Re: [obm-l] Nota de falecimento: Augusto Cesar Morgado

2006-10-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Eu o conheci pessoalmente. Uma vez nos encontramos, eu, Morgado,
Cláudio Buffara e Luís Lopes, num bar do rio que não recordo o nome,
mas estou quase certo que era no Leblon. Depois eu e o Morgado
dividimos um taxi até Copacabana, onde eu estava hospedado, e ele me
contou que há tempo atrás ele tinha orgulho de ser o maior matemático
da rua dele, até que o Manfredo (?) de mudou para a mesma rua dele. Eu
lembro que na época eu perguntei a ele se ele achava que eu poderia ser
pesquisador, e ele me encorajou dizendo que sim. Fico triste em saber
que nunca mais poderei conversar com ele.

Um abraço,
DudaEm 14/10/06, Carlos Eddy Esaguy Nehab [EMAIL PROTECTED] escreveu:
Nicolau e todos,Perdemos todos uma figura muito especial, que aprendi a admirar hámuitos e muitos anos.Uma figura humana especial e rara que fará muita falta, mas queplantou aqui muitos e muitos frutos.
NehabAt 10:49 13/10/2006, you wrote:Tenho o grande pesar de comunicar que faleceu hoje (16/10) de manhão professor Augusto César Morgado.O professor Morgado participa da organização da OBM e de outras
olimpíadas de Matemática há muitos anos e foi homenageado naSemana Olímpica de 2006.O enterro será hoje às 14 horas no Cemitério do Caju (Rio de Janeiro),capela A.N.
=Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html==
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista emhttp://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html=
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[obm-l] Raíz n módulo m

2006-08-18 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel

Olá,PROBLEMA. Seja n  2 um inteiro e a um inteiro qualquer. Mostrar que se a congruência x^n == a (mod m) possui solução para qualquer m  1 inteiro, então a possui raiz n-ésima nos inteiros.O caso n = 2 é também um exercício interessante. Conheço uma solução que usa o símbolo de Legendre e a reciprocidade quadrática de Gauss. 
Abraço,Duda
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[obm-l] Raíz n módulo m

2006-08-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá,PROBLEMA. Seja n  2 um inteiro e a um inteiro qualquer. Mostrar que se a congruência x^n == a (mod m) possui solução para qualquer m  1 inteiro, então a possui raiz n-ésima nos inteiros.O caso n = 2 é também um exercício interessante. Conheço uma solução que usa o símbolo de Legendre e a reciprocidade quadrática de Gauss.
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Re: [obm-l] Re:[obm-l] Re: Polinômio nos inteiros

2006-08-08 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Ok, Cláudio, o PROBLEMA 1 está ok, é bem curta a solução, legal.

Acho que no PROBLEMA 2, cometeste um engano, na parte:

...
Suponhamos que k = 2.

Nesse caso, o corolário 2 diz que Q(raiz(p_1), ..., raiz(p_k)) é uma extensão algébrica finita de Q de grau = 4.

Como Q tem característica 0, essa extensão é, de fato, simples. Ou seja, existe um real w tal que:

Q(raiz(p_1), ..., raiz(p_k)) = Q(w).

(veja qualquer bom livro de álgebra para uma demonstração disso)



Se raiz(p) pertence a Q(w), então vão existir racionais a e b tais
que raiz(p) = a + b*w, com b  (caso contrário, raiz(p) seria
racional). Elevando ao quadrado:

p = a^2 + 2abw + b^2w^2 ==

w é raiz de uma equação do 2o. grau com coeficientes em Q ==

[Q(w):Q] = 2 ==

contradição ==

raiz(p) não pertence a Q(w) = Q(raiz(p_1), ..., raiz(p_k))
...
De fato, como K = Q(raiz(p_1), ..., raiz(p_k)) é uma extensão finita do
corpo Q, cuja característica é 0, a extensão é separável e finita, logo
pelo teorema do elemento primitivo, existe um w tal que K = Q(w). Em
seguida, tu supôs por absurdo, que raiz(p) pertence a K e conclui que
ele é da forma a+bw. Depois concluiu que w satisfaz um polinômio em
Q(x) de grau 2, o que seria um absurdo. Só que se raiz(p) pertence a K
então ele é da forma a+bw+...+zw^{q-1} onde q é a dimensão da extensão
K/Q, que tu já demonstrou ser pelo menos 4.

Segue um outro problema.

PROBLEMA 3. Dado a0, mostrar que existem infinitos n compostos tais que a^(n-1) == 1 (mod n).

Duda
Em 08/08/06, claudio.buffara [EMAIL PROTECTED] escreveu:





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Cópia:






Data:
Mon, 7 Aug 2006 18:42:32 -0300




Assunto:
[obm-l] Re: Polinômio nos inteiros
 2006/8/7, Eduardo Casagrande Stabel [EMAIL PROTECTED]
:

 Olá, pessoal da lista.Já pensei sobre este problema mas não tive uma boa idéia que me levasse à solução.PROBLEMA
1. Seja f(x) um polinômio de grau n e coeficientes inteiros. Suponha
que existe um inteiro m e um primo p de forma que p divide f(m),
f(m+1), ..., f(m+n-1) e f(m+n). Prove que qualquer que seja x inteiro p
divide p(x).
Olhe para f(x) em Z_p.
Em Z_p, f(x) é um polinômio de grau = n que tem min(p,n+1) raízes distintas.
Logo, f(x) é identicamente nulo em Z_p, ou seja, f(x) é divisível por p para todod inteiro x.
Um outro problema que o Gugu passou num curso de verão e que tenho curiosidade por saber como resolver é o seguinte.PROBLEMA
2. Sejam p_1, p_2, ..., p_{k-1} e p_k primos distintos. Prove que as
raízes quadradas destes primos formam um conjunto linearmente
independente sobre o corpo dos racionais. De outra forma mais
elementar: se a_1RAIZ(p_1) + ... + a_kRAIZ(p_k) = 0, onde cada a_i é
racional, então a_i = 0 para todo i.
De fato, dá até pra fazer uma afirmação um pouco mais forte:
se a_0, a_1, ..., a_k são racionais tais que:
a_0 + a_1*raiz(p_1) + ... + a_k*raiz(p_k) = 0
então a_0 = a_1 = ... = a_k = 0.

***

Lema: 
Se p e q são primos distintos, então:
Q(raiz(p)) é uma extensão de grau 2 de Q
e
Q(raiz(p),raiz(q)) é uma extensão de grau 2 de Q(raiz(p))

Dem:
Como raiz(p) é irracional, Q é um subcorpo próprio de Q(raiz(p)).
Mas Q(raiz(p)) ~ Q[x]/x^2 - p e x^2 - p é irredutível sobre Q.
Logo, [Q(raiz(p)):Q] = 2.

Se raiz(q) pertencesse a Q(raiz(p)), então teríamos:
raiz(q) =a + b*raiz(p) (*), com a e b racionais.
b = 0 == raiz(q) = a = racional == contradição == b  0
a = 0 == raiz(pq) = bp = racional == contradição == a  0
Logo, ab  0. Elevando (*) ao quadrado, obtemos:
q = a^2 + b^2*p + 2ab*raiz(p) ==
raiz(p) = (q - a^2 - b^2*p)/(2ab) = racional == 
contradição ==
raiz(q) não pertence a Q(raiz(p)) ==
x^2 - q é irredutível sobre Q(raiz(p)) ==
[Q(raiz(p),raiz(q)):Q(raiz(p))] = 2, pois
Q(raiz(p),raiz(q)) ~ Q(raiz(p))[x]/x^2 - q

Corolário 1:
Se p e q são primos distintos, então [Q(raiz(p),raiz(q)):Q] = 4

Corolário 2:
Dados primos distintos p_1, p_2, ..., p_n (n = 2), temos:
[Q(raiz(p_1),raiz(p_2),...,raiz(p_n)):Q] = 4.
(de fato, o grau dessa extensão é 2^n, mas esse resultado mais forte não será necessário)

***


O problema estará resolvido se provarmos o seguinte:
Dados os primos distintos p_1, ..., p_k, se p for um primo distinto de todos eles, então: 
raiz(p) não pertence a Q nem a Q(raiz(p_1), ..., raiz(p_k)).

Naturalmente, raiz(p) é irracional.
Além disso, a demonstração do lema cuidou do caso k = 1.

Suponhamos que k = 2.
Nesse caso, o corolário 2 diz que Q(raiz(p_1), ..., raiz(p_k)) é uma extensão algébrica finita de Q de grau = 4.
Como Q tem característica 0, essa extensão é, de fato, simples. Ou seja, existe um real w tal que:
Q(raiz(p_1), ..., raiz(p_k)) = Q(w).
(veja qualquer bom livro de álgebra para uma demonstração disso)

Se raiz(p) pertence a Q(w), então vão existir racionais a e b tais
que raiz(p) = a + b*w, com b  (caso contrário, raiz(p) seria
racional). Elevando ao quadrado:
p = a^2 + 2abw + b^2w^2 ==
w é raiz de uma equação do 2o. grau com coeficientes em Q ==
[Q(w):Q] = 2 ==
contradição ==
raiz(p) não pertence a Q(w) = Q(raiz(p_1), ..., raiz(p_k

[obm-l] Polinômio nos inteiros

2006-08-07 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá, pessoal da lista.

Já pensei sobre este problema mas não tive uma boa idéia que me levasse à solução.

PROBLEMA 1. Seja f(x) um polinômio de grau n e coeficientes inteiros.
Suponha que existe um inteiro m e um primo p de forma que p divide
f(m), f(m+1), ..., f(m+n-1) e f(m+n). Prove que qualquer que seja x
inteiro p divide p(x).

Um outro problema que o Gugu passou num curso de verão e que tenho curiosidade por saber como resolver é o seguinte.

PROBLEMA 2. Sejam p_1, p_2, ..., p_{k-1} e p_k primos distintos. Prove
que as raízes quadradas destes primos formam um conjunto linearmente
independente sobre o corpo dos racionais. De outra forma mais
elementar: se a_1RAIZ(p_1) + ... + a_kRAIZ(p_k) = 0, onde cada a_i é
racional, então a_i = 0 para todo i.

Divirtam-se!
Duda-- [EMAIL PROTECTED]http://paginas.terra.com.br/arte/dudastabel/


[obm-l] Re: Polinômio nos inteiros

2006-08-07 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
2006/8/7, Eduardo Casagrande Stabel [EMAIL PROTECTED]:
Olá, pessoal da lista.

Já pensei sobre este problema mas não tive uma boa idéia que me levasse à solução.

PROBLEMA 1. Seja f(x) um polinômio de grau n e coeficientes inteiros.
Suponha que existe um inteiro m e um primo p de forma que p divide
f(m), f(m+1), ..., f(m+n-1) e f(m+n). Prove que qualquer que seja x
inteiro p divide p(x).

Um outro problema que o Gugu passou num curso de verão e que tenho curiosidade por saber como resolver é o seguinte.

PROBLEMA 2. Sejam p_1, p_2, ..., p_{k-1} e p_k primos distintos. Prove
que as raízes quadradas destes primos formam um conjunto linearmente
independente sobre o corpo dos racionais. De outra forma mais
elementar: se a_1RAIZ(p_1) + ... + a_kRAIZ(p_k) = 0, onde cada a_i é
racional, então a_i = 0 para todo i.

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[obm-l] Equações lineares mod m

2006-07-25 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá, pessoal.



Alguém sabe resolver este. Pensei um pouco e não consegui. Vou tentar mais. Acho que é interessante para o pessoal da lista.



Suponha que a equação a_1x_1 + ... + a_mx_m = b, com coeficientes a_1,
..., a_m, b inteiros admite soluções x_1, ..., x_m inteiras módulo m
para qualquer m inteiro. Mostre que ela assume solução inteira.



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[obm-l] Equações lineares mod m

2006-07-24 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá, pessoal.

Alguém sabe resolver este. Pensei um pouco e não consegui. Vou tentar mais. Acho que é interessante para o pessoal da lista.

Suponha que a equação a_1x_1 + ... + a_mx_m = b, com coeficientes a_1,
..., a_m, b inteiros admite soluções x_1, ..., x_m inteiras módulo m
para qualquer m inteiro. Mostre que ela assume solução inteira.

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Re: [obm-l] Cj. Cantor

2006-07-04 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Ah, certo, percebi qual é o meu erro. Valeu!Em 03/07/06, Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED] escreveu:
On Mon, Jul 03, 2006 at 02:47:32PM -0300, Eduardo Casagrande Stabel wrote: Tem um probl. do Elon que é mostrar que { |x-y| , x e y em K }, onde K é o
 cj. de Cantor, é [0,1]. Pensei sobre o probl. e cheguei a conclusão que ele é falso. Pois K é contido em K_2 = [0,1/9] U [2/9,1/3] U [2/3,7/9] U [8/9,1]. E é fácil (realmente é) constatar que
 { |x-y| , x e y em K_2 } = [0,1] \ [4/9,5/9].oe x em [2/3,7/9] e y em [2/9,1/3]: x-y pode assumir qualquer valorentre 2/3-1/3=1/3 e 7/9-2/9=5/9. Assim os números entre 4/6 e 5/9pertencem a { |x-y| , x e y em K_2 }. Por exemplo, 3/4 em [2/3,7/9],
1/4 em [2/9,1/3] donde 1/2 = 3/4 - 1/4 em { |x-y| , x e y em K_2 }.Na verdade é fácil verificar que { |x-y| , x e y em K_2 } = [0,1]. Como K é contido em K_2, { |x-y| , x e y em K } é contido em { |x-y| , x e y em K_2 } = [0,1] \
 [4/9,5/9]. Logo o problema é falso.O problema está correto. Não vou mandar a solução mas mando uma dica:escreva os números na base 3.Aliás, o Gugu, colaborador desta lista, é especialista mundial
em diferenças aritméticas de conjuntos de Cantor (este problemaé um caso super especial).[]s, N.=Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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[obm-l] Cj. Cantor

2006-07-03 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Tem um probl. do Elon que é mostrar que { |x-y| , x e y em K }, onde K é o cj. de Cantor, é [0,1]. Pensei sobre o probl. e cheguei a conclusão que ele é falso. Pois K é contido em K_2 = [0,1/9] U [2/9,1/3] U [2/3,7/9] U [8/9,1]. E é fácil (realmente é) constatar que
{ |x-y| , x e y em K_2 } = [0,1] \ [4/9,5/9]. Como K é contido em K_2, { |x-y| , x e y em K } é contido em { |x-y| , x e y em K_2 } = [0,1] \ [4/9,5/9]. Logo o problema é falso.Concordam?Duda
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Re: [obm-l] Re: Convergência de Série

2006-06-28 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!Acho que dá para usar a desiguldade de Cauchy-Schwartz (não lembro a grafia):( \sum_{n=1}^{k}{a_n/n} )^2 = \sum_{n=1}^{k}{ a_n^2 } \sum_{n=1}^{k}{ 1/n^2 }2006/6/28, Aline Oliveira 
[EMAIL PROTECTED]:Também não sei se tá certo... Mas... =/
Ratio Test (Apostol 1 pag 400): (a_n+1 / a_n) - L qdo n- infinito.Se L  1, a série converge.Como Soma (n=1) (a_n)^2 converge, limite de (a_n+1/a_n)^2 quando ntende a infinito é menor que 1 - (a_n+1/a_n) quando n tende a
infinito é menor que 1Ratio Test no segundo somatório:((a_n+1/n+1) / (a_n/n)) = (a_n+1/a_n) x (n/n+1) que é menor que 1,logo a série converge.Em 28/06/06, claudio.buffara
[EMAIL PROTECTED] escreveu: Segue abaixo o problema 43 do cap. 4 do Curso de Análise - vol. 1 do Elon, juntamente com a minha solução errada. O problema que proponho é: achar o erro na solução e dar uma solução
 correta. Seja (a_n) uma sequência de números reais. Prove que se SOMA(n=1) (a_n)^2 converge, então SOMA(n=1) (a_n)/n também converge. Solução errada: Como SOMA(n=1) (a_n)^2 converge, deve existir n_0 tal que se n  n_0 então
 (a_n)^2  1/n, já que a série harmônica diverge. Logo, para n = n_0, |a_n| = 1/raiz(n) == a_n/n = |a_n|/n = 1/n^(3/2) == SOMA(n=1) a_n/n converge, pela comparação com a série:
 SOMA(n=1) 1/n^(3/2), que é convergente. []s, Claudio.--Aline Oliveira=
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Re: [obm-l] Desafio

2006-05-26 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!Complementando a resposta do Sarmento.Pelo algoritmo da divisão de Euclides, todo número inteiro x pode se escrever como x = 2q + r, com 0 = r  2 (q e r inteiros). Portanto um número inteiro x que não é par (que não é divisível por 2) tem de se escrever como x = 2q + 1.
Falou!DudaEm 26/05/06, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
 escreveu: Mensagem Original: Data: 07:02:47 26/05/2006 De: Alamir Rodrigues 
[EMAIL PROTECTED] Assunto: [obm-l] Desafio Provar que a soma de dois números ímpares sempre dará um númer par.Seja M impar e N impar
M = MP + 1 sendo que MP é par ( todo numero par + 1 é impar)N = NP+ 1 sendo que NP é parentão MP + NP + 1 + 1 - MP é par, NP é par, 1 + 1 = 2 parMP + NP + 2 (soma de três números par é par).
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Re: [obm-l] sobrejetividade e abertos

2006-05-26 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
A norma que geralmente se usa é||L|| = sup { |L(x)| : |x| = 1 }Em 26/05/06, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
 escreveu:Qual topologia estah definida em L? para falarmos em conjuntos abertos de L,
temos necessariamente que estabelecer uma topologia, que possivelmente seorigina de uma norma definida em L.Se F eh o conjunto das funcoes definidas em um conjunto X e com valores emR, uma forma usual de se normar F e definir a norma ||.|| de cada um de seus
elemntos f por ||f|| = supremo{|f(x|| x estah em X}. Se f tiver valores emR^m, a mesma definicao se aplica, bastando considerar |f(x)| como a normaeuclidiana do vetor f(x). Mas para que estah definicao atenda aas
propriedades de uma norma (um mumero real =0), eh necessario que F sejacomposto por funcoes limitadas, a menos que se admita que a norma possa serinfinita.No caso bem simples em que m= n =1 e as funcoes sao continuas, L eh a
familia da funcoes f:R-R dadas por f(x) = k*x, k em R. Todas sao bijetoras.Mas se normarmos L conforme acima definido, todas a funcoes terao normainfinita e a distancia ||f1 - f2|| entre 2 funcoes distintas de L eh sempre
infinita. Se, entretanto, restringirmos as f de L a um compacto de R, umintervalo fechado e limitado, por exemplo, entao a definicao fica bem clarae L torna-se um espaco metrico.Artur-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]]Emnome de Felipe NobiliEnviada em: terça-feira, 23 de maio de 2006 17:19
Para: obm-l@mat.puc-rio.brAssunto: [obm-l] sobrejetividade e abertosSeja L(R^n,R^m) o conjunto das transformações linearesde R^n - R^m. como provar que as transformações
lineares sobrejetivas formam um conjunto aberto emL(R^n,R^m)?Como provar que as transformações lineares injetivastambém forma conjunto aberto?obrigado.__
Do You Yahoo!?Tired of spam?Yahoo! Mail has the best spam protection aroundhttp://mail.yahoo.com=
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[obm-l] Latex no linux

2006-05-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi, pessoal da lista.Esse não é um e-mail precisamente de matemática, mas acho que deve interessar a pessoas nessa lista, acho que tem sentido postá-la aqui. Se não tem, me perdoem. Eu sou um entusiasta do software livre. Considero muito saudável e nobre a colaboração desinteressada de uns com os outros. Mas sou um zero à esquerda em computação. Eu sabia mexer bem no MS-DOS há uns cinco anos, mas hoje em dia, sou um ignorante. Mesmo assim, arrisquei usar o Kurumin. Eu tenho enfrentado problemas bem básicos que não sei contornar. Mas isso não cabe aqui na lista.
Queria saber se alguém conhece um sistema de Latex para baixar na internet (eu não tenho acesso à internet, vou colocar num cd e depois instalar no meu pc) que seja amigável. Eu baixei o teTeX, mas não consegui digitar todos os comandos certos, não entendo nada daquilo. Aí não deu certo.
E para falar de matemática: alguém sabe se é verdade que dados dois espaços de Banach X e Y, com uma isometria de cada um no outro, eles são isomorfos?Valeu!Duda-- --
Exercite-se, alimente-se bem, seja introspectivo, amoroso e humilde, sirva e perdoe, realize-se e viva feliz![EMAIL PROTECTED]
http://paginas.terra.com.br/arte/dudastabel/


[obm-l] Saudações!

2006-04-20 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá, amigos da lista!Depois de algum tempo (mais de ano...) longe da lista, estou de volta. Espero contribuir com boas mensagens, motivadoras e enriquecedoras e espero aprender com vocês e me inspirar, assim como poder manter um contato com os amigos que aqui se encontram.
Um grande abraço a todos os meus conhecidos!Duda


Re: [obm-l] Esta funcao eh continua

2004-05-01 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
 Boa noite

 Naquele problema sobre a funcao logaritmica, acabei
 chagando aa conclusao que, se f eh uniformemente
 continua nos racionais (ou, de modo mais geral, em um
 conjunto denso em R) e monotonica em todo o R, entao f
 eh continua em R.
 E se relaxarmos continuidade uniforme e assumirmos
 apenas continuidade? A conclusao permanece valida?
 Naum cheguei a uma conclusao ainda.
 Artur

Oi Artur.

Depois de semanas sem tempo para relaxar, estou tendo um dia de folga e é
com prazer que leio e repondo algumas mensagens desta nossa querida lista de
discussão. Que saudades!

Se X é denso em Y, tratando-se de espaços métricos, e uma função f  de X em
R é uniformemente contínua (não precisa da hipótese de monotonicidade), ela
pode ser estendida a uma função F de Y em R ainda uniformemente contínua,
com F|X = f.

Se f é uniformemente contínua, leva seqüências de Cauchy em seqüências de
Cauchy (isto não vale se f é só contínua), e daí você estende f num ponto
a FORA de X, em Y, como o limite de f numa seqüência de Cauchy em X
qualquer cujo limite é a. Em seguida, mostra que F assim obtida está bem
definida: se (x_n) e (y_n) são de Cauchy em X com limite em a, então a
seqüência (z_n) = (x_1,y_1,x_2,y_2,...) é de Cauchy e logo (f(z_n)) é de
Cauchy, o que mostra que os limites de (f(x_n)) e de (f(y_n)), ambas
subseqüências de (f(z_n)), é o mesmo. Por fim, demonstra ser F uniformemente
contínua: dado e  0 existe d  0 para a uniformidade contínua de f; se a e
b estão em Y e (x_n) e (y_n) em X tem limites a e b, respectivamente, e
d(a,b)  d então existe N tal que d(x_n,y_n)  d se n  N donde se conclui
que d(f(x_n),f(y_n))  e e o limite d(f(a),f(b) = e.

A conclusão não valeria se f fosse só contínua. Vide o exemplo de f : (0 ,
1] -- R, f(x) = 1/x. Ela não pode ser estendida continuamente a todo [0 ,
1].

Abraço,
Duda.



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] envoltória convexa e conjuntos compactos

2004-05-01 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
From: Cláudio (Prática) [EMAIL PROTECTED]
 
  Se X eh um conjunto qualquer de objetos e definimos uma metrica em X que
 nao
  o faca completo, eh entao verdade que existe um espaco metrico completo
  contendo X como subespaco?
 
  Artur
 
 Bom, isso eu já não sei dizer porque topologia não é nem de longe a minha
 praia, mas me parece que se tornarmos Q (corpo dos racionais) um espaço
 métrico com a distância usual d(x,y) = |x - y|, a existência de um espaço
 métrico completo que o contenha só é estabelecida por meio do axioma do
 supremo.

 No caso geral pode ser que você também tenha que postular a existência de
um
 espaço métrico completo contendo um dado espaço.

 De qualquer jeito, acho melhor esperar pela resposta de alguém mais
 gabaritado...

 []s,
 Claudio.

Oi Cláudio e Artur.

Na verdade, esta é uma questão simples, que está respondida no livro de
Espaços Métricos do Elon, se eu a entendi bem. Dado um espaço métrico geral
X existe um compleTAmento Y de X, que o contém como subespaço métrico (na
verdade é uma copía isométrica de X), que é completo e tal que X é denso em
Y.

A maneira que sei de provar isto é exibir Y, dado um X.

Considere o conjunto das seqüências de Cauchy em X, denotado por S. (Lembra
o que é seqüência de Cauchy? Uma seqüência (x_n) em X é de Cauchy se para
todo e  0 existe N tal que d(x_n,x_m)  e se n, m  N). Defina então uma
relação de equivalência em S:

(x_n) ~ (y_n) :== lim d(x_n,y_n) = 0

Ou seja, duas seqüências de Cauchy são equivalentes se elas se confundem no
infinito ou os seus termos gerais se tornam arbitrariamente próximos. Para
finalizar tome o conjunto quociente Y = S/~, definindo distância de duas
classes de seqüências de Cauchy [(x_n)] e [(y_n)] como:

D( [(x_n)], [(y_n)] ) = lim d(x_n, y_n) (é preciso mostrar que D está bem
definida, i.e., independe da escolha (x_n) e (y_n) nas suas classes de
eqüivalência)

Fica como exercício mostrar que X pode ser imerso naturalmente em Y, (cada x
em X é levado na classe da seqüência constante (x) em Y) e que Y é completo
e X é denso em Y. Não é difícil, asseguro.

Abração,
Duda.

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[obm-l] Re:

2004-04-10 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Diego.

É claro que f(0) = 0 em a). Apenas use a definição de derivada:

| lim(h--0){ [ f(h) - f(0) ]/h }|
= lim(h--0){ | f(h)/h | }
= lim(h--0){ |h^2/h| }
=  lim(h--0){ |h| } = 0

Portanto f é derivável em x=0 e f'(0) = 0. Em b), use que | sen(x) | = 1 e
aplique a).

Abraço,
Duda.


From: Diego Stéfano [EMAIL PROTECTED]
 Me ajudem no seguinte problema:

 -
 a) Seja f(x) uma função que satisfaz |f(x)| = x^2
 para [-1, 1]. Mostre que f é derivável em x = 0 e
 determine f'(0).

 b) Mostre que a função

   f(x) = x^2 * sen( 1/x ), para x != 0
   f(x) = 0, para x = 0

 é derivável em x = 0 e determine f'(0).
 -

 Alguém poderia me mostrar, passo a passo, como se
 resolve esse tipo de problema?

 Valeu!

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Re: [obm-l] Extensoes de Corpos

2004-03-29 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Cláudio.

Eu não tenho lido as mensagens da lista, e li esta sem querer.

Se a extensão E:F é normal e separável, além de finita, existe um teorema
(teorema da correspondência de Galois) que afirma que existe uma bijeção
entre os corpos intermediários da extensão e o grupo de F-automorfismos de
E, que é um grupo finito. Existe uma relação bem simples entre a dimensão da
extensão e o tamanho do subgrupo. Aí você procura, ao invés de corpos
intermediários, os subgrupos de determinada ordem.

Eu acho que, em geral, a resposta à sua pergunta é difícil.

Abraço,
Duda.

- Original Message -
From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
To: Lista OBM [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sunday, March 28, 2004 7:20 PM
Subject: [obm-l] Extensoes de Corpos


 Oi, pessoal:

 Com relacao a minha mensagem anterior, minha duvida eh mais geral:

 Sejam um corpo F, de caracteristica 0, e uma extensao E tal que [E:F] = n.
 Se m divide n, quais as condicoes para que exista um corpo K tal que:
 F = K = E, e [K:F] = m?

 []s,
 Claudio.



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[obm-l] Tradução de conceitos de álgebra

2004-02-18 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi pessoal.

Alguém sabe como se traduzem as expressões spliting field e a polynomial
splits over a field para a nossa Língua Portuguesa?

Obrigado a quem responder!
E um abraço também.
Duda.

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Re: [obm-l] Teorema de Baire

2004-02-17 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi, Artur.

Lendo sua pergunta, me veio uma idéia à cabeça. Espero que ajude a
esclarecer a questão.

Uma forma de medir o tamanho de um espaço topológico (espaço + topologia) é
verificando se nele, a interseção contável de subconjuntos abertos densos é
não-vazia. Neste caso, dizemos que o espaço é de Baire.

Existem várias formulações de teoremas de Baire. A mais tradicional que eu
costumo ver é que um espaço métrico completo é um espaço de Baire. No meu
livro de Topologia Geral, diz que um subconjunto G-delta de um espaço de
Hausdorff compacto é um espaço de Baire. Tanto faz, para o meus propósito.

O importante é que com este CONCEITO, ou com esta FORMA DE MEDIR O TAMANHO
DO ESPAÇO ou com esta PROPRIEDADE DO ESPAÇO TOPOLÓGICO, podemos resolver os
seguintes problemas:

(a) não existe função dos reais nos reais contínua exatamente nos
irracionais;
(b) existem funções contínuas não deriváveis em nenhum ponto;
(c) o plano de Moore não é normal;
(d) sendo f função dos reais nos reais tal que para todo x real existe n
natural com f^n(x)=0 então f é polinômio.

O que nos convence de que este conceito é natural, pois ele nos possibilita
resolver (pelo menos de modo fácil) muitos problemas. Muitas vezes, o modo
de resolver um problema é saber olhar para ele de forma correta. O exempo
mais marcante que eu lembro são os problemas da quadratura do círculo, da
trisecção do ângulo e da duplicação da esfera. O fato de olher para as
extensões de corpo, como espaços vetoriais, traz a tona o conceito de
dimensão, que resolve facilmente o problema.

Abraço,
Duda.

From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
 Boa tarde.
 Eu sei que este assunto eh um tanto fora do contexto
 usual desta lista, mas serah que alguem poderia falar
 um pouco sobre o Teorema de Baire? Eu conheco  teorema
 (ele pode ser encontrado em uma serie de bons livros)
 mas eu ainda nao consegui ter uma boa percepcao sobre
 ele, ainda nao entrou na massa do meu sangue. Foi um
 processo semelhante com o conceito de conjunto
 compacto. A principio, eu tive alguma dificuldade de
 assimilar a definicao baseada em cobreturas abertas.
 Mas com o tempo isto me pareceu natural
 Obrigado a quem puder colaborar.
 Artur


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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Outra sobre álgebra

2004-02-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel

From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 on 13.02.04 03:23, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
 wrote:

 
  From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
  on 12.02.04 23:43, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
  wrote:
 
  Oi colegas da lista.
 
  Seja K um corpo, K[t] o anel de polinômios sobre K e dois polinômios P
e
  Q
  de K[t] ambos irredutíveis de mesmo grau. É verdade que os aneis
  quocientes
  (são corpos, na verdade) F = K[t] / (P) e G = K[t] / (Q) são
isomorfos?
 
  Eu imagino que sim pelo isomorfismo h : F -- G que leva (P) + f em
(Q)
  + f.
  Não tenho boa visão sobre como se corportam esses aneis quocientes do
  tipo
  de F e G. Alguém sabe um bom livro para ler sobre isto, ou artigo na
  internet?
 
  Um abraço e obrigado por qualquer ajuda.
  Duda.
 
  Oi, Duda:
 
  Se P pertence a K[t] e grau(P) = n, entao K[t] / (P) eh um espaco
vetorial
  de dimensao n sobre K. Alem disso, dois espacos vetoriais de mesma
  dimensao
  sobre um mesmo corpo sao isomorfos. Isso prova o resultado. Acho
inclusive
  que P nao precisa ser irredutivel (mas nesse caso, o anel quociente nao
  serah um corpo)
 
  Uma boa fonte on-line sobre algebra em geral estah aqui:
  http://www.math.uiuc.edu/~r-ash/
 
  Um abraco,
  Claudio.
 
  Eu ACHO que você está se confundindo. Pelo que entendo, há dois
conceitos de
  isomorfismo envolvidos neste caso. O primeiro é o conceito de
isomorfismo
  entre espaços vetoriais e o segundo, isomorfismo entre corpos (ou entre
  anéis). Como os dois espaços vetoriais sobre K tem a mesma dimensão,
fica
  fácil de estabelecer um isomorfismo, mas isto não implica que este
  isomorfismo preserve a multiplicação.
 
 Voce tem toda a razao. Eu misturei os dois conceitos e o problema estah
 justamente na multiplicacao.

 Por enquanto o que eu fiz foi o seguinte:

 Como K eh um corpo, podemos supor s.p.d.g. que P(x) e Q(x) sao monicos de
 grau n+1 (n+1 e nao n pra facilitar a notacao mais adiante).

 Seja a uma raiz de P(x). Como P(x) eh irredutivel, P(x) serah o polinomio
 minimo de a. Entao K[a] eh uma extensao algebrica (e portanto finita) de K
e
 (isso eu tenho certeza) K[x]/(P(x)) eh isomorfo a K[a].

 Da mesma forma, se b eh uma raiz de Q(x), entao K[x]/(Q(x)) eh isomorfo a
 K[b].

 Mas:
 K[a] = {u_0 + u_1*a + u_2*a^2 + ... + u_n*a^n | u_i pertence a K}
 e
 K[b] = {v_0 + v_1*b + v_2*b^2 + ... + v_n*b^n | v_i pertence a K}.

 Serah que K[a] e K[b] sao isomorfos?

 Eu acho que sim. O que voce acha?

Oi, Cláudio.

Eu acho o mesmo que você. Eu acho também que o desejado isomorfismo entre
corpos é aquele mais natural possível que leva os coeficientes u_i nos
mesmos coeficientes v_i. Mas aí surge o problema de que não sei onde vou
entrar com a informação de que P e Q são irredutíveis. O que me indica que
eu não estou sabendo ENTENDER direito estes conceitos e corpos.

Bom, como estou de férias e fui convidado para ir à praia (aqui em Porto
Alegre, não há praia ;) ), vou passar este final de semana nela, e não vou
ler mais as mensagens. Só segunda-feira, quando voltar. Até lá, não
responderei portanto, mas vou pensar mais na questão e assim que chegar vou
ver as mensagens da lista.

Não sei se você concorda comigo. Mas acho que os livros (pelo menos os que
eu já li) passam rápido demais por anéis do tipo R[x] / (P) e não esclarecem
grande coisa, ou será que somos nós com uma dificuldade boba...?

Abração e valeu!
Duda.

  Posso estar dizendo uma grande bobagem, mas o exemplo abaixo me sugere
que
  não:
 
  Se P e Q são polinômios em t sobre K, P é irredutível e Q não é então F
=
  K[t] / (P) é um corpo mas G = K[t] / (Q) não é. É impossível que haja um
  isomorfismo (de anél) entre F e G, pois neste caso ambos seriam corpos.
O
  que me sugere que neste caso eles não são isomorfos.
 
 Concordo com o argumento.

  Obrigado pela resposta e pela indicação do site.
 
  Você já leu o livro Galois Theory, do Ian Stewart? Estou estudando por
  ele, e me surgiu esta dúvida em um dos exercícios do livro. Na verdade,
esta
  é a segunda, a outra foi sobre Zn*.
 
 Ainda nao. Esse semestre eu pretendo fazer um curso sobre esse assunto na
 USP. Espero estar mais afiado em julho...

 Um abraco,
 Claudio.


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[obm-l] Outra sobre álgebra

2004-02-12 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi colegas da lista.

Seja K um corpo, K[t] o anel de polinômios sobre K e dois polinômios P e Q
de K[t] ambos irredutíveis de mesmo grau. É verdade que os aneis quocientes
(são corpos, na verdade) F = K[t] / (P) e G = K[t] / (Q) são isomorfos?

Eu imagino que sim pelo isomorfismo h : F -- G que leva (P) + f em (Q) + f.
Não tenho boa visão sobre como se corportam esses aneis quocientes do tipo
de F e G. Alguém sabe um bom livro para ler sobre isto, ou artigo na
internet?

Um abraço e obrigado por qualquer ajuda.
Duda.

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[obm-l] Re: [obm-l] Outra sobre álgebra

2004-02-12 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel

From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 on 12.02.04 23:43, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
 wrote:

  Oi colegas da lista.
 
  Seja K um corpo, K[t] o anel de polinômios sobre K e dois polinômios P e
Q
  de K[t] ambos irredutíveis de mesmo grau. É verdade que os aneis
quocientes
  (são corpos, na verdade) F = K[t] / (P) e G = K[t] / (Q) são isomorfos?
 
  Eu imagino que sim pelo isomorfismo h : F -- G que leva (P) + f em (Q)
+ f.
  Não tenho boa visão sobre como se corportam esses aneis quocientes do
tipo
  de F e G. Alguém sabe um bom livro para ler sobre isto, ou artigo na
  internet?
 
  Um abraço e obrigado por qualquer ajuda.
  Duda.
 
 Oi, Duda:

 Se P pertence a K[t] e grau(P) = n, entao K[t] / (P) eh um espaco vetorial
 de dimensao n sobre K. Alem disso, dois espacos vetoriais de mesma
dimensao
 sobre um mesmo corpo sao isomorfos. Isso prova o resultado. Acho inclusive
 que P nao precisa ser irredutivel (mas nesse caso, o anel quociente nao
 serah um corpo)

 Uma boa fonte on-line sobre algebra em geral estah aqui:
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 Um abraco,
 Claudio.

Eu ACHO que você está se confundindo. Pelo que entendo, há dois conceitos de
isomorfismo envolvidos neste caso. O primeiro é o conceito de isomorfismo
entre espaços vetoriais e o segundo, isomorfismo entre corpos (ou entre
anéis). Como os dois espaços vetoriais sobre K tem a mesma dimensão, fica
fácil de estabelecer um isomorfismo, mas isto não implica que este
isomorfismo preserve a multiplicação.

Posso estar dizendo uma grande bobagem, mas o exemplo abaixo me sugere que
não:

Se P e Q são polinômios em t sobre K, P é irredutível e Q não é então F =
K[t] / (P) é um corpo mas G = K[t] / (Q) não é. É impossível que haja um
isomorfismo (de anél) entre F e G, pois neste caso ambos seriam corpos. O
que me sugere que neste caso eles não são isomorfos.

Obrigado pela resposta e pela indicação do site.

Você já leu o livro Galois Theory, do Ian Stewart? Estou estudando por
ele, e me surgiu esta dúvida em um dos exercícios do livro. Na verdade, esta
é a segunda, a outra foi sobre Zn*.

Um abraço,
Duda.



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[obm-l] Inversíveis de Z/nZ

2004-02-10 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá pessoal da lista.

Muitas vezes já li sobre o grupo multiplicativa dos elementos inversíveis de
Z/nZ para n inteiro positivo, contudo nunca me perguntei sobre a estrutura
desse grupo. Ainda nem pensei na questão e estou propondo ela na lista para
que outras pessoas também pensem sobre isto. Se alguém tiver algum
comentário, ficarei grato.

Abração,
Duda.

PS. Raramente, eu dou sinal de vida quando respondem a uma mensagem minha.
Mas isto não quer dizer que eu não leia as respostas. Eu sempre leio. Acho
que não cabe ficar enchendo a lista com mensagens de agradecimento. Eu
assumo, também, que quando respondo a alguém este alguém lê. A maioria deve
agir assim. Não entendo por que algumas pessoas ficam sentidas por não terem
resposta...

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Re: [obm-l] Re: [obm-l] f(x) e f'(x)

2004-02-06 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Anderson Torres.

Eu respondi esta questão considerando todas as raízes reais distintas, o
Rafael considerou o caso em que há raízes repetidas. De qualquer forma, as
idéias do Márcio e do Rafael juntas completam a questão. O essencial é que
se a é uma raiz de multiplicidade m de P(x) então a é raiz de multiplicidade
m-1 de P'(x), e entre raízes consecutivas de P(x) existe ao menos uma raiz
de P'(x) (pelo teorema de Rolle).

Não consegui ter idéia do que você falou. Explique-se melhor. Como assim
ver o valor das raízes? Afinal, já é isto que estamos fazendo,
considerando os intervalos onde estão as raízes de P'(x).

Abraço,
Duda.


From: [EMAIL PROTECTED]
 Tive uma ideia MAIS demorada...talvez vendo o valor das raizes no
polinomio
 derivado ajude...

 -- Mensagem original --

 Vc pode usar o teorema de Rolle, que diz que dada f derivável em
(a,b),
 f(a)=f(b) implica que f'(x) = 0 tem ao menos uma solucao real em (a,b).

 
 
   - Original Message -
   From: Marcelo Souza
   To: [EMAIL PROTECTED]
   Sent: Thursday, February 05, 2004 1:20 AM
   Subject: [obm-l] f(x) e f'(x)
 
 
   Suponha p um polinomio de quinto grau em x. Como demonstro que se toda
 raiz de p(x) é real, entaum p'(x) tem 4 raizes reias (e p''(x) tem 3
raizes
 reais...)
 
   []'s, M.
 
 

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Re: [obm-l] f(x) e f'(x)

2004-02-04 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel



Oi Marcelo.

Sejam r  s duas raízes reais consecutivas do 
polinômio P(x). No intervalo (r, s) o polinômio assume valoressó positivos 
ou só negativos. No primeiro caso existe um ponto de máximo localr  T 
 s pois P é contínuo no compacto [r, s] e nulo nos extremos, sendo positivo 
no interior. No outro caso, um ponto de mínimo local. Nestes pontos de extremo 
local aderivada se anula. Fica para você concluir...

Duda.

  - Original Message - 
  From: 
  Marcelo Souza 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, February 05, 2004 12:20 
  AM
  Subject: [obm-l] f(x) e f'(x)
  
  
  Suponha pum polinomio de quinto grau em x. Como demonstro 
  que se toda raiz de p(x) é real, entaump'(x) tem 4 raizes reias (e 
  p''(x)tem 3 raizes reais...)
  
  []'s, M.
  
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Re: [obm-l] Conjectura Borsuk

2004-01-29 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel



Olá!

Se bem lembro, no Colóquio Brasileiro de Matemática 
de 2001, o Gugu apresentou este resultado num curso de Combinatória 
Contemporânea, junto com o orientador do Bruno Leite, agora não lembro o nome. 
Se você não encontrar este livro numa biblioteca, avise-me que eu dou uma 
olhada.

Abração,
Duda.

  - Original Message - 
  From: 
  Domingos Jr. 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 29, 2004 9:37 
  PM
  Subject: Re: [obm-l] Conjectura 
  Borsuk
  
  No livro Proofs from The Book aparece a demonstração de que 
  a conjectura de Borsuk é falsa e a dimensãoé 560... (o record colocado 
  no livro é d=298, obtido em 2002)
  O interessante é que esse problema foi resolvido como um 
  problema de combinatória.
  
  Os caras querefutaram a conjectura são Jeff Kahn e Gil 
  Kalai, e isso foi em 1993.
  
  Sugiro que vc dê uma olhada no proofs from the book, é um 
  excelente livro!
  
  ah, o título do paper é:
  "A counterexample to Borsuk's conjecture", Bulletin Amer. 
  Math Soc.
  
  [ ]'s
  
  

Alguem ai sabe qual o titulo/autor do paper de 2000 no qual foi provado 
que é falsa a conjectura de Borsuk para altas dimensoes. a 
conjectura é tipo o seguinte: no plano (d=2) tome um circulo (tanto faz a 
figura) de diametro 1, entao é possivel dividi-lo em3 (d+1) figuras 
com diametro menores que 1. 
o pior é que parece que o contra exemplo é pra algo do tipo d=9000
valeu, abraço.


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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Dúvida

2004-01-29 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Platão e demais.

Não querendo corrigir, mas já enriquecendo a mensagem do Platão. Se n é
primo (com exceção a n=2) então Phi(n) = n-1 é par. Se n é potência de primo
n = p^i (com i=2) então Phi(n) = p^i - p^(i-1) também é par. Já que a
função Phi é multiplicatica, isto é, se mdc(m,n)=1 então Phi(mn) = Phi(m)
Phi(n), então segue a conclusão de que, a menos para n = 2, Phi(n) é um
número par.

Para quem não conhece (a maioria), o Platão é amigo meu, de Novo Hamburgo, e
portanto também gaúcho. Saudações ao mais novo membro da lista, todos
esperamos boas contribuições como essa! Seja bem-vindo!

Abração,
Duda.


From: Platão Gonçalves Terra Neto [EMAIL PROTECTED]
 Basta ver que se p é primo, ímpar, então phi(p)=p-1, par.
 Para n=b^c, b primo, phi(b^c)=b^c-b^(c-1), que é par, ou seja,  se
 n=a1^p2*a2^p2*...an^pn, sendo ai, todos primos , distintos , n2 e pi
 expoentes, então phi(n) é par.
 Se n=2^k, phi(n)=2^k-2^(k-1), que é par, exceção, para phi(2)=1.
 phi(1)=1.
 Logo, phi(n) é par , para todo n2, donde ,N* não é imagem de phi(n)
 - Original Message -
 From: André Martin Timpanaro [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Thursday, January 29, 2004 8:38 PM
 Subject: [obm-l] Dúvida


  A afirmação abaixo é verdadeira?
 
  Dado um número natural n não nulo existe algum natural m tal que
phi(m)=n.
  Onde phi(x) é a função phi de Euler.
  Em outras palavras, a imagem de phi(x) é N* ?
 
  André T.
 
  _
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Re: [obm-l] Eureka ??

2004-01-28 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel



A ltima  a 18, que est no site da 
obm
http://www.obm.org.br.

Eduardo Casagrande Stabel.

  - Original Message - 
  From: 
  Gustavo 
  To: Olmpiada 
  Sent: Wednesday, January 28, 2004 6:45 
  PM
  Subject: [obm-l] Eureka ??
  
  A ultima q recebi foi a de nmero 17( out' 
  2003).Alguem confirma se esta realmente foi a ultima ou ja foi 
  destribuida a de numero 18 ? quando saira ? e renovao ja foi 
  enviada?
   Antecipadamente 
agradeo


[obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Todas as funcoes lineares são continuas? Resposta: NÃO

2003-12-24 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!

Seja P o espaço vetorial dos polinômios com a norma |p(x)| = SOMA{ |a_i| }
onde a_i são os coeficientes do polinômio p(x). Defina um funcional linear
f:P-R por f(p(x)) = SOMA{ i*a_i }. Demonstre que este é um funcional
linear. Ele é ilimitado pois f(x^n) = n apesar de |x^n| = 1, portanto é
descontínuo.

Não estou plenamente certo de que está certo, não sei por que...

Que todos confraternizem com amor nas festas de final de ano!,
Duda.

From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
 Eu de fato jah ouvi isto, mas nao conheco a prova.
 Uma funcao eh linear se para todos x e y em seu dominio tivermos (f(x+y) =
 f(x) + f(y). Se o dominio for um espaco vetorial R^n, entao a continuidade
 em um unico ponto acarreta a continuidade em todo R^n. Logo, se o exemplo
do
 livro foi, como acho que eh, uma funcao definida em R, entao o autor tem
que
 ter apresentado uma funcao linear descontinua em todo o R.
 Artur

 Alguem conhece a prova?
 No livro Counterexamples in Analysis
 by Bernard R. Gelbaum (Author), John M. H. Olmsted (Author) , eles
 apresentam um contra exemplo, ou seja, constroem uma funcao linear que
 não é continua. Alguem conhece?! Eu obviamente nao tenho o livro.
 
 Obrigado.
 
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Re: Re:[obm-l] Resultado.

2003-12-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Nelly e Carlos!

Não dêem ouvido ao Stein, mandem só os prata e ouros -- de outro jeito eu
não vou conseguir ir, por que disputar com essa gurizada cheia de medalhas,
pra mim que sou fraquinho, vai ser difícil... ;) Deixando de lado a
brincadeira, qual o critério de seleção para a IMC? Há provas de seleção? Em
que país será a próxima? Alguém financia os alunos para irem ou eles tem que
buscar patrocínio/pagar por conta? Quanto à Semana Olímpica, alguém dá ajuda
de custo para passagem e hospedagem? Quando e onde vai ser?

O quanto antes eu souber estas respostas, melhor, pois posso passar, desde
já, a buscar financiamento da minha universidade, caso ninguém dê ajuda de
custo.

Abração,
Duda.


From: Carlos [EMAIL PROTECTED]
 E ai Nelly!

 Fiquei tão triste com meu resultado! :(
 Tem como saber minha pontuação de cada questão, é porque
 achei que tinha feito tres questões (1, 4 e 5), inclusive
 mandei soluções pra lista obm-x e pelo visto tava correto...
 De qualquer forma, vocês continuarão mandando apenas prata e
 ouro, ou poderão abrir exceções, já que a IMC é por
 universidade?

 Abraços,

 Stein


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Re: [obm-l] resultado

2003-12-09 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Ah... tá quase saindo o resultado do nível U?

From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
 On Fri, Dec 05, 2003 at 09:10:31AM -0200, Eduardo Soares wrote:
  E o resultado da OBM sai quando?

 Provavelmente ainda hoje para os níveis 1-2-3.
 O nível U deve sair semana que vem. []s, N.


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[obm-l] Pêndulo sem atrito

2003-12-09 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!

Alguém conhece a fórmula e a demonstração do período do pêndulo sem atrito?

Duda.

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Re: [obm-l] Permutacoes Caoticas

2003-12-03 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Desarranjo, na minha terra, tem a ver com problemas intestinais... por
favor, não me batam!

From: Angelo Barone Netto [EMAIL PROTECTED]
 Ha quem as chame de desarranjos.

 Angelo Barone{\ --\ }Netto   Universidade de Sao Paulo
 Departamento de Matematica Aplicada  Instituto de Matematica e Estatistica
 Rua do Matao, 1010   Butanta - Cidade Universitaria
 Caixa Postal 66 281  phone +55-11-3091-6162/6224/6136
 05311-970 - Sao Paulo - SP   fax +55-11-3091-6131
 Agencia Cidade de Sao Paulo
 .


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Re: [obm-l] Sequencia crescente

2003-12-03 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Cláudio.

*2, 3, *6, 7, 8, 9, *14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, *30, ...

A idéia é

a(2^n - 1 + q) = 2*(2^n - 1) + q para n = 1 e 0 = q = (2^n - 1)

Desta forma, a seqüência é crescente e

a(2^n - 1) / (2^n - 1) = 2 para n = 1 e

a(2^n - 1 + (2^n - 1)) / (2^(n+1) - 2) = [ 2*2^n - 2 + (2^n - 1) ] /
2*(2^n - 1) = [ 3*(2^n - 1) ] / 2*(2^n - 1) = 3/2 para n = 1

valendo lim inf a(n)/n = 1.5  2 = lim sup a(n)/n.

Abraço,
Duda.



From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 Alguem saberia dar um exemplo de uma sequencia (a(n)) de inteiros
positivos,
 estritamente crescente e tal que liminf a(n)/n  limsup a(n)/n ?

 Um abraco,
 Claudio.


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Re: [obm-l] alg-lin

2003-11-29 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel

From: Guilherme Carlos Moreira e Silva [EMAIL PROTECTED]
 É verdade que toda transformacao linear tem um
 subespaco invariante?

Toda transformação linear do espaço em si mesmo L:E--E tem sempre dois
subespaços invariantes: o espaço trivial só com o vetor zero e o espaço
todo. É verdade, também, que toda transformação deste tipo possui um
supespeço invariante de dimensão 1 ou 2, se o corpo em questão é os reais; e
1 se o corpo são os complexos.

 Existe diferenca entre subespaco invariante e
 autoespaco?

Existe. Um autoespaço é o espaço associado a um autovalor. Todo autoespaço é
invariante, mas não vale a recíproca. Por exemplo a transformação L(x,y) =
(-y,x) (rotação de 90 graus) não possui autoespaços, alem do trivial,
contudo o R^2 é invariante por L.

Abração,
Duda.


 Desde já, grato pela atencao.

 __

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 http://mail.yahoo.com.br
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[obm-l] Curiosidade

2003-11-25 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!

Há data prevista para divulgação dos resultados finais da OBM?

Abraço,
Duda.

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Re: [obm-l] Integral de uma funcao nula em quase todo um intervalo

2003-11-23 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Artur.

Se f é Riemann integrável, é integravel à Lebesgue, e as integrais
coincidem. Um resultado clássico de teoria da integração é que a integral
(respeito à Lebesgue) de uma função não-negativa é zero se e somente se ela
é zero em quase todo o ponto. Se não tens acesso a um livro de medida (como
Bartle ou Fernandez), tente você mesmo demonstrar este resultado.

Seja f : [a,b]-R integrável a Lebesgue nula em quase todo ponto. Podemos
decompor f = (f+) + (f-) nas suas partes positiva e negativa, sendo ambas
integráveis por definição, pois f é integrável. Temos (f+) e (f-)
não-negativas e nulas em quase todo ponto. Segue  do parágrafo anterior que
INT{ (f+) } = 0 = INT{ (f-) } e INT{ f } = 0.

Ok?

Abração,
Duda.


From: Artur Coste Steiner [EMAIL PROTECTED]
 Boa tarde
 Suponhamos que f:I - R, I = [a,b], seja Riemann integravel em I e nula
 em quase todo o I. Podemos entao afirmar que Integral (sobre I) f(x) dx
 = 0? Eu tenho quse certeza que sim, mas me enrolei na prova. Segundo o
 criterio da integrabilidade de Lebesgue, o conjunto das discontinuidades
 de f em I tem medida nula, porem nao estamos assumindo que f eh continua
 nos pontos em que eh nula.
 Eu tentei comparar com o caso da funcao de Thomae, mas esta funcao eh
 continua e nula nos irracionais e descontinua nos racionais que, por
 serem numeraveis, tem medida nula. Nao eh exatamente o caso da f acima.
 Al;guem poderia dar alguma sugestao?
 Obrigado
  Artur


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Re: [obm-l] O problema do camelo

2003-11-16 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Rogério.

O enunciado deste problema está ERRADO, pois do modo como ele está, não tem
solução.

Seja eps  0. Não é difícil mostrar que o camelo pode cumprir sua tarefa
começando com eps litros de água. Basta colocar o primeiro posto a eps/2
de distância e, no resto do caminho, dispor postos para que ele possa
cumprir seu objetivo. Como eps positivo foi escolhido arbitrariamente, não
há mínimo.

Se a pergunta é: quanta água ele precisa *no total* para cumprir sua missão?

Ainda assim, o problema não tem solução. Seja eps  0. Dispomos os postos
com uma quantidade de gasolina de forma que o camelo chegue até eps
quilômetros do objetivo final, com exatamente 100 litros de água. Ele vai
até o seu objetivo e despeja (100 - 2*eps) litros de água e ainda tem eps
consigo, então ele volta eps/2 quilômetros, se reabastece, e retorna ao
final. Dessa forma (se bem organizado) ele pode ter precisado andar
exatamente 1000 + eps quilômetros, consumido 1000 + eps litros de água e
levado 100 litros até o final, tendo utilizado 1100 + eps litros de água. É
impossível que ele cumpra sua missão com exatamente 1100 litros de água,
pois neste caso ele não poderia andar para trás. Também não há mínimo,
portanto.

Abraço,
Duda.


From: Rogerio Ponce [EMAIL PROTECTED]
 Repassando o problema do camelo...

 Um camelo deve fazer uma entrega de 1000 litros de água ao Sindicato dos
 Beduínos, que fica a 1000 km de distância de seu oásis de partida. O
camelo
 pode carregar até 100 litros de água e deve beber (continuamente) 1 litro
de
 água por quilômetro. Ele pode deixar depósitos de água em qualquer ponto
do
 caminho. De quanta água (no mínimo) ele precisa para cumprir sua missão?

 ---

 Li, e passei adiante esse problema há 3 dias. Algumas pessoas não
entenderam
 adequadamente o enunciado, de forma que faço algumas observações:

 1- O que se pretende é : qual o total mínimo da água necessária , no oásis
 de partida , para as sucessivas idas e vindas , alcançando pontos cada vez
 mais distantes, de forma a finalmente totalizar o transporte dos 1000
litros
 a 1000 km de distância.

 2- O camelo só precisa LEVAR a água , isto é , não precisa fazer a última
 viagem de volta.

 _
 MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
 http://messenger.msn.com.br

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Re: [obm-l] O problema do camelo

2003-11-16 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Fábio!

Sim, a idéia é espalhar reservatórios, não há nenhuma restrição quanto a
colocar mais reservatórios.

Vou ser mais preciso quanto aos detalhes.

Seja n um número natural qualquer, n  1000. Vamos dividir o caminho em
exatamente n pedaços de comprimento 1000 / n = eps cada um. Note que eps 
1. Suponha que ele parte da posição x = zero e quer chegar em x = 1000.

Ele começa com eps de água.
No reservatório em x = eps, há eps de água.
No reservatório em x = 2eps, há eps de água.
...
No reservatório em x = (n-2)eps = 1000 - 2eps, há eps de água.

Dessa forma ele se desloca até o ponto x = 1000 - eps tendo consumido
exatamente 1000 - eps de água.

Colocamos, então, muitos litros (já calcularei quantos) de água no
reservatório em x = (n-1)eps. O camelo vai até o final, em x = 1000, e lá
chega com 100 - eps, de água. Ele despeja, 100 - 2eps de água e permanece
com eps. Então ele volta até a posição x = 1000 - eps e se reabastece de 100
litros, indo até o final, e voltando a este ponto e assim sucessivamente.
Depois de dez indas e vindas, ele está na posição x = 1000 - eps, tendo
levado exatamente 1000 - 20eps para o final. Ele se abastece então de mais
21eps  21 , e chega ao final, completando sua tarefa.

Nos postos x = 0 , eps, 2pes, ..., (n-2)eps tínhamos eps de água em cada.
No posto x = (n-1)eps tínhamos 100 * 10 + 21.eps de água.

O total é (n-1)*eps + 1000 + 21*eps = 2000 + 20*eps = 2000 + 2/n.

A tarefa não pode ser completada com 2000 de água, pois isto implicaria que
o camelo andou só para frente e chegou ao final carregando 1000 litros de
água, o que fere as condições do enunciado. Mas 2000 + 2/n pode ser
feito arbitrariamente próximo de 2000. Logo não há mínimo.

Eu me enganei achando que ele teria que levar 100 litros ao final, e não
1000. Agora já corrigi.

O que achas?

Abraço do Duda.


On 11/16/03 21:03:05, Eduardo Casagrande Stabel wrote:
 [...]
 Se a pergunta é: quanta água ele precisa *no total* para cumprir sua
 missão?

 Ainda assim, o problema não tem solução. Seja eps  0. Dispomos os
 postos
 com uma quantidade de gasolina de forma que o camelo chegue até eps
 quilômetros do objetivo final, com exatamente 100 litros de água.
 [...]

Isso exige que se monte um reservatório na posição 1000-eps, já que a
capacidade máxima do camelo é exatamente 100 (i.e. a água que ele leva
é recém-obtida).

 [...] Ele
 vai
 até o seu objetivo e despeja (100 - 2*eps) litros de água e ainda tem
 eps
 consigo, então ele volta eps/2 quilômetros, se reabastece, [...]

Mas se reabastece aonde? Você não falou nada de reservatórios na
posição 1000 - eps/2.

e retorna
 ao
 final. Dessa forma (se bem organizado) ele pode ter precisado andar
 exatamente 1000 + eps quilômetros, consumido 1000 + eps litros de
 água
 e
 levado 100 litros até o final, tendo utilizado 1100 + eps litros de
 água. [...]

Mas ainda faltam 900 litros. O camelo deve transportar 1000 litros, e
não apenas 100.

Eu sei demonstrar que a tarefa é possível por indução: seja d a
distância que o camelo deve percorrer. É obvio que para d = 1 a tarefa
é possível. Suponha que é possível fazê-la com V litros. Então de uma
distância d+1, basta empurrar 98 litros de cada vez até a distância
d, de tal forma que haja pelo menos V litros de água em d, logo agora é
possível concluir a tarefa.

Eu acho que a solução passa por alguma idéia deste gênero, com um
incremento apropriado. Eu conjecturo que o incremento que dá o meior
rendimento é 25.

[]s,

--
Fábio ctg \pi Dias Moreira
GPG key ID: 6A539016BBF3190A (available at wwwkeys.pgp.net)



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[obm-l] Re: [obm-l] Dúvida em Função Polinomial

2003-11-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Oblomov.

TEOREMA. Uma função P polinomial, não constante, é bijetora se e somente se
é monótona.

Suponhamos P função polinomial, não constante e monótona. É um exercício que
está em todos os livros de análise mostrar que P(x) se torna ilimitado
quando x cresce a mais ou menos infinito. Como a função é monótona, ela vai
crescer a mais infinito para um lado e a menos infinito para o outro. A
imagem por P dos reais é conexo, pois R é conexo e P contínua, ilimitado
pelos dois lados, portanto deve ser todo o R, e a função é sobrejetora. Ela
é injetora pois se houvesse x  y com P(x) = P(y) então, pela
monotonicidade, P(z) = P(x) = P(y) para todo x  z  y, o que implicaria P
== cte, contrariando a hipótese. Portanto P é bijetora.

Suponhamos P função polinomial bijetora. Se a função não fosse monótona,
existiriam x  y  z tais que P(x)  P(y)  P(z) ou P(x)  P(y)  P(z). Seja
K um número entre P(x) e P(y) e entre P(x) e P(z). Como P é contínua, pelo
teorema do valor intermediário, existem w e u com x  w  y  e y  u  z
tais que P(w) = K = P(u), contrariando a hipótese de que P é injetora. Ou
seja, a função P é monótona.

E fim...

Uma outra maneira de dizer que P é monótona é dizer que P', a função
derivada, é não-negativa ou não-positiva. Daí podemos tirar um critério
talvez mais pé-no-chão. Encontramos todas as raízes da derivada P' : r_1,
r_2, ..., r_n. Queremos garantir que todos esses pontos são de mínimo local
ou todos são de máximo local. Para isso, eu não conheço um critério geral,
nem sei se existe. CASO as derivadas segundas P''(r_1), ..., P''(r_n)
tiverem todas o mesmo sinal, está garantido que todos os r_i são de extremo
local do mesmo tipo, mas esse não é um critério necessário em geral.

Era algo deste tipo que você queria?

Abraço,
Duda.

From: Oblomov Insistenko [EMAIL PROTECTED]

 Alô pessoal,
 alguém aí poderia me dizer qual é a condição para que uma função
polinomial
 seja  bijetora e... provar? Ou seja quero saber quando uma função
polinomial
 tem inversa.
 Obrigado.
 []'



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[obm-l] [u] - Espaços Top.

2003-11-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá pessoal!

Seja X um conjunto e T uma coleção de subconjuntos de X que é uma topologia,
isto é:
1) vazio e X estão em T
2) a unição de uma coleção de elementos de T ainda está em T
3) a interseção de uma coleção finita de elementos de T está em T.

Dizemos que a topologia T tem uma base B se a coleção de todas as unições
possíveis em B recupera (é igual a) T. Dizemos que T é uma topologia
separável se existe D enumerável, subconjunto de X, tal que todo elemento de
T tem interseção não-vazia com D.

Minha pergunta.

Ser espaço topológico (X,T) separável é equivalente a ter uma base B
enumerável?

Abração a todos!
Duda.

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Re: [obm-l] a^3 + b^3 + c^3 = 3abc

2003-11-06 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Daniel

Não entendi como você fez para concluir que

P(a, b, c) = (K1) . a

E o que, precisamente, quer dizer esta expressão aí de cima? Também não
soube interpretar.

Abraço,
Duda.


From: Daniel Faria [EMAIL PROTECTED]
 Pensei numa outra forma:

 1)   a + b + c = 0
 2)   P( a , b , c ) = a^3 + b^3 + c^3

 Considerando em (1) a=0, temos c=-b. Em (2):

   P( 0 , b , -b ) = 0^3 + b^3 + (-b)^3 = 0

 Assim P é da forma:

 3) P( a , b , c ) = ( K1) . a

 Considerando em (1) b=0, temos c=-a. Em (2):

   P( a , 0 , -a ) = a^3 + 0^3 + (-a)^3 = 0

 Assim P é da forma:

 4) P( a , b , c ) = ( K2) . b

 Considerando em (1) c=0, temos b=-a. Em (2):

   P( a , -a , 0 ) = a^3 + (-a)^3 + 0^3 = 0

 Assim P é da forma:

 P( a , b , c ) = ( K3) . c

 Concluo por (3),(4) e (5) que:

 6) P( a , b , c ) = k.a.b.c

 Substituo quaisquer valores nao nulos em a, b e c:
 pode ser  (a = b = c = n )

 2) P( n , n , n ) = n^3 + n^3 + n^3 = 3n^3
 6) P( n , n , n ) = k.n.n.n = kn^3

 Logo K=3

 P ( a , b , c ) = 3abc

 e finalmente:

 a^3 + b^3 + c^3 = 3abc

 _
 MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil.  http://www.hotmail.com

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Re: [obm-l] Re: N/A

2003-11-04 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi João!

Na mensagem do Morgado, ele escreveu:

Seja f(n) a resposta para uma sequencia de n bits. Ou a seq. começa em 1 ou
começa em 01.
Logo, f(n)=f(n-1)+f(n-2).
Como f(1) = 2 e f(2) = 3, f(3) = 2+3=5, f(4) = 5+3 = 8, f(5) = 8+5 = 13,
f(6)=13=8 = 21, f(7) = 21+13 = 44 e f(8) = 44+21 = 65.

Há um pequeno erro de contas. Onde diz 21 + 13 o resultado é 34 e não 44, aí
a resposta final são os mesmos 55 que você encontrou. Aproveitando a deixa,
do modo como eu havia feito (contando as seqüências com uma quantidade x de
zeros), eu esqueci de contar três seqüências com quatro zeros:

(01101010)
(01011010)
(01010110)

Eu havia contado apenas 52, com mais essas 3, fecho os 55.

Seu método, o do Morgado e o piorzinho dos três, o meu, estão corretos e
levam ao mesmo resultado.

Abração!
Duda.

From: João Gilberto Ponciano Pereira [EMAIL PROTECTED]
 Pessoal

 Sem querer ser chato, mas cheguei ao resultado de 55. O processo é um
pouco
 feio, mas chega lá.

 De quantas maneiras podemos formar uma sequencia de oito bits(0 ou 1) de
 forma que nunca  apareça nesta sequencia zeros adjacentes

 Seja A(n) o número de combinações dentro das regras que terminam com o bit
 1, e B(n) os que terminem com o bit 0.

 É fácil ver que:
 1) A(n+1) = A(n) + B(n)
 2) B(n+1) = A(n)

 Logo:
 A(n+1) + B(n+1) = 2*A(n) + B(n)
 e substituindo, temos:
 A(n+2) = 2*A(n) + A(n-1)

 Sabendo que:
  A(1) = 1 == (1)
  A(2) = 2 == (01, 11)
  A(3) = 3 == (011, 101, 111) obs: 001 não vale!
 podemos seguir com a recorrência até A(9) = A(8) + B(8) = 55

 Um abraço!
 JG

 -Original Message-
 From: Augusto Cesar de Oliveira Morgado [mailto:[EMAIL PROTECTED]
 Sent: Monday, November 03, 2003 9:29 PM
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Subject: Re: [obm-l] Re: N/A


 Recebi a mensagem que enviei com um rosto amarelo com cara de idiota
 sorrindo
 no lugar em que digitei o numero 8. Desculpas a todos.
 Morgado


 --
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 -- Original Message ---
 From: Augusto Cesar de Oliveira Morgado [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Mon, 3 Nov 2003 20:59:29 -0200
 Subject: [obm-l] Re: N/A

  Seja f(n) a resposta para uma sequencia de n bits. Ou a seq. começa
  em 1 ou começa em 01. Logo, f(n)=f(n-1)+f(n-2). Como f(1) = 2 e f(2)
  = 3, f(3) = 2+3=5, f(4) = 5+3 = 8, f(5) = 8+5 = 13, f(6)=13=8 = 21,
   f(7) = 21+13 = 44 e f(8) = 44+21 = 65.
 
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  -- Original Message ---
  From: Daniel Faria [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Sent: Mon, 03 Nov 2003 19:16:55 -0200
  Subject: N/A
 
   Ainda nao consegui finalizar este exercício:
  
   De quantas maneiras podemos formar uma sequencia de oito bits(0 ou 1)
de forma que nunca  apareça nesta sequencia zeros adjacentes ( _ _
   0 0 _ _ _ _ ).
  
   Obrigado.
  
   _
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   Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
   http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
  
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  --- End of Original Message ---
 
 
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  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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 --- End of Original Message ---

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[obm-l] Re:

2003-11-03 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Daniel.

Há um tempo, um aluno preparando-se para o entrar no curso de Mestrado em
Ciências da Computação da UFRGS me fez esta pergunta

A idéia que eu tive foi ir contando, de um modo organizado.

Primeiro a seqüência só de 1's. Depois as seqüências onde aparece somente um
zero, são ao todo 8. Depois as seqüências onde aparecem dois zeros. São elas

(01xx) -- 6 para o zero em qualquer um dos x
(101x) -- 5 para o zero em qualquer um dos x
(1101) -- 4 ...
...
(101x) -- 1

Ao todo são 6+5+4+3+2+1 = 21. Depois as seqüências onde aparecem três zeros.
São elas

(01yy) -- onde no y devem aparecer dois zeros, contam-se 4+3+2+1 = 10.
(101y) -- contam-se 3+2+1 = 6
...
(11101yyy) -- contam-se 1 = 1

Ao todo são 10+6+3+1 = 20. Depois as seqüências onde aparecem quatro zeros.
São elas

(01010101) e (10101010).

Somando tudo 2+20+21+8+1 = 52.

Duda.

From: Daniel Faria [EMAIL PROTECTED]
 Ainda nao consegui finalizar este exercício:

 De quantas maneiras podemos formar uma sequencia de oito bits(0 ou 1) de
 forma que nunca  apareça nesta sequencia zeros adjacentes ( _ _ 0 0 _ _ _
_
 ).

 Obrigado.


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Re: [obm-l] Soma A e B

2003-11-02 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
From: Daniel Faria [EMAIL PROTECTED]
 Efetuando a divisao na calculadora de A/B = 1,1818182. A calculadora pode
 ter nos dado o resultado exato ou uma aproximaçao.

 Se fosse exato A/B = 11818182/1000 = 5909091/500 a ultima
 irredutivel e os valores(numerador,denominador) nao estao entre 12 e 32,
 logo nao é a divisao exata.

 Sendo aproximada o numero pode ser 1.18181815  A/B 1,18181825.

 O mais correto seria provar que para quaisquer valores escolhidos de A/B
no
 intervalo exceto o valor escolhido abaixo, as respectivas fraçoes
 irredutiveis tem valores(numerador,denominador) acima de 32. O que
 impossibilita que seja resposta do exercício.

 PEÇO AOS COLEGAS DE LISTA QUE CASO CONHEÇAM UMA PROVA DISTO QUE ME ENVIEM.

 Sendo x = A/B = 1,18181818... uma dízima periódica infinita, temos:
 100x = 118,181818...
 1x =1,181818...

 Fazendo a subtraçao membro a membro, temos:

 99x = 117
x = 13/11

 A = 13.k e B = 11.k, com k inteiro.

 Para A e B estarem entre 12 e 32, somente k = 2.

 A = 26 e B = 22

 logo

 A+B = 48

 Espero ter conseguido ajudar em alguma coisa.

Está quase lá. Você encontrou uma fração A/B dentro das condições do
enunciado que, com o arredondamento, fica igual ao que é mostrado na
calculadora. Para concluir que não existe outra fração basta ver que
qualquer outra fração A'/B' que satisfaz as condições e é diferente de A/B
não está no intervale (A/B - 1/32 , A/B + 1/32) e leve isto até as últimas
conseqüências...



 From: Marcos Braga [EMAIL PROTECTED]
 Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Subject: [obm-l] Soma A e B
 Date: Sat, 25 Oct 2003 21:14:45 -0200
 
 Amigos ,
 
 Resolvi o Problema abaixo e achei a resposta 48 , porém perdi muito tempo
 com divisões decimais e acho que resolvi pelo caminho mais longo . Sei
que
 é um problema aparentemente fácil , porém pediria ajuda de vcs para uma
 resolução rápida e entender a logica do problema .
 
 A e B são dois numeros inteiros compreendidos entre 12 e 32 . Ao
efetuarmos
 a divisão de A por B em uma calculadora obtivemos o numero 1,1818182. O
 valor da soma de A e B e' ?
 
 Abc.
 
 Marcos

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Re: [obm-l] Parabola

2003-11-02 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Chará.

Se você conhece o eixo de simetria da parábola e mais dois pontos que não
são simétricos com relação a este eixo de simetria, podem acontecer dois
casos, os quais eu destaco:

a) um dos pontos está sobre o eixo de simetria (=o vértice) e o outro fora,
se for este o caso, rebata o ponto fora do eixo de simetria e você terá um
terceiro ponto por onde passa a parábola, o que, como você bem disse,
determina-a unicamente;

b) os dois pontos estão fora do eixo de simetria, neste caso você rebate um
dos dois e tem um terceiro ponto, o que, mais uma vez, determina unicamente
a parábola.

Entendi bem a sua dúvida? Você poderia tratar o mesmo problema com equações.
Imaginar que você conhece o eixo de simetria da parábola é conhecer o
coeficiente b de y(x) = ax^2 + bx + c, ou seja, neste caso b = 0 para que
y(x) = y(-x) para todo x. E você conhece mais pontos pontos do plano P e Q,
por onde passa a parábola, assim você pode determinar a e c e a parábola é
única.

Abraço do amigo de Porto Alegre,
Duda.

From: Eduardo [EMAIL PROTECTED]
 Olah pra todos,
 ontem estava pensando e esse problema me veio a
 cabeça:  Com qtos pontos posso determinar uma parabola?
 Sei q com 3 isso eh perfeitamente possivel, mas especulo
 q se escolhermos 2 pontos q n sejam simetricos com
 relacao a reta q divide o plano em 2 semi-planos (me
 perdoem, esqueci o nome de tal reta), eh possivel
 determinar tal parabola.

 bem, antes de tudo, um abraço,
 Eduardo


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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Grupo Abeliano

2003-10-31 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Vôcê tem razão, erro meu...

From: [EMAIL PROTECTED]

 Oi Eduardo,

 Eu acho que vc se confundiu na definição de H. Do jeito que vc colocou,
 H teria n^n elementos. Eu acho que vc estava querendo dizer GxG, estou
certo?
 Nesse caso, H teria n^2 elementos...
 Ateh mais,
  Yuri
 -- Mensagem original --

 Oi, Duda:
 
 Infelizmente, tenho que discordar. H_(n+1) soh teria n elementos se a
ordem
 de g fosse n. Mas nesse caso, G seria ciclico e, portanto, abeliano.
 
 Um abraco,
 Claudio.
 
 
 on 31.10.03 00:12, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
wrote:
 
  Oi Cláudio!
 
  Seja G um grupo de n elementos não-abeliano.
  Defina o grupo H = G x G x ... x G,
  onde é o produto é tomado n vezes e estamos falando em produto
  cartesiano. Definimos a operação de grupo em H a multiplicação das
  coordenadas correspondentes de dois elementos quaisquer. Esta operação
 herda
  a associatividade de G, tem elemento neutro (e, e, ..., e) e todo
elemento
  tem único inverso
(g_1,g_2,...,g_n)^(-1)=(g_1^(-1),g_2^(-1),...,g_n^(-1)).
  Como G é não-abeliano existem g, h em G tais que gh é diferente de hg,
  portanto (g,e,e,...,e)(h,e,e,...,e) é diferente de
  (h,e,e,...,e)(g,e,e,...,e) e H é não-abeliano. H possui exatamente n^2
  elementos. Agora considere os subgrupos
 
  H_i = { (e,e,...,e,g,e,...,e) onde o g está na i-ésima posição : para
 g
 em
  G} para 1 = i = n
  e H_(n+1) = { (g,g,g,...,g) : para g em G }
 
  Não é difícil de demonstrar que cada H_i é um grupo, subgrupo de H.
Também
  não é difícil de mostrar que cada um desses H_i possui exatamente n
  elementos. Ou seja, o que está sendo pedido para demonstrar não é
verdade.
 
 
 
  From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
  Oi, pessoal:
 
  Me mandaram esse problema ontem e ainda nao consegui fazer:
 
  Um grupo G de ordem n^2 tem n+1 subgrupos de ordem n tais que a
  interseccao
  de quaisquer dois deles eh a trivial (ou seja, igual a {e}). Prove que
 G
  eh
  abeliano.
 
  Um abraco,
  Claudio.
 
 
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Re: [obm-l] Grupo Abeliano

2003-10-31 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Cláudio!

Na verdade o H_(n+1) tem n elementos. O conjunto H_(n+1) é formado por TODAS
as n-uplas com coordenadas iguais, por definição, acho que você entendeu que
fosse o grupo gerado por um elemento do tipo (g,g,g,...,g).

Mesmo assim, o problema é que H tem n^n elementos e não n^2, como salientou
o Yuri.

Abraço,
Duda.


From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 Oi, Duda:

 Infelizmente, tenho que discordar. H_(n+1) soh teria n elementos se a
ordem
 de g fosse n. Mas nesse caso, G seria ciclico e, portanto, abeliano.

 Um abraco,
 Claudio.


 on 31.10.03 00:12, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
wrote:

  Oi Cláudio!
 
  Seja G um grupo de n elementos não-abeliano.
  Defina o grupo H = G x G x ... x G,
  onde é o produto é tomado n vezes e estamos falando em produto
  cartesiano. Definimos a operação de grupo em H a multiplicação das
  coordenadas correspondentes de dois elementos quaisquer. Esta operação
herda
  a associatividade de G, tem elemento neutro (e, e, ..., e) e todo
elemento
  tem único inverso
(g_1,g_2,...,g_n)^(-1)=(g_1^(-1),g_2^(-1),...,g_n^(-1)).
  Como G é não-abeliano existem g, h em G tais que gh é diferente de hg,
  portanto (g,e,e,...,e)(h,e,e,...,e) é diferente de
  (h,e,e,...,e)(g,e,e,...,e) e H é não-abeliano. H possui exatamente n^2
  elementos. Agora considere os subgrupos
 
  H_i = { (e,e,...,e,g,e,...,e) onde o g está na i-ésima posição : para g
em
  G} para 1 = i = n
  e H_(n+1) = { (g,g,g,...,g) : para g em G }
 
  Não é difícil de demonstrar que cada H_i é um grupo, subgrupo de H.
Também
  não é difícil de mostrar que cada um desses H_i possui exatamente n
  elementos. Ou seja, o que está sendo pedido para demonstrar não é
verdade.
 
 
 
  From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
  Oi, pessoal:
 
  Me mandaram esse problema ontem e ainda nao consegui fazer:
 
  Um grupo G de ordem n^2 tem n+1 subgrupos de ordem n tais que a
  interseccao
  de quaisquer dois deles eh a trivial (ou seja, igual a {e}). Prove que
G
  eh
  abeliano.
 
  Um abraco,
  Claudio.
 
 
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Re: [obm-l] Grupo Abeliano

2003-10-30 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Cláudio!

Seja G um grupo de n elementos não-abeliano. Defina o grupo H = G x G x ...
x G, onde é o produto é tomado n vezes e estamos falando em produto
cartesiano. Definimos a operação de grupo em H a multiplicação das
coordenadas correspondentes de dois elementos quaisquer. Esta operação herda
a associatividade de G, tem elemento neutro (e, e, ..., e) e todo elemento
tem único inverso (g_1,g_2,...,g_n)^(-1)=(g_1^(-1),g_2^(-1),...,g_n^(-1)).
Como G é não-abeliano existem g, h em G tais que gh é diferente de hg,
portanto (g,e,e,...,e)(h,e,e,...,e) é diferente de
(h,e,e,...,e)(g,e,e,...,e) e H é não-abeliano. H possui exatamente n^2
elementos. Agora considere os subgrupos

H_i = { (e,e,...,e,g,e,...,e) onde o g está na i-ésima posição : para g em
G} para 1 = i = n
e H_(n+1) = { (g,g,g,...,g) : para g em G }

Não é difícil de demonstrar que cada H_i é um grupo, subgrupo de H. Também
não é difícil de mostrar que cada um desses H_i possui exatamente n
elementos. Ou seja, o que está sendo pedido para demonstrar não é verdade.

Abraço,
Duda.



From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 Oi, pessoal:

 Me mandaram esse problema ontem e ainda nao consegui fazer:

 Um grupo G de ordem n^2 tem n+1 subgrupos de ordem n tais que a
interseccao
 de quaisquer dois deles eh a trivial (ou seja, igual a {e}). Prove que G
eh
 abeliano.

 Um abraco,
 Claudio.

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Re: [obm-l] Grupo Abeliano

2003-10-30 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Só faltou dizer que a interseção os H_i tem em comum só {(e,e,e,...,e)}...

From: Eduardo Casagrande Stabel [EMAIL PROTECTED]
 Oi Cláudio!

 Seja G um grupo de n elementos não-abeliano. Defina o grupo H = G x G x
...
 x G, onde é o produto é tomado n vezes e estamos falando em produto
 cartesiano. Definimos a operação de grupo em H a multiplicação das
 coordenadas correspondentes de dois elementos quaisquer. Esta operação
herda
 a associatividade de G, tem elemento neutro (e, e, ..., e) e todo elemento
 tem único inverso (g_1,g_2,...,g_n)^(-1)=(g_1^(-1),g_2^(-1),...,g_n^(-1)).
 Como G é não-abeliano existem g, h em G tais que gh é diferente de hg,
 portanto (g,e,e,...,e)(h,e,e,...,e) é diferente de
 (h,e,e,...,e)(g,e,e,...,e) e H é não-abeliano. H possui exatamente n^2
 elementos. Agora considere os subgrupos

 H_i = { (e,e,...,e,g,e,...,e) onde o g está na i-ésima posição : para g em
 G} para 1 = i = n
 e H_(n+1) = { (g,g,g,...,g) : para g em G }

 Não é difícil de demonstrar que cada H_i é um grupo, subgrupo de H. Também
 não é difícil de mostrar que cada um desses H_i possui exatamente n
 elementos. Ou seja, o que está sendo pedido para demonstrar não é verdade.

 Abraço,
 Duda.



 From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
  Oi, pessoal:
 
  Me mandaram esse problema ontem e ainda nao consegui fazer:
 
  Um grupo G de ordem n^2 tem n+1 subgrupos de ordem n tais que a
 interseccao
  de quaisquer dois deles eh a trivial (ou seja, igual a {e}). Prove que G
 eh
  abeliano.
 
  Um abraco,
  Claudio.
 
 
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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Soma A e B

2003-10-28 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi.

Não dá para reduzir muito a expressão, Dirichlet. Uma estratégia é pensar
numa dízima periódica de período 18. Apareceu o último dígito 2, ao invés de
1, pois a calculadora arredondou. A fração seria

1 + 18/99 = (99 + 18)/99 = 117/99 = 39/33 = 13/11 = 26/22

O último passo foi só para ajustar dentro do intervalo {12, 13, ..., 32},
daí A + B = 48, como você encontrou. Resta ainda a questão de saber se não
existe outra fração A'/B' com A' e B' nesse intervalo tal que A'/B' seja a
expressão mostrada na calculadora. Se houver outra, certamente ela será
diferente, então A/B - A'/B' após somado e simplificado terá denominador
inferior a 32*22 = 704  10^3 e numerador, em módulo, pelo menos 1. Ou seja,
o valor do módulo da diferença não é inferior a 1/10^3. Contudo as duas
frações coincidem até a 6a. casa, ou seja, uma precisão de 1/10^6. Portanto
a fração é única e a resposta é 48.

Abraço,
Duda.


From: [EMAIL PROTECTED]
 Realmente isto e braçal...
 Pense assim:primeiro reduza 11818182/10^7
 -- Mensagem original --

 Amigos ,
 
 Resolvi o Problema abaixo e achei a resposta 48 , porém perdi muito tempo
 
 com divisões decimais e acho que resolvi pelo caminho mais longo . Sei
 que
 
 é um problema aparentemente fácil , porém pediria ajuda de vcs para uma

 resolução rápida e entender a logica do problema .
 
 A e B são dois numeros inteiros compreendidos entre 12 e 32 . Ao
efetuarmos
 
 a divisão de A por B em uma calculadora obtivemos o numero 1,1818182. O

 valor da soma de A e B e' ?
 
 Abc.
 
 Marcos
 



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Re: [obm-l] Sobre a Revista Eureka

2003-10-22 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Maçaranduba,

você precisa a aprender a ser cordial e educado como o Dirichlet tem sido na
lista. Ele sempre responde com esta mesma delicadeza típica, a exemplo de
como lhe respondeu:

NOSSA! Nao precisa ser tao estupido e rispido.

Sendo que sua colocação foi uma sugestão, nada estúpida, a resposta do
Dirichlet foi dez vezes mais estúpida. Em psicologia, costuma-se chamar de
PROJEÇÃO a característica de enxergar e denunciar nos outros problemas e
deficiências próprias. A história da lista tem demonstrado que o JP é o mais
estúpido, principalmente com aqueles que fazem perguntas simples e
claramente não tem o mesmo conhecimento matemático dele.

Eu também gostaria que houvesse os artigos separados, faço a mesma sugestão
que você.

Abraço, Duda.


From: Carlos Maçaranduba [EMAIL PROTECTED]
 E eu que sempre achava que alguns desta lista lhe
 interpretavam voce mal(Dirichlet)..Pra algumas
 pessoas que estao interessadas apenas nos artigos
 talvez seja mais interessante os artigos em
 separadocomo vi alguem aqui mandar um e-mail
 representando a revista Eureka, achei que o
 responsavel leria este e-mail que na minha opiniao,
 nao tem nada demais.Quanto as palavras, se for pela
 matematica, eu abstraio :).

  --- Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
 [EMAIL PROTECTED] escreveu: 
 NOSSA!Nao precisa ser tao estupido e rispido.Ja
  faz um tempo que esta parte tem sido deixada
  parada.E por um motivo simples:e mais facil
  pegar a revista inteira para ler na rede.
  Qualquer coisa fale com o pessoal por carta,oras!Ou
  diretamente por e-mail.
 
  Carlos Maçaranduba [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Quem for responsavel pela divulgaçao onde esta
  presente os artigos em separado da Revista Eureka,
  poderia pelo menos dar uma atualizadinha e por os
  artigos mais recentes...:)
 
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] soma de série

2003-10-22 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Cláudio!

Não sei a resposta. Eu deveria ter dito mais sobre o problema quando fiz a
pergunta. Pelo que ouvi dizer, este é um problema que um professor copiou
mal de um livro e propôs a seus alunos. (o problema original era trivial)
Ele tentou e não conseguiu resolver o problema. O problema já passou por
muita gente, segundo me contaram até numa das edições da revista AMM, e
ainda não encontraram a solução.

A mim, parece que a série converge. Eu propus na lista por que sei que você,
e outros, iriam se interessar, já que ela parece ter tudo a ver com a
questão de seqüências equidistribuídas.

Ele não me parece tão difícil, o que você acha?

Abraço, Duda.


From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 on 20.10.03 01:36, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
wrote:

  Oi Pessoal!
 
  E quanto à SOMA{ (1/n)*[(2 + sen(n))/3]^n , n=1, 2, ... } ?
 
  Abraço, Duda.
 
 Oi, Duda:

 Interessante esse problema. Voce sabe a resposta?

 Um abraco,
 Claudio.

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Re: [obm-l] obm - U

2003-10-21 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Nicolau!

E quanto ao problema quatro? Eu chamei de 0  p_i  1 a probabilidade de
sair a face i num lançamento, tendo-se SOMA{p_i} = 1. Eu desenvolvi um pouco
o problema e mostrei que ele era equivalente a demonstrar a desigualdades
SOMA{p_i^3} = SOMA{p_i^2}^2 com igualdade sse todos p_i = 1/6. Não consegui
demonstrar esta desigualdade. Quando vale este primeiro passo? ;) Como se
demonstra esta desigualdade?

Para quem não fez a prova, o enunciado era

QUESTÃO 4. Um dado é lançado três vezes e o resultado das faces é a, b e c.
Provar que P(a=c | a=b) = P(a=c | a  b) e que vale a igualdade se e
somente se o dado é honesto, ou seja, a probabilidade de cada face é 1/6.

Abraço, Duda.


From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
 On Tue, Oct 21, 2003 at 08:58:16AM -0200, marcio.lis wrote:
Alguem poderia me informar alguma coisa sobre o q o
  pessoal andou fazendo na obm U informações sobre as
  soluções tbm seriam interessantes.Gostaria de saber se
  no 3 oa cardinalidade de xp=(p^2+2p+2)^2 e se no caso
  2x2 ficap^2+2p+2.

 O problema 3, nível U, é de minha autoria.
 Repetindo o enunciado, devemos contar as matrizes quadradas A
 de tamanho 4x4 com coeficientes em Z/(p) que satisfazem A^2 = I (p  2).

 Uma matriz A em K^(nxn), onde K é um corpo qq,
 satisfaz A^2 = I se e somente se K^n pode ser decomposto
 em dois subespaços U e V com interseção zero e soma K^n
 tais que A restrito a U (resp V) é a identidade (menos a id).

 Estes dois subespaços são os autoespaços associados aos autovalores 1
e -1.
 Como o polinômio mínimo não tem raiz dupla, A é semisimples
(diagonalizável).

 O importante é notar que há uma bijeção natural entre matrizes
 satisfazendo A^2 = I e pares de subespaços U e V como acima.
 Neste ponto dá para contar na marra ou dá para saber ou criar
 um pouco mais de teoria.

 Na marra, você contaria para cada valor da dimensão de U.
 Temos 2 soluções triviais com dim U = 0 e dim U = 4 (-I e I).
 No caso dim U = 1, primeiro escolhemos U: há (p^4 - 1) geradores
 possíveis para U mas precisamos identificar vetores que são múltiplos
 constantes um do outro, ou seja, precisamos dividir por (p - 1)
 para concluir que há (p^3 + p^2 + p + 1) subespaços de dimensão 1.
 Escolha um subespaço complementar V_0 fixo qq:
 um espaço complementar V pode ser identificado com o gráfico
 de uma transformação linear de V_0 em U,
 ou seja, para cada U há (p^3) espaços complementares V.
 O caso dim U = 3 é análogo.
 Até aqui somamos 2 p^6 + 2 p^5 + 2 p^4 + 2 p^3 + 2 e falta o caso dim U =
2.

 Para escolher um subespaço U de dim 2, vamos primeiro escolher uma base.
 Temos (p^4 - 1) escolhas para o primeiro vetor e (p^4 - p) escolhas
 para o segundo. Por outro lado, dado um subespaço de dim 2,
 quantas bases ele tem? Agora temos (p^2 - 1) escolhas para o primeiro
 vetor e (p^2 - p) escolhas para o segundo. Assim, o número de subespaços U
é
 ((p^4 - 1)(p^4 - p))/((p^2 - 1)(p^2 - p)) = p^4 + p^3 + 2p^2 + p + 1.
 Novamente, para cada U escolha um complementar V_0 fixo qq:
 um espaço complementar V pode ser identificado com o gráfico
 de uma transformação linear de V_0 em U,
 ou seja, para cada U há (p^4) espaços complementares V.
 Ou seja, o caso dim U = 2 contribui com p^8 + p^7 + 2 p^6 + p^5 + p^4
 e a resposta final do problema é

  p^8 + p^7 + 4 p^6 + 3 p^5 + 3 p^4 + 2 p^3 + 2

 Para resolver o caso geral (em vez do caso 4x4),
 ajuda muito saber contar subespaços de dimensão b de F_q^a,
 onde q é uma potência de primo, F_q é o corpo finito de q elementos,
 e a e b são inteiros não negativos. Este problema é tão importante
 que a resposta tem nome, e escreve-se assim:

( a )
(   )
( b )q

 ou seja, o símbolo de binomial com um q embaixo; eu vou escrever
binom(a,b;q).
 Lendo o que eu escrevi acima não é muito difícil concluir que

  (q^a - 1)(q^(a-1) - 1)(q^(a-2) - 1)...(q - 1)
  binom(a,b;q) = --
  (q^b - 1)(q^(b-1) - 1)...(q - 1) (q^(a-b) - 1)...(q - 1)

 Não é muito difícil provar que isto é um polinômio em q com coeficientes
 inteiros não negativos. A notação talvez fique menos misteriosa observando
 que binom(a,b;1) = binom(a,b). Há outras interpretações para binom(a,b;q),
 o meu livrinho do colóquio (matemática quântica) pode servir como
referência.

 Voltando ao problema da OBM, a resposta do problema para matrizes nxn
 com coeficientes em F_q é

  somatório_k q^(k(n-k)) binom(n,k;q).

 Em particular, se n = 2 temos

  1 + q (q+1) + 1 = q^2 + q + 2.

 No caso q = 2^k o início do problema quebra pois (x^2 - 1) = (x - 1)^2
 em característica 2, ou seja, a matriz deixa de ser diagonalizável.
 O problema fica totalmente diferente.

 []s, N.
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[obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] soma de série

2003-10-20 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Pessoal!

E quanto à SOMA{ (1/n)*[(2 + sen(n))/3]^n , n=1, 2, ... } ?

Abraço, Duda.


From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
 Esta serie certamente converge. Para todo natural n temos que 0  1/ (
 n^3 + 3n^2 + 3n)  1/n^3 e, conforme eh muito conhecido, Soma (1/n^p)
 converge para todo p1. Logo, Soma (1/n^3) converge, condicao que, pelo
 teorema do confronto, nos mostra que a serie em questao tambem converge.
 Naum cheguei ainda ao limite da serie, naum sei se eh facil. .
 Artur

 Pessoal da lista quero saber se a série abaixo converge. Se convergir,
 para que valor a série converge.
 1/7 + 1/26 + 1/63 + ... + 1/ ( n^3 + 3n^2 + 3n) + ...


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[obm-l] 1o. dia- nivel U

2003-10-18 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá Pessoal!

É difícil de compreender como pode haver pessoas tão estúpidas... não dá
para moderar a lista?

Eu encontrei problemas da primeira questão. Enxerguei mal?

1. Considere uma parábola e um ponto A fora dela, no plano. Para cada ponto
P da parábola sejam t a reta tangente em P, r a reta paralela ao eixo da
parábola por P e Q o ponto de interseção de r com a perpendicular à t por A.
Provar que o ponto Q descreve uma hipérbole eqüilátera, com P percorrendo a
parábola.

Há dois problemas. Se o ponto P é o vértice da parábola, não faz sentido
falar em Q, pois ou as retas não se intersectam ou coincidem totalmente.
Segundo, se o ponto A está sobre o eixo da parábola, então a figura descrita
não é uma hipérbola e sim uma reta! Acontece que a equação fica algo do tipo
y = y_A - 1/2a + x_a / x, colocando eixos coordenados (o Y no eixo da
parábola e o X paralelo e passando pelo vértice da parábola). Sempre dá uma
hipérbole, a não ser no caso x_a = 0, quando dá uma espécie de hiperbole
degenerada.

Abraço, Duda.

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Re: [obm-l] 0.9999... = 1 ?

2003-10-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Uma boa idéia é consultar os links:

http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.200108/msg00046.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.24/msg00076.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.24/msg00074.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-rj.1999/msg00152.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-rj.1999/msg00153.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-rj.1999/msg00169.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-rj.1999/msg00163.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-rj.1999/msg00165.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.23/msg00079.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.23/msg00111.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.23/msg00140.html
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-rj.1999/msg00275.html

Eu reuni, já faz um tempo, este conjunto de respostas ao problema. Foram as
melhores, na minha opinião. Dá para perder uma tarde, lendo tudo o que foi
dito só nessas mensagens.

Ô questãozinho insistente esta!

Abraço, Duda.


 From: Guilherme Pimentel
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, October 14, 2003 11:19 PM
Subject: Re: [obm-l] 0.... = 1 ?


Uma das melhores referencias é o livro do Prof. Elon Lages Lima, Meu
professor de matematica, publicado pela SBM.

Noas arquivos da lista tbm tem mutio material, pois esta questão é
recorrente, acho que pelo menos duas vezes por ano  o assunto reaparece
:-)

[]'s Guilherme Pimentel

---Original Message---

From: [EMAIL PROTECTED]
Date: terça-feira, 14 de outubro de 2003 22:16:36
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] 0.... = 1 ?

Olá pessoal,
Bom, não sou novo na lista, mas não estou muito participativo.

Eu estava discutindo em outra lista (não-matemática) que 0.... = 1.
Mas os argumentos ainda não foram suficientes para convencer os
contrários a esta idéia. Alguém pode me dar algumas referências (livros,
links, etc?)

Algumas provas que saíram por lá:


0.... = Sum 9/10^n
(n=1 - oo)

= lim Sum 9/10^n
(m - oo) (n=1 - m)

= lim .9(1-10^-(m+1))/(1-1/10)
(m - oo)

= lim .9(1-10^-(m+1))/(9/10)
(m - oo)
= .9/(9/10)
= 1


0.3... * 3 = 0.9...
0.3... = 1/3
1/3 * 3 = 1


x = 0.9
10x = 9.999.
10x - x = 9.9... - x
9x = 9
x = 1



Obrigado,

--
Narumi Abe

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[obm-l] #Ordinais = #Cardinais ?

2003-10-11 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Pessoal!

Para cada número cardinal c podemos considerar um conjunto A_c com a mesma
cardinalidade: #A_c = c. Podemos colocar uma boa ordem  em A_c, e
considerar o número ordinal a associado a este A_c com esta ordem . Esta
função que está levando cardinais em ordinais é injetora.

No outro sentido, considera para o primeiro ordinal infinito w o cardinal
infinito f(w) = aleph_0. Defina, por recursão transfinita, o valor de f num
ordinal a  w como sendo f(a) = menor cardinal maior que todo cardinal do
conjunto { f(b) : b  a }. Esta função é injetora.

Eu usei o termo função, com aspas, pois não existe conjunto dos ordinais
nem conjunto dos cardinais para serem domínio ou contra-domínio.

Faz sentido esta discussão? A segunda função é sobrejetora também?

Abraço!
Duda.

=
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[obm-l] Mat. = ciência exata?

2003-09-29 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!

Estou cursando a cadeira de História da Matemática, junto com o pessoal da
Licenciatura em Matemática. Um colega disse, em sala de aula, que a
Matemática é uma ciência humana. Eu achei a idéia muito boba, mas,
conversando com uma colega, constatei - para meu espanto - que há grupos de
pesquisa que estudam (?!) a possibilidade de a matemática não ser uma
ciência exata, querendo significar (pelo que eu entendi) que a matemática é
cultural, dependendo do contexto histórico ou algo assim.

Para ser franco, como muitas das coisas discutidas, eu não consegui
compreender sobre o que se falava. Parece que o pessoal da Licenciatura tem
uma visão de matemática muito identificada com educação matemática. Alguém
tem alguma idéia de o que eu estou falando?!

Abraço,
Duda.

=
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Re: [obm-l] Grau de um numero algebrico

2003-09-27 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel



Oi Cláudio.

Acho que faltouo contra-exemplo para o caso 
grau(a*b) = MMC(grau(a), grau(b)).

Duda.

  - Original Message - 
  From: 
  claudio.buffara 
  To: obm-l 
  Sent: Friday, September 26, 2003 8:42 
  AM
  Subject: Re: [obm-l] Grau de um numero 
  algebrico
  
  
  Oi, Domingos e Dirichlet:
  
  De fato, a minha conjectura inicial de que grau(a+b), grau(a*b) = 
  MDC(grau(a),grau(b)) estava errada.
  
  Contra-exemplos:
  1 + raiz(2) e -raiz(2) tem ambos grau 2, mas sua 
  soma tem grau 1.
  raiz(2) e -raiz(2) tem ambos grau 2 mas seu produto tem grau 
  1
  raiz(2) e raiz(3) tem ambos grau 2, mas sua soma tem 
  grau 4.
  
  A resposta correta eh a seguinte:
  Seja p(x) = x^n + c(n-1)*x^(n-1) + ... + c(1)*x + c(0) o polinomio 
  minimal do numero algebrico "a" (que terah portanto grau n).
  Isso quer dizer que a^n = -c(0)*1 - c(1)*a - ... - c(n-1)*a^(n-1), ou 
  seja:
  a^n pode ser expresso como uma combinacao linear racional de 1, a, ..., 
  a^(n-1).
  Eh facil ver que, para m  n, a^m tambem pode ser expresso como uma 
  combinacao linear racional desses mesmos n numeros.
  Alem disso, como a nao eh raiz de nenhum polinomio de coeficientes 
  racionais de grau menor do que n, o conjunto {1, a, ..., a^(n-1)} serah L.I. 
  sobre os racionais.
  Assim, este conjunto eh uma base do espaco vetorial de todos os 
  polinomios em a de coeficientes racionais, o qual tem dimensao n = grau(a) 
  sobre Q.
  
  
  O maximo que dah pra afirmar em geral eh realmente:
  grau(a + b), grau(ab)= 
grau(a)*grau(b)
  bastando para isso verificar que se grau(a) = m e grau(b) = 
  n, entao os m*n numeros da forma a^i*b^j (0 = i = m-1, 0 = j = 
  n-1) geram o espaco vetorial de todos os polinomios em a+b e a*b de 
  coeficientes racionais.
  
  Agradeco ao Eduardo Tengan pelos contra-exemplos e pelas 
  explicacoes.
  
  Um abraco,
  Claudio.
  
  
  


  De:
  [EMAIL PROTECTED]
  
  


  Para:
  <[EMAIL PROTECTED]>
  
  


  Cópia:
  
  
  


  Data:
  Thu, 25 Sep 2003 
18:22:48 -0300
  
  


  Assunto:
  Re: [obm-l] Grau de 
um numero algebrico
  
  


  
  
  
  

   http://www.maths.ex.ac.uk/~rjc/notes/algn.pdf
   
   
   Usando esse fato fica simples verificar que 
  grau(a + b), grau(ab)= grau(a)*grau(b), mas o que o Cláudio quer me 
  parece bem mais forte...
   Basta ver que é possível obter matrizes que 
  possuem autovalores a+b de dimensão mn x mn. A mesma coisa pro caso 
  ab.
   
  
- Original Message - 
From: 
Johann Peter Gustav Lejeune 
Dirichlet 
To: [EMAIL PROTECTED] 
Sent: Thursday, September 25, 2003 5:15 
PM
Subject: Re: [obm-l] Grau de um numero 
algebrico
 
 Talvez se alguem demonstrar isto aqui o problema saia..."Um 
numero e algebrico se e somente se e autovalor de alguma matriz 
racional".


Re: [obm-l] Convergencia de uma sequencia real

2003-09-24 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Felipe Pina!

From: Felipe Pina [EMAIL PROTECTED]

Olá para todos. Ontem fui apresentado ao problema abaixo e não consegui
 resolvê-lo. Espero que alguém possa me ajudar.

Seja (a[n]) a seqüência real definida por :
a[0] = 1
a[1] = 1
n=2 - a[n] = sqrt( a[n-1] + sqrt(2*a[n-2]) )

Suspeito fortemente que esta seqüência é convergente. É facil ver que,
 para todo n, 1 = a[n] = 2.

Pode-se mostrar por indução. Suponhamos que n =2 e 1 = a_(n-2), a_(n-1) =
2 então a_n = sqrt( a_n ) = 1 e a_n = sqrt( 2 + sqrt(2*2) ) = sqrt( 4 ) =
2. Como vale 1 = a_n = 2 para n=0 e n=1, vale para todo n natural.

Também é claro que se (a[n]) converge, então seu limite é 2. O que
 conseguimos mostrar foi que :

(1)  a[k+1] = a[k] = a[k-1]  -  1 = a[k] = r
(2)  a[k+1] = a[k] = a[k-1]  -  r = a[k] = 2
(3)  a[k] = a[k-1] = 2 -  a[k+1] = 2  (Durh!)

Eu não sei como vocês conseguiram demostrar isto. Mas a conclusão de vocês
abaixo não está certa, o que me sugere que a demonstração de vocês não está
boa.

Onde r = (1/2) * (1 + sqrt( 1 + 4*sqrt(2) )) ~
 1.7900440156727579846758505438531824526068425193036 [ Maple ;) ]
Obs : r é a única raíz real de p(x) = x^4 - 2*x^3 + x^2 - 2 que
pertence
 ao intervalo [1,2]
Tomando as contra-positivas das implicações (2) e (3) aprendemos que :

(N1) r   a[k] = 2   -   (a[k+1]  a[k]) ou (a[k]  a[k-1])
(N2) 1 = a[k]  r-   (a[k+1]  a[k]) ou (a[k]  a[k-1])

Ou seja, se estamos em (r,2] no tempo k, acabamos de descer ou vamos
 descer agora! :)
Logo, não podemos subir 2 vezes seguidas.
E, se estamos em [1,r], acabamos de subir ou vamos subir agora.
Isto mostra que, se a seqüência converge (para 2), ela não é monónota (
 por (N1) ), e, portanto, deve convergir dando umasosciladas espertas..
 sobe, desce, sobe, desce... esse tipo de coisa

De fato, não é isto que acontece. Você pode iterar, com o auxílio do Maple
ou de uma calculadora, os primeiros valores da seqüência a_n e constatar que
ela é estritamente crescente (para os primeiros valores). Depois, você pode
demonstrar que ela é uma seqüência crescente, por indução finita. Não é
difícil.

Se a_0 = a_1  a_2  a_3  ...  a_(n-2)  a_(n-1) então a_(n-2)  a_(n-1)
e sqrt(2*a_(n-3))  sqrt(2*a_(n-2)). Combinando estas duas desiguldades e
usando (novamente) que a função sqrt é crescente tem-se sqrt(a_(n-2) +
sqrt(2*a_(n-3)))  sqrt(a_(n-1) + sqrt(2*a_(n-2)), ou seja, a_(n-1)  a_n.

Portanto a seqüência a_n é crescente e limitada (por 2), logo convergente.
Seja a = lim(a_n). Temos a = lim(a_n) = lim sqrt(a_(n-1) + sqrt(2*a_(n-2)))
= sqrt( lim(a_(n-1)) + sqrt(2*lim(a_(n-2 = sqrt(a+sqrt(2a)). Daí a^2 = a
+ sqrt(2a). Podemos escrever como a(a-1) = sqrt(2a) e a^2(a-1)^2 = 2a,
simplificando (pois a=0 não nos interessa), a(a-1)^2 = 2. Expandindo a^3 -
2a^2 + a - 2 = a^2(a - 2) + (a - 2) = (a^2 + 1)(a - 2). A única raiz no
intervalo [1, 2] é a=2. Segue que o limite da seqüência a_n é igual a 2.

Abraço
Duda.

Bom, isto foi tudo o que eu e o Will conseguimos descobrir sobre este
 problema. Aguardo comentários.

[]s
Felipe Pina

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[obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Questão de Análise

2003-09-16 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Obrigadão pela sua ajuda, Artur!

A questão não era complicada, falou - como diria o Dirichlet - eu levar tudo
até as últimas conseqüências. Tive uma idéia. Considere A = conjunto dos
números reais e a função F tal que F(X) = { - x, para todo x fora de X } = -
Complementar X. Se X está contido em Y então Complementar Y está contido
Complementar X e também - Complementar X está contido no - Complementar Y. É
claro que F(F(X)) = X.

Esta é uma função diferente do complementar e que se enquadra nas
propriedades da questão.

Um abraço,
Duda.

 From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]

Oi Duda!
Se X_1,... e X_n estao em P(A), entao cada X_i esta contido s em Uniao X_i.
Pelas condicoes dadas, segue-se que F(Uniao X_i) estah contido em cada um
dos F(X_i). Logo, F(Uniao X_i) estah contido em Interseccao F(X_i). Alem
disto, temos que Interseccao F(X_i) esta contido em cada um dos F(x_i), o
que acarreta que cada F(F(X_i)) = X_i esteja contido em F(Interseccao
F(X_i)). Prosseguindo, temos que Uniao X_i esta contido em F(Interseccao
F(X_i), o que implica que F(F(Interseccao F(X_i)) = Interseccao F(X_i)
esteja contido em F(Uniao X_i), Assim  concluimos que F(União
X_i) = Interseção F(X_i) --Ufa! .Interessante observar que isto eh valido
mesmo para subcolecoes nao numeraveis de P(A).

Agora, temos que Interseccao X_i estah contido em cada X_i, de modo que cada
F(X_i) estah contido em F(Interseccao X_i). Logo, Uniao F(X_i) esta contido
em F(Interseccao X_i). Alem disto, cada F(X_i) estah contido  em Uniao
F(x_i), de modo que F(Uniao F(X_i)) esta contido em cada um dos F(F(X_i)) =
X_i. Segue-se que F(Uniao F(X_i)) esta contido em Interseccao (X_i), do que
concluimos que F(Interseccao X_i) esta contido em F(F(Uniao F(X_i))) = Uniao
F(X_i). E assim, segue-se que F(Interseção X_i) = União F(X_i), completando
a prova. Verificamos de novo que isto eh valido mesmo para subcolecoes nao
numeraveis de P(A).

Das condicoes dadas segue-se que F eh bijetora. Sendo 0 o conjunto vazio,
temos para todo X de P(A) que 0 estah contido em X e que, portanto, F(X)
esta contido em F(0). Mas como F eh bijetora, para algum X temos F(X) = A,
de modo que F(0) = A. Logo, F(A) = F(F(0)) = 0. Isto nao prova, mas
desconfio que F eh a funcao complemento.

Um abraco!
Artur

 Olá Pessoal!

 Estou resolvendo o livro do Elon de Análise e há um exercício que não
 estou
 conseguindo resolver.

 Seja A um conjunto e P(A) o conjunto das partes de A. Considere uma função
 f:P(A)-P(A) que satisfaz as propriedades: se X está contido em Y (ambos
 de
 P(A)) então F(Y) está contido em F(X); e F(F(X)) = X. Mostrar que F(União
 X_i) = Interseção F(X_i) e também F(Interseção X_i) = União F(X_i).

 Uma função que satisfaz essas condições é F(X) = Complementar X.




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Re: [obm-l] Fatorial Quadrado

2003-09-16 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Felipe,

a pergunta é mais geral do que esta: será que para n  1 existe m tal que
f(m) = g(n)?

Duda.

From: Felipe Pina [EMAIL PROTECTED]
  Oi, pessoal:
 
  Alguem conhece alguma demonstracao de que nenhum fatorial  1 eh
quadrado
  perfeito que nao use o postulado de Bertrand?

 Sim, uma demonstração bem simples.

 Sejam
f(n) := n^2
g(n) := n!

 = (DELTA(f))(n) = f(n+1) - f(n) = (n + 1)^2 - n^2 = 2n + 1
(DELTA(g))(n) = g(n+1) - g(n) = (n + 1)! - n! = (n + 1)*(n!) - n! =
 n*(n!)

 Então (DELTA(g))(n) - (DELTA(f))(n) = n*(n! - 2) - 1

 n =4 = n! = 24 = n*(n! - 2) = 4*(24 - 2) = 4*22 = 88
 Ou seja, para n =4, a função g(n) cresce mais rapidamente que f(n)
 Ora, g(4) = 4! = 24 e f(4) = 4^2 = 16
 g(4)  f(4). Logo, de n=4 em diante as funções nao se igualam mais.
 Resta apenas checar os pontos antes de 4...

 g(3) = 3! = 6 != 9 = 3^2 = f(3)
 g(2) = 2! = 2 != 4 = 2^2 = f(2)
 Então f(n) e g(n) são diferentes para todo n  1.

 --
 Felipe Pina

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Re: [obm-l] Funcao F:P(A) - P(A)

2003-09-15 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 on 15.09.03 22:20, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
wrote:

  Olá Pessoal!
 
  Estou resolvendo o livro do Elon de Análise e há um exercício que não
estou
  conseguindo resolver.
 
  Seja A um conjunto e P(A) o conjunto das partes de A. Considere uma
função
  f:P(A)-P(A) que satisfaz as propriedades: se X está contido em Y (ambos
de
  P(A)) então F(Y) está contido em F(X); e F(F(X)) = X. Mostrar que
F(União
  X_i) = Interseção F(X_i) e também F(Interseção X_i) = União F(X_i).
 
  Uma função que satisfaz essas condições é F(X) = Complementar X.
 
 Oi, Duda:

 Sabemos que, para todo i:
 X_i estah contido em Uniao X_j
 e
 Interseccao X_j estah contido em X_i.

 Isso quer dizer que, para todo i:
 F(Uniao X_j) estah contido em F(X_i)
 e
 F(X_i) estah contido em F(Interseccao X_j).

 E portanto:
 F(Uniao X_j) estah contido em Interseccao F(X_j)(1)
 e
 Uniao F(X_j) estah contido em F(Interseccao X_j)(2)

 *

 Por outro lado, para todo i:
 F(X_i) estah contido em Uniao F(X_j)
 e
 Interseccao F(X_j) estah contido em F(X_i)


Valeu Cláudio!

Não sei como não cheguei neste segundo argumento.

Duda.


 Assim, para todo i:
 F(Uniao F(X_j)) estah contido em F(F(X_i)) = X_i
 e
 F(F(X_i)) = X_i estah contido em F(Interseccao F(X_j))

 Logo:
 F(Uniao F(X_j)) estah contido em Interseccao X_j
 e
 Uniao X_j estah contido em F(Interseccao F(X_j))

 E portanto:
 F(Interseccao X_j) estah contido em F(F(Uniao F(X_j)))
 e
 F(F(Interseccao F(X_j))) estah contido em F(Uniao X_j)

 E usando mais uma vez a propriedade F(F(X)) = X, teremos:
 F(Interseccao X_j) estah contido em Uniao F(X_j)   (3)
 e
 Interseccao F(X_j) estah contido em F(Uniao X_j)   (4)

 *

 Finalmente:
 (1) e (4) == F(Uniao X_j) = Interseccao F(X_j)
 (2) e (3) == F(Interseccao X_j) = Uniao F(X_j)


 Um abraco,
 Claudio.


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Re: [obm-l] Cardinalidade

2003-09-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
  Alguém podia me mostrar uma prova de que R não é enumerável ?

 Uma muito bonita, devida a Cantor, eh baseada no fato de que R eh
 completo e que, em razao disto, toda sequencia de itervalos fechados
 aninhados contem um elemento comum.
 Basta demonstrar que I=[0,1] nao eh numeravel (se um conjunto contem um
 subconjunto nao numeravel, entao ele nao eh numeravel). Seja S
 ={x1,x2,xn} uma enumeracao de elementos de I. Uma sequencia em I
 na qual os termos sao distintos 2 a 2. Escolhamos um subintervalo
 fechado, I1, de I que nao contenha x1. Isto eh possivel, pois todo
 elemento de I eh ponto de acumulacao do mesmo. Feito isto, escolhamos um
 subintervalo fechado I2 de I1 que nao contenha x2, e assim por diante.
 Eh um processo indutivo simples, omito aqui os detalhes, pois vc
 certamente estah familiarizado com inducao finita. Vemos entao que este
 processo gera uma sequencia {In} de subintervalos fechados de I tal que,
 por construcao, para todo n xn nao pertece a In. Logo, nemhum elemento
 da enumeracao S eh comum a todos os intervalos In. Mas, como R eh
 completo, existe de fato um elemento x comum a todos os intervalos de
 {In}, o qual, claramente, pertence a I. Isto nos mostra que S, seja ela
 qual for, nao cobre a totalidade de I. Em outras palavras, nenhuma
 enumeracao de elementos de I contem todo o I, sempre fica um elemento
 de fora. Concluimos assim que I e, portanto, o proprio R, nao sao
 numeraveis.
 O que eu acho bonito nesta prova eh que ela depende apenas do fato de
 que R eh um conjunto ordenado (bom, tambem de que todos seus elemntos
 sao pontos de acumulacao). Eh um caso particular de um teorema mais
 geral: Em R^n, nenhum conjunto perfeito eh numeravel. Um conjunto eh
 dito perfeito se for fechado e todos seus elementos forem pontos de
 acumulacao do mesmo. Um bonito exercicio eh demonstrar este teorema.

 Hah outra linda prova (ateh mais simpes do que a prova que dei), tambem
 devida a e Cantor, baseada na expansao decimal dos numeros reais. Com
 99,9% de probabibilidade algum colega a apresentara para vc, estou
 saindo agora.
 Um abraco
 Artur

 Ps. Um pequeno detalhe. Acho que o titulo de sua mensagem estah um pouco
 inapropriado, pois cardinalidade eh um outro conceito, relacionado ao
 numero de elementos de conjuntos e bijecoes enter eles. Mas, OK

Oi Artur!

Acho que o André T. não se confundiu. Usamos o termo cardinalidade para
expressar a quantidade de elementos do conjunto. Dois conjuntos possuem a
mesma cardinalidade se existe uma bijeção entre eles. Um conjunto tem a
cardinalidade dos naturais se é enumerável. Portanto, é apropriado o título,
sim. Talvez você tenha se confundido com o termo ordinalidade. Aí, neste
caso, não basta ter um conjunto para saber qual seu número ordinal, temos
que ter uma boa ordem definida nele.

Bom, mas não foi só por isso que eu resolvi escrever este e-mail.

Uma outra forma de provar que os reais são não enumeráveis é usar o fato de
que ele é um espaço métrico completo sem pontos isolados. Caso contrário, se
os reais pudessem ser enumerados numa seqüência (x_n), então cada conjunto
F_n = {x_n} seria fechado e com interior vazio. Seguiria que \união{F_n} é
magro, pelo famoso teorema de Baire, e logo seu complementar é denso nos
reais, mas o complementar é vazio! Ou seja, temos uma contradição, e os
números reais formam um conjunto não enumerável.

Como conseqüência do mesmo teorema de Baire segue facilmente que todo
subconjunto perfeito do R^n é não enumerável. Na prova do teorema de Baire
(um espaço métrico completo é um espaço de Baire), utiliza-se o mesmo
argumento de intervalos encaixantes que você está usando, Artur. Só que, é
claro, este teorema é tem muitas outras aplicações, pois é mais geral.

Abração!
Duda.

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Re: [obm-l] OBM 2003

2003-09-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Até segunda, nada de discutir as questões!
A Nelly recomendou isso a todos, apesar da nossa tentação...


From: Thiago Cerqueira [EMAIL PROTECTED]
 Aí galera:
 Fiz hj a 2ª fase da olimpíada Brasileira de Matemáti. Tinha uma questção
que viajei:

 Q1) Seja ABC um triângulo retângulo em A, defina P, um ponto pertencente
ao perimetro de ABC, tal que a somo AP+BP+CP seja mínima.


 E aí? Como faço?
 Espero a resposta. Shine, Gugu, Onofre, Quero ver!

 Uma abraço

THIAGO CERQUEIRA DE JESUS


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[obm-l] QUESTÃO OBM-U

2003-09-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!

Não vou falar sobre questão alguma. O título é só para atrair aqueles que
pretendem falar sobre as questões antes de segunda-feira na lista. Por
favor,

NÃO COMENTEM AS QUESTÕES NA LISTA ATÉ SEGUNDA-FEIRA.

Minha dúvida é quanto à nota de corte da OBM-u do ano passado, quanto foi?

Abraçao!
Duda.

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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-10 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel

From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
  Conjunto denso e quando entre dois elementos
  quaisquer sempre ha mais um...

 Há vários usos para a palavra denso.

 

 (a)
 Seja X um espaço topológico e Y um subconjunto de X:
 Y é denso em X se para todo aberto Z contido em X
 a interseção de Y com Z é não trivial.

 O que significa intersecao nao trivial?
 A definicao que eu ja vi em varios livros, relativa a espacos topologicos,
e
 que Y eh denso em X se o fecho de Y for o proprio X.
 Obrigado.
 Artur

Oi Artur!

Na definição do Nicolau, faltou dizer aberto Z não-vazio. Por não
trivial, entenda não vazio. A sua definição é equivalente à que o N. deu,
tente demonstrar isto, Artur.

Abração!
Duda.

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[obm-l] Re: [obm-l] equaçao diofantina

2003-09-04 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Dirichlet,

do modo como está escrito, está trivial. O sucessor de um x (quadrado) é o
sucessor de um cubo se o próprio x é um cubo. Os quadrados, simultaneamente
cubos, são as potências 6. Portanto a resposta é : n^6 , n é inteiro.

Abraço,
Duda.

From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
[EMAIL PROTECTED]
 Oi turma, quem consegue fazer isto aqui?

 Ache todos os quadrados cujos sucessores sao
 sucessores de cubos.


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Re: [obm-l] Subconjuntos, Somas e Produtos

2003-08-24 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Cláudio!

Usando a notação [n] = {1,2,3,...,n}.

Queremos calcular

S(n) = SOMA{ 1 / F(X), X contido em [n]} =
SOMA{ 1 / F(X U {n}), X contido em [n-1]} + SOMA{ 1 / F(X), X contido em
[n-1]} + 1/n =
SOMA{ 1/n * 1 / F(X), X contido em [n-1]} + SOMA{ 1 / F(X), X contido em
[n-1]} + 1/n =
(1/n + 1) SOMA{ 1 / F(X), X contido em [n-1] } + 1/n =
S(n-1) * (n + 1)/n + 1/n = [ (n + 1) * S(n-1) ] / n + 1/n

Posso colocar S(n-1) em termos de S(n-2) e depois em termos de S(n-3), e ir
até S(1). Vou encontrar uma soma telescópica, e depois de soma-la, chegarei
a n. Uma outra maneira de demonstrar esse resultado é usando indução nesta
fórmula de recorrência.

S(n) = (n + 1)(n - 1)/n + 1/n = (n^2 - 1 + 1)/n = n

supondo S(n-1) = (n-1).

A soma vale n, portanto.

Duda.



From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 Aqui vai um bonitinho:

 Seja A = conjunto dos subconjuntos de {1, 2, 3, ..., n}.

 Seja F: A -- N definida por:
 F(vazio) = 1
 F(X) = produto dos elementos de X

 Calcule o valor de SOMA(X em A) 1/F(X).


 Um abraco,
 Claudio,


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Re: [obm-l] Trignometria

2003-08-21 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Seja bem-vindo!

Se você é inglês: sqrt(n) = square root. Se você é patriota: raiz(n). Se
você é universal: n^(1/2).

Abraço,
Duda.

 From: Leo

Caro colega!!
Sou novo na lista e gostaria de saber como se expressa raíz de um número
(utilizei: raíz de 10)

13) Usando as fórmulas de transformação em produto tem-se que

sen(x) - sen(y) = 2xsen[(x-y)/2]xcos[(x+y)/2]

cos(x) - cos(y)= -2xsen[(x+y)/2]xsen[(x-y)/2]

Fazendo a transformação e colocando um sobre o outro como está na questão,
vc irá eliminar o termo sen[(x-y)/2].

Irá sobrar -cos[(x+y)/2] / sen[(x+y)/2] = 2, fazendo a multiplicação cruzada
teremos que  sen[(x+y)/2] /cos[(x+y)/2]= -1/2, logo
tg[(x+y)/2]= -1/2

Podemos dizer que tg[(x+y)/2]=tg(x/2+y/2)
 tg(x/2+y/2)= [tg(x/2) + tg(y/2)] / [1-tg(x/2)xtg(y/2) i

OBS: Não temos a tg(x/2), por isso devemos calcular pela tangente do arco
duplo, pois temos a tg(x)=1/3
 tg(2A)= [2tg(A)] / [1-tg^2(A)] = tg(x)= [2tg(x/2)] / [1-tg^2(x/2)] ii

A igualdade ii nos permite calcular a tg(x/2) quando conhecemos a tg(x)
substituindo em ii
1/3 = [2tg(x/2)] / [1-tg^2(x/2)], resolvendo esta equação vc irá achar duas
raízes: (-3 + raíz de 10) e (-3 - raíz de 10) esta não serve.

substituindo a primeira raíz em i
-1/2 = [(-3 + raíz de 10) + tg(y/2)] / [1-(-3 + raíz de 10)tg(y/2)],
resolvendo esta equação vc terá que tg(y/2)= (1-raíz de 10)/3, logo vc irá
novamente aplicar a tangente do arco duplo, pois não lhe interessa a tg(y/2)
e sim a tg(y)

tg(y)= [2tg(y/2)] / [1-tg^2(y/2)]=[2(1-raíz de 10)/3] / {1-[(1-raíz de
10)/3]^2}, resolvendo vc irá achar que tg(y)= -3.

Assim como o colega Marcio também achei letra E, porém ele resolveu de um
modo muito mais simples, mas gostei da minha solução.

- Original Message -
From: Fabio Bernardo
To: obm
Sent: Wednesday, August 20, 2003 6:27 AM
Subject: [obm-l] Trignometria


Se alguém puder me ajude por favor.
Não estou conseguindo resolver essas duas.

1) (EN-90) No intervalo [0,2p] a equação tg2(x)+2tg(2x).tg(3x) = 1 possui:

a) 2 soluções
b) 6 soluções
c) 8 soluções
d) 12 soluções
e) 14 soluções

13) (EN-94) Se  e tg(x) = 1/3, então tg(y) é igual a:

a) 3
b) 1/6
c) 0
d) -1/6
e) -3



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Re: [obm-l] [u] Conjuntos

2003-08-19 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Cláudio!

Este entre para os resultados contra-intuitivos da sua lista...

Valeu Nicolau!
Duda.

From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
 On Mon, Aug 18, 2003 at 09:46:11PM -0300, Eduardo Casagrande Stabel wrote:
  Olá Nicolau!
 
  O problema ficou trivial. Farei outro
 
  PROBLEMA. Seja X um conjunto totalmente ordenado. Decida se existe ou
não
  uma seqüência (x_n) de elementos de X tal que todo elemento x de X é
  superado por algum elemento da seqüência.

 Isto é falso, ou seja, pode não existir a tal seqüência.
 Um contra-exemplo é o primeiro ordinal não enumerável w1
 (isto deveria ser um omega minúsculo com um subscrito 1):
 todo subconjunto enumerável de w1 é limitado superiormente.

 Na verdade isto é o conceito de cofinitude. A cofinitude de um conjunto
 totalmente ordenado A sem máximo e não vazio é o menor cardinal z
 tal que existe um subconjunto B de A ilimitado superiormente e com
 cardinalidade z.

 Um cardinal infinito pode ser interpretado como um ordinal,
 o menor ordinal com aquela cardinalidade. Um cardinal infinito z é
 regular se todo subconjunto de z ilimitado superiormente tem cardinalidade
z.
 Todo cardinal da forma aleph_alpha é regular se alpha = beta + 1.
 Um cardinal é regular se e somente se ele é a cofinitude dele mesmo,
 se e somente se ele é a cofinitude de alguém.

 O seu problema fica verdadeiro se ao invés de uma seqüência
 (indexada por naturais) tivermos uma família indexada pelos ordinais
 menores do que a cofinitude de X.

 []s, N.
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Re: [obm-l] Primos da forma 2*3*5*...*p + 1

2003-08-19 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!

O Dirichlet levantou uma questão em mim, que parece interessante.

Alguém sabe dizer a real importância que tem a hipótese de Riemman? O que
significaria alguém demonstrá-la? Quais as consequência práticas desta
prova, na matemática aplicada? Existem muitos problemas importantes que
dependem da HR para serem verdadeiros? Existe muita matemática construída
sobre a veracidade da HR?

Abraço,
Duda.

From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
[EMAIL PROTECTED]
 Nao necessariamente...Por exemplo x^2+y^2 e
 totalmente elementar.Mas nem sempre e facil fazer
 coisas desse tipo...Talvez se a hipotese de
 Riemann for resolvida,os misterios entre o ceu e
 a terra possam se ampliar a respeito dos
 primos.Por exemplo o TNP seria um corolario
 fraquissimo...Acho.


  --- Domingos Jr. [EMAIL PROTECTED]
 escreveu:  Esse tipo de problema: Será que
 existem
  infinitos primos da dorma XXX?
  costuma ter soluções fora da teoria dos números
  (pelo menos no sentido de
  manipulação algébrica de congruências, indução
  finita...) e entra pra
  análise (ou outras áreas), não é? Eu vi alguma
  coisa sobre isso, mas muito
  superficialmente...
 
 
  - Original Message -
  From: Claudio Buffara
  [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Sent: Monday, August 18, 2003 12:13 PM
  Subject: [obm-l] Primos da forma 2*3*5*...*p +
  1
 
 
  E serah que existem infinitos primos da forma
  n! + 1?
 
  Por exemplo, n! + 1 eh primo para n = 1, 2, 3,
  11, 27, ...
 
  O teorema de Wilson implica que se n = p - 1,
  com p primo, n! + 1 eh
  divisivel por p. Logo existem infinitos
  compostos da forma n! + 1...
 
  []'s,
  Claudio.
 
 
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Re: [obm-l] algelin na Internet(aonde?)

2003-08-19 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Dirichlet!

Dei uma procurada no AltaVista e encontrei um livro que parece ser bom. O
endereço é o seguinte

http://joshua.smcvt.edu/linearalgebra/

ele tem os tópicos tradicionais: eliminação, espaços vetoriais,
transformações lineares entre esses espaços, determinantes, e a forma
canônica de Jordan. Além disso, ele tem alguns tópicos sobre resultados
relacionados, como fórmulas de recorrência, cadeias de Markov. O livro tem
mais de 400 páginas, muitos exercícios e parece estar bem organizado. É
gratuito e está em Inglês.

Abração!
Duda.

From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
[EMAIL PROTECTED]
 Oi yturma,alguem poderia me recomendar algo sobre
 algebra linear na Internet?Eu quero algo
 introdutorio e depois um bem power.

 Inte!!!


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[obm-l] [u] Conjuntos

2003-08-18 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!

PROBLEMA. Decida se existe ou não uma seqüência de conjuntos (X_n), n
natural, com a seguinte propriedade: dado um conjunto X qualquer, existe um
n para o qual #X = #X_n, ou seja, existe uma função sobrejetora f:X_n-X.
Caso não exista uma seqüência, será que não existe uma família de conjuntos
F tal que para todo conjunto X existe um X* em F tal que #X = #X*.

É uma questão mais de curiosidade. Não estou estudando nada relacionado a
este assunto.

Abração,
Duda.


=
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Re: [obm-l] [u] Conjuntos

2003-08-18 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
 On Mon, Aug 18, 2003 at 03:49:48PM -0300, Eduardo Casagrande Stabel wrote:
  Olá!
 
  PROBLEMA. Decida se existe ou não uma seqüência de conjuntos (X_n), n
  natural, com a seguinte propriedade: dado um conjunto X qualquer, existe
um
  n para o qual #X = #X_n, ou seja, existe uma função sobrejetora
f:X_n-X.
  Caso não exista uma seqüência, será que não existe uma família de
conjuntos
  F tal que para todo conjunto X existe um X* em F tal que #X = #X*.
 
  É uma questão mais de curiosidade. Não estou estudando nada relacionado
a
  este assunto.

 Não existe tal seqüência. Dada uma candidata a seqüência, tome X o
conjunto
 das partes da união de todos os X_n. Claramente o cardinal de X é
estritamente
 maior do que o cardinal de qualquer X_n.

 []s, N.

Olá Nicolau!

O problema ficou trivial. Farei outro

PROBLEMA. Seja X um conjunto totalmente ordenado. Decida se existe ou não
uma seqüência (x_n) de elementos de X tal que todo elemento x de X é
superado por algum elemento da seqüência.

Na verdade, era esse que eu tinha em mente quando escrevi o outro. Acontece
que tentei generalizar ele  numa linguagem mais simples, só que acabei
mudando o problema. Para ver que o seu contra-exemplo não resolve este, é
que neste caso não podemos ter X = conjunto de todos os conjuntos.

Abração,
Duda.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] Re: [obm-l] Teoria dos Números

2003-08-17 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá Cláudio!

Eu acho que você sabe as soluções dos exercícios. Mas envio as minhas,
gostei do problema um. O problema dois é clássico.

1) Seja n = b * p^i onde p é o menor primo que divide n e b não é divisível
por p. Se n dividir 2^n - 1, nós deveremos ter 2^(b*p^i) == 1 (mod p), o que
implica que b*p^i é um múltiplo da ordem de 2 no módulo p. A ordem de 2 no
módulo p, por sua vez, divide Phi(p) = p - 1, portanto b*p^i e Phi(p) = p -
1 são múltiplos da ordem de 2 no módulo p. Mas p - 1 não possui fatores
primos maiores do que p, e b*p^i não posssui fatores primos menores do que
p, isto só se verifica se Phi(p) = p - 1 = 1. Ou seja, n precisa ser
múltiplo de 2. Mas é claro que 2^n - 1 é um número ímpar e não pode ser
divisível por n, que é par.

2) O caso p = 2 pode ser tratado em separado, é claro que x = 1 é uma
solução da congruência x^2 + 1 == 0 (mod 2).

Consideremos p um primo ímpar. Se p == 1 (mod 4), considere a equação P(x) =
x^(p - 1) + 1 == 0 (mod p). Ela possui p - 1 raízes módulo p (só o zero não
é raiz dela). Como p é impar, p - 1 é par e podemos fatorar o polinômio como

P(x) = { x^[ (p-1)/2 ] - 1 }.{ x^[ (p-1)/2 ] + 1 }

O primeiro termo em chaves contribui com (p-1)/2 raízes e o segundo com
(p-1)/2 raízes, portanto cada um deles tem pelo menos uma raiz. Seja x uma
raíz do segundo, e chame p = 4k + 1, temos

x^[ (p-1)/2 ] + 1 = x^[ 4k / 2 ] + 1 = x^(2k) + 1 = (x^k)^2 + 1 == 0 (mod p)

Temos X = x^k satisfazendo a congruência X^2 + 1 == 0 (mod p).

Reciprocamente, se existe um x satisfazendo x^2 + 1 == 0 (mod p). Temos p
dividindo x^2 + 1 = (x + i)(x - i). Mas o domínio Z[i] é fatorial (de
fatoração única), portanto se p for irredutível (em Z[i]) ele deve dividir x
+ i ou x - i. Se p(e + fi) = x +- i então pf = +-1, contradição, logo p é um
elemento redutível de Z[i]. Ou seja, p = (a + bi)(c + di). Tomando normas:
p^2 = (a^2 + b^2)(c^2 + d^2), que implica (sem perda de generalidade) que p
= (a^2 + b^2). Mas os quadrados módulo 4 são 0 e 1, logo p é == 0, 1 ou 2
(mod 4), como ele é ímpar só resta a possibilidade p == 1 (mod 4).

Este problema que eu propus, e que você resolveu muito bem, estava no
parágrafo oito do capíulo de teoria dos grupos do livro dos Hernstein. Este
parágrafo falava sobre automorfismos. Eu suspeito que a idéia era usar algum
dos resultados sobre automorfismos do livro. Será que lhe surge alguma idéia
de o que o Hernstein tinha em mente?

Abração,
Duda.

From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 Oi, Duda:

 Que tal estes aqui?

 1) Prove que se n eh inteiro e n  1, entao n nao divide 2^n - 1.

 2) Se p eh primo, entao a congruencia x^2 + 1 == 0 (mod p) tem solucao se
e
 somente se p = 2 ou p == 1 (mod 4).

 Um abraco,
 Claudio.

 on 16.08.03 05:54, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
wrote:

  Olá pessoal!
 
  Prove que se n  1 e a  0 são inteiros então n | PHY(a^n - 1).
 
  PHY é a função de Euler.
 
  Abraço,
  Duda.
 
 
=
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  http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 
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=


Re: [obm-l] imo

2003-08-17 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel



Oi Gabriel.

No site do John Scholes (a enciclopédia olímpica da 
internet) tem a shortlist da IMO de 2002. Não sei se você quis digitar 2003. 
Bom, dê uma olhada

http://www.kalva.demon.co.uk

Abração!
Duda.

  - Original Message - 
  From: 
  gabriel 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Sunday, August 17, 2003 5:46 
  PM
  Subject: [obm-l] imo
  
  Ola pessoal,
  queria saber se a imo shortlist 2002 ja foi 
  liberada??se ja aonde posso encontrar???
  Gabriel Guedes
  


[obm-l] Teoria dos Números

2003-08-16 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá pessoal!

Prove que se n  1 e a  0 são inteiros então n | PHY(a^n - 1).

PHY é a função de Euler.

Abraço,
Duda.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Teoria dos Números

2003-08-16 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Yuri.

Eu acho que você tem razão.

Fixando n, nós temos duas expressões

p(a) = a^n - 1

q(a) = a^Phi(a^n - 1) - 1

A primeira é um polinômio de grau n, a segunda não tem cara de ser um
polinômio (de fato, fazendo a crescer, ela cresce na forma a^a, que é muito
mais veloz do que um polinômio, portanto não pode ser um polinômio). O
Dirichlet intuiu que nós podemos chegar a uma expressão relação do tipo
t^n-1 | t^(fi(a^n-1))-1, mas não sei como se chegaria a isso. O caminho que
o Cláudio usou - utilizando o teorema de Euler - colocará o t dentro do
expoente que tem o Phi.

Acho que ainda está por resolver.

Duda.

From: [EMAIL PROTECTED]

 Oi Claudio,

 Eu não entendi pq vc considerou polinômios para provar a última passagem,
 jah que a está fixo. Ou seja, vc tem que
 a^n - 1 divide a^Phi(a^n - 1) - 1
  e não que x^n-1 divide x^Phi(a^n - 1) - 1 para todo x.
Se eu tiver falado alguma besteira, me avisem!
   Ateh mais,
  Yuri
 -- Mensagem original --

 on 16.08.03 05:54, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
wrote:
 
  Olá pessoal!
 
  Prove que se n  1 e a  0 são inteiros então n | PHY(a^n - 1).
 
  PHY é a função de Euler.
 
  Abraço,
  Duda.
 
 
 Oi, Duda:
 
 Eh claro que mdc(a,a^n - 1) = 1
 
 Entao, pelo teorema de Euler, teremos:
 a^Phi(a^n - 1) == 1 (mod a^n - 1) ==
 
 a^n - 1 divide a^Phi(a^n - 1) - 1 ==
 
 n divide Phi(a^n - 1)
 
 ***
 
 Essa ultima passagem pode ser vista da seguinte forma:
 
 Sejam x^n - 1 e x^n - 1 polinomios (portanto m, n inteiros)
 
 x^n - 1 divide x^m - 1 mas n nao divide m ==
 
 m = qn + r com 0  r = n-1 ==
 
 x^m - 1 = x^(qn + r) - 1 = x^(qn)*x^r - x^r + x^r - 1 =
 = x^r(x^(qn) - 1) + x^r - 1 ==
 
 x^n - 1 divide x^r - 1 com 0  r  n ==
 
 contradicao.
 
 
 Um abraco,
 Claudio.
 
 =

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 []'s, Yuri
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Teoria dos Números

2003-08-16 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Deixem eu me corrigir!

Se eu descobrir um outro erro, deixarei que outros me corrijam, para eu não
entrar num loop de auto-correções. A resposta que o Cláudio deu está certa,
vou explicar o porquê. Na verdade, não se precisa usar polinômios na
solução.

Segundo o que o Cláudio - pelo teorema de Euler - escreveu p(a) = a^n - 1
divide q(a) = a^Phi(a^n - 1) - 1. Suponhamos que n não divide Phi(a^n - 1),
então

Phi(a^n - 1) = qn + r sendo 0  r  n

Daí

q(a) = a^(qn + r) - 1 = a^r * a^(qn) - a^r + a^r - 1 = a^r * (a^(qn) - 1) +
(a^r - 1)

É claro que p(a) = a^n - 1 divide a^(qn) - 1, portanto a^n - 1 deve dividir
a^r - 1, só que este último número é menor do que a^n - 1, uma contradição.

Obrigado!
Duda.

From: Eduardo Casagrande Stabel [EMAIL PROTECTED]
 Oi Yuri.

 Eu acho que você tem razão.

 Fixando n, nós temos duas expressões

 p(a) = a^n - 1

 q(a) = a^Phi(a^n - 1) - 1

 A primeira é um polinômio de grau n, a segunda não tem cara de ser um
 polinômio (de fato, fazendo a crescer, ela cresce na forma a^a, que é
muito
 mais veloz do que um polinômio, portanto não pode ser um polinômio). O
 Dirichlet intuiu que nós podemos chegar a uma expressão relação do tipo
 t^n-1 | t^(fi(a^n-1))-1, mas não sei como se chegaria a isso. O caminho
que
 o Cláudio usou - utilizando o teorema de Euler - colocará o t dentro do
 expoente que tem o Phi.

 Acho que ainda está por resolver.

 Duda.

 From: [EMAIL PROTECTED]
 
  Oi Claudio,
 
  Eu não entendi pq vc considerou polinômios para provar a última
passagem,
  jah que a está fixo. Ou seja, vc tem que
  a^n - 1 divide a^Phi(a^n - 1) - 1
   e não que x^n-1 divide x^Phi(a^n - 1) - 1 para todo x.
 Se eu tiver falado alguma besteira, me avisem!
Ateh mais,
   Yuri
  -- Mensagem original --
 
  on 16.08.03 05:54, Eduardo Casagrande Stabel at [EMAIL PROTECTED]
 wrote:
  
   Olá pessoal!
  
   Prove que se n  1 e a  0 são inteiros então n | PHY(a^n - 1).
  
   PHY é a função de Euler.
  
   Abraço,
   Duda.
  
  
  Oi, Duda:
  
  Eh claro que mdc(a,a^n - 1) = 1
  
  Entao, pelo teorema de Euler, teremos:
  a^Phi(a^n - 1) == 1 (mod a^n - 1) ==
  
  a^n - 1 divide a^Phi(a^n - 1) - 1 ==
  
  n divide Phi(a^n - 1)
  
  ***
  
  Essa ultima passagem pode ser vista da seguinte forma:
  
  Sejam x^n - 1 e x^n - 1 polinomios (portanto m, n inteiros)
  
  x^n - 1 divide x^m - 1 mas n nao divide m ==
  
  m = qn + r com 0  r = n-1 ==
  
  x^m - 1 = x^(qn + r) - 1 = x^(qn)*x^r - x^r + x^r - 1 =
  = x^r(x^(qn) - 1) + x^r - 1 ==
  
  x^n - 1 divide x^r - 1 com 0  r  n ==
  
  contradicao.
  
  
  Um abraco,
  Claudio.
  
 
=

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Re: [obm-l] Limite fund.

2003-08-15 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel



Oi Luiz Ricardo.

Vamos supor que você já sabe que lim{ (1 + 1/n)^n } 
= e quando n tende ao infinito. Aqui estou considerando este limite sendo tomado 
no sentido da função real n - (1 + 1/n)^n e não no sentido daseqüência 
de números reais (a_n) onde a_n = (1 + 1/n)^n para n= 1, 2, 3, ... Agora 
considere a função n - (1 + k/n)^n = ((1 + k/n)^(n/k))^k. Voce sabe que 
quando n tende ao infinito, também tende n/k, de forma que lim { (1 + k/n)^(n/k) 
} = e quando n tende ao infinito. Logo o limite que você está tentando calcular 
é e^k.

Espero que esta resposta lhe 
satisfaça.

Abraço,
Duda.

  - Original Message - 
  From: 
  Luiz 
  Ricardo Delgado 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Saturday, August 16, 2003 12:37 
  AM
  Subject: [obm-l] Limite fund.
  
  O limite com n a infinito de 
  (1+1/n)^n=e.
  
  Resolvendo um exercicio, vi a seguinte 
  afirmacao:
  
  lim(1+k/n)^n=e^k. comn no inf. Isso e 
  verdade 
  Alguem tem uma dem. disso 
?


[obm-l] [univ] Teoria dos Grupos

2003-08-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá pessoal!

[Agradeço ao Nicolau pela solução enviada... teorema de Baire era o mais
natural...]

Uma questão de álgebra que não estou conseguindo resolver, do livro de
introdução a álgebra do Hernstein.

QUESTÃO. Um grupo abeliano finito possui dois subgrupos, um de ordem N e
outro de ordem M. Mostre que ele trambém possui um subgrupo de ordem MMC{ M,
N }.

Eu consigui resolver a questão no caso particular em que o grupo é cíclico.
No caso geral, eu pensei em usar o produto de subgrupos MN, mas a ordem pode
ser maior que MMC{ M, N }. O interessante é que unindo esta questão ao
teorema de Silow para grupos abelianos, acho que se demonstra a existência
de subgrupos de qualquer ordem divisora da ordem do grupo original. Este
resultado não é forte demais?

Agradeço pela ajuda!
Abração,
Duda.


=
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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[obm-l] Questão de Geometria

2003-08-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá a todos!

Considere um quadrado ABCD de lado unitário. Trace quatro circunferências de
raios unitários centradas em A, B, C e D. No centro do quadrado, forma-se
uma região limitada pelos quatro círculos. A pergunta que faço é: como
calcular a área dessa figura?

Um modo de fazer é encontrar funções cujos gráficos sejam a borda das
circunferências e uttilizando-se uma integral calcular a área compreendida
entre as curvas. Deste modo, eu chegei à área Pi/3 + 1 - sqrt(3). Eu
gostaria de saber se existe uma solução usando somente dos recursos da
geometria euclidiana, sem usar integrais.

Abraço aos que leram!
Duda.

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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Problema das 3 portas

2003-08-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Bernardo.

Por favor, leia a última mensagem enviado por Camilo Marcantonio Junior,
onde ele explica corretamente o problema. Há muitas pessoas que,  mesmo
depois de ler os argumentos que justificam que é melhor TROCAR DE PORTA, não
se convencem e continuam a insistir que tanto faz trocar ou não trocar de
porta. Posso lhe assegurar que a resposta correta (todos as pessoas sérias
dessa lista, grandes matemáticos: Nicolau, Gugu, Morgado, Luis Lopes, Shine,
Camilo, Paulo Santa Rita, etc. concordarão que o melhor é trocar de porta) é
esta.

Se você, ainda sim, não conseguir compreender o argumento, lhe sugiro para
fazer o seguinte experimento. Se você souber programar em computador, faça
um programa que escolha aleatoriamente uma dentre três opções (a premiada) e
lhe pede para decidir uma delas (1, 2 ou 3). Depois ele mostra que um dos
números que você escolheu não contém o prêmio. Por fim, ele diz se você
ganha permanecendo na mesma porta ou se trocando de porta. E ele faz uma
contagem. Repita este jogo, umas 100 vezes e você perceberá que em
aproximadamente 67 casos você teria ganho TROCANDO de porta e em
aproximadamente 33 casos você ganharia PERMANECENDO com a mesma porta. Isto
tem de lhe convencer.

Se você não souber programar, sugiro que pegue três copos (não
transparentes) e uma bolinha de papel que é o prêmio. Peça para alguém ter a
função do apresentador do programa, e vá você mesmo fazendo a contagem que
lhe sugeri. Repita umas 100 vezes o jogo, e constate a proporção
(aproximada) de 2/3 para 1/3.

Mas faça mesmo essa experiência, antes de enviar uma outra mensagem à lista,
ok?

Abraço,
Duda.

From: Bernardo Vieira Emerick [EMAIL PROTECTED]
 Claudio,
 Eu insisto que tanto faz trocar de porta. Pensemos no problema em duas
 etapas. Na primeira você escolhe entre três portas. Atrás de uma está o
 prêmio. A probabilidade de você ganhar será de 1/3, certo? Na segunda,
você
 tem que escolher entre duas portas. O prêmio está em uma delas. A sua
 probabilidade de ganhar será, portanto, 1/2 para as duas portas. Pouco
 importa o que você escolheu na primeira etapa. É como se fosse outro jogo,
 só que se tenha eliminada uma das opções erradas.


 From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Subject: [obm-l] Problema das 3 portas
 Date: Tue, 12 Aug 2003 00:43:58 -0300
 
 Oi, Henrique:
 
 Eu insisto que a estrategia otima eh trocar de porta.
 
 Veja o meu raciocinio:
 
 Chame as 3 portas de A, B e C.
 Suponha s.p.d.g. que inicialmente voce escolhe a porta A.
 
 Temos 3 casos a considerar:
 1) O premio estah atras de A:
 Nesse caso, o apresentador abre B ou abre C (qualquer uma das duas
estarah
 vazia)
 Se voce trocar, voce estarah saindo da porta vencedora e indo para uma
das
 perdedoras (a que ele nao abriu) - voce perde se trocar.
 
 2) O premio estah atras de B:
 Nesse caso, o apresentador abre a porta C.
 Se voce trocar, voce estarah saindo de A e indo para B - a porta
vencedora.
 Ou seja, voce ganha se trocar.
 
 3) O premio estah atras de C:
 Nesse caso, o apresentador abre a porta B.
 Se voce trocar, voce estarah saindo de A e indo para C - a porta
vencedora.
 Ou seja, voce ganha se trocar.
 
 Assim, ao decidir trocar voce perde em um caso e ganha em 2. Supondo que
a
 probabilidade do premio estar atras de uma dada porta eh 1/3, a sua
 probabilidade de ganhar ao trocar eh igual a 2/3  1/2. Logo, voce deve
 trocar de porta.
 
 Com 1 milhao de portas, a decisao eh ainda mais obvia, pois se voce nao
 trocar, o que voce estarah dizendo eh que voce escolheu a porta certa de
 primeira, um evento que pra voce tem uma probabilidade de 1 em 10^6.
 
 Suponha que voce tenha escolhido inicialmente a porta no. 1, a qual tem,
 pra
 voce, probabilidade de 1/10^6 de conter o premio.
 Isso quer dizer que, pra voce, a probabilidade do premio estar atras de
uma
 das outras 999.999 portas eh de 999.999/10^6.
 
 Quando o apresentador abre 999.998 portas dentre as 999.999 que voce nao
 escolheu, ele estah colapsando a probabilidade de cada porta aberta para
0,
 e concentrando a probabilidade total de 999.999/10^6 numa unica porta,
que
 permanece fechada (estas probabilidades sao sempre do seu ponto de vista.
 Do
 ponto de vista do apresentador, que sabe qual a porta premiada, as
 probabilidades sao: 1 do premio estar atras da porta premiada e 0 de
estar
 atras de qualquer outra).
 
 Nesse caso, voce seria louco de nao trocar de porta.
 
 Um abraco,
 Claudio.
 
 on 11.08.03 23:27, Henrique Patrício Sant'Anna Branco at
 [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
   Por mais que eu ache pedante e ridiculo alguem se vangloriar de ter o
 QI
   mais alto do mundo, nesse caso acho que a Marilyn estah certa. Voce
 deve
   trocar de porta.
  
   Desculpem a minha ignorancia, mas o que ha de errado com o argumento
de
 1
   milhao de portas? Me parece que, nesse caso, a probabilidade de voce
 ter
   escolhido a porta certa de primeira eh apenas de 1/1.000.000. Logo, a
   probabilidade da outra porta 

[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l]_Re:_[obm-l]_ENQUETE_-_BELEZA_MATEMÁTICA

2003-08-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Dirichlet,

o Nicolau não comentou sobre nenhum problema. De qual problema em aberto
você está falando?

Abraço,
Duda.

From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
[EMAIL PROTECTED]
 A demonstraçao que 3eu escrevi evitara este
 mal-entendido.
 Alias o Tengan me disse que este e um problema em
 aberto muito chato e de que ninguem conseguiu uma
 ideia muito esperançosa...

  --- Nicolau C. Saldanha
 [EMAIL PROTECTED] escreveu:  On
 Wed, Aug 13, 2003 at 09:39:49PM -0200,
  Claudio Buffara wrote:
   on 13.08.03 20:28, Henrique Patrício
  Sant'Anna Branco at
   [EMAIL PROTECTED] wrote:
  
Cláudio,
   
A classica prova de Euclides é aquela que
  diz:
Sejam p1, p2, ..., pm todos os primos.
  Entao consideremos o número N = p1 *
p2 * ... * pm + 1. Esse número não seria
  divisível por nenhum primo e,
portanto, contradiz o Teorema Fundamental
  da Aritmetica?
   
Abraços,
Henrique.
   
   Eh isso ai mesmo.
 
  Por falar nisso, esta prova aparentemente induz
  um dos erros mais comuns.
  As pessoas incorretamente entendem que foi
  provado que 2*3*...*p + 1 é primo.
  Isto é falso mas o primeiro contraexemplo
  demora o suficiente para aparecer
  para convencer os mais afoitos de que sim,
  estes números são primos:
  2*3*5*7*11*13+1 = 30031 = 59*509
  2*3*5*7*11*13*17+1 = 510511 = 19*97*277
  2*3*5*7*11*13*17*19+1 = 9699691 = 347*27953
  2*3*5*7*11*13*17*19*23+1 = 223092871 =
  317*703763
  Também dá errado se trocarmos +1 por -1 no
  final:
  2*3*5*7-1 = 209 = 11*19
  2*3*5*7*11*13*17-1 = 510509 = 61*8369
  2*3*5*7*11*13*17*19-1 = 9699689 = 53*197*929
  2*3*5*7*11*13*17*19*23-1 = 223092869 =
  37*131*46027
 
  Desculpem, eu sei que ninguém perguntou, mas eu
  já ouvi este erro
  vezes demais.
 
  []s, N.
 
 
 
 =
  Instruções para entrar na lista, sair da lista
  e usar a lista em
 
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=


Re: [obm-l] Re: not subject

2003-08-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá Dirichlet,

eu também pensei sobre o problema: demonstrar que não existe uma função nos
reais contínua nos racionais e somente neles. Sequer tenho alguma estratégia
ou alguma idéia de como atacar o problema. Será que alguém pode dar uma
sugestão? O único progresso que fiz - que nem sei se está certo - é intuir
que os racionais não são um conjunto tão especial neste enunciado, eu
suspeito que podemos substituir por enumeraveis densos nos reais.

Quem quiser fazer comentários, sinta-se à vontade.

Abraço,
Duda.

From: Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
[EMAIL PROTECTED]
 Como nao consegui demonstrar isto em tempo
 finito,alguem poderia demonstrar pra mim?


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] ENQUETE - BELEZA MATEMATICA

2003-08-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá!

É minha vez de enviar meus problemas/teoremas bonitos...

1) O teorema, devido a Euler, que diz que quando s  1 temos ZETA(s) =
SOMA{ 1/n^s, n=1...infinito } = PRODUTORIO { (1 - p^(-s) ), p primo }.

2) A surpreendente constatação de que um problema aparentemente não tão
complicado como o último teorema de Fermat tenha uma solução tão extensa e
complicada.

3) A demonstração (enviada para a lista) de que um número irracional elevado
a um número irracional pode resultar um número racional. A saber, se p =
raiz(2) ^ raiz(2) é racional, está acabado; se p não for racional, é
irracional, e q = p ^ raiz(2) = 2 satisfaz o problema.

4) O método (não lembro de quem é, talvez Cauchy) para aproximar a soma de
séries SOMA{ s_n } onde s_1  s_2  s_3  ...  0, utilizando-se uma
integral.

5) A constatação maravilhosa de que certas constantes (como Pi e e) são
constantes em toda a matemática, isto é, aparecem em diversas áreas
(aparentemente desconexas) como geometria, análise, teoria dos números,
probabilidade, etc. dando a entender que toda a matemática tem um centro
firme (de onde saem os resultados) e uma arquitetura já planejada por alguém
bem mais inteligente que nós...

6) O método do escalonamento de matrizes descoberto por Gauss. Brilhante por
ser tão simples e ter levado tanto tempo para ser descoberto. Segundo o
Gilbert Strang: Ele é tão simples que mesmo qualquer um de nós poderíamos
tê-lo descoberto

7) O fato de que podemos definir num espaço vetorial uma função com
propriedades simples (=o produto interno) e dele derivarmos muitos e muitos
resultados interessantes. (isto realmente me surpreendeu, quando comecei a
estudar álgebra linear, pareceu mágica a existência e as conseqüências do
produto interno)

8) A menos de isomorfismo, o conjunto dos Reais é o único corpo ordenado
completo.

9) O primeiro teorema da inconsistência de Gödel.

E para finalizar:

10) O princípio da indução finita.

Abração,
Duda.

From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 Caros colegas da lista:

 Gostaria de contar com sua participacao numa enquete sobre beleza
 matematica.

 O que eu precisao eh que cada um de voces me envie uma lista contendo algo
 como 5 a 10 problemas/teoremas que voces consideram os mais bonitos e
cujas
 solucoes/demonstracoes sao as mais elegantes e/ou inusitadas e/ou
 engenhosas. Nao precisa incluir a solucao/demonstracao, apenas o
enunciado.
 No entanto, se voce tiver em mente uma solucao/demonstracao especifica
 (entre varias existentes) nao deixe de mencionar pelo menos o metodo
 utilizado.

 A unica restricao eh que estes resultados devem ser de um nivel acessivel
a
 um aluno normal de 2o. grau (ou seja, o Ultimo Teorema de Fermat e o
Porisma
 de Poncelet estao fora, mas o caso n = 4 do UTF e a versao para triangulos
 do Porisma poderiam ser incluidos).

 Importante: os resultados devem ser acessiveis a um aluno normal de 2o.
 grau, mas nao necessariamente fazer parte do curriculo normal do 2o. grau.

 Tambem nao precisa responder hoje ou amanha ou mesmo na semana que vem.
Acho
 que vale a pena pensar por um tempo e consultar a literatura - as vezes
pode
 ter um resultado belissimo do qual voce simplesmente se esqueceu por nao
 encontra-lo ha muito tempo. As Eurekas sao uma otima referencia. O Proofs
 from the Book tambem, apesar de nem tudo lah ter nivel de 2o. grau.

 Se houver um numero suficiente de respostas, eu me comprometo a publicar
uma
 compilacao dos problemas e teoremas mais votados.

 Desde jah a gradeco o interesse de quem quiser participar.

 Um abraco,
 Claudio.


 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: Re:[obm-l] Algumas duvidas

2003-08-04 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Olá Cláudio!

Fui infeliz no meu comentário...

O que me veio à cabeça, na hora em que disse que o problema dos quatro
quatros era inútil, foi que dificilmente ele apareceria em algum resultado
matemático. Por exemplo, durante a demontração do TFA nunca precisaremos de
tal decomposição. Neste sentido, ele me pareceu inútil. Pensando melhor,
acho que ele pode gerar algum fruto. Por exemplo, que tipo de técnicas
poderíamos usar para demonstrar que um número não pode ser representado com
quatro quatros e certas operações definidas?

Mas a verdade é que ele é um problema legal, uma boa diversão. Deveria ter
me limitado a somente ter dado a solução ao problema.

Concluo dizendo que foi um prazer conhecê-lo, também. E um prazer conhecer o
Luís Lopes e o Morgado! Espero que o pessoal da lista se reúna em maior
número em oportunidades futuras.

Abração,
Duda.


 From: claudio.buffara

Oi, Duda:

Discordo da sua avaliacao de que o problema dos quatro quatros eh o mais
inutil ja inventado.

Alem de ser um passatempo matematico equivalente ao Logodesafio (publicado
em varios jornais e cujo objetivo eh formar o maior numero possivel de
palavras com um dado conjunto de letras), acho que tambem eh um bom
exercicio de criatividade - vide este caso extremamente nao trivial do 33.

Mais ou menos relacionado a esse problema tem aquele da calculadora com a
tecla de multiplicacao quebrada: Como multiplicar dois numeros numa
calculadora usando apenas as teclas +, - e 1/x (alem das teclas
numericas, claro)?

Depois, o conceito de utilidade em matematica pura eh um tanto quanto
polemico - lembre-se das discussoes geradas aqui na lista por um certo
ex-participante que felizmente parece que foi embora de vez...

No mais, foi um prazer conhece-lo pessoalmente no Rio.

Um grande abraco,
Claudio.

De:[EMAIL PROTECTED]

Para:obm-l

Cópia:

Data:Sat, 2 Aug 2003 23:38:03 -0300

Assunto:Re:[obm-l] Algumas duvidas




 Olá!

 Acho que você é colega novo na lista, não lembro de já ter lido alguma
mensagem sua. Se for, seja muito bem vindo!

 Quando eu estava no segundo grau, tinha um amigo que junto comigo pensou
neste problema (importantíssimo!). Na época, lembro que nós permitimos que
se usasse o ponto, daí podíamos representar o número .4 = 2/5. Este caso do
33, lembro que foi um dos que deu mais trabalho. O que eu encontrei foi o
seguinte:

 [ sqrt(sqrt(sqrt(4^(4! + sqrt(4) ] / sqrt(4)
 = [ (4^24)^(1/8) + 2 ] / 2 = [ 4^3 + 2 ] / 2 = [ 64 + 2 ] / 2 = 33

 Este é, quase sem dúvida, o problema de matemática mais inútil que alguém
já inventou. Estou bastante convencido disso... ainda não pude demonstrar,
mas é questão de tempo. ;)

 Abração,
 Duda.

 PS. Agora que li que não pode usar radiciação com índice oculta, ou seja,
não se pode usar a operação raiz quadrada, que invalida essa minha solução.
Deixa para lá, envio ela mesmo assim para te dar as boas vindas...


 De:[EMAIL PROTECTED]

 Para:[EMAIL PROTECTED]

 Cópia:

 Data:Sat, 02 Aug 2003 15:16:48 -0300

 Assunto:[obm-l] Algumas duvidas



  Ola pessoal... tenho algumas duvidas e queria saber se vcs poderiam me
  ajudar...
 
  1. Seja n alguma permutação de 123456789. Diz-se que um algarismo está
no
  lugar certo se o 1 for o 1° digito, o 2 no 2°, 3 no 3°, etc. Espera-se
que
  quantos algarismos estejam no lugar certo?
 
  2. se vcs jah leram o homem que calculava, devem conhecer um problema
em
  que, usando quatro digitos 4 se escreve todos os numeros de 0 a 100. Por
  exemplo, 0 = 44 - 44; 1 = 44/44, 2 = 4/4 + 4/4, etc
  Dizem q eh possível escrever todos ate o 100, mas para tanto tem q se
fazer
  uso do fatorial (4!=24). Naum consigo fazer o 33; alguem pode me ajudar?
  (vale usar soma, subtração, frações, multiplicação, potência,
parenteses,
  fatorial e radiciação desde q o índice naum esteja oculto).
 
  _
  MSN Messenger: instale grátis e converse com seus amigos.
  http://messenger.msn.com.br
 
 
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  Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
  http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-24 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Daibert,

Minha solução é muitíssimo avançada, precisarás de anos de estudos para
compreendê-la... mas se você tentar, quem sabe consiga ainda hoje.

Eu estou usando algumas propriedades bem simples sobre matrizes. Por
exemplo, se A é uma matriz quadrada e suas colunas (vetores com n
coordenadas) são A = [c_1 c_2 ... c_n] então a matriz é inversível (isto é,
existe uma outra matriz B tal que AB = matriz identidade) se e somente se
podemos encontrar constantes reais (nem todas nulas) v_1, v_2, ..., v_n tais
que v_1*c_1 + ... + v_n*c_n é o vetor nulo. Esta expressão pode ser
reescrita como Av = vetor nulo, onde v é a matriz coluna 1 por n com
coordenadas v_1, v_2, ..., v_n. Fora esta propriedade, só uso fatos muito
simples que certamente se ensinam no segundo grau.

Primeiro, suponho por absurdo que existe um vetor não-nulo (pense como uma
matriz 1 por n) v tal que

(A + I)*v = 0 (este zero sendo a matriz 1 por n com zeros em suas
coordenadas)

Ou seja, estou supondo (pelo que discuti no primeiro parágrafo) que a matriz
não é inversível. Pretendo chegar a uma contradição para concluir que esta
hipótese é furada e portanto A + I deve ser inversível. (esta técnica de
demonstração é conhecida como redução ao absurdo e é muito freqüente em
matemática). Multiplicamos as matrizes (esta é a propriedade distribuitiva,
que você deve conhecer)

A*v + I*v = 0

A matriz I mantém qualquer matriz, ou seja

A*v + v = 0, daí
A*v = - v

Nós sabemos, da hipótese, que A^3 = k*A onde k é um número real diferente de
1. Isto é uma igualdade de matrizes. Se esta igualdade vale, podemos
multiplicar os dois lados por uma matriz e a igualdade continará valendo
(concordas?). Multiplique então pela nossa matriz (ou vetor) v. Deve valer:

A^3*v = k*A*v(1)

Vamos trabalhar com essas duas expressões. A primeira é o produto de quatro
matrizes, a saber, A*A*A*v. Como o produto de matrizes é associativo (=tanto
faz a ordem da multiplicação) podemos associá-las assim

A*( A* (A*v) )

A expressão bem de dentro nós já calculamos. Daí a expressão fica

A*(A * (-v) ) = - A*( A*v )

Novamente a expressão do meio já foi calculada, daí ela fica

- A * ( A*v ) = - A * ( -v ) = A * v = - v

Ou seja

A^3*v = - v

Por outro lado

k*A*v = k * (A*v) = k*( - v) = - k*v

Daí igualando as expressões em (1)

- v = - k * v
v = k * v

Pense nesta expressão. Temos a matriz v à esquerda e a mesma matriz v à
direita, só que com todos suas coordenadas multiplicadas por k. Para valer
essa expressão ou a matriz (vetor) v é cheio de zeros (o que contraria o que
dissemos de v lá no começo) ou então o numero real k é igual a 1 (o que
contraria o enunciado). Conclusão: não pode valer a hipótese de que A + I é
não inversível, pois ela nos conduz a uma contradição.

Espero que agora você já tenha penetrado no cálculo vetorial superior. ;)

Abração!
Duda.





From: Alexandre Daibert [EMAIL PROTECTED]
 Ih, desculpa aí mas eu sou soh vestibulando do ITA, ainda naum cheguei
 nessa parte de cálculo vetorial de curso superior
 :-P
 mas valeu mesmo assim

 Alexandre Daibert


 Eduardo Casagrande Stabel escreveu:

 Oi Alexandre.
 
 Vou resolver com a mesma idéia que resolvi o outro.
 
 Assuma que A é uma matriz quadrada que satisfaz A^3 = kA onde k  1.
Agora
 suponha, por hipótese de absurdo, que A + I não é uma matriz inversível.
 Portanto deve existir um vetor não-nulo real v tal que (A + I)v = 0, daí
Av
 = -v. Vamos então calcular A^3v e kAv e compará-los. Temos A^3v =
 A^2(-v)=Av=-v. E temos kAv = -kv. Sabemos que A^3 = kA, o que implica
A^3u =
 kAu para todo vetor u, em particular para o nosso amigo v. Portanto A^3v
 = -v = -kv = kAv. Ora se vale v = kv, uma das duas coisas tem de ser
 verdade: (1) k tem de valer 1, o que contraria a hipótese do enunciado;
(2)
 v tem de ser nulo, o que contraria nossa hipótese de que v é não-nulo.
 Conclusão: A + I tem de ser inversível.
 
 Abraço,
 Duda.
 
 From: Alexandre Daibert [EMAIL PROTECTED]
 
 
 Fábio,
 Olha, eu não sou o Morgado não, mas vou te dar a opinião minha sobre a
 pergunta 3. Eu estou tentando vestibular para o ITA pela segunda vez e
 acho q esta resolução tah meio difícil comparando com a imensa maioria
 das questões do ITA pelo menos (pra falar verdade eu naum entendi
 direito, hehehe).
 :)
 
  Lembram daquela quetão do IME do ano passado, a número 10? deixa eu soh
 por o enunciado dela aki:
 Considere uma matriz A, n x n, de coeficientes reais, e k um número
 real diferente de 1. Sabendo-se que A^3=kA, prove que a matriz A+I é
 invertível, onde I é a matriz identidade n x n
 Eu lembro de ter visto uma solução deste problema por sistemas lineares
 homogêneos. Alguém tem alguma solução deste problema do IME por este
 caminho?? talvez ajudasse em algo...
 
 
 
 
 Fábio Dias Moreira escreveu:
 
 
 
 -- Cabeçalho inicial  ---
 
 De: [EMAIL PROTECTED]
 Para: [EMAIL PROTECTED]
 Cópia:
 Data: Mon, 21 Jul 2003 19:16:47 -0300 (EST)
 Assunto: Re: [obm-l] Problema de matrizes
 
 
 
 
 
 Nao eh

Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-22 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Alexandre.

Vou resolver com a mesma idéia que resolvi o outro.

Assuma que A é uma matriz quadrada que satisfaz A^3 = kA onde k  1. Agora
suponha, por hipótese de absurdo, que A + I não é uma matriz inversível.
Portanto deve existir um vetor não-nulo real v tal que (A + I)v = 0, daí Av
= -v. Vamos então calcular A^3v e kAv e compará-los. Temos A^3v =
A^2(-v)=Av=-v. E temos kAv = -kv. Sabemos que A^3 = kA, o que implica A^3u =
kAu para todo vetor u, em particular para o nosso amigo v. Portanto A^3v
= -v = -kv = kAv. Ora se vale v = kv, uma das duas coisas tem de ser
verdade: (1) k tem de valer 1, o que contraria a hipótese do enunciado; (2)
v tem de ser nulo, o que contraria nossa hipótese de que v é não-nulo.
Conclusão: A + I tem de ser inversível.

Abraço,
Duda.

From: Alexandre Daibert [EMAIL PROTECTED]
 Fábio,
 Olha, eu não sou o Morgado não, mas vou te dar a opinião minha sobre a
 pergunta 3. Eu estou tentando vestibular para o ITA pela segunda vez e
 acho q esta resolução tah meio difícil comparando com a imensa maioria
 das questões do ITA pelo menos (pra falar verdade eu naum entendi
 direito, hehehe).
 :)

  Lembram daquela quetão do IME do ano passado, a número 10? deixa eu soh
 por o enunciado dela aki:
 Considere uma matriz A, n x n, de coeficientes reais, e k um número
 real diferente de 1. Sabendo-se que A^3=kA, prove que a matriz A+I é
 invertível, onde I é a matriz identidade n x n
 Eu lembro de ter visto uma solução deste problema por sistemas lineares
 homogêneos. Alguém tem alguma solução deste problema do IME por este
 caminho?? talvez ajudasse em algo...




 Fábio Dias Moreira escreveu:

 -- Cabeçalho inicial  ---
 
 De: [EMAIL PROTECTED]
 Para: [EMAIL PROTECTED]
 Cópia:
 Data: Mon, 21 Jul 2003 19:16:47 -0300 (EST)
 Assunto: Re: [obm-l] Problema de matrizes
 
 
 
 Nao eh dificil dar uma soluçao usando autovalores. Veja a soluçao
enviada pelo Stabel, que eh otima, e que consegue usar autovalores de forma
compreensivel a (bons) alunos do ensino medio. Mas, sei la, continuo
desconfiado que deve haver uma soluçao que nao va alem de determinantes e
sistemas de equaçoes lineares. Algo que provasse diretamente que A
anti-simetrica real implicaria det(A+I) diferente de 0.
 [...]
 
 
 
 Eu acho que tenho uma solução elementar parcial para o problema:
 
 Seja nxn o tamanho da matriz A. Seja P o conjunto das permutações de
comprimento n). Seja p uma permutação de P. Se p não for uma involução, tome
sua inversa q. Olhe para os termos associados a p e q no determinante da
matriz A+I. Como pq = i, onde i é a identidade de P, p e q têm a mesma
paridade, logo os termos associados têm, a priori, o mesmo sinal. Mas se x
aparece num dos termos, então -x aparece no termo oposto; logo um dos termos
é (-1)^k o outro, onde k é o número de pontos não-fixos, i.e. x tais que
p(x) != x.
 
 Caso pp = i, eu afirmo que o termo associado é certamente não-negativo.
Note que então que os ciclos de p têm comprimento no máximo 2. Logo o termo
pode ser construído do termo associado à identidade (que vale 1) se fizermos
inversões disjuntas. Cada inversão troca um 1*1 por um -x*x = -x^2, mas
também multiplica por -1 por causa da inversão da paridade. Logo o termo é
multiplicado por x^2, certamente não-negativos.
 
 Se uma permutação p não-involutiva tem um número ímpar de pontos
não-fixos, então sua inversa q gera um termo que é igual em módulo ao termo
gerado por p, mas tem sinal oposto, logo os dois termos se cancelam. Agora
considere todas as permutações com k pontos não fixos, k par. Então os
termos gerados por essas permutações são da forma 2*(-1)^m*P, onde m é 0 ou
1 e P é um produtório de um núme
 s associados à permutação que não são 1 e que estão na metade superior da
matriz -- escolher os termos daqui é sempre possível se mexermos no m
apropriadamente).
 
 Eu acho que não sei passsar muito daqui. A minha idéia era agrupar esses
últimos termos com os termos quadrados perfeitos de mesmo grau para formar
novos quadrados perfeitos maiores, assim retirando os termos que podem ser
negativos de circulação.
 
 Pergunta 1: É sempre possível agrupar os termos dessa forma?
 
 Pergunta 2: m depende só de k (ou melhor ainda, não depende de nada)? Se
sim, a resposta à pergunta 1 parece ser bem mais fácil.
 
 Pergunta 3 (ao Morgado): Na sua opinião, isso está no nível do ITA?
 
 Se eu tiver alguma idéia interessante sobre as perguntas 1 e 2, eu mando
para a lista.
 
 []s,
 
 
 


 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 =



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Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-20 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi Morgado.

Vê se esta serve.

Assuma que a matriz A é anti-simétrica, isto é, A^T = -A. Agora suponha, por
hipótese, que A + I é uma matriz não-invertível. Então existe uma combinação
linear não-nula das colunas de I + A que se igualam ao vetor nulo. Logo
existe um vetor real v tal que (I + A)v = 0, donde Av = -Iv = -v. Isto
implica que o produto interno dos vetores Av, -v = ||v||^2 é diferente de
zero. Mas -Av, v = -A^Tv, v = --Av, v = Av, v, que implica Av, v =
0, uma contradição. Segue que nossa hipótese não pode valer e A + I é
inversível.

Uso dois fatos que, acredito, são de conhecimento dos alunos do segundo grau
que prestam o ITA. Se a matriz A é não-inversível, existe um vetor v
não-nulo tal que Av = 0. O segundo é que se A é uma matriz e A^T é sua
transposta, então segundo o produto interno usual Av, u = v, A^Tu, no
caso de vetores reais podemos permutar u, v = v, u.

Abraço,
Duda.

From: A. C. Morgado [EMAIL PROTECTED]
 Propuseram-me um problema que estah me perturbando um pouco. Para
 resolve-lo tive que usar fatos que nao sao do conhecimento usual de um
 (bom) aluno de ensino medio. Alguem conseguiria uma soluçao em nivel de
 vestibular do ITA?
 Problema:
 Prove que se a matriz real A eh anti-simetrica entao a matriz I + A eh
 invertível.
 Morgado

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Re: [obm-l] polinomios

2003-07-15 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi chará!

O polinômio Q(x) = P(x) - 1 é de grau 5 e tem como raízes {1, 2, 3, 4, 5},
portanto Q(x) = A(x - 1)(x - 2)(x - 3)(x - 4)(x - 5), para algum A. Sabemos
que Q(6) = P(6) - 1 = - 1 = A*5!, logo A = -1/5!. O valor de P(0) = Q(0) + 1
= (-1)(-2)(-3)(-4)(-5)/(-5!) + 1 = 2. Portanto P(0) = 2. Acho que é isto.

Abraço!
Duda.


From: Eduardo Henrique Leitner [EMAIL PROTECTED]
 Fundamentos de Matemática Elementar, volume 6

 Gelson Iezzi

 145. Seja P(x) um polinômio de 5^o grau que satisfaz as condições:

 1 = P(1) = P(2) = P(3) = P(4) = P(5)
 e
 0 = P(6).

 Qual o valor de P(0)?


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Conjuntos - Justificativa

2003-07-14 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel



Oi Leandro.

O Paulo Santa Rita deu uma resposta excelente sobre 
essa questão, como ele sempre dá. O que acontece é que a afirmativa do José 
Franscisco Guimarães Costa é falsa pois o sentido 
da palavra máximo do conjunto é um elemento DO CONJUNTO que é maior ou igual a 
todos os outros.

É fácil de ver que o conjunto, por exemplo, N = {x 
real : x  0} possui uma cota superior: pode ser o zero. Segue do axioma do 
sup, que este conjunto possui um supremo, isto é, existe um número real R tal 
que todo elemento de N é menor ou igual a R e R émenor ou igual a todo 
real R' com esta propriedade. Só que este supremo não precisa pertencer ao 
conjunto N, e neste caso, de fato, não pertence. Portanto o conjunto N não tem 
um máximo, isto é, seu limite superior não está no conjunto.

Agora falei mais explicitamente o que eu queria ter 
dito.

Abração!
Duda.

  - Original Message - 
  From: 
  Leandro 
  Fernandes 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Monday, July 14, 2003 3:23 AM
  Subject: Re: [obm-l] Conjuntos - 
  Justificativa
  
  Então você está dizendo que essa afirmativa é 
  falsa?
  
  Se um conjunto X possuir ao menos dois elementos 
  máximos e iguais, este conjunto não tem máximo. É isso? Como poderia 
  justificar isso?
  
  
- Original Message - 
From: 
Eduardo 
Casagrande Stabel 
To: [EMAIL PROTECTED] 
Sent: Sunday, July 13, 2003 10:12 
PM
Subject: Re: [obm-l] Conjuntos - 
Justificativa

José.

Um conjunto X tem um máximo se ele possui um 
elemento x que é maior ou igual a todos os outros elementos de X. 


Duda.

  - Original Message - 
  From: 
  Jose 
  Francisco Guimaraes Costa 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Sunday, July 13, 2003 10:03 
  PM
  Subject: [obm-l] Conjuntos - 
  Justificativa
  
  Comentário de um não-matemático que às vezes 
  confunde definições com postulados com teoremas, sobre a pergunta original 
  do Leandro.
  
  Ora,se o conjunto é "limitado 
  superiormente",nenhum de seus elementos pode ser maior que o 
  limite superior. Logo,ele certamente tem um máximo (que é menor ou 
  igual ao limite), e isto seria um corolário.
  
  Falei bobagem?
  
  JF
  - Original Message - 
      From: "Eduardo Casagrande Stabel" 
  [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Sent: Sunday, July 13, 2003 9:20 
  PM
  Subject: Re: [obm-l] Conjuntos - 
  Justificativa
   Caro Leandro.  Este é o chamado 
  axioma do sup. É equivalente a muitos outros, e não costuma-se 
  demonstrá-lo e sim usá-lo como axioma. Se você ainda quiser 
  demonstrá-lo, terá de estabalecer todos os axiomas dos reais, isto é, os 
  que você está usando (ou o livro). Do contrário, fica impossível 
  ajudá-lo.  Abração! Duda.  From: 
  "Leandro Fernandes" [EMAIL PROTECTED]  Pessoal, não consigo dar uma justificativa 
  plausível para esta afirmação:   "Todo conjunto 
  não vazio de números racionais limitado superiormente tem  
  máximo"   Alguém tem alguma sugestão? 

Leandro


[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_Como_os_Matemáticos_Complicam_II

2003-07-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Oi amigo José Paulo.
Tudo legal?

Não, sua resposta está errada.

Um capital inicial X a cada mes aumenta a uma taxa J. Isto é, depois de um
mês o capitál ter-se-á tornado

X + XJ = X(1 + J)

Depois de mais um mês, este capital - X(1 + J) - tornar-se-á X(1 + J) (1 +
J) = X(1 + J)^2. E assim por diante. Após 12 meses o capital será de X(1 +
J)^12. A princípio era X, depois de 12 meses com taxa mensal J, tornou-se
X(1 + J)^2, logo o percentual em relação ao capital inicial é (1 + J)^12 =
112% = 1.12. Para determinar J você precisa calcular a raiz doze-ésima de
1.12, a saber, J = (1.12)^(1/12) - 1. Está aí um exemplo prático de
aplicação de raízes n-ésimas onde n  2.

Aviso a todos: discutam com nosso coléga José Paulo atraves de e-mails
individuais!

Abração!
Duda.

 From: J.Paulo roxer ´til the end

Mais um sábio.Sábio mesmo,sem ironia,claro.

Depois darei exemplos de questões q tenho dificuldades.Em razão de tanta
gente responder com falta de bons modos,acho q não fui muito conciso.

Re:12/12=1%

[ ]´s

João Paulo
- Original Message -
From: Josimar Silva
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sunday, July 13, 2003 11:24 AM
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_Como_os_Matemáticos_Complicam_II


Olá João! Li seu desbafo e fiquei triste porque sei que essa é a angústia de
vários alunos que foram massacrados com algumas besteiras na escola e, ainda
para completar, o que era belo e importante, deixou-se passar despercebido,
principalmente porque, em muitos casos, o próprio professor não o via assim.
Você e milhões de jovens são o produto da má formação desses professores e
também do sistema de ensino das escolas, que enfiam uma enorme lista de
conteúdos goela a dentro do professor que, por sua vez, faz o mesmo com os
alunos. Aos 15 anos me apaixonei por matemática. Vi nela a beleza que foi
vista por Arquimedes, Pascal, Descartes, Newton, Russell, Einstein,
Aristóteles e quase todos os outros nossos grandes filósofos e pensadores.
Mas via também que meus colegas de turma não pensavam assim e eu tentava
mostrar a eles a ligação de tudo aquilo com o nosso mundo real, como por
exemplo, a beleza dos padrões matemáticos contidos numa colméia de abelhas.
Mas não tinha sucesso, visto que, dos poucos colegas que entendiam, alguns
não achavam interessante e diziam um pungente e daí?. Como professor de
matemática, sempre me esforcei em não reproduzir alunos como você, mas
também fui vítima da correria de dar a matéria e não pude evitar
completamente este mal.
Porém, influenciei mais de uma dezena de alunos a fazerem matemática,
mostrando que ela (pelo menos para mim) estava mais para a arte do que para
edificações, circuitos, CDs etc. Tente se destituir de toda essa angústia e
comece a olhar a matemática com outros olhos. Um ótimo livro (bem light) é
O último teorema de FERMAT de Simon Sigh, da editora Record. Não tem conta
chata para fazer, é só texto (embora acho que contas chatas devam existir
pois não dá pra ficar só no papo). Se quiser, posso indicar muitos outros.
A respeito da sua pergunta sobre a utilidade de raízes com índices
superiores a 2 (foi isso mesmo?), tente resolver o seguinte problema.
Se um capital está aplicado (juros compostos) a uma taxa de 12% ao ano,
determine a taxa mensal de juros.
[]s, Josimar
 - Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, July 12, 2003 5:24 PM
Subject: Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_Como_os_Matemáticos_Complicam_II


Brilhante Shine!!! Brilhante mesmo!!! Vou imprimir seu texto...digno de um
grande professor!!! Parabéns!
Crom

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Re: [obm-l] Conjuntos - Justificativa

2003-07-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
Caro Leandro.

Este é o chamado axioma do sup. É equivalente a muitos outros, e não
costuma-se demonstrá-lo e sim usá-lo como axioma. Se você ainda quiser
demonstrá-lo, terá de estabalecer todos os axiomas dos reais, isto é, os que
você está usando (ou o livro). Do contrário, fica impossível ajudá-lo.

Abração!
Duda.

From: Leandro Fernandes [EMAIL PROTECTED]
 Pessoal, não consigo dar uma justificativa plausível para esta afirmação:

 Todo conjunto não vazio de números racionais limitado superiormente tem
 máximo

 Alguém tem alguma sugestão?

 Leandro

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Re: [obm-l] Conjuntos - Justificativa

2003-07-13 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel



José.

Um conjunto X tem um máximo se ele possui um 
elemento x que é maior ou igual a todos os outros elementos de X. 

Duda.

  - Original Message - 
  From: 
  Jose 
  Francisco Guimaraes Costa 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Sunday, July 13, 2003 10:03 
PM
  Subject: [obm-l] Conjuntos - 
  Justificativa
  
  Comentário de um não-matemático que às vezes 
  confunde definições com postulados com teoremas, sobre a pergunta original do 
  Leandro.
  
  Ora,se o conjunto é "limitado 
  superiormente",nenhum de seus elementos pode ser maior que o 
  limite superior. Logo,ele certamente tem um máximo (que é menor ou igual 
  ao limite), e isto seria um corolário.
  
  Falei bobagem?
  
  JF
  - Original Message - 
  From: "Eduardo Casagrande Stabel" [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Sent: Sunday, July 13, 2003 9:20 PM
  Subject: Re: [obm-l] Conjuntos - 
  Justificativa
   Caro Leandro.  Este é o chamado axioma do sup. É 
  equivalente a muitos outros, e não costuma-se demonstrá-lo e sim 
  usá-lo como axioma. Se você ainda quiser demonstrá-lo, terá de 
  estabalecer todos os axiomas dos reais, isto é, os que você está 
  usando (ou o livro). Do contrário, fica impossível ajudá-lo.  
  Abração! Duda.  From: "Leandro Fernandes" 
  [EMAIL PROTECTED]  
  Pessoal, não consigo dar uma justificativa plausível para esta 
  afirmação:   "Todo conjunto não vazio de números 
  racionais limitado superiormente tem  máximo"  
   Alguém tem alguma sugestão?   
Leandro


Re: [obm-l] para os olimpicos

2003-06-23 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel
From: niski [EMAIL PROTECTED]
 Nicolau C. Saldanha wrote:
  On Sun, Jun 22, 2003 at 02:10:51PM -0700, niski wrote:
 
 Sempre tive curiosidade no processo do aprendizado de voces (super
 dotados). Agora por exemplo que estou aprendendo a resolver algumas
 integrais indefinidas meu professor falou para a sala que o melhor jeito
 de se aprender isto é resolvendo milhoes de exercicios. É claro, pq
 resolvendo milhoes de exercicios nos pegamos velocidade e na prova
 poderemos resolver em tempo as integrais que serão propostas como
 exercicios. Pergunto : Vocês quando aprenderam integrais e coisas assim,
   simplesmente viram um exemplo ou outro e basta para gabaritar as
 provas da universidade ou como todos os outros mortais suaram a camisa
 praticando exercicios?
 
 
  Eu não gosto muito da expressão super dotados como você provavelmente
  está falando comigo (entre outros) a resposta é que quando eu estudei
  cálculo achava este tipo de coisa uma chatice só. Eu gostava de análise,
  de álgebra (como em teoria dos grupos), de problemas de olimpíada,
  mas calcular integral... Depois de dar cálculo 1 um monte de vezes
  começo a achar um pouco mais de graça no assunto.
 
  Acho que seu professor tem razão, faça muitos exercícios.

 Ok Nicolau se aquele termo de alguma forma o incomoda (eu apenas o
 utilizei pq ja o vi sendo usado por ai) vou parar de utilizar.
 De qualquer forma, voce ainda nao matou minha curiosidade :)
 Eu queria saber se de fato, voce (por exemplo) gastava horas e horas
 treinando integrais, visto que se vc é capaz de ganhar uma olimpiada
 (onde todos os problemas sao de alguma forma inovadores e voce tem que
 se virar na hora) certamente resolver integrais nunca antes vistas (no
 contexto de provas de calculo I) seria até um problema elementar quando
 comparado a resolver problemas olimpicos.

Oi Niski.

Esta questão que você propõe é boa para mim, pois me dá a oportunidade de
desabafar.

Eu não sou um superdotado, já fiz teste de QI e eles nunca deram muito acima
da média. Contudo, eu sempre tive um desempenho acima do normal, sempre me
saí bem e até melhor do que os outros, fazendo menos esforço. Atualmente, eu
faço faculdade de matemática. Eu adoro e vou bem em disciplinas que envolvem
demonstrações e um pouco de criatividade: como análise, topologia, álgebra.
Mas em disciplinas que envolvem aplicação de algorítmos, fórmulas e contas
eu tenho um desempenho abaixo do médio, pois não gosto das disciplinas e não
me dedico seriamente a elas. Tenho colegas que vão sempre super bem em
disciplinas com cálculo e algebra linear (aquelas onde só se pedem contas),
mas que mesmo que se esforcem muito não conseguem ir bem numa prova de
análise, o que para mim é mais fácil.

Acho que se eu me debruçasse nos algoritmos, os dominaria mais rapidamente
do que o aluno médio, pois eu tentaria compreender e lembrar do fundamento
do algoritmo e ficaria mais fácil do que o aluno médio - que só decora o
processo - para eu lembrar na hora da prova. Portanto a resposta é a
natural: para aquelas pessoas que se interessam pela matemática em si, mesmo
os algoritmos ficam mais fáceis de ser aprendidos.

Infelizmente essa regra ainda não gostou de mim, e continua resistindo ao
meu charme...

Abração!
Duda.

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