, e aí
acabei perdendo a linha. Acho que agora estará tudo certo:

Primeiro, como você falou, está errado no local da soma, mas é C(n+1,
1+1), pois esta é a soma do último.

Agora, vamos para a demonstração da lei das colunas (por indução,
apesar de o Cláudio ter falado mal dela!)
Teorema: SOMA {desde m=1até m=n} C(m, k) = C(n+1, k+1)
Caso Base: n=1 (podia ser n=0)
Temos duas possibilidades: k = 1 e k  1
Se k = 1, esta igualdade é 1 = C(1, 1) = C(1+1, 1+1) = C(2, 2) = 1, OK!
Se k  1, é 0 = C(1, k) = C(2, k+1) = 0 pois (k+1)  2

Agora, só falta o passo de indução:
SOMA {desde m=1até m=(n+1)} C(m, k) = SOMA {desde m=1até m=n} C(m, k)
+ C(n+1, k), separando o último termo da soma,
= C(n+1, k+1) + C(n+1, k) pela hipótese de indução
= C( (n+1) + 1, k + 1), pela fórmula C(a, b+1) + C(a, b) = C(a+1, b+1)
(Demonstre ela: é só expandir!)

Eu acho que vale também para k negativo ou zero, mas isso eu deixo
para você pensar (ah, e também tem o velho problema de definir quanto
vale C(n, -32), mas isso é zero, eu acho) Para k=0, o teorema na
verdade é uma coisa bem trivial!

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

On Apr 4, 2005 5:01 PM, Brunno [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Unico engano é nessa passagem
 Mas então temos SOMA 2*C(m, 2) + C(m,1) = 2*C(n+1, 3) + C(n, 2) (pelo
 C(n, 2)
 deveria ser C(n+1,2+1)
 muito obrigado pela forca
 se puder me ajuda com a demonstracao da soma de colunas
 Um abraco
 Do amigo brunno
 
 
 - Original Message -
 From: Bernardo Freitas Paulo da Costa [EMAIL PROTECTED]
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Sent: Monday, April 04, 2005 1:38 PM
 Subject: Re: [obm-l] soma de termos
 
 Isto tem uma resposta muito legal com números binomiais:
 
 Repare que m^2 = m(m-1) +m = 2*C(m, 2) + C(m, 1) (este C(a, b) é o
 número de combinações de a, escolhendo b, que é equivalente a
 a!
 
 b! (a-b)!
 
 Ora, o que você quer é somar tudo, de m=1 até n.
 Mas então temos SOMA 2*C(m, 2) + C(m,1) = 2*C(n+1, 3) + C(n, 2) (pelo
 teorema de soma de colunas! - Demonstre que SOMA C(m,k) = C(n+1, k+1)
 usando a propriedade de que C(a, b) + C(a, b+1) = C(a+1, b+1) ). Agora
 é só expandir.
 
 Abraços,
 --
 Bernardo Freitas Paulo da Costa
 
 On Apr 4, 2005 1:07 PM, Brunno [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Boa tarde pessoal da lista
  dentro de uma exercício, cheguei a soma de
  soma de = 1^2 + 2^2 + 3^2 ...n^2
  e vi que tinha uma formula especifica
  n^3/3 + n^2/2 +n/6
  mas como se chega a esta formula???
  Um abraco
 
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] cálculo no R^n

2005-04-08 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Eu acho que esta f é uma contração fraca, ou seja, ||f(x) - f(y)|| 
||x-y||. Acho que não existe uma k em [0, 1) tal que valha a
desigualdade das contrações, justamente porque a f vai ficando cada
vez mais linear quando x,x fica perto de 1...
(Bom, acabei de ver: use y=0 e x = u(1-eps) onde u é um unitário e
eps-0. Isso nos dá uma desigualdade acima com 1-eps  k  1, para
todo eps... então não dá para ser uma contração forte - aquela que tem
um k  1 - mas acho que ainda assim o argumento só usa contração
fraca)

Té mais,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Apr 8, 2005 1:43 AM, Ronaldo Luiz Alonso
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Meu caro Ronaldo,
 acho que seu argumento que f é uma contração na bola
 B(0,1) não está correta, pois não por enquanto não
 temos uma constante 0 = k  1 tal que ||f(x) - f(y)||
 = k.||x - y||. Apesar de mesmo aceitando esse
 hipótese, também não fiquei convensido que ela
 injetiva e não adimite inversa diferenciável!!
 Sem mais.
 
Acho que você como matemático está certo em
 julgamento.   De fato, matemáticos querem
 sempre coisas  precisas.  A intuição ajuda muito
 mas não convence  :)
 
 Deixa-me tentar novamente:
Acredito que a constante k pode ser obtida pela
 desigualdade triangular.
 ||f(x) + (- f(y))|| = ||f(x)|| + ||-f(y)||  = ||x,xx|| +
 ||y,yy|| = ||x||^2.||x|| + ||y||^2.||y|| = ||x||^3 + ||y||^3
 
 como ||x||1 e ||y||  1, então ||x||^3+||y||^3  ||x||+||y||
 ||x|| - ||y|| (pois a norma é sempre positiva).
 então qualquer 0 = k  1 satisfaz a desigualdade.
 
Está certo?
 
 Falta tempo para eu examinar melhor as
 idéias (e talvez também competência minha,
 para firmá-las).
 []s e saudações.
 
 
 --- Ronaldo Luiz Alonso
 [EMAIL PROTECTED] wrote:
  -
  2) Seja f: R^n -- R^n dada por f(x) = x,x.x.
  Mostre que f é de classe C infinito e que leva a
  bola unitária B(0;1) sobre si mesma injetivamente.
  Mostre que, entretanto, a aplicação inversa não é
  diferenciável na origem.
 
  Neste caso se x \in B(0;1) então x,x = ||x|| e
  0||x||  1.   Logo a aplicação é uma contração de
  x.
   A contração é diferenciável e de classe
  C^{\infty}.
  É mais ou menos intuitivo que neste caso a apliação
  seja
  injetiva.  Por exemplo: Vetores próximos da
  fronteira
  tem norma 1 e portanto serão pouco contraídos.
  Assim a demonstração de injetividade usa esse
  fato,
  isto é, se tomarmos um ponto x próximo próximo da
  fronteira, podemos sempre escolher um f^{-1}(x) tal
  que f composto com f^{-1}(x) = x e vice versa.
 Como ||x|| é sempre   menor que 1
  esses pontos tem que ser diferentes.
 Para entender por que a aplicação não é
  diferenciável
  na origem basta notar que quanto mais perto o vetor
  estiver da origem mais contraído será na aplicação
  direta.
(reciprocamente na aplicação inversa mais
  expandido
  será).   A origem é uma espécie de buraco
  negro ao contrário logo não pode ter derivada
  lá. Argumentos do teorema de função implícita podem
  ajudar.
   Novamente sem rigor... apenas com idéias.
 
  []s Ronaldo L. Alonso
 
 
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Re: [obm-l] 1^2 + 2^2 + ... + n^2()Caso Geral

2005-04-11 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, acho que tem algo a ver com os números de Bernoulli (que não têm
fórmula fechada, mas quem disse que cos(x) é uma fórmula fechada??
(Isso foi para provocar...)

O truque é que estes números relacionam-se com a expansão de n^k em
somas de binomiais da forma n^k = SOMA {em j} C(n, j) * B(k, j) (ou
algo parecido, pode ter um k-j em vez de j). Daí, como eu falei numa
mensagem anterior, é só usar a soma das colunas.

Maiores detalhes, você pode encontrar no Concrete Mathematics,
R.L.Graham, D.E.Knuth, O.Patashnik.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On Apr 9, 2005 11:21 AM, Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
[EMAIL PROTECTED] wrote:
 Existe alguma especie de formula fechada para o caso
 geral? Ou seja, calcular as k-esimas potencias dos n
 primeiros naturais, em funcao de n e k.
 
 --- Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
 wrote:
  On Tue, Apr 05, 2005 at 02:02:34PM -0300,
  claudio.buffara wrote:
   Ontem alguém perguntou aqui na lista como se
  demonstrava a fórmula da soma
   dos quadrados dos primeiros n inteiros positivos.
 
  Oi Claudio, achei bem legal a sua demonstração.
 
  Na verdade este assunto já foi discutido várias
  vezes nesta lista
  e pode valer a pena dar uma olhada nos arquivos.
 
  Seja f(n) = 1^2 + 2^2 + ... + n^2. Podemos definir f
  também como
  a única função de Z em Z que satisfaz f(0) = 0, f(n)
  = f(n-1) + n^2.
 
  É fácil ver que f é um polinômio de grau 3. De fato,
  considere a
  seguinte transformação linear: T(a,b,c) = (d,e,f)
  se, sendo
  g(n) = an^3 + bn^2 + cn, tivermos g(n) - g(n-1) =
  dn^2 + en + f.
  A transformação linear T é bem definida pois os
  termos de grau 3
  se cancelam; T também é injetora, pois g(n) - g(n-1)
  = 0 para todo n
  implica que g é constante logo, como não há termos
  constante em g,
  temos g = 0. Assim T é inversível. Note que o mesmo
  raciocínio
  demonstra que se h é um polinômio de grau k e se g
  satisfaz
  g(n) = g(n-1) + h(n) então g é polinômio de grau
  k+1.
 
  Agora escrevendo f(n) = an^3 + bn^2 + cn + d, f(0) =
  0, f(1) = 1,
  f(2) = 5, f(3) = 14 temos um sisteminha 3x3:
a +  b +  c =  1
   8a + 4b + 2c =  5
  27a + 9b + 3c = 14
  e podemos facilmente achar a, b e c.
 
  Mas acho mais elegante neste caso ver quais são as
  raízes de f.
  Claramente temos f(0) = f(-1) = 0. Note que f(-2) =
  - (-1)^2 = -f(1),
  f(-3) = - (-1)^2 - (-2)^2 = -f(2), ...,
  f(-1-n) = - (-1)^2 - (-2)^2 - ... - (-n)^2 = -f(n).
  Temos assim f(-1-n) = -f(n) donde f(-1/2) = 0, a
  terceira raiz.
  Assim f(n) = cn(n+1)(2n+1). Uma substituição obteria
  o valor de c,
  mas prefiro fazer f(n) ~= int_0^n t^2 dt = 1/3 n^3
  donde c = 1/6.
 
  []s, N.
 
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Re: [obm-l] Corpos Redondos(EN)(André!)

2005-04-29 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, acho que para entender que a f'ormula 'e v'alida, voc^e tem que
saber c'alculo (pelo menos eu n~ao conhe'co outra demonstra'c~ao). Se
for este o caso, 'e razoavelmente simples ('e uma quest~ao de escrever
o volume como uma integral dos diversos cilindros furados e tentar
fatorar da'i uma coisa que seja a 'area hachurada. Bom, depois disso,
voc^e olha o que sobrou: vai ser justamente o C.G. da figura. Um jeito
mais ou menos simples que eu sei envolve apenas escrever uma integral
dupla e trocar a ordem de integra'c~ao.

Bom, uma vez aceitada a f'ormula, o que voc^e tem que fazer 'e
calcular a 'area (que 'e f'acil, pois 'e um tri^angulo). Repare que
utilizamos apenas UM tri^angulo, pois o outro ser'a preenchido quando
tivermos rodado 180 graus. Para calcular o |x|, como 'e um tri^angulo
is'osceles, isto 'e 2/3 do comprimento da altura, (pois esta 'e
tamb'em mediana!) mais a dist^ancia r/2 (pois voc^e calcula o raio de
giro para o C.G. em rela'c~ao ao eixo, que est'a no centro da figura

On 4/29/05, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Em um e-mail de 28/4/2005 13:45:36 Hora oficial do Brasil,
 [EMAIL PROTECTED] escreveu:
  
  
 Oi amigos!!! Bem se não me engano essa figura espacial forma uma
 anticlepsidra se não me engano o nome é esse... e pelo principio de
 cavalliere da para provar que tem o mesmo volume que a esfera certo??? não
 lembro muito bem... depois eu dou uma olhada e passo com mais calma ou até
 mesmo vcs dêm uma olhadinha nela... 
  
  Fuiii!

  Atenciosamente,

  André Sento Sé Barreto
  
  
 ===
  
  Cara, uma amiga fez essa questão lá na sala de uma forma mto loca, só que
 eu cheguei em casa e não consegui fazer.
  
  Ela rotacionou(eu não entendi porque) e usou aquela fóruma do 
  V= 2pi |x| A
  
  sendo
  |x|= diastancia do eixo ao centro de gravidade
  A= Área
  
  Só que não estou achando o |X| e nem entendendo se a fórmula é válida
  
  eu tendei desenhar para você e os outros da lista verem, se alguem quiser
 discutir ou me ajudar.
  
  Abços
  Junior 
 


-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] Axioma da união

2005-06-16 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
On 6/16/05, Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED] wrote:
 On Wed, Jun 15, 2005 at 08:32:42PM -0300, luis bustamante wrote:
  Na teoria dos conjunto, o axioma da unio pode ser deduzido a partir dos
  outros?  Vocs j viram isso em algum lugar?
  Um colega me falou assim por cima...eu no entendi nada.
 
 O axioma da unio  um dos axiomas usuais de ZFC e  necessrio sim,
 ou seja, no  consequencia dos outros.
 
 O axioma da unio diz que dado X existe W tal que para todo z,
 z pertence a W
 se e somente se
 existe y tal que z pertence a y e y pertence a z.
Aqui nao seria 
dado X existe W tal que para todo z,
z pertence a W se e somente se
existe y tal que z pertence a y que pertence a _X_?

Esse conjunto W  chamado de Uniao de X, n~ao?
vale a pena notar que X tem que ser um conjunto de conjuntos, e W 
a uniao de todos os conjuntos contidos em X.
Ou seja, para fazer A U B, voc primeiro faz C = {A, B} (acho que pelo
axioma do par este C existe ...) e ent~ao voc _define_ A U B como o
conjunto dado pelo axioma da uniao aplicado em C.

Ate mais,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


 
 Os axiomas esto expostos um por um e explicados nas primeiras
 pginas de Set Theory, de Thomas Jech.
 
 []s, N.
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Re: [obm-l] numeros binomiais, conjectura

2005-06-18 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Eu acho que um jeito legal de demonstrar que vale a igualdade dos
complexos depois de demonstrar a dos naturais  usar que os numeros
binomiais podem ser encarados como polinmios de grau bem definido:
C(x,p) = x*(x-1)* ... * (x-p+1) / p!  um polinmio de grau p.
Bom, dai voc olha a sua express~ao, de cada um dos lados, como
polinmios em z1, z2, ... zn (os seus A1, A2, ..., An) e do outro como
um polinmio em soma(z_i), o que n ~ao deixa de ser um polinmio em
z_i. Voc conclui que eles s~ao iguais numa infinidade de pontos
(todos os naturais!!!) e dai, como bons polinmios de graus bem
definidos (para lembrar: n), eles tem que ser iguais!

Abraos,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] derivada

2005-06-24 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, uma vez que você não sabe derivar x^x (o que é normal...) você
tenta botar isso de uma forma mais apresentavel. Bom, a primeira idéia
que me vem à cabeça é o log ( que simplifica isso num produto, deve
ser legal para fazer) :
ln(f(x)) = ln(x^x) = xln(x).
Bom, chame g(x) = ln( f(x) ).
Veja que chegamos a uma função que sabemos derivar: sua derivada (pela
regra do produto) vale ln(x) + 1.
Agora, faça a regra da cadeia para g(x):
g'(x) = ln ' ( f(x) )* f ' (x).
Bom, queremos calcular f ' (x), certo? Basta inverter ln ' ( f(x) ),
que é 1 / ( f(x) ), e multiplicar por g'(x). Isso vai dar (ln(x) + 1)
f(x) = x^x + x^x * ln(x).
Pronto!

Ah, e tem outro jeito de fazer ( mais macetoso a meu ver, mas eu acho
melhor, uma vez que você sabe ) :
x^x = exp( x* ln(x) ) (lembre que essa é a _definição_ de x^y := exp(
y * ln(x) ), para coincidirem os logs...)
Dai, você usa a regra da cadeia em exp( x* ln(x) ): isso da :
( Derivada de x * ln(x) ) * exp (x * ln(x) ) =repare que chegamos ao
mesmo ponto de antes, temos a derivada de g(x) * f(x) = f '(x)
E ai é so partir pro abraço.

Até mais,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa



On 6/24/05, Biagio Taffarel [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
 alguem pode me ajudar a calcular essa derivada?
 
 Qual a derivada da função f(x) = x ^ x ?
 
 
 
 
 
 []´s
 
 Biagio
 Where you've been is not half as important as where you're going
 Onde você esteve tem menos da metade da importância de onde você vai
 
 www.fotolog.net/thoth
 
 
 
 
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Re: RES: [obm-l] PA e primos

2005-06-24 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Eu acho que ele queria o Teorema dos Numeros Primos (é esse o nome?)
que deve dizer
Se a e r são primos entre si, então a PA de termo inicial a e razão r
contém infinitos numeros primos, e do que eu lembro, este teorema não
é nem um pouco trivial. Mesmo para o caso a  = 1 ele é dificil (se eu
não me engano)

Abraços
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 6/24/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Isto eh falso (supondo-se uma PA em que os termos sao numeros inteiros).
 Considere, por exemplo, a PA dos numeros pares, a_n = 2*n, n=1,2,3..Nao eh
 constante e o unico termo primo eh 2.
 Artur
 
 
 -Mensagem original-
 De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]
 nome de Felipe Takiyama
 Enviada em: sexta-feira, 24 de junho de 2005 14:40
 Para: OBM-lista
 Assunto: [obm-l] PA e primos
 
 
 Como provar que em uma PA não constante existem infinitos números
 primos?(parece
 ser uma demonstração muito simples, embora eu não saiba nem como
 começar...).
 
 Obrigado,
 Felipe
 
 
 
 ___
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 ligações
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Re: RES: [obm-l] Medida

2005-07-06 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, o que o Artur esta falando é que você NAO PODE definir uma funçao
medida para todos os subconjuntos de R (portanto pode esquecer R^n),
pois existe um jeito (utilizando o Axioma da Escolha) de construir um
conjunto que nao pode ter medida zero nem positiva. A idéia principal
é fazer uma decomposiç~ao enumerável de [0, 1] em conjuntos que tem
que ter a mesma medida. Para criar esta decomposiç~ao, você utiliza o
Axioma da Escolha e em seguida você tira um absurdo disto.

Mas acho que, realmente, o seu resultado prova uma coisa bem legal, e
lembra-me de sigma-álgebras completas (ou seja, aquelas para as quais
X tem medida nula = todo Y contido em X está na sigma-álgebra e
também - por estar contido em X, nao poderia ser diferente - tem
medida nula). Assim, como o Artur ou você provaram, A x R^m tem medida
nula. Ora, para todo B contido em R^m, temos A x B contido em A x R^m,
e (do fato que existe uma sigma-álgebra completa que contém os abertos
de R^k para todo k) A x B é mensurável e tem medida zero. Esta
demonstraçao está contida na que você deu (bastando notar que B está
contido em alguma uniao enumerável dos Q_i).

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 7/6/05, Tertuliano [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Oi Artur,
 Consegui fazer algo parecido, embora mais elementar,
 pois nao conheco muita coisa deste assunto: para cada
 ponto do Rn com coordenadas racionais tomei um cubo
 unitario com centro neste ponto. Fixemo s um destes
 cubos, digamos Q_i. Como A tem medida nula, nao eh
 dificil concluir q AxQ_i tb possui medida nula. De
 resto, basta ver q AxRn eh a uniao enumeravel dos
 AxQ_i. Segue q AxRn possui medida nula.
 PS.: nao entendi porque o resultado nao eh valido para
 qq subconjunto de Rn.
 
 Tertuliano
 
 --- Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
 escreveu:
 
  Na realidade, esta demonstracao poderia ser um
  pouquinho mais simples do que
  a que eu dei. Nao era preciso aquela passagem de
  paralelepipedos abertos e
  limitados para conjuntos genericos limitados,
  poderiamos ter invocado
  diretamente a sigma-subaditividade da medida. Antes
  de apresentar a prova,
  uma observacao de um fato sutil que me passou
  desapercebido. O enunciado
  deveria dizer que B eh um conjunto qualquer
  MENSURAVEL de R^n, pois nem todo
  subconjunto R^n eh mensuravel (mesmo com a medida de
  Lebesgue). No caso, B
  teria que pertencer aa sigma-algebra de Borel,
  gerada pelos conjuntos
  abertos de R^n
 
  A prova poderia ser assim:
 
  Suponhamos inicialmente que B=P, sendo P um
  paralelepipedo limitado e aberto
  de R^n de hipervolume
  V (V eh a medida de P). Como A tem medida nula, para
  todo eps0 podemos
  cobri-lo com uma colecao enumeravel {P_k}de
  paralelepipedos abertos e limitados de R^m, cada um
  com hipervolume V_k, tal
  que Soma(k1)V_k  eps/V. Temos
  entao que {P_k X P} eh uma cobertura enumeravel de A
  X P por paralelepipedos
  abertos de R^(m+n). O
  hipervolume total desta colecao eh Soma(k=1)V_k * V
  = V *  Soma(k=1)V_k 
  V * eps/V = eps. Como eps eh
  arbitrario, concluimos que A X P tem medida nula em
  R^(m+n).
 
  O conjunto R^n pode ser dado pela uniao de uma
  colecao enumeravel (nao
  precisa ser disjunta 2 a 2) {Q_k} de paralelepipedos
  abertos de hipervolume
  1. Entao, {A X Q^_k} eh uma cobertura enumeravel
  (nao necessariamente
  disjunta 2 a 2) de A X R^n. Como A tem medida nula e
  cada Q_k eh um
  paralelepipedo aberto e limitado, a conclusao
  anterior nos mostra que cada A
  X Q_k tem medida nula. Invocando-se agora a
  sigma-sub-aditividade da medida,
  concluimos que A X R^n tem medida nula. E valendo
  esta conclusao para o caso
  B = R^n, segue-se que vale automaticamente para
  qualquer subconjunto
  MENSURAVEL B de R^n, pois A X B estah contido em A X
  R^n e subconjuntos
  mensuraveis de conjuntos nulos sao nulos.
 
  A sigma-sub-aditividade da medida eh a propriedade
  segundo a qual se {A_n}
  eh qualquer colecao enumeravel de conjuntos
  mensuraveis e A eh a uniao desta
  colecao, entao u(A) = Soma(n=1) u(A_n),
  entendendo-se esta desigualdade no
  sistema dos reais expandidos. Se a colecao for
  disjunta 2 a 2, ocorre
  igualdade.
 
  Artur
 
 
 
  --- Tertuliano [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
   Oi para todos!
   Alguem pode me ajudar neste?
  
   Seja A em Rn um conjunto de medida nula e B em Rm
  um
   conjunto qualquer. Entao AxB tem medida nula.
  
   Grato,
   Tertuliano
  
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Re: [obm-l] Uma desigualdade legal!

2005-07-10 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Uma sugestão: ordene a, b e c (por simetria você pode fazer isso). Dai
veja que os numeradores e denominadores vão estar ordenados tambem.
Dai, use uma desigualdade que tem a ver com ordem...

Abraços
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 7/10/05, Marcos Martinelli [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Boa tarde pessoal. Precisco de ajuda nessa desigualdade. Lá vai:
 
 Dados a,b,c,x reais positivos provar que:
 
 [a^(x+2)+1]/[a^(x)*b*c+1]+[b^(x+2)+1]/[b^(x)*a*c+1]+[c^(x+2)+1]/[c^(x)*b*a+1]=3.
 
 Tentei resolver através da desigualdade de Jensen, considerando a
 seguinte função
 f(u)=[u^(x+2)+1]/[k*u^(x-1)+1], onde k=a*b*c. Assumindo que a segunda
 derivada dessa função é positiva a desigualdade acima é imediata. Meu
 problema foi demonstrar que essa segunda derivada é sempre positiva
 para qualquer u positivo e x positivo. Tentei derivar implicitamente
 mas as contas crescem muito. Gostaria da ajuda de vocês e, quem sabe,
 até uma outra solução pro problema. Obrigado!
 
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] dúvida conceitual

2005-07-18 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Como você define isomorfo para Espaços Vetoriais?

Se eu n~ao me engano, dois espaços vetoriais de dimens~ao finita s~ao
isomorfos sse
1) Sua dimens~ao é igual
2) O Corpo sobre o qual s~ao construídos é igual (se n~ao nem faz
sentido tentar)

Mais especificamente, existe uma bijeç~ao linear que leva o seu espaço em R^2:
f(a +b, 0, b) = (a, b), que é linear (se você quiser, escreva isso
como f(c, 0, b) = (c-b, b) que é claramente linear)

T+
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 7/19/05, Marcos Paulo [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Domingos Jr. wrote:
 
  Carlos Gomes wrote:
 
  Claro que não, pois os vetores de uma base do R^2 tem duas
  coordenadas enquanto que os vetores do r^3 tem 3 coordenadas!
 
 
 
  Podemos pensar um pouquinho fora da caixa...
  Dois vetores LI no R^3 determinam um (hiper-)plano que é isomorfo ao R^2.
  Acho que esse tipo de resposta é mais informativa do que um 'claro que
  não'.
 
 
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 Os vetores (1,0,0)  e (1, 0, 1) são LI e não geram um hiperplano
 isomorfo ao R²
 
 []'s MP
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Re: [obm-l] equaçao BIquadrada

2005-08-02 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Cara, pra saber se a forma acima esta certa, a gente precisa de unsparentesis 
pra saber quem divide quem nas barras, senao fica dificil!Por exemplo, o lado 
esquerdo tem um monte de opcoes, mas que viram soduas, tendo em conta o 
enunciado (o denominador nao pode ser x^2, enem x, ja que a indicacao de U leva 
a x^2 + 1), mas ainda assim naoda:a^2 + 4/ x^2 + 1 = a^2 + 4/(x^2 + 1) ou (a^2 
+ 4)/(x^2 + 1) ?Pro lado direito e mais dificil ainda, e pra piorar tem um 
sinalestranho de 'mais' logo em seguida de um 'dividido': / + 
Bom, pra resolver (supondo que esta certa a equacao, mas realmente eso fazer o 
mmc dos denominadores), substitua x^2 por uma novavariavel, por exemplo, Y. 
Dai, voce cai numa equacao do segundo grauem Y, resolve e acha duas raizes (em 
funcao de a, claro). Emseguida, voce analisa o sinal delas, aceita apenas a 
positiva (tendoem vista que U esta contido em R) e acha as raizes quadradas pra 
teras duas solucoes.
Espero que tenha ajudado,Abracos,-- Bernardo Freitas Paulo da Costa

On 8/2/05, elton francisco ferreira [EMAIL PROTECTED] wrote: NA RESOLUÇAO DA 
EQUAÇAO NA VARIÁVEL X, PARA U = IR - {-1, 1}:  a^2 + 4/ x^2 + 1 = 4 - a^2/ + 
a^2 + 1 + 4x^4/ x^4 – 1  Eu comecei tirando o mmc, que é todo o denominador 
da equação! Em seguida multipliquei por todos os numeradores de forma 
correta e cheguei a seguinte equação:  -2a^2x^4 + 2a^2 – 8x^6 – 4x^4 + 4 = 0 
queria saber se estar correto da forma acima, e se estiver, como faço pra 
desenvolver o restante da equação?   
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[obm-l] Re: Espaço Vetorial

2005-08-04 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, voce tem que usar o Axioma da Escolha, na forma do Lema de Zorn,
pra mostrar que um subconjunto independente maximal existe e 'e a base
do seu espaco (pois se nao fosse base, nao seria maximal, bastando
juntar um vetor LI...). A parte dificil 'e voce usar Zorn: Considere
os subconjuntos LI do seu espaco vetorial, ordenados por inclusao. A
reuniao de quaisquer subconjuntos LI que estejam contidos uns nos
outros (A1 c A2 c A3 c ... - pode ser nao enumeravel, mas so pra dar
uma ideia) tambem 'e LI (prove isso) e portanto, pelo lema de Zorn,
existe um maximal, que e a sua base.

Falows,

On 8/4/05, Denisson [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Como se prova que todo espaço vetorial possui uma base?
 Obrigado
 -- 
 Denisson
 
 


-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] Subconjunto fechado e denso em R

2005-08-12 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, vamos tentar ver se (seguindo a sua idéia) só existe um único
conjunto fechado e denso em R, que é o próprio R:
Seja A contido em R, fechado e denso. O que quer dizer que A é
fechado? Bom, que fecho(A) = A, certo? Mas e o que quer dizer que A é
denso em R? Ora, que fecho(A) = R. Daí, como você pode ver, temos A =
fecho(A) = R, logo realmente R só tem um subconjunto fechado e denso,
que é ele mesmo. Repare que nessa demonstração não foi usado nada em
particular da topologia de R, ou seja nós provamos que:
Um conjunto não possui subconjuntos próprios fechados e densos

Espero que esteja certo,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 8/12/05, Ana Evans Merryl [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Oi
 
 Algúem poderia dar um exemplo de um subconjunto
 proprio de R que seja fechado e denso em R?
 
 O único exemplo que achei de conjunto fechado e  denso
 em R é o próprio R.
 
 Obrigada
 Ana
 
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Re: RES: [obm-l] conjunto de irracionais fechado com relacao aa soma

2005-08-12 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, esta é uma propriedade legal das séries X^(-k!). Uma idéia é
que estes números são muito bem aproximados por racionais, e que
portanto não podem ser algébricos (eu acho que eu sei provar que eles
não são racionais, mas a parte dos algébricos eu não lembro direito).
Veja que o truncamento desta série é um racional, calcule a diferença
(use que a(k) é limitada para isso) e veja que ela é muito menor do
que o maior denominador (estime a potência p tal que | irr -
truncamento_em_n | = (X^(-n!))^p)

Eu acho que é por aí.
Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 8/12/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Nesta solucao, a base apontada pelo Daniel eh o que se chama de base de
 Hamel?
 Nenhuma base de R sobre Q popde ser enumeravel, certo?
 
 Sobre este assunto, especificamente sobre a questao levantada pelo Nicolau,
 no sentido de efetivamente construirmos o conjunto, eu encontrei na internet
 uma solucao proposta por um matematico americano, que nao sei dizer dizer se
 eh correta:
 
 
 Sendo S a colecao de todas as sequencias limitadas de R, entao, segundo o
 matematico, o conjunto A = {Soma(k=1 a oo) a(k)/(2^(k!) | sequencia {a(k)}
 pertence a S} satisfaz ao desejado. Eh facil ver que A nao eh enumeravel  e
 que eh fechado com relacao aa soma. O matematico afirma que o Liouville's
 Approximation Theorem , Teorema da Aproximação de Liouvile,  implica que os
 elementos de A sejam transcendentes, logo irracionais (nao foi apresentada
 prova desta afirmacao). Se o matematico estiver certo, entao temos de fato
 um conjunto construido explicitamente sem recorrer ao axioma da escolha.
 
 Artur
 
 
 
 
 
 
 
 -Mensagem original-
 De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]
 nome de Nicolau C. Saldanha
 Enviada em: sexta-feira, 12 de agosto de 2005 09:22
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Assunto: Re: [obm-l] conjunto de irracionais fechado com relacao aa soma
 
 
 On Thu, Aug 11, 2005 at 09:28:31PM -0300, [EMAIL PROTECTED] wrote:
   ''Encontre um conjunto de irracionais que nao seja enumeravel e seja
 fechado
   ''com relacao aa soma
 
  Observe que se V é um espaço vetorial de dimensão enumerável sobre Q
  (racionais), então V é isomorfo ao espaço dos polinômios em uma variável
  sobre Q, e,
  portanto, V é enumerável. Em particular, a dimensão de R (reais) sobre Q
  é não-enumerável.
 
  Seja B* uma base de R sobre Q contendo o 1, e seja B = B*\{1}.
 
 Esta solução (correta) usa o axioma da escolha para obter a base e portanto
 o conjunto obtido no final não é dado explicitamente.
 
 Uma pergunta que eu nao sei reponder:
 
 É possível responder a pergunta original com a interpretação de que
 encontre significa construa ou descreva explicitamente
 (sem usar o axioma da escolha)?
 
 []s, N.
 
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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Re: RES: [obm-l] Subconjunto fechado e denso em R

2005-08-13 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
O fecho de Q é R, pelo menos na topologia usual. E o de (R - Q) também.
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 8/13/05, fabiodjalma [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Qual o fecho de Q?
 
 
 Em (17:33:44), obm-l@mat.puc-rio.br escreveu:
 
 
 Na realidade, voce provou que, em todo espaco topologico X, o unico
 subconjunto fechado e denso eh o proprio X.
 Artur
 

=
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] solução natural

2005-08-13 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, você pode fatorar isto, em dois passos, agrupando o primeiro e
terceiro, depois o segundo e o quarto:
1/x ( 1/x^2 + 1/y^2 ) + 1/y ( 1/x^2 + 1/y^2 ) = (1/x + 1/y)(1/x^2 + 1/y^2)

Agora, se x = 2 e y = 2, temos 1/x + 1/y = 2/2 = 1 e 1/x^2 + 1/y^2
= 2/4 logo o produto é inferior a 1/2.
Se, por outro lado, x = 1 ou y = 1, temos que 1/x ou  1/y = 1 e 1/x^2
ou 1/y^2 = 1. Como temos 1/x  0, 1/y  0, 1/x^2  0 e 1/y^2  0,
teremos, neste caso:
1/x + 1/y  1 + 0 = 1
1/x^2 + 1/y^2  1 + 0 = 1,
logo o produto é estritamente superior a 1. Logo não há soluções naturais.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 8/13/05, Júnior [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Prove que a equação 1/x^3 + 1/(x^2)y +  1/xy^2  + 1/y^3 =1 não possui
 solução natural. 


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Re: RES: [obm-l] conjunto de irracionais fechado com relacao aa soma

2005-08-14 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Cuidado, o expoente do 2 é fatorial de k, não apenas k. Uma busca
no Mathworld mostra um monte de coisas legais sobre Liouville
Numbers e Liouville Approximation Theorem. Se você usar o Google,
até acha demonstrações destes enunciados, mas é bem legal provar que

Se \alpha é um irracional algébrico de grau n (ou seja, existe um
polinômio de grau n, com coeficientes inteiros, tal que \alpha é raiz
deste polinômio), dá pra mostrar que, para todo p, q inteiros, q != 0,
temos:
|\alpha - p/q|  1/(q^n).

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 8/14/05, Angelo Barone Netto [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Caro Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]:
 
 A sequencia a_k=1 e constante e portanto limitada, contudo a soma da serie de
 termo geral a_k/2^k e racional.
 
 
 
 Angelo Barone Netto [EMAIL PROTECTED]
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Re: [obm-l] convergencia da sequencia das derivadas

2005-08-18 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Você não tem nem um zero onde você possa calcular fácil o f(u) limite não?
E quanto ao teorema de Lebesgue, ele é realmente muito mais forte, mas
repare que ele dá conclusões \mu-qtp, em vez de R; além disso, esse é
um resultado clássico em Teoria da Integração à Riemman (que você pode
achar - e eu concordo - ultrapassada em muito em utilidade pela de
Lebesgue) que ainda assim tem um pouco de aplicação.

Fiquei curioso: você pode dar detalhes desta suas g_n?

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 8/18/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 No meu caso, eu tenho um a sequencia de derivadas que
 converge uniformente para uma funcao g. Mas nao
 consegui provar que existe um ponto u no qual a
 sequencia das primitivas converge. Eh por isso que eu
 estava querendo descobrir, se possivel, alguma outra
 condicao que me garantissse a convergencia da
 sequencia das primitivas. Mas nao achei.
 
 No caso de sequencias de funcoes dadas por integrais,
 eh algumas vezes mais facil provar convergencia usando
 o Teorema da Convergencia Dominada, de Lerbesgue.
 
 Artur
 
 --- Bernardo Freitas Paulo da Costa
 [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
  Bom, apesar de o Cláudio ter muito bem explicado
  porque precisa da hipótese
  de convergência de f_n(u) para algum u, existe ainda
  um pouco de utilidade
  para este teorema, uma vez que ele normalmente é
  usado para provar
  convergência de funções definidas por integrais, que
  então tem todas um
  ponto comum (por exemplo, valem zero no ponto
  inicial no caso de funções
  \int_a^x g_n(t) dt)
 
  Tentando fazer uma demostração, o importante da
  convergência em um ponto da
  série f_n(u) é poder usar justamente uma idéia de
  trocar derivada com
  integral, usando que você tem um ponto (este u
  especial) onde as séries
  coincidem no infinito (ou seja, para n
  suficientemente grande, | f_n(u) -
  f(u) |  eps/2), e do argumento de convergência das
  derivadas, você pode
  definir uma
  f(u+h) = f(u) + \int_0^h g(u+t) dt
  Daí, você deve achar algo como | f_n(u+h) - f(u+h) |
  = | \int_0^h g_n(u+t)dt
  - \int_0^h g(u+t)dt | + | f_n(u) - f(u) |. Da
  convergência uniforme das g_n,
  você tem a convergência da integral da diferença
  para zero, e portanto você
  (se quiser que f_n(u+h) - f(u+h) ) tem que ter
  também convergência de
  f_n(u) para f(u). Repare que em geral pode ser fácil
  achar um ponto onde
  estas funções coincidem, utilizando alguma
  particularidade das funcões g_n.
 
  Abraços,
  --
  Bernardo Freitas Paulo da Costa
 
 
  On 8/16/05, claudio.buffara
  [EMAIL PROTECTED]  wrote:
  
  *De:* [EMAIL PROTECTED]
 *Para:* OBM-l (E-mail) obm-l@mat.puc-rio.br
 *Cópia:*
  *Data:* Tue, 16 Aug 2005 11:36:41 -0300
 *Assunto:* [obm-l] convergencia da sequencia das
  derivadas
Bom dia a todos
   
Seja f_n uma sequencia de funcoes definidas e
  diferenciaveis em um
   intervalo
I de R. Suponhamos que a sequencia das derivadas
  f'_n convirja
   uniformemente
em I para uma funcao g. Hah um teorema que diz
  que, se a sequencia de
   numero
reais f_n(u) convergir para algum u de I, entao
  f_n converge
   uniformemente
em I para uma funcao f tal que f' = g em I. Esta
  ultima condicao eh
realmente essencial?
Sim. Suponha que f_n: I - R é dada por:
   f_n(x) = x + (-1)^n.
   Cada f_n é diferenciável e (f_n') converge
  uniformemente para a função
   constante e igual a 1. No entanto, (f_n) não
  converge.
   Repare que, qualquer que seja u em I, f_n(u) não
  converge.
Se soubermos que f'_n converge uniformemente em
  I, já
podemos entao fazer alguma inferencia quanto aa
  convergencia das
   primitivas?
Não, conforme o exemplo acima.
 Se adicionarmos a hipotese de as f'_n sao
  continuas, temos entao alguma
conclusao interessante, alem de que g eh
  continua?
   
   Não que eu saiba. É claro que f_n' contínua ==
  f_n' integrável. Mas
   continuamos a precisar da convergência de (f_n(u))
  para algum u.
 Eu acho que hah um teorema que se refere ao
  caso em que as f'_n sao
Lipschitz, mas nao sei qual eh.
   
   Me parece que a condição de (f_n(u)) ser
  convergente para algum u
   permanece necessária.
[]s,
   Claudio.
  
 
 
 
 __
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Re: [obm-l] naturais

2005-08-25 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Cuidado: nada obriga a == b == c (usando a sua notaç~ao para
congruência) módulo 3. Eu acho que (para n~ao ter que fazer as 2^3
contas) dá pra fazer assim:
Se x == 1 (mod 3), x^2 == 1 (mod 3).
Se x == 2 == -1 (mod 3), x^2 == 1 (mod 3).
Daí, se x !== 0 (mod 3) , ou seja, x n~ao é múltiplo de 3, temos x ==
1 ou x == -1, ent~ao x^2 == 1 das duas formas. Daí, a^2 == 1, e o
mesmo vale para b^2 e c^2. Daí, temos 1 + 1 + 1 == 0 e a^2 + b^2 + c^2
== 0.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 8/25/05, Paulo Santa Rita [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Ola Renato e demais
 colegas desta lista ... OBM-L,
 
 ( NAO USAREI ACENTOS )
 
 Voce percebeu bem. Como ser suficientemente geral ? Da forma como voce fez
 ...
 OBS : ==  significa  e congruente a
 
 a = 3N+1, N natural   =   a == 1 (mod 3 )  =   a^2 == 1^2  (mod 3)
 b = 3N+1, N natural   =   b == 1 (mod 3)  =   b^2 == 1^2  (mod 3)
 c = 3N+1, N natural   =   c == 1(mod 3)   =   c^2 == 1^2   (mod 3)
 
 a^2 + b^2 + c^2 == 3(mod3) = a^2+b^2+c^2 e divisivel por 3
 
 Mesmo raciocinio para o caso 3N+2.
 
 Um Abraco
 Paulo Santa Rita
 5,0930,250805
 
 From: Renato G Bettiol [EMAIL PROTECTED]
 Reply-To: obm-l@mat.puc-rio.br
 To: obm obm-l@mat.puc-rio.br
 Subject: [obm-l] naturais
 Date: Thu, 25 Aug 2005 09:13:32 -0300
 
 Bom dia!
 Recentemente me deparei com o seguinte problema, bastante curioso:
 
 Mostre que se a, b e c são números naturais não divisíveis por 3, então
 a^2 + b^2 + c^2 é divisível por 3.
 
 Pensei em equacionar um natural não divisivel por tres como 3n+1 ou 3n+2,
 sendo n natural também.
 Ora, mas como ser abrangente a todos os casos de não divisibilidade por
 três?
 Grande abraço a todos,
 
 Renato
 
 
 _
 Chegou o que faltava: MSN Acesso Grátis. Instale Já!
 http://www.msn.com.br/discador
 
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Re: [obm-l] Derivada convexa

2005-08-25 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Veja que a derivada, mesmo que fosse descontínua, ainda assim
satisfaria a propriedade do valor intermediário. Eu acho que n~ao deve
ser muito difícil concluir a partir disso.

On 8/25/05, Fabio Niski [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Artur Costa Steiner wrote:
  Eu achei este problema, um tanto sutil, interessante:
 
  Mostre que, se f:R--R  for diferenciavel e sua derivada f' satisfizer a
  f'((x+y)/2) = (f'(x) + f'(y))/2 para todos reais x e y, entao f' eh convexa
  em R.
  Artur
 
 Antes te pergunto: Será que dá pra afirmar que f' é continua em todos os
 pontos? Se sim eu conheco a solucao.
 
 
 --
 Niski - http://www.linux.ime.usp.br/~niski
 
 sin^2(X) is odious to me, even thoug Laplace made use of it; shoud it
 be feared that sin^2(x) might become ambiguous, which would perhaps
 never occur ... well then, let us write (sin(x))^2, but not sin^2(X), which
 by analogy should signify sin(sin(x))
 
 Carl Friedrich Gauss
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-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] Probabilidade

2005-08-28 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Só pra perturbar: como você faz um poliedro de 3 faces?? Eu conheço 4
lados (um tetraedro!) mas dos meus tempos de DD, eu n~ao lembro
deste! Bom, ela poderia fazer um lançamento de um dado de 6 faces e
dizer
 1 ou 2 = 1
 3 ou 4 = 2
 5 ou 6 = 3
ou qualquer coisa assim, (outra soluç~ao: mod 3)

Bom, pro seu problema, o D. sabe que um dos dois vai ficar (o que é
normal, já que só um sai, se eu entendi). O dado pode ter dado que D.,
C., ou J. sai, com probabilidade 1/3 para cada um. A professora, ao
responder que C. fica (por exemplo) contempla dois casos: D. foi
sorteado e J. foi sorteado. O simétrico acontece se ela responde que
J. fica. Repare que no caso de D. ter sido sorteado, a professora pode
falar qualquer coisa, o que n~ao muda a probabilidade de ele já ter
sido sorteado antes (repare, o lançamento de dados já aconteceu, a
probabilidade de D. ter saido é a mesma, 1/3, sempre):
P(D. sai | C. vai ficar) =
P(C. vai ficar | D. sai ) *P(D. sai)/P(C. vai ficar) =
 1/2*1/3 / P(C. vai ficar)
Aqui eu suponho que, se D. sai, a professora responde C. vai ficar
ou J. vai ficar com igual probabilidade...
Agora, veja que temos que calcular a probabilidade de a professora
dizer C. vai ficar. Ora, se D. sai, isso é 1/2; se J. sai, isso é 1.
Logo, temos 1/2* 1/3 + 1/3 = 1/6 + 1/3 = 1/2. Assim, temos que P(D.
sai | C. vai ficar) = 1/2 * 1/3 / (1/2) = 1/3, como antes.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 8/28/05, Luiz Viola [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Parece simples...mas não consegui enquadrar o problema...se alguém tiver
 uma luz...agradeço...
 
 Abraço a todos.
 
 
 Uma professora diz a 3 meninos (D. C. e J.) que dois deles ficarão
 depois da aula para ajuda-la a limpar apagadores. Ela disse que vai
 decidir quem pode sair e quem fica na sorte, lançando um dado de 3 lados
 (tipo DD).
 
 D. é esperto e tem uma idéia: Ele percebe que C. e J. certamente vão ter
 que ficar e pergunta à professora dente eles, quem fica. Assim, ele
 pensa, se C. é nomeado, ele disputa com J. quem vai sair e cada um tem
 probabilidade 1/2 de conseguir. Por outro lado, se J. é nomeado, ele
 disputa com a saída com C. também com prob. 1/2.
 
 Assim, apenas perguntando para a professora, D. aumenta suas chances de
 sair de 1/3 para 1/2.
 
 Ele está pensando corretamente?
 
 
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Re: [obm-l] Provar que existem racionais que satisfazem.....

2005-09-01 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, a idéia é por aí mesmo:

a + b  x = a + b  c  x (entre a+b e x existe c racional) = a + b
 c  d  x (entre c e x tem mais um racional ainda, d)

Aí você faz d-c = h1 (outro racional, como diferença de racionais) e
c-(a+b) = h2 (de novo, outro racional). Claro, h1 e h2 sao positivos,
pois dc e c(a+b) por construç~ao. Daí, (a+h1) + (b+h2) = a+b+ h2+ h1
= c + h1 = d  x. Repare que a+h1  a e b+h2b. E acaba aí.

Podia também usar sua idéia direto: a+b  q  x, certo? (com q
racional). Chame q - (a+b) de h, e considere a+h/2 e b+h/2, que
satisfazem as propriedades pedidas.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/1/05, alencar1980 [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Pessoal,
 
 Será que alguém poderia me ajudar com este probleminha:
 
 Sejam a,b e x reais tais que: a+b  x. Prove que existem
 r1 e r2 racionais tais que r1+r2x, ar1 e br2.
 
 O problema me pareceu bem intuitivo usando que entre dois reais diferentes 
 sempre
 existe um racional. Assim, eu sei que existe um racional q tal que a+b  q 
 e sei
 que todo racional pode ser escrito com soma de dois outros racionais.
 
 Mas não consegui concluir o exercício...
 
 Se alguém puder ajudar, muito obrigado.
 
 
 
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Re: [obm-l] dertivada como limite de uma seq. de funcoes continuas

2005-09-02 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, vou tentar dar uma soluç~ao para este problema. Se você tem (a,
+oo) ou (-oo, a), está bom, certo? Agora, você quer algo que seja
suficiente em (a, b). Se você realmente se permite (a, b) aberto, com
a e b finitos, eu acho que você faz assim:

Estou supondo b-a  2, mas tudo pode ser escalado suficientemente
(p.ex., começando mais longe no n)

Primeiro, pra cada n, trunque f nos pontos a+1/n e b-1/n, e
prolongue linearmente até a e b, seguindo a inclinaç~ao que você
quiser, gerando f_n.
Daí, defina g_n(x) = 3n( f_n(x+1/3n) - f(x) ) (o limite fundamental
com 1/3n). Repare que g_n( (a+1/3n)+ ) está definido, como limite de
constantes, assim como para g_n( (b-2/3n)- ). Finalmente, prolongue
constantemente a funç~ao no resto do intervalo (a, a+1/3n) e (b-2/3n,
b). Repare que g_n é contínua, e que, para todo x pertencente a (a, b)
temos que, em algum momento (= para n suficientemente grande), n~ao
teremos truncado em volta da bola de raio 1/3n em volta de x, o que
diz que, a partir daí, SE A DERIVADA EM x EXISTIR, g_n(x) - f'(x).
(na verdade, basta lateral à direita, que é o que estamos calculando)

Acho que é isso.
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/2/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Eu estou tentando demonstrar a seguinte afirmacao, mas encontrei dificuldade
 em alguns casos particulares.
 Se f eh dervavel em um intervalo aberto I, entao f' eh dada pelo limite de
 uma sequencia de funcoes continuas em I.
 Inicialmente, suponhamos que I seja da forma (a, oo), com a real or -inf.
 Uma abordagem eh definir uma sequencia t_n que convirja para 0 e satisfaca a
 t_n  0 para todo n. Definindo-se agora g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n),
 verificamos que cada g_n eh continua e que g_n = f'. Para intervalos do
 tipo (-oo, a) a abordagem eh similar.
 Um caso um pouco mais sutil sao os intervalos da forma (a,b), com a e b
 reais. Admitindo-se que f tenha limite L em b-, podemos supor que t_n esta
 em (0, b-a)
 para todo e definir g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n) se a  x  b  - t_n e
 g_n(x) = (L - f(b -t_n))/(t_n) se b-t_n = x  b. Cada g_n eh entao continua
 em (a,b) e, como para n suficientemente grande temos x  b - t_n para todo x
 de (a,b), segue-se que g_n = f'. De modo similar, podemos abordar o caso em
 que f apresenta limite em a+.
 Pode entretanto ocorrer o caso em que a e b sejam reais e f nao tenha limite
 nem em a+ e nem em b-. Neste caso, nenhuma das duas abordagens apresentadas
 da certo.
 Me ocorreu uma outra, qual seja, definir agora t_n  1 para todo n com t_n
 = 1 e definir g_n por g_n(x) = (f((t_n)* x) - f(x))/((t_n - 1)*x) para todo
 x0 de (a,b). Se 0 nao estiver em (a,b) esta abordagem da certo, pois as
 g_n sao continuas e a sequencia (g_n) converge para f'. Mas se 0 estiver em
 (a,b) nao funciona para x =0, nem mesmo se admitirmos que f' eh continua em
 x =0. Nao dah para definir f(0) de modo a garantir que as g_n sejam sempre
 continuas em (a,b). Alem disto, de modo geral (g_n(0)) nao converge para
 f'(0).
 Assim, faltou um arremate final, talvez alguem possa dar uma sugestao.
 Uma conclusao interessante deste teorema eh que o conjunto das
 descontinuidades de f' em I eh magro, segundo a classificacao de Baire (eh
 dado por uma uniao enumeravel de conjuntos fechados com interior vazio).
 Logo, o conjunto das continuidades eh denso em (a, b), o que significa que
 derivadas nunca sao muito descontinuas. Mas isto nao siginfica que o
 conjunto das descontinuidades tenha medida nula
 Obrigado
 Artur
 
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Re: [obm-l] dertivada como limite de uma seq. de funcoes continuas

2005-09-02 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Com risco de chegar dobrado, vou tentar mandar de novo (deu um erro
aqui, mas sei la)

Bom, vou tentar dar uma soluç~ao para este problema. Se você tem (a,
+oo) ou (-oo, a), está bom, certo? Agora, você quer algo que seja
suficiente em (a, b). Se você realmente se permite (a, b) aberto, com
a e b finitos, eu acho que você faz assim:

Estou supondo b-a  2, mas tudo pode ser escalado suficientemente
(p.ex., começando mais longe no n)

Primeiro, pra cada n, trunque f nos pontos a+1/n e b-1/n, e
prolongue linearmente até a e b, seguindo a inclinaç~ao que você
quiser, gerando f_n.
Daí, defina g_n(x) = 3n( f_n(x+1/3n) - f(x) ) (o limite fundamental
com 1/3n). Repare que g_n( (a+1/3n)+ ) está definido, como limite de
constantes, assim como para g_n( (b-2/3n)- ). Finalmente, prolongue
constantemente a funç~ao no resto do intervalo (a, a+1/3n) e (b-2/3n,
b). Repare que g_n é contínua, e que, para todo x pertencente a (a, b)
temos que, em algum momento (= para n suficientemente grande), n~ao
teremos truncado em volta da bola de raio 1/3n em volta de x, o que
diz que, a partir daí, SE A DERIVADA EM x EXISTIR, g_n(x) - f'(x).
(na verdade, basta lateral à direita, que é o que estamos calculando)

Acho que é isso.
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/2/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Eu estou tentando demonstrar a seguinte afirmacao, mas encontrei dificuldade
 em alguns casos particulares.
 Se f eh dervavel em um intervalo aberto I, entao f' eh dada pelo limite de
 uma sequencia de funcoes continuas em I.
 Inicialmente, suponhamos que I seja da forma (a, oo), com a real or -inf.
 Uma abordagem eh definir uma sequencia t_n que convirja para 0 e satisfaca a
 t_n  0 para todo n. Definindo-se agora g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n),
 verificamos que cada g_n eh continua e que g_n = f'. Para intervalos do
 tipo (-oo, a) a abordagem eh similar.
 Um caso um pouco mais sutil sao os intervalos da forma (a,b), com a e b
 reais. Admitindo-se que f tenha limite L em b-, podemos supor que t_n esta
 em (0, b-a)
 para todo e definir g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n) se a  x  b  - t_n e
 g_n(x) = (L - f(b -t_n))/(t_n) se b-t_n = x  b. Cada g_n eh entao continua
 em (a,b) e, como para n suficientemente grande temos x  b - t_n para todo x
 de (a,b), segue-se que g_n = f'. De modo similar, podemos abordar o caso em
 que f apresenta limite em a+.
 Pode entretanto ocorrer o caso em que a e b sejam reais e f nao tenha limite
 nem em a+ e nem em b-. Neste caso, nenhuma das duas abordagens apresentadas
 da certo.
 Me ocorreu uma outra, qual seja, definir agora t_n  1 para todo n com t_n
 = 1 e definir g_n por g_n(x) = (f((t_n)* x) - f(x))/((t_n - 1)*x) para todo
 x0 de (a,b). Se 0 nao estiver em (a,b) esta abordagem da certo, pois as
 g_n sao continuas e a sequencia (g_n) converge para f'. Mas se 0 estiver em
 (a,b) nao funciona para x =0, nem mesmo se admitirmos que f' eh continua em
 x =0. Nao dah para definir f(0) de modo a garantir que as g_n sejam sempre
 continuas em (a,b). Alem disto, de modo geral (g_n(0)) nao converge para
 f'(0).
 Assim, faltou um arremate final, talvez alguem possa dar uma sugestao.
 Uma conclusao interessante deste teorema eh que o conjunto das
 descontinuidades de f' em I eh magro, segundo a classificacao de Baire (eh
 dado por uma uniao enumeravel de conjuntos fechados com interior vazio).
 Logo, o conjunto das continuidades eh denso em (a, b), o que significa que
 derivadas nunca sao muito descontinuas. Mas isto nao siginfica que o
 conjunto das descontinuidades tenha medida nula
 Obrigado
 Artur
 
 =
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Re: [obm-l] O Problema do jipe

2005-09-03 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Eu acho que está meio difícil... Se você tiver espaço no jipe ra levar
9 vezes o tanque de gasolina na traseira, está resolvido (bom, leve
um pouco mais, que n~ao faz mal)

Se você tiver mais de um jipe, daí você tem que ver quanta gasolina
você precisa ter em cada ponto do trajeto pra ter um jipe que chegue
ao fim do mesmo. Isso quer dizer que você vai usar jipes que n~ao
consomem todo o tanque, mas que param antes disso e transferem o que
sobrou para um outro, que continua. Eu acho que é isso. Uma idéia:

Para ter um que chege ao final, você precisa de um jipe completo a
9x320 km, certo? Ent~ao, você tem que ter (pelo menos) mais um jipe
nesse local, com zero gasolina. Suponha (n~ao sei se é o melhor), que
foi passado meio tanque de combustível de uma pra outra. Assim, temos
dois jipes a 9x320, com meio tanque. Ou seja, você teria que ter dois
jipes completos a 8.5x320 km. E por aí vai (bom, depois você
generalisa, pra fazer as contas)

Fui,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/3/05, Alamir Rodrigues [EMAIL PROTECTED] wrote:
  
 Se trata de um famoso enigma logístico da Segunda Guerra Mundial. Em
 essência, esse problema pede que você cruze o deserto do Saara, com 3200
 quilômetros de extensão, mas o tanque de gasolina do veículo só tem
 capacidade para viajar 320 quilometros. Como atravessar o deserto então?

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[obm-l] Revis~ao final dos mails

2005-09-03 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Oi, Nelly.

Bom, aqui vai uma lista de todos os e-mails que você deve ter
recebido... Todas as soluç~oes tiveram respostas enviadas.


To: Secretaria da OBM   Attachment Prova, Questao 5, fim8:17 pm
To: Secretaria da OBM   Attachment Fwd: Prova, Questao 5, inicio8:14 pm
To: Secretaria da OBM   Attachment Fwd: Prova, Questao 48:13 pm
To: Secretaria da OBM   Attachment Fwd: Prova, Questao 3, meio  8:12 pm
To: Secretaria da OBM   Attachment Prova, Questao 3, fim8:10 pm
To: Secretaria da OBM   Attachment Prova, Questao 3, inicio 8:09 pm
To: Secretaria da OBM   Attachment Fwd: Prova, Questao 28:09 pm
To: Secretaria da OBM   Attachment Fwd: Prova, Questao 18:06 pm
To: Secretaria da OBM   Attachment Prova, Questao 6, fim8:00 pm
To: Secretaria da OBM   Attachment Prova, Questao 6, inicio 7:59 pm


Os arquivos (juntando tudo) s~ao 16, com os seguintes nomes:

Prob1, Folha1.jpg
Prob1, Folha2.jpg
Prob2, Folha1.jpg
Prob3, Folha1.jpg
Prob3, Folha2.jpg
Prob3, Folha3.jpg
Prob3, Folha4.jpg
Prob3, Folha5.jpg
Prob4, Folha1.jpg
Prob5, Folha1.jpg
Prob5, Folha2.jpg
Prob5, Folha3.jpg
Prob6, Folha1.jpg
Prob6, Folha2.jpg
Prob6, Folha3.jpg
Prob6, Folha4.jpg


Folhas por quest~ao:
1: 2 folhas
2: 1 folha
3: 5 folhas
4: 1 folha
5: 3 folhas
6: 4 folhas

Desculpe pela saraivada... E obrigado pela prova, foi muito legal!!!
Matou boas saudades (e deu um pouquito mais)

Beijos,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] Livros da MIR

2005-09-04 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Cara, o site mudou de nome (tinha uma pagina velha que ainda tinha
isso, a unica no Google, e que disse que isso era a Livraria de Fisica
da Usp), agora tem um i a mais: http://www.livifusp.com.br/. Espero
que seja este mesmo.

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/4/05, Fernando Aires [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Marcio,
 
 On 04/09/05, Marcio [EMAIL PROTECTED] wrote:
  No site www.livfusp.com.br você encontra alguns livros da MIR. Já comprei
  com eles e é tranqüilo.
 
Você tem certeza que é esse mesmo o endereço? Tentei sem sucesso
 ontem e hoje...
 
 Beijos,
 
 --
 --
 Fernando Aires
 [EMAIL PROTECTED]
 Em tudo Amar e Servir
 --
 
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Re: [obm-l] problema - fatoracao

2005-09-05 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, eu n~ao fiz as contas, mas acho que pode haver soluçoes com +-1 e
+-2005 também, que s~ao fatoraç~oes aceitáveis de 2005!

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/5/05, Renato Lira [EMAIL PROTECTED] wrote:
 perfeitamente. voce so esqueceu das sequintes possibilidades: 
   
  {(y-x)= -5 e (x-8y)= -401} ou {(y-x)= -401 e (x-8y)= -5} 
   
 essa questao caiu no nivel 3 da 2 fase da OBM.
 
  
  
 On 9/5/05, Adroaldo Munhoz [EMAIL PROTECTED] wrote: 
  Olá,
  Eu recebi o seguinte problema ontem:
  
  a) fatore a expressão x^2-9xy+8y^2
  b) determine todos os pares de inteiros (x,y) tais que 9xy-x^2-8y^2=2005 
  
  a resposta do item a) é (x-y)(x-8y)
  no item b) (y-x)(x-8y)=2005=5*401
  
  é possível dizer que {(y-x)=5 e (x-8y)=401} ou {(y-x)=401 e (x-8y)=5} ?
  
  obrigado,
  
  Aldo
 
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Re: [obm-l] Um bom limite

2005-09-13 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Do que eu entendi, você tem uma funç~ao que, pra (x,y) != (0, 0), é
constante e vale e. Logo, o limite é e, pois para todo epsilon,
qualquer que seja o delta, f(x,y) - e = 0.

Eu acho que deveria ter uma quarta potência em algum lugar, ou alguma
coisa assim (daí fica parecido com um exercício que eu fiz uma vez)

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/13/05, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Também chegou às minhas mãos um limite. Quer se saber se ele o limite existe 
 ou não. Caso exista determiná-lo.
 
 Aí vai:
 
lim  (x^2+y^2)*e^1/(x^2+y^2)
 (x,y)-(0,0)
 
 Um abraço, Geo3d
 
 No iBest, suas horas navegadas valem pontos que podem ser trocados por 
 prêmios. Sem sorteio! Inscreva-se já! www.navegueeganhe.com.br
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Re: [obm-l] desigualdade

2005-09-13 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Isso n~ao prova nada... Você tem que fazer ao contrário! Para provar
que a  b, n~ao adianta mostrar que c  a e c  b, isso n~ao garante
nada: 2  0, 2  1= 0  1 (que é o que a demonstraç~ao fez)

On 9/13/05, Júnior [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Um amigo resolveu de uma forma tao simples...
  Vejam se procede a demonstração:
  
  Mostre que ln 2  (2/5)^(2/5).
  
  log 2 (na base 2) = 1  ln 2  evidente
  1  ln 2  (2/5)^(2/5)
  1  (2/5)^(2/5) 
  5^(2/5)  2^(2/5) . FIM.
  
  Júnior.
  
  
  
 
 
  


-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

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Re: [obm-l] desigualdade

2005-09-14 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
A única parte errada é o absurdo: para x e y números entre 0 e 1 temos
que x^y  x^1, pois basta escrever 0  x  1 = 0  x^z  1 para todo
z POSITIVO e portanto 0  x^(1-y)  1 o que dá exatamente (após
multiplicar por x^y, que é positivo) x  x^y.

Esta é a maior dificuldade deste problema: o (2/5)^(2/5) é mais ou
menos (1/2)^(1/2) ~= 0.707, daí tem que ver com mais cuidado.
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/14/05, Fernando Aires [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Caros,
 
 On 08/09/05, Júnior [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Preciso de ajuda nesse probleminha:
   Sem usar tábua de log ou uma calculadora, mostrar que: ln 2  (2/5)^2/5
 
Você pode provar por absurdo. Assuma que ln 2 = (2/5)^(2/5). Ora,
 ln 2 = (lg 2) / (lg e) = 1 / (lg e).
(lg = log na base 2).
Mas, como e  4, (lg e)  (lg 4) = 1 / (lg 4)  1 / (lg e) = 1/2
  (2/5)^(2/5).
Mas 2/5  1/2, portanto (2/5)  (2/5)^(2/5), o que é absurdo. QED.
 
Tem alguma coisa errada no meu raciocínio?


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Re: [obm-l] NOVA trigonometria?

2005-09-18 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
De um ponto de vista talvez mais pratico (que eu não sei se era o foco
do autor), eu acho que realmente ficaria dificil trabalhar com as
medidas que ele introduziu. Pense na dificuldade de derivar distâncias
e ângulos que foi introduzida com os quadrados, e todos os problemas
que falam de alguma coisa que seja puramente uniforme em medida, que
deixam de o ser nos quadrados. Pense que toda a Algebra Linear vai ter
que mudar algumas coisas, pois não temos mais uma relação Linear entre
as medidas originais e suas imagens (eu acho que em alguns casos é so
entrar com um quadrado, mas não vejo muito como utilizar uma
decomposição SVD, por exemplo).

Talvez a importância que foi dada às manipulações algébricas seja
totalmente falsa: eu não me lembro de meus colegas de turma serem
melhores em polinômios do que em trigonometria; muito menos creio que
um aluno consiga resolver uma equação do quarto grau no ginasio. Ou
seja, acho que apenas introduzimos algumas soluções simples de
calcular por um lado, mas às custas de perder outras. Não sei
exatamente o que predomina. Além disso, o conceito de ângulo
introduzido perde MUITO ao deixar de ser algo intuitivo (o que aparece
na distância também, mas o quadrado da distância é mais facil de ser
engolido) para ser uma razão (que lembra muito o seno) que se
transforma de uma maneira meio estranha.

Depois, o argumento de que uma reta é algo mais simples do que um
circulo é bastante complicado. Eu acho mais facil traçar um circulo
exato do que um segmento de reta exato: basta fixar um ponto e ter
QUALQUER objeto rigido. Para traçar uma reta, precisamos de um objeto
rigido particular: uma régua. Talvez os gregos não fossem tão burros
assim... Em segundo lugar, ao nos limitarmos a uma reta, a
possibilidade de construções são praticamente nulas: não sabemos fazer
pontos médios, alturas, bissetrizes, ... Enquanto isso, o compasso é
capaz de tudo sozinho! (bom, é claro que com uma régua é bem melhor)

So pra terminar, o autor apoia bastante na calculabilidade de certos
problemas. Eu não sei como ele faria pra achar sqrt(7) com precisão!
Não sei nem se a série da raiz quadrada converge mais rapido do que a
do seno ou do cosseno (que eu sei que convergem pra todo x real,
enquanto a da raiz não..., o que me leva a crer que não convergem tão
rapidamente). Quando ele tiver que tirar radicais, isso pode ser tão
ou mais problematico do que calcular senos e cossenos, que são funções
trancendentes mas cujas propriedades são bastante conhecidas.

Assim, acho que a idéia tem seus pontos interessantes (em particular
algumas propriedades de fechamento algébrico, por exemplo) mas acho
que o tom do livro é por demais arrogante, ao propor a DEFINICÃO
CERTA das coisas, como se em matematica jamais houvesse uma verdade.
Laurent Schwartz, ao introduzir as distribuições, que contém, de
varias formas, as definições certas (na minha opinião, e na de
varias outras pessoas) para diversas operações matematicas, apenas diz
que essas definições se prestam para tais e tais calculos que os
fisicos faziam, mas ainda estavam sem uma formalização. Isso é uma
caracteristica importante.

Bom, valeu pela divulgação, isso também faz parte da vida matematica!
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/17/05, Fabio Niski [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Um pesquisador (que me pareceu serio) esta propondo uma nova
 trigonometria supostamente melhor, mais elegante e funcional do que a
 usual. Basicamente ele se propoe e jogar fora os conceitos de seno,
 cosseno e angulo e distancia (!!)
 
 Gostaria da opiniao dos participantes da lista. A pagina do cara com
 alguns sample chapters estao em
 
 http://web.maths.unsw.edu.au/~norman/book.htm
 
 um abraço
 
 Niski
 
 
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Re: [obm-l] RES: [obm-l] obt enção de números irracionais

2005-09-19 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, o problema s~ao sempre os casos triviais que fazem que dois
irracionais n~ao somem um irracional, de uma certa forma. Se você
pegar raiz(2) e raiz(3), você só consegue somar um racional na
soluç~ao trivial 0*raiz(2) + 0*raiz(3) (que nem tem tanto interesse
assim).
Será que existe alguma caracterizaç~ao geral que exclua estes casos
triviais? (exceto dizer L.I. sobre os racionais, que é exatamente o
que eu falei)

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/19/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Na realidade, se n 1 e m1 sao numeros inteiros e n^(1/m) nao for inteiro,
 ist eh, se n nao for uma potencia m de algum inteiro, entao n^(1/m) eh
 irracional.
 
 Da forma como estah a sua ultima pergunta, vc ja deu um exemplo. Por
 exemplo, raiz(2) e 3 - raiz(2) sao irracionais e sua soma eh 3, que eh
 racional. Temos o seguinte:
 
 A soma e o produto de 2 racionais eh racional
 A soma de um racional com um irracional eh irracional
 O produto de um racional nao nulo por um irracional eh irracional
 Somas e produtos de irracionais podem dar qualquer coisa.
 
 Artur
 
 -Mensagem original-
 De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]
 nome de Rodrigo Augusto
 Enviada em: segunda-feira, 19 de setembro de 2005 11:39
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Assunto: [obm-l] obtenção de números irracionais
 
 
 bom dia a todos,
 
 eu gostaria de saber quais são as formas de se obter um número irracional.
 eu sei que dado um número p, onde p é primo positivo, a raiz de p resulta em
 
 um número irracional. além disso, me parece que qualquer operação que se
 faça (adição, subtração, multiplicação e divisão) entre um racional e um
 irracional resulta em um número irracional, certo?
 
 a minha dúvida é quanto a operação entre dois racionais e entre dois
 irracionais. pode uma operação entre dois racionais resultar um número
 irracional? e pode uma operação entre dois irracionais resultar um número
 racional?
 
 obs: na verdade, esta última pergunta eu sei que a resposta é positiva.
 pois, sei que:
 
 sqrt(2)/sqrt(2) = 1 E Q
 
 entretanto, o que eu gostaria de ver é uma demonstração de que a divisão, a
 multiplicação, a adição ou a subtração entre dois números irracionais podem
 resultar um racional.
 
 grato, desde já
 
 Rodrigo
 
 _
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 http://messenger.msn.com.br
 
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Re: [obm-l] A LINGUAGEM DA CIÊNCIA!

2005-10-07 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
A questão do ioiô é uma aplicação do Principio da Conservação do
Momento Angular (algo como a medida de quanto um corpo esta
rodando); o ioiô esta rodando no plano OXZ (por exemplo). Pense no
instante em que ele atinge o ponto mais baixo da trajetoria: ele
estara ainda rodando num sentido o que é traduzido por um momento
angular positivo (SPG) na direção do eixo Y (bote a origem no centro
do ioiô). Agora, note que o fio cai verticalmente sobre o ioiô, logo o
momento que esta força cria neste ponto é nulo, e portanto o ioiô
continua a rodar no mesmo sentido. Dai, ele passa a ENROLAR-SE no
sentido oposto, o que pode dar a impressão de que ele mudou o sentido
da rotação.

Esse é um pouco off-topic, mas eu acho que os conceitos de Momento
Angular são muito mal ensinados no Brasil, inclusive em faculdades;
parece-me que falta uma boa quantidade de exemplos vivos (como este do
ioiô, ou aquele da corrida dos objetos rolantes: cone, cilindro
equilateros e esfera de mesmo raio) e também um pouco de matematica
(tudo de vetores, visto como tem que ser, e também a idéia de projeção
do Momento Angular, que se comporta como uma projeção 2d em um
sentido, mas se você sabe o que esta calculando, da pra ser vista como
uma projeção 1d (que é bem mais facil) o que leva a soluções mais
elegantes. E ainda falta a idéia de que o momento angular REALMENTE
mede esta inércia... que muito poucas vezes é mencionado.

Abraços,
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 10/7/05, Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED] wrote:
 on 07.10.05 10:34, Jorge Luis Rodrigues e Silva Luis at
 [EMAIL PROTECTED] wrote:

  Turma! Como campeão de artigos off's, me sinto na obrigação de defender esse
  casamento da Matemática com a Física. Elas são guias para o pensamento,
  mostrando as conexões entre os conceitos sobre a natureza. O método
  matemático e a experimentação levaram a ciência a um enorme sucesso. Eis
  abaixo uma oportunidade ímpar dos matemáticos participarem deste sucesso
  conjugal.
 
  Assim como uma xícara de chá quente perde calor mais rapidamente do que uma
  xícara de chá morno, seria, então, correto dizer que a xícara de chá quente
  esfriará até a temperatura ambiente antes da outra.
 
 O mais razoavel eh supor que a taxa de resfriamento (d(Temperatura)/dt) eh
 proporcional a diferenca de temperatura entre o cha e o meio ambiente.
 Assim:

 dTcha/dt = d(Tcha - Tamb)/dt = -k*(Tcha - Tamb) ==
 Tcha = Tamb + (Tcha(inicial) - Tamb)*exp(-k*t)

 Dai eh facil concluir que o cha morno chegarah antes a temperatura ambiente.

  Uma barcaça de rio, carregada com cascalho, aproxima-se de uma ponte baixa,
  sob a qual não pode passar. Dever-se-ia remover ou adicionar cascalho à
  barcaça?
 
 Supono que o cascalho eh mais denso do que a agua, devemos adicionar
 cascalho, pois se a densidade relativa eh d  1 entao, ao aumentarmos a
 altura da pilha de cascalho em 1 metro, a barcaca afundarah d metros.

  No vácuo, uma moeda e uma pena caem igualmente, lado a lado. Seria correto
  dizer que iguais forças da gravidade atuam sobre a moeda e a pena quando
  estão no vácuo?
 
 Nao. O que sao iguais sao as aceleracoes. A forca da gravidade serah tanto
 maior quanto maior for a massa do objeto.

  Que equipe ganhará um cabo-de-guerra: aquela que puxa mais fortemente a
  corda ou aquela que empurra mais fortemente contra o solo?
 
 Aquela que empurra o solo com mais forca. Supondo que a massa da corda eh
 desprezivel face a massa total de cada time, a forca resultante na corda
 serah sempre zero, ou seja, os times sempre puxarao a corda com a mesma
 forca. Mas se o Time 1 empurrar o solo com mais forca do que o Time 2, o
 solo exercerah uma forca (reacao) resultante sobre o sistema (Time 1 + Time
 2 + corda) na direcao do Time 1, fazendo com o sistema se desloque nesta
 direcao, o que ocasionarah a vitoria deste time.

  Quando um iôiô desce rolando até o fim do barbante, ele inverte sua rotação
  quando sobe de volta? Explique.
 
 Boa essa. Infelizmente estou sem um ioio aqui pra fazer a experiencia.

  A propósito, por que o gelo muito frio fica grudento?
 
 Eu diria que eh porque, ao entrar em contato com algum objeto com uma
 temperatura maior do que 0 graus C (por exemplo, nossos dedos), uma fina
 camada de gelo na superficie do bloco derrete mas, em seguida, re-congela e
 adere a superficie mais quente. Mas eh soh chute...

 []s,
 Claudio.


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Re: [obm-l] Caracteres matemáticos

2005-10-10 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Eu deveria esperar o Nicolau falar sobre isso, mas eu acho que o mais
dificil eh garantir que todo mundo consegue ler as mensagens da lista,
e nem sempre voce garante uma fidelidade ao Unicode... Em geral a
gente usa texto puro, com apenas os caracteres ASCII iniciais e um
pouco de liberdade com os acentos... Mas pra matematica a gente usa
mesmo TeX, que eh como uma liguagem universal para matematica escrita.
Voce ja deve ter visto respostas que chegavam truncadas porque quem
respondeu nao conseguia interpretar direito os caracteres (ou seja,
nem eh muito sua culpa) e o programa de mail do cara fez o que achava
melhor, mas nao ficou tao bom assim...

Mas vamos esperar o veredito final.
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa



On 10/10/05, Maurício [EMAIL PROTECTED] wrote:

   Oi, pessoal,

   Eu estava dando uma olhada nas tabelas do Unicode
 (www.unicode.org) e vi que elas possuem um conjunto
 bem completo de caracteres matemáticos. Acho que às
 vezes poderia ser útil usá-las nas mensagens que
 trocamos. Alguém conhece algum programa interessante
 para editar texto (não formatado, claro) que facilite
 incluir esses caracteres? Será que o vim tem algum
 plug-in ou script legal pra trabalhar com eles? Talvez
 isso trouxesse alguns problemas (por exemplo: talvez
 nem todos possuam fontes unicode legais; pode ser que
 algumas pessoas leiam as mensagens em terminais não
 gráficos etc.), mas acho que vale a pena experimentar.

   Abraços,
   Maurício




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Re: [obm-l] sequencia sem subseq. convergentes

2005-10-10 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, talvez eu esteja enviando a soluç~ao n~ao-evidente, mas como eu
acho que ela vale a pena, (e talvez porquê eu também ache que ela n~ao
é t~ao estranha assim, pensando em Séries de Fourrier), lá vai:

Como eu sei que você gosta de medida etc, vamos para L^2[0,2pi]. É um
fato bem-conhecido que estas funç~oes formam uma base para este
espaço, com a convergência L^2 e o produto interno \int_0^2pi
f^*(x)g(x)dx (integral de 0 a 2pi do conjugado de f vezes g). Ora, é
claro que n~ao podemos ter uma seqüência ortonormal que convirja,
ent~ao (como toda subseqüência de sen(n*x) também forma uma seqüência
ortonormal) sabemos que sen(n*x) n~ao converge na norma L^2. Agora, um
pouco de teoria da medida nos diz que, sendo todas elas limitadas e
integráveis neste intervalo (ou seja, em L^1), limitadas uniformemente
pela funç~ao 1, se uma subseqüência convergisse pontualmente para
algum lugar (digamos g(x), que é limitada e mensurável pois todas s~ao
uniformemente limitadas por 1 e mensuráveis), logo está em L^2), pelo
teorema de Convergência Dominada,
\int_0^2pi | (sin(k_n*x) -g) - (sin(k_m*x)-g) |^2 dx convergiria para
zero (use ConvDom para cada metade mais desigualdade triangular na
integral com eps/2).
Mas isso é exatamente || sin(k_n*x) - sin(k_m*x) ||_2 (norma L^2), que
nós sabemos que vale \sqrt(2), pois eles s~ao ortogonais, e assim n~ao
pode convergir pra zero. (isso é basicamente f_n - f pontualmente, f
está em L^1 = f_n - f em L^1 adaptado pra L^2 e com a
contrapositiva...)

Resta mostrar que estas funç~oes s~ao realmente ortogonais em L^2, o
que é uma tarefa de integraç~ao: calculemos \int_0^2pi
sin(n*x)sin(m*x) dx para m != n

I = \int_0^2pi sin(n*x)sin(m*x) dx = m/n \int_0^2pi cos(n*x)cos(m*x)
dx = m^2/n^2 \int_0^2pi sin(n*x)sin(m*x) dx = m^2/n^2 I (2 vezes por
partes)
Logo I(1 - m^2/n^2) = 0, o que diz que I = 0

Bom, parece longo, mas a idéia básica é a seguinte (tipo resumindo):
sin(n*x) é ortonormal em L^2, logo n~ao converge pra lugar nenhum.
Como convergência pontual + limitaç~ao implica convergência L^2, n~ao
pode convergir pontualmente. O resto é detalhe.

Abraços,
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 10/10/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Este problema eh interessante, e a unica prova que conheco nao eh muito
 evidente. Talvez haja uma solucao mais simples:

 Mostre que a sequencia de funcoes (sen(n*x)), n=1,2,3., x em [0, 2*pi],
 nao contem nenhuma sub sequencia convergente em todo este intervalo.

 Artur

 O interessante eh que temos uma sequencia uniformemente limitada de funcoes
 continuas, definidas em um conjunto compacto, e que mesmo assim nao tem
 nenhum asubsequencia convergente.

 Artur


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Re: [obm-l] sequencia sem subseq. convergentes

2005-10-11 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, ontem eu estava sem muito tempo, mas aqui vai um pequeno resumo
de convergências diferentes sentidos, com as implicaç~oes que
funcionam, e as condiç~oes a adicionar para fazer funcionar as outras:

Conv Uniforme (ou  L^\infty) = Conv Quase-Uniforme = Conv qtp
Conv Quase-Uniforme = Conv em Medida
Conv Quase-Uniforme + seq Dominada = Conv em L^p para p finito

Conv qtp + seq Dominada = Conv em L^p para p finito
Conv qtp + medida finita   = Conv Quase-Uniforme
Conv qtp + ( medida finita OU seq Dominada ) = Conv em Medida

(Para p finito)
Conv L^p = Conv em Medida
Conv L^p = existe uma subseqüência que Converge qtp
Conv L^p = existe uma subseqüência que Converge Quase-Uniformemente
Conv L^p exponencialmente rápida = Conv Quase-Uniforme

Conv em Medida = existe uma subseqüência que Converge
Quase-Uniformemente = esta subseqüência converge qtp
Conv em Medida + seq Dominada = Conv em L^p para p finito
Conv em Medida exponencialmente rápida = Conv qtp

Bom, agora a referência (para demonstraç~oes e uma figurinha bem bonita)
Curso de Teoria da Medida, A. Armando de Castro Jr, Projeto Euclides /
IMPA, pag 103 e 104

Até mais,
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 10/10/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Oi Bernardo, esta sua solucao eh ainda mais legal do que a que eu consegui
 dar uma vez (depois que me deram uma porcao de sugestoes...). Eh na linha da
 sua, mas eu me restringi aaa integral de Riemann.

 Se alguma subsequencia (sen(n_k*x) de (sen(n*x)) convergisse em [0, 2*pi],
 entao o criterio de Cauchy implicaria que lim (sen(n_(k+1)* x - sen(n_k* x)
 = 0 para todo x de [0, 2*pi]. Logo, pensando tambem em quadrados, teriamos
 que lim ((sen(n_(k+1)* x) - sen(n_k* x)^2)) = 0. Pelo teorema da
 Convergencia Dominada, aplicado ao caso de Riemann, teriamos entao que lim
 Int (0 a 2*pi) (sen(n_(k+1)* x) - sen(n_k* x)^2)dx = Int (0 a 2pi) 0 dx = 0.


 Mas, com algum trabalho, podemos verificar que, para todo k, Int (0 a 2*pi)
 (sen(n_(k+1)* x) - sen(n_k* x))^2 = 2*pi. Para concluir isto, basta fazer
 algumas substituicoes trigonometricas, eh um pouco trabalhoso mas facil.
 Assim, a subsequencia das integrais eh constante e converge trivialmente
 para 2*pi, contrariando a conclusao anterior de que tem que convergir para
 0. Logo (sen(n*x) nao pode ter nenhuma subsequencia que convirja em [0,
 2*pi].

 Artur



 -Mensagem original-
 De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]
 nome de Bernardo Freitas Paulo da Costa
 Enviada em: segunda-feira, 10 de outubro de 2005 16:31
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Assunto: Re: [obm-l] sequencia sem subseq. convergentes


 Bom, talvez eu esteja enviando a soluç~ao n~ao-evidente, mas como eu
 acho que ela vale a pena, (e talvez porquê eu também ache que ela n~ao
 é t~ao estranha assim, pensando em Séries de Fourrier), lá vai:

 Como eu sei que você gosta de medida etc, vamos para L^2[0,2pi]. É um
 fato bem-conhecido que estas funç~oes formam uma base para este
 espaço, com a convergência L^2 e o produto interno \int_0^2pi
 f^*(x)g(x)dx (integral de 0 a 2pi do conjugado de f vezes g). Ora, é
 claro que n~ao podemos ter uma seqüência ortonormal que convirja,
 ent~ao (como toda subseqüência de sen(n*x) também forma uma seqüência
 ortonormal) sabemos que sen(n*x) n~ao converge na norma L^2. Agora, um
 pouco de teoria da medida nos diz que, sendo todas elas limitadas e
 integráveis neste intervalo (ou seja, em L^1), limitadas uniformemente
 pela funç~ao 1, se uma subseqüência convergisse pontualmente para
 algum lugar (digamos g(x), que é limitada e mensurável pois todas s~ao
 uniformemente limitadas por 1 e mensuráveis), logo está em L^2), pelo
 teorema de Convergência Dominada,
 \int_0^2pi | (sin(k_n*x) -g) - (sin(k_m*x)-g) |^2 dx convergiria para
 zero (use ConvDom para cada metade mais desigualdade triangular na
 integral com eps/2).
 Mas isso é exatamente || sin(k_n*x) - sin(k_m*x) ||_2 (norma L^2), que
 nós sabemos que vale \sqrt(2), pois eles s~ao ortogonais, e assim n~ao
 pode convergir pra zero. (isso é basicamente f_n - f pontualmente, f
 está em L^1 = f_n - f em L^1 adaptado pra L^2 e com a
 contrapositiva...)

 Resta mostrar que estas funç~oes s~ao realmente ortogonais em L^2, o
 que é uma tarefa de integraç~ao: calculemos \int_0^2pi
 sin(n*x)sin(m*x) dx para m != n

 I = \int_0^2pi sin(n*x)sin(m*x) dx = m/n \int_0^2pi cos(n*x)cos(m*x)
 dx = m^2/n^2 \int_0^2pi sin(n*x)sin(m*x) dx = m^2/n^2 I (2 vezes por
 partes)
 Logo I(1 - m^2/n^2) = 0, o que diz que I = 0

 Bom, parece longo, mas a idéia básica é a seguinte (tipo resumindo):
 sin(n*x) é ortonormal em L^2, logo n~ao converge pra lugar nenhum.
 Como convergência pontual + limitaç~ao implica convergência L^2, n~ao
 pode convergir pontualmente. O resto é detalhe.

 Abraços,
 --
 Bernardo Freitas Paulo da Costa


 On 10/10/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Este problema eh interessante, e a unica prova que conheco nao eh muito
  evidente. Talvez haja uma solucao mais simples

Re: [obm-l] Conjunto aberto e denso com medida eps

2005-10-11 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Só pra evitar ter que demonstrar um resultado bastante intuitivo pra
quem quiser tentar o problema, é bom lembrar que a medida de Lebesgue
satisfaz (como toda medida positiva que se preze) a desigualdade da
reuni~ao enumerável, ou seja:
m( Uniao de A_i ) = Soma m(A_i), para uma seqüência A_i de conjuntos.

Dá pra provar isso usando a definiç~ao do Arthur, mas isso eu chamaria
de um outro exercício porque é bem usado em outras coisas.

Abraços,
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 10/11/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Boa tarde,

 Eu acho este problema interessante:

 Sendo m a medida de Lebesgue, mostre que, para todo eps0, existe um
 subconjunto A de R, aberto e denso em R, com m(A)  eps.

 O que eu acho interessante nesta conclusao eh que ela mostra que,
 contrariamente ao que talvez seja intuitivo, nao hah uma correspondencia
 entra a significancia de um conjunto sob os pontos de vista topologico e
 de medidas. Podemos encontrar conjuntos que sejam abertos e densos em R,
 logo topologicamente significantes, mas cujas medidas possam ser
 arbitrariamente proximas de zero (embora nunca iguais a a zero).

 Por outro lado, o complementar de A, A', tem medida infinita e, no entanto,
 eh um fechado com interior vazio, logo seu fecho tem interior vazio. Assim,
 topologicamente A' nao eh significante,  visto ser um conjunto que nao eh
 denso em lugar nehum. Entretanto, A' tem medida infinita.

 Um outro exemplo mais simples e interessante e o conjunto dos racionais, que
 eh denso em R mas tem medida nula. Logo, sob o ponto de vists de medidas, eh
 um conjunto insignificante.

 Lembrando, se A eh um subconjunto de R, entao, em [0, infinito], m(A) =
 infimo {Soma L(I_n) | In esta em C}, onde L(I_n) eh o comprimento do
 intervalo I_n e o infimo eh calculado considerando todas as coberturas
 enumeraveis de A compostas por intervalos abertos. A medida de um intervalo
 eh o seu comprimento.

 Artur
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Re: [obm-l] funções

2005-10-20 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Escreva f(x) = ( f(x) + f(-x) )/2 + ( f(x) - f(-x) )/2, repare que os
termos s~ao, respectivamente, par e ímpar.

Abraços
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa

On 10/20/05, Eder Albuquerque [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Olá,

 Pessoal, essa é velha, mas não tô lembrando como fazer... A questão é:
 mostre que toda função de variável real pode ser escrita como a soma de uma
 função real ímpar com uma função real par.

 Obrigado pela ajuda,

 Eder

  
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Re: [obm-l] m^x + x (off-topic)

2005-10-31 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Só uma idéia (nem testei ainda) m^x tem período que divide phi(n) (é
isso mesmo?), enquanto x tem período n. Agora, eu acho que phi(n) e n
s~ao primos entre si. Se for, acho que acabou

Abraços
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 10/31/05, claudio.buffara [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Desculpem o off-topic mas alguém sabe provar que a função f: N - Z_n dada
 por f(x) = m^x + x é sobrejetiva, quaisquer que sejam m, n naturais?
 (N = {1,2,3,...})

 []s,
 Claudio.


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Re: [obm-l] Limite superior para a soma de logaritmos

2005-11-07 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, pra quem usa Stirling (essa é a deduç~ao de uma parte da fórmula!)

A soma é log(n!) = Soma{i=2 até n} log(i) ~ Integral{x=1 até n} log(x)
dx (estritamente menor) ~ Integral{x=2 até n+1} log(x)dx
A primeira integral é n log(n) - n + 1, a segunda é (n+1)(log(n+1) -
1) - 2log(2) + 2 = (n+1)log(n+1) - n + 1 - log(4); a diferença é
log(n+1) - log(4) + n log(1+1/n) que é da ordem de log(n+1) (lembre
que n log(1+1/n) tende ao log do limite de (1 + 1/n)^n = log(e) = 1).
Assim, teremos log(n!) ~ n log(n) - n com um erro da ordem de
log(n+1), que é absorvido pela constante da ordem subentendida pelo
sinal ~.

Melhores aproximaç~oes para a soma (por integrais melhores) dao a
fórmula com mais precisao.
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 11/6/05, Denisson [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Boa noite pessoal,

  Tou tentando encontrar uma função que limite superiormente a soma log1 +
 log2 + ... + log(n)... e não tou conseguindo...
  Alguma ajuda?
  Obrigado...



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Re: [obm-l] Matemática Discreta

2005-11-15 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Sim, a diagonal (xRy se e só se x = y) e qualquer sub-relaç~ao dela
(Exercício: prove que estas s~ao as únicas)
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 11/10/05, Tiago [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Pode haver uma relação que seja simétrica e anti-simétrica ao mesmo tempo?

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Re: [obm-l] probabilidade (ufrj)

2005-11-28 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, eu vou aproveitar que você fez uma mensagem bem detalhada pra
mostrar o que muda: se você supuser que você para nos eventos
desfavoráveis você tem que considerar a probabilidade de eles
ocorrerem, que varia para cada um. O ponto do problema é esse (que o
Nicolau já assinalou): dependendo do número de vezes que você lança a
moeda, o resultado é diferente. Para se convencer, faça um exemplo com
apenas 3 moedas; você para assim que sair uma cara.
Parar na primeira = 1/2
Parar na segunda = (N~ao parar na primeira) * (Cara na segunda) = 1/4
Parar na terceira =  (N~ao parar na primeira nem na segunda) * (Cara
na segunda) = 1/8

Repare que isto dá o mesmo que calcular Prob(Sair uma ou mais cara em
3 lançamentos) porque, ao parar, você PODERIA continuar, o que n~ao
altera a probabilidade do evento (já que independentemente do que você
fizer, você vai estar no caso saiu uma cara ou mais). Esse é um bom
exemplo em que mudar completamente o espaço de resultados possíveis
simplifica bastante a resoluç~ao

Se você quiser agora fazer com 10 moedas e 5 caras, vai ser um pouco
mais complicado, mas no fim das constas dá no mesmo :)

Abraços,
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa

On 11/28/05, bernardoakino [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Caro Daniel,

 Concordo plenamente com vc! Fiz a prova domingo e também discordo do
 gabarito. O número de casos totais é menor que 2^10, pq se sairem 5 caras
 antes dos 10 lançamentos o jogo acaba, excluindo alguns eventos. Eu fiz o
 problema da seguinte forma:

 Eventos favoraveis(K=coroa, C=cara):
 6K 4C  - C10,6
 7K 3C  - C10,7
 8K 2C  - C10,8Total: 386
 9K 1C  - C10,9
 10K 0C - C10,10

 Eventos desfavoraveis: Aqui devemos fixar uma cara na ultima posição, pois o
 jogo termina em cara, caso contrario estaremos contando um mesmo evento mais
 de uma vez

 5C- C4,4
 5C 1K - C5,4
 5C 2K - C6,4Total: 252
 5C 3K - C7,4
 5C 4K - C8,4
 5C 5K - C9,4

 Casos totais: 638Probabilidade de ganhar: 386/638

 Me corrija se estiver errado em algum ponto. Tambem gostaria de saber a
 opiniao de outros colegas da lista a respeito do assunto. Aquele até
 provocou uma ambiguidade no problema...

 []s
 Bernardo




 Em (22:55:06), obm-l@mat.puc-rio.br escreveu:


 Olá... olhando o gabarito da prova da UFRJ deste domingo, tive que
 discordar
 da resposta dada à última questão da prova de matemática. A questão é:
 
 Em um jogo, cada partida consiste no lançamento de uma moeda honesta ATÉ
 dez vezes. Se o número de caras obtidas atingir o valor cinco, você perde;
 caso contrário, você ganha. Calcule a probabilidade de você ganhar uma
 partida
 desse jogo.
 
 Ok. A divergência está no número total de partidas possíveis; o gabarito
 diz que é SOMA Binomial(10, n) = 2^10, mas eu discordo, já que a lógica
 do jogo e aquele ATÉ no enunciado estão aí para frisar que uma partida
 pode não exigir 10 lançamentos; por exemplo, quando saem 5 caras nos 5
 primeiros
 lançamentos. Raciocinando assim, a probabilidade muda porque o total de
 eventos é menor e a quantidade de desfechos vitoriosos é a mesma.
 
 O q acham?
 
 []s,
 Daniel
 
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