Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Guilherme H. S. Ostrock
2009/2/24 Ricardo Bánffy rban...@gmail.com


 Ainda assim, melhor baixar do que comprar do camelô. Pelo menos não dá
 dinheiro pro crime organizado.


Essa história de dar dinheiro para o crime organizado é meio furada, a não
ser que se fale da organização da pirataria em si.




 Dá pras telcos. Mas acho que, dos males, é o menor ;-)

 2009/2/23 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
  E desde quando baixar é violar copyright?



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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico aracele lima

E prefere se submeter aos preços abusivos e a essas leis de proprieade 
intelectual que ficam cada dia mais obsoletas?

Aracele Lima  
 
http://cibermundi.blogspot.com

--- Em seg, 23/2/09, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com escreveu:
De: Ricardo Bánffy rban...@gmail.com
Assunto: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay
Para: Projeto Software Livre BRASIL psl-brasil@listas.softwarelivre.org
Data: Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2009, 11:26

Eu preciso confessar que baixei meu último CD de Debian a partir de um
torrent. Acho que meu Ubuntu 8.10 também veio assim. Os CDs do CentOS
5, acho, também, mas isso foi no trabalho.

Mas eu ainda não acho correto violar copyright a torto e a direito só
porque é mais fácil e barato do que ir à loja (ou comprar pela net).

2009/2/22 Henry Jacyzin henryjacy...@gmail.com:
 Agora eu também sou um 'criminoso'...

 2009/2/22 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br

 Campanha lançada pelo partido político norueguês Rødt em apoio ao
The
 Pirate Bay:


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 Aracele Lima

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
E quem você acha que manda prensar milhares de CDs em fábricas? O camelô?

2009/2/25 Guilherme H. S. Ostrock guilhe...@ostrock.com.br:
 Essa história de dar dinheiro para o crime organizado é meio furada, a não
 ser que se fale da organização da pirataria em si.
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
Se eu não concordo com o preço do disco, eu não compro e não ouço. Não
é como se fosse morrer por isso.

Na verdade, a maior parte do tempo em que eu estou ouvindo música no
computador hoje em dia é com rádios via internet.

2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:

 E prefere se submeter aos preços abusivos e a essas leis de proprieade
 intelectual que ficam cada dia mais obsoletas?

 Aracele Lima
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[PSL-Brasil] Eu sei...

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
... que o foco da lista não é falar mal da Microsoft, mas é que às
vezes isso é bem divertido:

http://www.dieblinkenlights.com/blog_pt/elevate-our-profits

ou

http://webinsider.uol.com.br/index.php/2009/02/24/elevate-america/

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Re: [PSL-Brasil] Eu sei...

2009-02-25 Por tôpico Antonio Fonseca
Acertou em cheio. Você conseguiu colocar em palavras (e o que é melhor,
palavras muito bem humoradas) exatamente aquilo que penso.

Sds,

On Wed, Feb 25, 2009 at 1:54 PM, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 ... que o foco da lista não é falar mal da Microsoft, mas é que às
 vezes isso é bem divertido:

 http://www.dieblinkenlights.com/blog_pt/elevate-our-profits

 ou

 http://webinsider.uol.com.br/index.php/2009/02/24/elevate-america/

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Re: [PSL-Brasil] Invitation to connect on LinkedIn

2009-02-25 Por tôpico Pablo Sánchez
Malditos distraídos! :-/

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Re: [PSL-Brasil] Eu sei...

2009-02-25 Por tôpico Pablo Sánchez
E é por isso que tem um espaço para comentários lá no blog...

2009/2/25, Antonio Fonseca antonio.fons...@gmail.com:
 Acertou em cheio. Você conseguiu colocar em palavras (e o que é melhor,
 palavras muito bem humoradas) exatamente aquilo que penso.

 Sds,


 On Wed, Feb 25, 2009 at 1:54 PM, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:
  ... que o foco da lista não é falar mal da Microsoft, mas é que às
  vezes isso é bem divertido:
 
 
 http://www.dieblinkenlights.com/blog_pt/elevate-our-profits
 
  ou
 
 
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico aracele lima
Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de mercado 
não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por exemplo, 
acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos bens culturais.

Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como você e 
de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.. 

Aracele Lima  
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--- Em qua, 25/2/09, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com escreveu:
De: Ricardo Bánffy rban...@gmail.com
Assunto: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay
Para: aracelel...@yahoo.com.br, Projeto Software Livre BRASIL 
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Data: Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009, 13:52

Se eu não concordo com o preço do disco, eu não compro e não ouço.. Não
é como se fosse morrer por isso.

Na verdade, a maior parte do tempo em que eu estou ouvindo música no
computador hoje em dia é com rádios via internet.

2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:

 E prefere se submeter aos preços abusivos e a essas leis de proprieade
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Re: [PSL-Brasil] Invitation to connect on LinkedIn

2009-02-25 Por tôpico Leandro Dorileo
Pois é Pablo, importação do address book, desculpem o transtorno.

2009/2/25 Pablo Sánchez phack...@gmail.com:
 Malditos distraídos! :-/

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Re: [PSL-Brasil] Invitation to connect on LinkedIn

2009-02-25 Por tôpico Pablo Sánchez
Eu sei, isso sempre acontece em quase todas as listas que assino...
sempre rola uma distração nessas importações, e lá se vão as listas
para o meio dos amigos, hehehe.

Em 25/02/09, Leandro Dorileoldori...@gmail.com escreveu:
 Pois é Pablo, importação do address book, desculpem o transtorno.

 2009/2/25 Pablo Sánchez phack...@gmail.com:
  Malditos distraídos! :-/
 
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Re: Fwd: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 24, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 2009/2/23 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
 E desde quando baixar é violar copyright?

 Baixar sem autorização do detentor do copyright é.

[citation required]

Sei que há uma porção de gente que acredita na propaganda da indústria
editorial a esse respeito.  Mas nunca vi alguém ser condenado, ou mesmo
processado, por baixar obras da Internet.

Já vi processos por distribuir obras, e há processos em andamento por
disponibilizar obras, mas nunca por recebê-las.

 Uma porção razoável dos baixadores baixa músicas que eles poderiam
 comprar na loja da esquina.

A lei de direito autoral não diz é violação quando se recebe uma cópia
que poderia ter sido comprada na loja da esquina.

De fato, não vejo lugar nenhum que diga que receber uma cópia sem ter
pago por ela seja violação.

Já pensou se fosse?

Zé -- Aí, mano, ó o CD que eu comprei na loja da esquina pra você!

Mano -- Ah, não, Zé.  Desse jeito eles me pegam!

Nascimento -- Perdeu, perdeu, vão os dois pro xilindró!


Será que quem lê livros nas livrarias, sem pagar pelos livros, está
cometendo um crime?  Será que a livraria, ao permitir que os clientes
leiam sem comprar, estão cometendo um crime?  Essa prática é bem comum
nos EUA (Estados Unidos dos Advogados)


 Ainda assim, melhor baixar do que comprar do camelô.

Interessante...  Você defende o direito de a indústria cercear as
pessoas para supostamente remunerar o autor, que criou sua obra num
lampejo, mas acha que o camelô, que passa todos os dias trabalhando, não
merece remuneração?

Qual a diferença?  O camelô tá trabalhando pra quem produz cópias da
obra, do mesmo jeito que o autor.  São ambos subjugados e explorados por
patrões cujas receitas provêm justamente da venda de cópias.  Qual a
diferença?  Por que um merece remuneração e o outro não?  Ou sua posição
é que nenhum dos dois merece, como no sistema vigente hoje?

 Pelo menos não dá dinheiro pro crime organizado.

Isso é lógica circular.  A suposição é que, se é crime, está errado, e
por isso deve ser proibido.  As perguntas que ficam no ar são: tá errado
mesmo?  Deveria mesmo ser proibido?  Por quê?

Tipo assim, adultério, até pouco tempo atrás, era crime.  Segundo essa
lógica, está errado e portanto, deveria ser proibido.  Não poderia ter
sido descriminalizado.  É por aí?

Imagine o mesmo raciocínio aplicado às estradas de rodagem.  Até pouco
tempo atrás, a velocidade limite não podia ser superior a 100Km/h em
estrada alguma.  Portanto, estabelecer um limite superior está errado,
pois era proibido, e portanto não poderiam sequer ter considerado
alterar a lei para refletir a melhoria nas condições de segurança de
algumas estradas, permitindo que o tráfego a 120Km/h fosse realizado com
alguma segurança.

É por aí?

 Dá pras telcos. Mas acho que, dos males, é o menor ;-)

Melhor dar emprego pras máquinas que prensam CDs e DVDs pra essas
multinacionais, que pro nosso povo sofrido?  Aumentar ainda mais a
concentração de poder nas mãos das telcos, ao invés de disseminá-lo
entre nossa população?  Alô?

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
You must be the change you wish to see in the world. -- Gandhi
Be Free! -- http://FSFLA.org/   FSF Latin America board member
Free Software Evangelist  Red Hat Brazil Compiler Engineer
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 24, 2009, Marcelo Branco marc...@softwarelivre.org wrote:

 Em Seg, 2009-02-23 às 13:47 -0300, Alexandre Oliva escreveu:
 On Feb 23, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 E desde quando baixar é violar copyright?

 para alguns é.

Alguns querem que seja.  Até agora, que eu saiba, felizmente ninguém
conseguiu, em lugar algum do mundo.

 Penso eu que a GPL, o copyleft foram uma forma de violar o sentido
 original do copyright sem ferir a lei, sem alterar as leis.

Corretíssimo.  Fomos obrigados a adotar práticas de licenciamento de
direitos autorais para poder tornar Livre o Software que desenvolvíamos
e compartilhávamos.  Sem essas práticas, o Software não seria Livre.

Obrigados que estávamos, restava-nos combater a lei injusta ou usá-la em
nosso favor.  Como combater a lei toma tempo, a solução mais imediata
era o copyleft, que nada proíbe (quem proíbe é a lei injusta), mas que
anula o suficiente da lei injusta para que aquela obra (e todas as
partes dela) se tornem Livres e possam assim ser executadas, estudadas,
adaptadas, distribuídas e melhoradas, desde que essas liberdades sejam
sempre respeitadas.

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
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Re: Fwd: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/02/09, Alexandre Olivalxol...@fsfla.org escreveu:
 On Feb 24, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

  2009/2/23 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
  E desde quando baixar é violar copyright?

  Baixar sem autorização do detentor do copyright é.

 [citation required]

[law required?] (virou modinha agora ficar pedindo isso em inglês?)

 Sei que há uma porção de gente que acredita na propaganda da indústria
 editorial a esse respeito.  Mas nunca vi alguém ser condenado, ou mesmo
 processado, por baixar obras da Internet.

Processado sim, condenado já é mais difícil...

 Já vi processos por distribuir obras, e há processos em andamento por
 disponibilizar obras, mas nunca por recebê-las.

A disponibilização não é distribuição? Sei que disponibilizar não
necessariamente implica em que alguém copie, mas disponibilizar não
implica a intenção de distribuir implícita no ato de disponibilizar?
Afinal, se eu não quero distribuir, não disponibilizo e pronto.

  Uma porção razoável dos baixadores baixa músicas que eles poderiam
  comprar na loja da esquina.

 A lei de direito autoral não diz é violação quando se recebe uma cópia
 que poderia ter sido comprada na loja da esquina.

 De fato, não vejo lugar nenhum que diga que receber uma cópia sem ter
 pago por ela seja violação.

 Já pensou se fosse?

 Zé -- Aí, mano, ó o CD que eu comprei na loja da esquina pra você!

 Mano -- Ah, não, Zé.  Desse jeito eles me pegam!

 Nascimento -- Perdeu, perdeu, vão os dois pro xilindró!

Uai, pela sua lógica o Mano não vai, afinal de contas, ele só recebeu
o CD. Aliás, pior ainda, o outro não foi na loja da esquina? Ou o CD
que ele comprou lá era pirata?

 Será que quem lê livros nas livrarias, sem pagar pelos livros, está
 cometendo um crime?  Será que a livraria, ao permitir que os clientes
 leiam sem comprar, estão cometendo um crime?  Essa prática é bem comum
 nos EUA (Estados Unidos dos Advogados)

Qual? O crime ou a leitura consentida? Aqui tb é normal ver as pessoas
lendo em livrarias, muitas delas com café dentro para você sentar e
ler (e tomar um cafezinho).

  Ainda assim, melhor baixar do que comprar do camelô.

 Interessante...  Você defende o direito de a indústria cercear as
 pessoas para supostamente remunerar o autor, que criou sua obra num
 lampejo, mas acha que o camelô, que passa todos os dias trabalhando, não
 merece remuneração?

Tem razão. O traficante também está trabalhando, pô! Vamos remunerar
ele também. Tarefa de hoje: compre drogas e remunere essa classe.

Grande parte dos produtos vendidos por camelôs ou são contrabandeados
ou são piratas ou piratas contrabandeados. Vamos remunerar as
atividades ilegais, vamos remunerar e ajudar eles a comprarem
submarinos para o contrabando ficar mais fácil. Vamos lesar a receita
federal. O país tem muitos impostos? Tem, claro, um absurdo, mas
deixar de pagá-los faz com que outros que tem trabalhos honestos
tenham que pagar por eles, aumentando mais os impostos de quem paga. E
o problema não é nem tanto o recolhimento dos impostos, mas o mal uso
dos mesmos. Só que aí a coisa toda já fica off demais...

 Qual a diferença?  O camelô tá trabalhando pra quem produz cópias da
 obra, do mesmo jeito que o autor.  São ambos subjugados e explorados por
 patrões cujas receitas provêm justamente da venda de cópias.  Qual a
 diferença?  Por que um merece remuneração e o outro não?  Ou sua posição
 é que nenhum dos dois merece, como no sistema vigente hoje?

Porque um é o criador do material, e o outro apenas está explorando o
trabalho do outro, sem pagar por ele. Se for nessa lógica, vamos
invadir os servidores da Red Hat, pegar o que é proprietário, e
disponibilizar sem pagar lhufas pelo trabalho que você desenvolve para
eles, Oliva. Mas, vamos fazer isso sem sua autorização, ou da Red Hat.
Pimenta no olho dos outros é refresco, né?

  Pelo menos não dá dinheiro pro crime organizado.

 Isso é lógica circular.  A suposição é que, se é crime, está errado, e
 por isso deve ser proibido.  As perguntas que ficam no ar são: tá errado
 mesmo?  Deveria mesmo ser proibido?  Por quê?

Pode ser que sim, pode ser que não. A questão é que se você deixa de
remunerar todo mundo que produz trabalhos artísiticos (ou científicos,
ou o que for) em breve não terá mais produção nenhuma, porque ninguém
vive só de glória, só de nome.

 Tipo assim, adultério, até pouco tempo atrás, era crime.  Segundo essa
 lógica, está errado e portanto, deveria ser proibido.  Não poderia ter
 sido descriminalizado.  É por aí?

Que pode ser discriminalizado pode, é a evolução da lei, do Direito,
etc etc etc, mas isso não justifica cometer crime enquanto não deixa
de ser crime.

 Imagine o mesmo raciocínio aplicado às estradas de rodagem.  Até pouco
 tempo atrás, a velocidade limite não podia ser superior a 100Km/h em
 estrada alguma.  Portanto, estabelecer um limite superior está errado,
 pois era proibido, e portanto não poderiam sequer ter considerado
 alterar a lei para refletir a melhoria nas 

Re: Fwd: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico china
2009/2/25 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
 On Feb 24, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 2009/2/23 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
 E desde quando baixar é violar copyright?

 Baixar sem autorização do detentor do copyright é.

 [citation required]

 Sei que há uma porção de gente que acredita na propaganda da indústria
 editorial a esse respeito.  Mas nunca vi alguém ser condenado, ou mesmo
 processado, por baixar obras da Internet.
 Já vi processos por distribuir obras, e há processos em andamento por
 disponibilizar obras, mas nunca por recebê-las.

Partido do pré-suposto que os programas P2P usam sua máquina como
servidora para distribuir as partes dos arquivos que você está
baixando, e dá visibilidade ao diretório onde os arquivos são baixados
até que você os mova de lá, todo baixador é um distribuidor.

Depois de ler todas as mensagens e discussões nas threads originadas
após a notícia do processo do pratebay fiquei com a impressão de que
ninguém sabe o que está falando, só achando. Um fato é que, pelo
menos, as pessoas sabem diferenciar que faz download de uma obra
qualquer para uso próprio de quem o faz para comercializar para
terceiros.

Aliás, perguntando qualquer camelô de esquina onde ele obtém as cópias
ele dirá que comprou de um distribuidor, e eu particularmente duvido
que este distribuidor seja alguém com banda larga que fique fuçando
redes P2P para obter as tais obras para fazer as matrizes e
redistribuir para que os camelôs de esquina as dupliquem e revendam em
suas bitacas. Isso é tarefa para quem está lá dentro das
gravadoras/editoras, portanto ao invés de ficar espraguejando quem usa
redes P2P a indústria deveria se preocupar é com seu processo fabril
burro e ineficaz.
___
PSL-Brasil mailing list
PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
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Re: Fwd: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/02/09, chinachina.lis...@gmail.com escreveu:
 2009/2/25 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
  On Feb 24, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:
 
  2009/2/23 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
  E desde quando baixar é violar copyright?
 
  Baixar sem autorização do detentor do copyright é.
 
  [citation required]
 
  Sei que há uma porção de gente que acredita na propaganda da indústria
  editorial a esse respeito.  Mas nunca vi alguém ser condenado, ou mesmo
  processado, por baixar obras da Internet.
  Já vi processos por distribuir obras, e há processos em andamento por
  disponibilizar obras, mas nunca por recebê-las.

 Partido do pré-suposto que os programas P2P usam sua máquina como
 servidora para distribuir as partes dos arquivos que você está
 baixando, e dá visibilidade ao diretório onde os arquivos são baixados
 até que você os mova de lá, todo baixador é um distribuidor.

Isso apenas na configuração padrão. Você pode alterar para que nenhum
arquivo seja compartilhado, ou para que a pasta compartilhada não seja
a pasta de arquivos baixados. Claro que aí você matou a idéia do P2P.
Aliás, deveria ser N2P ou P2N, uma vez que você baixa de várias
pessoas simultaneamente, e não apenas de uma máquina. Nesse caso, N =
network.

Em resumo: você tem como copiar sem distribuir. Mas a partir do
momento que disponibiliza, a probabilidade de distribuir é enorme.

 Depois de ler todas as mensagens e discussões nas threads originadas
 após a notícia do processo do pratebay fiquei com a impressão de que
 ninguém sabe o que está falando, só achando. Um fato é que, pelo
 menos, as pessoas sabem diferenciar que faz download de uma obra
 qualquer para uso próprio de quem o faz para comercializar para
 terceiros.

Ufa! Que bom que pelo menos isso sabemos. :-D

 Aliás, perguntando qualquer camelô de esquina onde ele obtém as cópias
 ele dirá que comprou de um distribuidor, e eu particularmente duvido
 que este distribuidor seja alguém com banda larga que fique fuçando
 redes P2P para obter as tais obras para fazer as matrizes e
 redistribuir para que os camelôs de esquina as dupliquem e revendam em
 suas bitacas.

Nem sempre, há muitos filmes piratas que surgiram de filmagens feitas
diretamente dentro da sala de cinema. Já me mostraram um uma vez que
tem até um anúncio no auto falante e alguém se levanta no meio do
filme, hehehe. De toda a forma, esse tipo de filmagem (esqueci o nome,
mas algo como bootleg? sei lá) se consegue facilmente em redes P2P, e
várias pessoas baixam para comercializar. CDs de música quase com
certeza tem uma matriz original, a menos que seja obra ainda a ser
lançada.

 Isso é tarefa para quem está lá dentro das
 gravadoras/editoras, portanto ao invés de ficar espraguejando quem usa
 redes P2P a indústria deveria se preocupar é com seu processo fabril
 burro e ineficaz.

Concordo, mas não é só dali que vem os piratas, como mencionei antes.
Já vi também videos que foram feitos a partir de screeners, que são
cópias do filme distribuídas para salas de cinema para ver se as
mesmas vão querer exibir o filme ou não, e também já vi cópias de
previews... Enfim, tem cópia de todo o jeito!

-- 
=
Pablo Santiago Sánchez
Análise e Desenvolvimento de Sistemas Web
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Re: Fwd: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, china china.lis...@gmail.com wrote:

 Partido do pré-suposto que os programas P2P usam sua máquina como
 servidora para distribuir as partes dos arquivos que você está
 baixando, e dá visibilidade ao diretório onde os arquivos são baixados
 até que você os mova de lá, todo baixador é um distribuidor.

Mas isso não é download, isso é download+upload.  O que estou dizendo é
que *download* não é crime, nem ilícito.

Se o upload do processo é ou não, é discutível.  Você já viu algum web
cache ser processado e condenado por manter e redistribuir múltiplas
cópias de um mesmo arquivo recebido?

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
You must be the change you wish to see in the world. -- Gandhi
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 2009/2/25 Guilherme H. S. Ostrock guilhe...@ostrock.com.br:
 Essa história de dar dinheiro para o crime organizado é meio furada, a não
 ser que se fale da organização da pirataria em si.

 E quem você acha que manda prensar milhares de CDs em fábricas?

Os verdadeiros malfeitores, né?  Aqueles que extorquem os autores e os
consumidores.  Vai fazer de conta que tem diferença no que fazem, só
porque alguns deles são capazes de comprar legisladores e outros não?

-- 
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 Na verdade, a maior parte do tempo em que eu estou ouvindo música no
 computador hoje em dia é com rádios via internet.

Ué, mas como?!?  Você ouve sem pagar nadao que podia estar comprando na
loja da esquina?  É réu confesso pela própria lei que inventou?

-- 
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/02/09, Alexandre Olivalxol...@fsfla.org escreveu:
 On Feb 25, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

  Na verdade, a maior parte do tempo em que eu estou ouvindo música no
  computador hoje em dia é com rádios via internet.

 Ué, mas como?!?  Você ouve sem pagar nadao que podia estar comprando na
 loja da esquina?  É réu confesso pela própria lei que inventou?

Nesse caso entram as leis de rádio difusão, pagamento ao ECAD, e o
diabo a quatro. Enfim, as rádios arcam com os custos pela difusão de
música, ou seja, tem alguém pagando, e você não está copiando (embora
o processo não seja nada complicado para copiar, uma vez que bastaria
capturar os pacotinhos TCP/IP ou a saída do áudio como vários
programas já permitem fazer). Além do que, pode (ou não) ter
propaganda na rádio, o que nesse caso repassa os custos para os
anunciantes.

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Fwd: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
Maldito cabeçalho de sender. Mil vezes maldito


-- Forwarded message --
From: Ricardo Bánffy rban...@gmail.com
Date: 2009/2/25
Subject: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay
To: Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org


É que alguns desses malfeitores assinaram contratos com os artistas
(que de vez em quando se arrependem de não ter lido direito os
contratos, mas isso é outra história). O pessoal dos camelôs
normalmente não assinou contrato nenhum.

Aliás, é o mesmo povo que volta-e-meia é resposabilizado por
contrabando, roubo de carga (tem gente que morre assim), tráfico de
pessoas e outros delitos similares. E comprando do camelô, estamos
injetando dinheiro nesse ecossistema. Saudável, né?

2009/2/25 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
 E quem você acha que manda prensar milhares de CDs em fábricas?

 Os verdadeiros malfeitores, né?  Aqueles que extorquem os autores e os
 consumidores.  Vai fazer de conta que tem diferença no que fazem, só
 porque alguns deles são capazes de comprar legisladores e outros não?


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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
Ele deve saber disso. Está sendo do contra.

2009/2/25 Pablo Sánchez phack...@gmail.com:

 Ué, mas como?!?  Você ouve sem pagar nadao que podia estar comprando na
 loja da esquina?  É réu confesso pela própria lei que inventou?

 Nesse caso entram as leis de rádio difusão, pagamento ao ECAD, e o
 diabo a quatro. Enfim, as rádios arcam com os custos pela difusão de
 música, ou seja, tem alguém pagando, e você não está copiando (embora
 o processo não seja nada complicado para copiar, uma vez que bastaria
 capturar os pacotinhos TCP/IP ou a saída do áudio como vários
 programas já permitem fazer). Além do que, pode (ou não) ter
 propaganda na rádio, o que nesse caso repassa os custos para os
 anunciantes.
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Fwd: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
Maldito cabeçalho de sender. Mil vezes maldito.

Alguém poderia arrumar isso e compatibilizar essa lista com o que se
espera de uma lista de discussão (reply == reply para a lista)?

-- Forwarded message --
From: Ricardo Bánffy rban...@gmail.com
Date: 2009/2/25
Subject: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay
To: Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org


Eu suponho que as rádios tenham a bênção dos músicos e de seus
representantes (até porque elas pagam pelo que tocam). Eu pago ouvindo
os comerciais.

2009/2/25 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
 On Feb 25, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 Na verdade, a maior parte do tempo em que eu estou ouvindo música no
 computador hoje em dia é com rádios via internet.

 Ué, mas como?!?  Você ouve sem pagar nadao que podia estar comprando na
 loja da esquina?  É réu confesso pela própria lei que inventou?



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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:
 Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de mercado
 não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
 exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos
 bens culturais.

Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?

Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
(metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
ajuda ninguém.

 Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como você
 e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.

A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
traz o direito a ela.

A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
esses direitos.

Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
que elas querem é alguma forma de imposto sobre largura de banda a
ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
tese delas de que isso é necessário.
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Filipe Saraiva
Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
(metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

Eu ainda não entendo qual a lógica de comparações assim...

2009/2/25 Ricardo Bánffy rban...@gmail.com

 2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:
  Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de
 mercado
  não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
  exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos
  bens culturais.

 Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
 desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?

 Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
 (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
 escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

 Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
 leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
 coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
 ajuda ninguém.

  Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como
 você
  e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.

 A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
 traz o direito a ela.

 A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
 ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
 esses direitos.

 Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
 que elas querem é alguma forma de imposto sobre largura de banda a
 ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
 tese delas de que isso é necessário.
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-- 
Filipe Saraiva
**
Meu blog: http://www.liberdadenafronteira.blogspot.com/

Bacharelando em Ciências da Computação
Universidade Federal do Piauí

Diretor de Inclusão Digital
Executiva Nacional dos Estudantes de Computação - ENEC

Projeto Software Livre - Piauí - PSL-PI
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Sobre o Reply-To (era: Re: Fwd: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay)

2009-02-25 Por tôpico Felipe Augusto van de Wiel (faw)
-BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
Hash: SHA1

On 25-02-2009 17:51, Ricardo Bánffy wrote:
 Maldito cabeçalho de sender. Mil vezes maldito.
 
 Alguém poderia arrumar isso e compatibilizar essa lista com o que se
 espera de uma lista de discussão (reply == reply para a lista)?

Ricardo,

O Reply-To da PSL-Brasil _é_ configurado para a lista.

Nos últimos anos sempre foi assim. Embora *eu* prefira que
a lista não mexa nos cabeçalhos e que outras pessoas também tenham
a interpretação de que Reply-To: é para o remetente e Reply-List é
para os cabeçalhos de List-Id, da última vez que o Marcelo e eu
conversamos sobre isso, chegamos à conclusão de que fazia parte da
cultura da lista e que, pelo menos por hora, manteríamos a
configuração atual.

Finalmente, em várias listas o comportamento esperado é
diferente do que você citou acima, isso é cultural e ligado
diretamente a uma determinada comunidade on-line, por exemplo, a
LKML tem por hábito adicionar cc: ao remetente, as listas do
Debian tem por hábito retirar todo e qualquer cc:, exceto daqueles
que explicitamente solicitaram isso.

Abraço,
- --
Felipe Augusto van de Wiel (faw)
Debian. Freedom to code. Code to freedom!
-BEGIN PGP SIGNATURE-
Version: GnuPG v1.4.9 (GNU/Linux)
Comment: Using GnuPG with Mozilla - http://enigmail.mozdev.org

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Omar Kaminski

Ao meu ver mais uma vez a famigerada inversão de valores ataca novamente.

Filipe, se você fosse um artista e vivesse do seu trabalho, gostaria que 
suas músicas fossem compartilhadas em P2P (e a vendagem dos seus cds 
caísse dramaticamente)?


Se sim, ótimo. Você (ainda) é parte de uma minoria.

A questão é: como virar esse jogo? Pregando a subversão, repito, não parece 
o melhor caminho... E alegando que os artistas são escravos das gravadoras, 
muito menos.


Só uma pergunta: por que Gilberto Gil não compartilha suas músicas de 
graça na Internet?? Por que ele (e tantos outros) continua vinculado a uma 
grande gravadora? Decerto porque ele quer, oras. Ou seja, ao que parece os 
grandes artistas, ou artistas já consagrados, preferem continuar vinculados 
a grandes gravadoras. Por falta de dinheiro para virar o jogo é que não é.


Se alguém conseguir resolver esses dilemas, teremos avançado na questão. Se 
não, vamos continuar andando em círculos.


Omar


- Original Message - 
From: Filipe Saraiva

To: Projeto Software Livre BRASIL
Sent: Wednesday, February 25, 2009 18:12
Subject: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay


Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
(metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

Eu ainda não entendo qual a lógica de comparações assim...


2009/2/25 Ricardo Bánffy rban...@gmail.com

2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:

Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de 
mercado

não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos
bens culturais.



Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?

Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
(metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
ajuda ninguém.


Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como 
você

e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.



A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
traz o direito a ela.

A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
esses direitos.

Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
que elas querem é alguma forma de imposto sobre largura de banda a
ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
tese delas de que isso é necessário.

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Re: Fwd: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, Pablo Sánchez phack...@gmail.com wrote:

 Em 25/02/09, Alexandre Olivalxol...@fsfla.org escreveu:
 On Feb 24, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:
 
  2009/2/23 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
  E desde quando baixar é violar copyright?
 
  Baixar sem autorização do detentor do copyright é.
 
 [citation required]

 [law required?] (virou modinha agora ficar pedindo isso em inglês?)

Citation required, em inglês, é modinha, sim, que nem IMHO, IANAL,
OTOH, etc.

Já law required não é.  Nunca vi antes.  Nem sei se você está dizendo
que precisaria haver uma lei pra que isso fosse proibido, já que hoje
não existe, ou se está querendo dizer que alguém precisa ter estudado
direito pra ser capaz de fazer interpretação de texto e pra citar casos
judiciais famosos.


 Sei que há uma porção de gente que acredita na propaganda da indústria
 editorial a esse respeito.  Mas nunca vi alguém ser condenado, ou mesmo
 processado, por baixar obras da Internet.

 Processado sim, 

Sério, alguém já foi estúpido o suficiente para processar outro por não
mais que um ato tão perfeitamente legal quanto um download de uma obra
de arte?!?  Você tem referências pra citar?

 condenado já é mais difícil...

Lógico, pois não há ilícito.

 Já vi processos por distribuir obras, e há processos em andamento por
 disponibilizar obras, mas nunca por recebê-las.

 A disponibilização não é distribuição?

Essa tese tem sido abordada em ameaças e processos judiciais.

http://nymusiccopyright.org/node/46

Pode até ser que algum dia algum tribunal considere que é, mas até
agora, a indústria editorial tem usado essa tese como forma de
terrorismo, que não tem se sustentado em tribunais e, nas poucas vezes
em que sustentou, foi revertida.

http://www.eff.org/deeplinks/2008/04/big-victory-atlantic-v-howell-court-rejects-making
http://arstechnica.com/tech-policy/news/2008/09/thomas-verdict-overturned-making-available-theory-rejected.ars
http://www.theinquirer.net/inquirer/news/040/140/riaa-making-theory-falls
http://news.slashdot.org/article.pl?sid=08/06/11/1914234
http://yro.slashdot.org/article.pl?sid=07/08/17/2039209
http://news.slashdot.org/article.pl?sid=08/12/28/0056209

 Sei que disponibilizar não necessariamente implica em que alguém
 copie, mas disponibilizar não implica a intenção de distribuir
 implícita no ato de disponibilizar?

A lei não proíbe o disponibilizar, proíbe alguns casos de distribuir.
Se você disponibiliza mas, na hora de distribuir, verifica que seria
ilícito e não o faz, deveria ser punido?


  Uma porção razoável dos baixadores baixa músicas que eles poderiam
  comprar na loja da esquina.

 A lei de direito autoral não diz é violação quando se recebe uma cópia
 que poderia ter sido comprada na loja da esquina.
 
 De fato, não vejo lugar nenhum que diga que receber uma cópia sem ter
 pago por ela seja violação.
 
 Já pensou se fosse?
 
 Zé -- Aí, mano, ó o CD que eu comprei na loja da esquina pra você!
 
 Mano -- Ah, não, Zé.  Desse jeito eles me pegam!
 
 Nascimento -- Perdeu, perdeu, vão os dois pro xilindró!

 Uai, pela sua lógica o Mano não vai, afinal de contas, ele só recebeu
 o CD. Aliás, pior ainda, o outro não foi na loja da esquina?

Exatamente.  Nenhum dos dois deve ir.  Mas, pela lógica do Banffy, Mano
vai preso.  Zé, talvez.

 Ou o CD que ele comprou lá era pirata?

Você quer dizer, se a cópia gravada naquele CD não houver sido
autorizada pelo titular dos direitos?

Como é que o cara que entra na loja vai saber?  E, se souber se é ou
não, que diferença faz?  Como é que o comprar na loja, o dar de
presente pro amigo e o ganhar um presente podem ser ou não ilícitos
ou mesmo crimes baseados num acordo a que nenhum dos dois têm acesso?

 Será que quem lê livros nas livrarias, sem pagar pelos livros, está
 cometendo um crime?  Será que a livraria, ao permitir que os clientes
 leiam sem comprar, estão cometendo um crime?  Essa prática é bem comum
 nos EUA (Estados Unidos dos Advogados)

 Qual?

Tanto a de livrarias oferecerem aos clientes a possibilidade de ler sem
comprar, quanto a de clientes lerem sem comprar.

 Aqui tb é normal ver as pessoas lendo em livrarias, muitas delas com
 café dentro para você sentar e ler (e tomar um cafezinho).

Pois é, a lei de direito autoral não é tão diferente assim de lá pra cá.

  Ainda assim, melhor baixar do que comprar do camelô.

 Interessante...  Você defende o direito de a indústria cercear as
 pessoas para supostamente remunerar o autor, que criou sua obra num
 lampejo, mas acha que o camelô, que passa todos os dias trabalhando, não
 merece remuneração?

 Tem razão. O traficante também está trabalhando, pô! Vamos remunerar
 ele também. Tarefa de hoje: compre drogas e remunere essa classe.

Segundo o pensamento absurdo de que a lei de direito autoral restritiva
é necessária porque os autores estão trabalhando e portanto merecem
remuneração, a conclusão é essa.  Percebe por que rejeito essa lógica?

 Porque um é o criador do material, e o outro 

Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Pablo Sánchez
Em 25/02/09, Filipe Saraivafilip.sara...@gmail.com escreveu:
 Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
 (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
 escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

 Eu ainda não entendo qual a lógica de comparações assim...


A lógica é a de mostrar que existe sim direito da pessoa sobre a obra,
assim como existe direito de patrimônio. A piscina não é pública, e
nem é pública a obra. Como você não pode entrar na minha casa sem
minha autorização, também não pode distribuir a obra sem autorização.
Se eu faço um software e o distribuo como livre, é um direito meu como
autor. Se eu faço um software e você distribue sem meu consentimento,
vc está violando um direito meu como criador da obra. Isso se estende
a qualquer obra intelectual.

Não sou contra as cópias, até porque se fosse não distribuiria o que
faço como Software Livre~, mas não distribuo Software que fui
contratado para fazer. Mas veja que sigo princípios legais aí, onde as
bibliotecas de suporte são minhas por direito, mesmo que contratado
para desenvolver um software (exceto se o contrato for para
desenvolver a biblioteca em si).

Da mesma forma, sou contra as cópias não permissivas, ou seja, onde o
autor não consentiu que você tivesse uma cópia, só porque você quer
ter uma cópia. Não é assim que as coisas funcionam. O que se tem que
separar é essa idéia de que tudo é livre, sendo que não é. Liberdade
implica em respeitar também as vontades lícitas e por direito dos
autores. Se ele não quer distribuir assim, quem é você para tirar o
direito dele? É a mesma pessoa que quer usar minha piscina sem meu
consentimento?

 2009/2/25 Ricardo Bánffy rban...@gmail.com

 
  2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:
 
   Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de
 mercado
   não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
   exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso
 aos
   bens culturais.
 
  Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
  desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?
 
  Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
  (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
  escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.
 
  Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
  leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
  coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
  ajuda ninguém.
 
 
   Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como
 você
   e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.
 
  A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
  traz o direito a ela.
 
  A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
  ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
  esses direitos.
 
  Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
  que elas querem é alguma forma de imposto sobre largura de banda a
  ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
  tese delas de que isso é necessário.
 
 
 
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 http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
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 Filipe Saraiva
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 Diretor de Inclusão Digital
 Executiva Nacional dos Estudantes de Computação - ENEC

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
A intenção era demonstrar que não é a vontade que gera o direito. E
introduzir uma metáfora falha mas divertida.

2009/2/25 Filipe Saraiva filip.sara...@gmail.com:
 Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
 (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
 escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

 Eu ainda não entendo qual a lógica de comparações assim...
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
Não. Veja bem - a pessoa não estragou a minha piscina nem levou ela
embora. Ainda assim, o direito de usá-la é meu e só meu.

2009/2/25 Filipe Saraiva filip.sara...@gmail.com:
 Uma coisa é um bem material - a piscina.
 Outra é um bem imaterial - obras culturais como música, danças, etc.

 Colocar as duas como equivalentes lembra aquelas campanhas das empresas de
 filmes/músicas em que roubar um cd/dvd de uma loja é a mesma coisa que
 adquirir um cd/dvd pirata de um camelô.

 Não é a mesma coisa.

 2009/2/25 Pablo Sánchez phack...@gmail.com

 Em 25/02/09, Filipe Saraivafilip.sara...@gmail.com escreveu:
  Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
  (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
  escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.
 
  Eu ainda não entendo qual a lógica de comparações assim...


 A lógica é a de mostrar que existe sim direito da pessoa sobre a obra,
 assim como existe direito de patrimônio. A piscina não é pública, e
 nem é pública a obra. Como você não pode entrar na minha casa sem
 minha autorização, também não pode distribuir a obra sem autorização.
 Se eu faço um software e o distribuo como livre, é um direito meu como
 autor. Se eu faço um software e você distribue sem meu consentimento,
 vc está violando um direito meu como criador da obra. Isso se estende
 a qualquer obra intelectual.

 Não sou contra as cópias, até porque se fosse não distribuiria o que
 faço como Software Livre~, mas não distribuo Software que fui
 contratado para fazer. Mas veja que sigo princípios legais aí, onde as
 bibliotecas de suporte são minhas por direito, mesmo que contratado
 para desenvolver um software (exceto se o contrato for para
 desenvolver a biblioteca em si).

 Da mesma forma, sou contra as cópias não permissivas, ou seja, onde o
 autor não consentiu que você tivesse uma cópia, só porque você quer
 ter uma cópia. Não é assim que as coisas funcionam. O que se tem que
 separar é essa idéia de que tudo é livre, sendo que não é. Liberdade
 implica em respeitar também as vontades lícitas e por direito dos
 autores. Se ele não quer distribuir assim, quem é você para tirar o
 direito dele? É a mesma pessoa que quer usar minha piscina sem meu
 consentimento?

  2009/2/25 Ricardo Bánffy rban...@gmail.com
 
  
   2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:
  
Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de
  mercado
não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd,
por
exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de
acesso
  aos
bens culturais.
  
   Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
   desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?
  
   Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
   (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
   escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.
  
   Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
   leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
   coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
   ajuda ninguém.
  
  
Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet
como
  você
e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.
  
   A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
   traz o direito a ela.
  
   A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
   ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
   esses direitos.
  
   Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
   que elas querem é alguma forma de imposto sobre largura de banda a
   ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
   tese delas de que isso é necessário.
  
  
  
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, Pablo Sánchez phack...@gmail.com wrote:

 Em 25/02/09, Alexandre Olivalxol...@fsfla.org escreveu:
 On Feb 25, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:
 
  Na verdade, a maior parte do tempo em que eu estou ouvindo música no
  computador hoje em dia é com rádios via internet.
 
 Ué, mas como?!?  Você ouve sem pagar nadao que podia estar comprando na
 loja da esquina?  É réu confesso pela própria lei que inventou?

 Nesse caso entram as leis de rádio difusão, pagamento ao ECAD, e o
 diabo a quatro.

Não sei quais rádios o Bánffy escuta.  Não vejo razão para supor que
sejam transmitidas do Brasil, ou para que ele saiba de onde são
transmitidas e se cumprem ou não as determinações das leis de lá.

 e você não está copiando

Peraí que parece que tá havendo confusão entre os argumentos.

O Bánffy diz que fazer download quando você podia ir na loja comprar é
violação de direito autoral.

Eu digo que fazer download não é violação de direito autoral.

Como é que o copiar foi parar aí no meio?

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
You must be the change you wish to see in the world. -- Gandhi
Be Free! -- http://FSFLA.org/   FSF Latin America board member
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:
 Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de mercado
 não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
 exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos
 bens culturais.

 Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
 desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?

De onde foi que você tirou a idéia de que não tem?

Você parece estar confundindo direito de acesso, que de fato não
existe, com direito de desfrutar as artes, que é um direito humano
fundamental, a ponto de ser reconhecido nas leis de direito autoral do
mundo inteiro.

Você também parece estar confuso pela noção de dono.  Embora a
interpretação mais natural de dono seja a de quem possui uma cópia,
pelo seu discurso, parece que você quer se referir a autor ou ao
editor, que normalmente é o titular dos direitos autorais, de quem
você precisa pedir permissão para diversos casos de copiar, distribuir e
modificar obras.  Mas não para apreciação privada.

 Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
 (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
 escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

E se alguém construísse uma réplica dessa casa hipotética que você mesmo
projetou e construiu, e nadasse na piscina da réplica?  Você ia chamar a
polícia com base em quê?

 A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
 ninguém.

Taí uma variação ainda mais exagerada da afirmação 8 ou 80 que Omar fez
outro dia, que já se mostrou falsa.

 Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
 que elas querem é alguma forma de imposto sobre largura de banda a
 ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
 tese delas de que isso é necessário.

Partindo de uma premissa falsa, pode-se chegar a qualquer conclusão.

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Omar Kaminski
Filipe, repito quantas vezes for preciso: a questão nem é tanto o que dizem 
as leis, mas sim de convencimento do autor.


Está nas mãos dos autores a solução imediata da questão.

Se o autor ou o detentor dos direitos não se opuser ao compartilhamento, a 
questão estará resolvida e de forma bem mais rápida.


Omar


- Original Message - 
From: Filipe Saraiva

To: Projeto Software Livre BRASIL
Sent: Wednesday, February 25, 2009 18:45
Subject: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay


Minha humilde opinião sobre o Gilberto Gil: 
http://liberdadenafronteira.blogspot.com/2008/06/banda-larga-cordel-e-cultura-livre.html


Omar as táticas de subversão, algumas vezes, são as únicas armas que forçam 
as mudanças em leis ou costumes em uma sociedade. As vezes, elas não são as 
únicas, mas são eficientes de alguma forma. Se você assistir ao Good Copy 
Bad Copy, documentário sobre distribuição de materiais culturais e remixes, 
você verá a fala de um dos caras do The Pirate Bay. Ele diz algo como vejo 
no The Pirate Bay uma organização de desobediência civil que visa forçar 
mudanças nas leis de copyright e direito autoral no mundo.


É uma subvesão, é um enfrentamento direto ao sistema. E, como já comentei 
antes, para o bem ou para o mal - me permitam ser um tanto maniqueísta 
apenas dessa vez? - esse julgamento terá algum resultado que será sentido 
pela comunidade de cultura livre, seja ela copyleft ou anti-copyright.


Se tomamos atitudes muito legalistas acerca do copyright, acabamos 
estagnados e estagnando as coisas - principalmente quando infligi-lo é algo 
tão banal quanto é hoje. Eu penso assim, podemos forçar essa mudança.




2009/2/25 Omar Kaminski o...@kaminski.com

Ao meu ver mais uma vez a famigerada inversão de valores ataca novamente.

Filipe, se você fosse um artista e vivesse do seu trabalho, gostaria que 
suas músicas fossem compartilhadas em P2P (e a vendagem dos seus cds 
caísse dramaticamente)?


Se sim, ótimo. Você (ainda) é parte de uma minoria.

A questão é: como virar esse jogo? Pregando a subversão, repito, não parece 
o melhor caminho... E alegando que os artistas são escravos das gravadoras, 
muito menos.


Só uma pergunta: por que Gilberto Gil não compartilha suas músicas de 
graça na Internet?? Por que ele (e tantos outros) continua vinculado a uma 
grande gravadora? Decerto porque ele quer, oras. Ou seja, ao que parece os 
grandes artistas, ou artistas já consagrados, preferem continuar vinculados 
a grandes gravadoras. Por falta de dinheiro para virar o jogo é que não é.


Se alguém conseguir resolver esses dilemas, teremos avançado na questão. Se 
não, vamos continuar andando em círculos.


Omar 


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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
2009/2/25 Omar Kaminski o...@kaminski.com:
 Se o autor ou o detentor dos direitos não se opuser ao compartilhamento, a
 questão estará resolvida e de forma bem mais rápida.

E simples.
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, Pablo Sánchez phack...@gmail.com wrote:

 A lógica é a de mostrar que existe sim direito da pessoa sobre a obra,
 assim como existe direito de patrimônio. A piscina não é pública, e
 nem é pública a obra.

Uma vez que a obra foi *publica*da, ela se tornou pública.

O direito autoral não se justifica pela mesma lógica da propriedade.

Usufruto exclusivo de propriedade se justifica (e somente em algumas
sociedades), para bens rivais, justamente porque se outra pessoa está
usando, você não consegue usar.

Isso nem começa a fazer sentido para obras intelectuais, pois são
imateriais, trivialmente replicáveis e não rivais.

A impressão de que a lógica da propriedade se aplica é consequência dos
esforços de grupos que inventaram o termo propriedade intelectual.
Pelo jeito você caiu no conto :-(

 Se ele não quer distribuir assim, quem é você para tirar o
 direito dele?

A pergunta tá invertida.

Quem é *ele* para tirar o direito de *você* fazer cópias e
distribuí-las?


Tipo assim...  Imagine que você é um fabricante de móveis.

Você vendeu um conjunto de mesa e cadeiras, foi pago pelo seu trabalho.

Aí você descobriu que o cliente está fabricando mesas e cadeiras bem
parecidas com as suas.

Você pergunta pra ele, e ele diz que está sim fazendo móveis iguais aos
que comprou de você.

Que sentido faz você cobrar alguma coisa dele, ou dos clientes dele?  Ou
impedir que ele venda o produto que ele fabricou e receba a remuneração
pelo trabalho que fez?

Se ele quiser fazer cadeiras com o encosto mais alto, precisa pedir
permissão pra você?

Faz sentido achar que, na ausência de uma lei que ofereça a você a
possibilidade de impedir que ele faça essas coisas, ninguém mais vai
fabricar móveis?

Tome, isto aqui é uma pílula vermelha.  Acorde, Neo! :-)

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
2009/2/25 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
 Tipo assim...  Imagine que você é um fabricante de móveis.

 Você vendeu um conjunto de mesa e cadeiras, foi pago pelo seu trabalho.

 Aí você descobriu que o cliente está fabricando mesas e cadeiras bem
 parecidas com as suas.

 Você pergunta pra ele, e ele diz que está sim fazendo móveis iguais aos
 que comprou de você.

 Que sentido faz você cobrar alguma coisa dele, ou dos clientes dele?  Ou
 impedir que ele venda o produto que ele fabricou e receba a remuneração
 pelo trabalho que fez?

Claro que faz. É meu projeto. É justo eu passar, por exemplo, anos
fabricando cadeiras e mais cadeiras até chegar naquela que é perfeita
em todos os sentidos - confortável, leve, fácil de fabricar, barata -
para que um mané qualquer faça cópias dela sem ter gasto um único
minuto descobrindo o que eu levei anos para descobrir?

 Se ele quiser fazer cadeiras com o encosto mais alto, precisa pedir
 permissão pra você?

Se for um projeto derivado do meu, pode apostar. E coloco o CREA no
pescoço dele, se puder.

 Faz sentido achar que, na ausência de uma lei que ofereça a você a
 possibilidade de impedir que ele faça essas coisas, ninguém mais vai
 fabricar móveis?

Ninguém mais vai fabricar móveis com o meu projeto. Quem quiser fazer
móveis, que projete os próprios.

 Tome, isto aqui é uma pílula vermelha.  Acorde, Neo! :-)

Analogias de Matrix são tão anos 90... Acorde Alexandre.

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Marcelo Branco
Olha amigos,

na boa, eu tô achando essa discussão super conservadora e ,as vezes,
moralista.
Acho que temos no Brasil uma parte da comunidade software livre que é
conservadora e, finalmente, assume essa posição publicamente.
Mas é bom ver tudo isso bem explícito  e claro.
Acho que não vamos fazer nenhuma síntese, ou chegarmos a um ponto comum.
Pelo menos comigo.
Temos divergências de fundo sobre vários valores e estamos apontando,
nas nossas defesas, a construção de mundos diferentes.
Não tenho como somar esforços comuns na rede com quem defende a
criminalização do ato de baixar conteúdos protegidos por copyright, ou a
ilegalização do download, ou de controle do P2P... ou outras coisas do
mesmo gênero. Tô do outro lado...do lado de quem baixa para uso pessoal,
de quem estimula o compartilhamento P2P, sem fins lucrativo, de qualquer
conteúdo cultural ou formativo. Do lado do conhecimento livre.

Agora só vou acompanhar o debate pq  não está me acrescentando muita
coisa... ouvir os mesmos argumentos conservadores, repetidas vezes, e
como se fossem verdades absolutas. 

boa noite

Marcelo


Em Qua, 2009-02-25 às 18:32 -0300, Omar Kaminski escreveu:

 Ao meu ver mais uma vez a famigerada inversão de valores ataca novamente.
 
 Filipe, se você fosse um artista e vivesse do seu trabalho, gostaria que 
 suas músicas fossem compartilhadas em P2P (e a vendagem dos seus cds 
 caísse dramaticamente)?
 
 Se sim, ótimo. Você (ainda) é parte de uma minoria.
 
 A questão é: como virar esse jogo? Pregando a subversão, repito, não parece 
 o melhor caminho... E alegando que os artistas são escravos das gravadoras, 
 muito menos.
 
 Só uma pergunta: por que Gilberto Gil não compartilha suas músicas de 
 graça na Internet?? Por que ele (e tantos outros) continua vinculado a uma 
 grande gravadora? Decerto porque ele quer, oras. Ou seja, ao que parece os 
 grandes artistas, ou artistas já consagrados, preferem continuar vinculados 
 a grandes gravadoras. Por falta de dinheiro para virar o jogo é que não é.
 
 Se alguém conseguir resolver esses dilemas, teremos avançado na questão. Se 
 não, vamos continuar andando em círculos.
 
 Omar
 
 
 - Original Message - 
 From: Filipe Saraiva
 To: Projeto Software Livre BRASIL
 Sent: Wednesday, February 25, 2009 18:12
 Subject: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay
 
 
 Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
 (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
 escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.
 
 Eu ainda não entendo qual a lógica de comparações assim...
 
 
 2009/2/25 Ricardo Bánffy rban...@gmail.com
 
 2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:
 
  Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de 
  mercado
  não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
  exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos
  bens culturais.
 
 
 Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
 desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?
 
 Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
 (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
 escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.
 
 Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
 leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
 coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
 ajuda ninguém.
 
 
  Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como 
  você
  e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.
 
 
 A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
 traz o direito a ela.
 
 A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
 ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
 esses direitos.
 
 Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
 que elas querem é alguma forma de imposto sobre largura de banda a
 ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
 tese delas de que isso é necessário.
 
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Ricardo Bánffy
2009/2/25 Marcelo Branco marc...@softwarelivre.org:
 Acho que temos no Brasil uma parte da comunidade software livre que é
 conservadora e, finalmente, assume essa posição publicamente.
 Mas é bom ver tudo isso bem explícito  e claro.

Eu não me lembro de algum dia ter escondido a minha posição.

 Acho que não vamos fazer nenhuma síntese, ou chegarmos a um ponto comum.

Verdade. Acho que chegamos em pontos que são inegociáveis para vários de nós.

 Não tenho como somar esforços comuns na rede com quem defende a
 criminalização do ato de baixar conteúdos protegidos por copyright, ou a
 ilegalização do download, ou de controle do P2P... ou outras coisas do mesmo
 gênero. Tô do outro lado...do lado de quem baixa para uso pessoal, de quem
 estimula o compartilhamento P2P, sem fins lucrativo, de qualquer conteúdo
 cultural ou formativo. Do lado do conhecimento livre.

Eu acho isso extremamente incoerente e incompatível com o ideal do
software livre. De que vale uma licença se podemos desrespeitar o
direito de autor quando nos convém? Ou isso só vale pra música e
filmes, porque artistas, gravadoras e estúdios são mostros gananciosas
ávidos por privar as massas das bênçãos da cultura. As licenças que
mantém nosso software livre se baseiam no direito dos autores de
decidir o destino de suas obras. Sem esse direito, ou se pudermos
passar por cima deles quando nos convier (exemplo do fabricante de
cadeiras que copia o projeto do concorrente), não entendo bem o que
estamos defendendo.

 Agora só vou acompanhar o debate pq  não está me acrescentando muita
 coisa... ouvir os mesmos argumentos conservadores, repetidas vezes, e como
 se fossem verdades absolutas.

Não existem verdades absolutas, mas nesse contexto, certo e errado são
distintos como a noite é do dia.

Seguir as leis parece ser opcional por aqui, mas é uma opção da qual
eu não abro mão.

E, em tempo, eu não acho que o pessoal do TPB esteja fazendo algo
errado. É claro que o destino deles vai ser decidido por
tecnicalidades, mas também é claro que o compartilhamento de arquivos
em redes p2p é útil para um bom número de usos perfeitamente legais em
qualquer jurisdição.

Daqui a pouco vão querer proibir a posse de armas de fogo...
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 Claro que faz. É meu projeto. [de móveis]

E como é que você remunera os criadores dos projetos nos quais você se
baseou?

Porque, tipo assim, você não desenvolveu seu projeto do zero.  Já faziam
cadeiras antes.  Mesas também.  Já faziam pernas para sustentá-las.  Já
faziam assentos, encostos, com vários níveis de ergonomia.

Já pensou se o último sobrevivente da linhagem do projetista da
primeira cadeira encontrada em registros fósseis no planeta vier cobrar
de você por todas as cadeiras que você já vendeu?

Ou o descendente não teria direito à remuneração pelo trabalho de seus
antepassados?

 É justo eu passar, por exemplo, anos
 fabricando cadeiras e mais cadeiras até chegar naquela que é perfeita
 em todos os sentidos - confortável, leve, fácil de fabricar, barata -
 para que um mané qualquer faça cópias dela sem ter gasto um único
 minuto descobrindo o que eu levei anos para descobrir?

Você está colocando um monte de atributos nesse seu projeto de cadeira
que talvez o tornassem especial o suficiente para ser digno de
tratamento especial.

Mas vale o mesmo raciocínio pra uma cadeira normalzinha, dessas que você
anida fabrica e vende baratinho, que você também baseou fortemente em
projetos que viu antes?  Ou nesse caso você deverá toda a sua receita
pro autor do projeto original, e o trabalho que você teve fabricando as
cadeiras não merece remuneração?

 Ninguém mais vai fabricar móveis com o meu projeto. Quem quiser fazer
 móveis, que projete os próprios.

Quero ver você fazer projetos que não sejam baseados em nada que outra
pessoa tenha criado.  Quero ver você remunerar *todos* os projetistas
nos quais você se baseou, não importa há quanto tempo eles existam.

Se você não fizer isso, seu discurso não passa de racionalização
hipócrita de egoísmo anti-social.

O que eu não consigo entender é o que faz você no meio do Software
Livre, ainda mais defendendo que direito autoral e licenças são mais
importantes que as liberdades que motivaram o movimento.

-- 
Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
You must be the change you wish to see in the world. -- Gandhi
Be Free! -- http://FSFLA.org/   FSF Latin America board member
Free Software Evangelist  Red Hat Brazil Compiler Engineer
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Bruno Salgado
No geral, ao meu ver, oq a maioria quer é lotar o segundo(ou terceiro)
HD de mp3 e filmes sem ao menos gastar 1 real(tirando a mensalidade da
internet, claro... rs). Depois disso, buscam-se os argumentos.

[]s Bruno Salgado


obs: desculpem-me o tom rude. Acabou o carnaval... :(

obs2: final de semana ainda tem vários blocos 0800 aqui no Rio(e sem
precisar usar P2P ou infringir nenhum direito autoral!) \o/

2009/2/25 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
 On Feb 25, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 Claro que faz. É meu projeto. [de móveis]

 E como é que você remunera os criadores dos projetos nos quais você se
 baseou?

 Porque, tipo assim, você não desenvolveu seu projeto do zero.  Já faziam
 cadeiras antes.  Mesas também.  Já faziam pernas para sustentá-las.  Já
 faziam assentos, encostos, com vários níveis de ergonomia.

 Já pensou se o último sobrevivente da linhagem do projetista da
 primeira cadeira encontrada em registros fósseis no planeta vier cobrar
 de você por todas as cadeiras que você já vendeu?

 Ou o descendente não teria direito à remuneração pelo trabalho de seus
 antepassados?

 É justo eu passar, por exemplo, anos
 fabricando cadeiras e mais cadeiras até chegar naquela que é perfeita
 em todos os sentidos - confortável, leve, fácil de fabricar, barata -
 para que um mané qualquer faça cópias dela sem ter gasto um único
 minuto descobrindo o que eu levei anos para descobrir?

 Você está colocando um monte de atributos nesse seu projeto de cadeira
 que talvez o tornassem especial o suficiente para ser digno de
 tratamento especial.

 Mas vale o mesmo raciocínio pra uma cadeira normalzinha, dessas que você
 anida fabrica e vende baratinho, que você também baseou fortemente em
 projetos que viu antes?  Ou nesse caso você deverá toda a sua receita
 pro autor do projeto original, e o trabalho que você teve fabricando as
 cadeiras não merece remuneração?

 Ninguém mais vai fabricar móveis com o meu projeto. Quem quiser fazer
 móveis, que projete os próprios.

 Quero ver você fazer projetos que não sejam baseados em nada que outra
 pessoa tenha criado.  Quero ver você remunerar *todos* os projetistas
 nos quais você se baseou, não importa há quanto tempo eles existam.

 Se você não fizer isso, seu discurso não passa de racionalização
 hipócrita de egoísmo anti-social.

 O que eu não consigo entender é o que faz você no meio do Software
 Livre, ainda mais defendendo que direito autoral e licenças são mais
 importantes que as liberdades que motivaram o movimento.

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com wrote:

 Eu acho isso extremamente incoerente e incompatível com o ideal do
 software livre.

Fica claríssimo que você não entende o ideal do Software Livre.

 De que vale uma licença se podemos desrespeitar o
 direito de autor quando nos convém?

As licenças de Software Livre são meios de anular os efeitos daninhos da
implementação vigente do direito autoral.  As licenças valem para que,
nesse contexto daninho, o Software se torne Livre.

 Sem esse direito, ou se pudermos passar por cima deles quando nos
 convier (exemplo do fabricante de cadeiras que copia o projeto do
 concorrente), não entendo bem o que estamos defendendo.

Eu não tenho a menor idéia do que você está defendendo.

Eu defendo as 4 liberdades para obras funcionais, como software.

Defendo também, em menor escala, a liberdade de apreciar, copiar e
compartilhar obras artísticas e culturais em geral, mas ainda estou
estudando e pensando no assunto.

Sem direito autoral, essas liberdades seriam mais fáceis de alcançar,
mas não estariam garantidas.

Por exemplo, a liberdade de estudar e modificar software ficam
prejudicadas na ausência de código fonte.  Havendo direito autoral ou
não, software pode ser distribuído sem código fonte.

Ou seja, as liberdades que defendo e a filosofia que eu defendo não têm
a ver com direito autoral, como você parece supor.

O respeito às liberdades passa por uma conscientização social de
rejeição ao desrespeito às liberdades essenciais (na mesma linha da
atual rejeição da idéia de escravidão), como forma de induzir quem hoje
escolhe desrespeitar essas liberdades a que passe a respeitá-la, se não
por questões éticas (de não causar dano ao próximo), por questões
econômicas (se ninguém comprar produtos que desrespeitam o cliente, a
remuneração só vai aparecer para produtos que respeitem).

Se você acha que direito autoral, como implementado hoje, é algo além de
um empecilho para as liberdades das pessoas sobre obras culturais e
funcionais, se acha que o copyleft é um ponto fundamental da ideologia
do Software Livre, você não entendeu nada :-(

 nesse contexto, certo e errado são distintos como a noite é do dia.

Eu também acho.

Mas ainda assim discordamos sobre o que é certo e o que é errado.

Talvez um de nós esteja olhando pro céu durante um inverno nuclear (é a
Lua ou é o Sol?), enquanto o outro olhando pra Terra a partir de outro
planeta, e vê que numa parte é dia e noutra é noite.

E, enquanto as criaturas do dia não conseguem enxergar direito à noite,
criaturas das trevas derretem à luz do dia.

Certo?  Ou errado? :-)

 Seguir as leis parece ser opcional por aqui, mas é uma opção da qual
 eu não abro mão.

Ninguém está pedindo pra você não cumprir as leis.

Ainda dá pra ter algum respeito pelo próximo sem descumprir as leis.

Mas que já há uma porção de leis injustas, compradas por interesses
mesquinhos antagônicos aos da sociedade que institui as leis, isso há.
É para combater essas leis que a sociedade precisa se unir.  Há várias
maneiras de combatê-las.  Só algumas delas envolvem desobediência civil.

free{};

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Alexandre Oliva   http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
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[PSL-Brasil] Red Hat VP explains software patent threat at Linux Expo

2009-02-25 Por tôpico Bruno Salgado
http://arstechnica.com/tech-policy/news/2009/02/ars-at-scale-red-hat-vp-explains-software-patent-threat.ars

[]s Bruno

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico aracele lima
Quando um artista faz uma obra e decide torná-la pública está permitindo às 
outras pessoas que desfrutem dela. 
A questão que trato aqui é que há uma exploração por parte da indústria sobre 
esses produtos. E é a essa exploração que se deve desobedecer. Não falo de 
passar por cima da autoria de obra artística alguma, acho que você deve ter 
compreendido errado. A desobediência civil é em relação a exploração que nós e 
os próprios artistas sofremos, já que no caso da compra de um cd estamos 
beneficiando mais aos empresários do que aos artistas, que ganham só cerca de 
12% em cima do valor de cada cd vendido.

Aracele Lima  
 
http://cibermundi.blogspot.com

--- Em qua, 25/2/09, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com escreveu:
De: Ricardo Bánffy rban...@gmail.com
Assunto: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay
Para: Projeto Software Livre BRASIL psl-brasil@listas.softwarelivre.org
Data: Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009, 17:52

2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:
 Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de
mercado
 não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
 exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos
 bens culturais.

Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?

Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
(metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
ajuda ninguém.

 Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como
você
 e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.

A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
traz o direito a ela.

A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
esses direitos.

Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice.. O
que elas querem é alguma forma de imposto sobre largura de banda a
ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Bruno Salgado
já que no caso da compra de um cd estamos beneficiando mais aos empresários do 
que aos artistas, que ganham só cerca de 12% em cima do valor de cada cd 
vendido.

Mas não foi o próprio artista que se sujeitou a isso?

Ok ok, existe uma máfia que não dá muita liberdade de vc articular
no mercado de outra forma.

Mas... Dae sim viria uma revolução digna.

Na minha opinião o problema não está no objetivo, que é sem sombras de
dúvidas, muito digno. Acho que o problema, como na maioria das outra
vezes, está na forma.

[]s Bruno Salgado






2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:
 Quando um artista faz uma obra e decide torná-la pública está permitindo às
 outras pessoas que desfrutem dela.
 A questão que trato aqui é que há uma exploração por parte da indústria
 sobre esses produtos. E é a essa exploração que se deve desobedecer. Não
 falo de passar por cima da autoria de obra artística alguma, acho que você
 deve ter compreendido errado. A desobediência civil é em relação a
 exploração que nós e os próprios artistas sofremos, já que no caso da compra
 de um cd estamos beneficiando mais aos empresários do que aos artistas, que
 ganham só cerca de 12% em cima do valor de cada cd vendido.

 Aracele Lima

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 --- Em qua, 25/2/09, Ricardo Bánffy rban...@gmail.com escreveu:

 De: Ricardo Bánffy rban...@gmail.com
 Assunto: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay
 Para: Projeto Software Livre BRASIL psl-brasil@listas.softwarelivre.org
 Data: Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009, 17:52

 2009/2/25 aracele lima aracelel...@yahoo.com.br:
 Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de
 mercado
 não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
 exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos
 bens culturais.

 Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
 desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?

 Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
 (metaforicamente - eu moro em um
  apartamento), vai sair de lá
 escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.

 Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
 leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
 coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
 ajuda ninguém.

 Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como
 você
 e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.

 A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
 traz o direito a ela.

 A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
 ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
 esses direitos.

 Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Alexandre Oliva
On Feb 25, 2009, Omar Kaminski o...@kaminski.com wrote:

 - Original Message - 
 From: Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org
 To: Pablo Sánchez phack...@gmail.com
 Cc: Projeto Software Livre BRASIL psl-brasil@listas.softwarelivre.org
 Sent: Wednesday, February 25, 2009 19:25
 Subject: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay


 Uma vez que a obra foi *publica*da, ela se tornou pública.

 * Não confundir ter sido publicada com ter entrado em domínio público,

+1

 i.e., acessível a todos, diretamente, sem pagamento de despesas ou
 taxas.

Domínio público não significa acessível a todos.

Obra em domínio público significa que não precisa pedir permissão pra
ninguém para fazer quaisquer usos dela, inclusive aqueles para os quais
a lei de direito autoral exige permissão do titular do direito autoral.

Não garante que você possa ter acesso à obra sem pagar a ninguém.

Se quem tem acesso à única cópia da obra cobra acesso, e exige que você
assine contrato em que você se compromete a não copiá-la, não
fotografá-la, não contar sobre ela pra mais ninguém, o resultado é ainda
pior que o do direito autoral.

 Um dos primeiros pontos que deveriam ser bem discutidos, para
 que o desmonte da lógica tradicional possa se virar do ponto de
 vista dos direitos e da lei: A Internet é um mundo a parte?

Isso me parece uma distração.  A questão do compartilhamento é anterior
à Internet.  A Internet potencializou o que já era permitido, da mesma
forma que a invenção da imprensa de tipos móveis, as mídias graváveis
por consumidores a digitalização de informação de massa.  Todas
trouxeram grandes transformações à esfera cultural da sociedade, e
aumentaram significativamente o alcance do que se podia fazer
facilmente, que não é o mesmo que o que era permitido fazer.

No caso da imprensa, o resultado foi a formação de cartéis que
controlavam a imprensa, oligopolizando o controle sobre a publicação de
obras.  Foi em resposta a esse oligopólio, para conter seu poder e
oferecer condições de publicação mais favoráveis para os autores que
surgiu o direito autoral.  A indústria logo se adaptou: valendo-se de
seu controle sobre os meios de impressão e publicação, passou a usar o
direito autoral contra a sociedade e contra os próprios autores, ou pelo
menos aqueles dispostos a vender suas obras (e a alma) à indústria.

As mídias graváveis (fitas cassette de áudio e vídeo, papel para
fotocopiadoras) deixaram a indústria editorial monopolista inicialmente
em pânico, e saíram processando até fabricantes de vídeo-cassete, mas
depois encontraram modelos de negócio compatíveis com as novas
tecnologias e saíram ganhando.

A obras culturais em meio digital geraram reações ainda um pouco mais
fortes, pois, ao contrário das cópias analógicas, no caso digital, não
há degradação do sinal.  Em parte por causa disso a indústria insistiu
em tentativas de coibir as cópias, mesmo para uso pessoal, através de
medidas jurídicas (TRIPS, Budapeste, etc) e técnicas (DRM).

No caso da Internet, parece que a história está se repetindo, com
requintes de crueldade.  A indústria está ficando cada vez mais
poderosa, pois controla informação na era da informação, e está
conseguindo cada vez mais dar as cartas para promover seus interesses em
detrimento da sociedade.

Onde isso vai parar?

 Tem gente que não quer e não aceita que esse tal compartilhamento
 exista, ou melhor, que exista mas que você tenha que pagar por
 ele. Para esses a questão de ser uma propridade incorpórea só facilita
 a comercialização.

+1

 O direito autoral não se justifica pela mesma lógica da propriedade.

 Para os juristas, legisladores e tradicionalistas em geral

Putz...  O pessoal não só não estuda direito autoral em cadeiras de
direito, como também não estuda história? :-(

É duro, viu? :-(

 A lógica que ainda prevalece na prática, em resumo, é que não há
 incentivo suficiente para que o autor disponibilize suas obras de
 graça na Internet.

Isso não responde à pergunta de por que precisamos disso.  Com a aldeia
global, será que se só os autores interessados em disponibilizá-las sem
contrapartida o façam, já não teremos boa cultura suficiente para todos?
Os mesquinhos podem muito bem achar outros jeitos de vender suas obras,
ou podem ir fazer outra coisa da vida.

 Geralmente sedento por mais arrecadação, leia-se mais impostos, do que
 por uma cultura livre...

Tipo...  O que você prefere, ler esse livro ou ir ao banheiro?  Será
que, com um pouquinho de criatividade, não dá pra fazer as duas coisas
ao mesmo tempo? :-)

Será que direito autoral nas mãos de uma indústria monopolista é a única
forma de gerar riqueza a partir de riqueza cultural?

Se a lógica fosse essa, pra que incentivar pequenas e médias empresas?
Vamos deixar as grandes empresas tomarem conta de tudo.  Aí a gente as
estatiza, e teremos uma só grande empresa, com todo o lucro revertido
para o estado ;-)

 Quem é *ele* para tirar o direito de *você* fazer cópias e
 distribuí-las?

 Aqui temos um dos 'x 

Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Omar Kaminski


- Original Message - 
From: Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org

To: Omar Kaminski o...@kaminski.com
Cc: Projeto Software Livre BRASIL psl-brasil@listas.softwarelivre.org
Sent: Wednesday, February 25, 2009 22:35
Subject: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay


On Feb 25, 2009, Omar Kaminski o...@kaminski.com wrote:


i.e., acessível a todos, diretamente, sem pagamento de despesas ou
taxas.


Domínio público não significa acessível a todos.

Obra em domínio público significa que não precisa pedir permissão pra
ninguém para fazer quaisquer usos dela, inclusive aqueles para os quais
a lei de direito autoral exige permissão do titular do direito autoral.

* Tanto faz, o instituto do domínio público não existe no Brasil, a não ser 
pelo prazo decadencial - que, nem precisa dizer, é mais que uma vida 
produtiva inteira.



Um dos primeiros pontos que deveriam ser bem discutidos, para
que o desmonte da lógica tradicional possa se virar do ponto de
vista dos direitos e da lei: A Internet é um mundo a parte?


Isso me parece uma distração.  A questão do compartilhamento é anterior
à Internet.  A Internet potencializou o que já era permitido, da mesma
forma que a invenção da imprensa de tipos móveis, as mídias graváveis
por consumidores a digitalização de informação de massa.  Todas
trouxeram grandes transformações à esfera cultural da sociedade, e
aumentaram significativamente o alcance do que se podia fazer
facilmente, que não é o mesmo que o que era permitido fazer.

* Também tanto faz, em especial se a frase for descontextualizada. Só faz 
sentido, ou faz maior sentido, se as três perguntas forem respondidas. São 
complementares.



O direito autoral não se justifica pela mesma lógica da propriedade.



Para os juristas, legisladores e tradicionalistas em geral


Putz...  O pessoal não só não estuda direito autoral em cadeiras de
direito, como também não estuda história? :-(

É duro, viu? :-(

* Qual história você se refere? A história recente? O direito está (bem) 
atrás dos fatos, não muda a qualquer instante. Talvez isso seja um defeito, 
mas a maioria vê como qualidade, não ser volátil nem sujeito a modas ou 
tendências que podem nem se confirmar.



A lógica que ainda prevalece na prática, em resumo, é que não há
incentivo suficiente para que o autor disponibilize suas obras de
graça na Internet.


Isso não responde à pergunta de por que precisamos disso.  Com a aldeia
global, será que se só os autores interessados em disponibilizá-las sem
contrapartida o façam, já não teremos boa cultura suficiente para todos?
Os mesquinhos podem muito bem achar outros jeitos de vender suas obras,
ou podem ir fazer outra coisa da vida.

* Infelizmente o mundo é composto por pessoas mesquinhas, na maioria. A 
revolução de mudar a cabeça desses é ainda maior e mais árdua do que 
convencê-las a usar software livre. É só dizer que é de grátis que algumas 
aderem... :)



Geralmente sedento por mais arrecadação, leia-se mais impostos, do que
por uma cultura livre...


(...) Se a lógica fosse essa, pra que incentivar pequenas e médias empresas?
Vamos deixar as grandes empresas tomarem conta de tudo.  Aí a gente as
estatiza, e teremos uma só grande empresa, com todo o lucro revertido
para o estado ;-)

* Mas isso já está acontecendo (grandes empresas dominando o mercado) na 
prática...!



Quem é *ele* para tirar o direito de *você* fazer cópias e
distribuí-las?



Aqui temos um dos 'x 'da questão: eu posso ser justamente o autor ou
quem concebeu, adaptou, gerou, criou, desenvolveu a tese x, a música y
ou o desenho z.


Em outras palavras, usou e transformou informação pré-existente e
adicionou uma pitada de algo novo.  Por que isso concederia a você, e só
a você, o direito de negar ao restante da sociedade o usufruto disso que
você obviamente não criou sozinho?

* E nem essa teoria, estou é fazendo papel de advogado do diabo... e é uma 
pena que nem todos tenham neurônios suficientes para perceber isso.


[]s 

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Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay

2009-02-25 Por tôpico Bruno Salgado
 * E nem essa teoria, estou é fazendo papel de advogado do diabo... e é uma
 pena que nem todos tenham neurônios suficientes para perceber isso.

Depois do carnaval até Deus perdoa a ausência dos itens supracitados... rs

[]s Bruno Salgado

2009/2/25 Omar Kaminski o...@kaminski.com:

 - Original Message - From: Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org
 To: Omar Kaminski o...@kaminski.com
 Cc: Projeto Software Livre BRASIL psl-brasil@listas.softwarelivre.org
 Sent: Wednesday, February 25, 2009 22:35
 Subject: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay


 On Feb 25, 2009, Omar Kaminski o...@kaminski.com wrote:

 i.e., acessível a todos, diretamente, sem pagamento de despesas ou
 taxas.

 Domínio público não significa acessível a todos.

 Obra em domínio público significa que não precisa pedir permissão pra
 ninguém para fazer quaisquer usos dela, inclusive aqueles para os quais
 a lei de direito autoral exige permissão do titular do direito autoral.

 * Tanto faz, o instituto do domínio público não existe no Brasil, a não ser
 pelo prazo decadencial - que, nem precisa dizer, é mais que uma vida
 produtiva inteira.

 Um dos primeiros pontos que deveriam ser bem discutidos, para
 que o desmonte da lógica tradicional possa se virar do ponto de
 vista dos direitos e da lei: A Internet é um mundo a parte?

 Isso me parece uma distração.  A questão do compartilhamento é anterior
 à Internet.  A Internet potencializou o que já era permitido, da mesma
 forma que a invenção da imprensa de tipos móveis, as mídias graváveis
 por consumidores a digitalização de informação de massa.  Todas
 trouxeram grandes transformações à esfera cultural da sociedade, e
 aumentaram significativamente o alcance do que se podia fazer
 facilmente, que não é o mesmo que o que era permitido fazer.

 * Também tanto faz, em especial se a frase for descontextualizada. Só faz
 sentido, ou faz maior sentido, se as três perguntas forem respondidas. São
 complementares.

 O direito autoral não se justifica pela mesma lógica da propriedade.

 Para os juristas, legisladores e tradicionalistas em geral

 Putz...  O pessoal não só não estuda direito autoral em cadeiras de
 direito, como também não estuda história? :-(

 É duro, viu? :-(

 * Qual história você se refere? A história recente? O direito está (bem)
 atrás dos fatos, não muda a qualquer instante. Talvez isso seja um defeito,
 mas a maioria vê como qualidade, não ser volátil nem sujeito a modas ou
 tendências que podem nem se confirmar.

 A lógica que ainda prevalece na prática, em resumo, é que não há
 incentivo suficiente para que o autor disponibilize suas obras de
 graça na Internet.

 Isso não responde à pergunta de por que precisamos disso.  Com a aldeia
 global, será que se só os autores interessados em disponibilizá-las sem
 contrapartida o façam, já não teremos boa cultura suficiente para todos?
 Os mesquinhos podem muito bem achar outros jeitos de vender suas obras,
 ou podem ir fazer outra coisa da vida.

 * Infelizmente o mundo é composto por pessoas mesquinhas, na maioria. A
 revolução de mudar a cabeça desses é ainda maior e mais árdua do que
 convencê-las a usar software livre. É só dizer que é de grátis que algumas
 aderem... :)

 Geralmente sedento por mais arrecadação, leia-se mais impostos, do que
 por uma cultura livre...

 (...) Se a lógica fosse essa, pra que incentivar pequenas e médias empresas?
 Vamos deixar as grandes empresas tomarem conta de tudo.  Aí a gente as
 estatiza, e teremos uma só grande empresa, com todo o lucro revertido
 para o estado ;-)

 * Mas isso já está acontecendo (grandes empresas dominando o mercado) na
 prática...!

 Quem é *ele* para tirar o direito de *você* fazer cópias e
 distribuí-las?

 Aqui temos um dos 'x 'da questão: eu posso ser justamente o autor ou
 quem concebeu, adaptou, gerou, criou, desenvolveu a tese x, a música y
 ou o desenho z.

 Em outras palavras, usou e transformou informação pré-existente e
 adicionou uma pitada de algo novo.  Por que isso concederia a você, e só
 a você, o direito de negar ao restante da sociedade o usufruto disso que
 você obviamente não criou sozinho?

 * E nem essa teoria, estou é fazendo papel de advogado do diabo... e é uma
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