2009/2/17 Ricardo Bánffy <rban...@gmail.com> > 2009/2/17 Cláudio Sampaio <pat...@gmail.com>: > > Patrimônio sobre algo que não tem substância? O direito de patrimônio > sobre > > copyright, patentes & etc. é *artificial*, criado para justamente > sustentar > > essa economia de escassez! > > Esse mecanismo foi estabelecido para criar um incentivo econômico à > criação de bens culturais.
UM incentivo. Existem outros, possivelmente. A idéia é justamente que esse incentivo é defasado, irreal, injusto, anacrônico para os dias de hoje. Aliás, hello-o? Cortaram o meu argumento dos efeitos colaterais das leis de copyright na livre expressão e ninguém falou mais neles. Acham mesmo isso irrelevante para a discussão? > ...que, aliás, segundo consta, não foi apertada... > A bunda era dela e apertar, passar a mão ou fazer com a bunda da moça > qualquer coisa com a qual a dona da bunda não concorde é sim um abuso. Não discordei disso, disse apenas que o relatado não ocorreu. > > Mas isso é outro assunto, > > não é usucapião de obras intelectuais, é o seu pressuposto - que existe a > > posse real antes de tudo, que precisa ser contestado. Não existe bem > físico > > pra existir posse real, fica parecendo que você foi condicionado a achar > que > > este é um direito natural. > > Eu acho que devo ter direito de determinar como as idéias que eu ponho > no mundo serão reproduzidas. Se eu disse que não é pra fazer tal coisa Senão você não as põe no mundo? Idéias são etéreas, não têm dono. A "propriedade intelectual" é um artifício - que inclusive não contempla todas as características da propriedade real - criado há muito tempo com um objetivo específico que não tem sido cumprido hoje em dia com a tecnologia existente e os mecanismos atuais. com ela, eu espero ser respeitado na minha vontade. Se alguém quer > fazer algo com uma idéia, que tenha uma própria. É baratinho, na > maioria dos casos. Isso que você diz ignora tanta coisa! Como alguém chegar à mesma idéia por vias independentes. Ou ouvir a sua idéia e assimilá-la - que é algo que não dá pra ser desfeito ou evitado. Você simplesmente parte do pressuposto de idéia como posse... pra chegar à conclusão de idéia como posse (pelo menos é posse baratinha, né?). > > Tente novamente. Tente pensar que há uns 300 anos atrás a situação era > > justamente essa. Conhecimento não tinha dono. Não é que antes era utopia, > > hoje que é distopia... Mas o fato de você achar positivo pra chamar de > > utopia já significa que nem tudo está perdido. > > É interessante pensar o quanto essas proteções influenciaram na > qualidade e quantidade desses produtos sem existência física. Ou você > vai dizer que 300 anos atrás havia mais abundância e qualidade? Determinar essas leis e conceitos como causadores da abundância e qualidade é muito mais complicado do que isso. Vou me eximir desse GOSUB imenso que seria para a discussão e dizer apenas que hoje, novamente, essas idéias se mostram claramente inadequadas para o mundo atual, NO MÍNIMO por não serem cumpridas por virtualmente NINGUÉM. E se você responder dizendo que porque todo mundo rouba, roubar é certo, não entendeu meu argumento. []s, Patola -- de nada vale erguer mãos e olhos para um céu tão longe, para um deus tão longe ou, quem sabe? para um céu vazio. (Carlos Drummond de Andrade, "Coisa Miserável")
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